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Dia da Biblioteca Escolar - Friso Cronológico

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A BIBLIOTECA DE BABELAs Bibliotecas da Babilónia foram as primeiras de que há registo. As obras estavam registadas em tabuinhas de cerâmica, nas quais se escrevia com um estilete metálico. Outros suportes, como tabuinhas de cera utilizavam-se igualmente, mas sobretudo para registos mais efémeros. Algumas destas tabuinhas sobreviveram até aos dias de hoje e é assim que conhecemos a epopeia de Gilgamesh.

Ruínas de uma biblioteca no território do antigo reino da Babilónia, atual Iraque

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Para saber mais… Jorge Luís Borges recriou o universo da biblioteca de Babel no seu conto do mesmo nome. Neste, a biblioteca é retratada como um universo infinito, abrigando uma infinidade de livros. O narrador, um dos muitos bibliotecários, supõe que os volumes da biblioteca contêm todas as possibilidades da realidade. Alguns não fazem o menor sentido, ou o fazem numa língua há muito desconhecida. Outros são meras repetições de uma mesma palavra. Busca-se incessantemente alguém que saiba decifrar as mensagens contidas nos misteriosos volumes, que seria o correspondente a um deus. Entre as várias interpretações possíveis do conto de Jorge Luís Borges, uma dá conta que se trata de uma grande metáfora em que mundo e literatura se confundem. Ler um texto é tentar decifrá-lo, mas se considerarmos que o próprio mundo está impregnado de linguagem, a própria realidade pode ser considerada como uma grande biblioteca cheia de textos à espera de quem os decifre.

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A BIBLIOTECA DE ALEXANDRIA

A biblioteca de Alexandria, apesar de não ser a mais antiga é, sem dúvida, a mais mítica. Esta era considerada o maior centro de saber do mundo antigo, reunindo manuscritos de todas as áreas do saber, desde Filosofia e História a Medicina, Arte e Poesia. Competia com a biblioteca de Pérgamo como a mais completa biblioteca da época, possuindo extensas coleções de livros. A biblioteca foi destruída pelos invasores otomanos em 640 D.C.

Biblioteca de Alexandria – reconstrução computadorizada

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Para saber mais…

O filme Ágora, de Alejandro Amenabar, recria o universo cultural ao redor da grande biblioteca da Alexandria num ponto fulcral da sua história. O filme recria a vida de Hipátia, filósofa e professora na Escola de Alexandria, no Egito.

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As bibliotecas gregas do período clássico

Durante o período clássico da civilização grega, estas existiam em elevado número, quer como edifícios independentes, quer como salas agregadas aos templos. O suporte usado nestas não era já as tabuinhas de cerâmica, mas sim o pergaminho. Por causa do seu preço, a reprodução dos pergaminhos era feita em número reduzido, e a produção literária era sobretudo verbal. As bibliotecas eram espaços de discussão de ideias e elaboração de projetos, e os sábios usavam-nas como ponto de encontro.

Planta da cidade e biblioteca de Pérgamo

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Para saber mais…

O divertido filme Astérix e Obélix nos Jogos Olímpicos, baseado na banda desenhada do mesmo nome, recria de forma divertida esta tradição da Grécia clássica.

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As bibliotecas durante o Império Romano

As primeiras bibliotecas públicas surgiram durante o império romano, e como eram consideradas estruturas de bem-estar do povo, estavam associadas a edifícios de termas ou de templos. Foi também durante o império romano que surgiu o conceito de códex - um conjunto de pergaminhos soltos, precursores dos nossos atuais livros. Estes substituem gradualmente os volumen- rolos de papiro ou pergaminho- por serem mais fáceis de preservar e consultar. Durante o império romano as bibliotecas privadas eram um símbolo de poder e status social e as famílias mais nobres orgulhavam-se das suas coleções.

Reconstituição de uma biblioteca pública do tempo do império romano

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Para saber mais…

A série Roma Sub Rosa do escritor Steven Saylor, de que a obra Sangue Romano é o primeiro volume, reconstrói o universo cultural e político de Roma no seu período áureo, ao mesmo tempo que propõe aos leitores desvendar crimes verídicos, numa atmosfera de suspense muito apelativa.

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As bibliotecas durante a Idade Média

Com a queda do Império Romano, muitas bibliotecas são abandonadas ou destruídas, perdendo-se para sempre obras de referência da cultura clássica. Numa tentativa de preservar o saber, os monges recolhem todos os manuscritos que conseguem encontrar e copiam-nos pacientemente. A estas oficinas de cópias de manuscritos dá-se o nome de scriptorium. Iluminura que representa um típico scriptorium

medieval

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Para saber mais…

Todo o mistério do enredo deste policial de Humberto Eco se centra à volta de um manuscrito mítico: uma apologia do riso de Aristóteles.

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As bibliotecas durante o Renascimento Durante toda a Idade Media a igreja

católica e o Vaticano em particular reuniram, preservaram e copiaram inúmeras obras da antiguidade clássica, bem como obras de natureza teológica e profana que entretanto foram sendo produzidas. Em 1475, o Papa Sisto IV, imbuído do espírito renascentista de exploração e partilha de conhecimento, abriu ao público a imensa coleção de manuscritos reunidos pelos seus antecessores. No começo, a biblioteca teve um caráter especial: era composta por Bíblias e trabalhos teológicos, mas especializou-se depois em trabalhos seculares, sobretudo, os clássicos em grego e em latim. Esta biblioteca ganhou um impulso ainda maior com a invenção da imprensa, crescendo exponencialmente. Atualmente possui mais de 8,3 mil incunábulos (livros impressos nos primórdios da imprensa, por volta do século XV, 150 mil códices manuscritos, 100 mil gravuras e desenhos, 300 mil moedas e medalhas e quase 20 mil objetos de valor artístico.

Biblioteca do Vaticano

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Para saber mais…

Um dos elementos da família do Papa Alexandre VI, César Borgia, foi o modelo para aquele que foi considerado um dos primeiros tratados políticos do mundo ocidental: O Príncipe, de Maquiavel.

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Reforma e Contra-Reforma Os movimentos de Reforma

e Contra-Reforma causaram inúmeras perturbações no universo das bibliotecas. Enquanto os países reformistas encorajavam a leitura (sobretudo de textos religiosos e da Bíblia), nos países em que a Contra-Reforma foi mais evidente, o acesso aos livros foi muito restringido. Cadastraram-se livros e bibliotecas privadas e foi publicado o Index, um documento que listava as obras proibidas pela Igreja.

Folha de rosto do Index

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Para saber mais…

O escritor galego Gonçalo Torrente Ballester recria, de forma muito bem-humorada, os extremos a que a Inquisição e o seu braço intelectual, o Index, iam para proteger as almas dos cristãos de influências negativas.

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As bibliotecas académicas Apesar dos entraves do

Index, ao longo do século XVII surgiram bibliotecas apensas às universidades. Contam-se neste número a biblioteca Bodleiana, em Oxford, ou aquela que ficaria conhecida como biblioteca Joanina na Universidade de Coimbra. Estas, para além de possuírem coleções extensas de todo o tipo de volumes, refletem o gosto da época por decoração profusa e abundante, constituindo verdadeiras jóias arquitetónicas. Biblioteca Joanina da Universidade de Coimbra

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Para saber mais…

O filme Harry Potter e a Pedra Filosofal usou como cenário a famosa Biblioteca Bodleiana, em Oxford.

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As bibliotecas reais No advento da Idade Moderna, e

por influência do Iluminismo, as casas reais começam a instituir opulentas bibliotecas reais, onde os estudiosos têm pela primeira vez acesso às coleções reais de livros e manuscritos inacessíveis até então. As bibliotecas criadas são completas e luxuosas, pois são um reflexo do poder e do prestígio real. Um exemplo paradigmático destas bibliotecas é a biblioteca do Palácio de Mafra, mandada construir por D. João V.

Biblioteca do Palácio de Mafra

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Para saber mais…

O Memorial do Convento, uma das obras mais importantes de José Saramago, Prémio Nobel da Literatura em 1998, recria a construção do Palácio /Convento de Mafra, a partir da história de amor de duas das personagens mais inesquecíveis da literatura portuguesa: Baltazar Sete-Sóis e Blimunda Sete-Luas.

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Enciclopedismo e Revolução Francesa

O espírito iluminista valorizava todas as áreas do saber e, por iniciativa do pensador francês Diderot, diversos estudiosos contribuíram com artigos para aquela que seria a primeira enciclopédia. Pela primeira vez valorizou-se não só o saber académico, mas também saberes técnicos. Por toda a Europa são criadas academias especializadas em saberes técnicos, mas o espírito de liberdade e partilha ganharia contornos políticos, sendo rejeitada a ideia de despotismo iluminado. A revolução francesa far-se-ia sobre a égide dos valores de liberdade, igualdade e fraternidade, os mesmos princípios que nortearam a elaboração da primeira enciclopédia.

Página de rosto da terceira edição da Encyclopédie  

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Para saber mais…

Um Conto de Duas Cidades, de Charles Dickens mostra de forma muito abrangente o ambiente cultural e social da Europa antes, durante e após a revolução francesa.

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Lending libraries:Bibliotecas abertas ao público em geral

No início do século XIX, surgem na Inglaterra as lending libraries. Estas tinham como princípio um conceito novo: tornar acessíveis ao público em geral os livros. Até então, as bibliotecas, apesar de públicas, estavam acessíveis apenas aos estudiosos. As lending libraries estavam abertas a todos os que o desejassem, e pudessem pagar o pequeno depósito cobrado pelo empréstimo do livro. A Revolução Industrial contribuiu em grande medida para este processo, pois tornou mais rápida e mais acessível a impressão dos livros. Os primeiros sucessos destas lending libraries foram as chamadas “Gothic Novels”, romances sensacionalistas e negros que dariam origem no futuro a géneros tão distintos como o romance policial, a ficção científica, o terror e os romances cor-de-rosa.

Ilustração do Início do século XIX de uma “lending library”, a precursora britânica das bibliotecas públicas

contemporâneas

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Para saber mais…

A Abadia de Northanger, uma das obras menos conhecidas da escritora Jane Austen, retrata de forma bastante cómica os efeitos dos romances góticos nas mentes das adolescentes impressionáveis da época.

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As bibliotecas itinerantes À medida que o século XIX

avançava, as bibliotecas públicas proliferam e democratizam-se. As bibliotecas itinerantes, como a que se vê na fotografia levam os livros até aos locais mais remotos.

Daguerreotipo de uma biblioteca ambulante do século XIX

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Para saber mais…

 Os romances, como Amor de Perdição de Camilo Castelo Branco, eram os livros mais requisitados ao longo do século XIX.

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As bibliotecas nacionais No final do século XIX, já a maioria dos

países desenvolvidos possuía uma Biblioteca Nacional. Uma Biblioteca Nacional é especificamente estabelecida pelo governo de um país para servir de repositório do património bibliográfico (livros, jornais, revistas, folhetos, gravações, etc.) desse país. Ao contrário das bibliotecas públicas, uma biblioteca nacional é composta por coleções únicas e históricas de acesso restrito ao público. Esta é responsável pelo controle bibliográfico, através do registo, recolha e salvaguarda das obras bibliográficas publicadas no país. A maior biblioteca do mundo é a Biblioteca do Congresso, considerada a Biblioteca Nacional dos Estados Unidos. Na Europa destacam-se os fundos documentais da Biblioteca Nacional do Reino Unido, a Biblioteca Britânica, e a Biblioteca Nacional da Rússia que pertencem ao grupo The European Library (A Biblioteca Europeia) destinado a pesquisar as existências das bibliotecas nacionais europeias.

Biblioteca Nacional de Portugal

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Para saber mais…

O filme Tesouro Nacional- Livro dos segredos, leva o seu protagonista a uma caça ao tesouro que envolve, entre outras coisas, os livros da Library of Congress, a Biblioteca Nacional Americana.

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A fundação Calouste Gulbenkian

A história das bibliotecas em Portugal não estaria completa sem a referência incontornável à Fundação Calouste Gulbenkian. Esta desenvolveu na segunda metade do século XX esforços notáveis no sentido de levar as bibliotecas a todos os pontos do país. As suas bibliotecas itinerantes fizeram chegar livros a gerações sucessivas de leitores que, de outra maneira não teriam acesso a eles. Biblioteca Itinerante Calouste

Gulbenkian  

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Para saber mais…

Os “Bons Malandros” desta obra planeiam um assalto espetacular ao museu da Fundação Calouste Gulbenkian. O alvo são as jóias Arte Nova de René Lalique, peças emblemáticas deste museu. Se são ou não bem sucedidos cabe ao leitor descobrir… Vale a pena salientar que se trata de um autor natural da cidade de Moura.

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As Bibliotecas do Futuro A Internet constituiu uma

evolução considerável na história das bibliotecas, pois constitui, ela própria, uma imensa biblioteca virtual. A tecnologia fez surgir um novo tipo de bibliotecas, que não têm existência material, existindo apenas algures na World Wide Web. O formato papel, comum durante muitos séculos, foi também substituído pelos e-readers, capazes de guardar milhares de livros num único aparelho. Se a evolução é positiva ou negativa ainda está a ser debatido, mas um facto é inegável: por este formato passarão as bibliotecas do futuro…Kindle reader

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Uma Chave para o Passado, Presente e Futuro

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Fantasia Um Mundo

Uma Fonte Luminosa

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Um centro de aprendizagem que relembra aventuras

Cheia de sonhos e de coisas maravilhosas para imaginarmos

Espaço de estudo e leituras

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Onde começa a amizade com os livros

Um local que tem livros, contos e histórias fantásticas

Um ponto de partida para histórias e aventuras

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Trabalho Elaborado por:Trabalho Elaborado por:André Valadas nº3Avelino Galvão nº4João Barreiros nº6Miguel Matos nº13

10º E

Escola Secundária de Moura