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Diagnóstico ambiental da Porção Inferior da Bacia do Rio Paraíba do Sul -Fauna Aquática – Elaborado pela Universidade Estadual do Norte Fluminense – UENF Laboratório de Ciências Ambientais

Diagnóstico ambiental da Porção Inferior da Bacia do Rio Paraíba do Sul Fauna Aquática –

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Diagnóstico ambiental da Porção Inferior da Bacia do Rio Paraíba do Sul Fauna Aquática – Elaborado pela Universidade Estadual do Norte Fluminense – UENF Laboratório de Ciências Ambientais. Diagnóstico ambiental da Porção Inferior da Bacia do Rio Paraíba do Sul Fauna Aquática – - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: Diagnóstico ambiental da Porção Inferior da Bacia do Rio Paraíba do Sul Fauna Aquática –

Diagnóstico ambiental da Porção Inferior da Bacia do Rio Paraíba do Sul

-Fauna Aquática –

Elaborado pela Universidade Estadual do Norte Fluminense – UENFLaboratório de Ciências Ambientais

Page 2: Diagnóstico ambiental da Porção Inferior da Bacia do Rio Paraíba do Sul Fauna Aquática –

Diagnóstico ambiental da Porção Inferior da Bacia do Rio Paraíba do Sul

-Fauna Aquática –

Elaborado pela UENFLaboratório de Ciências Ambientais

Abril de 2004

... Em resposta aos trabalhos de monitoramento da biota aquática afetada pelo vazamento de rejeitos industriais

da fábrica de papel Cataguases em março de 2003.

Page 3: Diagnóstico ambiental da Porção Inferior da Bacia do Rio Paraíba do Sul Fauna Aquática –

Pauta: Acidente em Cataguases - Carlos Eduardo Rezende (UENF) -          A onda tóxica atingiu toda a zona urbana de Campos?

Resposta: De uma maneira geral poderíamos dizer que sim, uma vez que o rio atravessa a cidade de Campos dos Goytacazes, sendo que o abastecimento da maior parte da cidade é feito a partir da captação feita no Rio Paraíba do Sul. Contudo, devemos destacar que houve a interrupção na captação e distribuição de água dos rios Pomba e Paraíba do Sul – por 10 dias – em todos os municípios à jusante do córrego do Cágado afetou o cotidiano de cerca de 600.000 habitantes distribuídos em oito municípios mineiros e fluminenses localizados ao longo destes rios. Além disso, o espalhamento da “mancha de rejeito” ao longo do litoral norte fluminense e sul capixaba durante as duas semanas seguintes ao derramamento do rejeito em Cataguazes (MG), ocasionou o fechamento das praias para a recreação e da proibição da pesca no litoral norte fluminense por 90 dias. Isto sem falar na suspensão da captação de água para uso agrícola e para consumo humano por cerca de 10 dias na maioria das cidades. A combinação destes impactos gerou uma situação de calamidade pública cujos efeitos econômicos ainda sendo medidos. Apenas a FIRJAN estimou uma perda de cerca de 9 milhões de reais pela suspensão das atividades industriais durante o pico do evento.

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Compartimentação do rio Paraíba do Sul (Ab’Saber e Bernardes, 1958)

Maior rio de várzea do sudeste do país: 1.080 km de extensão e bacia hidrográfica com área de 57.000 km²

Alto Paraíba do Sul: das nascentes, a 1.800 m de alt., até Guararema (SP), a 572 m de alt.: declividade acentuada;

Médio Paraíba do Sul: curso médio superior - Guararema a Cachoeira Paulista e médio inferior: Cach. Paulista a São Fidélis (RJ) -20 m de alt.; traçado sinuoso por cerca de 300 km, enquanto o médio inferior apresenta extensão aproximada de 430 km;

Baixo Paraíba do Sul: São Fidélis e a foz principal, situada em Atafona, São João da Barra. Trecho de suave declividade longitudinal

Foz secundária do rio, que se situa a 2 km da foz principal, na localidade de Gargaú, São Francisco do Itabapoana

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Área de estudo

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Moluscos associados a porção inferior do rio Paraíba do Sul: região estuarina:

Bivalva Iphigenia brasiliana taobaTagelus plebeius unha-de-velho – Fontes de renda alternativa para a população local, especialmente as que habitam as ilhas na foz principal do rio

CephalopodaLoligunculla brevis lula – utilizada por pequenos cetáceos costeiros como o boto-cinza Sotalia guianensis e a toninha Pontoporia blainvillei

Page 7: Diagnóstico ambiental da Porção Inferior da Bacia do Rio Paraíba do Sul Fauna Aquática –

Crustáceos associados a porção inferior do rio Paraíba do SulAtya scabra camarão-de-água-doceMacrobrachium carcinus lagosta-de-rioMacrobrachium acanthurus camarão-pitiúPalaemon spp. camarão

Cardisoma guanhumi guaimú ou guaiamúAratus pisonii caranguejo-sapateiroGoniopsis cruentata caranguejo-vermelhoUcides cordatus caranguejo-uçáCallinectes bocourtiCallinectes sapidus

Macrobrachium – constituem fontes de renda as comunidades ribeirinhas, M. carcinus é um importante meio de subsistência para a população ribeirinha de S. Fidélis e arredores.“Festa da Lagosta de São Fidélis” realizada entre 1968-1976 e depois disso em 1988, já foi considerado evento turístico representativo do Estado do Rio de Janeiro, mas os estoques foram tão depreciados ao longo dos anos que o evento foi suspenso.

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Peixes:

160 spp. de peixes de água doce37 spp. associadas a porção estuarina do rio197 spp. ecossistema integrado rio Paraíba do Sul

Importância da foz como berçário para diversas espécies de bagres (Arius spixii, Bagre bagre, Genidens genidens, Netuma barba e Sciadeichthys lunisticus), robalo (Centropomus parallelus) e tainhas (Mugil sp.).

5 spp. constam da lista de Fauna Ameaçada do Estado do Rio de Janeiro

Lambari (Cheirodon parahybae)Cascudo (Neoplecostomus varipictus)Mineiro-branco (Rhamdioglanis frenatus)Surubim (Steindachneridion parahybae)Cambeva (Trecomicterus vermiculatus)

Page 9: Diagnóstico ambiental da Porção Inferior da Bacia do Rio Paraíba do Sul Fauna Aquática –

Répteis:Jacaré-de-papo-amarelo (Caiman latirostris)Cágado-de-Hogei (Phrynops hogei) endêmico da porção média do RPS e criticamente ameaçado de extinção

Aves:Área de pouso de spp. migratórias (maçaricos e trinta-réis) e residentes (garças e gaivotas)Gaivota-de-capuz-cinza – população ameaçada no Estado do Rio de Janeiro, conhecida apenas no RJ, RN e RS.

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Mamíferos marinhos da região estuarina e zona costeira adjacente ao RPS:

Boto-cinza (Sotalia guianensis) Alcançam 2,0 m de comprimeto total, alimentam-se de peixes (Trichiurus lepturus - peixe-espada, pescadas, mamangá) e lulas

Toninha (Pontoporia blainvillei) Alcançam 1,75 m de comprimento total, alimentam-se de peixes, crustáceos e lulas associadas ao estuário.

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Distribuição da Toninha

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Distribuição da Toninha: hiatos

Page 13: Diagnóstico ambiental da Porção Inferior da Bacia do Rio Paraíba do Sul Fauna Aquática –

Avistagens e Capturas de Toninha

Page 14: Diagnóstico ambiental da Porção Inferior da Bacia do Rio Paraíba do Sul Fauna Aquática –

Distribuição do boto-cinza

Page 15: Diagnóstico ambiental da Porção Inferior da Bacia do Rio Paraíba do Sul Fauna Aquática –

Alguns estudos realizados no Brasil

Concentrações de cádmio em tecidos de golfinhos do Estado do Rio de Janeiro [16 botos-cinza (S. guianensis), 9 golfinhos-de Fraser (Lagenodelphis hosei)](Lailson-Brito Jr. et al., 2000)

Concentrações de bifenilas policloradas (PCBs) em 2 botos-cinza (Sotalia guianensis) da Baía de Guanabara (Silva et al., 2001)

Metais-traço em fígados e rins de toninhas (Pontoporia blainvillei) (Lailson-Brito Jr. et al., 2002)

Page 16: Diagnóstico ambiental da Porção Inferior da Bacia do Rio Paraíba do Sul Fauna Aquática –

Novos estudos: ênfase em Sotalia Yogui et al. (2003) Pesticidas e PCBs na gordura

de 9 botos de Cananéia, SP; Silva et al. (2003) PCBs em 2 botos da Baía de

Guanabara; Monteiro-Neto et al. (2003) Metais pesados em 11

botos da costa do Ceará; Kajiwaran et al. (2004) organoclorados em 24

Sotalia e 26 Pontoporia do sul do Brasil

Page 17: Diagnóstico ambiental da Porção Inferior da Bacia do Rio Paraíba do Sul Fauna Aquática –

Organoclorados em boto-cinza (Sotalia) do RJ

Fêmea lactante e filhote capturados acidentalmente em rede de pesca em Barra de São João em 09/11/2002 (GEMM 039 e GEMM 040);

Mãe CT 191,5cm, Filhote CT 0,79cm Leite da fêmea foram encontrados 21

tipos de organoclorados mas em baixas concentrações (P. Sarcinelli in litt.)

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MERCUY, CADMIUM AND ZINC DISTRIBUTION IN TWO MARINE MAMMALS SPECIES FROM THE NORTHERN COAST OF RIO DE JANEIRO STATE, BRAZIL. Carvalho, C.E.V.1; Di Beneditto, A.P.M.1; Souza,C.M.M.1; Ramos.R.A.2 & Rezende, C.E.1,3

 1 – Laboratório de Ciências Ambientais, Universidade Estadual do Norte Fluminense, Av. Alberto Lamego, 2000, Parque Califórnia, CEP: 28013-602, RJ, Brazil. [email protected] 2 – Everest Tecnologia em Serviços Ltda., Avenida Nossa Senhora dos Navegantes, 675/1201, Vitória, ES, 29056-900, Brazil.3 – Collaborating Professor of Environmental Studies in the Williams School of Commerce, Economics and Politics; Washington and Lee University; Lexington, VA 24450, EUA. 

 

Abstract Mercury, cadmium and Zinc concentration were analyzed in muscular and liver tissues of two small cetacean species (Pontoporia blainvillei and Sotalia guianensis) in order to evaluate the environmental conditions at the north coast of Rio de Janeiro State, Brazil (21°35’ S e 22°25’ S). Fish species (Trichiurus lepturus) related with S. guianensis feeding habits, have also been collected and analyzed. Liver tissue always presented higher concentrations when compared with muscle samples for all the studied metals of both species. S. guianensis always showed higher concentrations than P. blainvillei for all metals in both tissues; the only exception was Cd that in P. blainvillei muscle presented higher values. This result is probably related to the difference in size prey preference of each cetacean species. S. guianensis consume larger fish specimens (up to 100cm) when compared to P. blainvillei (up to 10cm) and metals tend to present higher concentrations in larger and older organisms. Therefore the first species presented higher concentrations. Mercury was the only element that presented significant positive correlations with body length and age in both species. The studied fish species T. lepturus showed raising Hg concentrations with weight and total length, suggesting a possible mercury pathway for aquatic mammals contamination.  Keywords: Metals; dolphins; feeding habits; preys; South Atlantic.

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w.wt. = wet weight; M = muscle; L = liver.*All descriptive are from male and female for each species.

Species Cd Zn Hg

Pontoporia blainvillei*

(n = 7)            

Average 0.21 0.11 27.0 37.5 0.17 1.13

Median 0.21 0.08 25.8 37.8 0.19 0.85

CV 35 48 19 23 47 75

Range 0.10 – 0.32

0.05 - 0.17

19.7 - 34.8

21.7 – 46.6

0.06 – 0.27

0.30 - 2.70

 

Species Cd Zn Hg

Sotalia guianensis*

(n= 6)            

Average 0.10 0.34 49.7 85.4 0.73 9.98

Median 0.09 0.33 51.0 84.4 0.67 9.75

CV 42 42 22 17 55 82

M L M L M L

           

M L M L M L

Range 0.07 – 0.18

0.18 – 0.56

33.6 – 62.8

65.9 – 107 0.34 – 1.42

1.10 – 21.7

Table 1: Average, variation coefficient (%) and range of heavy metal concentrations (g.g -1 w.wt.) in Pontoporia blainvillei and Sotalia guianensis tissues.

Page 20: Diagnóstico ambiental da Porção Inferior da Bacia do Rio Paraíba do Sul Fauna Aquática –

Figura 1. Concentrações de mercúrio em músculo em relação a

idade e comprimento total na duas espécies de cetáceos

y = 0,008x - 0,603

R2 = 0,694

-

0,20

0,40

0,60

0,80

1,00

1,20

1,40

1,60

- 50 100 150 200 250

Lenght (cm)

Hg

(µg.

g-1)

S. fluviatilis

P.blainvillei

Page 21: Diagnóstico ambiental da Porção Inferior da Bacia do Rio Paraíba do Sul Fauna Aquática –

Figura 1. Continuação... Concentrações de mercúrio em músculo em relação a idade e comprimento total na duas

espécies de cetáceos

y = 0,0456x + 0,1812

R2 = 0,8377

-

0,20

0,40

0,60

0,80

1,00

1,20

1,40

1,60

1,80

0 5 10 15 20 25 30 35Age (years)

Hg

(u

g g

- 1)

S.fluviatilis

P.blainvilei

Page 22: Diagnóstico ambiental da Porção Inferior da Bacia do Rio Paraíba do Sul Fauna Aquática –

Table 4: Mercury concentration average in Trichiurus lepturus and variation coefficient (%).

Weight (g) Length (cm) Hg (g.g -1 w wt)

43.6 37.4 0.04 (15)

47.5 45.0 0.10 (13)

51.4 45.4 0.14 (10)

69.9 50.0 0.09 (11)

77.8 51.8 0.16 (9)

80.0 53.7 0.08 (7)

80.0 52.0 0.08 (12)

1372 121 0.32 (9)

1400 107 0.44 (11)

2000 140 0.72 (3)

Average (VC%) n = 10 0.16 (27)

Range 0.04 – 0.72

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Agradecimentos

Profa. Dr. Ana Paula M. Di Beneditto, Universidade Estadual do Norte Fluminense - CBB-LCA

Profa. Paula Sarcinelli (CESTEH/ENSP) Mauricio Tavares (GEMARS/UFRGS)