12
Campo e cidade se unem na Expoimp REPRODUÇÃO As poucas pesquisas voltadas para o combate da cigarrinha no Maranhão impedem que o produtor evite os prejuízos e invista em ações preventivas de combate. PáGINAS 11 Mensal | Julho de 2011 | Ano 1 | nº 2 O dia-a-dia do produtor rural Imperatriz/MA Cigarrinha Governo prorroga por 180 dias o prazo para averbação de reserva legal, que terminaria em 11 de junho. A definição impede sanções aos produtores. PáGINAS 11 Código Florestal Falta um ano para que pro- dutor de leite da região aten- da às exigências sanitárias da Instrução Normativa 51, que tornar mais rígidos os crité- rios de produção. PáGINAS 07 Pecuária Leiteira A Expoimp, segunda maior feira agropecu- ária das regiões Norte e Nordeste, segue até o dia 10 promovendo a integra- ção entre o campo e a cida- de. Com uma programação ampla de shows, palestras, leilões e outros negócios, a feira começou as atividades com a tradicional Cavalga- da, que completa 20 anos, e nesta edição reuniu quase 7 mil participantes nas ruas de Imperatriz. Confira a pro- gramação. PáGINAS 8 E 9 A imunização do rebanho ma- ranhense contra aftosa atin- giu 96,59%, uma cobertura vacinal recorde, a maior dos últimos dez anos, de acordo com a Aged. PáGINAS 03 Aftosa

Diário da Fazenda Ed02

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Jornal Diário da Fazenda - Edição 02

Citation preview

Page 1: Diário da Fazenda Ed02

Campo e cidade se unem na ExpoimpREPRODUÇÃO

As poucas pesquisas voltadas para o combate da cigarrinha no Maranhão impedem que o produtor evite os prejuízos e invista em ações preventivas de combate. páginas 11

Mensal | Julho de 2011 | Ano 1 | nº 2 O dia-a-dia do produtor rural Imperatriz/MA

Cigarrinha

Governo prorroga por 180 dias o prazo para averbação de reserva legal, que terminaria em 11 de junho. A definição impede sanções aos produtores. páginas 11

Código Florestal

Falta um ano para que pro-dutor de leite da região aten-da às exigências sanitárias da Instrução Normativa 51, que tornar mais rígidos os crité-rios de produção. páginas 07

pecuária Leiteira

A Expoimp, segunda maior feira agropecu-ária das regiões Norte

e Nordeste, segue até o dia

10 promovendo a integra-ção entre o campo e a cida-de. Com uma programação ampla de shows, palestras,

leilões e outros negócios, a feira começou as atividades com a tradicional Cavalga-da, que completa 20 anos,

e nesta edição reuniu quase 7 mil participantes nas ruas de Imperatriz. Confira a pro-gramação. páginas 8 E 9

A imunização do rebanho ma-ranhense contra aftosa atin-giu 96,59%, uma cobertura vacinal recorde, a maior dos últimos dez anos, de acordo com a Aged. páginas 03

aftosa

Page 2: Diário da Fazenda Ed02

Expediente

02 Julho 2011

A Europa tem 0,3% de re-servas; a Ásia tem 5%; a África tem 8%, os Estados Unidos tem 15% e o Brasil tem 56%! Ainda, o Brasil tem reservas em terras produtivas.

Nos Estados Unidos o pro-dutor recebe pagamento por hectare preservado enquanto que no Brasil o governo oferece apenas isenção de ITR (Imposto Territorial Rural). E isso se você fizer a averbação da reserva le-gal em cartório e o ADA (Ato Declaratório Ambiental), todos os anos. Algum erro e a multa é certa: é crime ambiental!

Acredito que enquanto a floresta em pé não valer nada ela continuará caindo, não importa a Lei existente. Não entendo porque a União Euro-péia, que compra 15% de nossa carne, tem poderes para fazer (e nós nos submetermos) tan-tas exigências – algumas inca-bíveis, financiando ONGs para dar palpites em assuntos inter-nos.

Também não entendo por-que nossos congressistas têm tanto medo delas. Aos deputa-dos e senadores falta compro-metimento com as questões nacionais.

O produtor vende o boi a R$ 90,00/@, ou seja, média de

R$ 6,00/Kg, enquanto o Kg de filé no supermercado custa R$ 18,00. Talvez esteja ai a razão de nossa submissão, não do produtor mas dos poucos frigo-ríficos que exportam, enquanto o produtor paga a conta, inclu-sive das falências frigoríficos modelo Arantes, Quatro Mar-cos, Independência, etc, etc.

O código em votação não contempla as cidades que po-luem muito mais que o campo. Faz-se passeatas na Av. Pau-lista, em São Paulo, visando ferrar o Amazonida em 80% de seu patrimônio e nada se fala da poluição do Rio Tiête. Também não se fala dos esgo-tos que continuam a jorrar “in natura” na maioria das cidades: na Baía da Guanabara (RJ) e no Rio Tocantins, em Imperatriz. Ma, etc. etc.

O produtor rural é obri-gado, sob pena de multa, a re-colher embalagens de agrotó-xicos enquanto nas cidades os lixões proliferam e nenhuma ONG faz nada, nenhum polí-tico, nenhum ambientalista.... Por essas e outras acredito no jurista que disse que “Quando o Direito ignora a realidade, a realidade se vinga ignorando o Direito”. O tempo dirá quem tem razão.

A exuberância da produção rural maranhense, predo-minantemente na porção

sul do Estado, e a restrita circula-ção de informações, na imprensa local, sobre a força dessa produ-ção em Imperatriz e região são os pilares dessa publicação - O Jor-nal Diário da Fazenda - que nas-ceu em junho de 2011 e agora está em sua segunda edição.

Direcionado a produtores rurais e empresas do segmento agropecuário, o Diário da Fazen-da pretende, de forma especiali-zada e crítica, ser uma fonte de informações sobre os assuntos de interesse deste segmento que fomenta as cidades: o campo. Somente quando a produção rural for capaz de bem comuni-car seus feitos é que a socieda-

de, fortemente concentrada nas cidades, passará a reconhecer a relevância da relação campo-cidade e, consequentemente, a valorizar os produtores rurais brasileiros.

Hoje, o agronegócio é o maior negócio da economia brasileira, respondendo por mais de um terço do PIB bra-sileiro e quase 40% dos empre-

gos formais. No Maranhão, o cenário não é diferente, com o setor contribuindo significati-vamente para o desenvolvimen-to econômico e social da região. No entanto, pouco do que vem sendo feito no campo é mostra-do à população urbana, propó-sito este que motiva a equipe do Diário da Fazenda a trabalhar para modificar esse quadro,

ao divulgar o campo e se posi-cionar como uma publicação parceira de todas as iniciativas daqueles que comungam do ob-jetivo de promover o agronegó-cio, o campo, as empresas espe-cializadas e, principalmente, os produtores rurais em suas ativi-dades. Jornal Diário da Fazenda - o dia-a-dia do produtor rural. Contem conosco!

Por Emanuel Geraldo Carneiro de Oliveira

Engenheiro Agrônomo e atua na Geoflora

Georreferenciamentos Ltda, em Imperatriz (MA).

[email protected]

O Código Florestal, apro-vado na Câmara dos Deputados em maio, agora está no Senado e aguarda apreciação e modifi-cações até que seja sancionado ou vetado pela presidente Dilma Rousseff.

Como produtor rural, não entendo como uma classe tão importante para o País, respon-sável por 40% do PIB, aceita tão passivamente ter seu patrimônio confiscado em 20, 35 e 80%. Por-que tomar, proibir o uso, pena-lizar, sem pagar nada por isso é confisco.

Imagine se o funcionário do órgão ambiental, ou do banco, ou da Petrobrás, só pudesse usar 20% do seu salário ou se só pu-déssemos usar 20% do rendimen-to de nosso comércio. Por que na atividade rural não podemos usar 100% daquilo que compra-mos e pagamos? O percentual de 80% inviabiliza economicamente qualquer propriedade.

O Diário da FazendaditorialE

Código ambientalrtigoa

Uma publicação mensal da 80 20 Marketing LTDA-ME CNPJ: 11.985.534/0001-30

TextosEquipe Diário da FazendaAdriano FerreiraAntonio WagnerJordana Fonseca

Conselho EditorialMarco A. Gehlen - Jornalista - MTB 132-MSThaísa Bueno - Jornalista - MTB 36-MSSindicato Rural de ImperatrizJornal Diário da Fazenda

Ano I, Edição 2, Julho de 2011Mensal. Distribuição Gratuita.

Imperatriz, Maranhão

Contatos:

[email protected](99) 8105-1111www.diariodafazenda.com.br

Distribuído e apoiado peloSindicato Rural de Imperatriz

*Esta Edição contém na página 10 o boletim informativo O Berrante, desenvolvido, autorizado e sob responsabilidade do Sindicato Rural de Imperatriz.

Participe do Diário da FazendaEnvie sua sugestões de pauta, de entrevistas e artigos para:[email protected]

Envie seu artigo para [email protected]

imperatriz vai implantar programa “garantia safra”

No mês passado, pro-dutores de vários municípios da região

tocantina participaram de encontro na Secretaria de Agricultura, Abastecimen-to e Produção de Imperatriz para discutir a implantação do programa “Garantia Sa-fra”. O projeto é voltado para os produtores do programa Agricultura Familiar e tem como objetivo repor perdas de safra superiores a 50%,

ocasionadas por secas ou en-chentes. Para a adesão, cada município deve assinar o ter-mo e realizar o pagamento da taxa especificada pelo Mi-nistério do Desenvolvimento Agrário (MDA). Neste caso, o fundo de garantia funcio-na como um seguro, que é mantido por recursos dos governos Federal, Estadual e Municipal, além de uma pe-quena parcela dos próprios produtores.

projeto que regula clonagem pode ampliar produtividade na pecuária

Um projeto de lei da se-nadora Kátia Abreu, so-bre a regulamentação

da pesquisa, produção, impor-tação e comercialização de clo-nes de mamíferos, peixes, an-fíbios, répteis e aves promete aumentar a produtividade da pecuária e ajudar a preservar a fauna brasileira. A matéria já foi aprovada pela Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) e aguarda votação do relatório do senador Acir Gur-gacz (PDT-RO) na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado (CRA). A presidente da CNA argumenta que a clo-nagem já é uma prática ado-

tada em outros países, onde o segmento se encontra em estágio bem avançado ou em pleno processo de desenvolvi-mento. É o caso, por exemplo, dos Estados Unidos, Japão, Ar-gentina, Canadá, China, Nova Zelândia e na Europa. Um exemplo recente de ascensão do processo de clonagem ocor-reu na Argentina, onde pesqui-sadores anunciaram o nasci-mento de uma bezerra clonada e geneticamente modificada, que passará a produzir leite com substâncias encontradas no leite materno. A proposta ainda será analisada na CCJ. Se aprovada, segue para a Câmara dos Deputados.

notas

Identidade VisualLuciana Souza Reino

Editoração gráfica, edição e revisãoEquipe Diário da Fazenda

Page 3: Diário da Fazenda Ed02

Julho 2011 03

Ma atinge meta de 96% de vacinação contra aftosaCobertura vacianal foi a maior dos últimos dez anos. O prazo para comprovar a aplicação da dose foi encerrado no último dia 27

Antonio Wagner

O estado do Maranhão completou a campanha de vacinação contra a

aftosa com cobertura vacinal de 96,59%. Esta é a maior dos últi-mos 10 anos e resultado do es-forço dos produtores e das uni-dades regionais da Aged (Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão), com o apoio da Sagrima (Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Pesca).

Este ano o Maranhão tor-nou-se signatário de um acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) que inclui todos os estados nor-destinos que ainda não possuem a classificação sanitária de “zona livre” de febre aftosa (Ceará, Piauí, Pernambuco, Rio Grande do Nor-te, Alagoas e Paraíba).

Pelo acordo, no chamado Circuito Pecuário Nordeste, uma das principais metas era alavan-car o índice de cobertura vacinal

acima de 90% e, de acordo com os resultados levantados pelas unidades da Aged, todos os muni-cípios maranhenses apresentaram aumento no índice de vacinação. Dois auditores do Mapa estão ainda percorrendo municípios do Maranhão, a fim de verificar o cumprimento das metas e os resultados da primeira etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa. A expectativa é que até o final de 2011 o Maranhão seja declarado pelo Mapa zona livre de febre aftosa com vacinação.

Os estados devem, durante as etapas de vacinação, cumprir ainda uma série de exigências e procedimentos que serão audita-dos pelo próprio Ministério. Este ano, a primeira etapa da campa-nha de vacinação contra aftosa, que seria de 1º a 31 de maio, foi prorrogada por mais 15 dias devi-do às fortes chuvas em algumas regiões. O prazo para comprova-ção da vacina foi encerrado no último dia 27.

ecordeR

Deputado por Ma vai a OiE tratar de aftosa

O deputado federal pelo Maranhão, Cleber Verde (PRB), participou no pe-

ríodo de 20 a 27 de maio deste ano de uma missão oficial, re-presentando a Câmara dos De-putados, da 79ª Sessão Geral da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE), em Paris, na Fran-ça. O encontro discutiu o con-trole mundial de saúde animal, com foco, no caso do Brasil, no controle da febre aftosa, assun-to que interessa ao Maranhão que busca o reconhecimento da OIE como área livre da doença.

De acordo com relatório da viagem, a OIE com FAO decidiu publicar ao mundo que está li-vre da peste bovina. Embora o vírus da peste já não circule entre os animais vivos, conti-nua armazenado em alguns la-

boratórios para a produção de vacinas em caso de reapareci-mento da doença. No evento, o Diretor-Geral da OIE anunciou ainda a lista de países membros reconhecidos como livre da fe-bre aftosa sem vacinação, além dos considerados áreas livres da febre aftosa, onde é praticada a vacinação, como é o caso de Bra-sil, Argetina, Bolívia, Colômbia, Paraguai, Uruguai e Turquía. No Brasil, hoje, 15 unidades da fe-deração são reconhecidas pela OIE como livres de febre aftosa com vacinação: Acre, Bahia, Es-pírito Santo, Goiás, Mato Gros-so, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, São Paulo, Sergipe, Tocantins e Distrito Federal. Além disso, detém esse status a região cen-

tro-sul do Pará e os municípios de Guajará e Boca do Acre, no Amazonas.

O Ministério da Agricultu-ra do Brasil reconhece como ris-co médio de febre aftosa os se-guintes estados: Alagoas, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Paraí-ba, Rio Grande do Norte, Piauí e a região centro-norte do Pará. Em alto risco encontram-se Ro-raima, Amapá e as demais áreas do Estado do Amazonas. Ques-tionado quanto à situação do Maranhão, o deputado Cleber Verde afirmou que estados vizi-nhos do Nordeste devem fazer sua parte no combate à doença e confirmou que se o Ministé-rio realizar auditoria no MA e reconhecer o Estado como livre da doença é possível que a OIE reconheça já no próximo ano.

Page 4: Diário da Fazenda Ed02

Diário da Fazenda

O consumo do chama-do “leite de caneca”, comercializado sem

controle sanitário nas ruas de Imperatriz, tem deixado em alerta a Promotoria de Justiça do Consumidor no municí-pio. A preocupação quanto à qualidade do produto vendido à população tem como base laudos técnicos realizados pela Universidade Estadual do Maranhão (UEMA). Na tentati-va de contornar o problema, a Promotoria lançará, neste mês, uma campanha publicitá-ria de conscientização quanto à importância do consumo de produtos devidamente inspe-cionados pelos órgãos sanitá-rios que regulam o segmento.

Análises da UEMA confir-

mam que o leite popularmen-te conhecido como leite puro, vendido a granel e comercia-lizado de porta em porta por vendedores de bicicletas ou motos, são acondicionados em galões e manipulados sem as exigências mínimas de hi-giene, o que pode por em ris-co a saúde dos consumidores. Com o queijo produzido nes-sas condições a situação não é diferente. Isso tem preocu-pado o promotor de Justiça do Consumidor, Sandro Bíscaro, que está liderando a campa-nha de conscientização em favor do consumo de leite de qualidade. A campanha será apoiada também pelo Sindilei-te (Sindicato das Indústrias de Leite Pasteurizado, Queijos e Derivadas do Maranhão).

A campanha terá duas

etapas: a primeira educativa, com propagandas em TV, rá-dio, jornais, faixas, banners e palestras nas salas de aulas. Nessa etapa, a meta é mostrar à população os males provoca-dos pelo consumo do leite “in natura” e do queijo produzido artesanalmente sem as devi-das fiscalizações sanitárias. Já na segunda etapa, está previs-to um trabalho repressivo por parte dos órgãos que defendem o consumidor, como o Procon, quando os revendedores des-tes produtos receberão visitas da Promotoria e de fiscais da

Aged e da Vigilância Sanitária municipal e estadual.

Segundo o promotor San-dro Bíscaro, serão fiscaliza-das as cidades de Imperatriz, Gov. Edson Lobão, João Lis-boa, Cidelândia, Vila Nova dos Martírios, São Pedro da água Branca, São Francisco do Bre-jão e Açailândia. Esta última contará com a participação da Promotoria Pública de Açai-lândia.

Hoje, segundo informa-ções preliminares que deram suporte à campanha, muitas panificadoras, lanchonetes,

pizzarias e indústrias de sor-vetes e picolés usam o leite re-cebido diretamente do produ-tor, na forma “in natura”. No entanto, segundo a promoto-ria, isso traz sérios riscos para a saúde pública em Imperatriz, uma vez que a falta de contro-le na produção, transporte, distribuição e armazenamen-to do leite pode comprometer a qualidade do produto, che-gando ao consumidor em es-tado não recomendado para o consumo. (Com Informações de André Gomes/Assessoria do Sindileite).

04 Julho 2011

Campanha defende consumo de leite industrializadoPromotoria do Consumidor quer alertar sobre osmales provocados pelo consumo do leite in natura

ualidadeQ

Empresários e produtores do setor leiteiro discutem com Promotoria do Consumidor estratégia para coibir leite clandestino

DIÁRIO DA FAZENDA

Consultoria foca no ganho dos produtoresDiário da Fazenda

Uma assessoria para o pro-dutor rural. Assim pode ser resumida a proposta

do escritório Boiadeiro, que co-meçou a atuar em Imperatriz no mês passado.

A iniciativa reúne cinco jo-vens com formação acadêmica voltada para o mundo rural: Bru-no Martins, George Araújo Rapo-so, Paulo Machado Filho, Thiago Lopes e Vinícius Machado.

“Sentimos que no meio rural o produtor ainda sente dificulda-de na hora de tornar seu negócio mais rentável”, explica Bruno.

Assim, a consultoria vai atu-ar em quatro frentes: Estratégia de Compras, Assistência Técni-ca, Suplementação e Nutrição, e Transporte. Na primeira frente, a ideia é implementar a compra coletiva. “Juntos teremos maior poder de negociar preços”, defen-de Paulo Filho.

Na consultoria de assistên-cia técnica a proposta prevê reco-mendações quanto à aplicação de herbicidas, adubação e monitora-

mento das áreas. “Temos o apoio técnico do professor Juliano Fer-nandes, da Universidade Federal de Goiás, que virá frequentemen-te a Imperatriz”, comenta Bruno. O professor deve dar uma assis-tência ainda mais sistematizada no manejo nutricional e no estu-do de suplementação, que a área de sua especialidade.

Por fim, o escritório também

vai oferecer serviço de frete. Hoje eles já contam com 15 caminhões para fazer esse trabalho.

“Com um trabalho bem ge-renciado, em pouco tempo o produtor pode aumentar tran-quilamente até 40% a sua lucra-tividade”, destaca Vinícius.

O Boiadeiro fica na rua Dom Cesário, 353, esquina com a rua Bahia.

Grupo do Escritório Boiadeiro vai assessorar negócio do meio rual em Imperatriz

DIÁRIO DA FAZENDA

inauguraçãoalta no preço dos insumos eleva custos de produção Diário da Fazenda

A aceleração dos preços dos insumos agrícolas, em especial dos ferti-

lizantes, elevou os custos de produção da atividade agrope-cuária no acumulado do ano até março. O levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Universidade de São Paulo (USP) mostra que o aquecimen-to da demanda por fertilizan-tes é reflexo da elevação dos preços dos produtos agropecu-ários. O aumento das cotações, aliado ao aumento do volume produzido, elevou em 1,25% o Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária em março, resul-tado que ampliou para 2,81% a expansão do PIB no primeiro trimestre do ano.

O estudo aponta que a alta das cotações dos grãos também influenciou o ritmo de alta dos preços das rações, cujos valores aumentaram 14,93% no acumulado dos três primeiros meses de 2011 em re-

lação a igual período de 2010. Até fevereiro, essa variação foi de 13,96%. Os preços médios do milho, um dos principais com-ponentes da ração animal, su-biram 27,1% em maio, na com-paração com o mesmo mês de 2010, alta que determinou a revisão para R$ 21,07 bilhões da estimativa de Valor Bruto da Produção (VBP) desse seg-mento em 2011. Se confirmada a previsão, o faturamento ob-tido com a venda do produto crescerá 28,75% este ano, em relação ao resultado de 2010, quando o VBP do milho foi de R$ 16,3 bilhões.

As exportações do agro-negócio renderam US$ 8,47 bilhões, em maio. O resultado é 17,5% superior ao obtido em igual período do ano passado, com destaque para o complexo soja, que respondeu por 39,8% das exportações do agronegó-cio no mês. O saldo da balan-ça comercial do setor cresceu 11,5%, em maio, atingindo US$ 6,911 bilhões. (Com informa-ções da CNA)

Page 5: Diário da Fazenda Ed02

Julho 2011 05

preço da arroba pode viabilizar confinamentosApesar do investimento inicial, especialista diz que modelo é vantajoso por permitir aumento da produção de arrobas por hectare/ano

Diário da Fazenda

Com a valorização do mercado agropecuário e a arroba do boi se man-

tendo num valor considerado atraente - em junho chegou a casa dos R$ 85,00 - o produtor do Maranhão já pode come-çar a pensar no confinamento como alternativa. Esta é a ava-liação do professor adjunto da Escola de Veterinária da UFG (Universidade Federal de Goiás) e doutor em Nutrição Animal, Juliano Fernandes, que esteve em Imperatriz no mês passado para o lançamento do Escritó-rio Boiadeiro e falou do assun-to na palestra “Futuro da Pecu-ária de Corte”.

“Hoje, os animais em con-finamento alteram o custo de maneira significativa. Termi-nando o animal mais jovem, consegue-se dar um giro maior no capital. É uma alternativa para um sistema de produção

cuja lucratividade está cada dia menor”, comenta.

Conforme defende, apesar de os custos elevados do confi-namento muitas vezes assusta-rem o pecuarista, se for plane-jado de forma consciente pode,

ao contrário, ser uma forma de ampliar os lucros em pouco tempo. “Conseguimos, com pla-nejamento e uma alimentação adequada, antecipar o período de abate em até seis meses. Um animal que seria abatido em fe-

vereiro de 2012, por exemplo, vai terminar em novembro de 2011”, argumenta.

O professor preferiu não falar em valores reais, porque entende que cada proprieda-de deve ser analisada dentro de suas particularidades, mas acredita que uma boa alternati-va seria trabalhar, inicialmente, com metade do rebanho no pas-to e a outra metade na baia. “O confinamento tem se mostrado vantajoso porque reduz o ciclo do boi, permitindo com isso aumentar a produção de arro-bas por hectare/ano e com isso ampliar os lucros”, comenta. Ele lembra que com a produção de grãos em Balsas, no interior do Estado, uma boa alternativa na suplementação seria usar o sorgo.

ExportaçãoOutro ponto a favor do

confinamento é o mercado es-trangeiro. Conforme lembra,

para quem está pensando em exportar carne, o confinamen-to acaba tendo um marketing positivo, particularmente em países europeus, cuja organiza-ção em torno das questões am-bientais é mais latente.

Um estudo recente, rea-lizado na Escola Superior de Agricultura Luis de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba, revela que o confinamento de gado pode reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 17%. “No futuro, se quisermos entrar nesse mercado, teremos de pensar nessas questões”, destaca.

Além do confinamento, Fernandes orientou o produ-tor sobre a necessidade de se investir em profissionalização. “O futuro do agronegócio está estritamente ligado a uma ges-tão empresarial”, finalizou. Fer-nandes vai participar, em Impe-ratriz, da equipe de consultoria do escritório Boiadeiro.

alestrap

Doutor Juliano Fernandes orienta produtores a investir no confinamento do rebanho

DIÁRIO DA FAZENDA

Page 6: Diário da Fazenda Ed02

06 Julho 2011

rodução e preçop

Maranhão: o maior produtor de arroz do nordesteAdriano Ferreira

O balanço da safra 2010/2011, divulgado pela Companhia Nacio-

nal de Abastecimento (Conab), coloca o Maranhão como o maior produtor de arroz entre os nove estados da região Nor-deste.

De acordo com dados do 9º levantamento da safra de grãos feito pela Conab, em parceria com IBGE, o Maranhão produ-ziu 727,1 mil toneladas do grão no período de 2010/2011. Um salto de 212,4 mil toneladas em relação ao período anterior 2009/2010, mantendo uma es-tabilidade na área de cultivo em torno de 462,5 mil hectares.

Atrás do Maranhão, o se-gundo em produção de arroz é o Piauí com 413 mil toneladas, se-guido pelo estado do Ceará com 130,2 mil toneladas. Os demais estados apresentam volumes

abaixo de 100 mil toneladas.O relatório aponta as chu-

vas intensas e bem distribuídas como o principal fator dos bons resultados na maior parte das la-vouras nas regiões Norte e Nor-deste. A variável climática foi benéfica à cultura do arroz irri-gado e as boas chuvas ocorridas após a colheita da safra passada completaram a capacidade dos mananciais e dos corpos d’água utilizados na irrigação.

Além do arroz, a soja e o milho garantiram saldos posi-tivos para a safra do semestre. Na produção dessas culturas, o Estado ocupa o segundo e o ter-ceiro lugar, respectivamente.

SojaSó em soja, o produtor ma-

ranhense garantiu uma produ-ção de 1,6 milhões de toneladas. O valor aponta para um aumen-to de 16,1 mil hectares de área plantada e uma produtividade

de 3.087 kg por hectare. Esse au-mento representa um acréscimo de 437 kg/ha em relação à última safra.

Só nesta cultura, o Mara-nhão teve uma variação posi-tiva de área plantada, com um

aumento de 4,2%. O número é quase o dobro da média nacio-nal, que registrou um acréscimo de 2,09% com relação ao ano passado. O Estado, junto o Piauí e Ceará, contribuiu significati-vamente para que o Nordeste

fosse o campeão em aumento de área plantada no Brasil este semestre.

MilhoJá com relação ao milho, o

total da produção por aqui re-gistrou 963,1 mil toneladas na 1ª safra. O Estado teve um au-mento de área de 19,6% em rela-ção ao período 2009/2010 com uma produtividade de 2.106 kg/ha. Esse dado representa um au-mento de 636 kg/há com relação à safra anterior.

A previsão para o trimestre de junho a agosto indica maior probabilidade das chuvas ocor-rerem acima da média no nor-te da região Norte e no leste do Nordeste. Para a faixa que vai do norte do Maranhão ao norte do Ceará estão previstas chuvas de categoria normal a ligeiramen-te acima da normal, que devem favorecer plantios mais tardios como o do milho, por exemplo.

Estado também ocupa o segundo e o terceiro lugar na produção de soja e milho da região, de acordo com balanço da Conab

Produção de arroz no Estado chegou a 727,1 mil toneladas na safra de 2010/11

REPRODUÇÃO

Antônio Wagner

Leilões em Imperatriz têm uma marca: a figu-ra do mineiro Gilson

de Paula Silva. Há 15 anos na cidade, ele diz ser o único locutor de leilões da região. “Quando a demanda aumenta, são convidados leiloeiros de Belém e Gurupi”, explica, fa-zendo referências às cidades dos estados visinhos Pará e Tocantins.

Atualmente, para operar no ramo é preciso estar inscri-to nas Juntas Comerciais dos Estados, órgãos subordinados

ao DNRC (Departamento Na-cional de Registro do Comér-cio), que organiza e permite a atuação de algumas empresas e profissões no País.

E apesar da escassez de profissionais por aqui, as ci-fras salariais são bem atraen-tes. Conforme conta Gilson, a média salarial fica na faixa entre R$ 14 e R$ 16 mil nos oito ou dez leilões que narra por mês. “O mercado de traba-lho está em grande expansão. A região é muito boa e prome-te. O Maranhão é gigante para a agropecuária. Quem quiser investir no ramo está no lugar

certo”, afirma o narrador.Para ele, além de conhecer

bem o mundo rural, um bom narrador de leilões precisa ser comunicativo. “É como cantar moda de viola, tem de ter voca-ção, gostar do que faz, ter alto poder de convencimento, boa voz, capacidade de improviso e credibilidade”, comenta.

Na apresentação dos lo-tes e na disputa de lances ele conta com o apoio dos “bane-ros”, que são profissionais da empresa leiloeira que reco-lhem as ofertas entre os com-pradores. Em geral um leilão dura 4 horas.

narrador de leilões: gilson de paula

Gilson de Paula é o único narrador de leilões da região de Imperatriz

DIÁRIO DA FAZENDA

prejuízos aos produtores de arroz são irreversíveis, afirma Cna

profissão

Diário da Fazenda

A entrada do arroz vindo dos países do Mercosul no Brasil está trazendo

prejuízos irreversíveis aos pro-dutores daqui. Segundo dados apresentados na semana pas-sada em audiência pública da Câmara de Deputados Federais, os rizicultores amargam, em mé-dia, prejuízo de mais de R$ 10 por saca, resultado da diferença

entre os preços comercializados atualmente pelo produtor e os custos de produção pegos pela atividade.

Conforme foi apresenta-do, enquanto o rizicultor tem comercializado sua lavoura ao preço médio de R$ 19/saca, o custo de produção tem sido de R$ 29,20/saca. O preço mínimo definido pelo governo é de R$ 25,80/saca. Além dos proble-mas climáticos que afetaram a

lavoura e o câmbio favorável às importações, agravou este cená-rio o aumento da entrada do ar-roz vindo do Paraguai, Uruguai e Argentina no Brasil, o que fez o estoque de passagem do pro-duto chegar a 2,5 milhões de to-neladas, 75% do volume armaze-nado no bloco sul-americano.

Só para ter uma idéia, uma colheitadeira na Argentina de R$ 243 mil é vendida no Brasil a R$ 311 mil.

Tributos - Outro fator que one-ra o produtor é a questão tribu-tária. No Rio Grande do Sul, por exemplo, a arrecadação de tribu-tos sobre o custo de produção e sobre o produto chega a R$ 1,4 bi-lhão. O endividamento foi outro motivo mencionado. Segundo o que foi dito na audiência, 65% dos produtores de arroz não têm mais condições de buscar recur-sos junto aos bancos para finan-ciar a lavoura e acabam obriga-

dos a buscar outras fontes, com juros mais altos. O secretário ad-junto de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Gilson Bittencourt, disse que o governo adotará medidas para levar os preços do arroz pelo menos ao mínimo de R$ 25,80. Já o secretá-rio de Política Agrícola do Mapa, José Carlos Vaz, informou que o governo tomará medidas neces-sárias de apoio aos produtores. (Com informações da CNA)

Page 7: Diário da Fazenda Ed02

Julho 2011 07

O produtor de leite de Im-peratriz e região tem exa-tamente um ano para se

adequar às regras que vão tornar mais rígidos os critérios de pro-dução, identificação e qualidade do leite cru refrigerado em todo o País.

A famosa Instrução Normati-va 51, do Ministério da Agricultu-ra, que estabelece parâmetros na produção do leite em todo o País, foi assinada em 2002, entrou em vigor em 2005 e a partir deste mês começa a valer nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. No Norte e Nordeste a normativa terá início no dia 1º de julho de 2012.

O principal foco dessas exi-gências é com relação às condi-ções de higiene. Entre elas está, por exemplo, o Controle das Cé-lulas Somáticas (CSC), que podem apontar doenças no rebanho. An-tes da norma o valor aceitável era de 750 mil células por ml, agora o limite passa a ser de, no máximo, 400 mil células.

Outra exigência é a Conta-gem Bacteriana Total (CBT) que verifica a qualidade sanitária para

a industrialização. O limite de bactérias presentes nos tanques de produtores individuais, que era de 750 mil unidades por ml, foi reduzido para 100 mil unida-des. A regra estabelece também parâmetros para o resfriamento de leite, após a ordenha, em tan-ques de expansão; e o transporte para os laticínios por meio de ca-minhões com tanques isotérmi-cos, de acordo com o programa de coleta a granel.

Para o produtor da região de Imperatriz o prazo de um ano para promover as adequações não deve ser um problema. Em-presas brasileiras de laticínio têm se esforçado para ajudar o produ-tor a atender as exigências dentro da data prevista. No Maranhão, é o caso da Palate, que está atu-ando na região há quase um ano, desenvolvendo políticas com o objetivo de profissionalizar o seg-mento. “Toda a cadeia produtiva nacional vê com bons olhos esta normativa, em função das melho-rias na qualidade de seus produ-tos. Nós, por exemplo, instalamos 290 tanques em várias proprieda-

des, fazendo cumprir a normativa e ao mesmo tempo preocupados com a qualidade da matéria pri-ma coletada na região”, destaca o gerente industrial da empresa, José Paulino Siqueira.

Conforme ele, a Palate man-tém hoje técnicos capacitados para ajudar o produtor a aten-der as exigências estabelecidas pelo Ministério da Agricultura. “O processo de implantação de tanques nas propriedades rurais é contínuo e a coleta a granel já é uma realidade dessa empresa. O programa de educação continua-da de seus produtores também”, destaca.

Pagamento por qualidadeA IN51/2002 não prevê pu-

nições aos produtores que não alcançarem os índices de quali-dade , mas determina que as in-dústrias não comprem leite dos produtores que não atingirem as exigências mínimas. Diante disso, indústrias do ramo traba-lham com compensações no pre-ço pago pelo litro de leite daque-les produtores que o fornecerem

dentro do padrão instituído e penalizações aos que não atin-girem.

Um dos modelos de incen-tivo mais comuns é o custo por qualidade, que já vem sendo sub-sidiado pelas empresas do ramo. A Palate, por exemplo, paga até R$ 0,01 centavos por litro com qualidade. São quase 2% do va-lor total pago pelo litro de leite ao produtor. Hoje a empresa compra leite por cerca de R$ 0,65 centavos o litro, numa média de 80 mil litros por dia.

Um incentivo para uma re-alidade que precisa mudar com urgência. Dados da última cole-ta, em junho deste ano, mostram que das 266 amostras enviadas para análise no Laboratório de Qualidade do Leite, 16,17% apre-sentaram CBT acima do limite (750.000 ufc/ml), 2,63% esta-vam com CCS acima do limite (750.000 cel/ml) e 13,91% das amostras tinham teor percentu-al de gordura abaixo do índice tolerado 3,0%. “A meta é atingir, em 2012, 100% de atendimento à normativa”, comenta.

Quem já fazCom a IN51 em vigor e os

novos limites começando a va-ler em 2012 por aqui, o produtor Renato José Nogueira Pereira, da Fazenda Medalha Milagrosa, em Ribamar Fiquene, já trabalha com este padrão de qualidade há seis anos. Segundo diz, mes-mo sendo o custo de adaptação o maior entrave, o investimento pode ser lucrativo. “O laticínio tem pagado por qualidade e se todos estiverem no mesmo pa-drão teremos condições de bri-gar para que este valor seja cada vez maior”, destaca.

Hoje, em sua propriedade ele adota ordenha mecânica e canalizada, além de estrutura em balcões. Pereira produz cer-ca de 750 litros por dia. Para ele, o produtor deve buscar infor-mações e fazer uma adaptação gradativa. “A iniciativa da em-presa aqui é o primeiro passo para que o produtor perceba que com o tempo vale a pena investir em qualidade, inclusive no melhoramento genético do seu rebanho”, destaca.

ovas regrasn

Leite: produtor tem um ano para se adequar à in-51

Page 8: Diário da Fazenda Ed02

08 Julho 2011

xpoimp 2011E

Exposição segue até domingo. agende-se!!!!A 43ª Expoimp reúne atrações para todos os públicos: parque de diversão, estandes, shows, rodeios, leilões e outras novidades

Pelo menos 18 mil pesso-as passaram pelo Parque de Exposições nos dois

primeiros dias da Expoimp. Só o cantor Gustavo Lima ar-rastou uma multidão de 13 mil fãs no segundo dia de shows. O jovem cantor mineiro apro-veitou a festa para interpretar os sucessos do seu primeiro CD, lançado no ano passado, com hits como “Caso Consu-mado” e “Pode ir Embora”. “O público em massa não é sur-presa por conta da qualidade musical dos artistas que vão tocar no evento este ano”, co-

menta o apresentador oficial da feira, Jan Ricardo.

Segundo ele, o show de abertura, com Mariozan Ro-cha, também empolgou os participantes, ainda que me-nos fãs tenham ido prestigiar o artista. “No primeiro dia fo-ram 4,8 mil pessoas entre só-cios e brincantes. A apresen-tação foi muito boa apesar de muita gente ter desistido de ir por conta do cansaço na Ca-valgada”, comentou.

Os shows na Expoimp se-guem até o dia 10, na noite de encerramento.

18 mil já visitam o parque nos dois primeiros dias de shows

Sendo o sertanejo a mar-ca do mundo rural, no dia 8 é a vez da dupla Hugo e Gabriel. Com a nova forma-ção, essa será uma ótima oportunidade para mostrar

aos fãs que apesar das mu-danças a dupla continua muito romântica. No show, além de um repertório ino-vador, vão cantar os anti-gos sucessos.

programe-se!

08/07 - Hugo e gabriel

O forró não vai ficar de fora. Quem promete pôr todo mundo para dançar na Expoimp é a banda Ba-étz, de Imperatriz. O grupo começou em 2000 e hoje

já tem na mala sete discos gravados. No show vão trazer sucessos do último disco, “Baétz Elétrica 2011” lançado este ano, com hits bem dançantes.

09/07 - Banda Baétz

O encerramento da feira vai com ser-tanejo Michel Teló. No repertório os clássicos “Ei, Psiu Beijo Me Liga” e “Fu-gidinha”. O show em Imperatriz será embalado ainda pelo último traba-lho do artista, “CD e DVD Michel Teló Ao Vivo”.

10/07 Michel Teló

Até o dia 10 de julho muita coisa ainda vai acontecer no Parque de Exposições de Im-peratriz. A programação da Expoimp 2011

está cheia de atrações que vão garantir ao evento a manutenção do status de segunda maior feira agro-pecuária das regiões Norte e Nordeste. A meta deste

ano é superar a edição passada em pelo menos 10% o volume de negócios. Para isso, o Sindicato Ru-ral de Imperatriz (Sinrural) preparou uma ampla programação, com leilões, julgamentos, disputas esportivas, palestras e outras atividades. Vale à pena anotar aí!

shopping Rural

Neste ano, aproximada-mente 5 mil raças bovi-nas irão marcar presen-

ça na feira. Já estão confirmadas na exposição raças como Nelo-re, Camapuã, Guzerá, Girolan-

do, além de raças cruzadas e lei-teiras. Também estão previstos espaços para os eqüinos, num total de 200 animais, entre as raças Manga Larga, Quarto de Milha, Paint horse, além de mu-

las, muares, ovinos e caprinos. Durante os dez dias do evento, das 8 às 21 horas, quem visitar o local vai poder apreciar os Sho-ppings Rurais da Fazenda Arco-Iris e da KM Leilões.

Leilões

A maratona de leilões começou no domingo anterior ao lançamen-

to oficial da feira, no dia 26 de junho, com o leilão KM Pré-Expoimp 2011. Um to-

tal de 32 lotes, entre touros, bois, fêmeas e bezerros, 633 animais foram arrematados.

Até o fim da feira pelo menos seis leilões foram agendados. Nos dias 03 e 04

foram realizados dois Leilões Balde Branco e Alta Genética, respectivamente. Quem per-deu estes ainda pode encon-trar boas ofertas. A agenda prevê os seguintes leilões:

Dia 6 - 20h – Leilão Nelore Produção Vale do Mutum

Dia 7 - 20h – Leilão Nelore Elite Arco-Iris e convidados

Dia 8 - 20h – 2º Leilão Marchador

Dia 9 - 12h – Leilão Ovinos e Caprinos

Dia 9 - 20h – 7º Leilão Tabapuã Vale do Mutum

Julgamentos

Além dos leilões, outro destaque da Expoimp 2011 é o julgamento de

animais. Segundo o Sinrural,

há dez anos a feira promove o ranking do Nelore e do ca-valo Manga Larga Marchador, e há cinco anos foi inserido

na agenda o ranqueamento do boi TaBapuã e dos ovinos. Para não perder a disputa, anote aí:

Pesagem de animais: Dia 5 (8 horas)Julgamento Nelore: Dia 6 e dia 7 (8 às 17 horas)Julgamento Mangalarga: Dia 7 e dia 8 (8 às 17 horas)Julgamento Tabapuã: Dia 8 (8 às 17 horas)Julgamento Girolando: Dia 8 (14 às 17 horas)

Concurso leiteiro06/07 Esgota Oficial 19 horas 07/07 Primeira Ordenha 07 horas07/07Segunda Ordenha 19 horas08/07

Terceira ordenha 7 horas08/07

Quarta Ordenha19 horas09/07

Quinta ordenha 7 horasSexta Ordenha19 horas

E a disputa na Exposição não é só dos animais. Atividades esportivas

do mundo rural e o rodeio também prometem atrair tor-cedores. Para quem gosta de esporte eqüestre a feira pre-parou dois eventos: a prova eqüestre Team Penning, no dia 8, às 15 horas; e a prova de tambor no dia 10, às 9 horas. Já os rodeios começam no dia 6, às 20 horas, com aber-tura de Glaydson Rodrigues. As provas se estendem ainda para os dias 7, 8 e 9, com a companhia Ítalo Todde, sem-pre a partir das 20 horas.

RodeioDIVULGAÇÃO

REPRODUÇÃO

Page 9: Diário da Fazenda Ed02

Julho 2011 09

Diário da Fazenda

Um total de 6,8 mil pes-soas, 3,2 mil cavalos e 620 carroças tomaram

as ruas do centro de Imperatriz para a tradicional cavalgada de abertura da Expoimp, no dia 2 de julho, de acordo com dados da Polícia Militar.

O evento, que mantém há 20 anos o recorde da maior ca-valgada do Brasil, trouxe este ano algumas novidades com re-lação à segurança. Nesta edição, todas as carroças foram empla-cadas, para possível identifica-ção em casos de acidentes ou abusos no tráfego de 8 quilôme-tros, desde a concentração na Rua 15 de Novembro até o Par-que Lourenço Vieira da Silva.

“Este ano nossa prioridade foi fazer um evento pacífico, em que todos tivessem segurança

no trajeto”, comenta o presiden-te do Sindicato Rural da cidade, Karlo Marques.

Para isso, 98 homens da Po-lícia Militar se revezaram em 25 interdições para acompanhar a movimentação. A segurança contou ainda com o apoio da Assessoria de Educação para o Trânsito (Assetran), do Exército e da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que interditou a rodovia que dá acesso ao parque no pe-ríodo do meio dia às 14 horas. Ao todo, 40 policiais rodoviá-rios fizeram o monitoramento da via.

“Desta vez, além da orienta-ção que fizemos com os carro-ceiros, estipulamos que o guia da carroça não poderia ingerir bebida alcoólica e que cada veí-culo poderia transportar no má-ximo quatro passageiros”, deta-lha o inspetor Almeida Neto.

SucessoAs restrições em nada

atrapalharam a alegria dos in-tegrantes da cavalgada. Com animais encilhado em selas coloridas, cavalos com crina ornamentada, gente estilizada com botas e chapéus, além de carroças decoradas com temas variados, quem esteve no pas-seio aproveitou o sábado de sol.

Foi o caso do carroceiro José Bastião de Araújo. Ele de-corou sua carroça com palha, organizou um uniforme e in-tegrou a comitiva do Ataca-dão Sol Nascente. “Há 15 anos eu participo da cavalgada. É uma festa melhor que a de Ano Novo”, comenta.

E se por um lado a festa mostra a força do campo no sul do Maranhão, ela também destaca o diálogo que o mun-

do rural mantém com a cida-de. “Não temos relação com o dia a dia do campo, mas apro-

veitamos a festa para conhe-cer pessoas”, comenta a estu-dante Lana Rodrigues.

xpoimp 2011E

Cavalgada leva 6,8 mil às ruas de imperatriz

Este ano todas as carroças da Cavalgada foram emplacadas para evitar acidentes

DIÁRIO DA FAZENDA

Evento marca aniversário de 20 anos da maior passeata rural do Brasil

Page 10: Diário da Fazenda Ed02

10 Julho 2011

governo promete investir no parque de ExposiçõesSecretário de Agricultura do Estado diz que aguarda projetos e pode, inclusive, liberar verbas para a ampliação e reforma do tatersal

O Parque de Exposições Lourenço Vieira da Sil-va pode vir a ganhar, em

breve, um novo tatersal para re-alização dos leilões. Pelo menos é a expectativa anunciada pelo secretário de Agricultura, Pecu-ária e Pesca (Sagrima), Cláudio Donisete Azevedo, durante o lançamento da 43ª edição da Expoimp, no dia 2 de julho.

Durante a abertura oficial da feira, na sala da diretoria do Sindicato Rural, o secretário, que também é superintendente do Sebrae, disse que aguarda projetos do Sindicato para po-der viabilizar novos investimen-tos, entre eles, a ampliação do tatersal.

De acordo com ele, apesar

de o governo ter promovido um corte orçamentário próxi-mo dos 40%, isso não atingiu a Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão (Aged). “Ao contrário de outros setores, a governadora nos deu carta branca para investir no setor e seguir nosso trabalho”, destaca.

Conforme o secretário, o setor rural é responsável hoje por 23% do PIB do Estado. “Este ano tivemos safra recorde de 3 milhões de toneladas de grãos, sendo que 1,6 milhões vieram só de Balsas”, relata.

O presidente do Sinrural, Karlo Marques, comemorou as boas notícias e lembrou que o lançamento oficial da feira

aconteceu de forma simples, porque é esta a forma de traba-lho do produtor rural. “Fizemos um lançamento simples porque nosso critério é saber produzir, mais que fazer festa”, comen-tou.

Além dele, estiveram pre-sentes no lançamento o vice-pre-sidente do Sinrural e secretário de Desenvolvimento Econômico (Sedec), Sabino Siqueira da Cos-ta, que representou a Prefeitura de Imperatriz; o vereador Roma, e o presidente da Palate, Simon Bueno, entre outros represen-tantes do setor rural.

A Feira acontece este ano entre os dias 2 e 10 de julho. A edição 2011 deve ultrapassar em pelo menos 10% o volume

de negócios do ano passado, in-cluindo atividades com leilões,

premiação de animais e finan-ciamentos.

Representantes do governo, setor produtivo e empresariado na abertura da Expoimp

DIÁRIO DA FAZENDA

O Berrante é um informativo mensal do:

Fotos da Expoimp 2011

Page 11: Diário da Fazenda Ed02

Julho 2011 11

Adriano Ferreira

A falta de pesquisas regio-nais de controle da praga conhecida como cigarri-

nha das pastagens, impede que o Maranhão seja mais eficiente no combate deste mal que causa prejuízos diretos na qualidade do pasto. Atualmente, já foram constatados problemas com es-sas pragas nos municípios de Imperatriz, Açailândia, Ribamar Fiquene e João Lisboa.

Segundo professora do cur-so de Agronomia da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), Mauricélia Ferreira Almeida, des-de o ano passado uma equipe de professores e alunos vem desen-volvendo um projeto com o ob-jetivo de estudar a diversidade de cigarrinhas por aqui. “O que sabemos é que todos os anos as pastagens são comprometidas por esse inseto, que se tornou um problema relevante dentro da bovinocultura de corte em toda a

América Tropical”, comenta. A cigarrinha, cujo nome

científico é Deois flavopicta Stal, é um inseto que causa pre-juízo aos pastos e às monocul-turas brasileiras provocando o amarelecimento das folhas da planta, diminuindo a clorofila, uma substância importante no processo de alimentação vegetal, e restringindo seu crescimen-to. Pastagens atacadas por essa praga apresentam má qualidade e prejudicam a alimentação do gado, porque aumentam o teor da fibra e diminuem outros nu-trientes.

CombateO engenheiro agrônomo

Cleyandson Oliveira explica que a melhor forma de combater a ci-garrinha é adotar o manejo cor-reto do pasto, a fertilização do solo e o uso de plantas mais re-sistentes. Ele destaca que a visão extrativista de alguns produtores prejudica o solo e se torna um

campo propício para o inseto. “É preciso cuidar do pasto para evi-tar a sua debilidade”, recomenda.

Uma boa alternativa nessa luta contra o inseto é a adoção de gramíneas mais resistentes, como a Mombaça (Panicum Ma-ximun. O especialista lembra, ainda, que é importante evitar a sobra de pasto e diminuir a altu-ra das pastagens.

Foi o que fez a produtora Elenice Chaves, que teve apro-ximadamente dois alqueires do seu pasto “queimado” pelo in-seto. “Como medida preventiva colocamos mais gado na área de pasto que o normal quando as gramíneas atingem a altura de 40 cm. Isso evita a proliferação da praga”, diz.

Outro método importante é a utilização de inseticidas curati-vos que são aplicados na planta-ção e agem conforme o ciclo de vida do inseto, que geralmente surge com mais frequência no período chuvoso.

Cigarrinha se beneficia com a falta de pesquisasAgora grupo da UEMA vai mapear a diversidade do inseto na região e ajudar na busca de alternaivas de combate a este mal

ARqUIVO SOLO CONSULtORIA

recauçõesp

Cigarrinha atinge às plantações do Estado -principalmente no período chuvoso

governo prorroga decreto que adia punição por desmatamentoDiário da Fazenda

A Presidência da Repú-blica prorrogou por 180 dias do prazo para

averbação de reserva legal, estendendo o vencimento do decreto que terminaria em 11 de junho. A definição da nova data atende à solicitação de lideranças partidárias no Se-nado e impede multas e san-ções aos produtores que não estejam cumprindo o Código

Florestal em suas fazendas. O líder do governo reuniu

assinaturas de todos os líde-res da base aliada no Senado reivindicando a prorrogação e entregou para a presidente. A justificativa é que o Senado precisa de tempo para anali-sar a nova reforma do Códi-go Florestal, que começou a tramitar no fim de junho na Casa.

O Código Florestal foi aprovado na Câmara no fim

de maio com alguns pontos polêmicos, como anistia a multas concedidas até 2008 para quem desmatou, caso o produtor participe de pro-grama ambiental, e a emenda 164, que estende aos estados o poder de decidir sobre ati-vidades agropecuárias em áreas de preservação perma-nente (APPs).

O governo foi contra alguns itens do texto-base aprovado e promete batalhar

por alterações no Senado, onde o projeto já está em dis-cussão. Caso haja mudança em relação ao texto aprova-do na Câmara, os deputados voltam a analisar o texto do novo Código Florestal. De-pois, o código vai à sanção da presidente, que tem a prerro-gativa de vetar o texto parcial ou integralmente.

Durante a visita da minis-tra de Meio Ambiente, Izabella Teixeira, na semana passado

ao Senado, foi consensual a idéia de conceder incentivos fiscais a proprietários que recuperem áreas desmatadas. Não foram decididos quais e como esses incentivos serão postos em prática.

A bancada ruralista no Congresso acredita que o Có-digo florestal vai sofrer mui-tas alterações no Senado, e que boa parte das políticas da ministra vão ser incorpo-radas.

Código Florestal

Page 12: Diário da Fazenda Ed02