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Desmatamento florestal
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O uso da madeira desmatada na construção civil, sobretudo na
construção de estradas e ferrovias, continua sendo um problema. Sabe-se que a madeira é usada de forma
geral em construções, desde a concepção de caixarias, fôrmas,
estruturas, escoramentos de sustentação, até a parte estética
final.
Contudo, há de se pensar na questão ambiental e no que está acarretando
esse desmatamento desenfreado. Deve- se partir do ponto de percepção do problema, elaborar ideias realistas e, a partir destas, oferecer alternativas que condigam com o que de fato se
necessita, de forma a minimizar o máximo possível os efeitos prejudiciais
ao futuro do planeta.
DESMATAMENTO A Mata Atlântica e seus ecossistemas
associados ocupam 17 estados, se estendendo do Rio Grande do Sul ao Piauí, totalizando mais
de 12,9 milhões de quilômetros quadrados. Cinco séculos depois a mata é uma pálida sombra do que já foi. Pagou o preço por
receber inúmeros imigrantes oriundos de diversas partes do mundo e foi definhando, até
chegar a 7,4 % de sua cobertura original. Mesmo assim continua sendo uns dos
ecossistemas mais ricos do planeta possuindo a maior riqueza de fauna e flora mundial.
As rodovias têm como finalidade interligar regiões para o transporte de bens e de
pessoas. É considerado um elemento linear que se estende por várias regiões. Pelo
lado positivo elas contribuem para o desenvolvimento socioeconômico das
regiões por onde passam. Entretanto, o impacto ambiental causado é inevitável.
Temos como exemplo a Transamazônica que se estende por aproximadamente 2500
quilômetros. O esboço de rodovia encontrada por pessoas que passam no
local reflete a devastação de boa parte da floresta para a sua construção.
Os impactos ao meio ambiente, tanto positivos quanto negativos, decorrentes da
implantação de estradas, podem ser definidos de acordo com as áreas de influência. Além do desmatamento a
construção da rodovia gera conflitos no meio socioeconômico, como alterações nas
atividades econômicas da região, risco de atropelamento de animais e diminuição da cobertura vegetal além da degradação na área do canteiro de obras causadas pela
terraplanagem.
Uma solução evidente para este problema sem sombra de dúvidas é a maior participação governamental para a
concessão de licenças ambientais rápidas e eficazes. Com a agilidade deste processo a comunidade em geral só tende a ganhar,
pois desde que não agrida o meio ambiente, a possível estrada só tende a trazer crescimento econômico da região.
Deve-se fazer um balanço entre os ganhos e as perdas que poderão ser ocasionadas pela
futura estrada, se a acessibilidade e o desenvolvimento da região compensarão os
estragos causados ao meio ambiente.
Vantagens: •Grande resistência mecânica; •Baixa massa especifica; •Boa elasticidade; •Baixa condutibilidade térmica; •Isolante dielétrico; •Baixo custo; •Encontra-se em abundância; •Facilmente cortada nas dimensões exigidas; •Material natural de fácil obtenção e renovável; •Grande diversidade de tipos.
Na construção civil, a madeira pode ser utilizada em diversas etapas da obra, tais como em usos temporários, que englobam
as fôrmas para concreto, andaimes e escoramentos, de forma definitiva, bem
como em estruturas de cobertura, esquadrias, como portas, batentes e
janelas; em forros, pisos e decorações.
Angelim: Utilizada na construção em chapas, assoalhos e marcenaria devido a sua
durabilidade e fácil acabamento.
Cedro: Cerne sem brilho, utilizado na fabricação de móveis, compensados e na construção naval.Ipê: Madeira de grande resistência, geralmente utilizada em construção interna, como portas, janelas e assoalhos.
Pinus: Madeira utilizada em locais que não exijam grande resistência.
Sucupira: Madeira de grande resistência a cupins, utilizada em acabamentos internos e externos, como assoalho, vigas, caibros e ripas.
Jatobá: Resistente a fungos e cupins, utilizado na construção de móveis finos, vigas e lascas em cortes transversais, cabos de ferramentas e instrumentos musicais.
Compensado: Madeira que pode ser encontrada em forma de placas de ótima resistência, formada por folhas de madeira coladas umas as outras. É importante ressaltar que as folhas devem ser dispostas em direções cruzadas umas as outras, visando equilibrar tensões e reduzir riscos de empenamento. As madeiras utilizadas na sua fabricação são geralmente o pinho, cedro e jequitibá. O compensando tem uma ampla utilização e pode ser usado tanto em escritórios, residências, como também para acabamentos externos.
MDF: O MDF (Medium Densitu Fiberboard) é uma chapa de média densidade, na qual, por um processo de pressão e alta temperatura são aglutinadas por resinas sintéticas. Para a obtenção dessas fibras, a madeira é cortada em pequenos cavacos que, em seguida, são triturados. Basicamente utiliza-se o pinus para a confecção de tais painéis. Na construção civil é utilizado nos acabamentos, pisos, rodapés, aberturas ou peças que precisam ser torneadas.
Mogno: Madeira já em extinção, usada na construção naval e acabamentos internos como guarnições, venezianas e rodapés.
A madeira legal é definida como as espécies nativas que provem de corte autorizado pelo órgão ambiental e que possuem os documentos de licença, de transporte e armazenamento, acompanhada da nota fiscal.
Para e exploração da madeira legal é necessária a Autorização de Exploração (AUTEX), que pode ter origem a partir de:
•Plano de Manejo Florestal Sustentável;•Autorização de Desmate para Uso Alternativo do Solo;•Autorização para Supressão da Vegetação;
Nesses dois últimos, o manejo é o convencional e, apesar de legal nos termos da lei, não é sustentável. Por outro lado, quando a madeira é extraída de áreas com Plano de Manejo Florestal Sustentável, o impacto ambiental gerado é muito menor, garantindo assim a conservação das florestas e a continuidade da disponibilidade de matéria prima.
A principal exigência é o Documento de Origem Fiscal (DOF). Ele comprova que, desde o corte até a loja, a trajetória da madeira foi acompanhada por um sistema federal. Por menor que seja a quantidade de tábuas comprada, o comerciante é obrigado a fornecer o papel. Apesar de estar sujeito a fraudes – muitas madeireiras ilegais compram DOFs de empresas que têm licença para desmatar -, técnicos do IBAMA entendem que é importante pedir o documento. “Isso é uma maneira de garantir que a empresa que está vendendo está cadastrada e operando regularmente no sistema”( MARKUS ZERZA, 2008).
Apenas as madeira nativas, como cedro, cambará, Angelim e peroba são obrigadas a constar nos DOF’s. Pranchas, vigas e toras de árvores estrangeiras, como eucalipto, pinus e teka, não precisam do documento para circular. Placas de compensado aglomerado e MDF também são liberadas do DOF em alguns estados, como São Paulo.Outro detalhe importante é a exigência da nota ou cupom fiscal, se o comerciante emite esse documento, significa que também comprou a mercadoria com nota fiscal, e são maiores as chances da madeira ser legalizada.
O Ibama também recomenda que o comprador de madeira cheque a inscrição do comerciante no Cadastro Técnico Federal (CTF). Isso indica que ele é registrado junto ao órgão. Para verificar a inscrição, é necessário entrar no site “www.ibama.gov.br”, clicar em “Serviços On-line”, depois em “Consulta de regularidade” e então digitar o CNPJ da empresa. Caso apareça a mensagem “Com os dados disponíveis não é possível determinar a informação”, significa que o comerciante não é cadastrado.Fabricantes de móveis, portas e assoalhos também são obrigados por lei a constarem do cadastro federal, e devem emitir nota fiscal, mas não precisam de DOFs.
O consumidor precisa ficar atento quando o comerciante oferecer madeira ou
produtos de mogno, jacarandá-da-bahia, castanha-do-pará ou pau-brasil, pois essas espécies estão ameaçadas de extinção, e o
corte delas é proibido por lei.
•Escada de mão - são aquelas escadas portáteis usadas principalmente por pintores, eletrecistas e carpinteiros. O tipo de madeira mais adequado seria o pinho-do-paraná, mas também podem ser feitas com aguano (mogno brasileiro), freijó, guanandi (olandim), ipê-peroba (peroba-de-campos) e jacareúda (o guanandi da Amazônia);
•Macetes e cabos de ferramentas – madeiras como rabo-de-macaco, braúna-preta, camboim-de-cerca, roxinho, peroba-de-campos, pindabuna, aroeira, tajuva, entre outras, são as mais utilizadas para a confecção de cabos de formão e outras ferramentas de impacto;
•Telhado e cobertura – a estrutura de um telhado é constituída por terças, caibros, ripas, pontaletes e tesouras e os tipos de madeira mais utilizados para a construção são: peroba-rosa, guanandi, canela-parda e angelim-vermelho.