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Hipertensão A hipertensão arterial é uma doença altamente prevalente em nosso meio, atingindo cerca de 15 a 20% da população adulta com mais de 18 anos, chegando a índices de 50% nas pessoas idosas. O III Consenso Brasileiro de Hipertensão Arterial, distribuído e divulgado para toda comunidade médica brasileira, recomenda que o tratamento do paciente hipertenso deve ser instituído quando os níveis de pressão arterial são iguais ou superiores a 140/90mmHg. Recomenda-se para hipertensos leves, caracterizados por diastólica entre 90-99 e sistólica entre 140-159mmHg, tratamento não- farmacológico isolado durante 12 meses para pacientes do grupo de risco A, que não apresentam fatores de risco e nem lesões de órgãos alvo e durante 6 meses para pacientes do grupo de risco B, que apresentam fatores de risco, exceto diabetes melito, mas não apresentam lesões de órgãos-alvo. Caso não haja controle ao final deste

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Hipertensão

A hipertensão arterial é uma doença altamente prevalente

em nosso meio, atingindo cerca de 15 a 20% da população adulta

com mais de 18 anos, chegando a índices de 50% nas pessoas

idosas.

O III Consenso Brasileiro de Hipertensão Arterial,

distribuído e divulgado para toda comunidade médica brasileira,

recomenda que o tratamento do paciente hipertenso deve ser

instituído quando os níveis de pressão arterial são iguais ou

superiores a 140/90mmHg.

Recomenda-se para hipertensos leves, caracterizados por

diastólica entre 90-99 e sistólica entre 140-159mmHg, tratamento

não-farmacológico isolado durante 12 meses para pacientes do

grupo de risco A, que não apresentam fatores de risco e nem

lesões de órgãos alvo e durante 6 meses para pacientes do grupo

de risco B, que apresentam fatores de risco, exceto diabetes

melito, mas não apresentam lesões de órgãos-alvo. Caso não haja

controle ao final deste período, deve ser associado tratamento

farmacológico.

Para pacientes do grupo de risco C, que apresentam

lesões de órgãos-alvo ou doença cardiovascular clinicamente

identificável e/ou diabete melito, é recomendado tratamento

farmacológico imediato, além do não-farmacológico.

Ainda de acordo com o III Consenso Brasileiro de

Hipertensão Arterial, as medidas não-farmacológicas que

apresentam eficácia comprovada em reduzir a pressão arterial são:

redução do peso corporal, da ingestão de sal e do consumo de

bebidas alcoólicas e prática regular de exercícios físicos.

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Do ponto de vista farmacológico, é recomendada, no

início do tratamento para hipertensos leves, uma droga pertencente

a uma das 6 classes de anti-hipertensivos, a saber: diuréticos,

betabloqueadores, simpatolíticos de ação central, antagonistas dos

canais de cálcio, inibidores da enzima conversora da angiotensina

e antagonistas do receptor da angiotensina II. Quando não há

controle da pressão arterial com monoterapia ou surgem efeitos

adversos, pode-se aumentar a dose da droga em uso, adicionar

uma segunda droga ou substituir a monoterapia.

Para ocorrer uma boa adesão ao tratamento, o

medicamento anti-hipertensivo deve: ser eficaz; ser bem tolerado;

permitir a administração em menor número possível de tomadas,

diárias, com preferência para posologia de dose única diária; iniciar

com as menores doses efetivas preconizadas para cada situação

clínica, podendo ser aumentadas gradativamente. Deve-se levar

em conta que quanto maior a dose, maiores serão as

probabilidades de efeitos adversos.

Pode-se considerar o uso combinado de medicamentos

anti-hipertensivos, respeitar o período mínimo de quatro semanas,

salvo em situações especiais, para aumento de dose, substituição

da monoterapia ou mudança da associação de fármacos. Instruir o

paciente sobre a doença hipertensiva, particularizando a

necessidade do tratamento continuado, a possibilidade de efeitos

adversos dos medicamentos utilizados, a planificação e os

objetivos terapêuticos. E considerar as condições

socioeconômicas.

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Diabetes

O Diabetes Mellitus configura-se hoje como uma epidemia

mundial, traduzindo-se em grande desafio para os sistemas de

saúde de todo o mundo. O envelhecimento da população, a

urbanização crescente e a adoção de estilos de vida pouco

saudáveis como sedentarismo, dieta inadequada e obesidade são

os grandes responsáveis pelo aumento da incidência e prevalência

do diabetes em todo o mundo.

No Brasil, o diabetes junto com a hipertensão arterial, é

responsável pela primeira causa de mortalidade e de

hospitalizações, de amputações de membros inferiores e

representa ainda 62,1% dos diagnósticos primários em pacientes

com insuficiência renal crônica submetidos à diálise.

É importante observar que já existem informações e

evidências científicas suficientes para prevenir e/ou retardar o

aparecimento do diabetes e de suas complicações e que pessoas

e comunidades progressivamente têm acesso a esses cuidados.

O diabetes é um grupo de doenças metabólicas

caracterizadas por hiperglicemia e associadas a complicações,

disfunções e insuficiência de vários órgãos, especialmente olhos,

rins, nervos, cérebro, coração e vasos sanguíneos. Pode resultar

de defeitos de secreção e/ou ação da insulina envolvendo

processos patogênicos específicos, por exemplo, destruição das

células beta do pâncreas (produtoras de insulina), resistência à

ação da insulina, distúrbios da secreção da insulina, entre outros.

O diabetes apresenta alta morbimortalidade, com perda

importante na qualidade de vida. É uma das principais causas de

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mortalidade, insuficiência renal, amputação de membros inferiores,

cegueira e doença cardiovascular.

Os tipos de diabetes mais freqüentes são o diabetes tipo

1, anteriormente conhecido como diabetes juvenil, que

compreende cerca de 10% do total de casos, e o diabetes tipo 2,

anteriormente conhecido como diabetes do adulto, que

compreende cerca de 90% do total de casos.

Diabetes tipo 1

O tipo 1 indica destruição da célula beta que

eventualmente leva ao estágio de deficiência absoluta de insulina,

quando a administração de insulina é necessária para prevenir

cetoacidose, coma e morte. A destruição das células beta é

geralmente causada por processo auto-imune, que pode se

detectado por auto-anticorpos circulantes como anti-descarboxilase

do ácido glutâmico (anti-GAD), anti-ilhotas e anti-insulina, e,

algumas vezes, está associado a outras doenças auto-imunes

como a tireoidite de Hashimoto, a doença de Addison e a miastenia

gravis.

Diabetes tipo 2

O tipo 2 é usado para designar uma deficiência relativa de

insulina. A administração de insulina nesses casos, quando

efetuada, não visa evitar cetoacidose, mas alcançar controle do

quadro hiperglicêmico. A maioria dos casos apresenta excesso de

peso ou deposição central de gordura. Em geral, mostram

evidências de resistência à ação da insulina e o defeito na

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secreção de insulina manifesta-se pela incapacidade de

compensar essa resistência. Em alguns indivíduos, no entanto, a

ação da insulina é normal, e o defeito secretor mais intenso.

Os critérios clínicos e laboratoriais para diagnóstico de

diabetes, quando: glicemia casual > que 200mg/dL ou glicemia em

jejum > 126mg/dL. Alguns sintomas de diabetes: poliúria,

polidipsia, polifagia ou perda de peso inexplicada.

Tratamento para diabetes tipo 1

O tratamento para diabetes tipo I Consiste no uso da

insulina, de 2 a 3 vezes por dia, ou através do uso de uma bomba

de insulina que vai liberando o medicamento na corrente

sanguínea aos poucos durante o dia. É importante também seguir

uma dieta para diabetes e praticar exercícios regularmente.

Para o controle da diabetes também é importante verificar

a taxa de açúcar no sangue diariamente utilizando as tiras

reagente e o glicosímetro.

Tratamento para diabetes tipo 2

Pode ser feito com a ingestão de remédios

hipoglicemiantes que ajudam a controlar a produção e a secreção

de insulina pelo pâncreas. Alguns exemplos destes remédios são

sulfonilureias, glinidas e inibidores da alfa-glicosidase. Exemplos:

Metformina, glibenclamida.

Geralmente, inicia-se o tratamento utilizando somente 1

destes medicamentos e depois o médico avalia a necessidade da

combinação de outros, mas é comum que na 3ª idade o indivíduo

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tenha que tomar mais de 2 medicamentos para controlar a diabetes

tipo 2. Seguir uma dieta adequada e praticar exercícios também é

importante para o controle da diabetes tipo 2.

Pacientes na Farmácia Santa Branca

Alguns usuários foram abordados na Farmácia Santa

Branca pelos alunos do Estágio Supervisionado V, do curso de

bacharelado de Farmácia. A abordagem tinha objetivo de avaliar a

pressão arterial e os níveis de glicose. Cada aluno ficou

responsável por quatro usuários. Os resultados foram:

Nome: Maria Aparecida de SouzaIdade: 43 anosSexo: FemininoGlicemia: 115mg/dLPA: 14:9

Nome: Marjorie da SilvaIdade: 26 anosSexo: FemininoGlicemia: 73mg/dLPA: 12:10

Nome: Maria Zenilda VasoncelosIdade: 50 anosSexo: FemininoGlicemia: 130mg/dLPA: 12:7

Nome: Fabiana Alves RodriguesIdade: 30 anosSexo: FemininoGlicemia: 110mg/dLPA: 12:9

O valor da glicemia de Maria Zenilda estava acima dos valores de referencia, que é justificado pois a paciente havia acabado de se alimentar. O valor da PA da paciente Maria Aparecida de Souza é o limite dos valores de referencia, que pode ser justificado porque a paciente chegou a farmácia andando. Após um momento em repouso, o valor da PA voltou aos níveis de referencia.