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Diálogo PúblicoJoão Pessoa, 1.° e 2 de junho de 2006
Auditório Min. João Agripino, TCE
As OSCIP e os Tribunais de Contas
Sheyla Barreto Braga
AS OSCIP E OS TRIBUNAIS DE CONTAS
1.° Setor
Estado
2.° Setor
AS OSCIP E OS TRIBUNAIS DE CONTAS
Mercado
AS OSCIP E OS TRIBUNAIS DE CONTAS
3.° Setor 3.° Setor =Sociedade=Sociedade
EntidadesFilantrópicas
Religiosas
Associações
Fundações
Clubes
Sociedades
ONG OS OSCIPOSCIPDentreoutras
AS OSCIP E OS TRIBUNAIS DE CONTAS
Ampliação das responsabilidades dos mecanismos de participação popular (conselhos) nas atividades administrativas e de controle social.
CENÁRIO DA REFORMA ADMINISTRATIVA:CENÁRIO DA REFORMA ADMINISTRATIVA:
Novas formas de coordenação de serviços e atividades (consórcios, acordos, programas, convênios, delegação, descentralização);
Transferência de poder;
Incentivo à gestão direta de atividades e serviços de interesse público pela sociedade;
AS OSCIP E OS TRIBUNAIS DE CONTAS
Art. 37, § 8.° da CR/88 Art. 70, parágrafo único da CR/88
Art. 241 da CR/88 Lei 9.790/1999 (Lei 10.539/2002)
EC n.° 19,de 4/6/1998:
Controle Interno
Controle Externo
Controle Social
Características do 3.° setor: Espontaneidade/Voluntariado;
Diversidade de atuação;
Ausência de lucro;
Transparência (Combate à corrupção);
Solidariedade;
Atuação em áreas de interesse público (não estatal) em caráter complementar, nunca substitutivo;
Desenvolvimento social;
Práticas democráticas;
Empreendedorismo/ Empoderamento;
Gestão auto-regulada (direito à liberdade de associação);
Autonomia (auto-sustentabilidade), com abertura a subvenções sociais (Lei 4.320/64);
Responsabilidade.
AS OSCIP E OS TRIBUNAIS DE CONTAS
AS OSCIP E OS TRIBUNAIS DE CONTASAS OSCIP E OS TRIBUNAIS DE CONTAS
assistência e/ou saúde, educação, meio ambiente, combate à pobreza, experimentação de modelos
socioprodutivos e de sistemas alternativos de produção, comércio, emprego e crédito, promoção cultural, promoção da cidadania, da democracia,
de direitos, assessoria jurídica, estudos e pesquisas, desenvolvimento de tecnologias
alternativas.
OSCIPOSCIPNatureza e fins
Pessoa jurídica, de direito privado, sem fins lucrativos, qualificada para desempenhar atividades
e serviços sociais não exclusivos do Estado:
AS OSCIP E OS TRIBUNAIS DE CONTAS
sociedades comerciais, sindicatos, associações de classe
ou de representação de categoria profissional,
instituições religiosas, organizações
partidárias, entidades de benefício
mútuo, planos de saúde e
assemelhados,
Não podem ser qualificadas como OSCIP, independentemente de ter ou não fins lucrativos, dentre
outras:
instituições hospitalares e escolas privadas não gratuitas e suas mantenedoras,
organizações sociais,
fundações (inclusive públicas),
organizações creditícias com vínculo com o Sistema Financeiro Nacional.
AS OSCIP E OS TRIBUNAIS DE CONTASAS OSCIP E OS TRIBUNAIS DE CONTAS
A OSCIP não distribui eventuais excedentes, dividendos, bonificações, participações ou
parcelas de seu patrimônio, pois deve aplicá-los integralmente na consecução
do seu respectivo objeto social.
AS OSCIP E OS TRIBUNAIS DE CONTAS
Legislação (Lei 9.790/99 – Decreto 3.100, de 30/06/99 – Portaria MJ
361, de 27/07/99 – âmbito federal);
Estatuto contendo cláusulas obrigatórias previstas na Lei 9.790/99
e em outras normas:
AS OSCIP E OS TRIBUNAIS DE CONTAS
I - a observância dos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, economicidade e da eficiência;
II - a adoção de práticas de gestão administrativa que proíbam a percepção de “jetons”;
III - a constituição de conselho fiscal ou órgão equivalente, dotado de competência para opinar sobre os relatórios de desempenho financeiro e contábil e as operações patrimoniais realizadas;
IV - a previsão de que, em caso de dissolução da entidade, o respectivo patrimônio líquido será transferido a outra pessoa jurídica qualificada como OSCIP;
AS OSCIP E OS TRIBUNAIS DE CONTAS
V - a previsão de que, na hipótese de a pessoa jurídica perder a qualificação, o respectivo acervo patrimonial disponível, adquirido com recursos públicos durante o período em que perdurou aquela qualificação, será transferido a outra pessoa jurídica qualificada com o mesmo objeto social;
VI - a possibilidade de se instituir remuneração para os dirigentes da entidade que atuem efetivamente na gestão executiva e para aqueles que a ela prestam serviços específicos, respeitados, em ambos os casos, os valores praticados pelo mercado, na região correspondente a sua área de atuação;
AS OSCIP E OS TRIBUNAIS DE CONTAS
a) a observância dos princípios fundamentais de contabilidade e das Normas Brasileiras de Contabilidade;
b) a publicidade, por qualquer meio eficaz, no encerramento do exercício fiscal, do relatório de atividades e das demonstrações financeiras da entidade, incluindo-se as certidões negativas de débitos junto ao INSS e ao FGTS, colocando-os à disposição para exame de qualquer cidadão;
c) a realização de auditoria, inclusive por auditores externos independentes, se for o caso, da aplicação dos eventuais recursos objeto do termo de parceria;
VII - as normas de prestação de contas a serem observadas pela entidade, que determinarão, no mínimo:
AS OSCIP E OS TRIBUNAIS DE CONTAS
Instrumento de vínculo com o poder público - Termo de Parceria;
Qualificação (Ministério da Justiça – Órgão similar nos Estados e Municípios), passível de perda a pedido ou mediante decisão proferida em processo administrativo. Qualquer cidadão, respeitadas as prerrogativas do Ministério Público, é parte legítima para requerer, judicial ou administrativamente, a perda da qualificação;
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Monitoramento e avaliação periódica pelo órgão do poder público da área de atuação correspondente à atividade fomentada e pelos Conselhos de Políticas Públicas, em cada nível de governo, sem intervenção direta, estatal ou política, com representação ao Tribunal de Contas e ao Ministério Público, nos casos de suspeitas de irregularidades, sob pena de responsabilidade solidária.
Os resultados são avaliados por Comissão de Avaliação composta por membros indicados pelo órgão parceiro e pela OSCIP.
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É permitida a participação de servidores públicos na composição de conselho de
Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, vedada a percepção
de remuneração ou subsídio, a qualquer título. (Alteração introduzida pela Lei
10.539, de 23/09/2002).
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OSCIP e TC:
Controle financeiro (movimento de dinheiro e bens), controle operacional
(eficiência, eficácia e economicidade), controle patrimonial e controle de mérito (de resultados).
AS OSCIP E OS TRIBUNAIS DE CONTASAS OSCIP E OS TRIBUNAIS DE CONTAS
TCU:
Instrução Normativa n.° 12, de 24/04/1996, profundamente alterada pela Decisão 592/98.
Tratamento conferido aos convênios, acordos e congêneres (prestação de contas indireta x tomada de contas especial).
AS OSCIP E OS TRIBUNAIS DE CONTAS
O que podem disciplinar as resoluções normativas baixadas pelos Tribunais de Contas?
Os prazos e tipo de autuação da prestação de contas (a observar as respectivas leis orgânicas);
Documentos a integrar a prestação de contas, e.g.:I - relatório anual de execução de atividades;II - demonstração de resultados do exercício;III - balanço patrimonial;IV - demonstração das origens e aplicações de recursos;V - demonstração das mutações do patrimônio social;VI - notas explicativas das demonstrações contábeis, caso
necessário;VII - parecer e relatório de auditoria, se for o caso.
AS OSCIP E OS TRIBUNAIS DE CONTAS
A responsabilidade solidária dos gestores e dirigentes das
OSCIP, na hipótese de desvios de finalidades e de bens e
dinheiros públicos;
A representação obrigatória ao Ministério Público, no caso
de graves irregularidades (Lei 8.429/92) e de reprovação
das contas;
AS OSCIP E OS TRIBUNAIS DE CONTAS
Ausência de prestação de contas ou prestação de contas de forma incompleta, indevida;
Graves irregularidades e indícios de enriquecimento ilícito;
Prestação de serviços em caráter não complementar/subsidiário, não universal, oneroso, eleitoral-político, ou ainda, condicionado a subvenções, contrapartidas/doações;
Desvirtuamento da finalidade pública do serviço ou da natureza de voluntariado (Lei 9.608, de 18/02/1998);
Terceirização ou Intermediação de mão-de-obra; Não cumprimento de metas e não atingimento de
indicadores e/ou resultados estabelecidos nos termos de parcerias.
As causas ensejadoras de reprovação das contas, v.g.:
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Realizar estudos técnicos e celebrar acordos de cooperação técnica (ABONG);
Baixar resoluções/instruções normativas disciplinando a matéria de maneira não invasiva, em respeito ao princípio da reserva de lei e à repartição de competências;
Criar novos e específicos procedimentos operacionais (POP);
Treinar pessoal técnico e interessados; Atualizar sistemas de acompanhamento e
fiscalização online e incentivar a criação de mecanismos de controle interno.
Cabe aos Tribunais de Contas (Controle Externo), sem prejuízo do Controle Interno e do Controle Social:
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Tudo sob Controle:O SocioCultural
Interessa Primeiro!