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Ano 86 - Nº 23.389 Jornal do empreendedor Conclusão: 0H20 www.dcomercio.com.br R$ 1,40 São Paulo, quarta-feira, 8 de junho de 2011 ISSN 1679-2688 9 7 7 1 6 7 9 2 6 8 0 0 8 2 3 3 8 9 HOJE Sol com pancadas de chuva Máxima 21º C. Mínima 9º C. AMANHÃ Sol com pancadas de chuva Máxima 20º C. Mínima 7º C. fenômenos cai Palocci, sai O fenomenal enriquecimento do consultor Palocci foi um golpe fatal para o ministro Palocci. Sem revelar seus clientes, pressionado pela oposição e alvo de fogo amigo do PT, não resistiu: no 24º dia de crise, demitiu-se. Foi sua 2ª queda no governo. Páginas 5e6 Sai a fera, vem a bela Gleisi Hoffmann. Tida como "não tão fácil de se lidar", a senadora (PT/PR), mulher do ministro Paulo Bernardo, é a nova titular da Casa Civil Celso Junior/AE Ventos de 79 km/h Página 10 Nelson Antoine/AE Vulcão chileno deixa 270 voos no chão Ivan Alvarado/Reuters UMA FOTO HISTÓRICA: O FIM DE RONALDO O Fenômeno disputou ontem, no Pacaembu, contra a Romênia, sua última partida pela Seleção. Ovacionado, pediu desculpas: "Tive três chances e não consegui fazer um gol". Ah! O Brasil ganhou por 1 a 0. Pág. 12 Ricardo Nogueira/Folhapress Ronaldo, caem cinzas, passa o vendaval Página 10 Consultor Palocci demite o milionário caseiro civil Wilson Pedrosa/AE

Diário do Comércio

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08 jun 2011

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Page 1: Diário do Comércio

Ano 86 - Nº 23.389 Jornal do empreendedor

Conclusão: 0H20 www.dcomercio.com.br

R$ 1,40

São Paulo, quarta-feira, 8 de junho de 2011

ISSN 1679-2688

9 771679 268008

23389

HOJESol com pancadas de chuvaMáxima 21º C. Mínima 9º C.

AMANHÃSol com pancadas de chuvaMáxima 20º C. Mínima 7º C.

fenômenoscai Palocci, sai

O fenomenal enriquecimento doconsultor Palocci foi um golpefatal para o ministro Palocci. Semrevelar seus clientes, pressionadopela oposição e alvo de fogoamigo do PT, não resistiu: no 24ºdia de crise, demitiu-se. Foi sua 2ªqueda no governo. Páginas 5 e 6

Sai a fera,vem a bela

GleisiHoffmann.

Tida como "não tãofácil de se lidar", asenadora (PT/PR),

mulher doministro PauloBernardo, é a

nova titular daCasa Civil

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Ventos de79 km/hPágina 10

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Vulcão chileno deixa270 voos no chão

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UMA FOTO HISTÓRICA: O FIM DE RONALDO

O Fenômeno disputou ontem, no Pacaembu, contra aRomênia, sua última partida pela Seleção. Ovacionado,

pediu desculpas: "Tive três chances e não conseguifazer um gol". Ah! O Brasil ganhou por 1 a 0. Pág. 12

Ricardo Nogueira/Folhapress

Ronaldo, caem cinzas, passa o vendaval

Página 10

ConsultorPalocci demiteo milionáriocaseiro civil

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Page 2: Diário do Comércio

quarta-feira, 8 de junho de 20112 DIÁRIO DO COMÉRCIO

opinião

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Bruna Prado/AE

Brasília não pode ficar com cara de paisagem só porque policiais e bombeiros são funcionários dos governadores.José Márcio Mendonça

FUMAÇA E FOGOJOSÉ

MÁRCIO

MENDONÇA

Nem os governadores nem oCongresso Nacional nem apresidente Dilma dão indica-ções de que estão conscientes

das dimensões do que está ocorrendo noRio de Janeiro com o movimento de reivin-dicação salarial dos bombeiros, já com gra-ve episódio de insubordinação. O própriogovernador Sérgio Cabral, no território dequem explodiu primeiro a insatisfação dascorporações militares estaduais, parecetratar do episódio como algo mais ou me-nos corriqueiro, um problema que resolve-rá com uma demonstração um tanto tardiade dureza, confundida com autoridade.

Conta a crônica da política de MinasGerais, tão cheia de saborosas histórias,que o depois senador e vice-presidenteda República, e então governador deMinas nos idos dos anos 1950, MiltonCampos, viu-se diante de uma greve,um tanto quanto selvagem, como se di-ria hoje, de uma categoria de servidoresestaduais. A paralisação estaria já "per-turbando a ordem pública" e servindode mau exemplo.

Diante desse quadro, o comandante daForça Pública, que fazia na época o papeldos secretários de Segurança, procurou ogovernador Campos e sugeriu enviar, pa-ra a região de greve mais conflagrada, umtrem (no sentido literal, não no sentido mi-neirês de qualquer coisa) com um destaca-mento policial bem armado para desarvo-rar os grevistas.

Liberal convicto, intelectual da geraçãode Pedro Nava e Carlos Drummond deAndrade, Campos ouviu o beligerante au-xiliar, "matutou" como fazem os políticosastutos, e cortou as asas do coronel comuma perguntinha de não mais de que oitopalavras: "Comandante, não seria melhormandar um trem pagador?"

É inegável que os bombeiros flumi-nenses extrapolaram na última sexta-fei-ra todos os direitos a eles devidos de pro-testar e reivindicar. Houve um seriíssi-mo momento de insubordinação. É ine-gável também, porém:

1) que há meses os bombeiros já vi-nham apresentando suas propostas, emconversas reservadas em em manifesta-ções públicas em fins de semana de pre-ferência na orla da zona sul carioca. Esem sinais de que a questão apresentadaestava evoluindo;

2) que a situação geral das corporaçõesde segurança nos estados – polícia civil,polícia militar, corpo de bombeiros – tan-to a salarial quanto ao que se refere àscondições de trabalho, não é de dar inve-ja a ninguém.

Portanto, ao fazer vistas mais ou me-nos cegas à insatisfação que grassa entreeles de Norte a Sul, de Leste a Oeste, o go-vernador do Rio, como o primeiro desa-fiado, e todos os outros governadores,estão alimentando um caldo de culturaque a capital fluminense nesses dias estámostrando no que pode dar. Basta ver osmovimentos de solidariedade aos bom-beiros fluminenses que já se armam nopróprio Rio e em outras capitais.

Brasília não pode ficar com cara de pai-

sagem, como se não fosse com ela, somenteporque segurança pública é responsabili-dade estadual e os policiais e bombeirossão funcionários dos governadores. A "in-segurança" pública é de todos.

Uma polícia bem remunerada, bemtreinada, assim sendo, satisfeita, é a baseda paz nas ruas.

Há, no Congresso, uma propostapara resolver o problema: a Pro-posta de Emenda Constitucional

300, já votada uma vez na Câmara. Elaequipara os ganhos dos policiais dos ou-tros Estados aos dos de Brasília. Por contados custos elevados do reajuste – calculadomais R$ 60 bilhões anuais na folha salarial– divididos entre Estados e União, o Palá-cio do Planalto simplesmente resolveusentar em cima da PEC. Não se negocia,não se conversa. Parece até a história doCódigo Florestal quando, num momento,a intransigência deu no que deu.

O Rio dos bombeiros em estado dequase rebelião está mostrando que essecaso pode causar mais estragos políti-cos e sociais do que um comboio lotadode motosserras.

JOSÉ MÁRCIO MENDONÇA

É J O R N A L I S TA E A N A L I S TA POLÍTICO

IVONE

ZEGER

FILHO DA MÃE.E O PAI, COMO FICA?

Acada dia que passa nosdeparamos com um sem númerode novidades vindas das várias

esferas governamentais – não quenovidade tenha significado de positivo.Aliás, para dar uma ideia da capacidadecriativa de nossas instituições, o Ministérioda Educação tem dado mostras de seuárduo trabalho na tentativa de minimizaras discriminações: seja de ordem étnica,com o sistema de quotas para negros epardos, seja no afã de evitar o preconceitosexual, com o abolido kit anti-homofobia,ou ainda com a auto-renúncia do deverde ensinar a norma culta da línguaportuguesa ("nóis pega os peixe").Quanto tempo e dinheiro desperdiçados!

Enquanto isso, dados da Secretariade Educação do Estado de São Paulocontinuam contabilizando cerca de370 mil alunos matriculados na redepública que não têm o nome do pai noregistro de nascimento. Ter a paternidadelegalmente reconhecida é um direitoque nossa legislação garante a todos osbrasileiros, mesmo os nascidos forado casamento. E o procedimento não étão complicado quanto se pensa.

No momento em que uma mãesolteira for ao cartório lavrar a

certidão de nascimento do filho, otabelião lhe perguntará o nome dosuposto pai. A indicação é remetida aojuiz, que marcará uma audiência. Se o paiestiver de acordo, seu nome é incluído nacertidão. Caso contrário, terá início umprocesso de investigação de paternidade.Uma vez a paternidade estabelecida,a filiação será reconhecida.

Mas por desinformação ou receio deconfrontar o parceiro ou ex-parceiro,muitas mulheres acabam abrindo mãodesse direito e registrando seus filhos semque o pai conste na certidão.

Para tentar mudar essa situação,diversas iniciativas estão sendo feitasem diferentes cidades brasileiras,envolvendo prefeituras, secretarias deeducação e ministério público. Forças-tarefas compostas por agentes de saúde ediretores de escolas encarregam-se defazer um levantamento dos filhos de "paisdesconhecidos". Depois, suas mães efamiliares são informados dosprocedimentos necessários para obtero reconhecimento de paternidade.

Se o filho for menor de 18 anos, adecisão de fazer o reconhecimento cabeà mãe, que poderá optar por registrar onome do pai na certidão de nascimento

ou não. Nos casos em queo pai se recusar a fazer o registroda criança, as mães que quiseremmover ação de investigação depaternidade receberão a orientação eassistência jurídica necessárias.Se o filho for maior de 18 anos, cabe aele concordar ou não em obter oreconhecimento de sua paternidade.

Todas essas iniciativas não visamapenas garantir aos filhos o direito

de ter o nome do pai em suas certidões,usar os sobrenomes paternos ereceber benefícios como pensões eheranças. Elas visam também amenizaro sofrimento e o estigma daqueles cujospais são "desconhecidos". Contudo,por mais importante que seja oreconhecimento, ele não é, por si só,capaz de restabelecer vínculos afetivosdesfeitos ou mesmo inexistentes.Para isso, é necessário transformarcampanhas como essas no primeiropasso rumo à conscientização.

Como bem observou o juiz daVara da Fazenda de Lages (SC), SilvioOrsato, "o simples registro não supreas necessidades das crianças. Estamostrabalhando a formação de umanova cultura". Essa nova culturapoderia incentivar, por exemplo,avanços como a guarda compartilhada,que elimina situações nas quais um dospais fica com a responsabilidade e ooutro com as visitas. Na guardacompartilhada, pai e mãe dividem, emigualdade de condições, os direitos e osdeveres em relação aos filhos. Claro quepara que isso ocorra é preciso que ospais resolvam de maneira civilizadasuas divergências pessoais e cheguem aum acordo capaz de colocar o bem-estarda criança em primeiro lugar.

Utopia? Talvez não. Muitos dospais que foram chamados a participardas campanhas concordaram emreconhecer seus filhos de livre eespontânea vontade, sem que fossenecessária a abertura de processosde investigação de paternidade.Dados como esses levam a crer que oacesso à informação pode, em muitoscasos, contribuir para que os laçosfamiliares sejam restaurados.

IVO N E ZEGER É A DVO G A D A E S P E C I A L I S TA EM

DI R E I TO DE FAMÍLIA E SU C E S S Ã O, AUTOR A DOS

L I V RO S "HER ANÇA: PE RG U N TA S E RE S P O S TA S "E " FAMÍLIA: PE RG U N TA S E RE S P O S TA S " - DA

MESCL A ED I TO R I A L W W W.I VO N E Z E G E R .CO M .BR

ARTHUR

CHAGAS

DINIZ

E O PROCURADOR DISSE "NÃO"A

pesar das notáveisevidências de umenriquecimento patrimonial

extraordinário nos seus últimos doisanos como deputado federal, oProcurador Geral da República,Roberto Gurgel, disse não haverindícios de crime relativamente àprobidade do ainda ministro AntonioPalocci. É de ressaltar-se que oProcurador está em fim de mandatoe pode ou não ser reconduzido.Difícil para Gurgel decidir.

O que me chamou a atençãona entrevista dada à Rede Globo

por Palocci foi que, além de dizerque todos os seus contratos têmcláusula de confidencialidade, oscontratantes – cujo períodocontratual era em média de 5 anos– anteciparam o pagamento dosúltimos anos de contrato, antesque ele assumisse a função decoordenador da campanha eleitoralde Dilma, ou seja, pagaram"na frente", mesmo sabendo quePalocci – cujo escritório era de umsó profissional (ele) – não poderiamais prestar os "serviços"contratados. Isto configura que

pagaram a "success fee"antes de ter sucesso ou queos trabalhos contratados seriamcumpridos, mesmo informalmente.

É comum haver o contrário.Quando o contratado

(no caso, Palocci) renuncia aocontrato (por impossibilidade ética),o mais comum é que ele (o consultor)devolva uma parte do que járecebeu (taxa de mobilização).

As outras questões levantadassobre a vida imobiliária de Paloccisão igualmente constrangedoras,

a partir de sua própria residência.Não tenho dúvida de que os

adiantamentos contratuais feitos aPalocci por seus contratantes éapenas uma antecipação da "successfee" de cada uma das empreitadascontratadas, tal como já ocorreu coma devolução de Imposto de Rendade um de seus contratantes emtempo recorde. Quem tem IR pagoem excesso sabe que dois anos parareceber o que foi excedido é um feito.

Lula queria que Paloccicontinuasse. Para Dilma, ele era umgrande passivo. A crise política é

grave e inibe a presidente de agir emoutras áreas onde percebe que sualiderança sofre contestações. NaCâmara dos Deputados, por exemplo.

ART H U R CH AG A S DINIZ

É PRESIDENTE DO IN S T I T U TO LIBERAL

Page 3: Diário do Comércio

quarta-feira, 8 de junho de 2011 3DIÁRIO DO COMÉRCIO

opinião RELAÇÕES ENTRE AGENTES ECONÔMICOS ESTÃO MAIS PAUTADAS PELA ESTABILIDADE QUE PELO CONFLITO.

H E RA N Ç AB E N D I TA

MANUELITO

MAGALHÃES

JÚNIOR

Esses quase dez anos foramsuficientes para que o

ambiente econômico noBrasil conseguisse se desatrelar,

ainda que não por completo,do ambiente político.

Ato 1 - Brasil, meadosdo ano de 2002.Os índiceseconômicos se

deterioravam na exata proporçãoem que, nas pesquisas eleitorais,os índices do então candidatoLula assumiam a dianteira.Com base em documentos edebates internos do Partido dosTrabalhadores (PT), bemcomo em manifestações deeconomistas vinculados,o mercado precificou como dealto risco a vitória petista.

Para termos uma ideia,em setembro de 2002, já sob aexpectativa do governo Lula,o risco Brasil atingiu quase2.500 pontos e o índice da Bolsade Valores de São Paulo(Bovespa) despencava a 2.300pontos, enquanto no piormomento do governo deFernando Henrique Cardoso, noinício de 1999, o risco Brasilatingiu 1.300 pontos e a Bovespaestancava nos 4.000 pontos.

Na prática, o risco embutidonas previsões econômicas,naquele momento, dizia respeitoà possibilidade de calote nasdívidas externa e interna, bemcomo na "certeza" de umgoverno com característicaspopulistas, marcado pelodescontrole dos gastos públicos.

Também se temia areestatização de diversos setores,a ruptura com o sistemafinanceiro, aí incluído o FundoMonetário Internacional (FMI).Superávit Primário era palavrão,pois o pagamento de juros aos"especuladores" era visto comouma aberração da ortodoxiaeconômica. Enfim, temia-semais um Hugo Chávez naAmérica Latina... Não foi poracaso que, de repente, oBrasil se viu sem acesso afinanciamentos externos, como fluxo de investimentosdiretos externos próximo de zero,sem créditos para exportadorese com os juros na Lua!

Com a "Carta ao PovoBrasileiro", Lula afastou as

apreensões sobre a visão deeconomia do PT. Ainda durantea campanha eleitoral, aprovouo acordo com o FMI, articuladopelo governo FHC. Após aposse, ampliou o superávitprimário e apostou numagestão cautelosa da economia,mantendo o Banco Centralcom suas funções clássicas.

Ato 2 - Brasil, junho de 2011.O Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística (IBGE)divulga os dados sobre ocrescimento do PIB (ProdutoInterno Bruto) no primeirotrimestre de 2011.

A preocupação dos agenteseconômicos, neste momento,concentrou-se em torno daresposta a uma única pergunta:as medidas de políticaeconômica - vale dizer, aelevação dos juros e a restriçãoao crédito -, adotadas peloBanco Central (BACEN),conseguiram frear o ritmo decrescimento da economia econter a ameaça inflacionária?

A pergunta comportadupla resposta, assimcomo num copo com

água pela metade, que podemostraduzir por "meio cheio" ou"meio vazio". Ambas asrespostas estão relacionadas auma equação simples. A taxa decrescimento efetiva da economiaem 2011 será maior ou menordo que a taxa de crescimentopotencial de nossa economia?Por taxa potencial entende-seaquele crescimento do PIB quenão provoca inflação. Hoje,

estima-se que essa taxa se situeentre 4,0 e 4,5% do PIB.

Quando analisamos osdados sobre o primeiro trimestrede 2011, podemos perceber que ocrescimento de 1,3% em relaçãoao trimestre anterior equivalea uma taxa anualizada de5,3%. Da mesma forma, osquatro trimestres acumuladosaté março de 2011, quandocomparados com os quatrotrimestres imediatamenteanteriores, apresentaram umavariação de 6,2%.

Ou seja, a economiaainda corre risco,segundo essa leitura, de

um crescimento que gereinflação, portanto acima dos 4,0%a 4,5% a que nos referimos acima.Quem se fixar nessainterpretação defenderá, napróxima semana, a continuidadeda elevação da taxa de juros peloBACEN, hoje em 12% ao ano.Acrescentando a este raciocínio ofato de que os dados divulgadosapontaram para crescimento dosgastos da administração pública.

Por outro lado, os mesmosdados, publicados pelo IBGE,também podem ser lidos deforma diversa. A evolução doPIB no primeiro trimestre,quando comparado ao primeirotrimestre de 2010, aponta parauma variação de 4,2%.

O consumo das famílias,depois de uma aceleração que jádurava três trimestres, atingindoum crescimento de 2,3% no finalde 2010, despencou para umavariação de apenas 0,6%. Assim,

por essa ótica, haverá quempense que as medidas já adotadasforam suficientes para atingir odragão da inflação, ao reduziremo ritmo de crescimento da nossaeconomia, conduzindo-o paraum patamar aceitável, ou seja,abaixo da taxa de crescimentopotencial do PIB. Em outraspalavras, na próxima reunião doCopom (Conselho de PolíticaMonetária), o ideal seria amanutenção da taxa de juros,dado o ambiente de incerteza queainda gravita ao nosso redor.

Entre os atos 1 e 2 há quaseuma década de interregno. Oambiente político atual também éde tensão. A julgar pelos jornais

do fim de semana, quandoessa coluna foi escrita, o governofederal está prestes a perderseu ministro de maiorimportância, fiador tanto daguinada na política econômicado PT, com Lula e ainda em2002, quanto da credibilidadepolítica e econômica dapresidente Dilma Rousseff.

Entretanto, esses quase dezanos foram suficientespara que o ambiente

econômico no Brasil conseguissese desatrelar, ainda que não porcompleto, do ambiente político.Ou seja, alcançamos um grau dematuridade, em que as relações

entre os diversos agenteseconômicos estão mais pautadaspela estabilidade, do quepelo conflito. Muito devemosaos avanços institucionaisde nosso País, herança benditaque se acumula, governoapós governo, desde 1992.

MA N U E L I TO P. MAG A L H Ã E S JÚNIOR

É E C O N O M I S TA E D I R E TO R DA

CO M PA N H I A DE SA N E A M E N TO

BÁSICO DO ES TA D O DE SÃO PAU L O

(SABESP). FOI PRESIDENTE DA

EMPRESA PAU L I S TA DE

PL A N E JA M E N TO ME T RO P O L I TA N O

(EMPLASA) E SECRETÁRIO

DE PL A N E JA M E N TO DA

C I DA D E DE SÃO PAU L O.

ROBERTO

MATEUS

ORDINE

EMPREENDEDORISMO E FIM DA MISÉRIA

Apresidente Dilmaacaba de lançar umnovo programa de

governo, com o objetivo deerradicar a pobreza em nossoPaís. Nada mais oportunoe louvável, pois não se podeimaginar uma nação rica,com parte expressiva de seupovo passando fome.Portanto, a presidente merecenosso aplauso e nosso apoiopela iniciativa.

Mas as medidasgovernamentais não devemparar por aí. É preciso criaroportunidade para que essesmilhões de brasileiros possamse desenvolver, tornando-sepessoas capazes de produzirseu próprio sustento. É preciso"ensinar-lhes a pescar",como lembra aquele velhoprovérbio oriental.

Isto porque só o trabalhotraz dignidade ao serhumano e a dignidade ajuda amelhorar a autoestima daspessoas, libertando-as dasamarras da miséria. As pessoascom autoestima ascendentepodem progredir mais,

tornando-se mais felizes,aprendendo a caminhar comas próprias pernas.

Para que esse sonho se tornerealidade, torna-se necessária aimplantação de programaseducacionais para a integraçãosocial, qualificando as pessoaspara se ajustarem ao mercadode trabalho. A instruçãoescolar, aliada à qualificaçãoprofissional, transformam-seem importantes instrumentosde integração social da espéciehumana. Cabe ao Estado,portanto, proporcionar-lhesmais este mecanismo parao seu crescimento individual.

Apartir deste ponto,certamente surgirão novos

empreendedores, capazesde gerar trabalho e riquezapara o Brasil. A capacitaçãoprofissional permitirá queparte dessa gente resgatadada miséria encontre trabalhodigno. E outra parte. ainda,transforme-se em microempreendedores individuais,conseguindo prover suasnecessidades e de sua família.

Este é o melhor caminhopara o desenvolvimento daprodução nacional.

Por tudo isso é que seriaoportuna, também, a

criação de um novo programagovernamental destinado àsmicro e pequenas empresas,com o objetivo de impedirque a "síndrome da morte"ocorra com a maioria dessasrecém-nascidas empresas, quecomeçam a morrer já noprimeiro ano de atividade –um grande percentual delasnão consegue ultrapassar abarreira do quinto ano deexistência, segundo dadosdivulgados pelo SEBRAE.

Sabe-se que parte dessas

empresas "morre" cedo porfalta de gestão adequada;mas, a outra parte morre porasfixia fiscal, em razão do nossocomplexo sistema tributário.São tantas as obrigaçõesfiscais, que os pequenosempreendedores nãoconseguem acompanhar osistema, tornando-seinadimplentes – seja porfalta de pagamento dostributos, seja por excesso deobrigações burocráticas.

Tanto isso é verdadeque, nesta semana, a

própria Receita Federalprecisou editar medidacancelando os lançamentosdas multas aplicadas aos micro

empreendedores individuaisque deixaram de apresentarimpresso fiscal (DASN-Simei).Esta obrigação acessórianão estava prevista nalegislação que criou o MEI; mas,o sistema fiscal, sim, e nãoperdoou aquela falta. Não fosseo bom senso das autoridadesda RF e já teríamos milharesde micro empreendedoresindividuais inadimplentesperante o fisco, antes mesmode desfrutar dos benefíciosde sua nova condição.

Para contornar essegrave problema,

impedindo a "morte" dopequeno empreendedor, serápreciso ajudá-los a crescer. Istoporque, se salvos, poderãoamanhã transformar seupequeno negócio emempreendimentos de sucesso,gerando riqueza e emprego,além de ajudar a melhorara produção nacional.

Seria muito oportunose o Governo Federal pudesseimplantar, para as micro epequenas empresas, um

programa especial dedesburo cratização,destinado à sua proteção.

Não podemos esquecerque foi desse mesmomodo – sem muitaburocracia – que em recentepassado surgiram boa partedas empresas brasileirasque depois se transformaramnos atuais sustentáculos daeconomia nacional.

Foram algunsbrasileiros pioneiros e

outros imigrantes recémchegados de seus países deorigem que deram início aosatuais comércio e indústriabrasileiros. Foram ospequenos empreendedoresdo passado que ajudaram acompor o quadro atual denossa economia, criando umparque industrial de ponta eum comércio sofisticado.Foram eles que, junto com oagronegócio, transformaram oBrasil na 7ª economia mundial.

RO B E RTO MAT E U S ORDINE

É VICE PRESIDENTE DA AC S P

Page 4: Diário do Comércio

quarta-feira, 8 de junho de 20114 -.GERAL DIÁRIO DO COMÉRCIO

8 de Junho

Bem-Aventurado

Pacífico de Sereno

Educado pelos Beneditinos de Novara(Itália), aos 21 anos ingressou na Ordem

dos Irmãos Menores Franciscano. Depois deordenado sacerdote, pregou em toda a

Itália e ficou conhecido como "pregadorda paz e do Evangelho". É autor da

Suma Pacífica da Consciência.

Solução

Por: José Nassif Neto

'Agente',em alemão.'Passado',em inglês.

Símbolode

Oxóssi.

Ditador daextinta

União So-viética.

Djibouti éum peque-no (...)da África.

'Chapéu',em

inglês.

Dançaespanholado século

XVII.

O Deusgrego do

amor.

Homemnamoradorinveterado.

(gíria)

Astúciapara

distrair oadvesário.

Especia-lista

em óvnis.

Desordei-ro.

Qualquerser ina-nimado.

Símbolode

roentgen.(física)

Estanho,símboloquímico.

Aqueleque lutaninjútsu.

Latitude.(abrev.)

Após.

"Umaandorinhasó não faz

(...)".

Papa demandioca.Lente deaumento.

Cachaça.Sinônimode chato.

(gíria)

Brinco deforma

circular.

El. químicode númeroatômico 27(símb.: Co)

Instrumen-to de

percussãoafricano.

Um maunegócio.

Galináceomacho.

Sinistro.

Desmoro-nar rapi-damente.

Filme comduração

mínima de70 min.

'Bêbadocomo um

(?)'.

Leitode um

rio.

Cosme Tu-ra, pintor.

Bruce Lee,ator.

Sadio;saudável.

(?) Guerra,escritor

brasileiro.

Estado deGoiás.(abrev.)

Canal marí-timo daAméricaCentral.

Saldo ácidoláctico.

(406) 3-hat; 4- trás; ago; 4- eiru; 5-verão; álveo; gambá; pirão; agent; 6-panamá; pinóia; 7-ufólogo; trágico; tárraga.

A

S

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N

T

G

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Page 5: Diário do Comércio

quarta-feira, 8 de junho de 2011 5DIÁRIO DO COMÉRCIO

INOCENTEInocentado pelaPGR, Palocci deixacargo anuciandosua honestidade.

CO N S U LTO RE se multiplicou opatrimônio, nãocometeu nenhumair regular idade.

política

BYE, BYE!Desta vez, a passagem de Antonio Palocci

pelo governo foi mais rápida e o escândalo também mudou

Wilson Pedrosa/AE

Antonio Paloccipassou boa parte dodia de ontem ao ladoda presidente DilmaRousseff, a quemacompanhou em doiseventos. O aindaministro atéesbanjou sorrisos,mas já tinhaacertado a sua saídada Casa Civil. É oprimeiro a cair nestegoverno, mas não ésua primeira quedana vida política.

Antonio Palocci nãosoube aproveitar asua segunda chan-ce no governo. Ele

caiu ontem mais rápido do quena primeira vez. Como minis-tro da Fazenda permaneceu nocargo por três anos. Na CasaCivil, foram cinco meses. Pa-locci tropeçou e ainda coube àpresidente Dilma Rousseff, emnota, "lamentar a perda de tãoimportante colaborador".

Em declaração escrita, eledestacou "a legalidade e a reti-dão de suas atividades profis-sionais no período recente,bem como a inexistência dequalquer fundamento, aindaque mínimo, nas alegaçõesapresentadas sobre sua condu-ta", numa referência explícita àdecisão do procurador-geralda República, Roberto Gurgel,de arquivar pedido de investi-gação sobre enriquecimentoilícito e tráfico de influência.Talvez, por isso, Dilma tenhaagradecido "os inestimáveisserviços que ele prestou ao go-verno e ao País".

Palocci procurou realçar, nacarta entregue à Dilma, que asua permanência "poderiaprejudicar suas atribuições nogoverno", e daí fez o esforço es-perado. Um esforço descritopelo presidente nacional doPT, deputado Rui Falcão, co-mo decisão que "engrandecePalocci". Ou "medida acerta-da", como afirmou o deputadoRaul Pont, presidente do PT noRio Grande do Sul. Uma atitu-de que "só trará benefícios parao Brasil", de acordo com a dire-ção da Força Sindical. Ou ain-da, como salientou Paulo Skaf,presidente da Federação dasIndústrias do Estado de SãoPaulo (Fiesp), "é uma questãode governo, a vida continua e oBrasil vai continuar andando".Enquanto isso, a oposição noCongresso ia comemorando.

Quem poderá sentir a suasaída é o mercado financeiro,segundo o analista político Ra-fael Cortês, da TendênciasConsultoria. "O mercado o viacomo um líder dentro governoe defensor de uma agenda libe-ral", afirmou. Tanto que o setorsucroalcoleiro, assim que sou-be, lamentou perder "um dosprincipais interlocutores entreo governo e os usineiros".

Médico por profissão e polí-tico de carreira, Palocci é filia-do ao PT desde sua fundação,nos anos 80, quando ainda mi-

litava na corrente trotskistaConvergência Socialista. Coma chegada do PT ao poder ga-nhou prestígio tanto quantoperdeu. A ele imputaram todaa sorte de acusações: corrup-ção, mensalinho da máfia do li-xo e licitações dirigidas paracompra de molho de tomate

com ervilha, quando exerceumandatos de prefeito em Ri-beirão Preto (SP).

Em Brasília, a quebra do si-gilo bancário de FrancenildoSantos Costa, o caseiro que re-velou as idas de Palocci a umamansão para reuniões com lo-bistas, custou-lhe a pasta da

Fazenda, em 2006. O mais no-vo capítulo, revelou um Paloc-ci perspicaz para negócios, jáque conseguiu multiplicar por20 seu patrimônio nos últimosquatro anos, período no qualtambém dava expediente naCâmara, como deputado.

Apesar da queda, no plano

criminal o ex-ministro estácom o caminho livre. No âmbi-to civil é réu por ato de impro-bidade em ações na Justiça deRibeirão Preto. Numa delas,por causa da compra do molhode tomate com ervilha. (Leia so-bre a sucessora Gleisi Hoffmannna página 6). (Agências)

Marta tentou e abancada do PT disse não

Oministro-chefe da Ca-sa Civil, Antonio Pa-locci, já tinha acertado

ontem a sua saída do cargo,mas os senadores do PT prova-velmente ainda não sabiam,tanto que a maioria rejeitou,em reunião fechada, divulgaruma nota de apoio a Palocci.

O ministro consumou a suasaída em conversa com a presi-dente Dilma Rousseff, por 50minutos. Foi no terceiro andardo Palácio do Planalto, poucoantes das 11 horas.

Depois, de gravata verme-lha, acompanhou discurso dapresidente durante cerimôniade criação da Comissão e doComitê Nacional de Organiza-ção da Rio + 20 e ainda almo-çou com Dilma e parlamenta-res do PTB. Simulou tanto quechegou a esbanjar sorrisos.

A proposta de apoio foi su-gerida na reunião pela senado-ra Marta Suplicy (PT-SP). Noentanto, a maioria da bancadase posicionou contra o desa-gravo público.

Relatos deram conta de queo argumento que prevaleceufoi o de que era preciso a ban-cada fortalecer a presidente.

Ou seja, seria "imprudente"soltar naquela altura uma notasem que seus exatos termos ti-vessem sido previamentecombinados com o Planalto.

Nem a decisão do procura-dor-geral da República, Ro-berto Gurgel, de arquivar to-das as representações contraPalocci, sensibilizou a maioriados senadores. A bancada tem15 e vários deles vinham co-brando explicações públicasdo ministro. (Agências)

Marta, ao lado de Sarney, tentou apoiar Palocci. Faltaram assinaturas.

Celso Júnior/AE

Dilma fez o que Lula havia feitoPor isso, o ex-presidente evitou comentar o que estava decidido

Oex-presidente LuizInácio Lula da Silvaevitou o quanto pode

comentar ontem osmomentos que antecederam aqueda do ministro-chefe daCasa Civil, Antonio Palocci.Após ser homenageado, emSão Paulo, no Prêmio TopEtanol, negou que tivessetratado da questão com apresidente Dilma Rousseff.

"É uma questão muitopessoal. Eu já vivi isso, seicomo é". O ex-presidente foiquem sugeriu Palocci para ocargo e Dilma aceitou. E coma situação cada vez maisdelicada, Lula haviadescartado ir para Brasília,pelo menos nesta semana,sugerindo que qualquerdecisão não teria a suainterferência. Por algunsmomentos, inclusive, trocou aagenda política pelo futebol,quando recebeu o ex-atacanteRonaldo, que faria ontem asua despedida da SeleçãoBrasileira, no Pacaembu. Lulaganhou ingressos, mas dissenão poderia ir.

Hoje, o ex-presidente darápalestra para convidados dafabricante de embalagensTetrapark, na capital paulista.Amanhã, está agendadaviagem para Curitiba. Lá, oex-presidente vai participarde um encontro comcatadores de materiaisrecicláveis. Esses

compromissos, se precisasse,seriam usados comojustificativa para não ir aBrasília e evitar desgastar aautoridade da presidente.

Mesmo assim, assessorespróximos da presidenteconfirmaram que elaconversou com Lula. Sobre asaída de Palocci, o Planaltonegou que houve demora nasubstituição e afirmou que o"timing" foi correto, após a

Procuradoria Geral daRepública ter inocentado oagora ex-ministro dei r re g u l a r i d a d e s .

A demissão teria sido "umasomatória de coisas quevinham ocorrendo no dia adia". Sobre a escolha de Gleisi,a presidente disse a Lula queera "decisão pessoal" e comquem tem "afinidade". Dilma,inclusive, a chama peloapelido de "Loura". (Agências)

Lula alegou quenão sabia denada. E que apossível saída doministro seriauma questãopessoal. Por isso,não iria falar,porque sabia"como é", tinha"vivido isso".

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Page 6: Diário do Comércio

quarta-feira, 8 de junho de 20116 DIÁRIO DO COMÉRCIO

Para nós, é um momento triste. É uma pena perder o ministro Palocci.Gleisi Hoffmann, nova ministra-chefe da Casa Civilpolítica

Gleisi vira a dona da Casa CivilConvidada para comandar a pasta, a mulher do ministro Paulo Bernardo alia experiência política e gestão administrativa. E, dizem, não chega a ser de fácil trato.

Convidada para su-ceder ao ex-minis-tro Antonio Paloccina chefia da Casa

Civil, a senadora Gleisi Hoff-mann (PT/PR) tem se destaca-do na defesa do governo no Se-nado. Ela praticamente traba-lhava como líder do governo.Fontes do Planalto avalizamque Gleisi tem todas as condi-ções para comandar a Casa Ci-vil e o relacionamento com oCongresso. Também é tida co-mo "não tão fácil de se lidar".

Nome – Fã da musa norte-americana Grace Kelly, Gétu-lia Agda queria que a filha le-vasse o nome da atriz. Mas nahora do registro em cartório, omarido, Júlio Hoffmann, seconfundiu. "Em vez do ‘r’, elecolocou ‘l’. Mas podia ter colo-cado mais simples, né? Maria,Ana...", explicou, rindo, a en-tão senadora em entrevistaconcedida ao portal IG emabril deste ano.

De família de origem alemãe catarinense, Gleisi HelenaHoffmann nasceu em Curiti-ba, em 6 de setembro de 1965 ese formou em Direito pela Fa-culdade de Direito de Curitiba,com especialização em Gestãode Organizações Públicas eAdministração Financeira.

Dupla dinâmica – Ela é mu-lher do ministro das Comuni-cações, Paulo Bernardo, comquem tem dois filhos, João Au-gusto e Gabriela Sofia. Seu pri-meiro casamento foi com o jor-nalista Neilor Toscan.

Indagada se o tema políticaentra em casa ou é proibido,admitiu que não tem como evi-tar o assunto nas conversas."Não tem jeito. A gente conver-sa sobre outros temas, mas po-lítica é o preponderante. É a

nossa vida. Ficaria até falso agente falar de outros assuntos:é política e os filhos".

Com o marido, Paulo Ber-nardo, Gleisi forma uma espé-cie de "dupla dinâmica" dealiados de primeira hora doPalácio do Planalto.

Histórico político – A para-naense de 45 anos tem expe-riência política adquirida nasduas campanhas eleitorais, ereúne características técnicas,reforçadas durante o comandoda diretoria de Finanças daItaipu Binacional.

Ex-presidente do PT no Pa-raná, Gleisi perdeu a eleiçãopara o tucano Beto Richa à pre-feitura de Curitiba em 2008,mas conseguiu se eleger ao Se-nado nas eleições do ano pas-sado e contou com o apoio os-tensivo do ex-presidente LuizInácio Lula da Silva e da entãocandidata Dilma Rousseff.

No Senado, Gleisi vinha sedestacando como "líder infor-mal do governo". Fazia inter-venções e apartes a favor dogoverno federal a toda hora,sem deixar nenhum ataque daoposição sem resposta.

A filiação de Gleisi ao PTveio em 1989. Ela foi secretáriade Estado no Mato Grosso do

Sul, durante a gestão de ‘Zecado PT’ e secretária de GestãoPública da prefeitura de Lon-drina por alguns meses.

Em 2002, fez parte da equipede transição de governo de Lu-la. Foi então nomeada a direto-ra financeira da Itaipu Binacio-nal, onde ficou até 2006, quan-do saiu para disputar –e per-der – as eleições ao Senado.

Em 2010, conseguiu vaga noSenado, elegendo-se como amais votada, juntamente comRoberto Requião (PMDB).

Campanha rica – Nas elei-ções do ano passado para o Se-nado, a nova ministra-chefe daCasa Civil, conseguiu o maiorvolume de arrecadações, se-gundo informações do Tribu-nal Superior Eleitoral.

Foram pouco mais de R$ 7,9milhões, enquanto o segundocolocado, o senador RobertoRequião (PMDB), obteve cercade R$ 3 milhões. Além do dire-tório nacional do PT, que re-passou R$ 1,9 milhão à campa-nha, o principal doador foi aempreiteira Camargo Corrêa,com R$ 1 milhão.

A Construtora OAS foi res-ponsável pela colocação de R$500 mil na campanha, enquan-to a OAS Empreendimentoscontribuiu com outros R$ 280mil. Outra das grandes cons-trutoras que ajudaram finan-ceiramente na eleição da sena-dora é a CR Almeida, comR$ 250 mil. Entre os bancos,apenas o Fator aparece na pres-tação de contas, tendo doadoR$ 100 mil.

A vaga de Gleisi deve ser as-sumida pelo primeiro suplen-te, Sergio de Souza (PMDB).Assim, a bancada do PMDB,que já era a maior, passa a ter 20senadores. (Agências)

Moreira Mariz/Ag. Senado

Gleisi Hoffmann: destaque na defesa do governo no Senado, ao atuar como líder do governo.

Política é o tema dasnossas conversas. Éa nossa vida. Ficariaaté falso a gentefalar de outrosassuntos: épolítica e os filhos.

GLEISI HOFFMANN

Lula Marques/Folhapress

Na berlinda: apático, ministro Luiz Sérgio não teria o perfil articulador esperado pelo Planalto.

Luiz Sérgio, o próximo?Ministro sempre foi considerado por Dilma como sem influência no Congresso

Com a queda deAntonio Palocci, apresidente Dilma

Rousseff e a nova ministrada Casa Civil, GleisiHoffmann, farão umadobradinha provisória naarticulação política. A partirde agora, Dilma reservaráboa parte da agenda paraencontros e conversas comdeputados e senadores. É aalternativa que ela achoudiante da falta de nomespara comandar a Secretariade Relações Institucionais,pasta que formalmente tema responsabilidade de fazera articulação. É o que dizemassessores do Planalto.

O ministro Luiz Sérgio(Secretaria de RelaçõesInstitucionais) nãoconseguiu se fortalecer nocargo. A presença deAntonio Palocci, que

negociava comgovernadores e liderançasdo Congresso, tirava o focoda secretaria. Luiz Sérgiosempre foi considerado porDilma como ministro seminfluência, mas até a noitede ontem sua demissão nãoera confirmada pelogabinete da presidente.

Dilma estava disposta amanter Luiz Sérgio por maisum tempo na pasta. Aoescolher Gleisi no lugar dePalocci, optou por umamudança menos drástica deministros, limitando-se àtroca na Casa Civil.

A presidente avalia queGleisi é uma mulher hábil ede iniciativa, que poderádesempenhar o papel degestora e, ao mesmo tempo,de articuladora, dizemassessores do governo.Embora sem experiência

política, Dilma vê em Gleisiuma senadora queconseguiu, em menos deseis meses, entender os"caminhos" do Senado.Ultimamente, Dilma esteveenvolvida em questõesinternas do governo. Agora,quer se dedicar à conversascom parlamentares.

Nos próximos dias, Dilmaterá de escolher o novo líderdo governo no Congresso. Afunção é desempenhadaprovisoriamente pelodeputado Gilmar Machado(PT-MG). Ela sabe que temproblemas com os líderes naCâmara e no Senado.Ontem, observou que aliderança de Romero Jucá(PMDB-RR) no Senado nãoevitou que mais de 20senadores assinassemrequerimento para instalarCPI contra Palocci. (AE)

Foco será gestão de projetosGleisi Hoffmann afirma que sua atuação vai ser mais técnica do que política

Em sua primeiraentrevista, a novaministra da Casa Civil,

a petista Gleise Hoffmanndisse, ontem, que a sua gestãovai ser mais técnica do quepolítica. Sem comentar seuperfil duro nas negociaçõespolíticas, como ficouconhecida no Senado, Gleiseafirmou que sabe daresponsabilidade e do desafioque tem pela frente.

O governo Dilma Rousseffenfrenta críticas de aliados e

da oposição em relação aarticulação política. Gleisenão quis comentar comoficará a negociação com oCongresso, que vinha sendoassumida por seu antecessorna Casa Civil, AntonioPalocci, que perdeu forçadesde que a Folha revelou emmaio que ele multiplicou por20 seu patrimônio.

"Ela disse que meu perfil éum perfil que se adequa aoque ela pretende agora naCasa Civil, que é o

acompanhamento dosprojetos do governo.Portanto, é uma ação degestão. A presidente queruma gestão mais técnica naCasa Civil".

Sobre Palocci, disse que éum momento triste. "Sabemosdo relatório da procuradoria(Ministério Público Federal),que colocou de forma clara asituação do ministro. É umapena perder o ministroPalocci no governo pela suaqualidade ". ( F o l h a p re s s )

No currículo, duasparticipações no Executivo

Aposse da nova minis-tra da Casa Civil, Glei-se Hoffmann, será ho-

je, 16h30, no Palácio do Planal-to. Aos 45 anos, a mulher doministro das Comunicações,Paulo Bernardo, já atuou duasvezes em setores do Poder Exe-cutivo, como secretária ex-traordinária de Reestrutura-ção Administrativa no primei-ro mandato de Zeca do PT àfrente do governo de MatoGrosso do Sul, em 1999, e comosecretária de Gestão Públicada Prefeitura de Londrina, em2001. Foi a responsável pelaDiretoria Executiva Financei-ra da Itaipu Binacional entre2003 e 2006.

Ela já tentou, em 2008, con-quistar o cargo de prefeita dacapital paranaense, mas foiderrotada por Beto Richa(PSDB), hoje governador doestado. Em 2006, tentou umavaga no Senado pela primeiravez, conquistando 45,14% dototal da votação. Na segundatentativa, em 2010, foi a candi-data mais votada para o cargo,com mais de 3,1 milhões de vo-to. Contou com o apoio inte-gral do então presidente LuizInácio Lula da Silva e da candi-

data Dilma Rousseff.A militância política vem

dos tempos de estudante comos grêmios estudantis e, de-pois, como dirigente da UniãoBrasileira dos Estudantes Se-cundaristas (Ubes). O contatocom a classe política veio du-rante a faculdade. Para pagaros estudos, trabalhou como as-sessora parlamentar na As-sembleia Legislativa do Para-ná e como assessora do entãov e r e a d o r J o r g e S a m e k(PMDB), eleito na Câmara Mu-nicipal de Curitiba. Depois, Sa-mek a levou a um cargo emItaipu Binacional, ocupado pe-

la primeira vez por uma mu-lher e ao PT, em 1989.

Brasília descortinou-se paraGleisi em 1993, quando foi tra-balhar no Congresso Nacional– na Comissão de Orçamento.Depois integrou a equipe deZeca do PT, em MS, coorde-nando uma equipe que condu-ziu uma reforma administrati-va, reduzindo secretarias e car-gos em comissão.

Secretária na gestão do pre-feito Nedson Micheletti emLondrina, iniciou a discussãosobre o plano de carreira dosservidores e implantou o pre-gão eletrônico para compras –uma economia de 30%. Gleisitrabalhou com Palocci e Dilmana equipe de transição do en-tão presidente Lula, em 2002.

O prêmio foi o cargo de dire-tora financeira de Itaipu Bina-cional. Lá, comandou orça-mento anual superior a US$ 3bilhões. De sua equipe nasceuo sistema de gestão integradacom o Paraguai. Única mulherna diretoria, ela foi uma dasvozes ativas na expansão doserviço de saúde, criação deuma rede de combate à prosti-tuição infantil e atendimento àvítima de violência. (Agências)

De líder estudantil à diretoria da Itaipu, Gleise já atuou em MS e no ParanáJ. Freitas/Ag. Senado

No Senado: defesa do governo.

Page 7: Diário do Comércio

quarta-feira, 8 de junho de 2011 7DIÁRIO DO COMÉRCIO

A saída do ministro, graças à pressão da sociedade, mostra que o governo padece de credibilidade.Rubens Bueno (PPS-PR)política

Gurgel arquivacaso Francenildo...

Op ro c u r a do r- g er a lda República, Ro-berto Gurgel, ar-quivou mais uma

representação contra o minis-tro Antonio Palocci (Casa Ci-vil), agora no caso envolvendoa violação dos dados bancáriosdo caseiro Francenildo dosSantos Costa.

A ação, apresentada pelopresidente do PPS, deputadoRoberto Freire (SP), pedia ofe-recimento de nova denúnciacontra Palocci após a Folha de S.Pa ul o publicar no dia 25 demaio que a Caixa EconômicaFederal informou à Justiça Fe-deral que o responsável pelaviolação foi o gabinete do en-tão ministro da Fazenda e hojeministro da Casa Civil.

No pedido, Roberto Freirealegou que a resposta da Caixaconstituiria "informação iné-dita que pode levar ao egrégioSupremo Tribunal Federal no-vos elementos de convicçãopara apreciar nova denúnciacontra Palocci".

Sem novidade– Para Rober-to Gurgel, o fato referido pelodeputado não consubstanciaprova nova, apta a ensejar ooferecimento de outra denún-cia por suposta violação do si-gilo do caseiro.

"A autoria intelectual do de-lito pelo denunciado foi exata-mente o fundamento da acusa-ção apresentada pelo Ministé-rio Público e que foi rejeitadapelo Supremo Tribunal Fede-ral", rebateu Gurgel.

Ele explica que a denúnciaproposta pelo então procura-dor-geral da República, Anto-nio Fernando Souza, descre-veu uma série de fatos que

detendo legitimamente a in-formação sigilosa, o represen-tado não poderia ser autor docrime na modalidade revelar.

Entendeu, também, que oMinistério Público não provouque o representado determi-nou ao presidente da Caixaque violasse o sigilo nem que orepresentado divulgou os da-dos para a imprensa", diz Gur-gel no parecer.

Nada feito – Na segunda-feira, Gurgel decidiu arquivartodas as representações quepediam abertura de inquéritocontra Palocci, relacionadas aofato de seu patrimônio ter au-mentado pelo menos 20 vezesde 2006 para 2010.

Gurgel, disse ontem queadotou a posição que conside-ra "correta" e que "as manifes-tações do Ministério Públiconem sempre agradam".

"O procurador-geral da Re-pública se manifesta de acordocom sua convicção. Foi o queeu fiz e com a mesma firmezade quem sustentou oralmentecontra o ministro Palocci no ca-so do caseiro", disse. "É da tra-dição do Ministério Público:suas manifestações. Ora agra-dam a uns e desagradam a ou-tros, ora desagradam a uns eagradam a outros". (Agências)

Andre Dusek/AE - 06.04.11

Indeferido: procurador-geral não vê provas contundentes de autoria da quebra de sigilo do caseiro.

Procurador-geral diz que alegação não é suficiente para incriminar Palocci

A autoriaintelectual do delitopelo denunciado foiexatamente ofundamento daacusação rejeitadapelo Supremo.

ROBER TO GUR GEL

comprovariam a atuação dogabinete do então ministro daFazenda para a divulgação dosdados bancários na imprensa.

"O Supremo Tribunal Fede-ral, muito embora tenha afir-mado a materialidade do cri-me, rejeitou a acusação quantoao representado, exatamentepelo fundamento de que, não

Oposição comemora. E alerta:o caso não está encerrado.

Aoposição comemoroua saída do ministro daCasa Civil, Antonio

Palocci, mas parlamentaresalertam: a demissão do petistanão encerra o caso.

"Nós vamos continuar insis-tindo para que ele preste todasas informações", avisou o líderdo PSDB na Câmara, DuarteNogueira (SP). "O suposto trá-fico de influência e o extraordi-nário aumento de seu patrimô-nio ocorreram antes de ele en-trar no governo. Os fatos quevieram a público podem serapenas a ponta do novelo".

Segundo Nogueira, os 20dias em que se manteve em si-lêncio e as lacônicas entrevis-tas que concedeu na últimasexta reforçam ainda mais osindícios de irregularidadesnas atividades que desenvol-veu como consultor.

"Sua demissão não pode serusada como pretexto para queas perguntas fiquem sem res-postas: quem eram seus clien-tes? Que serviço prestou? Equanto recebeu?".

O deputado federal RobertoFreire (SP), presidente nacio-nal do PPS, afirmou que o pe-dido de demissão facilita a in-vestigação sobre Palocci.

"Não haverá mais blinda-gem do governo Dilma na Câ-mara para convocação, porexemplo; o foro privilegiadoacaba e a sociedade não fica re-fém da decisão do procurador-geral, que foi omisso e se ne-gou a investigar o ministro".

O parlamentar afirmou que,com a demissão, o processo

Na avaliação do parlamen-tar, fica provado mais uma vezque a palavra do governo não élevada a sério pela sociedade.

"O governo afirmou mais deuma vez que o caso envolven-do o patrimônio do ministroestava encerrado. A saída doministro, graças à pressão dasociedade, mostra que a pala-vra do governo padece de cre-dibilidade".

Bueno também afirmou quea queda do ministro não encer-ra o caso. "Ao contrário, agorao Ministério Público terá maisfacilidade para investigar afortuna do ministro".

"Medida acertada" – O de-putado estadual e presidentedo PT no Rio Grande do Sul,Raul Pont, considerou o afas-tamento "medida acertada".

"A posição da Procuradoria-Geral da República, que nãoencontrou ilegalidades ao ana-lisar as denúncias, livrava oministro da abertura de umprocesso, mas não do empe-nho da oposição de buscar en-frentamento político", avaliouPont. "Ele devia fazer sua defe-sa fora do governo. A compre-ensão política de uma situaçãocomo essa vai além de uma si-tuação pessoal". (Agências)

Queda do ministro até facilita investigação patrimonial, avaliam parlamentares

Não haverá maisblindagem dogoverno, o foroprivilegiado acaba ea sociedade não ficarefém da decisão doprocurador-geral.

ROBER TO FREIRE (PPS-SP)

contra Palocci será acelerado."Ele vira um cidadão comumsem a proteção do governo".

Já o líder do PPS na Câmara,Rubens Bueno, afirmou quePalocci sai do governo "pelaporta dos fundos, sem dar ex-plicação convincente à socie-dade sobre os escândalos en-volvendo seus negócios milio-nários".

Battisti:ministros já

admitem quenão querem

nova polêmicae podem

confirmarrefúgio político.

Evaristo SA/AFP - 19.03.07

Battisti: Supremo deve validardecisão contra extradição

Depois de mais de doisanos de indefinição, oSTF (Supremo

Tribunal Federal) retoma hojea discussão sobre o destino doitaliano Cesare Battisti edeverá validar a decisão doex-presidente Luiz InácioLula da Silva, que negou, noúltimo dia de seu mandato,pedido do governo da Itáliapara extraditá-lo.

O caso já foi levado aoplenário do Supremo quatrovezes, quando os ministrosdecidiram autorizar aextradição de Battisti,deixando para o presidentea palavra final.

Na última vez, ficouestabelecido que o chefe do

executivo não poderiadesrespeitar o Tratado deExtradição entreBrasil e Itália.

Battisti fez parte de grupoterrorista de extremaesquerda da Itália dos anos70. Foi condenado pela Justiçaitaliana à prisão perpétua, porparticipar de quatroassassinatos, mas semprenegou a autoria dos crimese alegou sofrer apenasperseguição política.

O então ministro da Justiçabrasileiro, Tarso Genro,concedeu a ele, em 2008, ostatus de refugiado político. Oargumento era haver"fundado temor deperseguição política" se

Battisti voltasse à Itália.Esse ato, porém, foi

considerado ilegal peloSupremo. Hoje, a Corteanalisa a reclamação dogoverno da Itália, que diz queLula, ao decidir pelapermanência de Battisti,descumpriu a decisão do STF.

A tese é: a presidência usouargumentação presente notratado de extradição que,com outras palavras, afirma omesmo que Genro disse paraconceder o refúgio, já negadopelo Supremo.

Ministros afirmaram ontemque a maioria do tribunal nãoirá criar nova polêmica. Ouseja, não vão anular o ato deLula. ( F o l h a p re s s )

STF recomeça hoje a julgar italiano e pode seguir opinião do ex-presidente Lula

...Câmara arquiva investigaçãocontra Netinho...

ACâmara Municipal deSão Paulo decidiu ho-je arquivar os proce-

dimentos disciplinares que in-vestigavam denúncias contraos vereadores Netinho de Pau-la (PCdoB), Ushitaro Kamia(DEM) e Antonio Goulart(PMDB). Eles eram suspeitos,em casos diferentes, da utiliza-ção do cargo para proveitopessoal e poderiam até perdero mandato. Todos eles negami r re g u l a r i d a d e s .

Para que as denúncias fos-sem investigadas, os proces-sos tinham de ser aprovadospor pelo menos 28 dos 55 ve-readores – o que não ocorreu.

O processo contra Netinhorecebeu 18 votos a favor dainvestigação, 27 contra e cin-co abstenções. No de Kamia,18 vereadores votaram pelainvestigação, 29 contra e cin-co se abstiveram. No caso deGoulart, foram 22 votos a fa-v o r d a i n v e s t i g a ç ã o , 2 4

contra e cinco abstenções.Processos – Goulart era sus-

peito de pagar, com recursospúblicos, serviços prestadospela gráfica de sua mulher. Jácontra Kamia pesava a suspei-ta de desvio de donativos des-tinados às vítimas das chuvasda região serrana do Rio.

Netinho, por sua vez, seria

investigado pela suposta utili-zação de notas fiscais de em-presas com endereços fantas-mas para justificar gastos deseu gabinete na Câmara.

Antonio Goulart argumen-tou, em nota, ontem, que tem"convicção" que agiu de "for-ma lícita na contratação" deserviços. ( F o l h a p re s s )

Vereador se livra de acusações juntamente com Ushitaro Kamia e Antonio Goulart

Nada consta: Netinho está livre das acusações de uso de notas frias

Clayton de Souza/AE

...e CNJ arquiva processo deDantas contra De Sanctis

OConselho Nacional deJustiça (CNJ) decidiuontem, por unanimi-

dade, que não cabe punição aodesembargador Fausto DeSanctis, do Tribunal RegionalFederal da 3ª Região (TRF3). Oprocesso contra o magistradofoi aberto a partir de ações ajui-zadas pelo banqueiro Daniel

Dantas, do Banco Opportuni-ty. Ele alegou que De Sanctis te-ria agido de forma indevida nacondução dos desdobramen-tos da Operação Satiagraha, daPolícia Federal, no qual Dantasera um dos investigados.

A defesa de Dantas apresen-tou duas reclamações ao CJN.Elas chegaram ao conselho de-

pois que o TRF3 decidiu, em2009, que De Sanctis não deve-ria ser punido. A primeira acu-sação afirmava que De Sanctis,então juiz da 6ª Vara FederalCriminal de São Paulo, negou-se a oferecer informações sigi-losas sobre a Operação Satia-graha, quando ocorreu a pri-meira prisão do banqueiro. Oargumento não foi aceito.

A segunda acusação afirma-va que De Sanctis havia desres-peitado o Supremo TribunalFederal (STF) ao decretar a se-gunda prisão de Dantas, ale-gando fatos novos. Na ocasião,o banqueiro tinha obtido umhabeas corpus do então presi-dente do STF, Gilmar Mendes.Ao dar o segundo habeas paraDantas, Mendes considerou oato do juiz uma insubordina-ção ao STF.

Como De Sanctis agora é de-sembargador, a pena não podeser aplicada. Ele foi promovi-do em janeiro. (ABr)

Conselho entendeu que não cabe, no caso, uma punição ao desembargador

Sanctis: alegada desobediência ao STF não procede, decide CNJ.

Rafael Andrade/Folha Imagem - 10.11.08

Page 8: Diário do Comércio

quarta-feira, 8 de junho de 20118 DIÁRIO DO COMÉRCIO

P E RUReuters: eleito,Humala garanteque não vaiimitar Chávez.

AMBIÇÃOIrã diz queproposta algumafará país parar deenriquecer urânionternacional

Bombase bravatasna Líbia

Otan intensifica ataquescontra complexo de Kadafi.Líder diz que fica 'até o fim'.

AOrganização doTratado do Atlânti-co Norte (Otan) in-tensificou ontem

seus ataques a Trípoli, capital daLíbia, matando pelo menos 31pessoas. Os bombardeios cau-saram fortes explosões na re-gião de Bab al-Aziziya, onde fi-ca o palácio do governo. O ata-que foi o mais intenso desde quea Otan começou a bombardear opaís. Em resposta aos ataquesda aliança ocidental, o ditadorMuamar Kadafi anunciou que"vai lutar até o fim''. A mensa-gem de áudio foi transmitida aovivo pela TV estatal da Líbia.

"Apesar das bombas, nósnunca vamos ceder", afirmouKadafi. "Eu estou perto dobombardeio, mas ainda estouresistindo. Nós só temos umaescolha: vamos ficar na nossa

terra, vivos ou mortos." Kadafiafirmou que está reunindo umenorme exército, com até 500mil combatentes, para esmagaros insurgentes em Benghazi.

O líder também exortou suapopulação a não ter medo e aseguir em frente. "Vocês nuncaserão capazes de nos derrotar,um povo armado", declarou.

Imagens de Kadafi e outros lí-deres foram transmitidas on-tem, também pela TV estatal lí-bia. O local de gravação dasimagens não foi identificado.

Em uma sala pequena, o di-tador aparece usando óculosescuros e trajes tradicionais.Desde o dia 30 de maio ele nãoaparecia na TV. Não se sabequando a gravação foi feita.

At aqu es - O novo pronun-ciamento de Kadafi foi feitopoucas horas depois de um

ataque da Otan, em plena luzdo dia, às imediações de seucomplexo residencial.

Nos primeiros meses de suaoperação na Líbia, os aviões daaliança geralmente realizavamataques após o entardecer, masnos últimos dias as operaçõesdiurnas se intensificaram.

Segundo a Otan, os ataquesdiurnos têm como alvo o cen-tro de comunicações das tro-pas do ditador líbio. A impren-sa do país afirma, porém, que oalvo é a TV estatal.

O porta-voz do governo líbio,Ibrahim Moussa, disse que foi odia de bombardeios mais pesa-dos contra a capital. Moussaafirmou que os quartéis que osaviões da Otan bombardearamontem já haviam sido atingidosem ataques anteriores.

Repórteres estrangeiros em

Trípoli disseram que os ataquesdestruíram prédios no comple-xo residencial e administrativode Kadafi, o Bab al-Aziziya.Eles também viram o corpo deum homem nas ruínas.

"Ao invés de dialogarem co-nosco, eles nos bombardeiam.Eles estão ficando loucos, per-dendo completamente a cabe-ça", disse Moussa.

Justiça - Ainda ontem, a filhado ditador líbio, Aisha Kadafi,entrou com uma ação contra aOtan em um tribunal de Bruxe-las, através de advogados, acu-sando a aliança atlântica de as-sassinar quatro pessoas da fa-mília Kadafi, mortas em umbombardeio no final de abril.

Aisha acusa a Otan de ter as-sassinado, em um bombardeiodesfechado em 30 de abril, seuirmão Seif al-Arab Kadafi, de 29

anos, seus sobrinhos Seif e Car-tago, ambos de dois anos, e suafilha, Mastoura, de apenas qua-tro meses e que estava na casado tio na hora do ataque.

"O alvo foi um edifício civil,habitado por civis. Não era umquartel e muito menos um pos-to de comando militar" do regi-me líbio, diz a queixa. "A deci-são da Otan de bombardearum prédio civil em Trípoliconstitui um crime de guerra",disse o advogado Luc Brossol-let, à agência France Presse.

A Otan começou a bombar-dear a Líbia após a aprovaçãoda resolução do Conselho deSegurança da Organização dasNações Unidas (ONU), queautorizou o uso da força paraproteger civis líbios, que esta-riam sendo massacrados pelasforças de Kadafi. (Agências)

Nós nunca vamosceder... Nós sótemos uma escolha:vamos ficar nanossa terra, vivosou mortos.

MUA M A R KADAFI

'É preciso recuperara honra do pepino'

Autoridades da UniãoEuropeia (UE) ofere-ceram ontem um pa-

cote de 150 milhões de euros(US$ 220,2 milhões) comocompensação aos produtoresrurais pelos danos provocadospelo surto de Escherichia coli(E. coli), que matou 24 pessoasna Europa. Mas a Espanha, umdos principais afetados, consi-derou o valor insuficiente.

Milhares de agricultores naEspanha, França e Itália estãofuriosos, com toneladas de pe-pinos e tomates apodrecendonos campos e armazéns, umavez que muitos europeus nãoestão consumindo os vegetaisporque temem que os alimen-tos estejam contaminados coma cepa letal da bactéria E. coli.

Segundo ministros da Agri-cultura de vários países da re-gião, os agricultores já acumu-

lam perdas de 417 milhões deeuros (US$ 611 milhões).

Origem - As conversas sobreindenizações surgiram depoisque a Alemanha apontou comoorigem do surto pepinos impor-tados da Espanha – acusaçãodesmentida mais tarde por exa-mes de laboratório.

No último fim de semana, au-toridades alemãs anunciaramter identificado outra fonte: bro-tos de feijão e de outros legumesplantados em uma fazenda nasproximidades de Hamburgo,no norte do país. Novamente,foram desmentidas por testes.

O comissário europeu daSaúde, John Dalli, criticou a Ale-manha pelo seu manejo da crise,instando o país a parar de divul-gar "conclusões prematuras''sobre possíveis fontes do surto.

"É crucial que autoridadesnacionais não corram para dar

informações sobre a fonte de in-fecção que não sejam provadaspor análises, pois isso espalhaum medo desproporcional napopulação e cria problemas pa-ra que nossos produtores ven-dam seus produtos dentro e fo-ra da UE'', afirmou Dalli.

"É preciso recuperar a honrado pepino'', disse, por sua vez, orepresentante espanhol Fran-cisco Sosa-Wagner, segurandoum exemplar do legume.

A Espanha sofreu não ape-nas por causa da acusação con-tra o pepino, mas porque for-nece a maior parte dos vegetaisconsumidos na Europa.

EUA - Ontem, as autoridadesnorte-americanas confirmaramum caso, entre quatro suspeitosno país, de contaminação com abactéria. O paciente teria viaja-do recentemente a Hamburgo,na Alemanha. (Agências)O representante espanhol Francisco Sosa-Wagner defende o pepino em discurso no Parlamento Europeu

Saúde (e governo) de Saleh em xeque

Manifestantes pedem que presidente fique na Arábia Saudita

Os ferimentos provoca-dos no presidente doIêmen, Ali Abdullah

Saleh, por um ataque de fo-guete contra seu palácio na se-mana passada eram mais sé-rios do que inicialmente infor-mado, disse uma autoridadeiemenita ontem, levantandodúvidas sobre seu governo.

A primeira informação era deque Saleh havia sido ferido porestilhaços, e seu vice-presi-dente teria dito que o líder, no

poder há 33 anos, voltaria aopaís em dias. Ele está sendotratado na Arábia Saudita.

Mas revelações de autorida-des norte-americanas suge-rem que Saleh não tem condi-ções de retornar em breve. Trêsfuncionários disseram que Sa-leh teve queimaduras em maisde 40% de seu corpo e sangra-mento craniano. Eles falaramem condição de anonimato.

Por sua vez, funcionários ie-menitas disseram que Saleh

sofreu queimaduras gravesno rosto, pescoço e peito.

A situação volátil no Iêmenpreocupa as potências oci-dentais e a vizinha ArábiaSaudita, que temem que umasituação de caos possibilite aobraço local da Al-Qaeda ope-rar com mais liberdade.

Pelo menos 45 pessoas fo-ram mortas ontem durante con-frontos entre militantes islâmi-cos e as forças do governo emZinjibar, ao sul do país, domina-

da há 11 dias por um braço darede terrorista Al-Qaeda.

Na capital Sanaa, milharesde manifestantes se reunirampara convocar uma "marcha demilhões'' em favor de reformaspolíticas e exigir que Saleh nãovolte da Arábia Saudita. Os ma-nifestantes se concentraramdiante da casa do vice-presi-dente Abed Rabbo MansourHadi e pediram que um gover-no de transição seja formadoimediatamente. (Agências)

Reuters

AFP - 10/04/11

Div

ulga

ção/

AFP

Ammar Awad/Reuters

Page 9: Diário do Comércio

quarta-feira, 8 de junho de 2011 9DIÁRIO DO COMÉRCIO

MUNICIPAL COM AS ESCADAS VAZIASAo fim da restauração e a poucos dias da

volta da programação, o Teatro Municipaldecide, com apoio da GCM, proibir a

permanência de pessoas em sua escadaria.cidades

GCM esvazia escadaria do MunicipalReformado e a poucos dias de reiniciar a programação, teatro impede que as pessoas, em especial os sem-teto, se sentem no local, com o apoio da guarda civil

No próximodomingo, oTe a t roMunicipal de

São Paulo vai reabrir suasportas para que o públicopossa se acomodar em suaspoltronas vermelhas eaveludadas para, além deassistir a um espetáculo,apreciar o minucioso trabalhode restauração de seu interior.Do lado de fora, também serápossível se encantar com anobre fachada de arenito. Sóque essa observação terá de serfeita de pé, já que a GuardaCivil Metropolitana (GCM)tem ordens de impedir quequalquer pessoa sente-se nasescadarias do teatro.

"Não pode mais. Com areabertura ficou tudo muitobonito e o acúmulo de pessoasnão proporciona umambiente apresentável. E sabecomo é morador de rua, sentae já vai se instalando. Mas nãoestamos tendo problemaporque eles (moradores derua) estão sabendo que sesentar na escadaria, o GCMlogo aparece", relatou um dosseguranças do próprio TeatroMunicipal.

De fato, na tarde de ontem,as escadarias do Municipalestavam sem gente eformavam uma espécie defundo para os inúmerosturistas que tiravam fotos doedifício restaurado, comolembrança da cidade. Aindadesinformados, a todomomento uma ou outrapessoa se sentava em um dosdegraus para tomar umsorvete ou mesmo para ler umlivro ou uma revista. Empoucos minutos, os guardascivis metropolitanosapareciam e pediam que essaspessoas se levantassem.

O morador de rua Jurandirfoi um dos convidados a seretirar. Sentado em umamureta numa das laterais doMunicipal e escondido dosolhos dos agentes da GCM,seu descanso durou poucomais de 20 minutos. Perto,uma jovem bem vestida,sentada próxima ao moradorde rua. Chamou a atenção adiferença de abordagensadotadas pelo GCM ematividade naquele momento.Com palavras educadas, oagente pediu à jovem que seretirasse daquele espaço.Com Jurandir, ele pareceu seesquecer dos bons modos, foiautoritário e pouco delicadopara retirá-lo. Sem discutir,Jurandir levantou-serapidamente, reproduzindo

Mariana Missiaggia

GCMs vigiam o teatro e impedem que as pessoas, principalmente os sem-teto, se sentem na escadaria

Fotos de Paulo Pampolin/Hype

Nas abordagens, a rigidez do guarda foi maior com o morador de rua

Para jurista Gandra Martins, medida do teatro está dentro da lei

uma cena corriqueira paratantos outros moradores derua que vivem no Centro dacidade.

Do ponto de vista jurídico,a medida da GCM está dentroda lei. "A GCM tem o direito eo dever de zelar pelo poderpúblico e atua onde asproibições devem ser maisurgentes. Mesmo que nãohaja nenhum tipo dedepredação, é um direito doteatro não ter pessoassentadas em suasdependências, assim comoqualquer proprietário de umimóvel particular. Só nãopodem ocorrer abordagensdesse tipo nas calçadas dacidade", explicou o jurista econstitucionalista IvesGandra Martins.

Em nota, a SecretariaMunicipal de SegurançaUrbana de São Pauloinformou que a GCM nãoretira pessoas desses espaços.Acrescentou que o efetivo deagentes atua na proteção dosmunícipes. No caso dosmoradores de rua, disse que aGCM se encarrega dacondução de pessoas emsituação de risco paraunidades municipaiscondizentes com cada caso. ASecretaria também garantiuque a GCM faz rondasperiódicas em frente aoMunicipal, e locais como, porexemplo, a CatedralMetropolitana de São Paulo,na Praça da Sé, orientando aspessoas que se aglomeramnas escadarias a se dirigir aum dos bancos da praça. Esseconvite, segundo a nota, éfeito para que essas pessoas(em geral, morador de rua)não fiquem em locaisimpróprios para sua saúde eintegridade física.

Padre Júlio Lancellotti: ameaça ao direito de ir e vir da população

Filipe Redondo/Folha Imagem/16.10.2007

Para padre, teatro tem deincluir morador de ruaGeriane Oliveira pria administração. O cami-

nho é a inclusão na progra-mação do Teatro e nunca arepressão. É nisso que a gen-te acredita.

DC – E como seria isso?Padre Júlio – A princípio,

sugiro que o teatro progra-me uma apresentação cultu-ral a essas pessoas para queelas possam, primeiro, co-nhecer o teatro e, a partirdesse conhecimento, tam-bém participar de suas ativi-dades culturais como um in-centivo ao povo de rua em sebeneficiar dos bens cultu-rais da cidade.

DC – Se o Vicariato do Povo deRua não concorda com essapostura por parte do poderpúblico municipal, o quepretende fazer?

Padre Júlio – Continua-mos trabalhando no sentidode acabar com essa imagemde que o teatro e outros lu-gares da cidade são bensculturais somente para umpúblico elitizado. Por isso,vamos tratar desse assuntona próxima reunião do Con-selho de Monitoramento daPolítica de Direitos das Pes-soas em Situação, que faze-mos parte, para tratar do as-sunto em conjunto.

DC – O que o sr. aconselha aosmoradores de rua em relação àproibição do teatro?

Padre Júlio – O moradorde rua já sabe que existe oDisque 100 da Secretaria deDireitos Humanos da Presi-dência da República. É umserviço para atender a de-núncias em caso de cons-trangimento ou ofensas. Achamada é gratuita e o cida-dão é atendido.

Com a retirada finaldos andaimes queenvolviam a estru-

tura física do Teatro Muni-cipal, erguidos ali em razãoda nova reforma do prédio,as escadarias do local vol-taram a ser procuradas co-mo abrigo pelos morado-res de rua. No entanto, a ca-da tentativa de se sentaremem um dos degraus, elessão convidados a se retirarpor agentes da Guarda Ci-vil Metropolitana (GCM).Por conta disso, o padre Jú-lio Renato Lancellotti, de62 anos, responsável peloVicariato Episcopal para aPastoral do Povo de Rua(conhecido por Vicariatodo Povo de Rua – entidadeda Igreja Católica), essamedida é uma ameaça aodireito de ir e vir da popula-ção de rua e ao de se apro-ximar dos bens culturaisque a cidade proporciona atodos os cidadãos. "O cami-nho é a inclusão na progra-mação cultural do teatro enunca a repressão".

Diário do Comércio – Como osr. vê a proibição dapermanência de moradores derua nas escadarias do teatrore c é m - re fo rm a d o ?

Padre Júlio – Sabemosque é importante zelar pelopatrimônio público da cida-de, sem dúvida, mas não ésimplesmente alijando aspessoas dessa maneira. Nes-se caso, existe a necessidadede se fazer algum encami-nhamento, alguma propos-ta de aproximação dessesmoradores ao teatro. Istopoderia partir de sua pró-

Movimento dosbombeirospreocupa PM

Alessandro Buzas/Folhapress

Amobilização dos bombei-ros por melhores salários

preocupa a PM do Rio de Janei-ro. Desde ontem, o comandan-te-geral da corporação, coro-nel Mario Sérgio Duarte, reú-

ne-se com oficiais para queeles tentem impedir a adesãode cabos e soldados ao movi-mento. Os bombeiros têm pro-testado em frente da Assem-bleia Legislativa. (Fo l h a p re s s )

Cirque duSoleil voltaao Brasil

Milton Michida/AE

Depois de uma bem-suce-dida turnê pelo Brasil em

2009-2010 com o espetáculo"Quidam", o Cirque du Soleilvoltará ao País para apresentarnovo show: o "Varekai". A es-

treia nacional será em SP, em15 de setembro. Depois, até 12de julho de 2012, se apresentaem mais 7 capitais. O espetácu-lo mistura teatro, dança, músi-ca e acrobacias circenses. (AE)

Page 10: Diário do Comércio

quarta-feira, 8 de junho de 201110 DIÁRIO DO COMÉRCIO

Olhei para a rua e o comércio começou a fechar. Era muito vento e chuva.Andrea Minelli, gerente administrativa de loja comercialcidades

Vento de 79 km/h provoca queda deárvores, apagão e onda no Pinheiros

Um ciclone extratropical foi o responsável pelo mau tempo de ontem, com rajadas de vento de até 79 km/h. Houve apagões e uma pessoa morreu atingida por uma árvore.

Tempo fechado e ventosde até 79 km/h causa-ram transtornos aospaulistanos na tarde de

ontem, provocando apagões emsemáforos e no fornecimento deenergia elétrica e derrubando ár-vores. Também obrigou um aviãoa arremeter na hora de pousar noAeroporto de Congonhas. O ven-daval causou ainda um fenômenoinusitado: a formação de ondasno rio Pinheiros. À noite, a quedade uma árvore na avenida RioBranco, no Centro, deixou umapessoa morta e outra ferida.

Moradores de várias regiões daCapital e de parte do ABC foramafetados pela falta de energia elé-trica durante a tarde. Em Moema,na zona sul, estabelecimentos co-merciais fecharam as portas nosarredores da avenida Ibirapuera."Olhei para a rua e o comércio co-meçou a fechar. Era muito vento echuva", conta a gerente adminis-trativa Andrea Minelli. "A empresaficou parada, ninguém mais con-seguia trabalhar."

Segundo a AES Eletropaulo,objetos arremessados pelo ventocontra os fios foram os principaiscausadores dos apagões. A com-panhia não informou quantaspessoas foram prejudicadas peloproblema, mas admitiu interrup-ções de energia "pontuais" empelo menos 15 bairros.

Desde cedo até as 19h, haviamcaído 29 árvores, segundo osbombeiros, em bairros como Mo-rumbi, Jardins, Indianópolis, Pa-namby, Lapa, Brás, Penha, Cangaí-ba, São Miguel Paulista, Vila For-mosa e Freguesia do Ó.

Trânsito - Segundo a Compa-nhia de Engenharia de Tráfego(CET), pelo menos 71 semáforosficaram inoperantes, prejudi-cando o trânsito. À 19h, havia185 quilômetros de congestio-namentos em São Paulo.

Mesmo moderada, a chuvaque atingiu a capital trouxe raiose trovões e provocou quatropontos de alagamento, algo in-comum nesta época do ano.Marginal do Pinheiros, RadialLeste, avenida Valdemar Ferrei-ra, no Butantã, e Praça Marrey Jú-nior, em Perdizes, tiveram tre-chos alagados, mas transitáveis.

Aviação - O mau tempo afe-tou também os aeroportos. Umavião comercial vindo de Floria-nópolis teve de arremeter porcausa do vento, ao chegar ao Ae-roporto de Congonhas, na zonasul, às 13h. Não houve necessida-de de transferir o pouso para ou-tro aeroporto. Depois de realizara manobra, a aeronave pousousem problemas. O vento causouo fechamento do aeroporto en-tre 17h46 e 18h03. Segundo aEmpresa Brasileira de Infraestru-tura Aeroportuária (Infraero),não houve necessidade de can-celar ou alternar voos.

O vento também prejudicou ofuncionamento do Aeroporto In-ternacional de Cumbica, em Gua-rulhos. No total, 26 voos foramdesviados para os Aeroportos deViracopos, Bauru, Galeão e Con-fins. Cumbica não chegou a fe-char, mas teve de operar por ins-trumentos entre 16h38 e 17h.

No interior de São Paulo, o ven-daval foi ainda pior. Em Campinas,foram registradas rajadas de até125 km/h no Aeroporto de Vira-copos, prejudicando pousos e de-colagens. Em Ribeirão Preto, apoeira levantada pelo vento dimi-nuiu a visibilidade dos pilotos.

Causa - Os vendavais foramprovocados por um ciclone extra-tropical em formação no Atlânti-co, entre o Rio Grande do Sul eSanta Catarina. Comum nestaépoca do ano, o fenômeno é cau-sado pela baixa pressão atmosfé-rica e, associado à chegada defrentes frias, favorece o surgimen-to de ventos fortes no continente.A previsão é de que o tempo con-tinue instável nos próximos dias,com temperatura em queda echuva até o fim de semana em to-do o Estado de São Paulo. (AE)

São Paulo com chuva e às escuras: na avenida Rio Branco, esquina com a alameda Glete, uma árvore caiu sobre dois carros. Uma pessoa que passava pelo local morreu.

Rubens Cavallari/AE

Excesso de cinza vulcânica, oriunda do vulcão chileno Puyehue, desde sábado, impede voo de avião da Austral, no aeroporto de Bariloche

Cinza do vulcão afeta voos no País

Anuvem de cinzas quevem sendo expelidapelo vulcão chileno

Puyehue, desde sábado, cau-sou ontem caos nos aeropor-tos de Argentina, Brasil, Chi-le, Paraguai, Peru e Uruguai.Pelo menos 270 voos foramcancelados na região porcausa da presença no ar dematerial vulcânico, que ofe-rece alto risco aos aviões.

Desde a crise aérea de2007 não se via no Brasil umíndice tão alto de cancela-mentos de voos internacio-nais – das 164 partidas pro-gramadas até as 19 horas deontem, 60 (ou 36,6% do to-tal) não ocorreram.

Só a TAM teve 35 voos can-celados, enquanto a Gol Li-nhas Aéreas cancelou 19.Brasileiros que estavam emAssunção, Buenos Aires,Montevidéu, Santiago e Li-ma não conseguiram voltarpara casa – a maioria esperaser realocada em outros vo-os durante a semana.

Em Bariloche, um dos prin-cipais destinos turísticos daArgentina, quase todas as re-sidências ficaram sem ener-gia elétrica e água. A expec-tativa é de que a situaçãomelhore a partir de hoje. On-tem à tarde, aeroportos daArgentina e do Chile volta-ram a funcionar, mas, porprecaução, a maioria das em-presas preferiu não voar.

O Aeroporto de Guarulhos(SP) foi o mais prejudicadono País, com 43% de cancela-mentos até as 19 horas. Nofim da tarde, companhias aé-reas não conseguiam encon-trar quartos de hotéis sufi-cientes na capital paulistapara abrigar passageirosprejudicados – alguns foramavisados e tiverem de serabrigados em estabeleci-mentos no litoral paulista.

Ontem, a Força Aérea Bra-sileira (FAB) informou que asc i n z a s c h e g a ra m a o R i oGrande do Sul, em uma faixade 5.500 a 7.600 metros de

altitude. Uma sala de crisechegou a ser montada noCentro de Gerenciamento daNavegação Aérea do Aero-porto Santos Dumont, noRio, com representantes daAnac, da Infraero, empresasaéreas e meteorologistas.

"Estamos em contato dire-to com os centros de controledos Estados Unidos e da Ar-gentina, que mandam bole-tins para ajudar nas deci-sões", disse o diretor do Sin-dicato Nacional das Empre-s a s A e r o v i á r i a s ( S n e a ) ,Ronaldo Jenkins.

Céu alterado – Em Buenos

Aires, de manhã, o céu ficoucinzento por causa das partí-culas vulcânicas. Os gover-nos das províncias de Neu-quén, Río Negro e Chubutdistribuíram máscaras cirúr-gicas à população. Em Puer-to Madryn, na província deC h u b u t , à s m a r g e n s d oOceano Atlântico, a 800 qui-lômetros de Bariloche, auto-ridades recomendaram à po-pulação não sair de casa. As-sustados, moradores corre-r a m à s f a r m á c i a s p a r acomprar máscaras e, ainda,aos supermercados paracomprar água. (Ag ê n c i a s )

Menino se protege com máscara contra cinzas do vulcão Puyehue, em rua de Bariloche, na Argentina

Francisco Ramos Mejia/AFP

Fra n ç ae n ce rra

buscas doAF-447

Um total de 154 cor-pos de vítimas do

voo AF-447, da Air France,foram resgatados, dentreos 228 mortos no aciden-te de 31 de maio de 2009.O número final foi infor-mado ontem pelo gover-no da França, que confir-mou o fim das buscas noOceano Atlântico.

Segundo o embaixa-dor francês Philippe Vino-gradoff, encarregado docontato com as famíliasde vítimas, a última ope-ração de resgate foi en-cerrada na sexta-feira. Obalanço: 102 corpos reti-rados do mar. Esse total sesoma aos dois que ha-viam sido recuperadosem abril passado e aos 50encontrados em junhode 2009, nos dias que seseguiram ao acidente.

O diplomata foi discre-to ao fazer o balanço dasexpedições, reiterando asdificuldades técnicos en-contradas no Atlânticoapós dois anos do aciden-te e a uma profundidadede 3,9 mil metros. "Os tra-balhos tiveram uma per-formance técnica notá-vel", disse Vinogradoff,lembrando a dor dos pa-rentes de 74 das vítimas,que não receberão os cor-pos de volta. "É muito di-fícil falar, sobretudo dian-te do fato de que muitasfamílias não terão os cor-pos de seus entes."

No Rio, o presidente daAssociação de Familiaresde Vítimas do Voo AF-447,Nelson Faria Marinho, la-mentou a decisão de en-cerrar as buscas. "Ficamosum tanto frustrados por-que todos queriam os cor-pos de seus parentes devolta", afirmou, criticandoas supostas contradiçõesentre a Justiça francesa e oEscritório de Investigaçõese Análises para a AviaçãoCivil (BEA) relativas ao es-tado de conservação dasvítimas. "Vai ficar uma sen-sação ruim para muitas fa-mílias", afirmou. (AE)

Chiwi Giambintone/Reuters

Page 11: Diário do Comércio

quarta-feira, 8 de junho de 2011 11DIÁRIO DO COMÉRCIO

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Deficientes auditivos podem assistir apresentaçõesde stand up comedies com tradução em linguagem

de sinais. Os ingressos são gratuitos.

Fotos: Newton Santos/Hype

A apresentaçãodo ator BrunoMotta, noTeatro ProcópioFerreira, temtradução deKarina Zonzini,que realiza otrabalho nopalco pelaprimeira vez.Os espetáculossão abertostambém aportadoresde outrasdeficiências.Na foto abaixo(à esquerda),plateia sediverte.

Kelly Ferreira

Deficientes auditi-vos agora tambémpodem aproveitaros momentos en-

graçados nas apresentações destand up comedies. Shows co-mo ImproRiso, Comédia ao Vi-vo, Senta Pra Rir, Falando AVeras e CDF oferecem tradu-ção em Libras (Língua Brasilei-ra de Sinais) para proporcionarboas risadas e diversão plena aessa parcela específica do pú-blico. Os espetáculos aconte-cem de segunda a sábado, emdiferentes horários e teatros deSão Paulo. A iniciativa é daIquiririm Produções, respon-sável pelas apresentações.

Há um rodízio de espetácu-los, de forma que cada semana

um deles disponibiliza tradu-tores de libras. Segundo Marce-lo José de Jesus, o Marcelo J.J.,produtor responsável pela im-plantação do plano de inclusão,o objetivo é criar uma culturaque transmita a real preocupa-ção com o bem-estar e confortodestas pessoas. "Queremos queo teatro seja receptivo e acessí-vel a todos. E é desse jeito quetemos que aproveitar a acessi-bilidade dos teatros", disse.

Número – Não há um núme-ro especifico de lugares reserva-dos por espetáculos. Em média,são 20 ingressos gratuitos poratração oferecidos para porta-dores de necessidades especiais– inclusive físicas e visuais. "Jáchegamos a ter 40 deficientesem um espetáculo, uma grandesurpresa. Gostaria, hoje, de terde resolver o problema de colo-car a tradução em libras duasvezes na semana, mas, infeliz-mente, ainda não atingimostantas pessoas", disse.

Uma das dificuldades da pro-dutora, segundo ele, é encontrarparceiros que patrocinem otransporte dos convidados. Issoporque, geralmente, o horáriodos espetáculos é tarde.

A apresen-tação do dos t a n d u p éfeita pela in-t e r p re t e d eLibras Kari-na Zonzini ,que, pela pri-m e i r a v e z ,faz esse tra-balho em tea-tro. "É um de-safio grandetraduzir co-

média", afirmou. Segundoela, não se trata apenas demostrar o que estão falando,muitas vezes é necessário ex-plicar o contexto.

"Quando estou terminan-do uma piada, geralmenteeles já estão duas à frente.Mesmo assim, consigo arran-car risadas dos deficientesaudit ivos e isso me deixamuito feliz. Penso: trabalhofeito", diverte-se Karina.

O número de assentos reser-vados depende do tamanho doteatro. Ao todo são sete espetá-culos em cartaz com artistas re-nomados, como Fernando Ve-ras, do humorístico global Zor-

ra Total. "Somos pioneiros nes-sa iniciativa. Infelizmente, nãotemos ninguém nos conduzin-do para o acerto, mas estamoscaminhando", disse o produ-tor Marcelo J.J.

Libras – As línguas de sinaissão as línguas naturais das co-munidades surdas. Ao contrá-rio do que muitos imaginam, aslínguas de sinais não são sim-plesmente mímicas e gestossoltos, utilizados pelos surdospara facilitar a comunicação.Elas têm gramática própria.

A Libras foi baseada na Lín-gua de Sinais Francesa. Comoem toda língua, tem expressõesque diferem de região para re-gião. O que diferencia as línguasde sinais das demais línguas é asua modalidade visual-espa-cial. Os seus usuários podemdiscutir filosofia ou política eproduzir poemas e peças.

SSSEEERRRVVVIIIÇÇÇOOO

Os ingressos sãodistribuídos em ONGs e

instituições, o que nãoimpede que pessoas com

deficiência física, visual ouauditiva que não sejam

ligados a uma instituição,possam também se divertir

com uma boa comédia.Para adquirir os ingressos

g ra t u i t a m e n te,basta efetuar reserva por

meio do [email protected] t.br

ou pelo telefone2667-7629.

GRAMÁTIC AAs línguas de sinasnão são somentemímicas. Elas têmgramática própria.

INGRESSOSEm média, são 20ingressos gratuitosoferecidos porat ra ç ã o.

'Causos' do Eca darão prêmios

A Fundação Telefônicaprorrogou para o dia 27o final das inscrições

para o 7º Concurso Causos doECA, promovido por meio doPortal Pró-Menino. Aberto atodos, o concurso premia his-tórias reais de transformaçãosocial, ocorridas a partir daaplicação do Estatuto da Crian-ça e do Adolescente (ECA).

A novidade desta edição é acriação da categoria no forma-to vídeo: ECA atrás das Câme-ra s , voltada para organizaçõese produtoras que desenvol-vem projetos com adolescen-tes e jovens para produção au-diovisual. Os vídeos devem ter,necessariamente, de 1 a 5 mi-nutos de duração e poderãoter a forma de documentário,animação, vídeo-arte etc.

A inscrição deverá ser feitapela organização ou produto-ra, mas os vídeos devem serproduzidos pelos própriosadolescentes e jovens ou ter aom a participação destes. Osinteressados podem inscreverquantas histórias quiserem.

Cate g o ri a s –Como aconte-ce todos os anos, o concursopremiará "causos" em duascategorias no formato texto:E C A co m o i n s t r u m e n t o d eTra ns for ma çã o , voltada paraa divulgação de experiênciasgerais em que a aplicação doECA tenha transformado a vi-da de crianças e adolescen-tes, e ECA na Escola, que prio-riza a ação da instituição deensino e de seus membros, eé destinada a histórias emque o estatuto tenha sido de-

terminante para mudar umasituação na comunidade es-colar. Os textos devem ter en-tre 2.800 e 6.000 caracteres epodem ter mais de um autor.

Serão premiados os três pri-meiros colocados de cada ca-tegoria. Será concedido prê-mio de R$ 15 mil para os pri-meiros colocados; de R$ 10mil, para os segundos e de R$ 5mil para os terceiros. Tambémhaverá a premiação por JúriPopular. O internauta poderávotar pelo www.promeni-no.org.br, sendo possível reali-zar dois votos: um para texto eum para vídeo. Os vencedoresreceberão R$ 10 mil, cada.

A escolha das 20 histórias fi-nalistas no formato texto e dosvídeos será feita por comis-sões de especialistas.

Bazar da Pechincha no Morumbi

No próximo final de se-mana, acontece, noLar Escola Cairbar

Schutel (Lecs), o Bazar da Pe-chincha, com roupas, sapatos,utensílios domésticos e eletro-doméstico, entre outros mate-riais doados à entidade embom estado de conservação.Antes de serem oferecidos ao

público, os produtos passampor uma triagem, são o separa-dos, organizados e recebempreços simbólicos. Além deatender as necessidades da en-tidade, a receita obtida com osobjetos ajuda a população ca-rente das redondezas.

Os bazares do Lar EscolaCairbar Schutel começaram há

mais de 30 anos, com voluntá-rias que se reuniam para fazerprendas. Desde o início, o obje-tivo era conseguir fundos paraatender crianças e adolescen-tes em situação de risco social.

O bazar acontece das 10h às16h, na rua Francisco Preto,213, no Morumbi. Informaçõesno telefone 3742-0516.

Árvore da Vida abre vagas

A Fiat Automóveis, pormeio do programa Ár-vore da Vida – Capaci-

tação Profissional, oferece 32vagas no curso de Técnico emManutenção Automotiva parajovens entre 18 e 24 anos. As au-las serão no Senai Ipiranga, por12 meses. Ao final do curso, osjovens com bom desempenhopoderão ser contratados pelas

concessionárias. Para se inscre-ver é preciso ter renda de um sa-lário mínimo por membro dafamília e ensino médio comple-to ou estar no último ano.

Os alunos terão cesta básica,uniforme e material didático, al-moço, lanches, vale transporte eseguro de vida. O curso é certi-ficado pelo Senai e o início dasaulas será em 15 de agosto. O

processo de seleção terá váriasavaliações eliminatórias. Inscri-ções até 1º de julho na Funsai,rua Arcipreste de Andrade, 503,1º andar, Ipiranga. É preciso le-var cópia do RG, CPF, carteiraprofissional, CNH (se tiver),certificado de reservista (para oshomens), comprovante de resi-dência, de escolaridade e derenda dos membros da família.

Page 12: Diário do Comércio

quarta-feira, 8 de junho de 201112 -.LOGO DIÁRIO DO COMÉRCIO

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L o goLogowww.dcomercio.com.br

Acesse www.dcomercio.com.br para ler a íntegra das notícias abaixo:

E M C A R T A Z

R ÚSSIA

Jardineiros regam e podam arbustos em formato deanimais no centro da cidade siberiana de Krasnoyarsk.jardins da cidade ganharam girafas, elefantes e outrosanimais em tamanho natural para a celebração de seus383 anos, no próximo dia 12. A data é a mesma dacomemoração do Dia da Rússia.

C IÊNCIA

Cérebro artificial tem memória e faz contas

Mostra 'Paulo Werneck –Muralista Brasileiro' traz

painéis, fotografias,documentos e ilustrações.

Pinacoteca do Estado.Praça da Luz, 02,

tel.: 3324-1000. R$ 6.

F RANÇA

'Facebook' e 'Twitter' barrados na TVD ESIGN

G AMES

Novo Wii em 2012A Nintendo anunciou ontem na

feira de games E3 (ElectronicEntertainment Expo), o Wii U, quecomeçará a ser comercializadoem 2012. O novo console terá telasensível ao toque, duas câmeras,microfone, caneta stylus econtroles analógicos.

F UTEBOL

Gramados mais tristesApós 18 anos de car-

reira, vestindo a ca-misa 9, com a qualconstruiu uma das

carreiras mais vitoriosas do fu-tebol mundial, o ex-atacanteRonaldo Luís Nazário de Limase despediu ontem dos grama-dos como símbolo superação epaixão pelo futebol. Ronaldo foia estrela do amistoso da seleçãobrasileira contra a Romênia, noestádio do Pacaembu. Foramapenas 15 minutos em campo,mas 90 minutos de aplausos egritos dedicados a ele por 30 miltorcedores. O jogo terminou emBrasil 1 X O Romênia em climamelancólico, sem o tão espera-do gol do eterno "Fenômeno".

No intervalo do jogo, em umbreve pronunciamento de des-

pedida, ele se desculpou, comum sorriso no rosto. "Gente, vo-cês são demais. Desculpem-me,eu tive três chances e não conse-gui fazer um gol nos meus últi-mos quinze minutos, o que seriauma pequena retribuição a tudoque vocês fizeram por mim.Meu muito obrigado por tudoque vocês fizeram pela minhacarreira, por me aceitaram dojeito que sou, por terem choradoquando chorei, por terem sorri-do quando sorri. Só tenho aagradecer do fundo do meu co-ração. Muito obrigado e até bre-ve, dessa vez fora dos campos".

Ronaldo entrou em campoaos 30 minutos do primeirotempo, ovacionado. O primei-ro toque na bola aconteceu lo-go aos 31 minutos. A primeira

Alexander Nemenov/AFP

A TÉ LOGO

No Rio, COI cobra a oficialização da Autoridade Pública Olímpica

Nave russa Soyuz leva três tripulantes à Estação Espacial Internacional

Justiça suíça encontra 142 brasileiras em rede de tráfico e prostituição

L OTERIAS

Concurso 974 da Dupla Sena

Segundo sorteio08 17 24 40 46 49

Concurso 2616 da QUINA

07 15 16 40 43

Primeiro sorteio02 03 21 23 37 48

chance de gol veio aos 35 mi-nutos, quando Ronaldo rece-beu um passe de Neymar queesbarrou na defesa do goleiro

romeno Tatarusanu.Aos 39 minutos, sem marca-

ção dentro da área, Ronaldo re-cebeu passe de Robinho, maschutou por cima do gol.

Aos 41 minutos, a terceira eúltima chance, em outro passede Neymar que Ronaldo rece-beu da entrada da área e chutoucruzado no canto direito do go-leiro romeno, que conseguiu es-palmar para frente.

Na saída do gramado, Ro-naldo foi aplaudido por todosos jogadores e comissão técni-ca das duas seleções. Fez seudiscurso e deixou o gramadocomo o ídolo de quatro copas(1994, 1998, 2002 e 2006), cam-peão de duas delas (2002 e2006) e o maior artilheiro de to-das as copas, com 15 gols.

O DOUTORDA MODAO estilista francêsPierre Cardinapresentou ontemno Kremlin, emMoscou, sua novacoleção. Cardintambém recebeu otítulo de doutorhonoris causa pelaUniversidade deDesign eTecnologia deMoscou.

Pesquisadores da Universidadede Pittsburgh criaram um minúsculocérebro artificial que pode resolverproblemas de matemática, pagarcontas de telefone celular e "guardarna memória" o equivalente a 12segundos. O microbrain é derivadode células do cérebro de ratos e tem

entre 40 a 60 neurônios. Oscientistas desenvolveram o projetoimitando a transmissão de sinaiselétricos em nossos cérebros,estimularam os neurônios comeletricidade e o microbrainfuncionasse por 12 horas.

http://j.mp/lv5yjm

O Conselho Superior deAudiovisual (CSA) da Françapublicou um alerta esclarecendoque os apresentadores deprogramas de rádio ou televisãonão podem mencionar os nomesdas redes sociais Facebook eTwitter nas suas transmissões. Asredes de TV e rádio estãoespecialmente proibidas de usarfrases do tipo "Nos procure noFacebook" ou "Siga-nos no Twitter".

O CSA alega que a menção dasredes sociais pelo nome pode violaruma proibição francesa àpublicidade disfarçada por meio de

mídias eletrônicas. Segundo aporta-voz do conselho, ChristineKelly, a lei serve apenas paraimpedir que algumas redes sociaissejam apresentadas comopreferenciais pelos meios decomunicação franceses. "Sepermitirmos que o Facebook e oTwitter sejam citados no ar, vamosabrir uma caixa de Pandora. Outrasredes sociais vão reclamar eperguntar: por que não nós?", disseela. O conselho recomendou que asemissoras utilizem termosgenéricos como "mídias sociais","redes sociais", "microblog" ou

outros semelhantes quando sereferirem a alguma promoçãoligada às redes. "Facebook" e"Twitter" só poderão ser citadosquando alguma notícia específicasobre eles for transmitida.

Alguns blogueiros francesesridicularizaram a determinação e háainda especulações de que amedida teria motivaçõesnacionalistas. Como Facebook eTwitter são empresas norte-americanas, as autoridadesfrancesas estariam dispostas areduzir sua presença nos meios decomunicação do país.

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Ricardo Saibun/AGIF/AE

Page 13: Diário do Comércio

quarta-feira, 8 de junho de 2011 13DIÁRIO DO COMÉRCIO

FA OPreços dosalimentos devemcontinuar altos em2012

BAC T É R I AComissão Europeiapropõe pagarUS$ 220 milhõesa produtoreseconomia

Juros sobem pelo terceiro mêsAs taxas de juros das

operações de créditosubiram pelo terceiro mês

consecutivo em maio, conformepesquisa divulgada ontem pelaAssociação Nacional de Executivosde Finanças, Administração eContabilidade (Anefac). A taxa dejuros média para pessoa físicapassou de 6,81% ao mês em abrilpara 6,87% em maio, atingindo omaior nível desde junho de 2010.Na mesma comparação mensal, ataxa média de juros para pessoasjurídicas avançou de 3,96% para4,03% ao mês, sendo a mais altadesde julho de 2009.

Segundo a Anefac, os aumentospodem ser atribuídos às medidas

que vêm sendo implementadaspelo Banco Central (BC) para frearo consumo interno e reduzir ainflação. Entre elas estão aelevação da Selic (a taxa básica dejuros), o aumento dos depósitoscompulsórios e a alta da alíquotado Imposto sobre OperaçõesFinanceiras (IOF). A expectativada Anefac é de que as taxas dejuros voltem a ser elevadas nospróximos meses por conta dosefeitos dessas medidas.

Cheque especial – Das linhas decrédito para pessoas físicaspesquisadas pela Anefac, apenasas taxas de juros do cartão decrédito se mantiveram estáveis.Segundo a pesquisa, o pior

aumento foi verificado na taxamédia de juros do cheque especial,que passou de 7,97% ao mês emabril para 8,12% ao mês em maio.

Entre as demais linhas de créditoao consumidor, as taxas médias deempréstimo pessoal bancáriosubiram de 4,7% para 4,75% aomês; as de empréstimo pessoal emfinanceiras avançaram de 9,44%para 9,48% ao mês; as do comérciosubiram de 5,68% para 5,73% aomês; e as de financiamentobancário para automóveis subiramde 2,39% para 2,42% ao mês.

Todas as três linhas de créditodestinadas às empresas e avaliadaspela Anefac tiveram alta entre osmeses de abril e maio. (AE)

I P CAdesaceleraem maio

Queda nos valores do grupo Transporte foideterminante para que índice recuasse

Ainflação de maiomedida pelo Índi-c e d e P re ç o s a oConsumidor Am-

plo (IPCA) ficou em 0,47%, se-gundo informou ontem o Ins-tituto Brasileiro de Geografia eEstatística (IBGE), responsá-vel pelo levantamento de pre-ços. Em abril, a inflação peloIPCA havia sido de 0,77%.Com o resultado, o IPCA acu-mula alta de 3,71% no ano e de6,55% nos 12 meses encerradosem maio, acima do centro dameta de inflação do governopara este ano, de 4,5%.

Os preços dos alimentos re-gistraram leve aceleração deabril para maio, com a inflaçãono grupo passando de 0,58%para 0,63%. Entre os alimen-tos, os destaques negativos deabril para maio foram o tomate(de -18,69% para 9,41%) e o lei-te pasteurizado (de 2,66% para3,15%). "O tomate voltou apressionar, devido a proble-mas de clima", disse a coorde-nadora de índices de preços doIBGE, Eulina dos Santos. "Ascarnes, apesar de não terem ti-do um aumento expressivo,saíram de uma queda em abril,então exercem influência na ta-xa. A alta de 0,27% em maionão foi generalizada, foi pro-vocada por três regiões impor-tantes onde houve aumento(dos preços) da carne."

Tr an sp or te s– A queda depreços no grupo Transportesfoi determinante para a desa-celeração do IPCA de abril pa-ra maio. O grupo, que teve altade 1,57% em abril, passou parauma queda de preços de 0,24%em maio, em grande parte de-vido ao comportamento doscombustíveis, que saíram de

uma variação posit iva de6,53% em abril para uma que-da de 0,35% em maio.

O secretário de Acompa-nhamento Econômico do Mi-nistério da Fazenda, AntonioHenrique Pinheiro Silveira,avaliou que a inflação medidapelo IPCA caminha para ficarmais próxima ao centro dameta prevista pelo governo(4,5%). "Com os índices recen-tes, em 2011 a inflação deve fi-car entre 5% e 6%, bem próxi-ma ao centro da meta, e não doteto de 6,5%", afirmou.

Um cenário de alimentos innatura, álcool e commoditiescom preços em queda no ataca-do conduziu à taxa menor doIGP-DI em maio, que subiu0,01% no mês passado, apósavançar 0,5% em abril. Segun-do o coordenador de AnálisesEconômicas da Fundação Ge-túlio Vargas (FGV), SalomãoQuadros, os preços dos ali-mentos in natura no atacadocaíram 3,36% em maio, apóssubirem 5,5% em abril.

Já o preço do álcool etílicoanidro, beneficiado por umamelhor oferta da cana saiu deuma alta de 31,07% para umaqueda de 28,25% de abril paramaio. "Isso acabou ajudando aderrubar os preços de mate-riais para manufatura no ata-cado, que caíram 0,99% emmaio", informou Quadros.

Mas entre as quedas e desa-celerações de preços no ataca-do, o comportamento dascommodities agropecuáriasfoi destaque. Os preços dasmatérias-primas agropecuá-rias atacadistas caíram 3,16%em maio, a mais intensa quedadesde agosto de 2008.

Quadros explicou que, de

um modo geral, a oferta dasmatérias-primas agropecuá-rias está melhor neste ano queem 2010 tanto no mercado do-méstico quanto no interna-cional. Isso ajudou a diminuiro ritmo de elevação de preçosde vários itens e influenciouquedas de valores no setor, naanálise do especialista.

Baixa renda – Alimentoscom preços menores derruba-ram a inflação percebida peloconsumidor de baixa rendaem maio, na análise do econo-mista da FGV André Braz. Elefez o comentário ao analisar atrajetória do Índice de Preçosao Consumidor - Classe 1(IPC-C1), usado para mensu-rar o impacto de preços entrefamílias com ganhos mensaisde até 2,5 salários-mínimos, eque passou de 0,84% para0,56% de abril para maio.

A inflação de alimentaçãodesacelerou de 1,2% para0,08% no período. "Temos 20gêneros alimentícios pesqui-sados pelo IPC-C1. Destes, 12tiveram recuo de preços", dis-se. Ele lembrou que as famíliaspesquisadas para o IPC-C1usam 40% do orçamento nacompra de alimentos. (AE)

Especialistas esperam por nova alta da SelicFátima Lourenço do mercado, expressas no úl-

timo Relatório Focus do BC.O documento aponta que a

taxa anual da Selic chegará, nocurto prazo, ao patamar de12,5%. O mercado espera, por-tanto, um novo reajuste de0,25 ponto percentual na pró-xima reunião, marcada paraos dias 19 e 20 de julho.

O economista do Institutode Economia Gastão Vidigal(IEGV), da Associação Co-mercial de São Paulo (ACSP),Emílio Alfieri, acredita que oCopom acompanhará o con-senso do mercado, adotando oreajuste de 0,25 p.p., mas dis-

corda que ele seja necessário."Os efeitos das medidas do

governo (para frear o consumo ea inflação) já aparecem no de-sempenho das vendas a crédi-to do varejo e nas expectativasdo Relatório Focus (com infla-ção anual caindo de 6,33%, háquatro semanas, para 6,22%,conforme o último boletim)", jus-tifica o economista do IEGV.

O analista da WinTrade, (ho-me broker da Alpes Correto-ra), José Góes, mantém a previ-são de que ainda acontecerãoduas altas (de 0,25 p.p.) da Se-lic, além da prevista para hoje.Ele ressalva, no entanto, que o

comunicado do BC poderásurpreender, ao contrário doque aconteceu após a últimareunião, em abril passado,quando ele indicava viés de al-ta para a taxa básica de juros.

Góes comenta haver indica-tivos de que o processo de au-mento da Selic chegue ao final.Entre os indicadores dessatendência, ele menciona o ce-nário externo "deteriorado"nos últimos dias (falta de em-prego nos EUA, por exemplo)e, internamente, o recuo naprodução industrial e no con-sumo familiar. "O preço dascommodities também caiu. A

Omercado conheceráhoje a decisão do Co-mitê de Política Mo-

netária (Copom) do BancoCentral (BC) sobre a nova ta-xa básica de juros (Selic) eavalia que ela será reajustadapara se manter a política decombate à inflação. Os analis-tas ouvidos pelo Diário doC o m é rc i o apostam na reajus-te de 0,25 ponto percentual(p.p.), decisão que a elevariaao patamar de 12,25% ao ano econtemplaria expectativas

inflação poderá desacelerar",comenta. A WinTrade estimacrescimento de 4% para o Pro-duto Interno Bruto (PIB) de2011 e inflação de 6,2%, "comviés de baixa", para o período.

O professor de macroecono-mia da Escola de Economia daFundação Getúlio Vargas deSão Paulo (FGV/SP), RogérioMori, também prevê cresci-mento de 4% para o PIB desteano e taxa Selic na casa de12,75%. "A inflação continuapressionando", justifica, em-bora ressalve que a continui-dade da alta dos juros básicosdependerá do comportamen-

to da inflação no meio do ano."Ela começou a mostrar ar-

refecimento na margem (re c u ona produção industrial e vendasdo comércio), mas ainda não éum quadro de desaceleraçãoforte na demanda", opina oprofessor da FGV. Mori estimaque a inflação de 2011 fiquepróxima ao teto da meta, esta-belecido em 6,5%. A preocu-pação, comenta o especialista,é com o comportamento delanos próximos três meses, por-que isso determinará o fim ounão dos reajustes da Selic e oritmo de crescimento da eco-nomia do País em 2012.

Milton Mansilha/LUZ

Os preços dos alimentos subiram de abril para maio, como o do leite pasteurizado que aumentou 3,15%. Em abril, a alta havia sido de 2,66%.

Dissídio versus inflação

OÍndice Nacional dePreços ao Consumi-dor Amplo (IPCA)

deve atingir 7,2% em agosto,segundo projeção do Conse-lho Regional de Economiade São Paulo (Corecon-SP).Justamente neste período,começarão as negociaçõescoletivas salariais entre asempresas e os sindicatosdas categorias que mais em-pregam trabalhadores: dosbancários, que representa135 mil, e dos metalúrgicos,com 107 mil trabalhadores.

"Os dissídios que ocorremno final do ano tomarão co-mo influência a inflação pas-sada, em torno de 7% oumais. É provável que as cate-gorias consigam reajusteacima da inflação pois os se-tores financeiro e automobi-lístico tiveram bons resulta-dos", diz o presidente do Co-

recon-SP, Heron do Carmo.Além dos dissídios, o que

pressionará a demanda, noperíodo, serão os pagamen-tos de décimo-terceiro salá-rio e de 30% das férias paraos funcionários que paramem janeiro. Para Carmo, a al-ta da massa salarial elevaráa demanda agregada.

O coordenador de relaçõessindicais do DepartamentoIntersindical de Estatísticas eEstudos (Dieese), José Sil-vestre Prado de Oliveira, dizque as negociações salariaisdeste ano seguirão a trajetó-ria dos ganhos reais, ou seja,para chegar a um percentualacima da inflação.

De acordo com Oliveira,se em agosto a inflação atin-gir o patamar de 7%, prova-velmente as categorias rei-vindiquem reajuste de 10% a12% para obter ganho realde 3% a 5%. "Não pareceque os ganhos reais venhampressionar a inflação."

"Há outros componentescomo os preços das com-modi t ies, que estão emqueda. O consumo das fa-mílias também diminuiu emrazão das medidas de con-tenção do crédito, tomadaspelo governo", afirma.

Sua expectativa é que oComitê de Política Monetária(Copom), do Banco Central(BC), aumente os juros hoje.Na opinião dele, é necessá-rio que o governo controleseus próprios gastos paraobter superávit primário econtinue contendo o crédito.

"Essas medidas seriamcompensatórias ao aumentoda massa salarial e do con-sumo para que não tenha-mos uma pressão inflacioná-ria adicional no final do ano.O resultado da inflação nesteano vai depender dessasações do governo", afirma. Aprojeção do presidente daentidade é que a inflação en-cerre o ano em 6,1%.

Rejane Tamoto

Page 14: Diário do Comércio

quarta-feira, 8 de junho de 201114 -.ECONOMIA DIÁRIO DO COMÉRCIO

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Page 15: Diário do Comércio

quarta-feira, 8 de junho de 2011 15DIÁRIO DO COMÉRCIO

A indústria é o setor que caracteriza a acomodação do crescimento do País.Flávio Castelo Branco, da CNIeconomia

Indústria reduz usoda capacidade

instalada, diz CNI.Indicador divulgado ontem aponta que a utilização da

capacidade instalada da indústria do País baixou de 82,4%para 82%, o menor patamar desde fevereiro de 2010.

Epitácio Pessoa/AE

Horas trabalhadas na indústria aumentaram em abril em 1,5%, em relação a março deste ano.AUtilização da Ca-

pacidade Instalada(UCI) da indústriacaiu pelo segundo

mês consecutivo e chegou a82% em abril, ante os 82,4% demarço, com ajuste, conformeos Indicadores Industriais di-vulgados ontem pela Confe-deração Nacional da Indústria(CNI). A Utilização da Capaci-dade Instalada da indústria doPaís atingiu o menor patamardesde fevereiro de 2010. Em re-lação a igual mês do ano passa-do, a queda da UCI em abril foide 1 ponto percentual.

Já o faturamento real (des-contada a inflação) da indús-tria brasileira cresceu 4,3% emabril ante março. Na compa-ração com abril do ano passa-do, a expansão foi de 4,9%.

As horas trabalhadas tam-bém aumentaram em abril, em1,5%, em relação a março, maso ritmo ainda não é suficientepara recuperar o recuo de 2,2%do mês anterior. Em relação aabril de 2010, o aumento do in-dicador foi de 0,7% no quartomês deste ano.

P os to s – O emprego na in-dústria brasileira voltou a fi-car relativamente estável,com ligeira redução de 0,1%em abril ante março último.

Na comparação com abril doano passado, esse indicadorregistrou alta de 2,8%.

A massa salarial real desace-lerou sua expansão, na compa-ração com meses de 2010. Emmarço deste ano, comparadocom março de 2010, o cresci-mento era de 7,1%. Já na com-paração de abril deste ano comigual mês do ano passado oavanço foi menor, de 4,3%.

O rendimento médio real dotrabalhador cresceu 1,5% emabril, na comparação com oquarto mês do ano passado.

Acomodação – Na médiados quatro primeiros mesesdo ano, o faturamento das in-dústrias cresceu 6,5% quandocomparado a igual períododo ano passado.

O gerente-executivo daUnidade de Política Econômi-ca da CNI, Flávio CasteloBranco, considera que o ritmode expansão da economia bra-sileira está em acomodação.

"A indústria é o setor quebem caracteriza essa acomo-dação do crescimento", afir-mou Branco.

Segundo o gerente da CNI,o menor ritmo de crescimentoé resultado dos aumentos dataxa básica de juros, a Selic, eda queda do dólar ante o real,

que "prejudica as exporta-ções e leva ao aumento da pe-netração das importações nomercado brasileiro".

Ritmo menor – O rendi-mento médio real do trabalha-dor brasileiro caiu 4% em abrilna comparação com o mês an-terior. Na comparação comigual período de 2010, houvecrescimento de 1,5%.

De acordo com Caste loBranco, o mercado de trabalhoestá se adaptando ao ritmo me-nor de expansão da economia,mas a expectativa é de que, namédia, a taxa de crescimentodo emprego seja positiva.

"Mas serão taxas bem maismodestas do que as que domi-naram 2009 e 2010", afirmou ogerente-executivo da Unida-de de Política Econômica daCNI. Os anos de 2009 e de 2010foram períodos de recupera-ção da economia do Brasil,após a crise financeira interna-cional de 2008, que derrubouas bolsas de vários países.

Mas os números divulgadosontem confirmam as análisesdo gerente Flávio CasteloBranco, ao revelar que em abrildeste ano foi registrado o me-nor patamar da capacidadeinstalada da indústria do Paísdesde fevereiro de 2010. (AE)

Aumenta receita com avenda de carne suína

Areceita com exportações decarne suína em maio deste anoaumentou 7,34%, passando de

US$ 117,990 milhões em maio de 2010para os atuais US$ 126,645 milhões.Assim como em abril, o desempenhofoi impulsionado pelo incremento dopreço médio no período, de 9,82%,para US$ 2.815 a tonelada. Mas osembarques, em volume, continuam emqueda. No período, o recuo foi de2,26%, caindo de 46,028 mil toneladaspara 44,988 mil toneladas.

O movimento se repete quandoanalisados os números do acumuladodo ano. Até maio, a receita cambial teveaumento de 7,2%, para US$ 583,133milhões. Em maio do ano passado, areceita foi de US$ 543,958 milhões. Oincremento dos preços médios noperíodo foi de 11,53%, paraUS$ 2.724 a tonelada.

Vo l u m e – Em volume, a queda é de3,88%, diminuindo de 222,745 miltoneladas nos cinco primeiros mesesde 2010 para 214,101 mil toneladas emigual período de 2011.

Segundo o presidente daAssociação Brasileira da IndústriaProdutora e Exportadora de CarneSuína (Abipecs), Pedro de CamargoNeto, a expectativa do setor é deatingir as 600 mil toneladas ao ano,mas isso dependerá em 2011 dodesempenho das vendas externas nosegundo semestre.

A notícia ruim para a meta vem daRússia, que segue como principaldestino da carne suína brasileira, com39,23% de participação nas comprasdo produto em volume e de 44,86%em receita. O país anuncioususpensão temporária de compras, aser efetivada a partir do dia 15. (AE)

A dependência da suinocultura

Opresidente daAssociaçãoBrasileira da

Indústria Produtora eExportadora de CarneSuína (Abipecs), Pedrode Camargo Neto, disseque é ainda excessiva adependência dasexportações de carnesuína para a Rússia. Eleobservou que é difícil

redirecionar linhas deprodução para outrosm e r c a d o s.

Ele participou dereunião ontem com oministro da Agricultura,Wagner Rossi, e outrasentidades do setor, alémde representantes doMinistério doD e s e nvo l v i m e n t o,Indústria e Comércio

Exterior (MDIC) e doItamaraty. "Acreditamosem uma rápida reversãodesse quadro", disse.

Camargo afirmou terpedido a intervenção dovice-presidente daRepública, MichelTemer, para entrar emcontato com o primeiro-ministro russo, VladimirPutin. (AE)

A era da moderna criação de gado

OBrasil tem de reverseus métodos de cria-ção de rebanho bovi-

no se quiser manter a posiçãode destaque no fornecimentomundial de carne. A pecuáriabrasileira é predominante-mente extensiva, reali-zada em grandes áreasde pasto, mas com pro-dutividade baixa. Poressa sistemática, nasprevisões de Osler De-souzart, consultor doWorld Agricultural Fo-rum (WAF), o País nãoconseguirá acompa-nhar o aumento da de-manda pelo produto.

Segundo a Organiza-ção das Nações Unidaspara a Agricultura eAlimentação (FAO), oconsumo de carne bovi-na deve aumentar emmais de 70% até 2050.

Para Desouzart, a ex-pansão da demanda pre-vista exigirá cada vezmais produtividade porhectare, além de condi-ções naturais favoráveis,como amplo fornecimen-to de água para os reba-nhos e clima favorável."Apenas Brasil e Estados Uni-dos terão esses fatores a favorpara adequar a produção ao au-mento de consumo dos próxi-mos 40 anos. Mas se o Brasil con-

tinuar com a pecuária extensi-va, vai perder essa oportunida-de", disse ontem o consultor doWAF, durante evento de lança-mento da 17° Feira Internacio-nal da Cadeia Produtiva da Car-ne (Feicorte), que se inicia nopróximo dia 13.

Os caminhos que os produ-tores terão de adotar para não

Desouzart, é a adoção de tec-nologias para confinamentode gado, reprodução por meiode inseminação artificial, con-trole dos rebanhos por satélite,entre outras técnicas peculia-res da pecuária intensiva, hojepouco disseminadas no País.

"A produtividade tem deser, no mínimo, superior a oi-

to animais por hectare.Hoje, a média no Brasil éde um animal por hecta-re. Se não houver esse ri-gor não será viável aoPaís produzir carne",disse.

O Brasil é hoje o segun-do maior produtor decarne bovina do mundo,pelos dados da UnitedStates Department ofAgriculture (USDA). Aprodução do País no anopassado chegou a 9,2 mi-lhões de toneladas. Àfrente aparecem apenasos Estados Unidos, com12 milhões de toneladas.Mas o Brasil é o maior ex-portador de carne bovi-na, podendo chegar nes-se ano a 2 milhões de to-neladas vendidas paraoutros mercados.

Dados do Inst i tutoBrasileiro de Geografia eEstatística (IBGE) apon-

tam que no País existem 205,3milhões de cabeças de gado.No geral, o setor bovino movi-menta cerca de R$ 50 bilhõespor ano.

Renato Carbonari ibelli

ALF Ribeiro/AE

Pecuária extensiva (no campo)teria baixa produtividade

perder espaço no forneci-mento mundial de carne se-rão debatidos em workshopsrealizados na Feicorte.

Te c n o l o g i a – O melhor, para

Page 16: Diário do Comércio

quarta-feira, 8 de junho de 201116 DIÁRIO DO COMÉRCIO

Com o controle da inflação, o consumidor poderá recuperar seu entusiasmo.Rogério Amato, presidente da ACSP e da Facespeconomia

Índice de confiança doconsumidor volta a cair

Levantamento feito pela ACSP e pela Ipsos revela uma postura mais apreensiva com relação à economia

Paula Cunha

As preocupaçõescom a inflação le-varam a um recuona confiança dos

consumidores brasileiros. OÍndice Nacional de Confiança(INC), divulgado mensal-mente pela Ipsos Public Af-fairs e pela Associação Co-mercial de São Paulo (ACSP),terminou o mês de maio em143 pontos – abaixo dos 150 deabril e dos 157 de março.

Isso ocorreu em função daspreocupações que a alta dospreços causou especialmentena classe C – que utiliza o cre-diário para adquirir bens de

maior valor e que se prejudi-cou com as medidas de con-tenção do governo. Tambémcolaborou para a queda aapreensão dos segmentos D eE, especialmente da regiãoNordeste, quanto aos rumosda economia.

Para o presidente da ACSP eda Federação das AssociaçõesComerciais do Estado de SãoPaulo (Facesp), Rogério Ama-to, há esperança de retomada."Apesar de os índices de con-fiança do consumidor registra-rem alguma queda, devempermanecer no campo otimis-ta. À medida em que a inflaçãoseja controlada mais à frente, oconsumidor poderá recuperarseu entusiasmo", avaliou.

Emílio Alfieri, economistado Instituto de Economia Gas-tão Vidigal (IEGV), da ACSP,considerou que os ajustes pa-ra conter a inflação poderãomanter ou reforçar a posiçãocautelosa da classe C. Ele tam-bém afirmou acreditar que es-ta estratégia melhorará o hu-mor dos segmentos D e E, maisafetados pela alta dos alimen-tos. Por isso, o índice destes úl-timos terminou em 125 pon-tos, ante 131 em abril. O seg-mento C fechou maio em 144pontos, ante 154 no mês ante-rior. Entre as camadas A e B,houve estabilidade, com 143pontos diante de 144.

D et al ha m en to – A regiãoSul foi a mais otimista, com 173

pontos em maio (ante 155 emabril), pois tem poder aquisiti-vo maior que o de outras áreasdo País. Em seguida, ficaramNorte e Centro-Oeste, com 169pontos (ante 174 no mês ante-rior). Em terceiro lugar, a Su-deste passou de 156 para 151pontos, e na Nordeste, com apopulação de menor poderaquisitivo, o índice recuou de132 para 108 pontos.

Na confiança do consumi-dor quanto à manutenção deseus postos de trabalho emmaio, 39% dos entrevistadosdeclararam otimismo frente a42% em abril. Os menos con-fiantes somaram 22% das res-postas, um ponto a mais queno mês anterior.

Alfieri lembrou que, quan-do indagou-se aos pesquisa-dos se conheciam alguém queperdeu o emprego, este índiceparou de cair. Ele ficou em 2,7pessoas conhecidas, ante 2,6em abril e 2,8 em março. "Emmaio de 2010 o total atingiu3,6 pessoas, de modo que ape-sar de uma pequena reversãona tendência os dados atuaisainda são favoráveis frente aoano passado", disse.

No caso da intenção de com-pras, o resultado permaneceupositivo para a aquisição deeletrodomésticos em maio,apesar de ter caído um ponto –44% dos entrevistados decla-

Refis da Crise: começa prazo.Receita abre período para as empresas que querem parcelar débitos dentro do programa

AReceita Federalanunciou ontem oinício da vigênciados prazos para as

empresas indicarem os débitosque pretendem parcelar dentredo chamado Refis da Crise (Lei11.941/2009). A opção peloprograma para refinanciar dí-

vidas tributárias terminou emnovembro de 2009, e incluiuquase todos as obrigações quevenceram até novembro de2008 – durante a época em que acrise financeira mundial im-pactou o Brasil – com parcela-mento em até 180 meses.

Os prazos anunciados agora

fazem parte da nova etapa doprograma e são referentes àconsolidação dos débitos. Oprimeiro prazo vai até 30 de ju-nho e é válido para as grandescompanhias, que a Receita Fe-deral classifica como empresassujeitas a acompanhamentoeconômico-tributário diferen-ciado e especial. Também seaplica àquelas que optam pelatributação do Imposto de Ren-da e da Contribuição Social so-bre o Lucro Líquido (CSLL) re-ferente ao lucro presumido.

O segundo prazo começano dia 6 de julho e termina nodia 29 do mesmo mês, e é paraas demais empresas.

Houve atraso na fase deconsolidação porque a ReceitaFederal e a Procuradoria-Ge-ral da Fazenda Nacional ne-cessitavam de sistemas infor-matizados específicos para ocálculo exato das dívidas esuas parcelas, que só foram fi-nalizados recentemente.

Pessoas físicas – No mês demaio, terminou o prazo paraconsolidação dos débitos daspessoas físicas. A Receita Fe-deral e a Procuradoria-Geralda Fazenda Nacional reava-liam a reabertura do prazopara a consolidação das pes-soas físicas em agosto. Casohaja novo prazo, é importan-

te que esses contribuintes nãotenham deixado de pagar asa n t e c i p a ç õ e s re l a t i v a s amaio, junho e julho.

"São modalidades de parce-lamento complexos, e nós ti-vemos que fazer sistemas pa-ra consolidar essas modalida-des todas. Enquanto isso,quem aderiu ficou pagandoantecipações com parcelasmínimas da dívida", disse osubsecretário de Arrecadaçãoe Atendimento da Receita Fe-deral, Carlos Roberto Occaso.

Ao todo, 359.335 empresasoptaram pelo Refis da Crise. AReceita aguarda a consolida-ção dos débitos de 147.216 naprimeira etapa e de 212.119 emjulho. A dívida total das em-presas incluídas no programaé superior a R$ 364 bilhões. Nocaso das pessoas físicas, elachega a R$ 8,9 bilhões. Com osincentivos, o volume total des-sas dívidas será reduzido.

Occaso lembrou que as em-presas devem acessar, no iní-cio do prazo, ou o site da Re-ceita Federal (w ww.re ce i ta .f a-z enda.gov.br) ou o da Procura-d o r i a - G e r a l d a F a z e n d aNacional (www.pgfn.faz en-d a . g o v. b r ), nos quais estão pu-blicadas as regras para conso-lidação dos débitos, incluindovídeos sobre o assunto. (ABr)

IR: consulta doprimeiro lote.

AReceita Federal libera hoje, a partir das 9horas, a consulta ao primeiro lote derestituições do Imposto de Renda da

Pessoa Física (IRPF) do exercício 2011. De acordocom informações divulgadas ontem pela Receita, olote será multiexercício, incluindo restituiçõesreferentes aos anos de 2010, 2009 e 2008. O valor aser restituído estará à disposição do contribuinteno dia 15 de junho.

A Receita informou que, para o exercício de 2011,serão creditadas restituições para um total de1.509.186 contribuintes, em um total de R$ 1,9 bilhão,já acrescidas de 1,99% referente à taxa Selic doperíodo maio e junho. Nesse primeiro lote, emcumprimento ao Estatuto do Idoso, cerca de 1,3milhões de restituições referem-se a contribuintes daterceira idade, totalizando cerca de R$ 1,6 bilhão.

Quanto ao lote residual do exercício de 2010,serão creditadas restituições para um total de26.344 contribuintes, totalizando R$ 65,127milhões. Com relação ao lote residual do exercíciode 2009, serão creditadas restituições para um totalde 10.227 contribuintes, totalizando R$ 20 milhões.Para o de 2008, serão creditadas restituições paraum total de 5.120 contribuintes, totalizando de R$13,9 milhões. Todos os valores são corrigidos pelataxa básica de juros, a Selic.

Para saber se teve a declaração liberada, a pessoafísica deve acessar a página da Receita na internet(www.receita.fazenda.gov br) ou ligar para oReceitafone 146. Caso o valor não seja creditado, ocontribuinte deve entrar em contato com qualqueragência do Banco do Brasil ou ligar para a Centralde Atendimento por meio do telefone 4004-0001(capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e0800-729-0088 (deficientes auditivos), paraagendar o crédito em conta-corrente ou poupança,em seu nome, em qualquer banco. (AE)

Leonardo Rodrigues/Digna Imagem

Alfieri: medidas do governo poderão reforçar cautela da classe C.

raram se sentir mais à vontadepara adquirir esses itens,diante de 28% que afirmaramestar com menos disposiçãopara tal, ante 26% em abril.

Já a percepção dos pesqui-sados quanto à sua situaçãofinanceira atual apresentouuma queda de 47% para 43%naqueles que a classificam co-mo positiva. Já o total dos quea consideraram ruim subiude 29% para 30%.

Perspectivas– O ânimo paraos próximos meses também ar-refeceu. Em maio, 40% acha-vam que a economia de sua re-

gião ficará mais forte, ante 43%no mês anterior. O pessimismocresceu, pois os que acredita-vam que haveria enfraqueci-mento nas regiões onde vivempassou de 9% para 11%.

A pesquisa nacional envol-veu mil entrevistas domici-liares mensais em nove re-giões metropolitanas e 70 mu-nicípios do interior do Brasilentre os dias 23 e 31 de maio. Amargem de erro é de três pon-tos percentuais e o índice va-ria de zero a 200 pontos. Re-sultados acima de 100 pontosindicam otimismo.

ATelefônica anunciouontem que investirá

cerca de R$ 200 milhões nesteano para a implantação e aampliação de sua rede defibra óptica na Capital, regiãometropolitana, interior elitoral de São Paulo. Osrecursos destinados à internetde alta velocidade e TVsuperam em 185,7% os R$ 70milhões aplicados em 2010.O serviço é fornecido tantopara os mercados residencialquanto corporativo.

Na Capital, serão ampliados

os serviços nos bairrosButantã, Vila Madalena,Pinheiros, Consolação, SantaCecília, Centro, Brás, BarraFunda, Jardim América,Jardins, Vila Mariana, Paraíso,Saúde, Planalto Paulista,Santana, Santo Amaro,Interlagos, Água Branca, Itaime Alto de Pinheiros. Já nosegundo semestre, o serviçochegará às regiões da Lapa,Tatuapé e Vila Formosa.

A empresa informou queampliou a oferta da fibraóptica no ABC, Campinas,Alphaville (Barueri), GranjaViana (Cotia), Santos eRibeirão Preto, além dechegar pela primeira vez emJundiaí, Piracicaba e São Josédos Campos. No segundosemestre será a vez do

município de São Vicente.Segundo a empresa, a fibra

óptica de banda larga jápossui cerca de 20 mil clientese a rede atinge mais de 400

mil domicílios em São Paulo.A meta anunciada pelaTelefônica é atingir umuniverso de 50 mil clientes atéo final de 2011. (AE)

Te l e f ô n i c ainvestirá emrede óptica

Newton Santos/Digna Imagem

Empresa deverá também se expandir para outros municípios

Page 17: Diário do Comércio

quarta-feira, 8 de junho de 2011 ECONOMIA/LEGAIS - 17DIÁRIO DO COMÉRCIO

SATYAM SERVIÇOS DE INFORMÁTICA LTDA., inscrita no CNPJ sob o nº 09.302.110/0001-82 e NIRE nº 35.222.018.801, estabelecida à Rua Quintana, nº 887 – 8º andar – cj. 81,na cidade de São Paulo – SP, declara, para os devidos fins, que, na data de 11/02/2011, foiextraviado o documento arquivado na JUCESP sob nº 292.389/09-7 de 19/08/2009, no qualse trata da nomeação da Sra. Carla Martins na administração da empresa supra.

EXTRAVIOA empresa SERVICOM TELECOMUNICAÇÕES LTDA -ME, situada à Rua Padre Pacheco, n°113 - VilaSônia, São Paulo (SP), CEP:05627-020, CNPJ 96.464.847/0001-04, CCM 2.154.295-3 e I.E.113748116116, comunica o Extravio dos talões de serviços de NFS série “A” de ordem n°651 a 800, deAIDF 101, e n°801 a 1.000, de AIDF 325. E talões de comércio de n°001 a 250, de AIDF 008.

Brooklyn Empreendimentos S.A.CNPJ nº 61.364.022/0001-25 - NIRE nº 35.300.028.694

Ata da Assembléia Geral Ordinária, realizada em 29 de abril de 2011.Sumário dos Fatos: art.130 - § 1º da Lei nº 6.404/76. Local, horário e data: sede social - às 10:30hs

- 29/04/2011. “Quorum”: 83,51%. Mesa: Presidente: Paulo Pompéia Gavião Gonzaga - Diretor-

Presidente; Secretário: José Roberto Martinez de Camargo - Diretor. Publicações: a) Documentosdo art. 133 da lei nº 6.404/76 - Diário Oficial do Estado e Diário do Comércio, dia 30/03/2011. b)Convocação: Diário Oficial do Estado e Diário do Comércio dias 20, 21 e 26/04/2011. Deliberações:Assembléia Geral Ordinária. I - Aprovadas as demonstrações financeiras referentes ao exercício

social de 2010, julgando-se corretas as contas dos administradores. II - Reeleitos diretores com

mandato de 3 (três) anos os senhores: Paulo Pompéia Gavião Gonzaga para o cargo de Diretor

Presidente e José Roberto Martinez de Camargo para o cargo de Diretor. Fixada a remuneração

mensal global bruta dos diretores em até R$ 80.000,00 cabendo aos diretores ratearem entre si essa

verba. Não havendo outros assuntos a Assembléia Geral Ordinária foi finalizada e com a aprovação

da totalidade dos votos dos acionistas presentes, a presente Ata segue assinada. São Paulo/SP, 29

de abril de 2011. a) Paulo Pompéia Gavião Gonzaga - Presidente da Mesa; José Roberto Martinez de

Camargo - Secretário. Paulo Pompéia Gavião Gonzaga - Acionista. Atestamos que a presente é cópia

fiel do original. JUCESP. Certifico o registro sob o nº 209.055/11-0 em 03/06/2011. Kátia Regina Bueno

de Godoy - Secretária Geral.

FDE AVISA:TOMADAS DE PREÇOS

A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresas interessadas que se achaaberta licitação para execução de Obras:TOMADA DE PREÇOS Nº - OBJETO - PRÉDIO - LOCALIZAÇÃO - PRAZO - ÁREA (se houver) - PATRIMÔNIO LÍQUIDOMÍNIMO P/ PARTICIPAR - GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO - ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA)05/01137/11/02 - Reforma de Prédio Escolar e Construção de Ambientes Complementares com Fornecimento,Instalação, Licenciamento e Manutenção de Elevador - EE Prof. Guines Affonso Morales - Rua Bady Bassit s/n -15120-000 - Centro - Neves Paulista/SP - 210 - 81,74 - R$ 82.062,00 - R$ 8.206,00 - 09:30 - 27/06/2011.05/01139/11/02 - Construção de Ambientes Complementares com Fornecimento, Instalação, Licenciamento eManutenção de Elevador e Reforma de Prédio Escolar - EE Prof. Justino Jerry Faria - Rua Ipiranga, 3.078 - 15020-040 - Santos Dumont - São José do Rio Preto/SP - 210 - 33,63 - R$ 98.030,00 - R$ 9.803,00 - 10:00 - 27/06/2011.05/01187/11/02 - Construção de Ambientes Complementares com Fornecimento, Instalação, Licenciamento eManutenção de Elevador e Reforma de Prédio Escolar - EE Prof. Mariano de Oliveira - Rua Alm. Isaías de Noronha, 13- 02919-100 - Vila Pereira Barreto - São Paulo/SP - 210 - 23,80 - R$ 77.546,00 - R$ 7.754,00 - 10:30 - 27/06/2011.05/01188/11/02 - Reforma de Prédio Escolar e Construção de Ambientes Complementares com Fornecimento,Instalação, Licenciamento e Manutenção de Elevador - EE Dona Rosária Isolina de Moraes - Rua Rio Pinheiros, 25 -08599-330 - Nova Itaqua - Itaquaquecetuba/SP - 210 - 122,27 - R$ 57.508,00 - R$ 5.750,00 - 11:00 - 27/06/2011.05/01190/11/02 - Reforma de Prédio Escolar e Construção de Ambientes Complementares com Fornecimento,Instalação, Licenciamento e Manutenção de Elevador - EE Dep. Silva Prado - Rua Eng. Luiz Antônio Rantin Moutinho,296 - 03672-010 - Jd. Popular - São Paulo/SP - 210 - 13,46 - R$ 97.236,00 - R$ 9.723,00 - 11:30 - 27/06/2011.05/01191/11/02 - Reforma de Prédio Escolar e Construção de Ambientes Complementares com Fornecimento,Instalação, Licenciamento e Manutenção de Elevador - EE Profª Luzia Godoy - Rua Ausonia, 143 - 02308-050 -Tucuruvi - São Paulo/SP - 210 - 74,17 - R$ 147.172,00 - R$ 14.717,00 - 13:00 - 27/06/2011.05/01192/11/02 - Reforma de Prédio Escolar e Construção de Ambientes Complementares com Fornecimento,Instalação, Licenciamento e Manutenção de Elevador - EE Profª Aparecida Donizete de Paula - Rua São Lucas, 99 -09913-060 - Jd. Pitangueiras - Diadema/SP - 210 - 42,89 - R$ 55.564,00 - R$ 5.556,00 - 13:30 - 27/06/2011.05/01194/11/02 - Reforma de Prédio Escolar e Construção de Ambientes Complementares com Fornecimento,Instalação, Licenciamento e Manutenção de Elevador - EE Prof. Manoel Tabacow Hidal - Rua Manoel de Macedo, 247- 04459-290 - Jd. Pedreira - São Paulo/SP - 210 - 68,40 - R$ 134.357,00 - R$ 13.435,00 - 14:00 - 27/06/2011.05/01197/11/02 - Reforma de Prédio Escolar e Construção de Ambientes Complementares com Fornecimento,Instalação, Licenciamento e Manutenção de Elevador - EE Dr. Murtinho Nobre - Rua Ouvidor Portugal, 789 - 01551-000 - Cambuci - São Paulo/SP - 210 - 55,26 - R$ 116.007,00 - R$ 11.600,00 - 14:30 - 27/06/2011.05/01199/11/02 - Construção de Ambientes Complementares e Reforma de Prédio Escolar - EE SamuelKlabin - Rua Boris Alexandre, 189 - 05387-020 - Vila Dalva - São Paulo/SP - 120 - 164,06 - R$ 70.522,00 -R$ 7.052,00 - 15:00 - 27/06/2011.05/01201/11/02 - Reforma de Prédio Escolar e Construção de Ambientes Complementares - EE Profa Luiza MendesCorrea de Souza - Av. Prof. Luiz Ignácio Anhaia Melo, 5.796 - 03294-100 - Pq. São Lucas - São Paulo/SP - 210 - R$143.169,00 - R$ 14.316,00 - 15:30 - 27/06/2011.05/01205/11/02 - Reforma de Prédio Escolar e Construção de Ambientes Complementares com Fornecimento,Instalação, Licenciamento e Manutenção de Elevador - EE Matilde Macedo Soares - Rua José Soriano de Souza, 30 -02555-050 - Vila Santista - São Paulo/SP - 210 - 11,68 - R$ 92.133,00 - R$ 9.213,00 - 16:00 - 27/06/2011.05/01206/11/02 - Reforma de Prédio Escolar e Construção de Ambientes Complementares com Fornecimento,Instalação, Licenciamento e Manutenção de Elevador - EE Expedicionário Brasileiro - Rua Altinópolis, 501 - 02334-001 - Água Fria - São Paulo/SP - 210 - 14,37 - R$ 116.747,00 - R$ 11.674,00 - 16:30 - 27/06/2011.As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos eComposição do BDI na SEDE DA FDE, na Supervisão de Licitações, na Av. São Luís, 99 - República - CEP: 01046-001- São Paulo/SP ou através da Internet, pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br.Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM, a partir de 08/06/2011, na SEDE DAFDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsávelde R$ 40,00 (quarenta reais).Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão deLicitações da FDE, conforme valor indicado acima.Os invólucros contendo a PROPOSTA COMERCIAL e os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO deverão ser entregues,juntamente com a Solicitação de Participação, a Declaração de Pleno Atendimento aos Requisitos de Habilitação e agarantia de participação, no Setor de Protocolo da Supervisão de Licitações - SLI - na SEDE DA FDE, até 30 minutosantes da abertura da licitação.Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com odisposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA ODESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE.As propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital.

JOSÉ BERNARDO ORTIZPresidente

SECRETARIA DE ESTADODA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADODE SÃO PAULO

FDE AVISA:PREGÃO (ELETRÔNICO) DE REGISTRO DE PREÇOS Nº 67/00007/10/05

OBJETO: AQUISIÇÃO DE LEITOR DE CÓDIGO DE BARRAS.A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresas interessadas que se achaaberta licitação de Registro de Preços para aquisição de leitor de código de barras.As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital a partir de 08/06/2011, no endereçoeletrônico www.bec.sp.gov.br ou na sede da FDE, na Supervisão de Licitações, na Av. São Luís, 99 - República -CEP: 01046-001 - São Paulo/SP, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, ou verificar o editalna íntegra, através da Internet no endereço: http://www.fde.sp.gov.br.A sessão pública de processamento do Pregão Eletrônico será realizada no endereço eletrônico www.bec.sp.gov.br,no dia 01/07/2011, às 09:30 horas e será conduzida pelo pregoeiro com o auxílio da equipe de apoio, designadosnos autos do processo em epígrafe e indicados no sistema pela autoridade competente.Todas as propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital e seus anexos e serão encaminhadas,por meio eletrônico, após o registro dos interessados em participar do certame e o credenciamento de seusrepresentantes previamente cadastrados. A data do início do prazo para envio da proposta eletrônica será de 08/06/2011, até o momento anterior ao início da sessão pública.

JOSÉ BERNARDO ORTIZPresidente

SECRETARIA DE ESTADODA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADODE SÃO PAULO

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE ANDRADINAProcesso Licitatório 51/11 – Pregão nº 26/11 – Objeto: Aquisição de materi-ais de escritório, escolar e informática. Edital de re-ratificação. APrefeitura do Município de Andradina torna público as seguintes alteraçõesao edital do processo supra: Anexo I Termo de Referência, itens 183, 379,404, 412, 421 e 422 passam ter a seguinte redação: Item: 183, DESCRI-ÇÃO: Grampo tipo trilho – T-80 caixa com 50 unidades, QTDE: 61, UNID:CX; Item: 379, DESCRIÇÃO: Stencil azul – boa qualidade – caixa com 100unidades, QTDE: 116, UNID: CX; Item: 404, DESCRIÇÃO: Tinta acrílicapara tela – 20 ml – azul cobalto nº66, QTDE: 02, UNID: UN; Item: 412, DES-CRIÇÃO: Tinta acrílica para tela – 20 ml – terra siena natural nº62, QTDE:02, UNID: UN; Item: 421, DESCRIÇÃO: Tinta acrílica para tela – 20 ml –azul cobalto, QTDE: 03, UNID: UN; Item: 422, DESCRIÇÃO: Tinta acrílicapara tela – 20 ml – terra siena natural, QTDE: 02, UNID: UN; Emconsequência, fica determinada a data para a entrega das propostas, doprocesso supra, para o dia 21 de junho de 2011, às 09 horas.

Andradina-SP, 07 de junho de 2011.JAMIL AKIO ONO - PREFEITO

PREFEITURA MUNICIPAL DE MOGI MIRIM

EXTRATO DE REABERTURA DO EDITAL DO PREGÃO PRESENCIAL Nº 080/2011Objeto: Aquisição de veículo automotor zero quilômetro. Data de credenciamento e abertura dosenvelopes proposta dia 27/06/2011, às 09:00 horas. Informações: Departamento de Recursos Materiais,à Rua Dr. José Alves, 129, Centro, ou pelos telefones: (19) 3814-1059/1052/1046. Disponibilidade doedital: Diretamente na Divisão de Licitações, mediante o recolhimento de R$ 10,00 (dez reais), conformeguia emitida pelo Setor Competente da PMMM e/ou através do site www.mogimirim.sp.gov.br, semônus, até o ultimo dia útil anterior ao encerramento. Pregoeira.

Conforme informação da Distribuição Cível

do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram

ajuizados no dia 07 de junho de 2011, na

Comarca da Capital, os seguintes pedidos

de falência, recuperação extrajudicial e

recuperação judicial:

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃOEXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL

Reqte: Uniserv União de Serviços Ltda.Reqdo: Ply Indústria de CompensadosLtda. Av. Cardeal Santiago Luiz Copello,115 – Vila Ribeiro de Barros - 1ª V. deFalências.Reqte: Banco Safra S/A. Reqdo: SinaExportadora, Importadora e Comercialde Cosméticos Ltda. R. Marques de Itu,837 – Vila Buarque - 2ª V. de Falências.Reqte: Gilberto Botelho de AlmeidaRamalho. Reqdo: YB Revenda de Bar-cos Ltda. R. Joaquim Floriano, 466 4°Andar Conj. 402/403 – Itaim Bibi - 1ª V. deFalências.

Page 18: Diário do Comércio

quarta-feira, 8 de junho de 201118 DIÁRIO DO COMÉRCIO

Raízen injetaráUS$ 7 bilhões até 2016

Presidente da joint venture disse ainda querer transformar o etanol em commodity no mercado internacional

Opresidente da Raí-zen, Vasco Dias,a f i r m o u o n t e mque a recém-criada

joint venture da fusão de ope-rações entre Shell e Cosan re-sultará em um investimentode US$ 7 bilhões no País nospróximos cinco anos. A maiorparte desses recursos – cercade US$ 5 bilhões – será empre-gada na ampliação da produ-ção de etanol, açúcar e energiaelétrica cogerada, ficando orestante para a rede de postosde combustíveis e operaçõesde logística da Raízen.

"A meta é ampliar de 60 mi-lhões para 100 milhões de to-neladas a moagem anual decana das usinas", disse Dias,que participou ontem da reu-nião plenária de encerramen-to do Ethanol Summit, realiza-do em São Paulo (leia mais ao la-do). A companhia possui aindaquatro projetos de novas uni-dades sucroalcooleiras que fa-zem parte do investimento.

Dias não descartou ainda apossibilidade de aquisiçõesde novas unidades, chamadasde greenfields, mas conside-rou difícil os investimentosnas denominadas brown-fields – ou seja, na ampliação

de usinas já existentes."Não é falta de dinheiro e de

apetite da companhia, afinaltemos o plano aprovado paraesse investimento de US$ 7 bi-lhões. O direcionamento dosinvestimentos depende dasofertas de mercado, e os gre-enfields, por exemplo, já estãoanunciados", afirmou o presi-dente da companhia.

O executivo garantiu aindaque "os dois sócios acreditamque o etanol terá papel funda-mental na produção de ener-gia no País no futuro". Ele sa-lientou ainda que uma dasmetas da Raízen é a eventualtransformação do combustí-vel em uma commodity, com anegociação realizada no mer-cado mundial. (AE)

Sérgio Neves/AE

Recursos ampliarão produção de etanol, açúcar e energia elétrica.

Governo: gasolina nãolimita expansão do etanol.

Odiretor do Departamento de CombustíveisRenováveis do Ministério das Minas e Energia,Ricardo Dornelles, rechaçou ontem o argumento

utilizado pelo setor produtivo de etanol de que aestabilidade da gasolina no País, atualmente mantida pelogoverno federal, é um fator limitante para novosinvestimentos na produção do biocombustível. "Não possoadmitir que o preço da gasolina possa ser apontado comoo fator limitante", disse Dornelles durante o debate sobrepolíticas públicas para o abastecimento no EthanolSummit, realizado em São Paulo.

Dornelles justificou a avaliação do governo com umgráfico no qual aponta que, entre 2008 e o início deste ano,o preço da gasolina no Brasil foi maior do que no exterior,justamente por ter sido mantido pelo governo. "Nocrescimento do setor, até 2008, o preço da gasolina foimais alto aqui do que lá fora", disse.

O diretor do Ministério das Minas e Energia afirmou quea perda de competitividade do etanol para a gasolina e oaumento da oferta precisam ser revertidos cominvestimentos em produção, que virão no médio prazo. Nocurto prazo, ou seja, até 2013 ou 2014, com a oferta deetanol restrita, a ação do governo será necessária, naavaliação de Dornelles, que classificou o momento comocrítico em relação à oferta.

Para ele, é necessário que se adotem três ações parareduzir a demanda do combustível. "A redução da misturado anidro à gasolina é ferramenta essencial para governo;além disso temos o financiamento de estoques de etanol eações com a política tributária para dois ou três anos até onovo ciclo de crescimento", explicou Dornelles. (AE)

Indústria gráfica registra recuoAprodução do setor de

indústria gráfica tevequeda de 5,2% no pri-

meiro trimestre de 2011 emcomparação com igual perío-do do ano passado, segundodados da Associação Brasilei-ra da Indústria Gráfica (Abi-graf) divulgados ontem. Jáem comparação com igual tri-mestre de 2010, a retração foide 19,6%, puxada principal-mente pelos produtos gráfi-cos editoriais (com queda de36,4%). Nos 12 meses entreabril de 2010 e março desteano, o segmento contabilizouleve alta, de 1,1%.

Na análise mensal, o setortambém apresentou quedaem março des te ano anteigual período de 2010: de12,1%. Já em comparação a fe-vereiro de 2011, houve umcrescimento de 11,4% na pro-dução, puxado, de acordocom a Abigraf, pela expansãosazonal da produção do seg-mento editorial em março.

Embalagens – O segmentode embalagens apresentou au-mento na produção de 10,5%de março deste ano para feve-reiro, sendo 14% para embala-

gens impressas em plástico e9,8% para impressas em papel.No entanto, de acordo com aAbigraf, isso se deve a aspectos"puramente sazonais", umavez que, ante março de 2010,houve queda de 7,8% (recuo de20,2% para embalagens im-pressas em plástico e de 4,5%para as impressas em papel).

Em relação a igual trimes-tre do ano passado, o segmen-to apresentou redução de2,9% e, em 12 meses, teve au-

mento da produção em 1,6%.O segmento editorial foi ou-

tro que sofreu queda na pro-dução em março. Ante igualmês de 2010 a retração foi de12,4%. Se comparado o pri-meiro trimestre deste ano comigual período de 2010, o declí-nio foi de 1,5%. O segmentohavia tido bons resultados em2009 (alta de 5,3% no ano) e em2010 (expansão de 9,1%) porconta da melhora na renda dapopulação e das políticas de

compras governamentais."Os dados recém-divulga-

dos pelo Instituto Brasileiro deGeografia e Estatística (IBGE)mostram que o início de 2011não foi muito bom para estesegmento", afirmou a Abigraf.Mesmo assim, segundo esti-mou a entidade, nos últimos12 meses a atividade destegrupo cresceu 6,9%, "resulta-do muito próximo aos 6,8% ve-rificados na média da indús-tria em geral". (AE)

Não admito que o preço da gasolina seja fator limitante a investimentos.Ricardo Dornelles, diretor do Ministério das Minas e Energiaeconomia

Brasileiro usou mais ocartão de crédito no 1º tri

Omercado de cartões teve faturamento de R$ 145,2bilhões no primeiro trimestre de 2011, conformedados apresentados ontem pela Associação

Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços(Abecs). Desse total, os cartões de crédito responderampor R$ 83,7 bilhões, o que representa aumento de 23% emrelação a igual período no ano passado.

De acordo com a Abecs, o resultado foi potencializadopelo aumento dos gastos de brasileiros no exterior, queutilizaram em grande parte esse meio de pagamento. Ocrescimento no primeiro trimestre foi de 32%, frente aigual período do ano passado.

Os cartões de débito registraram faturamento de R$43,3 bilhões, com crescimento acima da média, 25%, e oscartões private labelresponderam por R$ 18,2bilhões, 21% de aumento.As transações tambémcresceram, em umamédia de 17% em relaçãoa igual período em 2010,reflexo do aumento dotíquete médio.

Segundo a Abecs,quando observada autilização doparcelamento (principalvantagem percebidapelos portadores doscartões de crédito), ocrescimento ficou estávelnos primeiros meses doano, alcançando 48% de participação no total faturadocom esse tipo de cartão. "O tíquete médio dessamodalidade é quatro vezes maior do que nas compras damodalidade à vista, indicando a preferência do portadorpelo parcelado quando a compra é de alto valor, o que nãoreflete as medidas de controle inflacionário", disseClaudio Yamaguti, presidente da Abecs.

O crescimento no total faturado com cartões de créditoentre janeiro e março, quando comparado ao primeirotrimestre de 2010, foi similar em todas as regiões doBrasil. Já no consumo com cartões de débito, ofaturamento das regiões Centro-Oeste, Norte e Sulapresentou taxas de crescimento bem expressivas,comparativamente ao mesmo período do ano passado.

A Abecs mostrou que o faturamento de cartões decrédito apresentou crescimento maior nas categoriasOutros Serviços e Profissionais Liberais (51%), SetorPrimário, Indústria e Serviços Básicos (37%) quecontempla segmentos de Educação e Saúde, e DemaisComércios Atacadistas e Varejistas (33%), que incluemsegmentos como Comércio Atacadista e Materiais deConstrução. Da mesma forma, para os cartões de débito,o aumento mais acentuado foi nas categorias DemaisComércios Atacadistas e Varejistas (49%), SetorPrimário, Indústria e Serviços Básicos (39%) e Turismo eEntretenimento (30%). (AE)

Rakuten no mercado nacional

REFORMA TRIBUTÁRIA EM XEQUE – Em reunião comgovernadores de estados das regiões Norte e Centro-Oeste, o ministroGuido Mantega (Fazenda) encontrou resistências à redução eunificação das alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias ePrestação de Serviços (ICMS)interestaduais. Eles querem uma revisãonas alíquotas de juros pagos pelos estados. (AE)

Na comparaçãocom fevereiro de2011 houve umaalta de 11,4%,puxada pelaexpansão sazonaldo ramo editorialem março.

Fábio D'Castro/Hype

25por cento foi ocrescimento

verificado pela Abecsna utilização de

cartões de débito nostrês primeirosmeses do ano

A varejista online Rakutenanunciou ontem a compra daempresa de e-commerce Ikeda,

com sede em São Paulo, marcando aprimeira incursão da companhiajaponesa no mercado brasileiro, em maisuma etapa de sua expansão no exterior.

Maior varejista online do Japão emfaturamento, a Rakuten não revelou ovalor da operação, mas o negóciopossibilita que ela tire proveito dacrescente demanda de compras onlinena maior economia da América do Sul,que possui, aproximadamente, 40%dos usuários de internet da região.

A Ikeda, importante fornecedora deserviços de e-commerce, ajuda asmaiores companhias de varejo do Brasila estabelecer suas lojas online. Juntas, asempresas deverão lançar um novoshopping center na internet brasileira,segundo informou à agência de notíciasDow Jones um fonte próxima ao assunto.

Como muitas companhias japonesasque se depararam com a estagnaçãodoméstica, a Rakuten voltou-se para osmercados externos em busca decrescimento. No ano passado, a empresacomprou a norte-americana Buy.com

por US$ 250 milhões e a francesaPriceMinister por 200 milhões de euros(US$ 263,3 milhões). Em outubro, aRakuten lançou um serviço de vendasonline na China, por meio de uma jointventure com a chinesa Baidu.

No primeiro trimestre a Rakuten tevealta de 1,4% no lucro líquido, para 6,91bilhões de ienes (US$ 86,17 milhões),na comparação com igual período de2010. Seu lucro operacional subiu 8,4%, passando para 14,07 bilhões de ienes(US$ 175,458 milhões) e o faturamentocresceu 9,8%, para 86,92 bilhões deienes (US$ 1,083 bilhão).

Expansão – O movimento da Rakutenno mercado brasileiro foi interpretadopelo jornal britânico Financial Timescomo uma forma de aproveitar melhoras potencialidades apresentadas pornovos mercados. "Precisamos nos movermais rápido, não apenas em termos deexpansão de nossos negócios, mastambém na criação de sinergias dentrodo grupo", afirmou o executivo-chefe daempresa, Hiroshi Mikitani. "Esse negócioestá se transformando de forma tãorápida que nós precisamos nosmovimentar à frente das tendências."

A comparação entre o dinamismo daeconomia brasileira e a estagnação doJapão também foi lembrada peloFinancial Times. "Em um período entredez e 20 anos, a empresa não poderámais crescer tanto", afirmou a analista dobanco de investimentos Nomura emTóquio, Yukio Maruyama.

Apesar do número de casas no Brasilcom acesso à banda larga ser aindareduzido, há boas perspectivas. Segundoo fundador e presidente da Ikeda,Ricardo Yoiti Ikeda, existem no País 43milhões de internautas ativos, dos quais30 milhões compram online. (Com AE)

O varejoonlineestá se transformandode forma tão rápidaque nós precisamosnos movimentar àfrente das tendências.

HIR OSHI MI K I TA N I , DA RAKUTEN

A meta éampliar de 60milhões para 100milhões detoneladas amoagem anual decana das usinas.

VA S CO DIAS, DA RAÍZEN

Beto Barata/AE

Page 19: Diário do Comércio

quarta-feira, 8 de junho de 2011 ECONOMIA/LEGAIS - 19DIÁRIO DO COMÉRCIO

IIIIItaúsa Emprtaúsa Emprtaúsa Emprtaúsa Emprtaúsa Empreendimeneendimeneendimeneendimeneendimentttttos S.A.os S.A.os S.A.os S.A.os S.A.CNPJ 51.713.907/0001-39 NIRE 35300004540

AAAAATTTTTA SUMA SUMA SUMA SUMA SUMÁRIA DÁRIA DÁRIA DÁRIA DÁRIA DA ASSEMBLEIA GERA ASSEMBLEIA GERA ASSEMBLEIA GERA ASSEMBLEIA GERA ASSEMBLEIA GERAL EXAL EXAL EXAL EXAL EXTRTRTRTRTRAAAAAORDINÁRIA E ORDINÁRIA REALIZADORDINÁRIA E ORDINÁRIA REALIZADORDINÁRIA E ORDINÁRIA REALIZADORDINÁRIA E ORDINÁRIA REALIZADORDINÁRIA E ORDINÁRIA REALIZADA EM 29 DE ABRIL DE 2011A EM 29 DE ABRIL DE 2011A EM 29 DE ABRIL DE 2011A EM 29 DE ABRIL DE 2011A EM 29 DE ABRIL DE 2011DDDDDAAAAATTTTTA, HORA, HORA, HORA, HORA, HORA E LA E LA E LA E LA E LOCOCOCOCOCAL: AL: AL: AL: AL: Em 29 de abril de 2011, às 17:00 horas, na Av. Paulista, 1938 - 17º andar, em São Paulo (SP). MESA: MESA: MESA: MESA: MESA: AlfredoEgydio Arruda Villela Filho (Presidente) e Henri Penchas (Secretário). QUORUM: QUORUM: QUORUM: QUORUM: QUORUM: acionistas representando a totalidade do capitalsocial. PRESENÇPRESENÇPRESENÇPRESENÇPRESENÇA LA LA LA LA LEGAL:EGAL:EGAL:EGAL:EGAL: administradores da Sociedade e representantes da PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes.EDITEDITEDITEDITEDITAL DE CAL DE CAL DE CAL DE CAL DE CONVOCONVOCONVOCONVOCONVOCAAAAAÇÇÇÇÇÃÃÃÃÃOOOOO: : : : : dispensada a publicação de edital, face ao disposto no Artigo 124, § 4º, da Lei 6.404/76. AAAAAVISO AVISO AVISO AVISO AVISO AOSOSOSOSOSAAAAACIONISTCIONISTCIONISTCIONISTCIONISTAS: AS: AS: AS: AS: dispensada a publicação dos avisos aos acionistas a que se refere o Artigo 133, nos termos do seu § 4º, da Lei 6.404/76.DELIBDELIBDELIBDELIBDELIBERERERERERAAAAAÇÇÇÇÇÕES ÕES ÕES ÕES ÕES TTTTTOMOMOMOMOMADADADADADAS POR UNANIMIDAS POR UNANIMIDAS POR UNANIMIDAS POR UNANIMIDAS POR UNANIMIDADE: ADE: ADE: ADE: ADE: Após discussão dos temas abaixo, os Acionistas deliberaram: EM PEM PEM PEM PEM PAAAAAUTUTUTUTUTAAAAAEXEXEXEXEXTRTRTRTRTRAAAAAORDINÁRIA: ORDINÁRIA: ORDINÁRIA: ORDINÁRIA: ORDINÁRIA: 1. 1. 1. 1. 1. Aprovar proposta de aumento do capital social de R$ 48.000.000,00 para R$ 52.000.000,00, sem emissãode novas ações, mediante capitalização de R$ 4.000.000,00 consignados no balanço de 31.12.2010 na conta “Reserva Especial”,sendo R$ 486.190,96 referentes a lucros apurados em 2000, R$ 449.807,56 em 2001, R$ 1.079.771,00 em 2002, R$ 120.243,56 em2003, R$ 1.515.567,15 em 2004 e R$ 348.419,77 em 2005. 2. 2. 2. 2. 2. Em decorrência, alterar o “caput” do Artigo 3º do Estatuto Social,para refletir o novo valor do capital social, passando a ter a seguinte redação: “ArArArArArt. 3º - Ct. 3º - Ct. 3º - Ct. 3º - Ct. 3º - CAPITAPITAPITAPITAPITAL E AAL E AAL E AAL E AAL E AÇÇÇÇÇÕESÕESÕESÕESÕES - O capital social é de R$52.000.000,00 (cinqüenta e dois milhões de reais), representado por 752.189 (setecentas e cinqüenta e duas mil, cento e oitentae nove) ações ordinárias nominativas, sem valor nominal.” 3. 3. 3. 3. 3. Reformar o Estatuto Social com o objetivo de instituir Conselho deAdministração, com adequação e renumeração dos demais dispositivos, passando a norma de regência social a vigorar com aredação consolidada no anexo desta ata. EM PEM PEM PEM PEM PAAAAAUTUTUTUTUTA ORDINÁRIA: A ORDINÁRIA: A ORDINÁRIA: A ORDINÁRIA: A ORDINÁRIA: 4. 4. 4. 4. 4. Após tomarem conhecimento dos Relatórios daAdministração e dos Auditores Independentes, aprovar as Contas dos Administradores e as Demonstrações Financeiras relativasao exercício social encerrado em 31.12.2010, publicados em 27.04.2011 nos jornais “Diário Oficial do Estado de São Paulo” (págs.3 a 5) e “Diário do Comércio” (págs. 17 e 18). 5. 5. 5. 5. 5. Aprovar a destinação do lucro líquido do exercício de 2010, no montante deR$ 3.801.595,37, conforme segue: (a) R$ 186.581,77 para a conta de Reserva Legal; (b) R$ 3.509.603,06 para a conta de ReservaEspecial; (c) R$ 69.960,00 à conta de Reserva de Lucros/Fundação Itaúsa Industrial, para a qual também estão sendo destinadosR$ 636.240,00 decorrentes de ajustes de exercícios anteriores; (d) R$ 35.450,54 para pagamento, nesta data, do dividendoobrigatório referente ao exercício de 2010, tendo como base de cálculo, para os fins previstos no Artigo 205 da Lei nº 6.404/76, aposição acionária hoje registrada. 6. 6. 6. 6. 6. Compor o Conselho de Administração, para o mandato anual que vigorará até a posse dosque vierem a ser eleitos na Assembleia Geral Ordinária de 2012, conforme segue: (i)(i)(i)(i)(i) ALFREDO EGYDIO ARRUDA VILLELA FILHO,brasileiro, casado, engenheiro, RG-SSP/SP 11.759.083-6, CPF 066.530.838-88, domiciliado em São Paulo (SP), na Rua Sansão Alvesdos Santos, 102, 5º andar; (ii)(ii)(ii)(ii)(ii) JOSÉ CARLOS MORAES ABREU, brasileiro, viúvo, advogado, RG-SSP/SP 463.218, CPF 005.689.298-53,domiciliado em São Paulo (SP), na Praça Alfredo Egydio de Souza Aranha, 100 - Torre Olavo Setubal - 10º andar; (iii)(iii)(iii)(iii)(iii) LAERTE SETUBALFILHO, brasileiro, casado, engenheiro, RG-SSP/SP 721.228, CPF 006.819.208-82, domiciliado em São Paulo (SP), na AvenidaPaulista, 1938 - 5º andar; (iv) (iv) (iv) (iv) (iv) MARIA DE LOURDES EGYDIO VILLELA, brasileira, divorciada, psicóloga, RG-SSP/SP 2.497.608-8,CPF 007.446.978-91, domiciliada em São Paulo (SP), na Av. Paulista, 149, 7º andar; (v)(v)(v)(v)(v) OLAVO EGYDIO SETUBAL JÚNIOR, brasileiro,casado, administrador, RG-SSP/SP 4.523.271, CPF 006.447.048-29, domiciliado em São Paulo (SP), na Praça Alfredo Egydio deSouza Aranha, 100, Torre Olavo Setubal, 10º andar; e (vi)(vi)(vi)(vi)(vi) RICARDO EGYDIO SETUBAL, brasileiro, casado, advogado, RG-SSP/SP10.359.999, CPF 033.033.518-99, domiciliado em São Paulo (SP), na Av. Paulista, 1938 - 5º andar; 7. 7. 7. 7. 7. Registrar que os eleitosatendem às condições prévias de elegibilidade previstas nos Artigos 146 e 147 da Lei 6.404/76. 8. 8. 8. 8. 8. Fixar a verba global e anualdestinada à remuneração dos membros do Conselho de Administração e da Diretoria em até R$ 5.000.000,00, que compreendetambém as vantagens ou benefícios de qualquer natureza que eventualmente vierem a ser concedidos, reajustada de acordocom a política de remuneração adotada pela Sociedade e que será rateada na forma que vier a ser deliberada pelo Conselho deAdministração. CCCCCONSELHO FISCONSELHO FISCONSELHO FISCONSELHO FISCONSELHO FISCAL: AL: AL: AL: AL: Não houve manifestação do Conselho Fiscal, por não se encontrar em funcionamento.DDDDDOCUMENTOCUMENTOCUMENTOCUMENTOCUMENTOS ARQUIVOS ARQUIVOS ARQUIVOS ARQUIVOS ARQUIVADADADADADOS NA SEDE: OS NA SEDE: OS NA SEDE: OS NA SEDE: OS NA SEDE: os Relatórios da Administração e dos Auditores Independentes e as DemonstraçõesFinanceiras do exercício encerrado em 31.12.2010. ENCERRENCERRENCERRENCERRENCERRAAAAAMENTMENTMENTMENTMENTOOOOO: : : : : Nada mais havendo a tratar e ninguém desejandomanifestar-se, encerraram-se os trabalhos, lavrando-se esta ata que, lida e aprovada, foi assinada por todos. São Paulo (SP), 29 deabril de 2011. (aa) Alfredo Egydio Arruda Villela Filho - Presidente; Henri Penchas - Secretário; AAAAAcionista:cionista:cionista:cionista:cionista: Itaúsa - InvestimentosItaú S.A. por si e na qualidade de usufrutuária (aa) Henri Penchas e Roberto Egydio Setubal - Diretores Vice-Presidentes.Certificamos ser a presente cópia fiel da original lavrada em livro próprio. São Paulo (SP), 29 de abril de 2011. (aa) Alfredo EgydioArruda Villela Filho - Presidente da Assembleia; Henri Penchas - Secretário da Assembleia. Secretaria da Fazenda - JuntaComercial do Estado de São Paulo: certifico o registro sob nº 202.006/11-6, em 31.05.2011 (a) Kátia Regina Bueno de Godoy -Secretária Geral. ESTESTESTESTESTAAAAATUTTUTTUTTUTTUTO SOCIAL - ArO SOCIAL - ArO SOCIAL - ArO SOCIAL - ArO SOCIAL - Art. 1º - DENOMINAt. 1º - DENOMINAt. 1º - DENOMINAt. 1º - DENOMINAt. 1º - DENOMINAÇÇÇÇÇÃÃÃÃÃOOOOO, PR, PR, PR, PR, PRAZAZAZAZAZO E SEDEO E SEDEO E SEDEO E SEDEO E SEDE - A sociedade anônima fechada regida por esteEstatuto, denominada ITITITITITAAAAAÚSA EMPREENDIMENTÚSA EMPREENDIMENTÚSA EMPREENDIMENTÚSA EMPREENDIMENTÚSA EMPREENDIMENTOS S.A.OS S.A.OS S.A.OS S.A.OS S.A., com duração por tempo indeterminado, tem sua sede e foro na Cidadede São Paulo, Estado de São Paulo, com endereço na Avenida Paulista nº 1938 - 17º andar, CEP 01310-942, e poderá abrir filiais,agências, escritórios, depósitos ou representações em qualquer ponto do território nacional, a critério da Diretoria, observadasas exigências legais. ArArArArArt. 2º - OBJEt. 2º - OBJEt. 2º - OBJEt. 2º - OBJEt. 2º - OBJETTTTTO O O O O - A sociedade tem por objeto: a) a) a) a) a) empreendimentos e negócios com imóveis, relativos a:(i) compra e venda; (ii) incorporações imobiliárias; e (iii) administração e locação; b) b) b) b) b) loteamentos e urbanização; c) c) c) c) c) apoio àsempresas da área industrial do Conglomerado Itaúsa mediante suporte técnico, jurídico e administrativo compatível com oobjeto social dessas empresas; e d) d) d) d) d) participação no capital social de outras sociedades, no País ou no exterior. ArArArArArt. 3º - Ct. 3º - Ct. 3º - Ct. 3º - Ct. 3º - CAPITAPITAPITAPITAPITALALALALALE AE AE AE AE AÇÇÇÇÇÕES ÕES ÕES ÕES ÕES - O capital social integralizado é de R$ 52.000.000,00 (cinqüenta e dois milhões de reais), representado por 752.189(setecentas e cinquenta e duas mil, cento e oitenta e nove) ações ordinárias nominativas, sem valor nominal. 3.1. CCCCCererererertificadostificadostificadostificadostificadosde Ade Ade Ade Ade Aççççções ões ões ões ões - A sociedade poderá emitir certificados de múltiplos de ações e substituí-los ou desdobrá-los, a pedido de acionista, apreço de custo. 3.2. AAAAAquisição das Pquisição das Pquisição das Pquisição das Pquisição das Prrrrróprópróprópróprias Aias Aias Aias Aias Açççççõesõesõesõesões - A sociedade poderá adquirir as próprias ações, a fim de cancelá-las oumantê-las em tesouraria para posterior alienação, mediante autorização do Conselho de Administração. ArArArArArt. 4º - ADMINISTRt. 4º - ADMINISTRt. 4º - ADMINISTRt. 4º - ADMINISTRt. 4º - ADMINISTRAAAAAÇÇÇÇÇÃÃÃÃÃOOOOO- A sociedade será administrada por um Conselho de Administração e uma Diretoria. O Conselho de Administração terá, na formaprevista em lei e neste Estatuto, atribuições orientadoras, eletivas e fiscalizadoras, as quais não abrangem funções operacionais ouexecutivas, que serão de competência da Diretoria. 4.1. IIIIInnnnnvvvvvestidurestidurestidurestidurestidura a a a a - Os administradores serão investidos nos cargos medianteassinatura de termos de posse nos livros de atas do Conselho de Administração e da Diretoria, conforme o caso.4.2. RRRRRemuneremuneremuneremuneremuneração ação ação ação ação - A Assembleia Geral fixará a verba global e anual destinada ao pagamento da remuneração dosadministradores, cabendo ao Conselho de Administração regulamentar a utilização dessa verba. 4.3. MMMMMandaandaandaandaandattttto o o o o - Osadministradores exercerão os mandatos pelo prazo de 1 (um) ano, podendo ser reeleitos, e permanecerão nos cargos até aposse dos substitutos. ArArArArArt. 5º - Ct. 5º - Ct. 5º - Ct. 5º - Ct. 5º - CONSELHO DE ADMINISTRONSELHO DE ADMINISTRONSELHO DE ADMINISTRONSELHO DE ADMINISTRONSELHO DE ADMINISTRAAAAAÇÇÇÇÇÃÃÃÃÃOOOOO - O Conselho de Administração será composto de 3 (três) a 6(seis) membros, eleitos dentre os acionistas pela Assembleia Geral, sendo 1 (um) Presidente escolhido pelos Conselheiros entreos seus pares. 5.1. SubstituiçSubstituiçSubstituiçSubstituiçSubstituições ões ões ões ões - O Presidente indicará o Conselheiro que o substituirá em suas ausências ou impedimentostemporários. Ocorrendo vaga no Conselho de Administração, os Conselheiros remanescentes poderão nomear acionista paracompletar o mandato do substituído. 5.2. DDDDDeliberelibereliberelibereliberaçaçaçaçações ões ões ões ões - O Conselho de Administração, convocado pelo Presidente, reunir-se-ásempre que necessário, deliberando validamente com a presença da maioria absoluta de seus membros em exercício. Em casode empate, caberá ao Presidente o voto de qualidade. 5.3. CCCCCompetompetompetompetompetência ência ência ência ência - Compete ao Conselho de Administração: 5.3.1. fixar aorientação geral dos negócios da sociedade; 5.3.2. eleger e destituir os diretores da sociedade e fixar-lhes as atribuições,observado o que a respeito dispõe este Estatuto; 5.3.3. fiscalizar a gestão dos diretores, examinar, a qualquer tempo, os livros epapéis da Sociedade, solicitar informações sobre contratos celebrados ou em via de celebração, e quaisquer outros atos; 5.3.4.convocar a Assembléia Geral; 5.3.5. manifestar-se sobre o relatório da administração e as contas da Diretoria; 5.3.6. escolher edestituir os auditores independentes; 5.3.7. deliberar sobre distribuição de dividendos e/ou juros sobre o capital próprio; 5.3.8.

deliberar sobre a aquisição das próprias ações, em caráter não permanente. ArArArArArt. 6º - DIREt. 6º - DIREt. 6º - DIREt. 6º - DIREt. 6º - DIRETTTTTORIA ORIA ORIA ORIA ORIA - A Diretoria terá de 3 (três) a 15(quinze) membros, acionistas ou não, residentes no País e eleitos pelo Conselho de Administração. Não poderá ser eleito diretorquem já tiver completado 65 (sessenta e cinco) anos de idade na data da eleição. Extinguir-se-á o mandato do diretor no últimodia do mês de dezembro do ano em que atingir o limite etário. 6.1. CCCCComposição omposição omposição omposição omposição - Comporão a Diretoria: 1 (um) DiretorPresidente e de 2 (dois) a 14 (catorze) Diretores Vice-Presidentes, Diretores Executivos ou Diretores Gerentes, na conformidadedo que for estabelecido pelo Conselho de Administração ao prover esses cargos. Um mesmo diretor poderá ser designado, emcaráter efetivo ou interino, para exercer cumulativamente mais de um cargo. 6.2. PPPPPoderoderoderoderoderes es es es es - À Diretoria compete administrar erepresentar a sociedade, com poderes para contrair obrigações, transigir, ceder e renunciar direitos, podendo, ainda,independentemente de autorização do Conselho de Administração, onerar e alienar bens sociais, inclusive os integrantes doativo permanente. 6.3. AAAAAtrtrtrtrtribuiçibuiçibuiçibuiçibuições ões ões ões ões - Além das atribuições normais que lhe são conferidas por lei e por este estatuto, compete,especificamente, a cada membro da Diretoria: a) a) a) a) a) ao Diretor Presidente, presidir as Assembleias Gerais, convocar e presidir asreuniões da Diretoria, coordenando a ação desta; b)b)b)b)b) aos Diretores Vice-Presidentes e aos Diretores Executivos, colaborar com oDiretor Presidente na gestão dos negócios e na estruturação e direção dos serviços da sociedade; c)c)c)c)c) aos Diretores Gerentes, agestão das áreas específicas de atuação da sociedade que lhes forem atribuídas pelo Conselho de Administração. 6.4.SubstituiçSubstituiçSubstituiçSubstituiçSubstituições ões ões ões ões - O Diretor Presidente indicará o Diretor Vice-Presidente que o substituirá em suas ausências ou impedimentostemporários. Para os demais diretores, a própria Diretoria escolherá o substituto interino dentre seus membros. 6.5.RRRRRepreprepreprepresenesenesenesenesentação tação tação tação tação - A representação da sociedade far-se-á: a) a) a) a) a) por dois diretores em conjunto, sendo um deles obrigatoriamente oDiretor Presidente ou um Diretor Vice-Presidente; b) b) b) b) b) por um procurador em conjunto com o Diretor Presidente ou com umDiretor Vice-Presidente; ou c) c) c) c) c) por dois procuradores. Fora da sede social, especialmente perante órgãos da administraçãopública, direta ou indireta, a representação poderá ser feita isoladamente por um diretor ou por um procurador com poderesespecíficos, ressalvada a assunção de obrigações, cessão, renúncia ou qualquer tipo de transação envolvendo direitos dasociedade. Na constituição de procuradores a Sociedade será representada por dois diretores em conjunto, sendo um delesobrigatoriamente o Diretor Presidente ou um Diretor Vice-Presidente. Todos os mandatos, exceto os judiciais, terãoobrigatoriamente prazo de validade, não superior a um ano. ArArArArArt. 7º - Ct. 7º - Ct. 7º - Ct. 7º - Ct. 7º - CONSELHO FISCONSELHO FISCONSELHO FISCONSELHO FISCONSELHO FISCAL AL AL AL AL - A sociedade terá um Conselho Fiscalde funcionamento não permanente, composto de 3 (três) a 5 (cinco) membros efetivos e igual número de suplentes. A eleição,instalação e funcionamento do Conselho Fiscal atenderá aos preceitos dos Artigos 161 a 165 e 277 da Lei nº 6.404/76. ArArArArArt. 8º -t. 8º -t. 8º -t. 8º -t. 8º -ASSEMBLEIA GERASSEMBLEIA GERASSEMBLEIA GERASSEMBLEIA GERASSEMBLEIA GERAL AL AL AL AL - Os trabalhos de qualquer Assembleia Geral serão presididos pelo Diretor Presidente, ou seu substituto, esecretariados por um acionista por ele designado. Cada ação dá direito a um voto. ArArArArArt. 9º - EXERCÍCIO SOCIALt. 9º - EXERCÍCIO SOCIALt. 9º - EXERCÍCIO SOCIALt. 9º - EXERCÍCIO SOCIALt. 9º - EXERCÍCIO SOCIAL - O exercício socialterminará em 31 de dezembro de cada ano sendo, entretanto, facultado o levantamento de balanços intermediários emqualquer data. ArArArArArt. 10 - DESTINAt. 10 - DESTINAt. 10 - DESTINAt. 10 - DESTINAt. 10 - DESTINAÇÇÇÇÇÃÃÃÃÃO DO DO DO DO DO LO LO LO LO LUCRO LÍQUIDUCRO LÍQUIDUCRO LÍQUIDUCRO LÍQUIDUCRO LÍQUIDO O O O O - Juntamente com as demonstrações financeiras, o Conselho deAdministração apresentará à Assembleia Geral Ordinária proposta sobre a destinação do lucro líquido do exercício, observadosos preceitos dos Artigos 186 e 191 a 199 da Lei nº 6.404/76 e as disposições seguintes: 10.1. antes de qualquer outra destinação,serão aplicados 5% (cinco por cento) na constituição da Reserva Legal, que não excederá de 20% (vinte por cento) do capitalsocial; 10.2. será especificada a importância destinada a dividendos aos acionistas, atendendo ao disposto no Artigo 11. ArArArArArt. 11t. 11t. 11t. 11t. 11- DIVIDEND- DIVIDEND- DIVIDEND- DIVIDEND- DIVIDENDO OBRIGAO OBRIGAO OBRIGAO OBRIGAO OBRIGATTTTTÓRIO ÓRIO ÓRIO ÓRIO ÓRIO - Os acionistas têm direito de receber como dividendo obrigatório, em cada exercício, importâncianão inferior a 1% (um por cento) do lucro líquido apurado no mesmo exercício, ajustado pela diminuição ou acréscimo dosvalores especificados nos incisos I, II e III do Artigo 202 da Lei nº 6.404/76. 11.1. A parte do dividendo obrigatório que tiver sidopaga antecipadamente mediante dividendos intermediários à conta da Reserva Especial será creditada à mesma reserva.11.2. Por deliberação do Conselho de Administração poderão ser pagos juros sobre o capital próprio, imputando-se o valor dosjuros pagos ou creditados ao valor do dividendo obrigatório, com base no Artigo 9º, § 7º, da Lei nº 9.249/95. ArArArArArt. 12 - RESERt. 12 - RESERt. 12 - RESERt. 12 - RESERt. 12 - RESERVVVVVAAAAAESPECIAL ESPECIAL ESPECIAL ESPECIAL ESPECIAL - Sob esta denominação será constituída reserva especial objetivando possibilitar a formação de recursos com asseguintes finalidades: a) exercício do direito preferencial de subscrição em aumentos de capital das empresas participadas; b)futuras incorporações desses recursos ao capital social; c) pagamento de dividendos intermediários, distribuíveis pordeliberação do Conselho de Administração, “ad referendum” da Assembleia Geral. 12.1. Esta reserva será formada: a) por valoresprovenientes do saldo do lucro líquido; b) pela parcela revertida da Reserva de Lucros a Realizar para Lucros Acumulados, semprejuízo do cômputo dessa parcela no cálculo do dividendo obrigatório, no exercício em que for feita a reversão; c) pelareversão, nos termos do subitem 11.1, do valor de dividendos intermediários. 12.2. Por proposta do Conselho de Administraçãoserão periodicamente capitalizadas parcelas desta reserva, para que o respectivo montante não exceda o limite de 95%(noventa e cinco por cento) do capital social. O saldo dessa reserva, somado ao da Reserva Legal, não poderá ultrapassar ocapital social. 12.3. A reserva discriminará em subcontas distintas, segundo os exercícios de formação, os lucros destinados à suaconstituição, e o Conselho de Administração especificará os lucros utilizados na distribuição de dividendos intermediários, quepoderão ser debitados em diferentes subcontas em função da natureza dos acionistas.

AAAAATTTTTA SUMA SUMA SUMA SUMA SUMÁRIA DÁRIA DÁRIA DÁRIA DÁRIA DA REUNIÃA REUNIÃA REUNIÃA REUNIÃA REUNIÃO DO DO DO DO DO CO CO CO CO CONSELHO DE ADMINISTRONSELHO DE ADMINISTRONSELHO DE ADMINISTRONSELHO DE ADMINISTRONSELHO DE ADMINISTRAAAAAÇÇÇÇÇÃÃÃÃÃO REALIZADO REALIZADO REALIZADO REALIZADO REALIZADA EM 29 DE ABRIL DE 2011A EM 29 DE ABRIL DE 2011A EM 29 DE ABRIL DE 2011A EM 29 DE ABRIL DE 2011A EM 29 DE ABRIL DE 2011DDDDDAAAAATTTTTA, HORA, HORA, HORA, HORA, HORA E LA E LA E LA E LA E LOCOCOCOCOCAL: AL: AL: AL: AL: Em 29 de abril de 2011, às 18:00 horas, na Av. Paulista, 1938 - 17º andar, em São Paulo (SP).PRESIDENTE: PRESIDENTE: PRESIDENTE: PRESIDENTE: PRESIDENTE: José Carlos Moraes Abreu. QUORUM: QUORUM: QUORUM: QUORUM: QUORUM: A totalidade dos membros. DELIBERDELIBERDELIBERDELIBERDELIBERAAAAAÇÇÇÇÇÕES ÕES ÕES ÕES ÕES TTTTTOMOMOMOMOMADADADADADAS PORAS PORAS PORAS PORAS PORUNANIMIDUNANIMIDUNANIMIDUNANIMIDUNANIMIDADE: ADE: ADE: ADE: ADE: Os Conselheiros deliberaram assim compor os órgãos de administração da Sociedade, para o mandatoanual que vigorará até a posse dos que vierem a ser eleitos na primeira reunião do Conselho de Administração que sucedera Assembleia Geral Ordinária de 2012: CCCCCONSELHO DE ADMINISTRONSELHO DE ADMINISTRONSELHO DE ADMINISTRONSELHO DE ADMINISTRONSELHO DE ADMINISTRAAAAAÇÇÇÇÇÃÃÃÃÃOOOOO: : : : : designar PPPPPrrrrresidenesidenesidenesidenesidenttttteeeee JOSÉ CARLOS MORAESABREU. DIREDIREDIREDIREDIRETTTTTORIA: ORIA: ORIA: ORIA: ORIA: (i) fixar em 10 (dez) o número de cargos a serem providos, sendo Diretor Presidente, 2 (dois) DiretoresVice-Presidentes, 3 (três) Diretores Executivos e 4 (quatro) Diretores Gerentes; (ii) reeleger as pessoas a seguir qualificadas,que atendem às condições prévias de elegibilidade previstas nos Artigos 146 e 147 da Lei nº 6.404/76: DirDirDirDirDiretetetetetor Por Por Por Por Prrrrresidenesidenesidenesidenesidenttttte:e:e:e:e:ALFREDO EGYDIO ARRUDA VILLELA FILHO, brasileiro, casado, engenheiro, RG-SSP/SP 11.759.083-6, CPF 066.530.838-88,domiciliado em São Paulo (SP), na Rua Sansão Alves dos Santos, 102, 5º andar; DirDirDirDirDiretetetetetororororores es es es es VVVVViciciciciceeeee-P-P-P-P-Prrrrresidenesidenesidenesidenesidentttttes: es: es: es: es: RICARDOEGYDIO SETUBAL, brasileiro, casado, advogado, RG-SSP/SP 10.359.999, CPF 033.033.518-99, e RODOLFO VILLELA MARINO,brasileiro, casado, administrador, RG-SSP/SP 15.111.116-9, CPF 271.943.018-81, domiciliados em São Paulo (SP), na Av.Paulista, 1.938, 5º andar; DirDirDirDirDiretetetetetororororores Exes Exes Exes Exes Executivecutivecutivecutivecutivos: os: os: os: os: HENRI PENCHAS, brasileiro, casado, engenheiro, RG-SSP/SP 2.957.281, CPF061.738.378-20, domiciliado em São Paulo (SP), na Av. Paulista, 1.938, Piso Terraço; MÁRIO ANSELONI NETO, brasileiro,casado, engenheiro, RG-SSP/SP 18.137.526-6, CPF 099.445.508-92, e REINALDO RUBBI, brasileiro, casado, engenheiromecânico, RG-SSP/SP 3.430.051, CPF 206.972.448-49, domiciliados em São Paulo (SP), na Av. Paulista, 1.938, 5º andar;DirDirDirDirDiretetetetetororororores Ges Ges Ges Ges Gerererererenenenenentttttes: es: es: es: es: CARLOS ROBERTO ZANELATO, brasileiro, casado, bacharel em direito, RG-SSP/SP 5.143.150,CPF 638.101.908-53, domiciliado em São Paulo (SP), na Av. Paulista, 1.938, 19º andar; EDUARDO JORGE ABRÃO FILHO,brasileiro, casado, engenheiro, RG-SSP/SP 6.951.740, CPF 049.690.758-16, domiciliado em São Paulo (SP), na Av. Paulista,1.938, 17º andar; IRINEU GOVÊA, brasileiro, casado, economista, RG-SSP/SP 4.120.107, CPF 371.823.668-00, e JOÃO CARLOSREDONDO, brasileiro, casado, tecnólogo, RG-SSP/SP 17.915.145-9, CPF 120.130.178-55, domiciliados em São Paulo (SP), naAv. Paulista, 1.938, 19º andar. ENCERRENCERRENCERRENCERRENCERRAAAAAMENTMENTMENTMENTMENTOOOOO::::: Nada mais havendo a tratar e ninguém desejando manifestar-se,encerraram-se os trabalhos, lavrando-se esta ata que, lida e aprovada, foi por todos assinada. São Paulo (SP), 29 de abril de2011. (aa) José Carlos Moraes Abreu - Presidente; Alfredo Egydio Arruda Villela Filho, Laerte Setubal Filho, Maria de LourdesEgydio Villela, Olavo Egydio Setubal Júnior e Ricardo Egydio Setubal - Conselheiros. Certificamos ser a presente cópia fiel daoriginal lavrada em livro próprio. São Paulo (SP), 29 de abril de 2011. (aa) Alfredo Egydio Arruda Vilela Filho - DiretorPresidente; Henri Penchas - Diretor Executivo. Secretaria da Fazenda - Junta Comercial do Estado de São Paulo: certifico oregistro sob nº 209.837/11-1, em 06.06.2011 (a) Kátia Regina Bueno de Godoy - Secretária Geral.

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Ata das Assembleias Gerais Ordinária e ExtraordináriaData: 28 de abril de 2011. Horário: 08:00 horas, Assembleia Geral Ordinária e, em seguida, Assembleia Geral Extraordinária. Local: Sede social, Alameda Santos, 466 - 4º andar, parte, São Paulo - SP. Presença: Acionistas representando a totalidade do capital social e auditoria externa independente, KPMG Auditores Independentes, CRC 2SP 014428/O-6, representada por Alberto Spilborghs Neto, CRC 1SP167455/O-0. Mesa: Rubens Bution - Presidente. Christophe Yvan François Cadier - Secretário. Adilson Herrero - Secretário. Ordem do Dia: Em Assembleia Geral Ordinária - 1. Tomar as contas dos Administradores, examinar, discutir e votar o Relatório da Administração, as Demonstrações Financeiras, o Relatório dos Auditores Independentes e o Resumo do Relatório do Comitê de Auditoria relativos ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2010; 2. Deliberar sobre a destinação do lucro líquido do exercício; 3. Eleger a Diretoria e; 4. Fixar as verbas máximas para remuneração da Diretoria e para participação nos lucros dos Diretores. Em Assembleia Geral Extraordinária: Examinar, discutir e votar as seguintes Propostas da Diretoria: “Senhores Acionistas:(i) As Demonstrações Financeiras do exercício encerrado em 31 de dezembro de 2010 acusam excesso de reservas em relação ao capital social, razão pela qual a Diretoria propõe o aumento do capital social em R$ 2.186.254,60 (dois milhões, cento e oitenta e seis mil, duzentos e cinquenta e quatro reais e sessenta centavos), elevando-o de R$ 30.000.000,00 (trinta milhões de reais) para R$ 32.186.254,60 (trinta e dois milhões, cento e oitenta e seis mil, duzentos e cinquenta e quatro reais e sessenta centavos), visando eliminar referido excesso. (ii) A Diretoria sugere que esse aumento seja levado a efeito mediante a capitalização de igual valor a ser retirado da conta “Reservas Estatutárias - Reserva para Aumento de Capital”, sem emissão de novas ações. Dada a natureza desse aumento, não haverá incidência de qualquer ônus fiscal para a Sociedade nem para os seus acionistas. (iii) A Diretoria propõe ainda: (a) elevar o capital social em mais R$ 813.745,40 (oitocentos e treze mil, setecentos e quarenta e cinco reais e quarenta centavos), passando o capital social de R$ 32.186.254,60 (trinta e dois milhões, cento e oitenta e seis mil, duzentos e cinquenta e quatro reais e sessenta centavos) para R$ 33.000.000,00 (trinta e três milhões de reais), com a emissão de 310.590 (trezentos e dez mil quinhentos e noventa) ações ordinárias nominativas, sem valor nominal;(b) fixar o preço de emissão das referidas ações em R$ 2,62 (dois reais e sessenta e dois centavos) por ação; (c) que as ações relativas a esse aumento de capital sejam integralizadas mediante a utilização de créditos de acionistas decorrentes do pagamento de juros sobre o capital próprio pela Sociedade e (d) que a Assembleia Geral estabeleça as demais condições dos aumentos de capital ora propostos. (iv) A Diretoria propõe, finalmente, a consequente reforma do Artigo 5º do Estatuto Social. São Paulo, 24 de março de 2011. Rubens Bution. Antônio Cesar Santos Costa. Christophe Yvan François Cadier. Fábio Alberto Amorosino”. Publicações: Demonstrações Financeiras, Notas Explicativas, Relatórios da Administração e dos Auditores Independentes relativos ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2010: Diário Oficial do Estado de São Paulo e Diário do Comércio, edições de 23/03/2011. Leitura de Documentos: Todos os documentos citados no item 1 da Ordem do Dia da Assembleia Geral Ordinária e a Proposta da Diretoria foram lidos e colocados à disposição dos acionistas para consulta. Deliberações Tomadas em Assembleia Geral Ordinária:Após análise e discussão, os acionistas, com abstenção dos legalmente impedidos, deliberaram por unanimidade: 1. Aprovar as contas dos Administradores, o Relatório da Administração, as Demonstrações Financeiras com base nos padrões contábeis exigidos pelo Banco Central do Brasil (BRGAAP) e também aquelas com base nos padrões contábeis internacionais (IFRS), o Relatório dos Auditores Independentes e o Resumo do Relatório do Comitê de Auditoria relativos ao exercício encerrado 31 de dezembro de 2010; 2. Aprovar a destinação do lucro líquido do exercício, já refletida nas demonstrações financeiras, sendo a importância de R$ 317.825,17 para Reserva Legal e o saldo remanescente do lucro líquido, de R$ 6.038.678,26, para Reservas Estatutárias e distribuição, a saber: R$ 3.835.771,45 para Reserva para Aumento de Capital e R$ 426.196,77 para ReservaEspecial para Dividendos; bem como ratificar o pagamento de juros sobre o capital próprio relativos ao 1º e 2º semestres de 2010, no montante de R$ 1.776.710,04, já distribuídos e imputados ao valor do dividendo obrigatório de 2010; 3. Reeleger, para compor a Diretoria com mandato até a posse dos eleitos na Assembleia Geral Ordinária de 2012: para Diretor Presidente - Rubens Bution, CPF/MF nº 012.626.258-66 - RG nº 9.541.400-SSP-SP, brasileiro, separado judicialmente, contador, residente e domiciliado em São Paulo - SP; e, para Diretores sem designação especial: Antonio César Santos Costa, CPF/MF nº 269.855.436-34 - RG nº M-748.863-SSP-MG, brasileiro, casado, engenheiro civil, residente e domiciliado em São Paulo-SP, Christophe Yvan François Cadier, CPF/MF nº 128.492.178-67 - RG nº 9.895.807-SSP-SP, brasileiro, casado, advogado, residente e domiciliado em São Paulo-SP e Fábio Alberto Amorosino, CPF/MF nº 073.874.508-11 - RG nº 12.854.760 - SSP-SP, brasileiro, casado, administrador de empresas, residente e domiciliado em São Paulo - SP, todos com escritório na Alameda Santos, nº 466. Os Diretores preenchem as condições prévias de elegibilidade previstas nos artigos 146 e 147 da Lei nº 6.404/76 e na Resolução nº 3.041/02 do Conselho Monetário Nacional e não estão incursos em crime algum que vede a exploração de atividade empresarial; 4. Fixar em até R$ 112.000,00 (cento e doze mil reais) mensais, livre de imposto de renda na fonte, a verba máxima para remuneração da Diretoria, nos termos do Estatuto Social, a vigorar a partir do mês de abril corrente, verba essa que poderá ser reajustada com base no IGP-M/FGV. Caberá à Diretoria deliberar, em reunião, sobre a forma de distribuição dessa verba entre os seus membros. Poderá a Sociedade proporcionar aos seus administradores transporte individual e, para alguns, serviço de segurança; 5. Atribuir aos administradores, na forma do Estatuto Social, uma participação de até 76 (setenta e seis) milésimos do lucro líquido ajustado relativo ao último exercício, cabendo à Diretoria deliberar sobre a forma de distribuição dessa verba entre os seus membros. Em Assembleia Geral Extraordinária: Após análise e discussão, os acionistas, com abstenção dos legalmente impedidos, deliberaram, por unanimidade: 1. Autorizar a elevação do capital social em R$ 2.186.254,60 (dois milhões, cento e oitenta e seis mil, duzentos e cinquenta e quatro reais e sessenta centavos), sem emissão de novas ações, mediante a capitalização de igual valor a ser retirado da conta “Reserva para Aumento de Capital”, passando o capital social de R$ 30.000.000,00 (trinta milhões de reais) para R$ 32.186.254,60 (trinta e dois milhões, cento e oitenta e seis mil, duzentos e cinquenta e quatro reais e sessenta centavos); 2. Autorizar novaelevação do capital social, em mais 813.745,40 (oitocentos e treze mil, setecentos e quarenta e cinco reais e quarenta centavos), com a emissão de 310.590 (trezentos e dez mil quinhentos e noventa) ações ordinárias nominativas, sem valor nominal, nos precisos termos da Proposta da Diretoria;3. Fixar em R$ 2,62 (dois reais e sessenta e dois centavos) o preço unitário de emissão das ações;4. Dispensar a fixação do prazo para o exercício do direito de preferência legal na subscrição das ações, bem como a publicação do respectivo Aviso aos Acionistas, para que as subscrições pudessem se processar livre e imediatamente; 5. Declarar que as ações relativas ao aumento de capital ora autorizado haviam sido integralmente subscritas e realizadas mediante a utilização de créditos, nos precisos termos da Proposta da Diretoria, conforme lista de subscrição que se encontrava sobre a mesa; 6. Em consequência das deliberações tomadas nos itens anteriores, reformar o Artigo 5º do Estatuto Social, que passa a ser assim redigido: “Art. 5º - O capital social é de R$ 33.000.000,00 (trinta e três milhões de reais), integralmente realizado e dividido em 24.732.721 (vinte e quatro milhões, setecentos e trinta e dois mil e setecentos e vinte e uma) ações ordinárias, nominativas, sem valor nominal”; 7. Autorizar a publicação desta ata nos termos do parágrafo 1º, do Artigo 130 da Lei de Sociedades por Ações. Lida e aprovada, vai esta assinada pelos presentes. São Paulo, 28 de abril de 2011. Rubens Bution - Presidente da Mesa, Christophe Yvan François Cadier - Secretário, Adilson Herrero - Secretário. Os Acionistas: Administradora Fortaleza Ltda. a.) Aloysio de Andrade Faria. Alfa Holdings S.A. a.a.) Paulo Guilherme M. L. Ribeiro. Christophe Yvan François Cadier. Consórcio Alfa de Administração S.A. a.a.) Paulo Guilherme M. L. Ribeiro. Ricardo Ananias de Oliveira. Metro Tecnologia Informática Ltda. a.a.) Adilson Herrero. José Elanir de Lima. Esta ata é cópia fiel da original lavrada em livro próprio. Christophe Yvan François Cadier - Secretário. Certidão. Junta Comercial do Estado de São Paulo. Certifico o registro sob o nº 208.945/11-8, em 03/06/2011.Kátia Regina Bueno de Godoy - Secretária Geral. Banco Alfa S.A. CNPJ/MF nº 03.323.840/0001-83 e NIRE 35 3 0017275 2. Boletim de Subscrição do aumento do capital social de R$ 32.186.254,60 (trinta e dois milhões, cento e oitenta e seis mil, duzentos e cinquenta e quatro reais e sessenta centavos) para R$ 33.000.000,00 (trinta e três milhões de reais), sendo o aumento de R$ 813.745,40 (oitocentos e treze mil, setecentos e quarenta e cinco reais e quarenta centavos), com a emissão de 310.590 (trezentos e dez mil quinhentos e noventa) ações ordinárias nominativas, sem valor nominal, integralizadas no ato, mediante a utilização de créditos relacionados ao pagamento de juros sobre o capital próprio relativos ao segundo semestre de 2010, autorizado pela Assembleia Geral Extraordinária de 28/04/2011. Subscritor. Ações Ordinárias Subscritas. Valor - R$. Realização 100%. Administradora Fortaleza Ltda., CNPJ/MF nº 17.167.321/0001-88, sociedade com sede na Alameda Santos nº 466 - São Paulo - SP. 16. 41,92. Alfa Holdings S.A., CNPJ/MF nº 17.167.396/0001-69,sociedade com sede na Alameda Santos nº 466 - São Paulo - SP. 54.209. 142.027,58. Consórcio Alfa de Administração S.A., CNPJ/MF nº 17.193.806/0001-46, sociedade com sede na Alameda Santos nº 466 - São Paulo - SP. 54.209. 142.027,58. Metro Tecnologia Informática Ltda., CNPJ/MF nº 46.568.226/0001-94, sociedade com sede na Alameda Santos nº 466 - 11º andar - São Paulo - SP.202.156. 529.648,32. Total. 310.590. 813.745,40. São Paulo, 28 de abril de 2011. Banco Alfa S.A.Christophe Yvan François Cadier - Diretor.

P U B L I C I D A D EFone: 11 3244-3344Fax: 11 3244-3894

Maior cobertura pelo menor preço

O Jornal do Empreendedor

Sem dúvida o continente europeu superará a crise e emergirá mais forte.Angela Merkel, chanceler alemãeconomia

Merkel: criseserá superada.

Achanceler alemã, AngelaMerkel, disse ontem ao pre-

sidente dos Estados Unidos, Ba-rack Obama, que a Europa irá su-perar sua crise da dívida sobera-na e emergirá com mais força. Adeclaração foi divulgada peloporta-voz de Merkel, Steffen Sei-bert, à emissora alemã ARD.

Merkel manteve essa conver-sa em um jantar privado, na noi-te de segunda-feira, durante suavisita aos EUA. Ela afirmou que"sem dúvida" o continente eu-ropeu superará a crise da dívidae emergirá "mais forte, maiscompetitivo e mais sólido".

A visita é apresentada pelosdois governos como uma for-ma de reforçar uma parceria detrabalho, como informou oWa l l S t r e e t J o u r n a l . Merkela p r e s e n t o u a O b a m a s u a sações para lidar com a crise dadívida europeia, ainda uma im-portante preocupação, sobre-tudo nas economias da zona doeuro da Grécia e de Portugal.

D issonâncias – Os EUA e aAlemanha já demonstraram di-ferenças em importantes pon-tos de política econômica recen-temente. O ministro de Finançasalemão, Wolfgang Schauble, umaliado próximo de Merkel, disseque a ação de novembro do Fe-deral Reserve (Fed, o banco cen-tral dos EUA) de comprar maisUS$ 600 bilhões em títulos paraestimular a economia norte-americana poderia pressionarnegativamente a recuperaçãoglobal. Já o secretário de Tesou-ro dos EUA, Timothy Geithner, vi-sitou Schauble em maio em Ber-lim, para pedir que a Alemanhaaja mais decisivamente para for-talecer os parceiros da zona doeuro em dificuldade. (AE)

Grécia: menos impostos.

Ogoverno grego es-tuda diminuir em2012 alguns tiposde impostos sobre

o valor agregado (IVA) e de tri-butos incidentes sobre socie-dades – uma medida propostapela oposição conservadora ecom a que o primeiro-minis-tro, Georgios Papandreou,quer ganhar apoio ao plano deausteridade para evitar a que-bra do país. A televisão públi-ca Net citou ontem fontes doMinistério das Finanças ao ex-plicar que essa medida redu-ziria o IVA em três pontos e oimposto de sociedades emcinco, deixando-o em 15%.

A proposta de mudança che-gará ao Parlamento em setem-bro, fora do pacote econômicopactuado entre Atenas com oFundo Monetário Internacio-nal (FMI) e a União Europeia(UE) para manter aberto o flu-xo de ajudas às maltratadas fi-nanças do país mediterrâneo.

Segundo a agência de notí-cias Ana, o ministro das Finan-ças grego, Georgios Papacons-tantinou, expressou na véspe-ra a intenção do governo de in-

corporar a esse pacote outraspropostas da oposição.

Estas propostas sugerem"na reserva" parte dos funcio-nários que vão perder o empre-go no processo de fusão e no fe-chamento de empresas esta-tais. Esses trabalhadores man-teriam um salário-mínimo àespera de seus serviços seremnovamente necessários. Outraproposta é que os gregos comcapital no estrangeiro invis-tam no país sem precisar reve-lar a origem do dinheiro.

O primeiro-ministro gregose encontrou ontem com de-putados e dirigentes de seupartido para explicar a neces-sidade de ratificar essa estra-tégia de austeridade.

Na segunda-feira, duranteo conselho de ministros, asmaiores objeções de alguns in-tegrantes do governo estavamnos planos para aumentar osimpostos de propriedadeimobiliária, as demissões defuncionários, os cortes de sa-lários e na previdência e a pri-

vatização das empresas queatuam nos segmentos de abas-tecimento de água e forneci-mento de energia elétrica.

Papandreou convocou parahoje um novo conselho de mi-nistros para ratificar o progra-ma de economia, passo prévioà apresentação nesta semanano Parlamento, onde deve servotado até o fim do mês.

P ro t e s t o – Dezenas de mi-lhares de gregos responde-ram no domingo à chamadadas redes sociais para protes-tar contra o último acordo dogoverno com a UE e o FMI.

A chamada foi direcionadapara todos os gregos e euro-peus, como um convite a cemcidades europeias e especial-mente, a Madri, onde está pre-visto que uma gigantesca telatransmita ao vivo na Porta doSol o que ocorre em Atenas.

Os sindicatos majoritáriosconvocaram uma greve geralde 24 horas para 15 de junho, eos trabalhadores de empresasestatais que devem ser priva-tizadas convocaram outra pa-ralisação para 9 de junho emAtenas e Salônica. (EFE)

Governo estuda redução de algumas contribuições para ganhar apoio ao plano de austeridadeLouisa Gouliamaki/AFP

A Grécia deverá ter novas greves nos dias 9 e 15 deste mês

Lagarde quer apoio de Índia e ChinaAÍndia não garantiu seu

apoio à ministra deFinanças da França,

Christine Lagarde, em suacandidatura à diretoria doFundo MonetárioInternacional (FMI). Lagardeesteve na segunda-feira nopaís, depois de ter visitado oBrasil na semana passada, eseguiu ontem para a China,onde ficará dois dias.

Pranab Mukherjee, ministrode Finanças indiano, afirmouquerer que a seleção para ocargo de diretor-geral do FMIseja baseada no mérito e feitapor meio de um processotransparente. O ministro dissetambém que um amploconsenso é necessário para

nomear o próximo ocupantedo cargo. "A Índia gostaria defazer parte desse consenso enós estamos trabalhandojunto com outros países,particularmente os do grupoBrics", declarou Mukherjee.

Os países do Bric (Brasil,Rússia, Índia, China e Áfricado Sul) têm criticado avontade da Europa de semanter no FMI, mas até agoranão conseguiram chegar aum acordo sobre umcandidato que possamapresentar. "Por enquantonão é possível dizer se haveráum candidato comum ounão", disse o ministro indiano.

Ch i n a – Lagarde estávisitando alguns países em

busca de apoio para suacandidatura. Ontem, acandidata se reuniu com ovice-pr imeiro-ministrochinês, Wang Qishan, com opresidente do Banco do Povoda China (PBOC, bancocentral do país), ZhouXiaochuan, e com o ministrode Finanças, Xie Xuren.

O governo da França temafirmado que a China apoia acandidatura de Lagarde, masPequim ainda não confirmoua informação. Alguns analistasponderam que a Chinaprovavelmente não vai imporum obstáculo a Lagarde se elaconseguir apoio suficiente deoutros países.

A visita de Lagarde a Brasil,

Índia e China reflete acrescente influência dessaseconomias. No entanto,nações asiáticas e outras emdesenvolvimento geralmentetêm dificuldades para chegara um consenso sobrecandidatos para cargosimportantes. Esse fato,somado à rápida renúncia deDominique Strauss-Kahn aocargo de diretor-geral do FMI,em razão de acusações deagressão sexual, acabaramgarantindo que um europeusurgisse como o principalcandidato para o posto.

Recentemente, tambémvisitou o Brasil o candidadomexicano ao posto, AgustínCarstens. (Com AE)

Page 20: Diário do Comércio

quarta-feira, 8 de junho de 201120 DIÁRIO DO COMÉRCIO

economia

CORES MILIONARIASA Casa Cor, o mais

importante evento dedecoração do País,

comemora bodas deprata. A feira teve

início modestoem São Paulo.

ACasa Cor, o maisimportantes even-tos de decoraçãodo País, começou

em 1987. De lá para cá, muitacoisa mudou. De uma peque-na mostra, 25 anos depois tor-nou-se uma grife rentável, ca-paz de movimentar R$ 100milhões de reais. O montanterepresenta um aumento de20%, em relação ao fatura-mento registrado em 2010.

Há ainda as "divisões" doevento: Casa Cor, com tendên-cias em decoração, arquitetu-ra e paisagismo; a Casa Kids,voltada para o universo infan-til; a Casa Hotel, destinada aosprofissionais de hotelaria, e a

Casa Talento, uma oportuni-dade para os novos talentosda arte e do design mostraremseus trabalhos. Além disso, agrife está presente tambémem produtos licenciados e li-vros. A Casa Cor, atualmente,acontece em 17 cidades brasi-leiras e em quatro países.

Por enquanto, a Casa Cor épensada e organizada para aclasse A. Mas a alta na renda dopúblico que integra os seg-mentos C e D está inspirandoideias aos organizadores doevento. De acordo com o presi-dente da Casa Cor, Angelo De-renze, a classe C, que perten-cia, há pouco tempo, à classe D,vai alcançar a B rapidamente.

"O setor tem que se prepararpara isso. Em breve muitas no-vidades serão anunciadas pa-ra atender todos os públicos",disse Derenze.

Os participantes da CasaCor também percebem, nosnegócios, a participação daclasse C. Mas, no caso das só-cias da Zero11 Arquitetura,empresa que só atende a clas-se A, Mariana Bottini e ElisaGontijo, a tendência só as fa-voreceu. "Como mais pessoaspassaram a ter acesso a pro-dutos de luxo, quem está naclasse A exige cada vez maisexclusividade. Isso é um de-safio para os profissionais: osclientes querem peças, acaba-mentos, fornecedores exclu-sivos - e pagam a mais por is-so", afirmou Elisa.

Elisa e Mariana são respon-sáveis pelo Bangalô da CasaCor. Elas investiram R$ 350 milno projeto, com produtos im-portados, que deram um araconchegante a um ambientede luxo. "O retorno é garanti-

do. A expectativa é de que o in-vestimento gere um fatura-mento de R$ 1 milhão até o fi-nal do ano. Nosso público é ohoteleiro", detalhou Mariana.

C el eb ri da de – Os arquite-tos Isabela Augusto de Lima eJoão Meirelles, responsáveispela suíte celebridade do can-tor Ney Matogrosso na CasaCor, participam pela primeiravez da mostra. Eles desenvol-veram um projeto intimista,com tendência clássica e tecno-logia. E já registraram cresci-mento na procura pelos servi-ços da empresa. "O retorno foiimediato. Depois da divulga-ção da mostra, fechamos oitograndes projetos em sete se-manas", disse Isabela. A alta nofaturamento, no segundo se-mestre deste ano, em relação aigual período de 2010, será depelo menos 40%. "Participarda Casa Cor é muito positivo",acrescentou Meirelles.

Para o gerente comercial doGrupo Fortaleza, Gustavo Me-ra, estar na Casa Cor é uma ma-neira de reforçar o relaciona-mento com os profissionais es-pecializados em decoração earquitetura, além de expor osprodutos para o cliente final.

Mera garantiu que a partici-pação no evento será respon-sável pelo aumento de pelomenos 15% nos negócios no se-gundo semestre. "A expectati-va é de que as vendas apresen-tem alta de 25% em 2011, emcomparação ao ano passado."

O Grupo Fortaleza tem 12lojas: uma com a marca Vitri-ne, localizada nos Jardins, emSão Paulo, e as demais com agrife Home & Office , queatende a público diverso.

Expectativa é deque as vendasapresentem altade 25% em 2011.

GU S TAVO MER A,DO GRU P O FOR TALEZA

Os clientesquerempeças eacabamentoexclusivos.

ELISA GO N T I J O, DA

ZER O11 (À DIR.),E A SÓCIA MARIANA.

Neide Martingo

CASA COR

Novidades damoda, luxo enúmerosexpressivos,em um só local.A marca CasaCor gera hojeR$ 100 milhõesem negócios.

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Fotos Newton Santos/Hype

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