Dicionario Daanatomia Da Madeira

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  • 5/27/2018 Dicionario Daanatomia Da Madeira

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    Dicionrio de Anatomia da Madeira prof Arlindo Costa 2006/1 1

    Orifcio ou boca de uma pontoao. Pode ser:

    Coalescente quando forma pela reunio a outras aberturas em forma defenda, sulcos ou entalhes na superfcie interna da paredesecundria da clula

    Exclusa quando o contorno da abertura interna, vista de face, ex-cede o contorno da arola da pontoao

    Inclusa quando o contorno da abertura interna, vista de face, ficadentro do contorno da arola da pontoao

    Externa a abertura do canal da pontoao para cmara da pontoa-o.

    Interna a abertura do canal da pontoao para o -lume da clula

    ABERTURA DA PONTO-AO

    Lenticular quando vista de face, tem o contorno da seo de umalente bi-convexa.

    NGULO FIBRILAR ngulo formado pelo eixo longitudinal da clula e a direo das

    fibrilas na parede mesma.

    ALBURNO Parte do lenho que nas rvores contm clulas vivas e materiais

    de reserva, como o amilo. Cp.: CERNE.

    ALBURNO INCLUSO Poro de lenho com a aparncia e as propriedades do alburno, inclusa nocerne. Clulas vivas no mais existem a como no alburno normal, mas assubstncias de reserva podem permanecer. Sin.: ALBURNO DUPLO (aban-donado), ALBURNO INTERNO.

    ANEL ANUAL A camada de crescimento de um ano, vista em seo transversal, no lenhoe na casca

    ANEL DE CRESCIMENTO U ma camada de crescimento, vista em seo transversal, no

    lenho e na casca

    ANEL DE CRESCIMENTODESCONTNUO

    Anel de crescimento que no se apresenta em toda a volta do

    tronco.

    ANEL DUPLO (ouMLTIPLO)

    Anel anual constitudo por dois (ou mais) anis. Sin.: ANEL ANUALMLTIPLO.

    ANEL DE FRIO (GEADA) Ver ANEL TRAUMTICO

    ANEL TRAUMTICO Zona de tecido formado por um cmbio que tenha sofrido qualquer leso.Nota - So causas comuns do trauma as geadas (geralmente as tardias) assecas _ o fogo. Os tecidos incluem, via de regra, faixas irregulares de pa-rnquima traumtico e apresentam colorao escura pela presena de go-mas e resinas; algumas vezes, h tambm canais e lacunas intercelulares

    provenientes de seca. Esses anis denominam-se de ANIS DE FRIO eANIS DE SECA quando devem inquestionavelmente sua presena a umaou a outra das citadas causas.

    REA CRIVADA rea adelgaada da parede de um elemento condutor do lber, perfurada porum conjunto cribiforme de poros muito pequenos, pelos quais entram emconexo os protoplastos dos elementos crivados contguos.

    AROLA DA PONTOA-O

    A parte mais clara da parede secundria, vista de face compreendida dentrodo contorno da pontoao.

    ARESTA Ver ESPESSAMENTO CALITRISSIDE

    BARRA (S) DE SNIO Ver CRSSULA (S) e TRABCULA (S)

    BORDA DE PERFURA-O O remanescente de uma placa de perfurao, formando orla emtorno duma perfurao simples

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    BORNE Ver ALBURNO.

    BRAQUIESCLERCITO Ver CLULA PTREA

    CAMADA DECRESCIMENTO

    Camada de lenho ou de casca, produzida durante um perodo vegetativo.Freqentemente divisvel, sobretudo nas espcies das regies temperadas,em lenho (ou casca) inicial e tardio.

    CAMADAINTERCELULAR Camada isotrpica e desprovida de celulose que existe entre as clulasadjacentes.Sin.: LAMELA (LMINA) MDIA (abandonado).

    Nota: A camada intercelular muitas vezes parece continuar-se

    imperceptivelmente com as paredes primrias da clula (Ver LMIN A M-DIA COMPOSTA), e tcnicas especiais tm de ser empregadas para carac-teriz-la.

    CMARA DA PONTOA-O

    O espao compreendido entre a membrana da pontoao e a parte da pare-de que constitu a arola

    CMBIO (CMBIO VASCULAR)

    A camada de meristema situada entre o lenho e o lber, que d origem aesse tecidos na estrutura secundria.

    CMBIO DO SBER Ver FELOGNIOCMBIO ESTRATI-FICADO

    Cmbio caracterizado pela disposio das iniciais em camadas horizontais

    CAMPO DECRUZAMENTO

    Termo convencional que designa o retngulo formado pelas paredes de umaclula de raio e de uma traqueide axial contgua, vistas em seo radial.Usado principalmente para confera.

    CAMPO PRIMRIO DAPONTOAO

    Uma rea mais delgada da camada intercelular e das paredes primrias dasclulas contguas, dentro de cujos limites, usualmente, se desenvolvem umou mais pares de pontoaes.

    CANAL DA PONTOAO A passagem que estabelece comunicao do lume da clula com a cmarade qualquer pontoao areolada.

    Nota: As, pontoaes simples, quando ocorrem em paredes espessas, tmusualmente, cavidades em forma de canal

    CANAL GOMFERO Canal intercelular que contm goma.

    CANALINTERCELULAR Espao tubuloso intercelular, de comprimento indeterminado, geralmenteservindo de depsito a resina, goma etc, secretados pelo epitlio.

    Nota: Pode ser: 1. Axial ou 2. Radial (dentro de um raio). Sin.: CANALRESINFERO, CANAL GOMFERO.

    CANAL INTERCELULARRADIAL

    Canal que atravessa o lenho em direo radial, no interior de um raio fusi-forme

    CANAL INTERCELULAR

    TRAUMTICO

    Canal formado em conseqncia de leso na rvore viva.

    Nota: Muitas vezes atinge dimenses anormais. Pode ser axial ou radial.

    CANAL LATICFERO Ver TUBO LATICFERO.

    CANAL RESINFERO Canal intercelular que contm resina.

    CASCA Termo no tcnico usado para designar todos os tecidos que ficam por forado cilindro de lenho. Divisvel, usualmente, nas velhas rvores, em cascainterna, viva (Cp.: LBER), e casca externa, morta (Cp.: RITIDOMA).

    CASCA EXTERNA Ver CASCA

    CASCA INICIAL A casca formada na primeira fase de um perodo vegetativo.

    Cp.: LENHO INICIAL.

    Nota: Em casos tpicos (Alnus, Betula), constituda, principalmente de tuboscrivosos com clulas companheiras, ou de clulas crivosas.

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    CASCA INTERNA Ver CASCA.

    CASCA RIJA A parte da casca constituda de fibras ou de outras clulas reforadas, al-gumas vezes em camadas concntricas, que alternam, dentro do anel decrescimento, com camadas de casca tenra, ou mais irregularmente distribu-da no tecido fundamental da casca tenra. A camada de casca rija, constitu-da ao fim do perodo vegetativo (como em Quercus e Castanea) denomina-se CAMADA TERMINAL (Terminallayer).

    CASCA TARDIA A casca na fase final de um perodo vegetativo. Cp.: LENHO TARDIO. Emcasos tpicos, constituda, principalmente, de parnquima e de clulas outubos crivosos menores e menos numerosos. No fim da estao existe. svezes. Uma camada terminal de fibras. Ver CASCA RIJA.

    CASCA TENRA A parte da casca constituda de tubos crivosos e clulas parenquimatosas esuberizadas, mas que no inclui fibras nem outras clulas reforadas. Pre-sente em camadas concntricas que alternam, dentro do anel de crescimen-to, com outras da casca rija, ou formam um tecido fundamental, onde asclulas da casca rija esto irregularmente distribudas.

    CA VIDA DE DA PONTO-AO

    O espao compreendido entre a membrana de uma pontoao e o lumecelular

    CAVIDADEINTERCELULAR

    Espao intercelular de comprimento limitado, geralmente servindo para de-psito de resina, goma etc. e, de ordinrio, formado em Conseqncia auma leso da rvore viva. Cp.: CANAL INTERCELULAR.

    CLULA Cmara ou compartimento que, pelo menos durante certo tempo, providade um protoplasto. Constitui a unidade estrutural dos tecidos das plantas(como nos animais).

    CLULA COMPANHEIRA Clula irm de um elemento tubular crivoso, com o qual permanece emntima conexo dotada de ncleo e de citoplasma denso.

    Nota: A camada intercelular muitas vezes parece continuar-se impercepti-velmente com as paredes primrias da clula (ver LMIN A MDIA

    COMPOSTA), e tcnicas especiais tm de ser empregadas para caracteri-z-la.

    CLULA CRISTALFERA Clula que contm um ou mais cristais. Nota: clulas do parnquima axialou radial so, muitas vezes, cristalferas; as fibras e os tilos, menos comu-mente.

    CLULA CRISTALFERASEPTADA

    Clula cristalfera dividida em compartimentos por septos

    CLULA CRIVOSA Longa e delgada clula condutora do lber (no elemento constitutivo dumtubo crivoso) providas de reas crivadas relativamente pouco especializa-das, sobretudo nas extremidades atiladas que sobretudo nas extremidadesoutras clulas congneres, com as quais estabelecem contato.

    CLULA ENVOLVENTE

    (do raio)Uma das clulas eretas, (Ver: CLULA DO RAIO) que tendem a formarbainha em redor das clulas horizontais de certos raios multisseriados; dis-tintas em seco tangencial

    CLULA EPITELIAL Clula do epitlio.

    CLULA ERETA DORAIO

    Clula do raio, cuja maior dimenso no sentido axial. Nota.: Tais clulascompe certos raios unisseriados e partes, tipicamente as margens degrande nmero de raios multisseriados.

    CLULA ESCLEROSA Ver: ESCLERCITO

    CLULA FELIDE Ver: FELEMA.

    CLULA FUSIFORME DOPARNQUIMA

    Clula do parnquima axial derivada duma inicial fusiforme do cmbio semsubdiviso. Sin.: FIBRA SUBSTITUTA e FIBRA INTERMEDIRIA, expres-ses abandonadas. Cp: SRIE DE PARNQUIMA.

    CLULALATERICULIFOR-ME (do

    Tipo especial de clula ereta do raio, aparentemente vazia, quase da mes-ma altura das clulas horizontais, que ocorre em sries radiais indetermina-

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    RFIDES cristais aciculares dispostos habitualmente emfeixes compactos.

    ELEMENTO Termo genrico empregado para designar individualmente uma clula.

    Nota: Usado em anatomias de madeiras, sobretudo para marcar a distinoentre os vasos e as clulas que o compem - os ELEMENTOSVASCULARES.

    ELEMENTO TUBULARCRIVOSO

    Qualquer das clulas condutoras, alongadas, que, dispostas em srie axial,topo a topo, formam um tubo crivoso; as paredes comuns a dois elementos,que podem ser inclinados ou transversais, constituem as placas crivadas.Algumas vezes, possui reas crivadas adicionais, menos especializadas,nas paredes laterais.

    ELEMENTO VASCULAR Um dos componentes celulares dos vasos. Sin.: SEGMENTO V ASCULAR(abandonado).

    ELEMENTO V ASCULARFIDRIFORME

    Elemento vascular de dimetro relativamente pequeno, apresentando seme-lhana com fibrotraqueide.

    ELEMENTOS AXIAIS Termo convencional usado em anatomia de madeiras para todas as clulas

    que no as dos raios. Sin.: ELEMENTOS VERTICAIS (abandonado).ELEMENTOS CONGN-RES

    Clulas do mesmo tipo anatmico.

    ELEMENTOS ESTRATIFICADOS

    Clulas dispostas em estratos paralelos ou andares, bem visveis na secotangencial.

    ELEMENTOS VERTICAIS Ver ELEMENTOS AXIAIS.

    ELEMENTOSTRAQUEAIS

    As principais clulas condutoras da gua no xilema; essencialmente, oselementos vasculares e as traqueides. Nota: No xilema primrio, os ele-mentos traqueais podem ter apenas espessamentos anulares, espiraladosou reticulados e no apresentarem pontoaes.

    ENTALHE (O) Estreita rachadura existente na parede transversal (horizontal) de uma clu-

    la do raio, ao longo de sua juno com a parede tangencial. Nos cortes ra-diais aparece qual pequena depresso da parede horizontal, onde se inserea parede tangencial. Nota: Usado somente para as Conferas.

    EPIDERME A camada mais externa de clulas do corpo primrio da planta. Frequente-mente, com as paredes externas fortemente espessadas e cutinizadas;algumas vezes, mltipla, isto , formada por mais de uma fileira de clulas.

    EPITLIO A camada de clulas parenquimatosas secretoras que circundam um canalou cavidade intercelular modifico Sin.: CAMADA EPITELIAL.

    ESCLERCITO Elemento no marcadamente prodenquimatoso, cuja funo sobretudo deresistncia mecnica; possui, com freqncia, paredes secundrias lignifi-cadas e, comumente, quando maduro, carece de protoplasto. Sin.: CLULA

    ESCLEROSA. .Nota: Os esclercitos variam de polidricos a um tanto alongados e, muitasvezes, so ramificados. O tipo mais comum no lenho e na casca o BRA-QUIESCLERCITO ou CLULA PTREA. No raro, tais clulas so descri-tas como esclerosadas, como, por exemplo, "clulas esclerosadas do raio".

    Espao situado entre as clulas. Distinguem-se dois tipos:

    SECRETRIO Que compreende os canais e cavidades in-tercelulares , os quais por sua vez, podem seresquizgenos, lisgenos e esquizolisgenos.

    ESPAOINTERCELULAR

    NO-SECRETRIO: Isto , apenas intersticial.

    ESPAO INTERSTICIAL Espao no secretrio, situado entre as clulas.ESPESSAMENTO CALI-TRISIDE

    Pares de espessamentos em barra que atravessam a pontoao, como emCallitris. Tambm chamados de ARESTA quando vistos em seco.

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    ESPESSAMENTOHELICOIDAL

    Crista helicoidal da face interna da parede secundria, de que parte inte-grante. Ver PAREDE CELULAR.

    Nota: Com freqncia chamada erroneamente de ESPIRAL TERCIRIA,para evitar confuso com a do xilema primrio.

    ESQUIZGENO Formado pela separao das clulas adjacentes do tecido pelo fendimentoda parede comum.

    ESQUIZO-LISGENO Que se origina do fendimento da parede comum a duas ou mais clulas ese desenvolve ulteriormente pela destruio dos tecidos circundantes.

    ESTILIDE Ver CRISTAL.

    ESTRATIFICADO Termo aplicado s clulas axiais e aos raios do lenho, quando dispostos emcamadas horizontais, perceptveis nas superfcies tangenciais.

    Nota: A denominao usada para certos tecidos, como por exemplo, "pa-rnquima estratificado", ou ento, no sentido geral" como "lenho de estrutu-ra estratificada". A presena dessa estrutura a causa do LISTRADO DEESTRATIFICAO, visvel vista desarmada.

    FALSO ANEL ANUAL Um dos anis de crescimento de qualquer anel anual duplo (ou mltiplo)

    FELEMA Tecido formado, para o exterior, pelo feio gnio do caule e da raiz. As pare-des de suas clulas so geralmente suberizadas e, em. Algumas partes,mais espessas, podendo apresentar camadas lignificadas adicionais, pelolado do lume. Clulas no suberizadas do felema so conhecidas comoCLULAS FELIDES.

    FELODERME Tecido produzido, para o interior, pelo feio gnio e que geralmente tem aaparncia de parnquima cortical. Nas plantas lenhosas suas clulas podemtornar-se maiores e de paredes mais espessas, transformando-se em clu-las ptreas, algumas vezes radialmente alongadas.

    FELOGNIO A camada meristemtica que produz a periderme. Sin.: CMBIO DOSBER

    FIBRA Termo genrico, muito conveniente para designar, em anatomia de madei-ras, toda clula longas e estreitas do lenho ou do lber, que no seja vascu-lar ou parenquimatosa.

    Nota: Distinguem-se a FIBRA LENHOSA e a FIBRA LIBERIANA, incluindo-se no primeiro tipo, tanto as traqueides das Gimnospermas, como as fibraslenhosas libriformes e as fibrotraqueides das Angiospermas lenhosas.Termo usado de modo impreciso para designar todos os elementos do le-nho.

    FIBRA GELATINOSA Fibra com a poro interna da parede nada ou pouco lignificada, de apa-rncia gelatinosa. Ver tambm LENHO DE TENSO.

    FIBRA HETEROGNEA - Sin.: FIBRA GELATINOSA

    FIBRA INTERMEDIRIA Ver CLULA FUSIFORME DE PARNQUIMA.

    FIBRA LENHOSA Fibra do lenho ou xilema.

    FIBRA LENHOSA FIBR-IFORME

    Clula alongada, de parede geralmente espessa, com pontoaes simples.Em regra, distintamente mais comprida que a inicial do cmbio de que pro-veio, tanto quanto pode sei; inferido do menor comprimento dos elementosvasculares e sries de parnquima.

    FIBRA LENHOSASEPTADA

    Fibra cujo lume est subdividido por delgadas paredes transversais. Nota:Nestes elementos, o protoplasma se divide depois da formao da paredesecundria da clula.

    FIBRA LIBERIANA Fibra do lber.

    FIBRA MUCILAGINOSA Substitudo por FIBRA HETEROGNEA ou FIBRA GELATINOSA.FIBRA SUBSTITUTA Ver CLULA FUSIFORME DO PARNQUIMA.

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    FIBRILA Componente filiforme das paredes celulares, visvel ao microscpio fotnico.Nota: Usado sem qualificao, o termo equivale a macrofibrila, em oposioa microfibrila.

    FIBROTRAQUEIDE(Fibrotraquedeo)

    Traqueide com aspecto de fibra. Comumente, com parede espessa, lumeestreito, extremidades em ponta e ponto aes areoladas com aberturaslenticulares e lineares. O termo aplicado tanto s traqueides do lenhotardio das Gimnospermas, como s traqueides semelhantes a fibras nasAngiospermas lenhosas.

    Nota: As definies de tibrotraqueides fibras lenhosas libriformes apresen-tam considervel dificuldade, no no que concerne aos tipos extremos, co-mo as traqueides semelhantes a fibras, presentes em Dillenia, e s fibraslibriformes que aparecem associadas estrutura estratificada, mas, pelanecessidade de situar e definir ao tipos intermedirios. Em 1933, o "Gloss-rio" da IA WA adotou a presena ou ausncia de pontoaes areoladascomo o mais simples carter para a distino entre os dois tipos de elemen-tos, relegando para a categoria de fibrotraqueides todos os elementosintermedirios, com vestgios de ponto aes areoladas. A definio defibrotraqueide a seguinte: "Moderadamente alongada, comumente comparedes espessas e, na aparncia, um tanto intumescidas, raro com cama-

    das mucilaginosas; septos, se que existem, aparecendo s muito rara-mente; sempre desprovida de amilo; com pontoaes areoladas um tantograndes, com aberturas desde muito estreitas como fendas, at lenticicula-res. As pontoaes apresentam-se comparativamente numerosas nas pare-des tangenciais, excedendo seu nmero, em muitos casos, o das existentesnas paredes radiais. Quando tais fibras constituem a massa do tecido, aspontoaes para os vasos geralmente tm o mesmo tamanho das intervas-culares. Este conceito necessitaria de modificaes complementares nadefinio de fibra lenhosa libriforme. Como est definida no "Glossrio", afibrotraqueide com as pontoaes areoladas para os elementos congne-res , tecnicamente, uma forma de traqueide.

    FIBROTRAQUEIDE(fibrotraqueido) SEPTADA

    Fibrotraqucides (fibrotraqueido) com delgadas paredes transversais no

    lume.Nota: Nestes elementos o protoplasto se divide depois da formao dasparedes secundrias.

    FISSURA DA PAREDECELULAR

    Fissura na parede secundria da clula, tal como se pode ver as traquei-des do lenho de compresso..

    FLOEMA Ver LBER

    IDIOBLASTO Clula nitidamente diferente, pela forma e pelo contedo das demais domesmo tecido. Nota: Exemplos tpicos nas madeiras so certas clulas cris-talferas, oleaginosas e mucilaginosas.

    INICIAL DO CMBIO Uma clula do cmbio considerada individualmente. Cp.: INICIAL

    FUSIFORME e INICIAL DO RAIO.INICIAL FUSIFORME (docmbio)

    Inicial do cmbio que d origem a elementos axiais do lenho ou do lber.Suas seces tangenciais lembra a de um fuso.

    INI CIAL DO RAIO Inicial do cmbio que d origem a clulas do raio. Geralmente mais ou me-nos isodiamtrica e participando de um grupo bem definido, quando vistaem seco tangencial. Cp.: INICIAL FUSIFORME.

    LAMELA (lmina) MDIA Ver CAMADA INTERCELLULAR.

    LAMELA (lmina) MDIACOMPOSTA

    Termo convencionado para a zona aparentemente homognea que se ob-serva nos cortes entre as paredes secundrias de clulas adjacentes, cons-tituda das duas paredes celulares primrias e respectiva camada intercelu-lar de espessura varivel. Nota: o termo LAMELA MDIA tem sido muito

    usado, de modo impreciso para designar a referida estrutura composta.LATICFERO Denominao genrica do elemento que contm ltex. Nota: Pode tratar-se

    de uma clula isolada ou de uma srie tubular de clulas, mais ou menos

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    intimamente fusionadas.

    LENHO Principal tecido de sustentao e da conduo da seiva ascendente, noscaules e razes. Caracteriza-se pela presena de elementos traqueais. Sin.:XILEMA.

    LENHO DE COMPRES-SO

    Lenho de reao formado, tipicamente, no lado inferior dos ramos e caulesinclinados ou encurvados de rvores de Gimnospermas; caracteriza-se ana-

    tomicamente por ter traqueides marcadamente lignificadas, de secotransversal arredondada, e por trazerem, suas paredes, estrias espiraladas.As zonas desse lenho so geralmente mais densas e escuras que o tecidocircundante. Cp.: LENHO DE TENSO.

    LENHO DE POROSDIFUSOS

    Lenho cujos poros apresentam dimetros e distribuio uniformes, ou ape-nas variam gradualmente ao longo de um mesmo anel.

    LENHO DE POROS EMANIS

    Lenho em que os poros do lenho inicial so distintamente mais largos queos do lenho tardio, formando uma zona ou anel bem definido. Cp: LENHODE POROS DIFUSOS

    LENHO DE POROS EMANIS

    Madeira cujo lenho inicial assinalado por uma zona de: (a) vasos largos,ocasionais, ou (b) numerosos vasos pequenos.

    LENHO DE REAO Lenho com caracteres anatmicos mais ou menos distintos, formado, tipi-camente, em partes de caules inclinados ou encurvados, bem como nosramos que tendem a retomar a posio de crescimento de que haviam sidoafastados.

    Nota: Nas Gimnospermas, tal lenho tem o nome de LENHO DE COM-PRESSO; Nas Angiospermas, de LENHO DE TENSO

    LENHO DE TENSO Lenho de reao formado, tipicamente, na parte superior dos ramos e doscaules inclinados ou encurvados de Dicotiledneas e caracterizado anato-micamente, pela ausncia de lignificao da parede celular e, muitas vezes,pela presena de uma camada gelatinosa, interna, nas fibras. Sin.:ZUGHOLZ. Cp.: LENHO DE COMPRESSO.

    LENHO ESTIVAL

    1

    Ver LENHO TARDIOLENHO INICIAL A parte menos densa, de clulas mais largas, primeiramente um anel de

    crescimento. Sin.: LENHO

    LENHO INTERMEDIRIO Camadas internas do alburno que constituem a transio deste para o cer-ne, com respeito cor e aos caracteres gerais. Cp. : CERNE.

    LENHO NO POROSO Lenho desprovido dos poros ou vasos caractersticos das Angiospermas;tipicamente, as madeiras das Gimnospermas.

    LENHO POROSO Lenho com poros ou vasos. Constitui, tipicamente, as madeiras das Dicoti-ledneas, em oposio s das Gimnospermas.

    LENHO OU XILEMA PRI-

    MRIO

    Lenho ou xilema formado antes do secundrio, pela diferenciao do pro-

    cmbio. Nota: Ordinariamente, na borda da medula.

    LENHO PRIMAVERIL Ver LENHO INICIAL. Nota dos tradutores: Esta designao provavelmentes tem sentido para as madeiras das regies temperadas.

    LENHO OU XILEMA SE-CUNDRIO

    Lenho ou xilema produzido pelo cmbio. A parte mais densa, de clulasmenores, formada por ltimo em um anel de crescimento . Sin.: LENHOOUTONAL (abandonado) e LENHO ESTIVAL.

    LENTICELA Poro especializada da periderme, de forma varivel, mas freqentementelenticular, diferenciada de modo a permitir a troca de gases atravs da regi-o, em princpio, impermevel; constituda de clulas pouco suberizadas,frouxamente unidas.

    LBER ou FLOEMA O principal tecido condutor de substncias e nutrientes nas plantas vascula-res. Ocorre tanto na estrutura primria quanto na secundria, em associa-

    1 Esta denominao justifica para as madeiras das zonas temperadas.

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    o freqente, mas no necessria, com o lenho. No caule da maioria dasGimnospermas e Dicotiledneas, o lber secundrio est separado do lenhosecundrio pelo cmbio, do qual se origina. Compem-se de clulas dosseguintes tipos bsicos: elementos crivosos, clulas de parnquima, fibras eesclercitos.

    Feixes ou camadas de lber inclusos na massa de lenho secundrio de cer-tas Dicotiledneas. Sin.: LBER INTERXILAR Distinguem-se dois tipos:

    CONCNTRICO quando o cmbio , a curto prazo, substitudo pornovo tecido meristemtico que se desenvolve nopericclo ou no crtex e repete a estrutura do caulejovem. O caule, ento, consiste de camadas alter-nadas de lenho e lber.

    LBER INCLUSO OUFLOEMA INCLUSO

    FORAMINOSO quando o cmbio nico, permanente, continua afuncionar por toda a vida do caule cujo lenho se-cundrio normal, salvo quanto ocorrncia decordes de lber inclusos no mesmo.

    LBER INTERNO OUFLOEMA INTERNO

    Lber primrio situado para dentro do lenho primrio. Sin.: LBER OU

    FLOEMA INTRAXILAR e LBER OU FLOEMA PERIMEDULAR.LBER PRIMRIO OUFLOEMA PRIMRIO

    Primeiro lber a se constituir. Nos caules e razes, diferencia-se abaixo domeristema apical antes do aparecimento de um cmbio bem definido.

    LBER SECUNDRIO OUFLOEMA SECUNDRIO

    Normalmente, a parte da casca formada pelo cmbio .

    Ver LBER ou FLOEMA.

    LIMITE DO AC Linha externa de demarcao do anel de crescimento.

    LISGENO Formado pela desorganizao ou dissoluo de clulas.

    LISTRADO DE ESTRATI-FICAO

    Conjunto de tinas estrias horizontais, visveis na seo tangencial de certasmadeiras, devidas ao arranjo mais ou menos regular dos raios ou dos ele-

    mentos axiais, ou de ambos, em estratos superpostos. Sin.: SINAIS DEESTRATIFICAO.

    LUME A cavidade da clula.

    MCULA MEDULAR Cordo irregular de tecido parenquimatoso anmalo (freqentemente trau-mtico) incluso no lenho e que aparece nas sees longitudinais como umalistra. Comumente causada pelas galerias de larvas sob o cmbio.

    MEDULA A parte central ou mago do caule, constituda, essencialmente de parn-quima.

    MEMBRANA DA PONTO-AO

    A parte da camada intercelular e da parede celular primria que limita exter-namente a cavidade da pontoao. A parte central, mais espessa, da mem-

    brana de uma pontuao denominada TORO.Nota: Um toro com margem denteada ou recortada, como no gnero Ce-drus, recebe o nome de TORO DENTEADO (Scalloped torus).

    MERISTEMA Tecido caracterizado pela ativa diviso de seus elementos e que produz, porisso mesmo, as novas clulas necessrias ao crescimento da planta. VerMERISTEMA APICAL e CMBIO.

    MERISTEMA APICAL Meristema das extremidades em crescimento dos caules e razes.

    METAXILEMA Xilema primrio derradeiramente formado, com elementos traqueais pontu-ados. Cp.:PROTOXILEMA

    MLTIPLO RADIAL Ver PORO MLTIPLO.

    PAR DE PONTOAES Duas pontoaes complementares de clulas adjacentesPAR DE PONTOAESAREOLADA

    Conjunto de duas pontoaes areoladas complementares.

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    PAR DE PONTOAESASPIRADO

    Par de pontoaes areolada no qual o toro (Ver MEMBRANA DE PONTO-AO), deslocado lateralmente, bloqueia uma das aberturas.

    PAR DE PONTOAESSEMIAREOLADA

    Conjunto intercelular formado por uma pontoao simples e outra areolada

    PAR DE PONTOAES

    SIMPLES

    Conjunto intercelular de duas pontoaes simples.

    A membrana limitante de uma clula. Na clula completamente diferencia-da, consiste, ontogeneticamente, de trs camadas sobrepostas:

    Primria parede da clula meristemtica, modificadadurante a diferenciao (No confundi-Ia com aparte primeiramente formada na parede secun-dria, delgada, marcadamente anisotrpica).VerLAMELA MDIA COMPOSTA.

    Secundria a parede formada por dentro da parede primria

    PAREDE CELULAR

    Terciria termo que tem sido aplicado aos espessamen-tos helicoidais dos traqueides, fibras e vasosdo lenho, assim como camada mais internada parede celular secundria.

    PAREDE TERMINAL ouPAREDE DE TOPO

    Termo til para designar, em anatomia do lenho: (a) a parede da clula deparnquima, perpendicular ao comprimento da mesma, isto , a paredetangencial das clulas do raio ou a parede transversal das clulas do parn-quima axial; e (b) a parede oblqua ou transversal pela qual se comunicamdois elementos vasculares contguos.

    PAREDE TERMINALNODULAR

    Parede terminal de uma clula do parnquima, cuja seo se assemelha de uma formao moniliforme.

    PARNQUIMATecido composto de clulas tipicamente isodiamtricas ou paralelepipdi-cas, com pontoaes simples. Formado no lenho por: (a) iniciais fusiformesdo cmbio, com diviso transversal ulterior das clulas-filhas(PARNQUIMA AXIAL), ou (b) por iniciais do raio (PARNQUIMA DO RAIOOU PARNQUIMA RADIAL). Sin.: TECIDO DE RESERVA. Ver tambm:CLULA FUSIFORME DO P ARNQUIMA.

    Nota: Precipuamente relacionado com o armazenamento e a distribuiodas substncias nutritivas. Denomina-se PARNQUIMA DO LENHO ouPARNQUIMA DO LBER, de acordo com a sua localizao. VerPARNQUIMA PARATRAQUEAL UNILATERAL

    PARNQUIMA ABAXIAL Ver PARNQUIMA PARATRAQUEAL UNILATERAL.

    PARNQUIMA

    ALIFORMEParnquima paratraqueal que apresenta, nos cortes transversais, expan-ses laterais semelhantes a asas.

    PARNQUIMAAPOTRAQUEAL

    Parnquima axial tipicamente independente dos poros ou vasos. Nota: Podeser terminal, difuso e zonado (ou em faixas).

    PARNQUIMA AXIAL Parnquima formado de clulas derivadas de iniciais fusiformes docmbio. Sin.: PARNQUIMA LONGITUDINAL e PARNQUIMA VERTICAL .Cp.: PARNQUIMA RADIAL.

    PARNQUIMACONFLUENTE

    Parnquima aliforme coalescido que aparece nos cortes transversais sob aforma de faixas irregulares tangenciais ou diagonais

    PARNQUIMA DIFUSO Parnquima apotraqueal formado de clulas irregularmente esparsas entreas fibras ou de sries

    PARNQUIMADISJUNTIVO

    Parnquima axial ou radial constitudo de clulas parcialmente afastadasdurante o processo de diferenciao. Seu contato mantido por meio deprojees tubulares Sin.: PARNQUIMA CONJUGADO .

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    PARNQUIMA DOLENHO ou PARNQUIMADO XILEMA

    Parnquima que ocorre na massa do lenho ou xilema. Constitui, normal-mente, dois sistemas: (a) axial, e (b) radial.

    PARNQUIMA DO LBER Parnquima que participa da constituio do lber.

    PARNQUIMA DO RAIO Parnquima que constitui os raios, no todo ou em parte. Sin.:PARNQUIMA RADIAL.

    P. DO XILE-MA Ver PARNQUIMA DO LENHO.PARNQUIMAESCALARIFORME

    Parnquima cujo aspecto, em seo transversal, sugere o de escadas cons-titudas pelos raios e linhas ou faixas regularmente espaadas de parnqui-ma axial, quando estas so nitidamente mais estreitas que aqueles. Cp.:PARNQUIMA RETICULADO.

    PARNQUIMA INICIAL Parnquima apotraqueal formado de clulas que ocorrem isoladamente ouformam faixas mais ou menos contnuas, de largura varivel, no comeo doanel de crescimento. Cp.: PARNQUIMA TERMINAL.

    P. LONGITU-DINAL Ver PARNQUIMA AXIAL.

    P. META TRAQUEAL Ver PARNQUIMA ZONADO ou PARNQUIMA EM FAIXAS.

    P. PARATRAQUEAL Parnquima axial associado aos vasos ou aos traqueides vasculares.Nota: Divide-se em: Escasso, vasicntrico, aliforme e confluente.

    PARNQUIMA PARATRAQUEAL ESCASSO.

    Parnquima que constitui bainhas incompletas aos vasos, ou est re-presentado por clulas ocasionalmente dispostas na vizinhana imediatados mesmos.

    P. PARATRAQUEALUNILATERAL

    Parnquima paratraqueal limitado ao lado externo (abaxial) ou interno (ada-xial) dos vasos. Nota: Pode ser unilateral escasso, unilateral aliforme e uni-lateral confluente. Sin.: PARNQUIMA ABXIAL e PARNQUIMA ADAXIAL.

    PARNQUIMA RADIAL Ver PARNQUIMA DO RAIO

    PARNQUIMA RETICU-

    LADO

    Parnquima cujo aspecto, em seo transversal, lembra o de um retculo

    formado pelos raios e faixas ou linhas de parnquima axial, regularmenteespaadas, quando uns e outras so aproximadamente da mesma largura eguardam entre si mais ou menos as mesmas distncias. PARNQUIMAESCALARIFORME.

    PARNQUIMA SUB-AGREGADO

    Parnquima apotraqueal formado de clulas que, nos cortes transversais,tendem a se agrupar em curtas linhas tangenciais, ordenadas de raio a raio.Sin.: PARNQUIMA DIFUSO ZONADO ou DIFUSO EM FAIXAS.

    Nota: Este tipo de parnquima tambm, muitas vezes, reticulado.Ver PARNQUIMA RETICULADO.

    PARNQUIMA TERMI-NAL

    Parnquima apotraqueal formado de clulas dispostas isoladamente ou emcamada mais ou menos contnua, de largura varivel, ao fim da camada de

    crescimento.Nota: Antes de ser feita a distino entre parnquima TERMINAL e INICIAL,a expresso abrangia as duas formas e, por convenincia, ainda assimempregada, s vezes.

    PARNQUIMA TRAUM-TICO

    Parnquima formado de clulas de tamanho, forma e distribuio irregula-res, resultante da leso do cmbio. Sin.: PARNQUIMA DE LESO.

    PARNQUIMA VASICN-TRICO

    Parnquima que constitui, em tomo de cada vaso, uma bainha completa, delargura varivel e seo circular ou levemente ovalada.

    PARNQUIMA VERTICAL Ver PARNQUIMA AXIAL

    PARNQUIMA ZONADOou P. EM FAIXAS

    Parnquima axial que aparece sob a forma de linhas ou faixas concntricas,

    visto em seo transversal.Nota: O parnquima APOTRAQUEAL ZONADO ou METATRAQUEAL (a-bandonado) tipicamente independente dos vasos. O PARATRAQUEALZONADO ou PARATRAQUEAL EM FAIXAS (Sin.: CONFLUENTE) asso-

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    ciado aos vasos.

    PERFURAOMLTIPLA

    Perfurao da parede terminal de um elemento vascular, constituda deduas ou mais solues de continuidade da placa de perfurao. Cp.: PER-FURAO SIMPLES.

    PERFURAO SIMPLES Abertura nica, usualmente grande e mais ou menos arredondada, daplaca da perfurao. Cp.: PERFURAO MLTIPLA.

    PERFURAO VASCU-LAR

    Soluo de continuidade das paredes primrias e secundrias de dois ele-mentos vasculares contguos, propiciando comunicao livre entre as res-pectivas cavidades.

    PERIDERME Conjunto de camadas que substituem a epiderme, como revestimento im-permevel das razes e caules velhos. Produzida pelo felognio.

    PLACA CRIVADA A parte especializada da parede de um elemento de tubo crivoso; ora com-preende uma rea crivada nica (PLACA CRIVADA SIMPLES), ora diver-sas, muito prximas, com freqncia em arranjo escalariforme ou reticulado(PLACA CRIVADA COMPOSTA).

    PLACA DE PERFURA-AO

    Nome convencional da rea (Originariamente no perfurada) das paredescelulares de dois elementos vasculares contguos, comum a ambos que

    atravs dela estabelecem comunicao.PLACA DE PERFURA-O EFEDRIDE

    Placa perfurada por um pequeno grupo de aberturas circulares (como nasmadeiras do gnero Ephedra).

    PLACA DE PERFURA-O ESCALARIFORME

    Placa com mltiplas perfuraes alongadas e paralelas. Os remanescentesda placa, entre as aberturas, so chamados BARRAS.

    PLACA DE PERFURA-O RETICULADA

    Placa com mltiplas perfuraes, lembrando o aspecto de um retculo (comoem certas Bignoniceas). (IA W A).

    Lacuna da parede secundria da clula, com a respectiva membranaobturante externa; aberta internamente para o lume. Nota: Seus componen-tes essenciais so a CAVIDADE DA PONTOAO e a MEMBRANA DAPONTOAO. A pontoao pode ser:

    AREOLADA Tipicamente, uma pontoao qual as respectivamembrana aparece, quando vista de face, parci-almente recoberta pela parede secundria daclula.

    CEGA Pontoao desprovida da complementar emclula adjacente. Nota: Uma forma comum ocor-re em oposio a espao intercelular Sin.: PON-TOAO AREA

    CUPRESSIDE Pontoao de campo de cruzamento no lenhoinicial, cuja abertura inclusa, oval, um tanto

    mais estreita que o espao situado: de cada la-do, entre a dita abertura e a arola, tal comoocorre em Cupressus. (ver sob: ABERTURA DEPONTOAO).

    Nota: usado apenas para Gimnospermas.

    GUARNECIDA Pontoao areolada com a cavidade total ouparcial mente revestida de projees da paredesecundria da clula. Sin.: MEMBRANA CRIBRI-FORME (abandonada).

    LINEAR Pontoao cuja abertura, vista de face, longa emais ou menos uniformemente estreita.

    PONTOAO

    PICEIDE Pontoao de campo de cruzamento, no lenhoinicial cuja abertura estreita muitas vezes excedelevemente o contorno da arola, como em Picea.

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    Ver em ABERTURA DA PONTOAO.

    Nota: usado apenas em Gimnospermas.

    PINIDE ouFENESTRIFORME

    Termo convencionado para os menores tipos depontoaes existentes no campo de cruzamentodo lenho inicial, em diversas espcies de Pinus(excluindo-se as grandes pontoaes fenestri-

    formes de Pinus sylvestris, P. strobus. etc.). Ca-racteristicamente simples, ou dotadas de arolasestreitas, apresentam, com freqncia, tamanhoe formas variveis.

    RAMIFICADA Pontoaes simples cujas cavidades tm a formade canais coalescentes, como nas clulas p-treas.

    SEMI-AREOLADA Ver PAR DE PONTOAES SEMI AREOLADO.

    SIMPLES Pontoao cuja cavidade se torna mais larga, ouse conserva da mesma largura, ou apenas gra-dualmente se estrita na direo do lume, duranteo crescimento em espessura da parede secund-ria da clula.

    TAXODIIDE Pontoao de campo de cruzamento no lenhoinicial, cuja abertura grande, inclusa, de ovide acircular, mais larga do que o espao existente,de cada lado, entre a abertura e a borda da pon-toao, como em Sequoia.

    Nota: usado apenas para Gimnospermas.

    PONTOADO Termo coletivo para o conjunto de ponto aes ou de pares de pontoaes.

    PONTOAD'O ALTERNO Pontoado multisseriado no qual as pontoaes esto em fileiras diagonais.

    Nota: Quando as pontoaes so aglomeradas, as linhas do seu contorno,tendem a formar hexgonos.

    PONTOADO COMPOSTOUNILATERALMENTE

    Pontoado no qual uma pontoao corresponde a duas ou mais pontoaesmenores da clula adjacente

    PONTOADOCRIBRIFORME

    Arranjo de pequenas pontoaes grupadas em forma de crivo.

    PONTOADO DE CAMPODE CRUZADO

    Pontoado que se observa numa seco radial, no retngulo constitudo pe-las paredes horizontais de uma clula de raio e verticais de uma traqueideaxial adjacente. Nota: Termo usado principalmente para as Gimnospermas.

    PONTOADOESCALARIFORME

    Pontoado no qual as pontoaes alongadas ou lineares, esto dispostas demodo tal que lembram os degraus de uma escada.

    PONTOADOINTERVASCULAR Termo usado: (a) no sentido lato para o pontoado entre elementos traque-ais, e (b) no sentido mais particular da anatomia do lenho, para o pontoadoentre elementos vasculares.

    PONTOADO OPOSTO Pontoado multisseriado no qual as pontoaes constituem pares ou curtasfileiras horizontais.

    Nota: Quando as pontoaes so aglomeradas, seus contornos, vistos deface tendem a ser retangulares.

    PONTOADO RAIO-VASCULAR

    Pontoado entre a clula de um raio e um elemento vascular. Nota: algunsanatomistas distinguem diversos tipos, entre os quais: com incisuras hori-zontais; com incisuras verticais; com pontoaes reniformes; com pontoa-es arredondadas e grandes; e semelhantes ao intervascular.

    PORO Termo convencional para designar a seco transversal de um vaso ou deuma traqueide vascular.

    PORO MLTIPLO Conjunto de dois ou mais poros aglomerados que, por trazerem planas as

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    faces de contato recproco, parecem subdivises de um poro nico .

    Nota: O tipo mais comum o MLTIPLO RADIAL, constitudo de porosdispostos radialmente, separados por paredes planas tangenciais. Outrotipo, o MLTIPLO IRREGULAR, caracterizado pela disposio irregulardos poros.

    PORO SOLITRIO Poro completamente circundado por elementos de outra espcie.

    POROS EM CADEIA Poros solitrios adjacentes, dispostos em sries ou linhas radiais.PROSNQUIMA Denominao geral para as clulas alongadas, com extremidades agudas.

    Nota: usado antigamente como denominao coletiva para as fibras e tra-queides e, algumas vezes, para os elementos vasculares, em oposio aoparnquima.

    PROTOPLASTO A massa de protoplasma limitada pela parede de uma clula.

    PROTOXILEMA Poro do lenho primrio formada em primeiro lugar, constituda de elemen-tos traqueais caracterizados pela presena de espessamentos anulares ouhelicoidais Cp.: METAXILEMA.

    RFIDE (S)Ver CRISTAL.Agregado, em forma de fita, de clulas produzidas pelo cmbio, que se es-tende radialmente atravs do lenho e do lber. Nota: O termo RAIOMEDULAR agora restrito ao parnquima que estabelece a conexo docrtex primrio com a medula. Os raios HETEROGNEO e HOMOGNEOeram definidos do seguinte modo:

    RAIO

    HETEROGNEO Raio do lenho composto de clulas de vrios tipos mor-folgicos (normalmente, com as clulas da poro mul-tisseriada alongadas na direo radial e as das poresunisseriadas, quadradas ou com maior dimenso verti-cal)

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    Raio do lenho composto de clulas estendidas radial-mente. Tais definies eram insatisfatrias, por noabrangerem os raios formados inteiramente de clulasquadradas ou eretas. So eles homogneos no sentidoliteral do termo; pesquisas provaram, todavia, que osmesmos ocorrem, comumente, como acompanhantesunisseriados de raios multisseriados, acentuadamente

    heterogneos, e devem ser considerados, por issomesmo, como componente essencial dos tipos maisprimitivos de tecido radial heterogneo. Em conse-qncia, certos anatomistas estenderam a tais raiosunisseriados o conceito de heterogneo, o que podecausar confuso, alm de ser logicamente inaceitvel.Pelos motivos expostos decidiu o Comit de Nomencla-tura recomendar que se no empreguem os termos"homogneo" e "heterogneo" para os raios individual-mente, convindo melhor descrever a estrutura dosmesmos mais pormenorizadamente, como por exem-plo: "A poro multisseriada composta de clulas hori-zontais, as margens, unisseriadas, constitudas de c-

    lulas quadradas ou eretas" ou ento: "raio unisseriado,inteiramente composto de clulas horizontais". Alterna-tivamente, podem ser usados os termosHOMOCELULAR e HETEROCELULAR no sentidolateral como se segue:

    RAIO HOMO-

    CELULAR

    Raio do lenho composto de clulas domesmo tipo morfolgico, isto , no caso

    das madeiras de Dicotiledneas, todashorizontais, ou quadradas, ou eretas;ou no caso das Conferas, constitudosinteiramente de clulas do parnquima.

    Nota: As clulas quadradas e as eretasso consideradas como do mesmo tipomorfolgico.

    R.HETEROCELULAR

    Raio do lenho composto de clulas dediferentes tipos morfolgicos, isto , nocaso da madeira das Dicotiledneas,de clulas horizontais, e quadradas oueretas; ou, no caso das Conferas, declulas de parnquima e de traquei-des.

    Recomenda-se que os termos "homo-gneo" e "heterogneo" se apliquemsomente ao tecido radial das Dicotile-dneas:

    HOMOGNEO

    T. Quando os raios so compostos, parci-al ou inteiramente, de clulas quadra-

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    RADIAL

    HETERO-

    GNEO

    das ou eretas.

    T. RADIAL

    HOMO-

    GNEO

    Quando os raios so inteiramente for-mados de clulas horizontais.

    RAIO AGREGADO Grupo de raios pequenos e estreitos do lenho, que aparecem, vista de-sarmada ou com fraco aumento, como um raio grande.

    RAIO DO LENHO ouXILEMA

    A parte do raio que fica para dentro do cmbio Cp.: RAIO DO LBER.

    RAIO DO LBER ouFLOEMA

    A parte do raio externa ao cmbio

    RAIO FUSIFORME Literalmente, raio cuja seo tangencial lembra a de um fuso. Termo usadoespecialmente para os raios que contm canais resinferos, nas Conferas.Sin.: RAIO LENTICULAR.

    RAIO MEDULAR Ver RAIO PRIMRIO.

    RAIO DA MEDULA Ver RAIO.

    RAIO MUL TISSERIADO Raio com duas ou mais clulas em largura, na seo tangencial.

    RAIO PRIMRIO Raio oriundo dos tecidos primrios, que se estende ulteriormente pela ativi-dade do cmbio. Sin.: RAIO MEDULAR Cp.: RAIO SECUNDRIO.

    Nota: Expresso comumente empregada para designar qualquer raio que seprolongue at a medula. Ver tambm a nota sob RAIO.

    RAIO SECUNDRIO Raio derivado do cmbio (isto , desenvolvimento do lenho secundrio) quemedula. Cp.: RAIO PRIMRIO originado depois do no se estende at a

    RAIO UNISSERIADO Raio com uma clula de largura, na seo tangencial.

    RASTRO (S) LATICFERO(S)

    Rastro foliar ou ramular, provido de tubos laticferos, que atravessa radial-mente o lenho de certas rvores produtoras de ltex (especialmente Dyeraspp. e Alstonia spp. das Apocinceas). Na madeira seca aparece comopassagem radial que se assemelha fenda ou rachadura. Incorretamentechamado CANAL ou CONDUTO LATICFERO. Cp.: TUBO LATICFERO.

    TILO (S) Proliferao de certas clulas de parnquima axial ou radial adjacentes aovaso, cujo lume invade, atravs da cavidade das pontoaes respectivas;pode bloquear parcial ou completamente o vaso.

    Nota: Os tilos podem ser poucos, ou muitos e aglomerados; de parede es-pessa Ou delgada; pontoados ou no; com ou sem amilo, cristais, resinas,

    gomas etc.TILO ESCLEROSO Tilo com parede excepcionalmente espessa, lamelada e lignificada, provida

    de pontoaes ramificadas. Forma de clula ptrea.

    TILIDE Proliferao de uma clula epitelial de parede delgada, para dentro de umcanal intercelular. Nota: O tilide difere do tilo pelo fato de no passar atra-vs da cavidade duma pontoao.

    TORO Ver MEMBRANA DA PONTOAO

    TORO DENTEADO Ver MEMBRANA DA PONTOAO

    TRABCULAPoro interna de uma clula, com a forma de haste ou cavilha, que se pro-jeta radialmente atravs do lume. Sin.: BARRA (S) DE SNIO

    TRAQUEIDE (ou TRA-QUEDO)

    Clula da lenho, no perfurada, com pontoaes areoladas para os elemen-tos congneres. Ver a Nota FIBROTRAQUEIDE.

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    TRAQUEIDEDISJUNTIVA

    Traqueide parcialmente desarticulada de outra, contgua, durante a dife-renciao. O contato recproco mantido por meio de prolongamentos tubu-lares. Sin.: TRAQUEIDE CONJUGADA

    TRAQUEIDE RADIAL Traqueide que integra um raio.

    TRAQUEIDE TRAQUE-DO) SERIADA

    Traqueide que participa da constituio de uma srie axial proveniente deuma inicial do cmbio, seja ao lado de outras traqueiides, seja, tambm,

    junto a clulas de parnquima. Sin.: TRAQUEIDE (TRAQUEDO)SEPTADA

    TRAQUEIDE TRAQUE-DO) VASCULAR .

    Clula imperfurada semelhante, na forma e na posio, a um pequeno ele-mento vascular. Sin.: ELEMENTO V ASCULAR IMPERFEITO.

    TRAQUEIDEVASICNTRICA

    Traqueide curta, de forma irregular, situada na imediata vizinhana de umvaso, que no parte integrante de uma fileira axial definida.

    TUBO CRIVOSO Conduto liberiano da seiva, constitudo por fileira axial de elementos tubula-res crivosos.

    TUBO LATICFERO Laticfero que, no lenho, est habitualmente incluso no raio.

    Nota: um sinccio ou uma srie de clulas mais ou menos fusionadas e

    no um canal intercelular. Sin.: CANAL LATICFERO.VASO Estrutura tubular articulada, de comprimento indeterminado, constituda por

    uma srie axial de clulas coalescentes; suas pontoaes para com os ele-mentos congneres so areoladas. Sin.: TRAQUEIA.

    XILEMA Ver LENHO

    XILEMA PRIMRIO Ver LENHO PRIMRIO

    ZONA CAMBIAL Termo convencionado para a camada de clulas, de largura varivel, consti-tuda de iniciais do cmbio e suas descendentes ainda no diferenciadas.