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DIAGNÓSTICO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO DE SANEAMENTO NO PIAUÍ SÃO PAULO AGOSTO/2015

DIAGNÓSTICO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO DE SANEAMENTO NO … · saneamento básico no Estado de Piauí e tem como objetivo orientar ações e políticas públicas visando a melhoria

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DIAGNÓSTICO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO DE SANEAMENTO NO PIAUÍ

SÃO PAULO

AGOSTO/2015

2

ÍNDICE

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................... 9

2 CARACTERIZAÇÃO DO ESTADO DE PIAUÍ .................................................................................... 10

2.1 DESCRIÇÃO DO ESTADO ...................................................................................................................... 10

2.1.1 Generalidades ..................................................................................................................... 10

2.1.2 Aspectos físico-naturais ...................................................................................................... 11

2.1.2.1 Clima ....................................................................................................................................... 11

2.1.2.2 Rede hidrográfica .................................................................................................................... 11

2.1.2.3 Relevo...................................................................................................................................... 12

2.1.3 Aspectos socioeconômicos .................................................................................................. 12

2.1.3.1 População ................................................................................................................................ 17

2.1.3.1.1 Densidade Demográfica ..................................................................................................... 19

2.1.3.1.2 Taxa de Mortalidade .......................................................................................................... 20

3 DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO NO ESTADO DE PIAUÍ ... 23

3.1 PIAUÍ TEM ÍNDICES DE COBERTURA INFERIORES AOS PRINCIPAIS ESTADOS DO PAÍS .......................................... 23

3.1.1 Atendimento total (urbano e rural) de água ...................................................................... 23

3.1.2 Atendimento urbano de água ............................................................................................. 25

3.1.3 Atendimento total (urbano e rural) de esgoto .................................................................... 26

3.1.4 Atendimento urbano de esgoto .......................................................................................... 27

3.1.5 Tratamento de esgoto ........................................................................................................ 27

3.1.6 Nível de perdas (faturamento e distribuição) ..................................................................... 28

3

3.2 CAPITAL TERESINA ESTÁ ENTRE OS 20 PIORES NO RANKING DO SANEAMENTO ................................................ 30

4 ANÁLISE DO PRESTADOR DE SERVIÇOS DE SANEAMENTO - AGESPISA ........................................ 35

4.1 HISTÓRICO DO PRESTADOR DE SERVIÇOS ................................................................................................ 35

4.2 ANÁLISE HISTÓRICA DOS INDICADORES DE AGESPISA .............................................................................. 35

4.2.1 Evolução no atendimento total (urbano e rural) em água entre 2009 e 2013 ................... 35

4.2.2 Evolução no atendimento urbano de água entre 2009 e 2013........................................... 36

4.2.3 Evolução no atendimento total (urbano e rural) em esgoto entre 2009 e 2013 ................ 37

4.2.4 Evolução no atendimento urbano em esgoto entre 2009 e 2013 ....................................... 38

4.2.5 Evolução no tratamento de esgoto entre 2009 e 2013 ...................................................... 39

4.2.6 Evolução do nível de perdas entre 2009 e 2013 ................................................................. 40

4.3 BENCHMARK ENTRE AGESPISA E AS PRINCIPAIS EMPRESAS DE SANEAMENTO DO SETOR ................................. 42

4.3.1 Indicadores de cobertura .................................................................................................... 43

4.3.1.1 Índice de cobertura total de água e esgoto............................................................................. 43

4.3.1.2 Índice de tratamento de esgoto .............................................................................................. 44

4.3.2 Indicadores operacionais .................................................................................................... 45

4.3.2.1 Despesas de exploração .......................................................................................................... 45

4.3.2.2 Inadimplência .......................................................................................................................... 46

4.3.3 Indicadores financeiros ....................................................................................................... 47

4.3.3.1 Margem operacional ............................................................................................................... 47

4.3.3.2 Margem líquida ....................................................................................................................... 48

4.3.3.3 Desempenho financeiro .......................................................................................................... 49

4.4 MUNICÍPIOS OPERADOS ...................................................................................................................... 50

4

4.4.1 Análise do atendimento em água dos municípios operados .............................................. 51

4.4.2 Análise do serviço de esgoto dos municípios operados ...................................................... 56

4.4.3 Tratamento de esgoto ........................................................................................................ 58

4.4.4 Perdas ................................................................................................................................. 60

5 IMPACTOS NEGATIVOS DA AUSÊNCIA DE SANEAMENTO ............................................................ 64

6 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ....................................................................................................... 72

5

ÍNDICE DE QUADROS

QUADRO 1 – MESORREGIÕES, MICRORREGIÕES E MUNICIPIOS DE PIAUI .................................................................. 10

QUADRO 2 – REDE HIDROGRÁFICA DE PIAUÍ ........................................................................................................ 12

QUADRO 3 - PIB EM PIAUÍ, NORDESTE E BRASIL, EM 2012 .................................................................................... 13

QUADRO 4 – IDHM DE PIAUÍ ............................................................................................................................. 14

QUADRO 5 – IDHM DE PIAUÍ ............................................................................................................................. 14

QUADRO 6 – ESCOLARIDADE DA POPULAÇÃO DE 25 ANOS OU MAIS - 2010 ............................................................ 15

QUADRO 7 - RENDA, POBREZA E DESIGUALDADE – PIAUÍ ......................................................................................... 15

QUADRO 8 - RENDA, POBREZA E DESIGUALDADE – UF ............................................................................................ 16

QUADRO 9 – POPULAÇÃO DE PIAUÍ .................................................................................................................... 17

QUADRO 10 – ESTRUTURA ETÁRIA DE PIAUÍ .......................................................................................................... 18

QUADRO 11 – EVOLUÇÃO POPULACIONAL, URBANA E RURAL ................................................................................... 18

QUADRO 12 - POPULAÇÃO URBANA E RURAL DE PIAUÍ ENTRE OS ANOS 1960 E 2014 ................................................... 19

QUADRO 13 - EVOLUÇÃO DAS TAXAS DE CRESCIMENTO POPULACIONAL DE PIAUÍ .......................................................... 19

QUADRO 14 - DENSIDADE DEMOGRÁFICA DE PIAUÍ ENTRE 1960 – 2010 ................................................................... 20

QUADRO 15 – TAXA DE MORTALIDADE E FECUNDIDADE - 2013 ................................................................................ 21

QUADRO 16 – ÍNDICE DE ATENDIMENTO TOTAL DE ÁGUA (%) .................................................................................. 24

QUADRO 17 – ÍNDICE DE ATENDIMENTO URBANO DE ÁGUA (%) ............................................................................... 25

QUADRO 18 – ÍNDICE DE ATENDIMENTO TOTAL DE ESGOTO (%) ............................................................................... 26

QUADRO 19 – ÍNDICE DE ATENDIMENTO URBANO DE ESGOTO (%) ............................................................................ 27

QUADRO 20 - ÍNDICE DE ESGOTO TRATADO REFERIDO À ÁGUA CONSUMIDA (%) .......................................................... 28

6

QUADRO 21 – ÍNDICE DE PERDAS SOBRE FATURAMENTO (%) ................................................................................... 29

QUADRO 22 – ÍNDICE DE PERDAS NA DISTRIBUIÇÃO (%) .......................................................................................... 30

QUADRO 23 – INDICADORES E PONDERAÇÕES DO RANKING DO SANEAMENTO ............................................................ 31

QUADRO 24 – RESUMO DOS INDICADORES .......................................................................................................... 32

QUADRO 25 – TERESINA ESTÁ ENTRE OS 20 PIORES DO RANKING DO SANEAMENTO (89ª POSIÇÃO) ................................. 33

QUADRO 26 – HISTÓRICO DE POSIÇÕES DO MUNICÍPIO DE TERESINA NO RANKING DO SANEAMENTO ................................ 34

QUADRO 27 – SERVIÇOS DE SANEAMENTO EM TERESINA ........................................................................................ 34

QUADRO 28 - ÍNDICE DE ATENDIMENTO TOTAL DE ÁGUA (%) (2009 - 2013) ............................................................. 36

QUADRO 29 - ÍNDICE DE ATENDIMENTO TOTAL DE ÁGUA (%) (2009 - 2013) ............................................................. 37

QUADRO 30 - ÍNDICE DE ATENDIMENTO TOTAL DE ESGOTO (%) (2009 - 2013) .......................................................... 38

QUADRO 31 - ÍNDICE DE ATENDIMENTO URBANO DE ESGOTO (%) (2009 - 2013) ....................................................... 39

QUADRO 32 - ÍNDICE DE TRATAMENTO DE ESGOTO (%) (2009 - 2013) .................................................................... 40

QUADRO 33 - ÍNDICE DE PERDAS SOBRE FATURAMENTO (%) (2009 - 2013) .............................................................. 41

QUADRO 34 - ÍNDICE DE PERDAS NA DISTRIBUIÇÃO (%) (2009 - 2013) .................................................................... 41

QUADRO 35 - EMPRESAS UTILIZADAS NO BENCHMARK ............................................................................................ 42

QUADRO 36 - POPULAÇÃO TOTAL DOS MUNICÍPIOS COM ABASTECIMENTO DE ÁGUA ..................................................... 43

QUADRO 37 - ÍNDICES DE ATENDIMENTO DE ÁGUA (%) .......................................................................................... 44

QUADRO 38 - ÍNDICES DE ATENDIMENTO DE ESGOTO (%) ....................................................................................... 44

QUADRO 39 - ÍNDICES DE TRATAMENTO DE ESGOTO (%) ......................................................................................... 45

QUADRO 40 - DESPESAS DE EXPLORAÇÃO (R$/M³) ................................................................................................ 46

QUADRO 41 - INADIMPLÊNCIA (%) ..................................................................................................................... 47

7

QUADRO 42 - MARGEM OPERACIONAL (%) .......................................................................................................... 48

QUADRO 43 - MARGEM LÍQUIDA (%) .................................................................................................................. 49

QUADRO 44 - DESEMPENHO FINANCEIRO (%) ....................................................................................................... 50

QUADRO 45 – DISTRIBUIÇÃO DOS MUNICÍPIOS ATENDIDOS PELA AGESPISA POR FAIXA POPULACIONAL ........................... 51

QUADRO 46 - ESTATÍSTICAS PARA ÁGUA .............................................................................................................. 51

QUADRO 47 – DISPERSÃO POR FAIXA DE ATENDIMENTO DE ÁGUA ............................................................................. 52

QUADRO 48 – MELHORES PARA ATENDIMENTO URBANO DE ÁGUA ........................................................................... 53

QUADRO 49 –PIORES PARA ATENDIMENTO URBANO DE ÁGUA ................................................................................. 54

QUADRO 50 – MELHORES PARA ATENDIMENTO TOTAL DE ÁGUA .............................................................................. 55

QUADRO 51 –PIORES PARA ATENDIMENTO TOTAL DE ÁGUA .................................................................................... 55

QUADRO 52 – ESTATÍSTICAS PARA COLETA ........................................................................................................... 56

QUADRO 53 - DISPERSÃO POR FAIXA DE COLETA .................................................................................................... 57

QUADRO 54 - MELHORES PARA COLETA ............................................................................................................... 57

QUADRO 55 - ESTATÍSTICAS PARA TRATAMENTO .................................................................................................... 58

QUADRO 56 – DISPERSÃO POR FAIXA DE TRATAMENTO ........................................................................................... 59

QUADRO 57 – MELHORES EM TRATAMENTO DE ESGOTO ......................................................................................... 59

QUADRO 58 – ESTATÍSTICAS PARA PERDAS DE FATURAMENTO E NA DISTRIBUIÇÃO ........................................................ 60

QUADRO 59 – DISPERSÃO POR FAIXA DE PERDAS DE FATURAMENTO .......................................................................... 61

QUADRO 60 – MELHORES PARA PERDAS .............................................................................................................. 62

QUADRO 61 - PIORES PARA PERDAS DE FATURAMENTO ........................................................................................... 62

QUADRO 62 - INTERNAÇÕES NO SUS E ATENDIMENTO DE ÁGUA E ESGOTO NO BRASIL .................................................... 65

8

QUADRO 63 – NÚMERO DE INTERNAÇÕES POR DOENÇAS GASTROINTESTINAIS SEGUNDO PROPORÇÃO DA POPULAÇÃO COM

ACESSO A ESGOTO ............................................................................................................................................ 67

QUADRO 64 – ÓBITOS X DISPONIBILIDADE DE ESGOTO SANITÁRIO ............................................................................. 67

QUADRO 65 – ORÇAMENTO FAMILIAR E SANEAMENTO........................................................................................... 70

QUADRO 66 – ÁGUA X OUTROS PRODUTOS CONSUMIDOS ....................................................................................... 71

9

1 INTRODUÇÃO

O presente Relatório apresenta diagnóstico sobre a situação dos serviços de

saneamento básico no Estado de Piauí e tem como objetivo orientar ações e políticas

públicas visando a melhoria da qualidade, bem como aceleração da universalização da

oferta destes serviços públicos no Estado. O Relatório está dividido em seis Seções,

incluindo esta introdução.

Na Seção 2 consta a caracterização do Estado de Piauí, como os aspectos físico-

naturais, socioeconômicos, além da evolução da população nas últimas décadas. A Seção

3 apresenta diagnóstico da situação da cobertura e qualidade dos serviços no Estado.

A Seção 4 analisa a atual situação da prestadora dos serviços de saneamento

básico no Estado e contém benchmark com outras empresas do setor.

A Seção 5 apresenta os impactos da ausência de saneamento para uma série de

indicadores sociais e econômicos do Estado.

Este Estudo foi elaborado com base em fontes públicas, devidamente citadas ao

longo do texto, e com dados públicos.

10

2 CARACTERIZAÇÃO DO ESTADO DE PIAUÍ

2.1 Descrição do estado

2.1.1 Generalidades

Piauí é uma das 27 unidades federativas do Brasil, que está localizado na Região

Nordeste do Brasil, limita-se com: Ceará e Pernambuco a leste, Bahia a sul e sudeste,

Tocantins a sudoeste e Maranhão a oeste.

Segundo informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),

sua área é de 251.612 km² e tem uma população de 3.118.360 de habitantes1. O estado

está dividido em quatro mesorregiões, 15 microrregiões divididos em 224 municípios,

conforme mostra o Quadro 1.

QUADRO 1 – MESORREGIÕES, MICRORREGIÕES E MUNICIPIOS DE PIAUI

Fonte: IBGE

1 População segundo o Censo Demográfico de 2010 divulgado pelo IBGE

11

2.1.2 Aspectos físico-naturais

2.1.2.1 Clima

Há dois tipos de clima em Piauí:

i. O clima tropical é o principal em grande parte do território, as

temperaturas nessas áreas ficam entre 25° e 27°C ao ano. O norte é mais

úmido, e por isso, os índices pluviométricos são mais altos (sul - 700 mm

e norte - 1.200 mm).

ii. O clima semiárido abrange, principalmente, o sudoeste do Estado. Os

índices pluviométricos nessas áreas não passam de700 mm anuais, além

disso, as chuvas são distribuídas de maneira desproporcional, causando

secas prolongadas nessas regiões. As temperaturas nessas áreas variam

de 24° a 40°C.

2.1.2.2 Rede hidrográfica

A rede hidrográfica de Piauí é composta pelo Rio Parnaíba que possui 1.400

quilômetros de extensão, sendo que seus principais afluentes são: Balsas, situado no

Maranhão; Poti e Portinho, cujas nascentes localizam-se no Ceará; e Canindé, Piauí,

Uruçuí-Preto, Gurguéia e Longa, todos no Piauí.

12

QUADRO 2 – REDE HIDROGRÁFICA DE PIAUÍ

Fonte: ANA

2.1.2.3 Relevo

A região do Estado é formada por um relevo plano, somente 18% do território

possui altitude acima de 600 metros, sendo que são identificadas três unidades de relevo:

i. Baixada litorânea, ocorre ao norte do território;

ii. Planalto de Chapada e Serras, que apresentam os pontos mais elevados

do Estado (entre 600 e 880 metros), encontrados a leste, sudoeste e sul;

e

iii. Planície do Parnaíba, formação de terras baixas localizadas nas

proximidades do rio Parnaíba que se estende até a Baixa Litorânea.

2.1.3 Aspectos socioeconômicos

De acordo com o Censo Demográfico realizado pelo IBGE, em 2010, a

população local era de 3.118.360 habitantes distribuídos em uma área de 251.611,93 km²,

13

resultando numa densidade demográfica de aproximadamente 12,39 hab/km². Em 2013,

o censo do IBGE encontrou uma taxa de urbanização do estado é igual a 68,4%, a segunda

menor taxa do país, maior apenas do que o Maranhão (58,3%). No Brasil o índice ficou

em 84,8%, sendo a região Nordeste quem apresentou menor taxa (73,4%). Essa situação

evidencia que o desenvolvimento do saneamento na área rural é de fundamental

importância para esse estado.

O PIB em 2012 está no Quadro 3 comparando o Estado de Piauí, com a Região

Nordeste e Brasil.

QUADRO 3 - PIB EM PIAUÍ, NORDESTE E BRASIL, EM 2012

Grandes Regiões e Unidades da Federação

Produto Interno Bruto

PIB Per capita (R$)

Valor corrente (Milhões de R$)

Participação (%)

Brasil 22. 645,86 4.392.094 100

Nordeste 11.044,00 595.382 13,6

Piauí 8.137,51 25.721 0,6

Fonte: Contas Regionais do Brasil 2012 - IBGE

De acordo com o Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil (2013) o IDHM

corresponde a 0,646, o IDHM Renda equivale a 0,635, o IDHM Longevidade é de 0,777

e o IDHM Educação é 0,547.

14

QUADRO 4 – IDHM DE PIAUÍ

Fonte: PNUD, Ipea e FJP

Ao compararmos o IDHM dos estados brasileiros, Piauí ocupa a 24ª posição,

ficando a frente apenas de Maranhão (0,639) e Alagoas (0,631) e empatando com Pará

(0,646).

QUADRO 5 – IDHM DE PIAUÍ

Posição Nome IDHM (2010)

1 º Distrito Federal 0,824

2 º São Paulo 0,783

3 º Santa Catarina 0,774

4 º Rio de Janeiro 0,761

5 º Paraná 0,749

6 º Rio Grande do Sul 0,746

7 º Espírito Santo 0,74

8 º Goiás 0,735

9 º Minas Gerais 0,731

10 º Mato Grosso do Sul 0,729

11 º Mato Grosso 0,725

12 º Amapá 0,708

13 º Roraima 0,707

14 º Tocantins 0,699

15 º Rondônia 0,69

16 º Rio Grande do Norte 0,684

17 º Ceará 0,682

18 º Amazonas 0,674

19 º Pernambuco 0,673

20 º Sergipe 0,665

21 º Acre 0,663

22 º Bahia 0,66

23 º Paraíba 0,658

24 º Piauí 0,646

24 º Pará 0,646

25 º Maranhão 0,639

26 º Alagoas 0,631

- Brasil 0,744

0 0,5 1 1,5 2 2,5

2010

2000

1991

Renda Longevidade Educação

15

Em 2010, a taxa de analfabetismo para pessoas com 25 anos ou mais é de

29,16%, 35,92% tinham o ensino fundamental completo, 24,47% possuíam o ensino

médio completo e 7,29%, o superior completo. No Brasil, esses percentuais são,

respectivamente, 11,82%, 50,75%, 35,83% e 11,27%.

QUADRO 6 – ESCOLARIDADE DA POPULAÇÃO DE 25 ANOS OU MAIS - 2010

Fonte: PNUD, Ipea e FJP

A renda per capita média de Piauí cresceu, nas últimas duas décadas, 149,61%,

passando de R$ 167,03, em 1991, para R$ 254,78, em 2000, e para R$ 416,93, em 2010.

A porcentagem de pessoas extremamente pobres no município é de 18,77%. O índice de

Gini, que representa o grau de desigualdade existente de acordo com a distribuição de

renda numa faixa de valores compreendida entre 0 e 1 (onde zero representa um

município sem desigualdades), é de 0,61 em Piauí.

QUADRO 7 - RENDA, POBREZA E DESIGUALDADE – PIAUÍ

1991 2000 2010

Renda per capita (em R$) 167,03 254,78 416,93

% de extremamente pobres 47,84 32,51 18,77

% de pobres 73,22 57,28 34,11

Índice de Gini 0,64 0,65 0,61

Fonte: PNUD, Ipea e FJP

Fundamental incompleto e

analfabeto29%

Fundamental incompleto e alfabetizado

35%

Fundamental completo e

médio incompleto

12%

Médio completo e

superior incompleto

17%

Superior completo

7%

16

Ao compararmos o Índice de Gini dos estados brasileiros, Piauí ocupa a 13ª

posição, próximo a média brasileira de 0,6. Em relação a Renda per capita, o estado fica

em penúltimo lugar, ficando a frente apenas de Maranhão (R$ 360,34). A mesma situação

se repete em relação ao percentual de pessoas extremamente pobres, onde Piauí fica

adiante apenas de Maranhão.

QUADRO 8 - RENDA, POBREZA E DESIGUALDADE – UF

Lugar Índice de Gini

(2010) Renda per capita

(2010) % de extremamente

pobres (2010)

Brasil 0,6 793,87 6,62

Acre 0,63 522,15 15,59

Alagoas 0,63 432,56 16,66

Amazonas 0,65 539,8 16,43

Amapá 0,6 598,98 9,93

Bahia 0,62 496,73 13,79

Ceará 0,61 460,63 14,69

Distrito Federal 0,63 1715,11 1,19

Espírito Santo 0,56 815,43 2,67

Goiás 0,55 810,97 2,32

Maranhão 0,62 360,34 22,47

Minas Gerais 0,56 749,69 3,49

Mato Grosso do Sul

0,56 799,34 3,55

Mato Grosso 0,55 762,52 4,41

Pará 0,62 446,76 15,9

Paraíba 0,61 474,94 13,39

Pernambuco 0,62 525,64 12,32

Piauí 0,61 416,93 18,77

Paraná 0,53 890,89 1,96

Rio de Janeiro 0,59 1039,3 1,98

Rio Grande do Norte

0,6 545,42 10,33

Rondônia 0,56 670,82 6,39

Roraima 0,63 605,59 15,66

Rio Grande do Sul 0,54 959,24 1,98

Santa Catarina 0,49 983,9 1,01

Sergipe 0,62 523,53 11,7

São Paulo 0,56 1084,46 1,16

Tocantins 0,6 586,62 10,21

Fonte: PNUD, Ipea e FJP

17

2.1.3.1 População

Segundo os Censos Demográficos de 1980 a 2010, observa-se que, nas quatro

últimas décadas, Piauí passou por um crescimento populacional. Em 1980 a população

chegava a mais de 2,1 milhões de habitantes e, em 2010, passou a 3,1 milhões habitantes,

crescimento de 42,5%.

QUADRO 9 – POPULAÇÃO DE PIAUÍ

Fonte: Censo Demográfico. Elaboração própria

A estrutura etária do Estado de Piauí evidencia uma população bem jovem. De

acordo com o IBGE, o maior volume populacional concentra-se na faixa entre 10 a 14

anos, em que a população alcança 309.914 habitantes.

De acordo com o Quadro 10, a proporção da população de 0 a 24 anos concentra

47,70% da população total de Piauí, totalizando 1.487.690 habitantes nesta faixa etária.

Os demais 1.630.670 habitantes do de Piauí, um percentual de 52,3%, estão concentrados

na faixa etária de 25 a 100 anos.

0

500.000

1.000.000

1.500.000

2.000.000

2.500.000

3.000.000

3.500.000

1980 1991 1996 2000 2007 2010

2.188.150

2.581.215 2.673.0852.843.278

3.032.421 3.118.360

18

QUADRO 10 – ESTRUTURA ETÁRIA DE PIAUÍ

Fonte: Censo Demográfico. Elaboração própria

O Quadro 11 mostra a evolução da população que reside no Estado de Piauí

nas zonas urbana e rural, que ocorreu ao longo das últimas décadas.

QUADRO 11 – EVOLUÇÃO POPULACIONAL, URBANA E RURAL

Fonte: Censo Demográfico. Elaboração própria

0

50.000

100.000

150.000

200.000

250.000

300.000

350.000

5 o

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no

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35

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40

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1.000.000

1.500.000

2.000.000

2.500.000

1980 1991 1996 2000 2010

Urbana Rural

19

A população urbana de Piauí apresentou entre 1980 e 2010 um crescimento

impressionante de aproximadamente 120%, o que corresponde a 1.119.755 habitantes,

confirmando a evolução do processo de urbanização no estado. A situação do domicílio

rural, em contrapartida, apresenta um quadro diferenciado, pois em 1980 a população era

de 1.256.946 habitantes passando a 1.067.401 em 2010 (Quadro 12).

QUADRO 12 - POPULAÇÃO URBANA E RURAL DE PIAUÍ ENTRE OS ANOS

1960 E 2014

Período População Total População Urbana População Rural Densidade

Demográfica (hab./km²)

Quantidade % Quantidade %

1960 1.263.368 298.152 23,6% 965.216 76,4% 5,02

1970 1.734.894 561.081 32,3% 1.173.813 67,7% 6,90

1980 2.188.150 931.204 42,6% 1.256.946 57,4% 8,70

1991 2.581.215 1.366.218 52,9% 1.214.997 47,1% 10,26

1996 2.673.085 1.556.115 58,2% 1.116.970 41,8% 10,62

2000 2.843.278 1.788.590 62,9% 1.054.688 37,1% 11,30

2010 3.118.360 2.050.959 65,8% 1.067.401 34,2% 12,39

20142 3.194.718 - - - - 12,70

Fonte: Censo Demográfico e estimativa populacional (IBGE). Elaboração própria

Percebe-se que nas últimas três décadas houve um declínio no crescimento

populacional como pode ser observado no Quadro 13.

QUADRO 13 - EVOLUÇÃO DAS TAXAS DE CRESCIMENTO POPULACIONAL

DE PIAUÍ

Ano 1950 1960 1970 1980 1991 1996 2000 2010

Piauí 1.045.696 1.263.368 1.734.894 2.188.150 2.581.215 2.673.085 2.843.278 3.118.360

Taxa - 21% 37% 26% 18% 4% 6% 10%

Fonte: Censo Demográfico (IBGE). Elaboração própria

2.1.3.1.1 Densidade Demográfica

2 Os dados de 2014 foram retirados das estimativas populacionais do IBGE.

20

Piauí possui, atualmente, uma densidade média de 12,39 habitantes por

quilômetro quadrado, distribuídos entre a zona urbana e rural. Os ambientes urbanos

abrigam, cada vez mais, um maior percentual da população, apresentando assim maior

densidade populacional, conforme mostra o Quadro 14.

QUADRO 14 - DENSIDADE DEMOGRÁFICA DE PIAUÍ ENTRE 1960 – 2010

Ano População (hab.) Densidade (hab./km²) Crescimento (%)

1960 1.263.368 5,02 -

1970 1.734.894 6,90 37%

1980 2.188.150 8,70 26%

1991 2.581.215 10,26 18%

1996 2.673.085 10,62 4%

2000 2.843.278 11,30 6%

2010 3.118.360 12,39 10%

Fonte: IBGE.

2.1.3.1.2 Taxa de Mortalidade

A taxa de mortalidade infantil, reflete, de maneira geral, o acesso e a qualidade

dos recursos disponíveis para atenção à saúde materna e da população infantil. Esse

indicador mede a razão entre o número de mortes de crianças até um ano de idade e o

número de nascidos vivos em determinado ano e local. O Quadro 15 mostra a taxa de

mortalidade infantil e de fecundidade para as unidades federativas, regiões e Brasil.

21

QUADRO 15 – TAXA DE MORTALIDADE E FECUNDIDADE - 2013

Grandes Regiões e Unidades da Federação

Taxa de fecundidade total

Taxa de mortalidade infantil

Brasil 1,77 15

Norte 2,22 19,2

Rondônia 1,83 21,3

Acre 2,59 19,2

Amazonas 2,38 20

Roraima 2,34 17,8

Pará 2,2 18,3

Amapá 2,42 23,9

Tocantins 2,02 17,4

Nordeste 1,89 19,4

Maranhão 2,28 24,7

Piauí 1,83 21,1

Ceará 1,82 16,6

Rio Grande do Norte 1,8 17

Paraíba 1,85 19

Pernambuco 1,83 14,9

Alagoas 2,04 24

Sergipe 1,83 18,9

Bahia 1,79 19,9

Sudeste 1,63 11,6

Minas Gerais 1,63 12,6

Espírito Santo 1,67 10,1

Rio de Janeiro 1,62 12,7

São Paulo 1,63 10,8

Sul 1,62 10,4

Paraná 1,68 10,6

Santa Catarina 1,58 10,1

Rio Grande do Sul 1,60 10,5

Centro-Oeste 1,74 15,6

Mato Grosso do Sul 1,92 15,4

Mato Grosso 1,91 18,1

Goiás 1,66 16,2

Distrito Federal 1,59 11,2

Fonte: Síntese de Indicadores Sociais 2014, IBGE

A estimativa da mortalidade infantil no Brasil, em 2013, foi de 15,0 mortes para

1.000 nascidos vivos. A melhoria neste indicador foi significativa, uma vez que em 2000

era estimado em 29,0 mortes por 1.000 nascidos vivos, representando uma queda de

22

48,2%. Entretanto, em 2013, desigualdades regionais ainda podiam ser observadas:

Regiões Nordeste (19,4), Norte (19,2) e Centro-Oeste (15,6) com valores maiores ao da

média nacional, enquanto, Sudeste (11,6) e Sul (10,4) apresentavam valores inferiores.

Os valores extremos na estimativa da taxa de mortalidade infantil foram observados no

Maranhão (24,7 mortes por 1.000 nascidos vivos) e em Santa Catarina (10,1).

23

3 DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DOS SERVIÇOS DE

SANEAMENTO BÁSICO NO ESTADO DE PIAUÍ

Esta Seção contextualiza a atual situação da cobertura e da qualidade dos

serviços públicos de saneamento básico no Estado de Piauí.

3.1 Piauí tem índices de cobertura inferiores aos principais

estados do país

A análise dos índices de cobertura dos serviços de água e saneamento no Estado

de Piauí indica que se encontram abaixo de algumas das principais capitais do país.

Quatro indicadores foram analisados: (i) atendimento total e urbano de água, (ii)

atendimento total e urbano de esgoto, (iii) tratamento de esgoto e (iv) nível de perdas. A

fonte utilizada foi o Sistema Nacional sobre o Saneamento (SNIS 2013), cujos dados

foram disponibilizados pelo Ministério das Cidades em dezembro de 2014, sendo os mais

atuais do setor de saneamento. Os resultados da análise são mostrados a seguir.

3.1.1 Atendimento total (urbano e rural) de água

Para análise do atendimento de água nos estados foi utilizado o IN055 – Índice

de atendimento total de água (%), que mostra qual o percentual da população (urbana e

rural) tem acesso a uma rede de água potável. O Quadro 16 mostra a comparação desse

indicador entre algumas das principais capitais brasileiras em 2013.

24

QUADRO 16 – ÍNDICE DE ATENDIMENTO TOTAL DE ÁGUA (%)

Fonte: SNIS, elaboração própria.

Nota-se que o Estado de Piauí possui um nível de atendimento em água menor

que todas as Unidades Federativas localizadas no Sudeste, Sul e Centro-oeste, ficando a

frente apenas de alguns estados como Maranhão (53,3%), Acre (42,6%), Pará (42,2%),

Rondônia (38,7%) e Amapá (36,1%). O Distrito Federal e São Paulo são os estados com

a maior cobertura de água com 98,2% e 95,8%, respectivamente.

Em 2013, o Estado de Piauí atingiu um nível de atendimento de 67,12%. Este

último dado representa que mais de 970 mil pessoas não possuem acesso à rede de

água. Além disso, Piauí está abaixo da média nacional de 82,5%.

Um dos motivos para essa diferença é que o Piauí tem uma proporção de

população rural (34,2%) muito maior do que a média do Brasil (15,6%). Tal população

não é, em geral, atendida pela rede de água da concessionária de água. Justamente por

isso, o Piauí tem indicador total de abastecimento de água por rede pública (67%) muito

menores do que o indicador urbano de atendimento em água (95%), como será mostrado

em seguida.

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Pau

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Acr

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Am

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98 9691 89 87 86 86 86 86 84 83 83 81 81 80 77 76 76 75 73 71 70 67

53

43 42 39 36

25

3.1.2 Atendimento urbano de água

Para análise do atendimento urbano de água nos estados foi utilizado o IN023 –

Índice de atendimento urbano de água (%), que mostra qual o percentual da população

urbana que tem acesso a uma rede de água potável. O Quadro 17 mostra a comparação

desse indicador entre algumas das principais capitais brasileiras em 2013.

QUADRO 17 – ÍNDICE DE ATENDIMENTO URBANO DE ÁGUA (%)

Fonte: SNIS, elaboração própria.

Piauí está na 11ª posição no ranking de atendimento urbano de água, acima da

média nacional (93%) mostrando que possui um bom nível no referido indicador. Os

Estados de Paraná e Mato Grosso do Sul conseguiram alcançar a universalização em

2013, ou seja, 100% da população tem acesso a água tratada. Já Roraima, Minas Gerais,

São Paulo, Distrito Federal, Santa Catarina e Mato Grosso atendem a mais de 95% dos

habitantes, mostrando que essas Unidades Federativas estão próximas da universalização.

Os principais desafios encontram-se na Região Norte, como Amapá (39%), Rondônia

(51%) e Pará (54%).

O Piauí atingiu um nível de atendimento de 95,06%. Este último dado representa

que mais de 90 mil pessoas não possuem acesso à rede de água nas áreas urbanas.

Ademais, Piauí está acima da média nacional de 92,98%.

Par

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Mar

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100100 99 99 99 98 97 96 95 95 95 95 94 94 93 93 93 91 91 90 89 85 8276

57 54 51

39

26

3.1.3 Atendimento total (urbano e rural) de esgoto

Para análise do atendimento de esgoto nos estados foi usado o IN056 – Índice

de atendimento de esgoto (%), que mostra o percentual da população (urbana e rural) do

estado tem seu esgoto coletado. O Quadro 18 mostra a comparação desse indicador entre

as capitais brasileiras e a média brasileira em 2013.

QUADRO 18 – ÍNDICE DE ATENDIMENTO TOTAL DE ESGOTO (%)

Fonte: SNIS 2013, elaboração própria.

Nota-se que o Estado de Piauí possui um nível de coleta menor que todas as

Unidades Federativas localizadas no Sudeste, Sul, Centro-oeste e Nordeste, ficando a

frente apenas de alguns estados como Amazonas (6,4%), Amapá (4,1%), Pará (3,7%) e

Rondônia (3,6%).

Em 2013, o Piauí atingiu um nível de coleta de 6,64%, o que significa que

mais de 2,7 milhões de pessoas não possuem acesso a esgoto no estado. Ademais, o

Piauí está abaixo da média nacional de 48,64%.

0

10

20

30

40

50

60

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90

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8783

74

63 60

4942 42

3631 29

25 25 25 22 20 19 18 16 15 1510 10 7 6 4 4 4

27

3.1.4 Atendimento urbano de esgoto

Para análise do atendimento urbano de esgoto nos estados foi usado o IN024 –

Índice de atendimento urbano de esgoto (%), que mostra o percentual da população

urbana do estado que tem seu esgoto coletado. O Quadro 19 mostra a comparação desse

indicador entre as capitais brasileiras e a média brasileira em 2013.

QUADRO 19 – ÍNDICE DE ATENDIMENTO URBANO DE ESGOTO (%)

Fonte: SNIS 2013, elaboração própria.

O Estado de Piauí possui um nível de coleta menor que todas as Unidades

Federativas localizadas no Sudeste, Sul, Centro-oeste e Nordeste, ficando a frente apenas

de alguns estados como Amazonas (7,4%), Pará (5%), Rondônia (4,8%) e Amapá (4,6%).

Piauí atingiu, em 2013, um nível de coleta urbana de 9,53%, o que significa que

mais de 1.800.000 pessoas não possuem acesso a esgoto. Ademais, o Piauí está abaixo da

média nacional de 56,30%.

3.1.5 Tratamento de esgoto

Para análise do atendimento de esgoto nos estados foi usado o IN046 - Índice de

esgoto tratado referido à água consumida (%), que mostra o percentual do volume de

São

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Min

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9085 83

7064

5648 46 42 42

33 33 32 3227 24 23 21 20 19 17 16 14

10 7 5 5 5

28

esgoto tratado em relação ao volume de água consumido. O Quadro 20 mostra a

comparação desse indicador entre as capitais brasileiras e a média brasileira em 2013.

QUADRO 20 - ÍNDICE DE ESGOTO TRATADO REFERIDO À ÁGUA

CONSUMIDA (%)

Fonte: SNIS 2013, elaboração própria.

Nota-se que o Estado de Piauí possui um nível de coleta menor que todas as

Unidades Federativas localizadas no Sudeste, Sul e Centro-oeste, ficando a frente apenas

de alguns estados como Maranhão, Amapá, Rondônia e Pará. Em 2013, apenas 8,3% do

volume de esgoto gerado foi tratado pelo Estado de Piauí, nível bem inferior à média

nacional de 39,01%.

Em 2013, o Estado de Piauí coletou 8.874.880 m³ de esgoto e tratou 8.573.630

m³, ou seja, 96,61% do volume de esgoto coletado foi tratado.

3.1.6 Nível de perdas (faturamento e distribuição)

Para análise do nível de perdas de água sobre faturamento nos estados foi

utilizado o IN013 – Índice de perdas sobre faturamento (%), que mostra qual o percentual

de água é produzida e não é faturada pelo prestador. Esta perda se dá em função de perdas

aparentes (por submedição, cadastramento incorreto e fraude de hidrômetros) e perdas

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66 64

53

47 45 4539

34 34 33 33 33 3226 24 24 22 21 20 19 18 18

138 6 6 5 3

29

físicas (vazamentos). O Quadro 21 mostra a comparação desse indicador entre alguns dos

principais estados brasileiros em 2013.

QUADRO 21 – ÍNDICE DE PERDAS SOBRE FATURAMENTO (%)

Fonte: SNIS, elaboração própria.

Em 2013, 47,07% da água produzida não foi faturada pelo Estado de Piauí,

acima da média nacional de 36,74%. Ademais, dezesseis estados possuem perdas

menores do que o Estado em questão, sendo que Paraná (21,47%) e Espirito Santos

(22,58%) possuem o menor nível de perdas entre todas as unidades federativas.

Para análise do nível de perdas de água na distribuição nos estados foi utilizado

o IN049 – Índice de perdas na distribuição (%), que representa a diferença entre o volume

de água produzido e volume de água consumido.

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21 23 25 25 25 26 27 29 30 33 3437 39 41

46 46 46 47 48 51 5156 58

62 63 6467

77

30

QUADRO 22 – ÍNDICE DE PERDAS NA DISTRIBUIÇÃO (%)

Fonte: SNIS, elaboração própria.

Em 2013, 51,82% da água produzida não foi consumida pelo Estado de Piauí,

acima da média nacional de 36,95%. Ademais, dezenove estados possuem perdas

menores do que o Estado em questão, sendo que Distrito Federal (27,27%) e Espirito

Santos (28,78%) possuem o menor nível de perdas entre todas as unidades federativas.

Os grandes desafios se encontram em dois estados da Região Norte, Roraima (59,74%) e

Amapá (76,54%).

3.2 Capital Teresina está entre os 20 piores no ranking do

saneamento

No Ranking do Saneamento das 100 maiores cidades brasileira, divulgado pelo

Instituto Trata Brasil, Teresina aparece em 89º lugar, indicando um atraso nesse serviço

em relação a outras grandes cidades brasileiras.

O Instituto Trata Brasil publica anualmente o “Ranking do Saneamento” que é

uma avaliação dos serviços de saneamento básico prestados nas 100 maiores cidades do

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27 29 31 33 33 33 34 34 34 34 36 37 37 37 3842

46 47 47 49 52 53 54 55 5659 60

77

31

País em termos populacionais3. A base de dados utilizada pelo Instituto é o Sistema

Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), divulgado pelo Ministério das

Cidades, e que reúne informações fornecidas pelas empresas prestadoras dos serviços

nessas cidades. No último Ranking disponível, de 2015, os dados utilizados são do SNIS

2013.

O Quadro 23 mostra os indicadores e suas ponderações utilizadas para a

composição do Ranking do Saneamento.

QUADRO 23 – INDICADORES E PONDERAÇÕES DO RANKING DO

SANEAMENTO

Grupo Indicador Ponderação

Nível de cobertura Água 10% 60%

Coleta 25%

Tratamento 25%

Melhora da cobertura Investimentos/Arrecadação 10% 25%

Novas Ligações de Água/ Ligações

Faltantes*

5%

Novas Ligações de Esgoto/ Ligações

Faltantes*

10%

Nível de Eficiência Perdas 10% 15%

Evolução Perdas 5%

Total 100,00% 100,00%

*Por ligações faltantes, entendam-se as ligações faltantes para universalização do serviço.

Fonte: Instituto Trata Brasil. Elaboração própria

O

Quadro 24 resume os indicadores por grupo, além de fornecer uma breve

explicação de seu significado.

3 O critério de avaliação nas 100 maiores cidades em termos populacionais passou a ser considerado na

revisão metodológica do Ranking que ocorreu em 2012, baseado no SNIS 2010. Para a elaboração dos

Rankings que utilizaram as bases de dados dos SNIS 2003 a 2009 eram considerados apenas os municípios

com mais de 300.000 habitantes, que totalizavam 81 municípios em 2009.

32

QUADRO 24 – RESUMO DOS INDICADORES

Grupo Indicador Indicadores/ Informações

SNIS Breve Explicação

Nível de

cobertura

Água IN055

População urbana e rural

atendida por abastecimento

de água

Coleta IN056 População urbana e rural

atendida por coleta de esgoto

Tratamento IN046

Volume de esgoto tratado em

relação ao volume de água

consumido

Melhora da

cobertura

Investimentos/Arrecadação FN006/FN033/FN048/FN058

Porcentagem da arrecadação

do município investida no

sistema

Novas Ligações de

Água/Ligações Faltantes AG021/IN055

Porcentagem realizada do

número de ligações faltantes

para universalização

Novas Ligações de Esgoto/

Ligações Faltantes ES009/IN056

Porcentagem realizada do

número de ligações faltantes

para universalização

Nível de

Eficiência

Perdas

AG006/AG011/

AG018

Perdas de água medida em

porcentagem da água

produzida

Evolução Perdas Evolução das perdas dos

municípios

Fonte: SNIS, Instituto Trata Brasil. Elaboração própria

33

QUADRO 25 – TERESINA ESTÁ ENTRE OS 20 PIORES DO RANKING DO

SANEAMENTO (89ª POSIÇÃO)

Fonte: Instituto Trata Brasil, elaboração própria.

Na última publicação do estudo, Teresina ficou com a 89 ª posição, sendo que não

houve alteração em relação ao ranking do ano passado. Em 2013, Teresina estava entre

os dez piores, já que ocupava a 92ª posição.

34

QUADRO 26 – HISTÓRICO DE POSIÇÕES DO MUNICÍPIO DE TERESINA NO

RANKING DO SANEAMENTO

Fonte: Instituto Trata Brasil, elaboração própria.

A principal explicação para essa queda é o baixo nível de coleta e tratamento de

esgoto no Município de Teresina em relação aos demais municípios que integram o

Ranking do Saneamento. Ademais, o nível do percentual da arrecadação do município

investida no sistema foi caindo ao longo dos anos. O Quadro 27 mostra a evolução dos

serviços de saneamento em Teresina.

QUADRO 27 – SERVIÇOS DE SANEAMENTO EM TERESINA

Ranking Trata Brasil

Índice de atendimento

total em esgoto (%)

Índice de esgoto tratado referido à água consumida

(%)

Investimentos/ Arrecadação (%)

Índice de perdas

totais sobre faturamento

(%)

2013 16,02 16,02 20 54,47

2014 16,33 14,73 12 51,24

2015 17,87 14,60 6 49,29

Fonte: Ranking Trata Brasil, elaboração própria

--

86

92

89 89

2012 2013 2014 2015

35

4 ANÁLISE DO PRESTADOR DE SERVIÇOS DE

SANEAMENTO - AGESPISA

O propósito desta seção é apresentar um diagnóstico do prestador de serviços

AGESPISA (Águas e Esgotos do Piauí S.A.). Na Seção 5.1 está um breve histórico da

companhia de saneamento, na Seção 5.2 há uma análise dos municípios operados, a Seção

5.3 mostra a evolução nos serviços de água e esgoto. Por fim, a Seção 5.4 apresenta um

benchmark com as principais operados brasileiras de saneamento.

4.1 Histórico do prestador de serviços

A AGESPISA (Águas e Esgotos do Piauí S.A.) é uma sociedade de economia

mista, pessoa jurídica de direito privado, que tem o Governo do Estado do Piauí como

acionista majoritário.

Foi criada através das leis estaduais n.º 2.281, de 27 de julho de 1962 e 2.387,

de 12 de dezembro de 1962 e tem como objetivo executar a política de abastecimento de

água e de esgotamento sanitário do Piauí.

4.2 Análise histórica dos indicadores de AGESPISA

Esta subseção analisa de como ocorreu a evolução nos serviços de água, coleta,

tratamento de esgoto e perdas no entre os anos de 2009 e 2013 da AGESPISA.

4.2.1 Evolução no atendimento total (urbano e rural) em água entre 2009

e 2013

Para análise do atendimento de água nos municípios foi utilizado o IN055 –

Índice de atendimento total de água (%), que mostra qual o percentual da população

(urbana e rural) tem acesso a uma rede de água potável. O Quadro 28 mostra a evolução

desse indicador entre 2009-13.

36

QUADRO 28 - ÍNDICE DE ATENDIMENTO TOTAL DE ÁGUA (%) (2009 - 2013)

Fonte: SNIS, elaboração própria

Com relação a este indicador, AGESPISA apresentou um avanço no período

analisado. O prestador de serviços de saneamento aumentou seu nível de atendimento em

água 2,9 pontos percentuais (p.p.), passando de 63,6% em 2009 para 66,4% em 2013.

4.2.2 Evolução no atendimento urbano de água entre 2009 e 2013

Para análise do atendimento de água nos municípios foi utilizado o IN023 –

Índice de atendimento urbano de água (%), que mostra qual o percentual da população

urbana que tem acesso a uma rede de água potável. O Quadro 29 mostra a evolução desse

indicador entre 2009-13.

62,0

62,5

63,0

63,5

64,0

64,5

65,0

65,5

66,0

66,5

2009 2010 2011 2012 2013

63,6

64,7 64,7

66,0

66,4

37

QUADRO 29 - ÍNDICE DE ATENDIMENTO TOTAL DE ÁGUA (%) (2009 - 2013)

Fonte: SNIS, elaboração própria

Com relação a este indicador, AGESPISA apresentou um avanço no período

analisado. O prestador de serviços de saneamento aumentou seu nível de atendimento

urbano em água 1,72 pontos percentuais p.p., passando de 93,2% em 2009 para 94,9%

em 2013.

4.2.3 Evolução no atendimento total (urbano e rural) em esgoto entre 2009

e 2013

Para análise do atendimento de água nos municípios foi utilizado o IN056 –

Índice de atendimento de esgoto (%). O Quadro 35 mostra a evolução desse indicador

entre 2009 e 2013.

80,0

82,0

84,0

86,0

88,0

90,0

92,0

94,0

96,0

2009 2010 2011 2012 2013

93,292,7 92,7

94,6 94,9

38

QUADRO 30 - ÍNDICE DE ATENDIMENTO TOTAL DE ESGOTO (%) (2009 -

2013)

Fonte: SNIS, elaboração própria

Com relação a este indicador, AGESPISA apresentou um avanço no período

analisado. O prestador de serviços de saneamento aumentou seu nível de atendimento em

esgoto em 1,3 p.p., passando de 5,14% em 2009 para 6,43% em 2013.

4.2.4 Evolução no atendimento urbano em esgoto entre 2009 e 2013

Para análise do atendimento de água nos municípios foi utilizado o IN024 –

Índice de atendimento de esgoto (%). O Quadro 35 mostra a evolução desse indicador

entre 2009 e 2013.

0

1

2

3

4

5

6

7

2009 2010 2011 2012 2013

5,145,39

5,716,03

6,43

39

QUADRO 31 - ÍNDICE DE ATENDIMENTO URBANO DE ESGOTO (%) (2009 -

2013)

Fonte: SNIS, elaboração própria

Com relação a este indicador, AGESPISA apresentou um avanço no período

analisado. O prestador de serviços de saneamento aumentou seu nível de atendimento em

esgoto em 1,7 p.p., passando de 7,6% em 2009 para 9,3% em 2013.

4.2.5 Evolução no tratamento de esgoto entre 2009 e 2013

Para análise do atendimento de água nos municípios foi utilizado o IN046 -

Índice de esgoto tratado referido à água consumida (%). O Quadro 32 mostra a evolução

desse indicador entre 2009e 2013.

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

5,0

6,0

7,0

8,0

9,0

10,0

2009 2010 2011 2012 2013

7,6 7,88,2

8,79,3

40

QUADRO 32 - ÍNDICE DE TRATAMENTO DE ESGOTO (%) (2009 - 2013)

Fonte: SNIS, elaboração própria

Com relação a este indicador, AGESPISA não apresentou um avanço algum no

período analisado. O prestador de serviços de saneamento manteve seu nível de

tratamento de esgoto de 8,33%.

4.2.6 Evolução do nível de perdas entre 2009 e 2013

Para análise do nível de perdas de água nos estados foi utilizado o IN013 – Índice

de perdas sobre faturamento (%). O Quadro 33 mostra a evolução desse indicador entre

2009-13.

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

2009 2010 2011 2012 2013

8,33

7,03

9,588,91

8,33

41

QUADRO 33 - ÍNDICE DE PERDAS SOBRE FATURAMENTO (%) (2009 - 2013)

Fonte: SNIS, elaboração própria

Com relação a este indicador, AGESPISA apresentou um avanço no período

analisado. O prestador de serviços de saneamento diminuiu seu nível de perdas em 10,9

p.p., passando de 55,34% em 2009 para 44,38% em 2013.

Para análise do nível de perdas de água nos estados foi utilizado o IN049 – Índice

de perdas na distribuição (%). O Quadro 34 mostra a evolução desse indicador entre 2009-

13.

QUADRO 34 - ÍNDICE DE PERDAS NA DISTRIBUIÇÃO (%) (2009 - 2013)

Fonte: SNIS, elaboração própria

0

10

20

30

40

50

60

2009 2010 2011 2012 2013

55,34

46,17

54,09

46,9744,38

30

35

40

45

50

55

60

65

2009 2010 2011 2012 2013

61,08

53,62

59,95

54,3451,89

42

Com relação a este indicador, AGESPISA apresentou um avanço no período

analisado. O prestador de serviços de saneamento diminuiu seu nível de perdas em 9,19

p.p., passando de 61,08% em 2009 para 51,89% em 2013.

4.3 Benchmark entre AGESPISA e as principais empresas de

saneamento do Setor

Esta subseção apresenta um benchmark da atual situação da AGESPISA com as

principais operados brasileiras de saneamento.

Para avaliar os índices da AGESPISA, selecionou-se um grupo de outras sete

empresas estaduais comparáveis, conforme mostra o Quadro 35. Ressalte-se que o setor

de saneamento no Brasil ainda não pode ser considerado desenvolvido. Desta forma,

deve-se ter cuidado ao avaliar uma empresa em relação a outras brasileiras, pois as

empresas da amostra podem ter, também, índices abaixo do desejável.

QUADRO 35 - EMPRESAS UTILIZADAS NO BENCHMARK

Empresa Estado

CAEMA MA

CAGECE CE

AGESPISA PI

EMBASA BA

SABESP SP

COPASA MG

SANEPAR PR

SANEATINS TO

A CAGEPA é a décima quinta maior em termos de número de população total dos

municípios por ela atendidos, atrás das empresas de São Paulo, Minas Gerais, Rio de

Janeiro, Bahia, Paraná, Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Sul, Goiás, Pará e São Luís

(Quadro 36).

43

QUADRO 36 - POPULAÇÃO TOTAL DOS MUNICÍPIOS COM

ABASTECIMENTO DE ÁGUA

Fonte: SNIS 2013

4.3.1 Indicadores de cobertura

4.3.1.1 Índice de cobertura total de água e esgoto

O índice de cobertura total de água da AGESPISA em 2013, conforme SNIS, foi

de 66% (incluindo áreas rurais). Dentre as empresas da amostra, o valor está bastante

baixo, sendo a última do ranking. De forma similar, o índice de atendimento de esgoto da

AGESPISA também está abaixo da média da amostra. (Quadro 37 e Quadro 38).

0

5.000.000

10.000.000

15.000.000

20.000.000

25.000.000

30.000.000SA

BES

P

CO

PA

SA

CED

AE

EMB

ASA

SAN

EPA

R

CO

MP

ESA

CA

GEC

E

CO

RSA

N

SAN

EAG

O

CO

SAN

PA

CA

EMA

CA

GEP

A

CA

SAN

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ERN

AG

ESP

ISA

CA

ESB

CES

AN

CA

SAL

DES

O

SAN

ESU

L

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ERD

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EATI

NS

CO

PA

NO

R

DEP

ASA

CA

ESA

CA

ER

CO

SAM

A

2.812.387

44

QUADRO 37 - ÍNDICES DE ATENDIMENTO DE ÁGUA (%)

Fonte: SNIS 2013, elaboração própria.

QUADRO 38 - ÍNDICES DE ATENDIMENTO DE ESGOTO (%)

Fonte: SNIS 2013, elaboração própria.

4.3.1.2 Índice de tratamento de esgoto

O índice de tratamento de esgoto da AGESPISA em 2013, conforme SNIS, foi de

66% (incluindo áreas rurais). Dentre as empresas da amostra, o valor está bem baixo,

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

10095,4

91,0484,41 81,47

76,32

66,4 66,2

46,12

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90 84,41

61,06 60,57

28,6923,5

18,2511,69

6,43

45

sendo a última do ranking. De forma similar, o índice de atendimento de esgoto da

AGESPISA também está abaixo da média da amostra (Quadro 39).

QUADRO 39 - ÍNDICES DE TRATAMENTO DE ESGOTO (%)

Fonte: SNIS 2013, elaboração própria.

4.3.2 Indicadores operacionais

4.3.2.1 Despesas de exploração

A ARGESPISA teve em 2013 despesas de exploração por metro cúbico faturado

de água e esgoto de R$ 2,88 /m3. O maior valor da amostra.

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0 65,0

50,9 50,6

35,7 35,7

18,2

8,36,1

46

QUADRO 40 - DESPESAS DE EXPLORAÇÃO (R$/M³)

Fonte: SNIS 2013, elaboração própria.

4.3.2.2 Inadimplência

A inadimplência, segundo o SNIS 2013 mostra a AGESPISA em quarto lugar,

perdendo apenas para a EMBASA, CAEMA e COPASA. Os dois primeiros prestadores

de serviços apresentaram um valor bastante anormal indica que deve ser interpretado com

cautela. Em linhas gerais, um valor alto de inadimplência pode significar processos de

cobrança ineficientes, um cliente/setor específico com problemas de pagamento ou ainda

uma legislação que dificulte a cobrança (como a proibição de corte do fornecimento de

água para os inadimplentes). Além disso, SANEATINS apresentou um índice negativo,

já que a arrecadação total em 2013 (R$ 217 milhões), foi maior que a receita operacional

total (R$ 213 milhões).

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

3,00

1,22

1,48 1,57 1,62 1,691,90

2,24

2,88

47

QUADRO 41 - INADIMPLÊNCIA (%)

Fonte: SNIS 2013, elaboração própria.

4.3.3 Indicadores financeiros

4.3.3.1 Margem operacional

A margem operacional é calculada por meio da divisão do resultado operacional

pela receita operacional. É um indicador importante para auferir a eficiência da operação

da empresa, pois não inclui despesas financeiras ou depreciação em seu cálculo.

A margem operacional da AGESPISA, segundo SNIS 2013, foi de -18,5%, o

pior da amostra de empresas. Como a margem é negativa, isto pode significar

incompatibilidade entre os custos e as receitas da empresa. Pode ser preocupante

particularmente para empresas que tenham que amortizar empréstimos e financiamentos

ou realizar grandes investimentos nos próximos anos.

-5

0

5

10

15

20

25

30

3530,54

14,17

5,783,7

2,46 2,110,58

-1,45

48

QUADRO 42 - MARGEM OPERACIONAL (%)

Fonte: SNIS, elaboração própria.

4.3.3.2 Margem líquida

A margem líquida é calculada por meio da divisão do lucro líquido pela receita

operacional. É um indicador importante para auferir a eficiência total da empresa e, mais

importante, para indicar a capacidade da empresa em suportar investimentos. O lucro

líquido das empresas é utilizado em sua grande parte para a realização de investimentos

no período subsequente a que é gerado.

A margem líquida da AGESPISA, segundo SNIS 2013, foi de 6,7%, valor

abaixo da média da amostra de empresas, com exceção de CAEMA. Agravando este fato,

como dito anteriormente, a amostra contém empresas com margens líquidas bastante

deterioradas, de forma que a média já é um número insuficiente para o indicador.

-20,0

-10,0

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

-18,5

15,8 17,020,9

29,735,2

40,4 42,0

49

QUADRO 43 - MARGEM LÍQUIDA (%)

Fonte: SNIS, elaboração própria.

4.3.3.3 Desempenho financeiro

O indicador de desempenho financeiro é calculado pela divisão das receitas

operacionais diretas pelas despesas totais com os serviços. Quanto maior o índice, melhor

o resultado da empresa.

A AGESPISA no ano de apuração dos dados teve um indicador de desempenho

financeiro de 76,6%, em último lugar da amostra. Além disso, o fato de ser abaixo de

100% significa que as receitas não foram suficientes para pagar todas as despesas daquele

ano.

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

2,1

6,7

10,712,2

21,0

23,825,2

29,3

50

QUADRO 44 - DESEMPENHO FINANCEIRO (%)

Fonte: SNIS 2013. Elaboração própria.

4.4 Municípios operados

AGESPISA opera em 157 municípios do Estado do Piauí (de um total de 224),

sendo que 63 municípios cujos contratos de concessão estão vigentes até 2034, 33

Contratos assinados após publicação da Lei Federal 11.107/2005, de 06 de abril de 2005,

dez em que a AGESPISA operado e que assinatura de contratos está em negociação, doze

são contratos antigos e 39 são contratos vencidos em negociação.

Segundo dados do SNIS, 97% dos municípios atendidos pela AGESPISA têm

menos de 50.000 habitantes. Outros três municípios estão entre 50.000 e 100.000

habitantes. Um município possui entre 100.000 e 250.000 habitantes. Finalmente,

Teresina tem mais de 500.000 habitantes (836.475 habitantes), conforme é mostrado no

Quadro 45.

0

20

40

60

80

100

120

140 130,07

117,7 115,65 111,44 110,78 109,08

91,98

76,63

51

QUADRO 45 – DISTRIBUIÇÃO DOS MUNICÍPIOS ATENDIDOS PELA

AGESPISA POR FAIXA POPULACIONAL

Fonte: SNIS 2013, elaboração própria

4.4.1 Análise do atendimento em água dos municípios operados

Para medir o atendimento de água no município, utilizou-se o IN055 - Índice de

atendimento total de água (%) e o IN023 – Índice de atendimento urbano de água. O

Quadro 46 apresenta alguns dados que refletem, para estes indicadores, a situação dos

municípios operados pela AGESPISA.

QUADRO 46 - ESTATÍSTICAS PARA ÁGUA

Atendimento urbano de água (%)

Atendimento total de água (%)

MÁXIMO 98,90 93,57

MÉDIA 89,39 46,98

MEDIANA 97,00 46,57

DESV. PAD. 19,37 20,10

MÍNIMO 0,00 0,00

45

51

57

3 1 - 1

28%

61%

97% 99% 99% 99% 100%

0

10

20

30

40

50

60

0%

20%

40%

60%

80%

100%

120%

Até 5.000habitantes

Até 10.000habitantes

Até 50.000habitantes

Até 100.000habitantes

Até 250.000habitantes

Até 500.000habitantes

Até1.000.000habitantes

Número de municipios por faixa populacional Percentual acumulado

52

O máximo que os municípios possuem em atendimento de água é 93,57%, que

é o caso de Guadalupe, logo em seguida vem a Capital Teresina com 92,80%. Há quatro

municípios que não possuem atendimento de água.

A média de atendimento dos municípios é 46,98% e a mediana 46,57%. Isso

indica que, no geral, os municípios considerados possuem níveis de atendimento em

água abaixo de 50% e também à média brasileira total, que, de acordo com o SNIS

2013 é de 82,5%.

O máximo que os municípios possuem em atendimento urbano de água é

98,90%, que é o caso de São João do Piauí e São Francisco do Piauí. Há quatro municípios

que não possuem atendimento de água.

A média de atendimento dos municípios é 89,39% e a mediana 97%. Isso

indica que, no geral, os municípios considerados possuem níveis de atendimento

urbano em água acima de 50% e também à média brasileira urbana, que, de acordo

com o SNIS 2013 é de 92,98%.

O Quadro 47 mostra, para o indicador de água, como estão divididos os

municípios por faixas de atendimento de 20%.

QUADRO 47 – DISPERSÃO POR FAIXA DE ATENDIMENTO DE ÁGUA

<=20% 20,1-40% 40,1-60% 60,1-80% >80%

5 1 412

136

11

47

59

32

9

Atendimento Urbano de água Atendimento Total de água

53

No atendimento total de água, vemos que a maioria dos municípios (117)

possuem atendimento de água menor do que 60%, o que indica que a maioria dos

municípios se encontram longe da universalização desse serviço.

Em atendimento urbano de água, vemos que a maioria dos municípios (136)

possuem atendimento de água maior do que 80%, o que indica que a maioria dos

municípios estão perto da universalização desse serviço.

O Quadro 48 e o Quadro 49 mostram, para o indicador urbano de água, quais

são os melhores e os piores.

QUADRO 48 – MELHORES PARA ATENDIMENTO URBANO DE ÁGUA

Município Atendimento urbano de água (percentual)

Atendimento total de água (percentual)

Diferença pontos percentuais

São João do Piauí 98,9 68,16 31

São Francisco do Piauí 98,9 31,13 68

Marcos Parente 98,8 85,24 14

Luís Correia 98,8 43,96 55

Matias Olímpio 98,5 45,11 53

Passagem Franca do Piauí 98,4 53,69 45

Patos do Piauí 98,4 27,24 71

Várzea Branca 98,4 22,97 75

Teresina 98,3 92,8 6

Prata do Piauí 98,3 81,28 17

Uruçuí 98,3 75,61 23

Joaquim Pires 98,3 30,29 68

Monsenhor Gil 98,2 50,48 48

Wall Ferraz 98,2 26,73 71

Piracuruca 98,1 68,5 30

Redenção do Gurguéia 98,1 62,32 36

Jerumenha 98,1 55,19 43

Paulistana 98,1 52,81 45

Pavussu 98,1 48,02 50

Pimenteiras 98,1 40,1 58

54

QUADRO 49 –PIORES PARA ATENDIMENTO URBANO DE ÁGUA4

Município Atendimento urbano de água (percentual)

Atendimento total de água

(percentual)

Diferença pontos

percentuais

Cocal 59,2 27,33 31,87

Nossa Senhora dos Remédios 55,1 24,8 30,3

São Braz do Piauí 46,5 11 35,5

Colônia do Gurguéia 41,4 33,26 8,14

Santa Filomena 39,2 22,8 16,4

Cajueiro da Praia 13,5 5,07 8,43

Campo Grande do Piauí 0 0 0

Lagoa do Barro do Piauí 0 0 0

Queimada Nova 0 0 0

Sebastião Barros 0 0 0

O Quadro 50 e o Quadro 51 mostram, para o indicador total de água, quais são

os melhores e os piores.

4 Não há dados de atendimento para os municípios de Campo Grande do Piauí, Lagoa do Barro do Piauí,

Queimada Nova e Sebastião Barros

55

QUADRO 50 – MELHORES PARA ATENDIMENTO TOTAL DE ÁGUA

Município Atendimento total de

água (percentual) Atendimento urbano de

água (percentual) Diferença pontos

percentuais

Guadalupe 93,57 97,6 4,03

Teresina 92,8 98,3 6

Parnaíba 91,13 96,6 5,47

Marcos Parente 85,24 98,8 14

Água Branca 85,1 96,3 11,2

Floriano 84,62 97,7 13,08

Ilha Grande 81,39 97,5 16,11

Prata do Piauí 81,28 98,3 17

Demerval Lobão 80,05 97,8 17,75

Eliseu Martins 79,82 97,5 17,68

Hugo Napoleão 79,63 96,9 17,27

Picos 77,86 98,0 20,14

Valença do Piauí 76,03 97,8 21,77

Uruçuí 75,61 98,3 23

Bom Jesus 75,19 96,6 21,41

Antônio Almeida 71,55 97,8 26,25

Bertolínia 71,2 97,3 26,1

Barro Duro 70,64 97,5 26,86

Piripiri 70,16 97,4 27,24

Santa Rosa do Piauí 69,28 97,6 28,32

QUADRO 51 –PIORES PARA ATENDIMENTO TOTAL DE ÁGUA5

Município Atendimento total de

água (percentual) Atendimento urbano de água (percentual)

Diferença pontos percentuais

Cabeceiras do Piauí 16,26 97,4 81,14

Nova Santa Rita 16,09 95,7 79,61

Paquetá 12,83 95,6 82,77

Acauã 12,77 95,7 82,93

São Braz do Piauí 11 46,5 35,5

Cajueiro da Praia 5,07 13,5 8,43

Campo Grande do Piauí 0 0 0

Lagoa do Barro do Piauí 0 0 0

Queimada Nova 0 0 0

Sebastião Barros 0 0 0

5 Não há dados de atendimento para os municípios de Campo Grande do Piauí, Lagoa do Barro do Piauí,

Queimada Nova e Sebastião Barros

56

4.4.2 Análise do serviço de esgoto dos municípios operados

Para medir a coleta de esgoto do município, utilizou-se o indicador IN056 -

Índice de atendimento total de esgoto referido aos municípios atendidos com água (%) e

o IN024 – Índice de atendimento urbano referido aos municípios atendidos com água (%).

O Quadro 52 apresenta alguns dados que refletem, para estes indicadores, a situação dos

municípios operados pela AGESPISA.

QUADRO 52 – ESTATÍSTICAS PARA COLETA

Atendimento urbano de esgoto (%)

Atendimento total de esgoto (%)

MÁXIMO 39,02 24,09

MÉDIA 0,71 0,51

MEDIANA 0,00 0,00

DESV. PAD. 4,38 3,13

MÍNIMO 0,00 0,00

Em atendimento total de esgoto, o máximo que os municípios possuem é

24,09%, que é o caso de Oeiras, logo em seguida vem Picos com 23,41%. Muitos

municípios não possuem atendimento de esgoto, esse detalhe será explorado mais adiante.

A média de coleta dos municípios é 0,51% e a mediana 0%. Isso indica que, no

geral, os municípios considerados possuem coleta de esgoto menor que 1%, sendo

que segundo o SNIS 2013 a média total do Brasil é de 48,6%.

Em atendimento urbano de esgoto, o máximo que os municípios possuem é

39,02%, que é o caso de Oeiras, logo em seguida vem Picos com 29,48%. Muitos

municípios não possuem atendimento de esgoto.

A média de coleta urbana dos municípios é 0,71% e a mediana 0%. Isso indica

que, no geral, os municípios considerados possuem coleta de esgoto menor que 1%,

sendo que segundo o SNIS 2013 a média total do Brasil é de 56,3%.

57

O Quadro 53 mostra, para o indicador de coleta, como estão divididos os

municípios por faixas de atendimento de 20%.

QUADRO 53 - DISPERSÃO POR FAIXA DE COLETA

Note-se que a distribuição do indicador de coleta mostra a urgência de investir

em esgotamento sanitário. Há 153 municípios que não possuem serviço de coleta de

esgoto, sendo que três se encontram na faixa de 0,1% a 20% e apenas dois municípios

coletam mais de 20%. O Quadro 54 mostra, para o indicador de coleta, quais são

melhores.

QUADRO 54 - MELHORES PARA COLETA

Município Atendimento urbano de

esgoto (percentual) Atendimento total de esgoto (percentual)

População (habitantes)

Oeiras 39,02 24,09 36.195

Picos 29,48 23,41 76.042

Teresina 18,96 17,87 836.475

Corrente 16,91 10,44 25.927

Altos 7,3 5,15 39.522

0% 0,1-20% 20,1-40% 40,1-60% 60,1-80% >80%

153

3 2 0 0 0

153

3 2 0 0 0

Atendimento Urbano de água Atendimento Total de água

58

4.4.3 Tratamento de esgoto

Para medir o tratamento de esgoto do município, utilizou-se o indicador IN046

- Índice de esgoto tratado referido à água consumida (%). O Quadro 55 apresenta alguns

dados que refletem, para este indicador, a situação dos municípios.

QUADRO 55 - ESTATÍSTICAS PARA TRATAMENTO

Índice de esgoto tratado (percentual)

MÁXIMO 24,09

MÉDIA 0,49

MEDIANA 0,00

DESV. PAD. 3,03

MÍNIMO 0,00

O máximo que os municípios possuem em atendimento de esgoto é 24,09%, que

é o caso de Oeiras, logo em seguida vem Picos com 23,41%. Muitos municípios não

tratam o esgoto gerado.

Nesse caso específico, considerou-se que um município não pode tratar mais

esgoto do que coleta, então, quando os dados de tratamento (IN046) eram maiores que os

dados de coleta (IN056), usou-se os dados de coleta como valor de tratamento de esgoto.

A média de tratamento dos municípios é 0,50% e a mediana 0%. Segundo

o SNIS 2013, a média nacional para tratamento é 39%, ou seja, a média é muito

abaixo à média nacional.

O Quadro 56 mostra, para o indicador de tratamento, como estão divididos os

municípios em faixas de 20%.

59

QUADRO 56 – DISPERSÃO POR FAIXA DE TRATAMENTO

Note-se que a distribuição do indicador de tratamento mostra a urgência de se

investir em esgotamento sanitário. Há 156 municípios que se encontram na faixa de 0 a

20% de coleta, apenas dois municípios (Oeiras – 24,09% e Picos – 23,41%) tratam mais

de 20%.

O Quadro 57 mostra, para o indicador de tratamento, quais os 20 melhores e dez

piores colocados, bem como suas notas no indicador considerado.

QUADRO 57 – MELHORES EM TRATAMENTO DE ESGOTO

Município Índice de esgoto tratado referido

à água consumida (%)

Oeiras 24,09

Picos 23,41

Teresina 14,60

Corrente 10,44

Altos 5,15

0% 0,1-20% 20,1-40% 40,1-60% 60,1-80% >80%

153

3 2 0 0 0

60

4.4.4 Perdas

Esse indicador mede o nível de perdas no município, em porcentagem da água

produzida. O Quadro 58 apresenta alguns dados que refletem, para este indicador, a

situação dos municípios.

QUADRO 58 – ESTATÍSTICAS PARA PERDAS DE FATURAMENTO E NA

DISTRIBUIÇÃO

Índice de perdas faturamento (percentual)

Índice de perdas na distribuição (percentual)

MÁXIMO 76,24 79,71

MÉDIA 39,12 49,85

MEDIANA 39,52 50,58

DESV. PAD. 13,93 11,29

MÍNIMO 3,31 22,46

A média e a mediana de perdas de faturamento para os municípios são 39,16%

e 39,52%, respectivamente. Isso mostra que metade dos municípios considerados perde

cerca de 40% da água que produzem. Já a média e a mediana de perdas na distribuição

são 49,85% e 50,58%, respectivamente. Notadamente, há um grande potencial de redução

de perdas de água nesses municípios.

O Quadro 59 mostra, para o indicador de perdas, como estão divididos os

municípios em faixas de 15%.

61

QUADRO 59 – DISPERSÃO POR FAIXA DE PERDAS DE FATURAMENTO6

Dos cem municípios considerados, apenas oito possuem níveis de perdas iguais

ou menores a 15%, caracterizando um indicador de referência em perdas. Note-se que

135 municípios possuem níveis de perdas de faturamento entre 15,1 e 60% e onze

possuem níveis de perda maiores que 60%. Em perdas na distribuição, o número de

municípios aumenta consideravelmente, já que 28 perdem mais de 60% da água que

produz.

Isso mostra que os níveis de perdas dos municípios considerados são muito

elevados, havendo, portanto, grande potencial de redução e, consequentemente, de

ganhos financeiros.

O Quadro 60 e o

6 Os Municípios de Campo Grande do Piauí, Lagoa do Barro do Piauí, Queimada Nova e Sebastião Barros

não apresentaram nenhuma informação no SNIS de 2013.

Nãoreportado

<=15% 15,1-30% 30,1-45% 45,1-60% >60%

48

29

65

41

11

40

8

41

77

28

Índice de perdas faturamento (percentual) Índice de perdas na distribuição (percentual)

62

Município Índice de perdas

faturamento (percentual) Índice de perdas na

distribuição (percentual)

Monsenhor Hipólito 3,31 27,33

Prata do Piauí 4,23 22,47

Piracuruca 7,07 22,46

Joaquim Pires 10,15 25,74

Santo Antônio dos Milagres 13,03 23,27

Monsenhor Gil 13,34 24,88

São Julião 14,12 36,68

Barras 14,58 29,82

Santa Rosa do Piauí 15,03 30,1

Dirceu Arcoverde 15,97 39,92

Arraial 16,17 32,9

União 16,68 27,66

São Miguel do Tapuio 17,55 30,59

São Francisco do Piauí 17,59 35,93

Francisco Santos 17,81 38,9

São Francisco de Assis do Piauí 18,43 38,79

Alto Longá 18,48 32,36

São Félix do Piauí 20,25 34,46

Santo Inácio do Piauí 22,14 36,46

Valença do Piauí 22,56 35,25

Quadro 61 mostram, para o indicador de perdas, quais os melhores e os piores.

63

QUADRO 60 – MELHORES PARA PERDAS

Município Índice de perdas

faturamento (percentual) Índice de perdas na

distribuição (percentual)

Monsenhor Hipólito 3,31 27,33

Prata do Piauí 4,23 22,47

Piracuruca 7,07 22,46

Joaquim Pires 10,15 25,74

Santo Antônio dos Milagres 13,03 23,27

Monsenhor Gil 13,34 24,88

São Julião 14,12 36,68

Barras 14,58 29,82

Santa Rosa do Piauí 15,03 30,1

Dirceu Arcoverde 15,97 39,92

Arraial 16,17 32,9

União 16,68 27,66

São Miguel do Tapuio 17,55 30,59

São Francisco do Piauí 17,59 35,93

Francisco Santos 17,81 38,9

São Francisco de Assis do Piauí 18,43 38,79

Alto Longá 18,48 32,36

São Félix do Piauí 20,25 34,46

Santo Inácio do Piauí 22,14 36,46

Valença do Piauí 22,56 35,25

QUADRO 61 - PIORES PARA PERDAS DE FATURAMENTO

Município Índice de perdas faturamento

(percentual) Índice de perdas na distribuição

(percentual)

São José do Divino 61,13 68,37

Patos do Piauí 62,24 69,84

Angical do Piauí 63,98 72,45

Domingos Mourão 64,09 72,01

Santa Filomena 64,25 67,6

Ipiranga do Piauí 64,58 70,59

Jerumenha 65,09 71,52

Cajueiro da Praia 68,65 72,77

Cabeceiras do Piauí 68,79 74,11

Ribeiro Gonçalves 76,24 79,71

64

Pode-se observar que os primeiros municípios possuem níveis de perdas de

faturamento menores que 25%. Os piores municípios possuem níveis de perdas maiores

ou a 60%.

65

5 IMPACTOS NEGATIVOS DA AUSÊNCIA DE

SANEAMENTO

Esta Seção tem por objetivo apresentar os impactos da falta de saneamento

básico na população e no Estado de Piauí. O serviço de saneamento básico inclui o

abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo dos resíduos

sólidos. Esses componentes estão diretamente relacionados à qualidade de vida da

população e ao desenvolvimento de atividades econômicas relacionadas com a

preservação do meio ambiente, como o turismo.

No que tange à qualidade de vida, é importante destacar à maior incidência de

doenças relacionadas ao esgotamento sanitário precário, principalmente as diarreias

relacionadas às infecções gastrointestinais. O Quadro 62 mostra, para as unidades da

federação, o número de internações por doenças de veiculação hídrica no SUS em 2013,

e os índices de atendimento de água e esgoto referentes ao ano de 20137.

O quadro mostra que as regiões norte e nordeste são aquelas com o maior número

de internações por diarreia e com os menores índices de atendimento de água, e

principalmente, de atendimento em esgoto. De fato, os estados do Maranhão, Pará, Piauí,

Acre e Paraíba possuíam em 2013 os maiores índices de internação por 100.000

habitantes, enquanto o índice de atendimento de esgoto nestes estados chega no máximo

a 30% (ainda distante da média nacional, 48%).

Da mesma forma, os estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Distrito Federal,

Sergipe, Minas Gerais e Rio Grande do Sul apresentam os menores índices de internação

por diarreia por 100.000 habitantes, e a maioria destes estados têm índices de atendimento

de esgoto bem acima da média nacional.

Ou seja, os dados sugerem que há uma relação direta entre índices de

atendimento de água e esgoto e o número de internações por doenças gastrointestinais

7 Foram consideradas como internações por diarreia aquelas cujo diagnóstico principal foi: “Cólera”,

“Febres tifóide e paratifoide”, “Shiguelose”, Amebíase, “Diarreia e gastroenterite origem infecc

presumível” ou “Outras doenças infecciosas intestinais”.

66

ocorridas em um determinado município. Ainda que não se possa afirmar com certeza

que essa relação é direta, certamente esta é uma componente importante no entendimento

do padrão de internações.

QUADRO 62 - INTERNAÇÕES NO SUS E ATENDIMENTO DE ÁGUA E ESGOTO

NO BRASIL

Unidade da Federação

População

Estimada em

2014 (IBGE)

Internações no SUS em 2013 Índices de Atendimento

Núm. de

Internações

x 100.000

hab.

Valor Pago

(SNIS 2013)

(R$ x 100 mil

hab.)

Total 0 a 4

anos Total

0 a 4

anos

Pop.

Atendida Pop. Atendida

com

Esgotamento

Sanitário (%)

com

Água

(%)

Norte Rondônia 1.748.531 253 96 81.597 31.180 38,78 3,63

Acre 790.101 355 121 116.137 39.740 42,61 10,44

Amazonas 3.873.743 129 63 45.578 22.580 73,03 6,41

Roraima 496.936 131 83 58.777 40.586 80,17 24,74

Pará 8.073.924 541 212 186.217 74.055 42,19 3,75

Amapá 750.912 125 74 43.347 25.302 36,16 4,12

Tocantins 1.496.880 231 121 78.953 41.879 75,45 14,71

Nordeste Maranhão 6.850.884 718 216 245.389 77.176 53,34 10,19

Piauí 3.193.956 607 149 203.079 50.219 67,12 6,64

Ceará 8.779.338 246 87 85.725 30.667 69,75 25,32

Rio Grande do Norte 3.408.510 312 72 103.287 24.803 81,37 21,54

Paraíba 3.943.885 330 93 110.881 30.834 75,6 24,54

Pernambuco 9.278.152 169 62 66.419 22.558 70,89 19,68

Alagoas 3.321.305 258 121 100.965 49.905 76,46 18,83

Sergipe 2.219.574 69 23 22.730 7.755 83,05 15,25

Bahia 15.126.371 325 99 110.974 34.071 77,43 31,02

Sudeste Minas Gerais 20.734.097 85 26 34.576 9.469 86,97 74,22

Espírito Santo 3.885.049 130 44 47.993 15.863 80,9 41,82

Rio de Janeiro 16.461.173 34 18 12.726 6.777 89,15 62,59

São Paulo 44.035.304 44 17 17.346 6.698 95,85 87,36

Sul Paraná 11.081.692 142 35 50.828 12.510 91,15 60

Santa Catarina 6.727.148 93 23 37.081 9.084 86,02 16,03

Rio Grande do Sul 11.207.274 98 28 37.729 10.293 84,06 29,15

Centro-Oeste Mato Grosso do Sul 2.619.657 137 60 49.094 24.569 85,75 36,47

Mato Grosso 3.224.357 170 68 58.909 23.754 86,23 17,72

Goiás 6.523.222 192 64 61.376 20.711 85,62 41,51

Distrito Federal 2.852.372 62 32 25.145 13.049 98,2 82,73

Brasil 202.704.347 174 58 61.911 20.908 82,5 48,64

Fonte: SNIS e Datasus.

A contínua melhoria no atendimento em água e esgoto traz diversos benefícios

para a população. Cinco aspectos podem ser destacados.

67

Em primeiro lugar, há efeitos com benefícios diretos em termos de saúde, tais

como:

Redução da mortalidade infantil;

Redução de doenças de veiculação hídrica (diarreia, vômitos) em mais de

20%8;

Redução dos custos com saúde (menores gastos com médicos e

medicamentos).

Segundo estudo do Instituto Trata Brasil, em 2009, dos 462 mil pacientes

internados por infecções gastrintestinais, 2.101 morreram no hospital. Se houvesse acesso

universal ao saneamento, haveria uma redução de 25% no número de internações e 65%

na mortalidade – ou seja, 1.277 vidas seriam salvas. Também teríamos uma economia de

cerca de R$ 745 Milhões.

O Quadro 63 mostra, com base em dados para o Brasil, que quanto maior o

atendimento em esgotamento sanitário, menor o número de internações por doenças

gastrointestinais infecciosas. O Quadro 64 mostra, com base em dados para o Brasil, que

quanto maior o atendimento em esgotamento sanitário, menor o número de óbitos por

doenças gastrointestinais infecciosas.

8 Barreto (2007). Effect of city-wide sanitation programme on reduction in rate of childhood diarrhoea in

northeast Brazil: assessment by two cohort studies

68

QUADRO 63 – NÚMERO DE INTERNAÇÕES POR DOENÇAS

GASTROINTESTINAIS SEGUNDO PROPORÇÃO DA POPULAÇÃO COM

ACESSO A ESGOTO

Fonte: Dados (Trata Brasil, 2010), elaboração própria.

QUADRO 64 – ÓBITOS X DISPONIBILIDADE DE ESGOTO SANITÁRIO

Fonte: Relatório Trata Brasil “Os benefícios da expansão do saneamento no Brasil”

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

443420

396376

357335

315295

274250

229

Internações por 100 mil habitantes

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

6256

5045

3935

2924

1813 10

Proporção da população com acesso à rede

Número de óbitos por doenças gastritestinais infecciosas*segundo proporção da população com acesso a esgoto

Número de óbitos por 100 mil habitantes

69

Em segundo lugar, há benefícios indiretos em termos de saúde com impactos em

educação e produtividade do trabalhador. Em termos de educação a diminuição de

problemas de saúde aumenta a frequência escolar e, consequentemente, melhora o

rendimento do aluno. Em termos de trabalho, a diminuição de problemas de saúde faz

com que diminuam as faltas no trabalho. De acordo com Estudo FGV-Trata Brasil

verificou que em apenas um ano foram despendidos pelas empresas R$ 547 milhões em

remunerações referentes às horas não-trabalhadas de funcionários que tiveram que se

ausentar de seus compromissos em razão de infecções gastrintestinais.

Em terceiro lugar, há que se destacar a geração de empregos em decorrência dos

investimentos realizados. A atividade de implantação de infraestrutura em saneamento é

intensiva em mão de obra, devido ao grande volume de construção civil associada a esse

investimento. Estudo do BNDES mostra que para cada R$ 10 milhões gastos no setor

da construção civil, são gerados 530 novos empregos. Se considerarmos investimentos

da ordem de R$ 800 milhões no ciclo tarifário 2014-17, estima-se a geração anual de mais

de 10 mil novos empregos no Estado de Tocantins neste período.

Em quarto lugar, ressalte-se os benefícios em termos de valorização imobiliária.

São as famílias de mais baixa renda as mais beneficiadas com a valorização do imóvel

decorrente da expansão do saneamento. Estudo da FGV e Trata Brasil (2010),

denominado “Benefícios Econômicos da Expansão do Saneamento” indicou que a

valorização dos imóveis atendidos com saneamento pode chegar a 18%. A

disponibilidade de saneamento em uma rua ou região agrega valor aos imóveis, pela nítida

percepção de melhoria da qualidade de vida associada. Regiões atendidas com

saneamento passam a viabilizar novas construções de maior valor agregado, valorizando

também a região. As construções existentes passam, também a se valorizar.

Em quinto lugar, a melhoria do meio ambiente é também fator de atratividade

para empresas. O uso mais adequado dos recursos ambientais disponíveis é importante

para atrair empresas. Isso porque é mais fácil para uma empresa conseguir realizar todas

as suas atividades de maneira condizente com as legislações ambientais em municípios

que possuem destinação adequada para o esgotamento sanitário.

70

Tendo em vista todos os benefícios acima elencados, é possível afirmar que os

investimentos que serão realizados em saneamento nos municípios atendidos pela

Agespisa, terão diversas consequências positivas para o Estado do Piauí.

Como será mostrado na sequência, apesar dos diversos benefícios, o saneamento

tem participação relativamente baixa no orçamento das famílias. O Quadro 65 mostra que

o percentual do orçamento familiar destinado a cobrir os gastos com saneamento é de

apenas 0,9%. Dentre os serviços públicos, saneamento é o que compromete menor parte

da orçamento familiar, na comparação com energia (2,1% ou três vezes mais), telefonia

celular (1,1%), gás (1,2%).

71

QUADRO 65 – ORÇAMENTO FAMILIAR E SANEAMENTO9

Fonte: Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009 (IBGE)

Despesas média mensal familiar – Região Nordeste

O Quadro 66 faz uma comparação entre o valor da tarifa média de água em com

outros produtos consumidos pela população. Vale notar que com o valor pago por um

simples copo de água mineral é possível consumir 549 litros de água em uma residência.

Um simples chiclete equivale a 18 litros de água!

9 *- Compõe o item ‘Habitação’, juntamente com ‘condomínio’, ‘Conserto de artigos do lar’ e ‘Outros

gastos’.

27,5%

15,3%

11,2%

5,5%5,5%3,5%2,6%2,4%2,4%2,1%1,3%1,2%1,1%0,9%0,7%0,7%0,6%0,4%0,3%0,2%

72

QUADRO 66 – ÁGUA X OUTROS PRODUTOS CONSUMIDOS

Como fica claro, no computo geral dos gastos familiares as tarifas de água e

esgoto tem uma pequena participação, claramente desproporcional à importância destes

serviços na vida e na saúde das pessoas e na preservação do planeta.

Além dos gastos serem desproporcionais à importância destes serviços, é

importante destacar que as tarifas cobradas pelos serviços no Tocantins estão abaixo da

média das tarifas cobradas nos demais estados.

-

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

1.800

Suco de laranja(R$ 4,50)

Refrigerante 350ml (R$ 3,50)

Água Mineral 500ml (R$ 1,50)

Chiclete (R$ 0,05)

1.648

1.282

549

18

L

i

t

r

o

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e

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6 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

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