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Comércio CURITIBA, SEGUNDA-FEIRA, 05 DE JANEIRO DE 2015 | ANO XXXVIII | EDIÇÃO Nº 9277 | R$ 2,00 LÍDER EM INFORMAÇÕES DE NEGÓCIOS E MERCADOS NO PARANÁ. DESDE 1976. & Indústria DIÁRIO CENtRAL DE AtENDIMENtO: 41 3333.9800 / E-MAIL: [email protected] EDIÇÃO ESTADUAL BERZOINI ASSUME COMUNICAÇÕES E DIZ QUE FARÁ DEBATE DEMOCRÁTICO SOBRE REGULAÇÃO O novo ministro das Co- municações, Ricardo Berzoini, recebeu o cargo do ex-ministro Paulo Bernardo e disse que vai começar o processo de discussão sobre a regulamentação econô- mica da mídia. Segundo Berzoini, todos os setores interessados no assunto serão ouvidos e não há ainda prazos ou ações concretas definidos. Segundo ele, não há uma proposta prioritária nesse sentido: serão ouvidos todos os setores interessados. OPINIÃO MuDANÇA REvOLuCIONÁRIA O respeitado político paranaense Léo de Al- meida Neves, ausente da militância de há mui- to, mas, lúcido analista da realidade brasileira que conhece bem, fez em recente artigo uma interpretação da tenta- tiva de reimplantação da CPMF. Página A4 AS MuItAS PREOCuPAÇÕES DOS bRASILEIROS EM 2015 Se o ano de 2014 não foi um período positivo para a economia nacional, de- vido ao agravamento das dificuldades de diver- sos setores produtivos, além dos escândalos de corrupção que desvalo- rizaram um dos maiores patrimônios do povo brasileiro, como é a Pe- trobras, 2015 não deverá apresentar nenhuma reação importante. Página A2 Pedro Washington Dilceu Sperafico www. icnews.com.br Acesse a edição digital Editais na página a7 O diretor do DER-PR, Nelson Leal Junior, destacou que o maior avanço no setor rodoviário foi o programa de duplicação de rodovias Geral A4 DER PR investe R$ 4,6 bilhões em infraestrutura em quatro anos “A partir de 2015 até 2018, a previsão é aplicar cerca de R$ 9,8 bilhões em obras rodoviárias”, explica o secretário de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho Concessionárias ainda têm carros com IPI reduzido, a preços de 2014 Com o fim da desoneração fiscal para os carros populares, a alíquota subiu de 3% para 7%. No caso dos carros com motor flex (gasolina e etanol), que recolhiam 9% de IPI, a alíquota aumentou para 11%, e os carros movidos só a gasolina, que pagavam 10%, têm agora alíquota de 13% Economia A3 O Ministério do Planejamento, Orça- mento e Gestão enviou nota à imprensa no sábado informando que o cálculo do salário mínimo a partir de 2016 seguirá a regra vigente atualmente. De acordo com o comunicado, a proposta requer um novo projeto de lei, que será enviado ao Congres- so este ano. A nota atribui as informações ao novo ministro da pasta, Nelson Barbosa. Na sexta-feira, Barbosa havia falado a jornalistas sobre possível mudança na regra de cálculo a partir do ano que vem. Economia A3 Cálculo do salário mínimo não mudará, diz Ministério do Planejamento Cosméticos fabricados no Paraná geram renda para pequenos agricultores Saveiro passa a ter garantia total de 3 anos Oficina de Música abre a agenda cultural em Curitiba Já imaginou chegar a um hotel, usar os ameni- ties oferecidos no quarto e automaticamente ajudar os pequenos agricultores do país a gerar renda? Isso já é possível para os hóspedes de alguns hotéis do Brasil, como a rede Club Med, por exemplo. A novidade é fru- to de uma parceria entre a Realgem’s, maior fabricante de amenities do Brasil, e o Governo Brasileiro por meio do Ministério do De- senvolvimento Agrário e Sebrae. A Linha “Talentos do Brasil” tornou-se uma das grandes atrações para os hóspedes mais exigentes e também fonte de renda para os apicultores responsáveis pelo mel, a matéria-prima principal da linha. Negócios A5 A Volkswagen Saveiro é a primeira picape com- pacta do Brasil a contar com garantia total de três anos. Com o utilitário, toda a linha de veículos da Volkswagen passa a contar com garantia total de 36 meses. Esse benefício traz ainda mais segurança e conforto para os clientes da marca Volkswagen. Negócios A5 Um dos mais tradicio- nais eventos culturais da cidade, a Oficina de Música de Curitiba, chega este ano à sua 33ª edição. A partir desta quinta-feira, dia 8, até o dia 28 de janeiro, serão ofertados 79 cursos e uma programação diversificada de concertos. O elenco de novos professores, vindos de vários países, e as mui- tas atrações demonstram o constante aperfeiçoamento dessa celebração musical iniciada em 1983. Geral A4

Diário Indústria & Comércio 05-01-2015

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Page 1: Diário Indústria & Comércio 05-01-2015

ComércioCuritiba, segunda-feira, 05 de janeiro de 2015 | ano XXXViii | edição nº 9277 | r$ 2,00

LÍDER EM INFORMAÇÕES DE NEGÓCIOS E MERCADOS NO PARANÁ. DESDE 1976.

&IndústriaDIÁRIO

CENtRAL DE AtENDIMENtO: 41 3333.9800 / E-MAIL: [email protected]

EDIÇÃO ESTADUAL

Berzoini assume ComuniCações e diz que fará deBate demoCrátiCo soBre regulação

O novo ministro das Co-municações, Ricardo Berzoini, recebeu o cargo do ex-ministro Paulo Bernardo e disse que vai começar o processo de discussão sobre a regulamentação econô-mica da mídia. Segundo Berzoini, todos os setores interessados no assunto serão ouvidos e não há ainda prazos ou ações concretas definidos. Segundo ele, não há uma proposta prioritária nesse sentido: serão ouvidos todos os setores interessados.

OPINIÃO

MuDANÇA REvOLuCIONÁRIA

O respeitado político paranaense Léo de Al-meida Neves, ausente da militância de há mui-to, mas, lúcido analista da realidade brasileira que conhece bem, fez em recente artigo uma interpretação da tenta-tiva de reimplantação da CPMF.

Página A4

AS MuItAS PREOCuPAÇÕES DOS bRASILEIROS EM 2015

Se o ano de 2014 não foi um período positivo para a economia nacional, de-vido ao agravamento das dificuldades de diver-sos setores produtivos, além dos escândalos de corrupção que desvalo-rizaram um dos maiores patrimônios do povo brasileiro, como é a Pe-trobras, 2015 não deverá apresentar nenhuma reação importante.

Página A2

PedroWashington

Dilceu Sperafico

www.icnews.com.br

Acesse a edição digital

Editais na página a7

O diretor do DER-PR, Nelson Leal Junior, destacou que o maior avanço no setor rodoviário foi o programa de duplicação de rodovias

Geral A4

DER

PR investe R$ 4,6 bilhões em infraestrutura em quatro anos“a partir de 2015 até 2018, a previsão é aplicar cerca de r$ 9,8 bilhões em obras rodoviárias”, explica o secretário de infraestrutura e Logística, josé richa filho

Concessionárias ainda têm carros com IPI reduzido, a preços de 2014

Com o fim da desoneração fiscal para os carros populares, a alíquota subiu de 3% para 7%. No caso dos carros com motor flex (gasolina e etanol), que recolhiam 9% de IPI, a alíquota aumentou para 11%, e os carros movidos só a gasolina, que pagavam 10%, têm agora alíquota de 13%

Economia A3

O Ministério do Planejamento, Orça-mento e Gestão enviou nota à imprensa no sábado informando que o cálculo do salário mínimo a partir de 2016 seguirá a regra vigente atualmente. De acordo com o comunicado, a proposta requer um novo projeto de lei, que será enviado ao Congres-

so este ano. A nota atribui as informações ao novo ministro da pasta, Nelson Barbosa.

Na sexta-feira, Barbosa havia falado a jornalistas sobre possível mudança na regra de cálculo a partir do ano que vem.

Economia A3

Cálculo do salário mínimo não mudará, diz Ministério do Planejamento

Cosméticos fabricados no Paraná geram renda para pequenos agricultores

Saveiro passa a ter garantia total de 3 anos

Oficina de Música abre a agenda cultural em Curitiba

Já imaginou chegar a um hotel, usar os ameni-ties oferecidos no quarto e automaticamente ajudar os pequenos agricultores do país a gerar renda? Isso já é possível para os hóspedes de alguns hotéis do Brasil, como a rede Club Med, por exemplo. A novidade é fru-to de uma parceria entre a Realgem’s, maior fabricante de amenities do Brasil, e

o Governo Brasileiro por meio do Ministério do De-senvolvimento Agrário e Sebrae. A Linha “Talentos do Brasil” tornou-se uma das grandes atrações para os hóspedes mais exigentes e também fonte de renda para os apicultores responsáveis pelo mel, a matéria-prima principal da linha.

Negócios A5

A Volkswagen Saveiro é a primeira picape com-pacta do Brasil a contar com garantia total de três anos. Com o utilitário, toda a linha de veículos da Volkswagen passa a contar

com garantia total de 36 meses. Esse benefício traz ainda mais segurança e conforto para os clientes da marca Volkswagen.

Negócios A5

Um dos mais tradicio-nais eventos culturais da cidade, a Oficina de Música de Curitiba, chega este ano à sua 33ª edição. A partir desta quinta-feira, dia 8, até o dia 28 de janeiro, serão ofertados 79 cursos e uma programação diversificada

de concertos. O elenco de novos professores, vindos de vários países, e as mui-tas atrações demonstram o constante aperfeiçoamento dessa celebração musical iniciada em 1983.

Geral A4

Page 2: Diário Indústria & Comércio 05-01-2015

Curitiba, segunda-feira, 05 de janeiro de 2015

a2 | BRaSIL Diário Indústria&Comércio

a instabilidade atmosférica permanece sobre o estado do Paraná. O dia começa com o Sol apare-cendo entre nuvens em algumas regiões, porém chuvas em forma de pancadas isoladas, em alguns momentos acompanhadas de descargas elétricas são esperadas para os períodos da tarde e noite. O tempo volta a ficar abafado entre as regiões Oeste, Noroeste e Norte do Estado. No litoral, temperatu-ras amenas e muita nebulosidade.

Mín.: 16°Máx.: 24°

Previsão do temPoFonte: www.simepar.br..

editoriAL [email protected]

Novo aNo, Novos desafios

Começa um novo ano. Com ele, muitas expectativas, esperanças, certezas. No Brasil o povo espera por mais dinheiro no bolso, mais segurança nas ruas, mais saúde, educação e honestidade na política. Para que tudo isso se torne realidade, porém, é necessária a participação direta de toda a população e não apenas daqueles que têm o poder da decisão nos gabinetes, câmaras e assembleias. Após um ano eleitoral, é hora de fiscalizar os políticos eleitos nas urnas e ver se os mesmos estão trabalhando como prometeram em suas campanhas.

É possível acreditar em um mundo melhor quando colo-ca-se em prática a honestidade tão cobrada dos poderosos; quando o respeito ausente nos criminosos é praticado no dia a dia; quando a renda tão pequena no bolso de cada um é distribuída aos necessitados, mesmo que em forma de trabalhos sociais; enfim, quando o cidadão inicia dentro de si e ao seu redor a mudança que espera para todo o país. Para que o governo faça um trabalho melhor, é preciso que o povo faça a sua parte de um jeito melhor.

Braille aumeNtou a iNclusão de cegos Na sociedade

forNecimeNto de eNergia é Normalizado No complexo do alemão

arte: Roque Sponholz..

Esta é uma crise global. Temos tempos difíceis pela frente, mas podemos conseguir. O trabalho à frente continua a ser muito difícil, mas nós realmente não temos outra escolha.”

Ismail Ould Cheikh Ahmed, chefe da Missão da ONU, sobre ebola Dante, jogador do Bayern, sobre situação do futebol brasileiro Paolla Oliveira, atriz, sobre carnaval

Depois de 11 anos aqui na Europa eu acho uma pena nosso futebol com tantos talentos não conseguir progredir com tanta velocidade.”

É tudo uma loucura. Não sei o que acontece, é tudo essa energia. Adrenalina em todas as partes da escola. A escola toda pulsa, mas aquele lugar é muito especial.”

há TRêS DIAS

A última queda registrada no sistema foi 0,1 ponto pecentual no dia 1º de janeiro

Há 188 anos, um jo-vem francês inventou um sistema de leitura especial e contribuiu para a forma-ção e inclusão de milhões de pessoas pelo mundo. Louis Braille é seu nome e seu sistema, comemorado ontem (4), permitiu que cegos, como ele, pudes-sem ter acesso ao universo da leitura e do conheci-mento. A Fundação Do-rina Nowill, localizada em São Paulo, é uma das entidades que difundem a leitura do braille no país. Ela produz e distribui li-vros em braille e livros em áudio para bibliotecas e organizações do Brasil.

A concessionária de energia Light informou no início da tarde de ontem (4) que conseguiu nor-malizar o abastecimento na comunidade Nova Brasília, no Complexo do Alemão. Moradores estavam sem luz desde a noite de ontem, quando disparos feitos em um tiroteio atingiram transfor-madores e cabos da rede.Técnicos da companhia começaram a trabalhar na manhã de hoje para res-tabelecer o fornecimento. O serviço não foi feito na madrugada por questões de segurança.

Os artigos assinados que publicamos não representamnecessariamente a opinião do jornal.

Fundador e PresidenteOdone Fortes Martins Reg.Prof. DRT/PR: 6993 ([email protected])

Diretor de RedaçãoEliseu Tisato Reg.Prof. DRT/PR: 7568

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Diário Indústria&ComércioFundado em 2 de setembro de 1976

E X P E D I E N T E

O nível dos seis reservató-rios que formam o Sistema

Cantareira, principal manancial da região metropolitana de São Paulo, manteve-se em 7,1%, a mesma desde o dia 2 de janeiro deste ano, segundo a Compa-nhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Até a manhã de ontem, a Sabesp marcava 6,7 milímetros (mm) de chuva no Cantareira. A última queda registrada no sistema foi 0,1 ponto pecentual no dia 1º de janeiro

Nos sistemas Alto Tietê e Alto Cotia, houve uma pequena de 0,1 ponto percentural, com o Alto Tietê registrando 11,9% de sua capacidade e acumulo de apenas 0,4 mm de chuva e o Alto Cotia, com 30,9% e sem registro de chuva. No Guarapiranga, a queda foi maior, de 0,3 ponto percentual. O sistema atua com 40,3% de sua capacidade e teve

Facebook vai usar novas regras de privacidade e anúncios a partir deste mês

PRIvACIDADE

A partir do dia 30 deste mês, o Facebook, maior rede social do mundo, vai passar a adotar novas regras relacionadas à privacidade dos usuários e à oferta de anún-cios publicitários. A empresa poderá obter mais informações sobre quem a acessa, a partir de dados coletados por produtos que também são do Facebook, como Instagram e WhatsApp. Até mes-mo o nível de bateria do celular e a força do sinal da operadora utilizada serão conhecidos pelo Facebook.

Na página criada para expli-car as novas regras, o Facebook aponta que as mudanças objeti-vam melhorar a experiência dos usuários com a rede e garantir maior controle por parte de-les. Assim, quem visualizar um anúncio poderá saber os porquês da publicidade ter aparecido na sua página clicando na lateral da própria imagem. O internauta também poderá se negar a receber informações de determinados anunciantes, ação que valerá tanto para o dispositivo que está

usando naquele momento quando para os demais, como celulares, tablets e computadores.

A mudança tornará a oferta de produtos e serviços mais perso-nalizada. A principal ferramenta para isso está relacionada à ge-olocalização. Os check-ins feitos pelos usuários quando estão em ruas, estabelecimentos comer-ciais e outros locais poderão ser usados para o Facebook mostrar informações de estabelecimentos e amigos próximos. Além disso, a empresa está testando a opção

“Comprar”, para que produtos se-jam adquiridos na própria rede.

Se, por um lado, as ferramen-tas podem dar mais comodidade e facilidades aos usuários, por outro, os limites para o uso de dados pessoais e a garantia de privacidade preocupam. “Você pensa que está usando um serviço gratuito, mas você é o produto que eles estão vendendo, pois são as suas informações que estão sen-do comercializadas para outras empresas”, diz o coordenador do Intervozes, Pedro Ekman.

Cantareira mantém nível de água em 7,1%

registro de 2,4 mm de chuva. Os sistemas Guarapiranga e

Rio Claro também registraram quedas entre ontem e hoje. O Guapiranga registra 40,3% de

capacidade, chuva de 17,2 mm e teve um queda de 0,2 ponto percentual. O Rio Claro está com 31,1% da capacidade, chuva de 0,8 milímetro e teve queda

de 0,3 ponto percentual. Já o Sistema Rio Grande se manteve estavel, atuando com 72% de capacidade e registrou 0,8% de chuva.

Até a manhã de ontem, a Sabesp marcava 6,7 milímetros (mm) de chuva no Cantareira

Ponto de Vista

Se o ano de 2014 não foi um período positivo para a economia nacional, de-vido ao agravamento das dificuldades de diversos setores produtivos, além dos escândalos de corrupção que desvalo-rizaram um dos maiores patrimônios do povo brasileiro, como é a Petrobras, 2015 não deverá apresentar nenhuma reação importante. Conforme conhecidos e respeitados economistas, neste ano continuaremos enfrentando inflação ainda elevada e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), deverá ser novamente irrelevan-te. Para os especialistas, a estratégia da ele-vação das taxas de juros adotada outra vez pelo Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), não deverá impactar sobre os preços dos bens de consumo, antes de seis a nove meses após sua efetivação. Como a taxa básica ou Selic foi eleva-da para 11,75% ao ano no início de dezembro, a atividade econômica será atingida pelo conseqüente novo aperto monetário. Com isso, os brasileiros pobres e ricos devem se preparar para encarar a estag-nação da economia, como, por exem-plo, já acontece na Argentina. Na prática, não se pode esperar muito de

2015, após o governo prever para expan-são do PIB superior a 4% em 2014, mas que foi caindo e acabou inexpressivo. Por outro lado, a inflação de 6,75% nos últimos 12 meses, mesmo que caia bastante ainda será alta e dificultará ajustes. O dólar poderá subir ainda mais e a desvalorização do real, mesmo sendo benéfica para as exportações, isso não acontecerá com o controle interno de preços. Em 2015 ainda deveremos ter novos au-mentos nos preços de combustíveis, de tarifas do transporte coletivo, de energia elétrica e há problemas com a queda de receita das desonerações da folha de pagamento das empresas. Além disso, o Brasil poderá ter novo déficit nas relações com o exterior, com perdas em transações correntes. Estimativas do Fundo Monetário Interna-cional (FMI), indicam que a economia global cresceu 3,3% em 2014, com 7,4% da China, 5,6% da Índia, 2,4% do México, 1,4% da Alemanha e menos de 0,3% do Brasil. Para 2015, prevê alta de 1,8% do PIB dos países desenvolvidos e de 4,4% para os emergentes, o que comprova que a crise brasileira não decorre apenas de fatores externos.

Diante desse quadro, os especialistas recomendam que os brasileiros tomem cuidado com suas finanças em 2015, até porque o desemprego volta a se tornar um perigo real. Os economistas afirmam que o cenário poderá ser mais positivo a partir de 2016, até porque o aperto fiscal já sinalizado pelo governo irá ajudar a desaquecer a economia. Tanto que o crescimento projetado para o PIB é de apenas 0,9%. Para 2016, em se fala em 1,6%. Sobre as previsões mais otimistas, desejamos acerto aos especialistas, como torcemos para que estejam equivocados no caso das proje-ções negativas.Além disso, vamos também fazer a nossa parte como parlamentares, cidadãos, empresários e agricultores, contribuin-do com o que estiver ao nosso alcance para o País voltar a crescer, reduzindo o índice de jovens que não estudam e não trabalham e das famílias que dependem dos programas sociais para sobreviver, elevando e melhorando a escolaridade dos brasileiros e garantindo qualidade de vida à toda a população.

As muitas preocupações dos brasileiros em 2015

Dilceu Sperafico é deputado federal pelo Paraná

Page 3: Diário Indústria & Comércio 05-01-2015

Curitiba, segunda-feira, 05 de janeiro de 2015

eConomia | a3Diário Indústria&Comércio

salárIo

Cálculo do mínimo não mudará, diz PlanejamentoSegundo o ministério, a proposta requer um novo projeto de lei, que será enviado ao Congresso este ano. A nota atribui as informações ao novo ministro Nelson Barbosa

O Ministério do Planejamen-to, Orçamento e Gestão enviou nota à imprensa no sábado infor-mando que o cálculo do salário mínimo a partir de 2016 seguirá a regra vigente atualmente. De acordo com o comunicado, a proposta requer um novo projeto de lei, que será enviado ao Con-gresso este ano. A nota atribui as informações ao novo ministro da pasta, Nelson Barbosa.

Na sexta-feira, Barbosa havia falado a jornalistas sobre possível mudança na regra de cálculo a partir do ano que vem. “O cálcu-lo do salário mínimo nós vamos enviar ao Congresso no momento oportuno. A regra atual ainda vale para 2015. Nós vamos propor uma nova regra para 2016-2019 ao Congresso Nacional. Conti-nuará a haver aumento real do salário mínimo”, disse.

O ministro deu as declara-ções em entrevista após receber o cargo da antecessora, Miriam Belchior. Para este ano, um decre-to publicado no fim de dezembro fixou o salário mínimo em R$ 788. Em 2014, o valor vigente foi R$ 724.

“O cálculo do salário mínimo nós vamos enviar ao Congresso no momento oportuno. A regra atual ainda vale para 2015. Nós vamos propor uma nova regra para 2016-2019 ao Congresso Nacional. Continuará a haver aumento real do salário mínimo”, disse o novo ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Nelson Barbosa

Wilson Dias/Agência Brasil

Quem não comprou carro zero quilômetro antes do fim da redução da alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializa-dos (IPI) ainda pode adquirir automóvel sem reajuste. Algu-mas concessionárias ainda têm estoques de carros comprados em 2014 e mantêm para os consumidores o preço com a redução da alíquota, apesar de a desoneração haver terminado no primeiro dia de 2015.

Nas quatro concessionárias do Distrito Federal visitadas pela Agência Brasil na manhã de sábado, todas informaram que têm automóveis faturados pelo preço antigo e que devem manter os valores até zerar o estoque.

A supervisora de vendas de uma concessionária visitada pela Agência Brasil, Keila de Queiroz,

disse que a expectativa é que até o final de janeiro seja pos-sível manter os preços de 2014. “Compramos os carros antes de acabar a redução do IPI, e acho que todos tiveram essa atitude de estocar. Acredito que vai ser bem vantajosa essa ideia de termos estocado”, disse. Na loja, um mo-delo Sandero completo, que antes da redução de IPI tinha o valor de R$ 45,9 mil, ainda é vendido por R$ 42,99 mil.

Keila disse que não percebeu nenhuma corrida às conces-sionárias, em dezembro, para compras antes da normalização do IPI. Ela aposta que os con-sumidores deixaram a compra para janeiro porque queriam garantir também a isenção do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). “O brasileiro não quer perder

nada, ele quer tanto a isenção do IPI quanto do IPVA, e se ele deixar para comprar em janeiro tem isenção total do IPVA. Acre-dito que o mês de janeiro vai ser bem melhor [para as vendas] do que dezembro.”

Esse foi o motivo que levou o professor Júlio de Oliveira a esperar os primeiros dias de 2015 para fechar a compra. “Queríamos comprar antes de fechar o ano, mas resolvemos vir no início [de janeiro] porque tem o estoque antigo e tem também a questão do IPVA. Não vamos ter que pagar este imposto, já que o carro é zero”, diz Júlio, que há mais de um ano planejava trocar de carro.

Gerente de outra concessio-nária, João Carlos Batista diz que o estoque com preços de 2014 deve durar mais cerca de 20 dias e acredita que a volta

dos preços com IPI normal não vai ter grande impacto sobre as vendas. “O movimento foi bom no final de 2014, e deve permanecer assim até o final de janeiro. Depois do retorno dos preços com o IPI normal o mercado vai se adaptando e não acreditamos numa retração de vendas. Essa retração pode ser muito pequena, quase impercep-tível, depois volta ao normal. Já passamos por isso outras vezes”, ressaltou.

Com o fim da desoneração fiscal para os carros populares, a alíquota subiu de 3% para 7%. No caso dos carros com motor flex (gasolina e etanol), que recolhiam 9% de IPI, a alíquota aumentou para 11%, e os carros movidos só a gasolina, que pa-gavam 10%, têm agora alíquota de 13%.

estoque

Concessionárias ainda têm carros com IPI reduzido, com preços praticados em 2014

Com o fim da desoneração fiscal para os carros populares, a alíquota subiu de 3% para 7%

Válida desde quinta-feira (1°), a nova regra determi-nando discriminação na nota fiscal ou em local visível dos impostos incidentes sobre os produtos já é cumprida por estabelecimentos comerciais. O consumidor final deve ter a informação dos tributos em termos percentuais ou em valores aproximados. A reportagem da Agência Brasil percorreu lojas de um shop-ping da capital federal para ver como estava a aplicação da norma.

Em uma loja de joias, a vendedora Elika Alquimim informou que a discriminação dos impostos começou a vir nas notas fiscais há algum tempo. Ela acredita que o departamento contábil tenha cuidado da alteração. “A gente não soube como foi, começou a vir automaticamente. Teve um cliente que se espantou. Ele perguntou ‘isso tudo eu pago de imposto?’”, contou a funcionária.

Em uma ótica, a gerente Flávia Oliveira de Luna con-tou que a empresa pediu à contabilidade para calcular o percentual de impostos incidente em cada produto.

“Eu sei que para a lente é um, para a armação do óculos é outro. Parece que muda até de acordo com a região”, co-mentou. Para ela, a alteração é benéfica. “O cliente fica mais satisfeito, porque sabe o que está pagando”, acredita.

O gerente de uma conhe-cida rede de produtos eletrô-nicos informou que as notas emitidas pela empresa já tra-zem o imposto discriminado, mas preferiu não se identifi-car. Em duas lojas de roupas, funcionários e gerentes disse-ram não ter conhecimento da nova exigência.

A agente administrativa Joana Pereira, 51 anos, não sa-bia que as lojas agora são obri-gadas a informar os impostos incidentes sobre os produtos. Informada sobre a nova regra, ela procurou a nota fiscal for-necida por uma loja de roupas e descobriu que, de R$ 45,90 da compra, R$ 5,51 foram relativos ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). “Se não fosse o imposto, eu teria pago cerca de R$ 40. Eu acho a mudança positiva. Com certeza é ótimo a gente saber pelo que está pagando.”

O novo ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, re-cebeu na sexta-feira o cargo de seu antecessor, Edison Lobão. Em discurso, Braga destacou a importância do diálogo entre governo e iniciativa privada. “Quero manter um diálogo construtivo com os represen-tantes do setor privado, em especial os investidores, com o propósito de construir um ambiente propício aos investi-mentos. Precisamos valorizar cada vez mais a parceria entre o governo e os empresários.”

Braga também comentou as denúncias que afetam a Petrobras, empresa vincu-lada ao ministério, mas foi cauteloso e preferiu exaltar a empresa e separá-la dos envolvidos na Operação Lava Jato. “Creio que a Petrobras tem dado resposta aos órgãos de fiscalização com absoluta transparência. É preciso que se investigue, que os possíveis culpados, após seu amplo direito de defesa, possam ser condenados. Mas não podemos confundir isso com a Petrobras, ela é maior que tudo isso. O que precisamos é fortalecer e aprimorar a governança na Petrobras”, avaliou.

Para ele, o envolvimento de grandes empresas nas in-vestigações da Polícia Federal não deve esvaziar os leilões de usinas hidrelétricas pre-vistos para 2015. “É preciso entender que neste momento de dificuldades é que surgem

grandes oportunidades para novos investidores. O que queremos deixar muito claro é que queremos um diálogo franco, ampliado com o setor privado.”

Braga disse que não acre-dita que o país esteja à beira de uma crise energética, mas disse que ainda precisa de informações mais detalhadas sobre a situação do setor elé-trico. “Já ficou claro que nosso sistema elétrico é robusto, o problema é saber quanto ele custa. Não vejo, sinceramente, como engenheiro eletricista e gestor público, que estejamos diante de um risco iminente. É claro que nós estamos coletan-do dados e informações para que possamos ter dados mais precisos e detalhados.”

A cerimônia teve a pre-sença de figuras importantes do seu partido, o PMDB. O presidente do Congresso, Re-nan Calheiros (AL), e o líder do partido no Senado, Eunício Oliveira (CE), compuseram a mesa durante a transmissão de cargo.

O agora ex-ministro de Minas e Energia, Edison Lo-bão, fez elogios a seu sucessor e, se despedindo do cargo, disse que trabalhará pelo for-talecimento do setor elétrico na volta ao Senado. “Senador da República, eleito pelo povo do Maranhão, retomo ao meu mandato, do qual me licencia-ra, para continuar defendendo as causas de interesse do Brasil.”

Depois dos táxis, cuja bandeirada teve seu preço reajustado na sexta-feira, os cariocas já pagam tam-bém 13,3% a mais no preço das passagens dos ônibus municipais, o que elevou o preço do bilhete de R$ 3 para R$ 3,4. O aumento foi publicado no Diário Oficial do município.

Este foi o maior aumento das passagens de ônibus da capital fluminense auto-rizado pela prefeitura nos últimos anos e o maior da

década, uma vez que o maior aumento neste período foi o de 10%, concedido em janeiro de 2012, quando a tarifa subiu de R$ 2,5 para R$ 2,75.

Ao justificar o aumen-to, no entanto, a prefeitura argumentou que o reajuste seguiu “critérios fixados por contrato, e a fórmula de cálculo utiliza valores da Fundação Getulio Vargas (FGV) e do Instituto Brasilei-ro de Geografia e Estatística (IBGE)”.

Nom nova regra, lojas começam a discriminar impostos na nota fiscal

Novo ministro de Minas e Energia anuncia diálogo com iniciativa privada

Passagens de ônibus já estão mais caras no Rio

Page 4: Diário Indústria & Comércio 05-01-2015

Curitiba, segunda-feira, 05 de janeiro de 2015

GERAL | A4 Diário Indústria&Comércio

PR investe R$ 4,6 bilhões em infraestrutura em quatro anos“A partir de 2015 até 2018, a previsão é aplicar cerca de R$ 9,8 bilhões em obras rodoviárias”, explica o secretário de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho

DESENVOLVIMENTO

O diretor do DER-PR, Nelson Leal Junior, destacou que o maior avanço no setor rodoviário foi o programa de duplicação de rodovias. São 700,5 quilômetros de duplicações

Panorama Polí[email protected] Washington

Mudança revolucionáriaO respeitado político paranaense Léo de Al-

meida Neves, ausente da militância de há mui-to, mas, lúcido analista da realidade brasileira que conhece bem, fez em recente artigo uma interpretação da tentativa de reimplantação da CPMF. Historiando sua criação pela autoridade moral do ilustre cardiologista Adib Jatene que o Brasil perdeu em passado recente; quando de sua passagem pelo Ministério da Saúde, tentando a obtenção de mais recursos para esse setor es-sencial, viu seu projeto, primeiro ser desvirtuado com desvios a outras finalidades, depois comba-tido tenazmente pelas representações das classes produtoras. Em sua origem ao tempo de Itamar Franco, como Imposto (IPMF), foi combatido pelo mesmo PT que hoje a quer de volta, agora com o título de que ficou acrescido por FHC –Co-missão (Provisória sobre Movimentação Financei-ra). Um dado fornecido por Léo, pouco analisado por todos: mais da metade da população não era abrangida pela CPMF. Ou por não ter conta em banco, ou por ser atingida pelas exceções: saques de aposentadoria, salários, transferências entre contas da mesma pessoa e negociações de ações em bolsas de valores. Era insonegável por incidir em todas as operações ocorridas no sistema fi-nanceiro informatizado. Significa dizer que nem os doleiros como Youssef e seus parceiros que hoje ‘estagiam’ na Polícia Federal em Curitiba, e tantos transgressores que atuam na ilegalidade, estariam livres de sua ação. Em 2007, mesmo com a defesa de José Serra, governador de São Paulo, que por ter sido ministro da Saúde, conhecia as limitações da Pasta, e Aécio Neves, governador de Minas, ambos do PSDB, esse partido e o res-tante da oposição derrubaram a CPMF, que agora o PT e seus aliados tentam reimplantar. Como já se falou até em imposto quase único, na discus-são de reforma tributária, como lembra Léo, PT e PSDB poderiam se debruçar sobre a questão, “aprovando legislação revolucionária em prol do país e da coletividade. O Brasil e o povo mere-cem”, termina ele.

assunto azedo

Se o novo ministro das Comunicações, Ricardo Bersoini, que substituiu Paulo Bernardo, procura um tema para colocado em destaque na mídia, já achou. Ao acenar com proposta de “regulação econômica da mídia”, seja lá o que isso queira dizer, já caiu “nas graças” da Associação Brasileira de Rádio e Televisão que através de sue presidente, o paranaense Daniel Sla-vieiro, já se posicionou contra. “Ninguém sabe o que o governo quer dizer”, afirmou. O que obriga o ministro a, como o personagem da Praça da Alegria, “contar tudo beeeem explicadinho; nos seus míííínimos deta-lhes (e intenções)”.

“não Me representa”

A despedida do para-naense Gilberto Carva-lho da Secretaria-Geral da Presidência, foi pa-tética. Ao tentar mos-trar que nem todos os petistas eram “ladrões”, como ficou sugerido pela prisão de alguns altos dirigentes parti-dários no episódio do mensalão e agora, com eventual investigação sobre algum envolvido na Lava Jato, afirmou: “Eu volto para minha quitinete rural (?) e pro meu apartamento, que fiquei devendo pro Ban-co do Brasil durante 19 anos. Eu digo isso com muito orgulho e desa-fio a acompanharem a evolução patrimonial de

nossos ministros. Não vamos levar desafora pra casa. Temos digni-dade”. Para a coluna, faria melhor se falasse só por si”

reforMa fundaMental

A reforme defendida pelo novo ministro da Educação, ex-governador do Ceará, Cid Gomes, em princípio parece aceitá-vel! Uma reformulação do ensino médio que dirija o aluno às princi-pais matérias que se ade-quam à sua vocação, a ser confirmada na formação futura, tem sentido. Esbar-ra na necessidade de se saber qual o tipo de inte-ligência do estudante, o que o conduzirá para pro-fissões definidas. Haveria pois, a necessidade de se submeter cada aluno em meio ao primeiro grau, a testes vocacionais que determinassem suas ten-dências profissionais. Aí sim, um avanço extraor-dinário! Na juventude, a maioria não sabe o rumo que quer tomar.

esperança

Neste início de 2015, quando os governantes através suas promessas renovam as esperanças por um país melhor, mais justo, mais desenvolvido e com menos gente que na área política que, de religião só conhece parte do Pai Nosso, no trecho em que reza “venha a nós o vosso Reino”, que as palavras do Papa Francisco, ditas na Noite de Natal, caiam em seus corações.

O Governo do Paraná fez nos últimos quatros anos um dos

maiores investimentos na melho-ria da infraestrutura do Estado. A Secretaria de Infraestrutura e Logística e suas autarquias aplica-ram R$ 4,66 bilhões em obras que melhoraram as rodovias, portos, aeroportos, ferrovia e a infraes-trutura dos municípios, além da construção, ampliação e reforma de prédios públicos.

“O Estado do Paraná passou por uma das maiores transfor-mações, visando acabar com gargalos logísticos, melhorando a vida dos paranaenses. Para os próximos anos, a previsão é ampliar os investimentos, com parcerias e financiamentos in-ternacionais”, disse o secretário de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho.

“A partir de 2015 até 2018, a previsão é aplicar cerca de R$ 9,8 bilhões em obras rodoviárias”,

explica o secretário. São recursos de parceiros, como a Votorantim e Klabin, da parceria público-privada da PR-323 e do financia-mento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), cujo valor é de US$ 500 milhões. “Sem contar os recursos próprios do DER e do Estado, que aumentam os investimentos em infraestrutu-ra”, completa Richa Filho.

DUPLICAÇÕESO diretor do Departamento de

Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR), Nelson Leal Junior, destacou que o maior avanço no setor rodoviário foi o programa de duplicação de rodovias. São 700,5 quilômetros de duplicações, dos quais 48 quilômetros foram en-tregues e outros 392 estão em andamento. Somam-se a estas obras mais 260,5 quilômetros que começam em 2015.

“Este foi o maior programa de

duplicações dos últimos 25 anos, com obras em todo o Paraná”, disse Leal. O diretor afirmou que quando o governador Beto Richa assumiu a administração do Es-tado, em 2011, o Paraná contava apenas com mil quilômetros de rodovias duplicadas, entre estra-das federais e estaduais.

O diretor explica ainda que as obras estão sendo feitas com recursos próprios e com inves-timentos das concessionárias. Após negociação com as empresas do Anel de Integração, o Estado garantiu a retomada de investi-mentos, que somam mais de R$ 1,7 bilhão e que vão duplicar 340 quilômetros de rodovias.

PARCERIASOutro avanço importante é a

formalização da parceria público-privada que será responsável pela duplicação entre Maringá e Francisco Alves. Serão 220 qui-

lômetros de pistas duplicadas da PR-323, obra que inclui 19 viadu-tos, 22 trincheiras, 13 passarelas e nove pontes, além de marginais e ciclovias nas áreas urbanas. A nova rodovia também contará com serviços de atendimento ao usuário, com ambulâncias e serviço de guinchos. Ao longo do programa, de 30 anos, serão aplicados R$ 7,7 bilhões.

A previsão é que as obras de duplicações comecem no primei-ro trimestre de 2015, atendendo assim mais de um milhão de pa-ranaenses que vivem na região. A gestão da concessão será feita pelo Consórcio Nova 323.

A Rodovia dos Minérios, entre Curitiba e Rio Branco do Sul, tam-bém será duplicada em parceria, neste caso com a Votorantim. Telêmaco Borba, Ortigueira e Imbaú terão rodovias implanta-das e ampliadas, uma parceria do Estado com a Klabin.

cultura

Oficina de Música abre a agendacultural de 2015 em Curitiba

Um dos mais tradicionais eventos culturais da cidade, a Ofi-cina de Música de Curitiba, chega este ano à sua 33ª edição. A partir desta quinta-feira, dia 8, até o dia 28 de janeiro, serão ofertados 79 cursos e uma programação diver-sificada de concertos. O elenco de novos professores, vindos de vários países, e as muitas atrações com expoentes da música erudita e da música popular brasileira, demonstram o constante aperfei-çoamento dessa celebração mu-sical iniciada em 1983 e repetida anualmente desde então, sempre inaugurando a agenda cultural anual de Curitiba.

A Oficina de Música será aberta

oficialmente com um concerto na quinta-feira (8), às 20h30, no Audi-tório Bento Munhoz da Rocha Net-to do Teatro Guaíra. A Orquestra de Câmara de Curitiba será regida pelo maestro e violinista Cláudio Cruz, que este ano assume a direção de Música Erudita da Oficina.

CURSoSA parte da Oficina dedicada à

música erudita e à música antiga acontecerá na sede da Universida-de Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), que abrigará 46 cursos, com um total de 60 classes. Pelo local circularão 64 professores, as-sistentes e pianistas correpetidores. São 42 profissionais brasileiros e 22

estrangeiros, vindos dos Estados Unidos, Canadá, Portugal, Alema-nha, Polônia, Inglaterra, França, Itália, Rússia, Estônia, Argentina, Chile, Israel e Japão.

Os 33 cursos de Música Po-pular Brasileira serão realizados nas dependências da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC).

Reforçando a dinâmica exi-gida por uma realização do porte da Oficina de Música, entre as novidades desta edição está a mu-dança na direção da Música Eru-dita, que fica a cargo do maestro e violinista Cláudio Cruz, função exercida nos últimos anos pelo maestro Osvaldo Ferreira.

curitiba

Programa habitacional entrega, em média, nove moradias por dia

Com a entrega de 144 apar-tamentos na Santa Cândida, o programa habitacional do município fechou o ano de 2014 com um total de 1.777 unidades liberadas para a sua clientela – incluindo famílias inscritas na fila da Companhia de Habitação Popular de Curitiba (Cohab) e moradores de áreas de risco que foram reassentados. As 1,7 mil unidades entregues represen-tam uma média de 4,87 mora-dias por dia, na cidade. Se forem considerados os números de 2013 - quando foram liberadas 4.954 unidades, a média diária de novas moradias nos dois anos salta para 9,23.

O acumulado nos dois anos da atual gestão, 6.731 unidades, é su-perior ao total registrado nos dois anteriores, 3.666. A média anual que hoje é de 3.359 unidades era, então, 1.833. “A entrega de mora-dias é uma das ações mais gratifi-cantes na gestão pública porque ela representa de forma efetiva a melhoria da qualidade de vida para as famílias atendidas.

Page 5: Diário Indústria & Comércio 05-01-2015

Diário Indústria&ComércioCuritiba, segunda-feira, 05 de janeiro de 2015 | Pág. a5negócios&mercado

Espaço ME/PECondor iniCia 2015 Com o pé direito

BCF PLÁSTICOS CRESCE NO EXTERIOR EM DIVISÓRIAS MÓVEIS PARA HOSPITAIS

SHOPPINg gRANjA VIANNA INAuguRA MINuTO PãO DE AçúCAR

BRF é CONSIDERADA A EMPRESA MAIS PROMISSORA DO BRASIL PARA 2015

Saveiro passa a ter garantia total de 3 anos

AUTOMÓVEIS

Volkswagen é a primeira de sua categoria a contar com 36 meses de garantia

As festas de fim de ano pas-saram e a Pizza na Pedra está pronta para iniciar 2015. A casa reabre amanhã com suas ativi-dades normais. No jantar, o aten-dimento é de terça a domingo, das 18 às 24 horas. As pizzas são

servidas apenas no período da noite. Uma sugestão é a Pizza de Strogonoff de Mignon, que leva Molho de tomate, strogonoff de filé mignon, mozzarella, orégano e batata palha.

No almoço, o restaurante abre

a partir do dia 7 e funciona duran-te o ano de segunda a sexta, das 11h30 às 14 horas. O cliente pode optar pelo buffet por quilo ou por pratos executivos. E no sábado, o dia é de feijoada com música ao vivo, entre 11h30 e 15 horas.

Pizza na Pedra volta a atender a partir de amanhã

CUritiBa

Pizza de Strogonoff de Mignon é um dos destaques da casa

A Volkswagen Saveiro é a primeira picape compacta

do Brasil a contar com garantia total de três anos. Com o utili-tário, toda a linha de veículos da Volkswagen passa a contar com garantia total de 36 meses. Esse benefício traz ainda mais segu-rança e conforto para os clientes da marca Volkswagen.

Para todos os modelos da Volkswagen, os planos de ma-nutenção e os prazos de revisão a cada 10.000 quilômetros, ou 6 meses, o que ocorrer primei-ro, serão mantidos, conforme recomendação já estabelecida no conjunto de manuais de cada veículo.

A rede de concessionárias da marca, com mais de 600 con-cessionárias em todo o País, já está preparada para atender aos clientes e informar sobre o novo período de garantia de 3 anos aos clientes que comprarem o veículo após o dia 01 de Janeiro.

A Volkswagen Saveiro foi eleita a “Picape do Ano 2015” na 48ª edição da premiação

promovida pela revista Autopes-porte, da editora Globo. Além do prêmio concedido pelo júri da revista Autoesporte, a Saveiro conquistou outras importan-tes premiações da imprensa brasileira. O modelo foi eleito “Melhor Picape” pela Abiauto

(Associação Brasileira da Im-prensa Automotiva), em um júri formado por 60 jornalistas especializados.

A Volkswagen Saveiro tam-bém foi eleita a “Picape do Ano” no prêmio Top Car TV 2014 (que reúne os principais programas

de televisão e sites com conteúdo televisivo especializados em au-tomóveis no Brasil).

No prêmio “Ten Best”, promo-vido pela revista Car and Driver, a Saveiro Cabine Dupla foi eleita pela redação da publicação a “melhor picape”.

Com o utilitário, toda a linha de veículos nacionais e importados da Volkswagen passa a contar com garantia de 3 anos

Já imaginou chegar a um ho-tel, usar os amenities oferecidos no quarto e automaticamente ajudar os pequenos agricultores do país a gerar renda? Isso já é possível para os hóspedes de alguns hotéis do Brasil, como a rede Club Med, por exemplo. A novidade é fruto de uma parceria entre a Realgem’s, maior fabri-cante de amenities do Brasil, e o Governo Brasileiro por meio do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Sebrae.A Linha “Ta-lentos do Brasil”, formada por shampoo, condicionador, sabo-

nete líquido, loção hidratante e sabonetes em barra, entrou em campo junto com a Copa e veio para ficar, tornando-se uma das grandes atrações para os hós-pedes mais exigentes e também fonte de renda para os apicultores responsáveis pelo mel, a matéria-prima principal da linha.

Segundo Mauro Carvalho, di-retor da Realgem’s, essa parceria consiste na compra do extrato de mel de apicultores do país e no direcionamento de 5% do total das vendas à Avapis - Associação Vacariense de Apicultores. “De-

pois de comprar a matéria-prima, nossa equipe faz a formulação dos cosméticos, layout das embala-gens, o envase do produto nos frascos, rotulação, lote, venda e entrega ao cliente. Somos respon-sáveis por todo o processo”, diz.

Com isso, todos os empreendi-mentos que compram os produtos da Linha Talentos do Brasil – a única sustentável do mercado homologada pelo Governo - para oferecer aos hóspedes ajudam a fechar um ciclo altamente sus-tentável. “Eles contribuem com a renda dos produtores diretos, de

todos aqueles associados à coo-perativa do Programa Agricultura Familiar e ainda fazem a economia brasileira girar”, explica Mauro.

O Governo faz o cadastro de pequenos agricultores no Pro-grama. Ao mesmo tempo, busca grandes indústrias que possam utilizar as matérias-primas pro-duzidas por eles. Neste caso, a Realgem’s, que faz a compra das matérias-primas para a fabrica-ção dos amenities. Com isso, os produtos ganham chancela da Agricultura Familiar fornecida pelo Governo.

Cosméticos fabricados no Paraná geram renda para pequenos agricultores do Brasil

noVidade

Para ajudar os consumidores a começarem o ano fazendo economia, o Condor Super Center realiza até o dia 7 de janeiro o “Super Saldão Condor”, com ofertas imperdíveis nos setores de eletro, têxtil, bazar, mercearia, higiene e limpeza.A maior rede de supermercados do Paraná, que habitu-almente realiza seu saldão anual em três dias, dobrou o período da promoção, com ofertas que se renovam a cada dia, graças a grandes negociações realizadas com seus for-necedores, que permitiram disponibilizar um maior volume de produtos a preços mais do que especiais. O diretor comercial do Condor, João Luiz de Lima Silva, destaca que a forte parceria que o Condor mantém com seus fornecedores no decorrer do ano é o que viabiliza a empresa conseguir condições extraordinárias para oportu-nidades como essa.E como um facilitador para as compras, os eletros podem ser parcelados no cartão Condor Mastercard em até 15x sem juros ou em até 24x fixas, com juros de 1,99% a.m. + IOF.Ainda segundo o diretor, esta promoção é ideal para quem deseja reabastecer a casa com itens de todos os setores da loja ou até mesmo para quem estava planejando comprar um eletro novo. “Além dos gastos extras com as festas de final de ano, todo ano já inicia com pagamento de taxas e impostos, então o saldão é importante para quem quer iniciar 2015 comprando mais e pagando menos. Desonerar o consumidor é sempre um diferencial que a nossa empresa busca.”, destaca.

Oi oferece tarifas de roaming internacional para as férias

teLeFonia

Para aproveitar o fim do ano e início do verão, a Oi traz um portfólio de pacotes e tarifas avulsas de roaming internacional para seus clien-tes falarem e navegarem no exterior à vontade. A oferta é válida para todos os países das Américas e Europa, por tempo limitado – até março de 2015. Ainda há opção de pacotes e tarifas avulsas de roaming internacional da Oi para os países da Ásia, África e Oceania.

Um dos destaques da oferta é que os clientes pós-pago da Oi terão uma tarifa exclusiva para Portugal e poderão efetuar e receber chamadas a partir de R$ 1,99/min e acessar a internet a partir de R$ 3,99/MB. Já nos outros países da Europa e nas Américas, os clientes poderão falar a partir de R$ 3,99/min e R$ 2,99/min e acessar a inter-net a partir de R$ 9,99/MB e R$ 8,99/MB, respectivamente.

Imagina a praticidade em fazer as compras do dia a dia durante uma visita em um centro de compras. Com essa proposta, o Minuto Pão de Açúcar - considerado uma tendência de consumo e uma solução para o cliente que busca conveniência e praticidade nas compras rotineiras - acaba de inau-gurar uma loja no Shopping Granja Vianna. A primeira loja da região vem para reforçar a estratégia do em-preendimento em atender as necessidades e o perfil do seu público e o conceito da loja em receber quem pro-cura facilidade, qualidade e bons preços.O espaço de 393m² conta com aproximadamente 5 mil itens, com foco em produtos de consumo imediato, dife-renciados (queijos nobres, vinhos, cervejas especiais, etc), saudáveis e básicos de compra de reposição (incluindo produtos de hi-giene básica e limpeza). No setor de Frutas, Verduras e Legumes, o formato traz o

sortimento já processado e embalado, com desta-que para orgânicos. Já no Açougue, preferência para soluções individuais e por-ções. Um dos diferenciais da loja é o destaque para as soluções de consumo ime-diato e pratos prontos, como saladas, sanduíches, sucos e congelados, valorizando a praticidade e conveniência dos clientes. Dentro das iniciativas sus-tentáveis que o Minuto Pão de Açúcar traz à Granja Viana, está o programa de descarte “pré-consumo” Caixa Verde, que permite aos clientes deixar as emba-lagens secundárias que não precisam ser levadas para casa ali mesmo, nas urnas instaladas na saída dos cai-xas. Tudo que é arrecadado é doado para cooperativas de reciclagem. A loja conta ainda com um Coletor de Pilhas e Baterias. O Minuto Pão de Açúcar funciona de segunda a sá-bado das 10h às 22h e de domingo das 14h às 20h.

A BRF, sétima maior empresa de alimentos do mundo em valor de mercado, é a maior promessa do País para 2015, segundo pesquisa realizada pela revista Forbes Brasil, que avalia 16 setores da economia. O ranking, publicado na edição dezembro/janeiro, foi elaborado a partir de análises de especialistas, que consideraram critérios técnicos como valor de mercado, faturamento e consistência financeira nos resultados. A publicação afirma que 2014 foi um “ano pródigo” para a BRF e cita a expectativa de que 2015 seja ainda melhor para a empresa. Entre os setores abordados na pesquisa também aparecem Banco e Finanças, Construção Civil, Automotivo, Educação, Varejo, Beleza e Higiene Pessoal, Companhias Aéreas, Economia Digital, entre outras.

A participação da BCF Plásti-cosna Medica 2014, a maior feira hospitalar do mundo realizada em Dusseldorf - Alemanha, deverá significar um aumento de 25% no marketshare da empresa no mercado internacional em 2015. Durante o evento, a empresa fechou negócios e firmou parcerias para a co-mercialização de divisórias móveis sanfonadas em PVC para hospitais da Argélia, Arábia Saudita e Emirados Árabes, além de países da Europa.De acordo com Dylan Goes de Barros, gerente de expor-tações da empresa, a qua-lidade do material foi fator

decisivo para despertar o interesse externo no produto brasileiro. “O preço com-petitivo e o baixo custo de manutenção também contri-buíram para a boa aceitação das divisórias no mercado internacional, principal-mente em territórios pouco explorados”, comenta.Segundo Barros, a presença da BCF Plásticos na Médica 2014 consolida a posição da marca no mercado de manu-faturados em PVC em nível internacional. “Além disso, ajuda a reforçar a imagem do Brasil como exportador de produtos industrializa-dos, e não apenas de com-modities”, analisa.

Page 6: Diário Indústria & Comércio 05-01-2015

Curitiba, segunda-feira, 05 de janeiro de 2015

a6 | InternaCIonal Diário Indústria&Comércio

Premier bloqueia reforma que beneficiaria Berlusconi

ItálIa

Reforma fiscal voltará para a análise do Conselho dos Ministros

O primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, mandou bar-

rar ontem (04) a “transmissão formal para a Câmara do texto aprovado pelo Conselho de Mi-nistros” sobre a reforma fiscal no país, informou o governo.

As mudanças beneficiariam o ex-premier Silvio Berlusconi, condenado por fraude fiscal no processo conhecido como Media-set, e cancelariam o afastamento político do líder do partido Forza Italia. Agora, o texto volta para o Conselho para análise.

Em entrevista ao canal TG5, Renzi disse que “se alguém ima-gina que essas mudanças são moedas de escambo, não há problema: nós as barraremos. Essa lei nós só vamos mandar ao Parlamento após as eleições presidenciais, depois que Ber-lusconi cumprirá sua punição e mostraremos que não há nada de estranho nela”.

Novo chefe de missão da ONU diz que derrotar o ebola é difícil, mas possível

O novo chefe da Missão das Nações Unidas de Resposta à Emergência do Ebola, Ismail Ould Cheikh Ahmed, disse hoje (4) que acabar com a mais mortí-fera epidemia da doença é difícil, mas possível, alertando que o mundo não tem outra escolha além de derrotar o ebola. “Esta é uma crise global. Temos tempos difíceis pela frente, mas podemos

conseguir”, declarou Ahmed ao chegar a Gana para assumir oficialmente o cargo, substituin-do o norte-americano Anthony Banbury.

Ao falar sobre o combate à epidemia, Ahmed realçou que não há um plano B. “O trabalho à frente continua a ser muito difícil, mas nós realmente não temos outra escolha”, acrescentou, em

um comunicado. De acordo com os últimos dados da Organização Mundial de Saúde, foram regis-trados mais de 20.200 casos con-firmados, prováveis ou suspeitos de ebola, além de pouco mais de 7.900 mortes relatadas. Os países mais afetados são a Serra Leoa, Libéria e Guiné.

Ahmed deve visitar esta sema-na as três localidades na tentativa

de reforçar as prioridades estraté-gicas da ONU e ver em primeira mão como anda a resposta ao ebola. O chege de missão será acompanhado pelo enviado es-pecial das Nações Unidas sobre Ebola, David Nabarro. Antes de sua nova nomeação, Ahmed foi Representante Especial Adjunto e Chefe Adjunto da Missão de Apoio das Nações Unidas na Líbia.

Cidade da Colômbia entra em alerta diante de casos de chikungunya

Autoridade da cidade de Me-dellin, no noroeste da Colômbia, decretaram alerta sanitário na tentativa de controlar a propaga-ção da febre chikungunya, doença viral transmitida por mosquitos.

A decisão foi tomada depois de se terem identificados 600 ca-sos suspeitos da doença no depar-tamento de Antioquia, incluindo cerca de 100 detectados na capital Medellín, a segunda maior cidade da Colômbia.

A febre chikungunya é doença viral transmitida aos seres hu-

manos por mosquitos infectados – incluindo o Aedes aegypti e o Aedes albopictus.

Pelo menos dez dos casos registrados em Medellín são importados.

“Temos um alerta de saúde dirigido a toda a rede hospitalar para que, perante a ocorrência de um caso, possamos intervir de imediato, fornecer mosquiteiros, providenciar o isolamento de um eventual paciente infectado com o vírus e proceder logo”, explicou o vice-presidente do município

para a área da saúde, Juan Carlos Giraldo Salinas.

O alerta em Medellín de-monstra a rápida propagação do vírus na Colômbia, que já registra 74.566 casos, de acordo com os dados mais recentes do Ministério da Saúde do país. A maioria se concentra na região do Caribe, com o departamento de Bolívar, no norte, tendo identificado pelo menos 29.677 ocorrências.

O alerta foi decretado na sequência das declarações do vice-ministro da Saúde, Fernando

Ruiz Gómez, que advertiu para o risco de um novo pico de con-tágio entre a terceira semana de janeiro e todo o mês de fevereiro. Gómez não descartou, porém, a possibilidade de o número de ca-sos continuar a aumentar depois desse período.

Em junho de 2014, a Organi-zação Mundial de Saúde anunciou que a febre chikungunya estava se propagando por novas regiões do globo terrestre, tendo registrado a ocorrência do vírus em quase 40 países.

Profissional de saúde dos EUA é colocado em observação após exposição ao ebola

Um profissional de saúde dos Estados Unidos que esteve em Serra Leoa será colocado hoje (4) sob observação em um hospital de Nebraska, no centro do país, após elevado nível de exposição ao ví-rus do ebola. O paciente, que não foi identificado, chega hoje ao país a bordo de um avião privado para ser observado e eventualmente

sujeito a tratamento.“Ele foi exposto ao vírus,

mas não está doente”, disse Phil Smith, diretor clínico da unidade especializada do Centro Médico do Nebraska. “Contudo, vamos tomar as medidas adequadas de precaução. Esse paciente vai ficar sob observação na mesma sala em que os primeiros três pacientes

receberam tratamento e vai ser cuidadosamente monitorado para ver se a doença se desenvolve”.

Dois pacientes acolhidos pelo centro hospitalar foram tratados para a doença e receberam alta, mas o terceiro – um cirurgião infectado com o vírus enquanto trabalhava em Serra Leoa (sua terra natal) – morreu em no-

vembro.Em 2014, foram identificados

20.171 casos de ebola e 7.890 mortes, de acordo com dados mais recentes da Organização Mundial de Saúde. Quase todos casos e óbitos foram registrados em três países da África Ociden-tal: Serra Leoa, Libéria e Guiné-Conacri.

Drones norte-americanos deixam pelo menos 11 mortos no Afeganistão

Pelo menos 11 insurgentes foram mortos em ataques de dro-nes norte-americanos nas últimas horas no Afeganistão, depois de 35 talibãs terem morrido em confrontos com as forças armadas e cinco soldados perdido a vida

numa explosão de uma mina.Sete membros da rede Haqani

foram mortos em ataque de drone na aldeia de Kean, no distrito de Spera, província de Khost, no su-deste do país, enquanto viajavam em um veículo, adiantou a agên-

cia afegã de serviços secretos.Em outro ataque realizado por

drones quatro talibãs morreram no distrito de Nijrab, na provín-cia de Kapisa, disse o chefe de segurança provincial, Abdullah Talwar.

Os atentados surgem depois de as forças da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e dos Estados Unidos terem concluído a missão de combate e iniciado a operação Apoio De-cidido.

EI divulga novo vídeo de refém britânico no Iraque

John Cantlie, o jornalista britânico que é prisioneiro do Estado Islâmico (EI, ex-Isis), gravou mais um vídeo para os terroristas em que mostra a cidade de Mosul. Em uma verdadeira reportagem de pro-paganda dos jihadistas, Cantlie mostra o modo que o grupo está gerindo a cidade.

Movendo-se com aparente liberdade, ele afirma que a mídia ocidental mente sobre os extremistas, mostra que há energia elétrica e visita um hospital que trata dos feridos de guerra.

Ele foca especialmente em uma área voltada para o tratamento de crianças feridas e com problemas mentais e garante que a ordem pública

está garantida. No vídeo de mais de oito minutos, Cantlie diz que nunca houve tão pou-cos crimes na cidade como ocorre agora com o EI no comando.

Esse é o quinto vídeo de Cantlie nas mãos dos jihadis-tas. O jornalista é usado como uma espécie de “porta-voz” dos terroristas e envia mensagens do grupo para o Ocidente. O britânico foi sequestrado em 2012, enquanto atuava como repórter freelancer na Síria.

O pai de Cantlie, Paul, mor-reu no dia 22 de outubro após enviar apelos aos jihadistas para que eles libertassem seu filho. Ele faleceu sem saber se os rebeldes receberam suas mensagens de apelo.

Cantlie é usado para mostrar o governo do EI

Menina de 7 anos pede ajuda após sobreviver à acidente aéreo

Uma menina de sete anos sobreviveu a queda de uma pequena aeronave e conseguiu pedir ajuda no sudeste de Ken-tucky, nos Estados Unidos.

Desorientada e longe do local do desastre, ela foi até uma casa próxima e avisou sobre a queda. Após duas ho-

ras de buscas, as autoridades encontraram o Piper PA-34, que perdeu contato com os controladores de voo no início da noite de sábado (02). Os cor-pos do piloto e de três vítimas do acidente foram encontrados no local. As autoridades inves-tigam o caso.

Incêndios na Austrália já destruíram mais de 12 mil hectares

Os incêndios florestais re-gistrados desde a última sexta-feira (2) no sul da Austrália já consumiram aproximadamen-te 12 mil hectares e destruíram pelo menos 12 habitações, informaram ontem (4) as au-toridades locais.

Mais de 800 bombeiros, apoiados por dezena de aero-naves e 80 viaturas, combatem as chamas, principalmente na zona de Adelaide Hills, no es-tado da Austrália do Sul.

“Há muitas casas destru-ídas. Mas, milagrosamente, também há muitas que se sal-varam, apesar de o cenário ao redor ser obscuro”, afirmou o chefe do governo da Austrália do Sul, Jay Weatherill, em de-clarações aos jornalistas.

O intenso fogo continua sem controle e avança em todas as direções, segundo o Serviço de Bombeiros da Austrália, que advertiu para o risco de perdas humanas, mesmo após uma melhoria das condições meteorológicas.

Isso porque se espera que o

ligeiro arrefecimento do tempo registrado hoje ajude os bom-beiros a controlar as chamas, mas as previsões indicam que as temperaturas deverão voltar a subir na próxima quarta-feira (7).

A zona das colinas de Ade-laide, conhecidas por sua pro-dução vinícola e que se localiza a nordeste da cidade, é habita-da por cerca de 40 mil pessoas que foram aconselhadas ante-riormente pelas autoridades a abandonar suas casas o mais rapidamente possível.

As elevadas temperaturas durante o verão austral têm contribuído nos últimos anos para o aumento dos incêndios na Austrália, fenômeno que os cientistas atribuem parcial-mente ao aquecimento global.

Um tribunal do país apro-vou, no dia 23 de dezembro, uma indenização superior a US$ 400 milhões para pessoas afetadas pelos incêndios regis-trados em 2009 no estado de Victoria e que deixaram 173 mortos.

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publicidade legal | a7Diário Indústria&Comérciocuritiba, segunda-feira, 05 de janeiro de 2015

Contribuição Sindical Patronal - 2015O Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação no Estado do Paraná, na forma do art. 605 da CLT, notifica a todas as empresas (associadas ou não) da categoria econômica que representa, para o recolhimento, até 31.01.2015, da contribuição sindical (art. 580, III, da CLT) de 2015, mediante guia de recolhimento própria, estando à disposição das empresas para coadjuvá-las nas orientações sobre a referida obrigação. Curitiba, 15 de dezembro de 2014Adonai Aires de Arruda – Presidente / SEAC-PR

EDITAL Nº 8337031

EDITAL DE CITAÇÃO COM PRAZO DE 60 (SESSENTA) DIAS.

A DOUTORA ANA CAROLINA MOROZOWSKI, JUÍZA FEDERAL SUBSTITUTA DA 3a VARA DE CURITIBA, SEÇÃO JUDICIÁRIA DO PARANÁ, NA FORMA DA LEI, ETC.

FAZ SABER, a todos os que o presente edital virem, ou dele conhecimento tiverem, que perante este Juízo e Secretaria se processam os Autos de EMBARGOS DE TERCEIRO N° 5007459-19.2010.404.7000/PR, em que figura como requerente GIANINNE SIMAO e requerido CRUZVAL CONSTRUCOES E EMPREENDIMENTOS LTDA, pessoa jurídica inscrita no CNPJ sob n° 76.097.955/0001-70, com último endereço conhecido na Rua Marechal Floriano Peixoto, n° 2.333, CEP 80.220-000, em Curitiba/PR.

Como o(a) requerido(a) CRUZVAL CONSTRUÇÕES E EMPREENDIMENTOS LTDA encontra-se em lugar incerto e não sabido, não sendo por isso citado(a) pessoalmente,

CITA-O(A) por meio do presente, para contestar o presente feito em 10 (dez) dias (CPC, art. 1.053).

A presidente Dilma Rousseff começará este governo mais

leve. Para ficar mais esbelta na cerimônia de posse do seu segundo mandato, que ocorreu na tarde da última quinta-feira (1), ela encarou nos últimos dias uma dieta radical com objetivo de perder 13 quilos.

Os desafios que terá à frente em 2015, porém, serão bem pe-sados. Três questões prometem dar especial trabalho à presidente ─ a relação com o Congresso Nacional, a recuperação da eco-nomia e o desenrolar da crise da Petrobras.

Após uma vitória muito aper-tada nas eleições, o governo tem pela frente uma oposição mais combativa e estridente. O princi-pal desafio político, porém, deve ser a relação dentro da própria aliança governista, acredita o cientista político Fernando Abru-cio, professor e pesquisador da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Ele nota que a oposição está com seu discurso enfraquecido, já que a presidente sinalizou que fará o ajuste econômico defendido pela campanha do candidato der-rotado Aécio Neves (PSDB).

“Mais do que uma oposição mais forte, o desafio de Dilma é lidar com um governismo mais fraco”, afirma.

Segundo ele, há três razões para esse enfraquecimento: o desempenho fraco da economia, o escândalo da Petrobras e a falta de um projeto claro para o governo.

“A própria aliança governista não tem clareza de por que está junto. Os partidos não têm pers-pectiva de ir para oposição mas não sabem o que fazem na base do governo”, observou.

Após enfrentar momentos de tensão no Congresso Nacional em seu primeiro mandato, como na votação do Código Florestal e da mudança da legislação dos portos, Dilma usou a nomeação dos novos ministros como forma de tentar costurar maior lealdade no Legislativo.

A estratégia de distribuir car-gos em troca de apoio no Congres-so não é nova. Dessa vez, porém, nota-se um perfil político mais forte entre os novos ministros.

Apesar de alguns nomes te-rem causado grande polêmica, como a escolha da senadora Kátia Abreu para a pasta da Agricultura e do ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab para o Ministério das Cidades, a nomeação de po-líticos de tradição, incluindo três ex-governadores, pode aumentar a base de sustentação do gover-no no Congresso, que será mais fragmentado e conservador com a posse dos novos parlamentares eleitos em outubro.

Além disso, Dilma abriu mais espaço para novos partidos, como Pros (Cid Gomes como ministro

da Educação) e PSD (Kassab para Cidades), para tentar reduzir a dependência do PMDB.

“A presidenta montou um ministério que reúne as melhores condições para a repactuação política da governabilidade. É um ministério que tem um viés político grande, que representa uma grande correlação de forças e capacidade de articulação”, afirma o deputado federal José Guimarães (PT-CE).

Para Abrucio, Dilma montou um “ministério defensivo”.

“É uma forma de se proteger no Congresso num ano em que há muitas incertezas. Será necessário aprovar medidas econômicas não muito populares e também

haverá a crise da Petrobras, com consequências também para o Congresso”, acrescentou.

PT insaTisfeiToEmbora a nomeação do novos

ministros tenha rendido elogios públicos, nos bastidores há in-satisfação até mesmo dentro do PT ─ o que pode indicar uma relação mais difícil entre Dilma e o partido.

A presidente optou por nome-ar para os cargos mais próximos da Presidência, lotados dentro do Palácio do Planalto, petistas mais distante do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva: Miguel Ro-setto ocupará a Secretaria-Geral e Pepe Vargas será o ministro das

Relações Institucionais, com a função de fazer o meio de campo entre o Planalto e o Congresso.

Além disso, Aloizio Merca-dante, hoje muito mais próximo de Dilma que de Lula, foi mantido à frente da Casa Civil.

As escolhas desagradaram a tendência majoritária do partido, CNB (Construindo um Novo Bra-sil), da qual Lula faz parte. Apesar de oficialmente o grupo negar, um parlamentar petista confirmou o desconforto.

A principal discordância é quanto ao nome de Pepe Vargas. Político gaúcho, deputado federal com poucos anos de Congresso, ele é visto como alguém sem o trânsito necessário entre deputa-

dos e senadores para comandar as negociações no Legislativo.

“É uma escolha equivocada. Demonstra que nesse aspecto ─ relação com o Congresso, com os líderes, com os parlamentares ─ a presidente não teria feito de fato uma mudança”, afirma o petista.

“Como o PT é o partido da presidenta, já é considerado um apoio automático, sem questiona-mento, mas de fato está havendo uma insatisfação”, acrescentou.

CongressoO primeiro desafio de Vargas

será coordenar as negociações em torno da eleição para a presi-dência da Câmara dos Deputados em fevereiro. Para o Senado,

há consenso entre PT e PMDB quanto à continuidade de Renan Calheiros na presidência. No caso da Câmara, porém, os dois maio-res partidos da base aliada estão em lados opostos.

Favorito na disputa, o de-putado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) tem muitas vezes contrariado os interesses do Planalto. O PT tenta articular a candidatura de Arlindo China-glia (PT-SP), mas a disputa pode acabar gerando mais rusgas na relação entre os dois partidos.

“Nós esperamos que o Palácio do Planalto, embora a gente saiba que jamais deixaria de torcer por uma candidatura do PT, fique relativamente neutro ou que não faça uma pressão tão escancarada (contra a candidatura do PMDB) que possa trazer depois um res-sentimento”, afirma o deputado Marcelo Castro (PMDB-PI).

“A gente percebe que há um sentimento difuso na Câmara, que permeia quase todos os parlamentares, de que o Poder Legislativo precisa ser fortalecido. E o Eduardo é aquela pessoa que hoje encarna esse sentimento. Daí a força da sua candidatura”, acrescenta.

PeTrobras e PibOutro fator que pode trazer

mais instabilidade política é o desenrolar do escândalo de cor-rupção na Petrobras. Estima-se que até 40 deputados (do total de 513) possam vir a ser cassados se comprov ado seu envolvimento no esquema de desvio de verbas da estatal.

A presidente Dilma Rousseff resiste a demitir a presidente da estatal, Graça Foster, porque confia em seu trabalho e não há indícios de que ela tenha pratica-do corrupção. Sua manutenção, porém, “mantém a crise na sala de estar do governo”, observa Abrucio.

“Essa indefinição sobre o ‘Pe-trolão’ atrapalha muito o governo, e não apenas no Congresso, atrapa-lha porque o governo não consegue nem aparecer em público. Então o governo está retraído, está clara-mente na defensiva”, afirma.

Além disso, o novo governo terá ainda o complicado desafio de acelerar o crescimento econô-mico, ao mesmo tempo que reduz gastos (para equilibrar as contas públicas) e eleva juros (para re-duzir a inflação).

O governo Dilma teve o mé-rito de manter o desemprego em níveis recordes de baixa. Mas, fora isso, nota-se uma piora dos indicadores econômicos. Além do crescimento baixo e da inflação continuamente acima do centro da meta de 4,5%, o resultado da balança comercial ficará negativo neste ano pela primeira vez desde 2000.

Oposição, economia, inflação e Petrobras: os grandes desafios de Dilma

Governo

Após uma vitória muito apertada nas eleições, o governo tem pela frente uma oposição mais combativa e estridente

A presidenta Dilma Rousseff assina termo de compromisso e faz juramento durante cerimônia de posse no Congresso Nacional

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Foto oficial da presidenta Dilma e ministros que tomaram posse para o segundo mandato

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AirAsia: acumúlo de gelo pode ter causado acidente, diz agência de meteorologia

A Agência de Meteorologia da Indonésia revelou hoje (4) que o tempo foi o fator que de-sencadeou o acidente do avião da AirAsia, que caiu há uma semana, colocando a possibilidade de o gelo ter provocado danos nos motores.

“Com base nos dados disponí-veis sobre a localização do avião quando do último contato, as condições meteorológicas foram o fator que desencadeou o aci-dente”, indicou a agência no seu portal na internet.

O Airbus A320-200 da com-

panhia malaia que descolou, em 28 de dezembro, da cidade indo-nésia de Surabaia, com destino a Singapura, onde deveria ter aterrizado cerca de duas horas depois, caiu no mar de Java, com 162 pessoas a bordo.

“O fenômeno meteorológico mais provável foi a formação de gelo, que pode danificar o motor devido a um processo de arrefecimento. Esta é apenas uma das possibilidades, com base na análise de dados me-teorológicos existentes”, disse a agência.

CARTÓRIO DE SANTA FELICIDADEIRIO DAS CHAGAS LIMA – OFICIAL

Av. Manoel Ribas, 6031 - Fone (41) 3372-1671 – CEP 82020-000 – CURITIBA – PARANÁEDITAL DE PROCLAMAS

Faço saber que pretendem se casar: 1- ALEXANDER STRADIOTO COM PAULA GOULIN2- GUSTAVO TEIXEIRA DE FREITAS COM FERNANDA DALL’AGNOL TEIXEIRA DE FREITAS3- CLAUDIO EZEQUIEL MARIA DOMINGUEZ PAREDES COM YASMIN IBRAHIM MAJZOUB4- DERICK YUDI KATAOKA COM RAFAELA LIZ DE ARRAZÃO5- ANDERSON LUIZ DE SOUZA COM TAMARA SCHULTZ VENTURASe alguém souber de algum impedimento, oponha-o na forma da Lei, no prazo de 15 (quinze) dias.

Curitiba, 29 de dezembro de 2014 IRIO DA CHAGAS LIMA

Oficial

3º OFÍCIO DE REGISTRO CIVIL E 15º TABELIONATODE PESSOAS NATURAIS

Município e Comarca de CURITIBA, Estado PARANÁBEL. MôNICA MARIA GUIMARãES dE MACEdO dALLA VECChIA

Registradora designada Faço saber que pretendem se casar: 01- ALESSANDRO CALDERELLI ARLINDO e ANA CAROLINA GUSSO TOSIN;02- ALESSANDRA FERREIRA BELUSSO e VANESSA CRISTINA DE OLIVEIRA. se alguém souber de algum impedimento, oponha-o na Forma da lei no prazo de 15 (quinze) dias.

CURITIBA, 26 dE dEZEMBRO dE 2014

Page 8: Diário Indústria & Comércio 05-01-2015

Diário Indústria&ComércioCuritiba, segunda-feira, 05 de janeiro de 2015 | Pág. a8Justiça&DiREitO

Ponto de Vista

Em quais pontos as opiniões dos econo-mistas Adam Smith, Antoine Cournot e John Stuart Mill divergem de Peter Thiel, conhecido investidor do Vale do Silício, fundador do Pay Pal e anjo em diversas startups, incluindo o Facebook? O ponto da discórdia baseia-se nos benefícios e malefícios dos conceitos econômicos da concorrência perfeita e do monopólio, ao mercado e aos consumidores. Em suma, maior oferta, inovação e menores preços no primeiro caso e o inverso para setores dominados por uma ou poucas empresas, conhecidos também como monopólio ou oligopólio. Vejamos a teoria de Antoine Cournot, economista francês nascido em 1801. Seu modelo baseou-se num duopólio de empesas que vendiam águas mi-nerais idênticas, cuja regra estava em não combinarem preços e quantidades produzidas, cartelizando o mercado. Como resultado, Cournot verificou que as empresas escolheram uma produção intermediária entre o monopólio e a concorrência perfeita. Corroborando Cournot, Mill reuniu em sua obra: princípios de economia politi-ca em 1848, ideias que correlacionavam preços altos e falta de concorrência, seja através de medidas impostas pelo gover-no, tais como aumento dos impostos de

importação ou crescimento agressivo das empresas. Para Mill, as companhias au-mentariam de tamanho continuamente, conquistando uma porção do mercado suficiente para dominá-lo, excluindo as concorrentes de menor porte, cobrando preços mais altos. O oposto do monopólio, a concorrên-cia perfeita, foi postulada pela mão invisível do mercado do escocês Adam Smith. Vejamos sua aplicação. Caso um vendedor cobrasse caro demais, outro reduziria seu preço, inviabilizando as vendas do primeiro. De forma análoga, um empregador que pagasse salários baixos, faria com que o concorrente contratasse seus empregados, falindo sua empresa. Em suma, as empresas fechariam caso não pagassem salários de mercado e não fizessem os produtos exigidos pelo consumidores, pelo preço que estivessem dispostos a pagar. Não obstante a janela de tempo, apren-demos na universidade e ainda acredi-tamos em ideias com mais de duzentos anos, anteriores a Ford e seu modelo T, Einstein e a teoria da relatividade, Fle-ming e a penicilina e o lançamento do primeiro satélite Sputnik, só para citar alguns exemplos. Basta lembrar as fusões de grupos como Antarctica e Brahma, Itaú e Unibanco, Grupo Pão de Açúcar e

Casas Bahia e os comentários catastrófi-cos dos analistas sobre concentração de mercado, poder de barganha, redução da oferta e aumento de preços. Vejamos agora as ideias de Peter Thiel, o qual em seu livro De Zero a Um apre-goa ideias opostas, exortando a livre concorrência e saudando os benefícios do monopólio. Como exemplos, utiliza as companhias aéreas americanas e o gigante de buscas Google. Enquanto as primeiras servem milhões de passageiros e criam cerca de 160 bilhões de dólares a cada ano, captam pouco ou quase nada dos lucros originados. Em 2012 a passagem aérea média custava 178 dólares, e os ganhos estavam na casa de 37 centavos de dólar por passageiro/viagem. Em situações ideais, a mão in-visível levaria as empresas a vender ao preço que os consumidores estivessem dispostos a pagar, fazendo com que no longo prazo nenhuma empresa obtenha lucro econômico.

Vale do Silício: o segredo dos monopólios criativos

Marcos Morita é mestre em administração de empresas e

professor da FIA-USP e Universidade Mackenzie. Especialistas em

estratégias empresariais, é palestrante e colunista.

STF derruba proibição para Defensoria propor Ação Civil

SÚMULA DESCUMPRIDA

A Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul poderá mover

Ação Civil Pública para reque-rer os direitos previstos na Lei de Execução Penal em favor dos detentos da cadeia pública do município de Miranda. A autorização foi concedida pela ministra Rosa Weber (foto), do Supremo Tribunal Federal, após apreciar uma reclamação proposta pelo órgão contra proi-

bição imposta pela 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça daquele estado.

Os desembargadores enten-deram que a Defensoria foi con-cebida com destinação específi-ca — ou seja, prestar assistência jurídica integral e gratuita às pessoas que comprovarem in-suficiência de recursos. Não lhe competiria, no entendimento do órgão, promover ação em nome

próprio na defesa de interesses difusos, imprecisos e abstratos ou de pessoas incertas.

A Defensoria argumentou ao Supremo que o colegiado afas-tou a aplicação do dispositivo legal que incluiu a instituição entre os legitimados para o ajui-zamento de ações civis. Assim, a corte julgou sem a observância da cláusula de reserva de ple-nário, prevista no artigo 97 da

Constituição e objeto da Súmula Vinculante 10 do STF. Diz a orientação: “viola a cláusula de reserva de plenário a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expres-samente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público, afasta sua incidência, no todo ou em parte”. Rosa Weber acolheu o argumento da Defensoria Pública do MS.

TROCA DE COMANDO

Novo ministro da CGU promete regulamentar Lei Anticorrupção em janeiro

Ao assumir o comando da Controladoria-Geral da União, o ministro Valdir Moysés Simão anunciou que o governo federal deve publicar ainda neste mês decreto que vai regular a Lei Anticorrupção. “São os últimos detalhes que estamos ajustando. É uma regulamentação complexa, mas está praticamente pronto”, afirmou, segundo a Folha de S.Paulo. Ele disse que o decreto terá “prioridade absoluta” em seus primeiros dias de gestão.

A Lei 12.846/2013, criada para responsabilizar empresas pela prática de atos contra a ad-ministração pública, completa em

janeiro seu primeiro aniversário, mas ainda não definiu critérios de como será aplicada em âmbito fe-deral — estados e municípios tam-bém estão à espera do texto, para usar como subsídio. Não se sabe, por exemplo, quais mecanismos de compliance serão avaliados para reduzir as penas, que podem chegar a 20% do faturamento bruto do exercício anterior.

Simão assumiu a vaga deixada por Jorge Hage, que anunciou sua saída em dezembro fazendo críticas à falta de fiscalização em estatais e ao baixo orçamento do órgão responsável por combater a cor-rupção. Hage manteve o discurso

duro na cerimônia de posse desta sexta, na frente de vários ministros, e cobrou que o Congresso aprove a reforma política. Ele estava à frente da pasta desde 2003, quando a CGU ainda não tinha status de ministério. Em abril de 2014, disse à revista Consultor Jurídico que a demora na regulamentação da Lei Anticorrupção estava ocorrendo na Casa Civil.

O novo ministro afirmou que a corrupção “deve ser extirpada” da sociedade brasileira e que “nossas empresas” devem ser defendidas de “predadores inimigos”. Se-guindo o discurso da presidente Dilma Rousseff (PT), que tomou

posse no dia 1º, ele defendeu que é necessário punir, “sem trégua, a corrupção que rouba o poder legítimo do povo; a corrupção que ofende e humilha os trabalhado-res, os empresários e os brasilei-ros honestos e de bem”.

Na véspera, Dilma já havia dito palavras semelhantes ao declarar-se contra a corrupção e apontar que há setores internos e externos contrários à Petrobras. Simão não citou expressamente a estatal, mas chegou a dizer em dezembro que manterá em curso investigações na CGU sobre even-tuais desvios, segundo a Agência Câmara.

FALTA DE SERVIÇO

Prefeitura indenizará cidadãos por não fazer obras para conter enchentes

A Prefeitura de Ribeirão Preto terá de pagar cerca de R$ 35 mil de indenização por danos morais a um grupo de moradores da cidade que perdeu utensílios, roupas e eletrodomésticos em uma inundação. A condenação também prevê o ressarcimento por danos materiais.

Os moradores do bairro Vila Virgínia foram surpreendidos

com a enchente, que chegou a atingir dois metros de altura. O município alegou que as chuvas foram excepcionalmente intensas em fevereiro de 2002, quando ocorreu a tragédia. E defendeu a descaracterizado o dano moral, pois o fato não teria passado de mero aborrecimento. Mas os mo-radores argumentaram que faltou política pública que evitasse a

enchente.A sentença fixou indenização

de aproximadamente R$ 5 mil para cada autor, valor que foi mantido pela 13ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo. Para o cole-giado, a prefeitura foi negligente, uma vez que as obras de combate às enchentes foram insuficientes para pôr fim às constantes inun-

dações na região.“Trata-se de conduta omis-

siva do Poder Público, em que tinha o dever de agir, mas não o fez, caracterizando a chamada falta de serviço, a aplicar-se, neste caso, a teoria subjetiva da responsabilidade civil”, escreveu o relator do recurso, desembar-gador Souza Meirelles. A decisão foi unânime.

DIREITOS HuMANOS

Incra reconhece comunidades quilombolas em dois estados

A Comunidade Dezidério Felipe de Oliveira/Picadinha, em Mato Grosso do Sul, foi oficialmente reconhecida e declarada como quilombola pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

A portaria informa que o Relatório Técnico de Identi-ficação e Delimitação (RTID) baseou a delimitação do ter-ritório, dividido em 12 por-ções. Ao todo, a área ocupa 2.651,3922 hectares (ha) do município de Dourados. Par-te dela estava ocupada por fazendas, por isso, para que a declaração fosse possível, o Incra mediou um acordo entre a comunidade e os produtores rurais que ocupavam o local desde os anos 1970.

Segundo o Mapa de Con-flitos Envolvendo Injustiça Ambiental e Saúde no Bra-sil, elaborado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em parceria com a Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional (Fase), 36 famí-lias descendentes de Dezidério Felipe de Oliveira, que viveu na região antes da abolição da escravatura e mudou-se para o distrito de Picadinha em 1905, reivindicavam 3.738 hectares.

A origem da comunidade, contudo, era questionada pe-los produtores rurais, o que gerou conflitos. Nos últimos anos, os quilombolas lutaram tanto pelo reconhecimento da história quanto por políticas públicas para a saúde, educa-ção, produção de alimentos e geração de renda, uma vez que enfrentavam dificuldades para

o sustento da comunidade.Com o acordo e a decisão

publicada hoje, o próximo passo será a regularização fun-diária, com a retirada da área de ocupantes não quilombolas mediante a desapropriação e/ou o pagamento de indeniza-ção e a demarcação do terri-tório. Só após esse processo, o título de propriedade coletiva poderá ser concedido.

Além da Comunidade Qui-lombola Dezidério Felipe de Oliveira, o Incra também reco-nheceu e declarou como terras da Comunidade Remanescente do Quilombo de Cambará uma área de 570 hectares no muni-cípio de Cachoeira do Sul (RS), no Vale do Jacuí.

Fruto da aquisição, por parte de escravos libertos, de partes da então sesmaria da Palma, concedida pela Coroa Portuguesa a Manoel Gomes Porto, em 1797, a comunidade desenvolve hoje agricultura de subsistência e a criação de pequenos rebanhos.

O território foi ocupado por fazendeiros nas últimas décadas. Mas, no caso dessa comunidade, de acordo com informações do Incra, os qui-lombolas posicionaram-se a favor da permanência no terri-tório de agricultores familiares não quilombolas que moram e exploram diretamente as propriedades.

A próxima etapa da regulari-zação fundiária de Cambará é a assinatura do decreto pela Presi-dência da República declarando as terras de interesse social. De-pois, poderão ocorrer a retirada da área de não remanescentes e a titulação da área.

MARCHA LENTA

Marca de empresa pode ser penhorada para pagar dívida com Fisco

Embora a execução tenha como princípio impactar da menor forma possível o deve-dor, é possível ampliar a me-dida quando a escolha do meio menos gravoso é ineficaz. Esse foi o entendimento da 6ª Vara da Fazenda Pública de Porto Alegre ao autorizar a penhora da marca ‘‘Rainha das Noivas’’ para quitar dívidas de ICMS com o Fisco gaúcho. A juíza Alessandra Abrão Bertoluci ainda manteve a penhora, já decidida anterior-mente, sobre o faturamento de 2% da receita da rede, que conta com cinco unidades próprias e 26 franqueadas.

A empresa devedora já havia firmado acordo de parcela-

mento para quitar seu débito fiscal, mas não vinha atendendo intimações para que exibisse os documentos da movimentação contábil de todas as unidades – só apresentou os referentes à matriz, de acordo com a Procu-radoria Fiscal da Procuradoria-Geral do Estado do Rio Grande do Sul.

Pagando parcelas mensais de R$ 7,6 mil ao Fisco, a dívida de R$ 56,6 milhões só seria totalmente quitada no prazo de 630 anos, sem atualização monetária, estimou a PGE-RS, ao pedir que a juíza ampliasse a penhora. Já a empresa dizia que a medida traria prejuízo as suas atividades.

CuIDADOS COM INCAPAZ

Falta de dinheiro não serve como desculpa para abandonar pai acamado

A falta de recursos econômi-cos não é motivo suficiente para se deixar um idoso acamado sem assistência e cuidados indispensáveis. Com esse enten-dimento, a 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo condenou um homem à pena de nove meses e dez dias em detenção, em regime semia-berto, por deixar o próprio pai sozinho em casa.

O homem virou réu depois que policiais de Santos (SP) receberam denúncia anônima, em junho de 2010, e encontra-ram o idoso sozinho numa casa,

com fome e deitado numa cama apenas de fralda. Vítima de um acidente vascular cerebral, ele sofreu abandono de forma con-tinuada, segundo o Ministério Público, e morreu num hospital seis meses depois.

O réu negou abandono, ale-gando que estava desempregado e, sem ter recursos econômicos para contratar um profissio-nal especializado, cuidava ele próprio do pai. Já o relator do caso, desembargador Francisco Orlando, baseou-se no relato de uma assistente social no momento da internação.