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O MITO DA DESTRUIÇÃO

DIAG O MITO DA DESTRUICAO jantar com minha família, como era de costume, estava cada vez mais fascinado com tudo que Greg relatava; verdadeiramen-te, eram histórias impactantes

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O MITO DADESTRUIÇÃO

O MITO DADESTRUIÇÃO

MARCOS ALAN DA SILVA MELO

Dados internacionais de catalogação na Publicação (CIP)(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Coordenação Editorial Zeca Martins

Diagramação e projeto gráfico Desenho Editorial

Revisão Juliana Vieira Dias

Capa Equipe Livronovo, a partir de imagem cedida pelo autor

M528m

Melo, Marcos Alan da Silva

O Mito da Destruição / Marcos Alan da Silva Melo. – Águas de São Pedro: Livronovo, 2014.

70 p.; 21 cm

ISBN 978-85-8068-185-7.

1. Literatura Juvenil. 2. Ficção Aventura. I. Título.

CDD – 028.5

Coordenação Editorial Zeca Martins

Diagramação e projeto gráfico Desenho Editorial

Revisão Juliana Vieira Dias

Capa Equipe Livronovo, a partir de imagem cedida pelo autor

Sumário

Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7

Dedicação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9

Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11

Capítulo I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .13

Capítulo II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .23

Capítulo III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .27

Capítulo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .33

Capítulo V . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .37

Capítulo VI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .41

Capítulo VII . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .49

Capítulo VIII . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .53

Capítulo IX . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .57

Capítulo X . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .63

Entrevista para uma famosa rede de televisão da Europa: . . . . . . . . . . . . . . . . . .65

Agradecimentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .71

Apresentação

Olá, é com grande satisfação que lhe dou as boas-vindas a esta obra! O MITO DA DESTRUIÇÃO é um livro que retrata, de forma interessante, os principais acontecimentos e eventos bélicos do plane-ta durante o século XX.

Sabemos que muitos são os relatos assombrosos de pessoas que vivenciaram este período e quão raros são os trabalhos que desenvol-vem essa temática, por isso a escolhi para ser o pilar de sustentação deste livro.

Aproveite! Você vai conhecer muitas histórias. Leia esta obra e saiba quem é o mito da destruição. Boa leitura!

O autor.

Dedicação

Esta obra é dedicada à memória dos seis milhões de judeus mor-tos pelo exército nazista durante a Segunda Guerra Mundial. Mais de um milhão de crianças, dois milhões de mulheres e três milhões de homens judeus morreram naquele período.

Introdução

Entrevista para uma famosa rede de televisão da Europa:

(Entrevistador) Senhor, conte-nos um pouco da sua história.

(Entrevistado) Sou Carlos, paulista, casado, pai, cheio de respon-sabilidades e afazeres diários. Costumam falar que o destino gosta de brincar conosco. Talvez você não dê créditos a esta afirmação, porém no decorrer desta história verás que, de fato, o destino brincou comi-go. Terrível situação é se achar nas mãos do acaso. O bom da vida é depender de um Ser supremo que comanda os passos do universo de acordo com Sua vontade. Cheguei a esta conclusão depois do que me aconteceu, pois antes não dava importância e achava que tudo era cul-pa do tal destino. Detesto ter que afirmar isso, porém, sou obrigado. Meu destino, durante a virada para o segundo milênio, não foi tão bom. Tive minha vida completamente mudada.

(Entrevistador) Muitas pessoas terão a oportunidade de ler seu depoimento, por isso, fale-nos como o destino mudou sua vida. Pode começar!

Capítulo I

Primeira Guerra MundialSegunda Guerra Mundial

Gregory Johnson, um idoso altamente experiente, acabava de chegar ao Brasil, um país que, na visão de muitos (da maioria, diga--se de passagem), é pacato e pacífico. Ao desembarcar no aeroporto internacional de Guarulhos, estado de São Paulo, o senhor Greg chorava bastante.

Perguntei a ele o porquê das lágrimas, no que me respondeu com duas palavras: “alívio” e “paz”. Fiquei perplexo, mas tive que respeitar sua opinião e, mesmo sem entender, assenti. Afinal, quem não já con-cordou com outro quando não entendeu nada do que foi dito?

Estava bem despreocupado, apesar de meu dia a dia ser bastante corrido, pois um jornalista trabalha 24 horas por dia, 168 horas sema-nais e 672 horas mensais. Uma das profissões mais puxadas que exis-tem. Mas, voltando ao assunto, estava eu no lugar certo e na hora cer-ta. Assistindo ao choro incontrolável daquele homem, tive a ideia de convidá-lo a sentar-se comigo em uma lanchonete próxima. Conversa vai, conversa vem, perguntei mais uma vez o que o levava a desembar-car no meu país. Ele me falou que a sua história daria uma boa maté-ria de jornal, algo nunca visto antes.

Rapidamente peguei minhas ferramentas de trabalho e comecei a fazer perguntas a ele. Na primeira delas fui surpreendido: descobri que aquele senhor tinha sido o militar (perceba o uso do artigo defini-do). Meus olhos começaram a brilhar de satisfação quando ele falou que havia conhecido o grande Adolf Hitler.

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Mal sabia que a história estava apenas começando; muitas sur-presas estariam prestes a acontecer, mistérios seriam revelados e um testemunho de coragem seria contado a mim.

Já eram 18h, a noite aproximava-se, e eu, querendo ir para meu apartamento jantar com minha família, como era de costume, estava cada vez mais fascinado com tudo que Greg relatava; verdadeiramen-te, eram histórias impactantes.

Minha esposa já estava há horas ligando para o meu telefone. Fiquei com vergonha de atendê-lo na frente dele, mas, acho que per-cebendo em mim certa preocupação, o senhor disse que precisava ir. Perguntei qual seu endereço na cidade, ele me deu o número do hotel e do apartamento, e então falei que no outro dia o procurava.

Saí exponencialmente da lanchonete e fui direto para casa. Che-guei tão deslumbrado e concentrado na conversa e no que ela poderia me render que me esqueci de dar atenção às brigas da minha mulher. Ela, estranhando tudo aquilo, perguntou-me o que acontecera. Lá fui eu contar todo o caso.

Não deu muita importância, pois, para uma enfermeira, algo des-se tipo não vale a pena, gastar tempo ouvindo tais histórias não lhe acrescentariam nada, disse. Engano dela, pois tempos depois aquela conversa me rendeu muitas boas colheitas.

Quase não dormi, estava muito ansioso para que amanhecesse e eu pudesse prosseguir a entrevista. Acordava em intervalos de 20 minutos, depois tornava a dormir; assim foi a noite inteira, um ciclo muito cansativo para o meu corpo, mas bastante lucrativo à minha mente.

Quando os ponteiros do relógio marcaram 7h, pulei da cama e corri ao banheiro: aproximava-se a hora da realização deste sonho. Mais à frente você verá que esse ciclo se repetiu por mais de 40 dias. Muito cansativo, mas valeu a pena.

Terminei de fazer a primeira refeição do dia e dirigi-me ao esta-cionamento do prédio, pedi um táxi e fui ao endereço do senhor Greg. Meu carro ficava com minha esposa, pois tinha que levar minha filha à escola e realizar demais afazeres.

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Depois de atravessar a cidade, por volta das 11h cheguei ao meu destino; desci e me deparei com um prédio luxuosíssimo, em um bair-ro nobre daqui. Identifiquei-me na portaria e logo em seguida me mandaram entrar.

Chegando à casa do meu entrevistado, me deparei com uma figu-ra extremamente inusitada: era ele, sentado em uma confortável pol-trona e vestido com uma farda de algum exército não conhecido.

Cumprimentei-o e assim também ele o fez, pedindo que me sen-tasse. Fui logo ligando meu gravador quando, de repente, Greg o to-mou de minha mão e jogou-o no chão; jazia ali um gravador de última geração. Fiquei assustado!

Em seguida ele sorriu e disse para me acalmar, estava tudo bem, era apenas uma maneira dele se certificar que a conversa não seria gravada. Depois, entregou-me um lápis e um bloco de folhas total-mente em branco. Rapidamente entendi o recado.

Começa então a tão aguardada entrevista, copiei tudo:— Meu nome é Gregory Johnson, filho de Paul e Emily Johnson.

Vim de uma família de classe média dos Estados Unidos da América, sou cristão e tenho formação superior. Nasci na noite do dia 17 de agos-to de 1912, ano em que o transatlântico Titanic afundou. Minha vida foi marcada por muitos traumas, alguns dos quais nunca consegui es-quecer. Quando criança, era espancado por colegas na escola, sempre me tacharam de “religioso” e “santinho”. O meu convívio com aquele tipo de pessoa, da pior espécie, me fez ver o mundo com outros olhos e passar por tudo que passei. Meu pai era um dos comandantes do exérci-to estadunidense, um homem que detinha pulso firme, não abria mão de seus princípios e valores morais e éticos. Minha mãe, a mulher mais encantadora que já vi sobre esta terra, me levava todos os domingos a uma congregação Batista próxima da nossa casa; lá estava o Reverendo Diff, um profundo conhecedor dos textos bíblicos, homem bastante sá-bio, detentor de uma boa retórica. Meu pai, sempre muito ocupado com seus compromissos, pouco andava em casa, pois passava a maior parte do tempo em treinamentos de soldados para uma eventual guerra. Com quase dois anos de idade, vi pela primeira vez ele viajar para guerrear;