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COLÉGIO PEDRO II - U.E. SÃO CRISTÓVÃO III. PASTA DE HISTÓRIA COORDENADOR: PAULO SEABRA 1ª SÉRIE – ENSINO MÉDIO TURMA: DATA: PROFESSOR RODRIGO MOURÃO A COLÔNIA PORTUGUESA NA AMÉRICA I DIÁRIO DO “DESCOBRIMENTO” Segunda-Feira, 9 de Março de 1500 Uma tripulação de aproximadamente 1.500 homens, em 10 naus e 3 caravelas, capitaneadas por Pedro Álvares Cabral, parte de Lisboa. Quarta-feira, 22 de abril – No fim da tarde, a frota de Cabral avistou o cume do monte Pascoal. Ao crepúsculo, 24 km da praia e a uma profundidade de 34 metros, os navios lançaram âncoras. Quinta-feira, 23 de Abril – Às 10h da manhã os navios ancoraram defronte da foz do rio Caí. Nicolau Coelho, veterano das Índias, foi até a praia num bote, e lá fez o primeiro contato com 18 nativos. Sexta-feira, 24 de Abril – Por conselho dos pilotos, a armada levantou âncora e partiu em busca de melhor porto. Encontraram-no seguro, 70km mais ao norte. Ali, dois nativos subiram a bordo. Pouco falaram e logo dormiram a bordo. Sábado, 25 de Abril – Bartolomeu Dias, Nicolau Coelho e Pero Vaz de Caminha foram à praia e encontraram cerca de 200 indígenas. Houve troca de presentes de pouco valor. Domingo, 26 de Abril – Frei Henrique de Coimbra, franciscano, rezou a primeira missa em solo, na Coroa Vermelha. Houve grande confraternização entre nativos e estrangeiros ao longo de todo domingo. Segunda-feira, 27 de Abril – Diogo Dias e dois degredados visitaram a aldeia dos tupiniquins, erguida a uns 10km da praia. Não lhes foi permitido dormir lá. Terça-feira, 28 de Abril – Os portugueses fizeram lenha, lavaram roupa, tomaram banho e prepararam uma grande cruz. Quarta-feira, 29 de Abril – Ao longo de todo o dia, o navio dos mantimentos, que seria enviado a Portugal, foi esvaziado completamente. Quinta-feira, 30 de Abril – Cabral e os capitães desembarcaram. Na praia, havia uns 400 índios, com os quais passaram o dia dançando e cantando. Sexta-feira, 1 de maio – A tripulação deixou os navios, e fez uma procissão para o erguimento da cruz. Sábado, 2 de maio – A esquadra partiu para Calicute, o navio dos mantimentos foi para Portugal. Dois grumetes da nau Capitânia desertaram. Na praia, aos prantos, são deixados dois degredados.

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Material didático produzido por mim para aulnos do Colégio Pedro II - UESC III

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COLÉGIO PEDRO II - U.E. SÃO CRISTÓVÃO III.PASTA DE HISTÓRIA COORDENADOR: PAULO SEABRA

1ª SÉRIE – ENSINO MÉDIO TURMA: DATA:

PROFESSOR RODRIGO MOURÃO

A COLÔNIA PORTUGUESA NA AMÉRICA IDIÁRIO DO “DESCOBRIMENTO”

Segunda-Feira, 9 de Março de 1500 – Uma tripulação de aproximadamente 1.500 homens, em 10 naus e 3 caravelas, capitaneadas por Pedro Álvares Cabral, parte de Lisboa.

Quarta-feira, 22 de abril – No fim da tarde, a frota de Cabral avistou o cume do monte Pascoal. Ao crepúsculo, 24 km da praia e a uma profundidade de 34 metros, os navios lançaram âncoras.

Quinta-feira, 23 de Abril – Às 10h da manhã os navios ancoraram defronte da foz do rio Caí. Nicolau Coelho, veterano das Índias, foi até a praia num bote, e lá fez o primeiro contato com 18 nativos.

Sexta-feira, 24 de Abril – Por conselho dos pilotos, a armada levantou âncora e partiu em busca de melhor porto. Encontraram-no seguro, 70km mais ao norte. Ali, dois nativos subiram a bordo. Pouco falaram e logo dormiram a bordo.

Sábado, 25 de Abril – Bartolomeu Dias, Nicolau Coelho e Pero Vaz de Caminha foram à praia e encontraram cerca de 200 indígenas. Houve troca de presentes de pouco valor.

Domingo, 26 de Abril – Frei Henrique de Coimbra, franciscano, rezou a primeira missa em solo, na Coroa Vermelha. Houve grande confraternização entre nativos e estrangeiros ao longo de todo domingo.

Segunda-feira, 27 de Abril – Diogo Dias e dois degredados visitaram a aldeia dos tupiniquins, erguida a uns 10km da praia. Não lhes foi permitido dormir lá.

Terça-feira, 28 de Abril – Os portugueses fizeram lenha, lavaram roupa, tomaram banho e prepararam uma grande cruz.

Quarta-feira, 29 de Abril – Ao longo de todo o dia, o navio dos mantimentos, que seria enviado a Portugal, foi esvaziado completamente.

Quinta-feira, 30 de Abril – Cabral e os capitães desembarcaram. Na praia, havia uns 400 índios, com os quais passaram o dia dançando e cantando.

Sexta-feira, 1 de maio – A tripulação deixou os navios, e fez uma procissão para o erguimento da cruz.

Sábado, 2 de maio – A esquadra partiu para Calicute, o navio dos mantimentos foi para Portugal. Dois grumetes da nau Capitânia desertaram. Na praia, aos prantos, são deixados dois degredados.

NOMES DO BRASIL:PINDORAMA – Indígena ILHA DE VERA CRUZ – 1500

TERRA NOVA – 1501 TERRA DOS PAPAGAIOS – 1501

TERRA DA VERA CRUZ – 1503 TERRA DE SANTA CRUZ – 1503 TERRA SANTA CRUZ DO BRASIL – 1505 TERRA DO BRASIL – 1505 BRASIL – a partir de 1527

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A GRADATIVA TOMADA DE POSSE: EM NOME DA FÉ, DO REI E DA LEIA ADMINISTRAÇÃO COLONIAL

A instauração de uma colônia portuguesa no território americano não se deu imediatamente após a tomada de posse por Pedro Álvares Cabral, em 1500. Portugal mantinha seus recursos voltados para o comércio oriental, deixando o território americano, por alguns anos, numa posição secundária, visto que aqui não haviam sido encontrados metais preciosos nem produtos similares ao rentável comércio afro-asiático. A única preocupação com o território recém-conquistado era a de garantir a sua posse diante das contínuas investidas de outros países europeus.

A primeira expedição exploradora enviada à América lusa, em 1501, foi chefiada por Gaspar de Lemos. Além de nomear diversas localidades litorâneas, como a Baía de Todos os Santos e o lugarejo de São Sebastião do Rio de Janeiro, confirmou a existência do pau-brasil, madeira da qual se extraía um corante já utilizado na Europa para o tingimento de tecidos. Em 1503, outra expedição, chefiada por Gonçalo Coelho, fundou feitorias no litoral fluminense, visando à armazenagem da madeira e ao carregamento de navios. Administrados pelos feitores, muitos desses entrepostos eram fortificações que garantiam a posse lusa em detrimento de outros conquistadores. Ao formarem plantios e se dedicarem à criação de animais para o sustento, transformavam-se, também, em núcleos colonizadores. Devido à abundância de pau-brasil no litoral brasileiro, Portugal estabeleceu o estanco (Estanco é a extração de bens por particulares com concessão do proprietário, ou no caso, do monarca.), ou seja, o monopólio real sobre a exploração do produto. Mais à frente, diante da inexistência de braços europeus suficientes nas embarcações e nas feitorias, utilizou-se mão-de-obra dos nativos indígenas para garantir a extração de madeira. Por meio do escambo (troca), os indígenas realizavam o corte e o transporte da madeira e recebiam por isso objetos vistosos, mas de pouco valor, como espelhos, miçangas e instrumentos de ferro. Mais tarde o escambo variou nos produtos trocados: armas de fogo, pólvora, cavalos, espadas, em troca de farinhas, milho e "peças". "Peças" eram os chamados "negros da terra", isto é, índios aprisionados para serem escravizados. Por conseqüência, esse tipo de escambo estimulou as guerras inter-tribais. A extração do pau-brasil atraía também os contrabandistas estrangeiros,. o que levou o governo português a enviar, , expedições militares ao litoral brasileiro, em 1516 e 1526. Passados 30 anos da chegada de Cabral, diante da progressiva crise do comércio com o Oriente e das ameaças estrangeiras ao domínio sobre seu território na América, Portugal voltou-se para a efetiva colonização dessas terras. Foram organizadas expedições colonizadoras, sendo a primeira delas comandada por Martim Afonso de Souza, que aqui chegou em 1531.

Com o início da crise do comércio com o Oriente, o tratamento dispensado às terras americanas passou a ser outro. Para garantir a defesa do território, dar sustentação ao escambo do pau-brasil e empreender a descoberta de metais e pedras preciosas, o governo português iniciou sua política de povoamento. Era necessário tornar mais lucrativos os domínios Atlânticos. Em 1532, Martim Afonso de Sousa fundou a vila de São Vicente, a primeira na América portuguesa, numa região próxima aos domínios castelhanos ao sul do continente, procurando inibir suas incursões nos territórios lusos e, ao mesmo tempo, ameaçar o controle espanhol sobre a região do Rio da Prata. Mudas de cana-de-açúcar e colonos com experiência no seu cultivo e na produção do açúcar foram trazidos para a América pelo capitão-mor.

CAPITANIAS HEREDITÁRIAS Em 1534, a Coroa portuguesa resolveu lançar mão de um sistema denominado capitanias hereditárias, visando atrair investimentos privados. Nesse sistema, particulares recebiam grandes extensões de terras, sendo encarregados de promover o povoamento, realizar a exploração econômica e exercer o governo, o comando militar e os poderes de justiça. O sistema de capitanias não garantiu aos portugueses o domínio das novas terras. Conflitos com tribos indígenas e certo desinteresse demonstrado por alguns donatários, que sequer vieram conhecer suas capitanias, provocaram o fracasso da experiência colonizadora. Mas a principal dificuldade estava em estabelecer uma atividade econômica estável que sustentasse a ocupação e o povoamento.

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O cargo de provedor-mor pressupunha: assessorar o governador na Bahia; encarregar-se da correspondência administrativa; construir casas de alfândega na Bahia; acompanhar o governador nas inspeções pelas capitanias; controlar a fiscalização tributária; exigir prestação de contas das receitas das capitanias.

O ouvidor-mor estava autorizado a condenar até a pena de morte. O réu só podia recorrer se não houvesse coincidência de opinião com o governador. Aí, os autos seriam remetidos a Lisboa, à instância superior.

O capitão-mor incumbia-se da defesa geral do Brasil. Freqüentemente, era o Governador que acumulava essa função.

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Por mais que o trabalho de derrubada das árvores de pau-brasil estivesse integrado à vida dos nativos, em pouco tempo o recebimento de bugigangas européias deixou de despertar seu interesse. Apenas as capitanias de Pernambuco e São Vicente tiveram desempenho satisfatório, devido à implementação mais sistemática do cultivo da cana-de-açúcar, o que já apontava a solução para o controle efetivo das novas possessões.

O GOVERNO GERAL No sistema das Capitanias Hereditárias, faltava um órgão que centralizasse a ação da administração portuguesa no Brasil. A excessiva autonomia das capitanias era prejudicial à Coroa porque cada donatário acabava por adotar práticas próprias. Alguns deles tentaram relacionar-se diretamente com o rei, mas os entraves burocráticos e a distância geográfica dificultavam essa ação. Além disso, como haviam sido encontradas riquíssimas minas de prata em Potosí (na atual Bolívia), a atenção de nações da Europa estava atraída para o sul do continente americano e navios de outros reinos europeus rondavam as costas brasileiras. Por tudo isso e mais os problemas da resistência dos índios e a exigência do governo português para que fosse respeitado o monopólio real do pau-brasil, houve necessidade de criar um centro que coordenasse a colonização. A solução foi a implantação, em 1548, do governo-geral, seguida da criação dos cargos de provedor-mor, ouvidor-mor e capitão-mor. Alguns donatários não viram com bons olhos a criação desse órgão. Sentiram-se ameaçados em sua autonomia. Duarte Coelho, da capitania de Pernambuco, praticamente ignorou a existência do governo-geral. D. João III assinou um Regimento regulamentando as atribuições do governador-geral e sua autoridade. Esse documento foi trazido pelo primeiro governador-geral, Tomé de Souza (1549-1553). Entre outras medidas, determinava:

Concessão de terras aos índios "amigos"; Pena de morte para os que escravizassem abusivamente os indígenas; Proibição de distribuição de armas aos índios; Expulsão dos corsários das costas; Obrigação dos capitães e senhores de engenho de erguerem torres e barricadas de defesa; Estímulo à construção de navios; Resguardo do monopólio do pau-brasil; Fiscalização dos rendimentos das capitanias; Concessão das sesmarias; Exploração das potencialidades do sertão; Exploração e fiscalização de toda a costa.

Os governadores-gerais tiveram dificuldades para impor sua autoridade, devido às resistências dos capitães donatários e dos fazendeiros e à extensão do território a ser administrado. Nas vilas e cidades coloniais foram criadas as câmaras municipais, encarregadas das funções administrativas, judiciais, policiais e financeiras locais. Nas eleições de seus ocupantes só podiam participar os chamados "homens bons", ou seja, homens de posses, fazendeiros, clérigos, funcionários do reino e nobres. Excluíam-se, portanto, mulheres, escravos, pobres, judeus, estrangeiros e pessoas que desenvolvessem trabalhos manuais. Com elevado grau de autonomia, as câmaras eram o principal espaço de expressão dos interesses dos poderosos da colônia. À medida que se ampliavam os negócios na América, devido ao desenvolvimento da lavoura açucareira, a ocupação lusitana progredia. A produção de açúcar atraiu portugueses que vieram formar

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os primeiros núcleos populacionais com a fundação de vilas e da cidade de Salvador, primeira capital e sede do governo até 1763.

"GOSTARIA DE VER O TESTAMENTO DE ADÃO!" Com essas palavras, o rei Francisco I, da França, contestava a divisão do mundo entre Portugal e Espanha, acertada no Tratado de Tordesilhas. Sentindo-se marginalizados, ingleses e franceses apossaram-se de territórios que, de acordo com os tratados da Igreja, deveriam pertencer a portugueses e espanhóis. Os franceses estiveram no litoral brasileiro desde os primeiros tempos da extração de pau-brasil. Na França, havia sérios conflitos entre católicos e calvinistas, que sofriam perseguições. Por isso, Nicolas Durand de Villegaignon, almirante e corsário francês, idealizou a fundação de uma colônia na América que pudesse acolhê-los. O rei francês Henrique II, apesar de católico, apoiou a iniciativa como forma de acelerar a expansão marítima francesa com investimento de capitais calvinistas. O financiamento da invasão foi feito pelo almirante francês Comte Coligny, um dos chefes protestantes na França. O local escolhido para a fundação da colônia foi uma região do Rio de Janeiro que passou a denominar-se França Antártica. Em 1555, fundaram o Forte Coligny, numa ilha na entrada da baía da Guanabara. A distância, a diversidade do clima, o desconhecimento mais detalhado da região desafiavam os franceses. Não foi fácil também conseguir uma quantidade suficiente de colonos. Misturaram-se católicos e protestantes. Os franceses tiveram de enfrentar muitas adversidades durante esse processo. Além das divergências religiosas entre católicos e protestantes, faltavam víveres. Explorando a rivalidade dos indígenas contra os portugueses, os franceses conseguiram aliar-se aos Tamoios, o que era vital para a sobrevivência da França Antártica. Os portugueses tentaram uma reação contra os franceses. No entanto, com um litoral imenso e a sede do governo na Bahia, Duarte da Costa, o segundo governador geral conseguiu fazer muito pouco. O número de barcos e homens era insuficiente para combater um inimigo alojado em ilhas distantes e apoiado pelos índios Tamoios. Acusado de não proteger as costas brasileiras, o governador acabou sendo substituído por Mem de Sá. Terceiro governador-geral do Brasil (1558-1572), Mem de Sá encontrou o domínio português seriamente ameaçado. Além dos franceses, havia também desorganização administrativa e reação dos donatários contra a centralização. Incentivou a agricultura através da importação de escravos da África, que vinham para trabalhar na plantação de cana-de-açúcar. Patrocinou algumas expedições para o interior, na esperança de encontrar ouro e outros metais preciosos.

Mem de Sá conclamou colonos e jesuítas à união contra os franceses. Mem de Sá solicitou auxílio de Portugal em 1563 e uma expedição lhe foi enviada sob o comando de Estácio de Sá, seu sobrinho. Estácio traçou a estratégia de ataque. Como havia necessidade de ficar próximo ao local ocupado pelos franceses, fundou, em 1565, o Forte de São Sebastião do Rio de Janeiro, núcleo da futura capital colonial. A movimentação na região foi mais fácil com o apoio de Araribóia ("Cobra Feroz"), chefe da tribo dos Temiminós, que vivia na região do atual Espírito Santo. Os portugueses conseguiram vencer os franceses em 1560. COLÔNIA DO NORTE E DO SUL As dificuldades de comunicação e administração levaram D. Sebastião, rei de Portugal, a dividir o Brasil em duas regiões, a do Norte e a do Sul. Em 1572, o governo do Norte tinha sob sua jurisdição as capitanias acima de Porto Seguro, a sede da colônia do Sul era o Rio de Janeiro. Mas, em 1577, Portugal optou pela reunificação política. Em 1608, nova divisão, que durou sete anos, foi estabelecida, até que houve novamente a unificação com a capital localizada na Bahia. Por fim, de 1621 a 1774, o Brasil esteve dividido em dois Estados: o Estado do Maranhão, cuja primeira capital foi São Luís até 1737, quando foi transferida para Belém, passando a chamar-se Estado do Grão-Pará e Maranhão; e o Estado do Brasil, com capital em Salvador até 1763, quando foi transferida para o Rio de Janeiro.