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5/20/2018 DicionrioGeolgicoeGeomorfolgico-slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/dicionario-geologico-e-geomorfologico-561983d22b661 GLOSSÁRIO DE TERMOS GEOLÓGICOS A abalo sísmico - Veja terremoto abissal  – Pertencente ao domínio biogeográfico das profundidades oceânicas, muito além dos limites da plataforma continental, em geral com mais de 4.000 m. Encontra-se recoberto por argilas e vasas pelágicas sendo comumente referido como ambiente de  fundo. ablação - Fenômeno de degelo da parte superficial das geleiras, devido à radiação solar e secundariamente ao ar quente e chuva. abrasão - Processo pela as superfícies terrestres são erodidas pelos materiais em trânsito nas ondas e correntes marinhas ( abrasão marinha), geleiras (abrasão glacial) e ventos (abrasão eólica). absorção - Processo pelo qual uma substância se embebe de outra substância; assimilação de moléculas de uma substância por outra substância para formar uma solução ou novo composto. acamamento – Propriedade presente na maioria das rochas sedimentares, caracterizada por planos mais ou menos definidos de separação interna, determinados em geral por diferenças de mineralogia, forma ou tamanho das partículas componentes. Sinônimo: estratificação. acessórios  - Minerais de importância subsidiária em uma rocha, não necessários à sua definição. Os minerais constituintes de uma rocha dividem-se em essenciais e acessórios . Os acessórios dividem-se em acessórios menores, como apatita, zircão, hematita, magnética, etc. e acessórios acidentais, tais como topázio, turmalina, titanita, etc. Os primeiros, em geral, são microscópicos e ocorrem em pequena quantidade. Os segundos, em certos casos, atingem tal importância que podem mudar o caráter da rocha. ácida (rocha) - Rocha ígnea rica em sílica. O limite inferior do teor de sílica nas rochas ácidas, varia segundo os diferentes autores. acunhamento – Fenômeno no qual a camada se adelgaça lateralmente até seu desaparecimento, passando para sedimento de outra natureza. adobe - Material argiloso e/ou siltoso que se concentra nas bacias desérticas e são utilizáveis para tijolos cozidos ao sol. adsorção - Concentração na superfície de um líquido ou de um sólido, de moléculas de gás, líquido ou substâncias dissolvidas, as quais são mantidas em seus lugares pelas forças Van der Waals. Nos solos, a adsorção de soluções nas superfícies e interfaces de grãos de argila permite a troca iônica. advecção – Movimentos laterais de massa de material do manto terrestre. Este mecanismo foi proposto para explicar as movimentações transcorrentes, através de  falhas transformantes , verificadas ao longo das cadeias mesoceânicas. aeróbico – (1) Organismo que pode viver e crescer somente na presença de oxigênio (2) Pertencente ou induzido por organismos aeróbicos. aerólito - Veja meteorito afanítica - Rocha de granulação muito fina, tendo os constituintes individuais não distinguíveis à olho nu. afloramento – Exposição do substrato rochoso ou de camadas sedimentares que despontam acima do manto de intemperismo, solo ou de outros tipos de coberturas superficiais (gelo, etc).

Dicionário Geológico e Geomorfológico

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  • GLOSSRIO DE TERMOS GEOLGICOS

    A abalo ssmico - Veja terremoto abissal Pertencente ao domnio biogeogrfico das profundidades ocenicas, muito alm dos limites da plataforma continental, em geral com mais de 4.000 m. Encontra-se recoberto por argilas e vasas pelgicas sendo comumente referido como ambiente de fundo. ablao - Fenmeno de degelo da parte superficial das geleiras, devido radiao solar e secundariamente ao ar quente e chuva. abraso - Processo pela as superfcies terrestres so erodidas pelos materiais em trnsito nas ondas e correntes marinhas (abraso marinha), geleiras (abraso glacial) e ventos (abraso elica). absoro - Processo pelo qual uma substncia se embebe de outra substncia; assimilao de molculas de uma substncia por outra substncia para formar uma soluo ou novo composto. acamamento Propriedade presente na maioria das rochas sedimentares, caracterizada por planos mais ou menos definidos de separao interna, determinados em geral por diferenas de mineralogia, forma ou tamanho das partculas componentes. Sinnimo: estratificao. acessrios - Minerais de importncia subsidiria em uma rocha, no necessrios sua definio. Os minerais constituintes de uma rocha dividem-se em essenciais e acessrios. Os acessrios dividem-se em acessrios menores, como apatita, zirco, hematita, magntica, etc. e acessrios acidentais, tais como topzio, turmalina, titanita, etc. Os primeiros, em geral, so microscpicos e ocorrem em pequena quantidade. Os segundos, em certos casos, atingem tal importncia que podem mudar o carter da rocha. cida (rocha) - Rocha gnea rica em slica. O limite inferior do teor de slica nas rochas cidas, varia segundo os diferentes autores. acunhamento Fenmeno no qual a camada se adelgaa lateralmente at seu desaparecimento, passando para sedimento de outra natureza. adobe - Material argiloso e/ou siltoso que se concentra nas bacias desrticas e so utilizveis para tijolos cozidos ao sol. adsoro - Concentrao na superfcie de um lquido ou de um slido, de molculas de gs, lquido ou substncias dissolvidas, as quais so mantidas em seus lugares pelas foras Van der Waals. Nos solos, a adsoro de solues nas superfcies e interfaces de gros de argila permite a troca inica. adveco Movimentos laterais de massa de material do manto terrestre. Este mecanismo foi proposto para explicar as movimentaes transcorrentes, atravs de falhas transformantes, verificadas ao longo das cadeias mesocenicas. aerbico (1) Organismo que pode viver e crescer somente na presena de oxignio (2) Pertencente ou induzido por organismos aerbicos. aerlito - Veja meteorito afantica - Rocha de granulao muito fina, tendo os constituintes individuais no distinguveis olho nu. afloramento Exposio do substrato rochoso ou de camadas sedimentares que despontam acima do manto de intemperismo, solo ou de outros tipos de coberturas superficiais (gelo, etc).

  • agradao Processo de construo de uma superfcie por fenmenos deposicionais. Oposto de degradao. gua conata gua armazenada nos interstcios de um sedimento inconsolidado ou de uma rocha sedimentar, incorporada durante o processo deposicional. As guas conatas podem ser doces ou salgadas, conforme sua origem continental ou marinha respectivamente. A maioria das guas conatas associadas aos campos petrolferos salgada. Sinnimos: gua de formao e gua fssil. gua de degelo gua originada da fuso do gelo, especificamente das geleiras continentais que, quando retorna aos oceanos, causa a subida do nvel do mar. gua intersticial Soluo aquosa que ocupa os espaos porosos entre as partculas de solos, sedimentos e rochas. Ela est envolvida na maioria das reaes diagenticas ps-deposicionais das rochas sedimentares. O seu papel na formao de depsitos de petrleo e gs muito importante, embora seja muito pouco conhecido. acredita-se que seja essencial na formao de depsitos minerais economicamente explorveis, tais como sulfetos de metais pesados, fosforitas e minrios de ferro e mangans. gua meterica gua que ocorre ou derivada da atmosfera como por exemplo a gua pluvial. gua salobra gua com salinidade intermediria entre as guas doce e a salina, isto , aproximadamente 15 a 30 % de salinidade. gua superficial gua encontrada na parte mais rasa de uma coluna de gua, caracterizada em geral por densidade mais baixa do que a gua de fundo, principalmente em virtude da temperatura mais alta. gua suspensa Veja gua vadosa. gua vadosa gua subsuperficial (subterrnea) que ocupa a zona de aerao, isto acima do nvel fretico, que constitui o limite superior da zona de saturao. Sinnimo: gua suspensa alctono Refere-se a recursos materiais provenientes da parte externa de um ecossistema em considerao. O termo amplamente utilizado para carvo e turfa compostos por materiais originados de fora do local de acumulao. Sinnimos: alognico ou alotgeno alognico Veja alctono aloqumico Sedimento formado por precipitao qumica ou bioqumica no interior de uma bacia deposicional, compreendendo os intraclastos, olitos, fsseis e pelotas. alotgeno Mineral ou rocha que foi gerado fora do stio de deposio como, por exemplo, as partculas componentes de uma areia (ou arenito0 ou cascalho (ou conglomerado). altitude (1) Altura acima de um nvel de referncia, em geral o geide (nvel mdio do mar). (2) Para um satlite ou observao astronmica, corresponde distncia angular acima do horizonte. altura da mar Altura do nvel da gua do mar, acima do zero hidrogrfico, em determinado instante. altura de onda Distncia vertical entre a crista e a calha precedente de uma onda. aluvio Depsitos fluviais detrticos de idade bem recente (Quaternrio), que podem ser litificados com o tempo transformando-se em aluvies antigos. ambiente de alta energia Ambiente subaqutico caracterizado por considervel movimentao de gua pela ao das ondas e correntes, que no permitem a decantao de sedimentos de granulao fina, principalmente pelitos que iro depositar-se em ambiente de baixa energia.

  • ambiente de baixa energia Ambiente subaqutico praticamente sem movimentao d gua pela ao de ondas e correntes, fato que permite a decantao de sedimentos de granulao fina. ambiente de fundo Ambiente de fundo submarino excetuando-se as regies de clinoforma e undaforma. Nome atribudo por Rich (1951), que aproximadamente equivalente zona abissal. O potencial de oxidao-reduo pode ser positivo (oxidante) ou negativo (redutor) ambiente oxidante Veja potencial de oxidao-reduo. ambiente redutor Veja potencial de oxidao-reduo. ambiente sedimentar Parte da superfcie terrestre caracterizada por propriedades fsicas, qumicas e biolgicas distintas das reas adjacentes. Esses trs parmetros envolvem fauna, flora, geologia, geomorfologia, clima, etc. do meio ambiente e se for subaquoso tem-se, alem disso, profundidade, temperatura, composio qumica, sistemas de correntes, etc. Alguns exemplos de ambientes sedimentares so deltas, desertos e plainos abssais. amostrador de fundo Equipamento de amostragem de sedimentos de fundos subaquosos. Existem vrios tipos que podem ser agrupados em trs grupos bsicos: draga, pegador de fundo e testemunhador. anaerbico Tipo de respirao ou de organismo (especialmente bactria) que pode viver independentemente do oxignio livre. H dois tipos de organismos anaerbicos: a) facultativo que vive tanto na presena como na ausncia de oxignio e b) obrigatrio que pode viver s na ausncia de oxignio. Por exemplo as sulfobactrias desenvolvem-se no fundo submarino sem oxignio livre e produzem bioquimicamente o gs sulfdrico (H2S). anlise granulomtrica Anlise aplicada principalmente aos depsitos detrticos, que consiste na medida de tamanho dos fragmentos minerais componentes. Esta anlise alm de possibilitar uma descrio padronizada desses sedimentos, pode permitir a interpretao dos processos de transporte e dos ambientes deposicionais. Angliano Nome empregado na Gr-Bretanha para chamar o estdio glacial pleistocnico correspondente glaciao Mindel dos Alpes. ngulo de repouso O ngulo de repouso corresponde ao valor limite de inclinao no qual um material inconsolidado incoesivo (areia) ainda se mantm em equilbrio. O ngulo de repouso desses materiais depende da granulometria e da forma dos gros e alm disso, do meio (subaqutico ou subareo). A declividade de uma praia por exemplo, depende no somente das caractersticas das areias mas tambm da energia e de outras propriedades das ondas que incidem na praia. animais perfuradores Vrios tipos de animais, tais como crustceos, vermes, etc. que perfuram por ao abrasiva ou qumica e revolvem os sedimentos causando biortubaes dos depsitos. Alguns animais perfuram rochas (Lithophaga) e outros perfuram madeira (Teredo). Os perfuradores marinhos abrangem vrios filos, incluindo esponjas, aneldeos, artrpodes, moluscos e equinodermes. anteduna Duna situada logo atrs da praia, que em geral pouco desenvolvida, isto , apresenta dimenses reduzidas. antefossa Depresso crustal estreita e longa que margeia uma faixa orognica dobrada ou arco insular no seu lado convexo, em geral no lado correspondente ao oceano aberto. Veja tambm fossa submarina. antepraia Poro da praia situada entre o limite superior da preamar e a linha de baixa mar ordinria, isto , parte da praias que sofre a ao das mars e os efeitos de espraiamento das ondas aps a arrebentao. Sinnimo: estirncio.

  • anteduna Ondulao arenosa que migra no sentido oposto ao do fluxo dgua. Dessa maneira tambm conhecida por onda arenosa regressiva. A anteduna originada sob condies de regime de fluxo superior, isto , quando o nmero de Froude superior a 1 aragonita Mineral ortorrmbico, polimorfo da calcita (CaCO3). Conchas de pelecpodes e gastrpodes e alguns corais e foraminferos so compostos predominantemente de aragonita, que tambm encontrado como precipitado qumico. Lamas carbonticas modernas so compostas de diminutos cristais aciculares de aragonita, do mesmo modo que os oides calcrios atuais. um mineral instvel e pode ser recristalizada para calcita em alguns anos. arco insular Cadeia curva d ilhas como as Aleutas, em geral convexa para o oceano aberto e margeada por fossas submarinas profundas, envolvendo uma bacia ocenica profunda. De acordo com a teoria de tectnica de placas este tipo de feio formado quando duas placas crustais ocenicas se encontram em uma zona de subduco. O Arquiplago Japons constitui outro exemplo de arco insular. arco marinho Testemunho rochoso em forma de arco, resultante da eroso diferencial por ondas. rea fonte Este conceito est relacionado rea de provenincia de sedimentos detrticos e o seu estudo envolve fundamentalmente a composio mineralgica desses sedimentos. O problema consiste na anlise mineralgica associada ao conhecimento da estabilidade dos mesmos, tanto sob aspectos fsicos quanto qumicos, para se chegar s rochas matrizes que entraram na composio da rea fonte. Entre outras tcnicas, a anlise de minerais pesados associada ao estudo de paleocorrentes deposicionais so bastante utilizados nessas pesquisas. rea de gerao rea ocenica onde so geradas as ondas, atravs de ventos de sentido e velocidade aproximadamente constantes. areia Sedimento detrtico no consolidado, composto essencialmente de partculas minerais de dimetros variveis entre 0,062 e 2 mm. O mineral mais freqente o quartzo, porm h situaes especiais em que predominam outros tipos de fragmentos minerais tais como, calcita, gipsita, etc. areia calcria - Depsito sedimentar composto por partculas de carbonato de clcio (CaCO3), predominantemente com granulao de areia (0,062 a 2 mm) tais como olitos, bioclastos, etc. areia glaucontica - Veja areia verde. areia movedia - Areia fina a mdia fluidificada por conter muita gua, que reage prontamente presso ou peso, podendo engolfar homens ou animais. Ela pode ser injetada em fissuras, dando origem aos diques de areia. areia negra - Areia com concentrao local de minerais pesados opacos de cor preta, em geral em ferro e magnsio, compostos predominantemente por hematita, ilmenita, magnetita, etc. So principalmente do Quaternrio e em alguns pases constituem recursos economicamente explorveis. areia sonora - Algumas areias, quando em movimento, emitem sons audveis ao ouvido humano, esses sons que so variveis conforme o lugar, so produzidos pelo impacto dos gros entre si. areia verde - Areia rica em glauconita que lhe atribui a cor esverdeada. Em geral de origem marinha. arenito - Rocha sedimentar detrtica resultante da litificao (consolidao) de areia por um comento de natureza qumica (calctica, ferruginosa, silicosa, etc.) Os gros que constituem os arenitos so mais freqentemente de quartzo.

  • argila - Sedimento detrtico no consolidado, composto essencialmente por partculas minerais de dimetros inferiores a 0,004 mm. Os minerais mais comuns nesses sedimentos so os argilominerias, que podem ser dos grupos da caolinita, esmectita, etc. argila orgnica - Sedimento de granulao fina (alguns mcrons de dimetro), composto principalmente de quartzo e argilominerais, contendo matria orgnica carbonosa, e em conseqncia, exibindo cores cinza ou preta. Em geral, indica deposio, em guas calmas, como fundos de lagunas, lagos, baas, etc. que freqentemente apresentam condies redutoras. argilito Veja lamito armadilhas - Armadilhas so estruturas subsuperficias que permitem a acumulao de petrleo e outros fluidos, podendo ser reconhecidos os seguintes tipos: estruturais, estratigrficos e hidrodinmicos. Existem tambm os tipos mistos, formados por controles estrutural e estratigrfico. As armadilhas estruturais so controladas pela presena de camadas sedimentares dobradas e/ou falhadas e dipiros de sal. As armadilhas estratigrficas so devidas primariamente a barreiras de permeabilidade ocasionadas por fatores sedimentares, como mudanas faciolgicas, variaes de propriedades petrofsicas, etc. As armadilhas hidrodinmicas constituem um grupo mais raro de reservatrios em que o petrleo retido por gradiente hidrodinmico. arrecife Veja recife assoreamento - Ato de encher com sedimento ou outros materiais detrticos uma baa, um lago, rio ou mar. Este fenmeno pode ser produzido naturalmente por rios, correntes costeiras e ventos ou atravs da influncia antrpica por obras de engenharia civil, tais como pontos, barragens, etc. astenosfera - Zona do manto terrestre que se imagina estar envolvida nos movimentos de compensao isosttica e de tectnica de placas. A astenosfera jaz no interior da litosfera rgida, entre 70 e 700 km, possuindo mais de 600 km de espessura e exibindo alta atenuao de energia ssmica (zona de baixa velocidade), por se apresentar parcialmente em estado de fuso. atenuao - (1) Diminuio da amplitude ou energia e aumento de comprimento de uma onda com a distncia percorrida ou pelas caractersticas fsicas do meio de transmisso. (2) Decrscimo na movimentao das partculas de gua com o aumento da profundidade. Sinnimo: decaimento de onda. Atlntico - (1) Nome dado a um dos trs maiores oceanos ao lado do Pacfico e ndico. (2) Termo usado inicialmente na Europa para denominar um intervalo de tempo do Holoceno compreendido entre cerca de 7.750 e 5.000 anos A.P., aps o Boreal e antes do Sub-boreal, durante o qual o clima inferido teria sido em geral mido e mais quente do que atualmente. atol - Ilha ou conjunto de ilhas rochosas calcrias dispostas em anel, encerrando uma laguna interna (30 a 100 m de profundidade de forma em geral circular. As estruturas rochosas so compostas principalmente de calcrios de corais e algas com at mais de 1000 metros de espessura, apoiados muitas vezes sobre vulces submarinos parcialmente erodidos. Acredita-se que o desenvolvimento de calcrios biognicos tenha ocorrido simultaneamente subsidncia da estrutura vulcnica. A largura do anel rochoso varia de 50 a 500 m e a sua altura em relao ao nvel do mar no superior a 3 m. H atis com 1 a 10 km, at no mximo 80 km de dimetro. aulacgeno Veja juno trplice

  • Austral - (1) Referente ao lado de onde sopra o vento sul. (2) Relacionado ao hemisfrio e ao polo com este nome. (3) Fala-se tambm de mares e terras compreendidas entre o Circo Polar Antrtico e o Trpico de Capricrnio. autignico - Mineral que foi formado ou sofreu crescimento secundrio no local onde encontrado. A sua formao ocorre antes do soterramento e consolidao do sedimento, sendo produto de reaes qumicas e bioqumicas. Desta maneira, o mineral autignico um bom indicador das condies fsico-qumicas (pH, Eh, etc.) durante a transformao diagentica dos sedimentos. Exemplos: glauconita, pirita, etc. Sinnimo: autctone. autctone - Termo aplicado as rochas nas quais os minerais componentes foram formados "in situ". Exemplo: depsitos evaporticos. A palavra tambm amplamente empregada para carvo, turfa e associaes fossilferas compostas de materiais originados no prprio local de acumulao.

    B bacia - (1) rea extensa e deprimida para onde correm os rios que drenam as reas adjacentes. (2) rea deprimida de formas circular ou elptica, onde as camadas sedimentares apresentam mergulhos essencialmente centrpetos. bacia barrada Veja bacia com soleira bacia discordante - rea deprimida rasa em uma regio de arco insular que corta outras direes de estruturas. bacia evaportica - Local de sedimentao evaportica, caracterizada por bacia restrita em clima quente e seco, que recebe influxo de gua salgada. Intensa concentrao salina por evaporao, pode resultar na precipitao por dolomita, calcita, gipsita, halita e sais de K, Mg e Br. bacia faminta - Bacia sedimentar que recebe suprimento sedimentar menor do que a capacidade de recepo. este fato resulta freq6uentemente da taxa de subsidncia da bacia muito grande em relao ao levantamento da rea fonte. bacia marginal - Bacia do tipo mar epicontinental, adjacente a um continente, com o fundo constitudo de massa continental submersa. No Brasil este tipo de bacia tambm chamado de bacia costeira e distribui-se desde a foz do Amazonas at a costa do Rio Grande do Sul. atualmente as atividades exploratrias de petrleo nessas bacias muito intensa, particularmente na Bacia de Campos (RJ). bacia nuclear - rea negativa de pequena profundidade, em relao ao arco insular, concordante com as tendncias estruturais dos elementos positivos associados. Corresponde a uma espcie de bacia sedimentar fssil, onde a fase de forte subsidncia no seguida , por intensos dobramentos. bacia ocenica - (1) Cada uma das depresses gigantescas da superfcie terrestre ocupada pelos oceanos e cuja existncia considerada geologicamente bastante antiga. (2) Poro deprimida de forma mais ou menos circular, situada entre as cadeias submarinas, apresentando espessuras variveis de sedimentos acumulados. Ocorrem 14, 19 e 12 bacias ocenicas deste tipo, distribudas respectivamente pelos oceanos Pacfico, Atlntico e ndico bacia sedimentar - rea geologicamente deprimida contendo grande espessura de sedimentos no seu interior, podendo chegar vrios milhares de metros, e pequena espessura (dezenas a centenas de metros) nas pores marginais. Exemplo: bacia do Paran (mais de 1.500.00 km de rea e 5.000 a 6.000 m nas pores mais espessas).

  • bacia com soleira - Bacia submarina de deposio separada do corpo principal por uma crista submersa estreita. A gua mais profunda da bacia costuma ser mais ou menos estagnada apresentado portanto, caractersticas redutoras. Sinnimo: bacia barrada baa - Trecho cncavo do litoral marinho ou lacustre delimitado entre dois cabos ou promontrios, menor do que um golfo e maior do que uma enseada. baixamar - (1) Elevao mnima alcanada por cada mar vazante. (2) Valor mdio de todas as baixas mars verificados durante um considervel intervalo de tempo. banco - (1) Depsitos alongados de areias, conchas, lamas, etc., freqentemente encontrados em mares e lagos. (2) Elevao do fundo submarino rodeada por guas mais profundas (at cerca de 200 m), em geral segura navegao superficial, tipicamente encontrada sobra as plataformas continentais ou nas proximidades de uma ilha. barcana - Duna arenosa elica em forma de crescente, com o lado convexo dirigido para o vento. O perfil assimtrico, com o declive mais suave no lado convexo (barlavento) e o declive mais abrupto no lado cncavo (sotavento). uma duna tpica dos desertos interiores, sendo mais rara em regies costeiras. barlamar - Sentido contrrio ao transporte preferencial de sedimentos clsticos litorneos, movimentados atravs de correntes longitudinais barlavento - Lado da embarcao (ou de uma duna) do qual sopra o vento. Nas dunas corresponde ao lado montante, cuja inclinao geralmente menor (5 a 15) do que o lado jusante, que apresenta ngulos superiores a 25. Sinnimos: abarlavento, e balravento. barra - Bancos ou montculos de areia, cascalhos ou outros sedimentos inconsolidados, total ou parcialmente submersos, acumulados por ao de correntes e/ou ondas em curso fluvial ou em entradas de esturios. Em geral, no esto unidas a ilhas ou continentes. barreira - Uma praia arenosa, ilha ou esporo, que se estende mais ou menos paralelamente ao litoral e acha-se separada do continente por um corpo aquoso relativamente estreito. Via de regra, permanece acima do nvel de mar mais alta (Shepard, 1952). Barreiras (Formao) - Nome atribudo a uma unidade litoestratigrfica de sedimentao em ambiente continental, composto de argilas variegadas e lentes arenosas localmente conglomerticas, que se distribui desde o vale amaznico e atravs das costas norte, nordeste e leste do Brasil. Bigarella (1975a) chamou-a de Grupo Barreiras, admitindo uma subdiviso nas formaes Guararapes (inferior) e Riacho Morno (superior). A sua idade controvertido e os ltimos dados, baseados em paleomagnetismo, indicaram idade pliocnica (Suguio et al, 1986). As formaes So Paulo (SP), Caapava (SP), Alexandra (PR) e Graxim (RS) parecem ser correlacionveis Formao Barreiras. batial - (1) Pertencente ao ambiente bentnico do talude continental, variando em profundidade entre 200 e 2.000 m. (2) Pertencente s pores profundas dos oceanos; mar profundo. batimetria - Ato de medio ou informaes derivadas das medidas de profundidade da gua em oceanos, mares ou lagos. bentnico - (1) Relativo ao fundo do mar ou de qualquer corpo de gua estacionrio. (2) Pertencente aos bentos. Entre vrios vegetais e animais

  • bentnicos marinhos tem-se algas, foraminferos, corais, vermes, etc. Sinnimo: bntico. berma - (1) Terrao originado pela interrupo de um ciclo erosivo, com rejuvenescimento de um rio em estgio maturo, ocasionando a dissecao e o abandono de restos da antiga plancie de inundao. (2) Poro praticamente horizontal da praia ou ps-praia formada pela sedimentao por ao de ondas acima da linha de preamar mdia. biocenose - (1) Unidade ecolgica natural das plantas e animais, isto , associao de organismos que vivem juntos em estado de dependncia mtua. (2) Em estratigrafia, corresponde a uma associao de organismos que viveram no mesmo local em que foram soterrados e fossilizados, em contraposio tanatocenose. biofcies - Exprime a variao do aspecto biolgico de um sedimento, cujo uso pode ou no ser restrito a uma unidade litoestratigrfica. biognico - Relacionado a um depsito resultante da atividade fisiolgica de organismos. A rocha assim originada designada de biolitito. bioma - Comunidade principal de plantas e animais associada a uma zona de vida ou regio com condies ambientais, principalmente climticas, estveis. Exemplo: floresta de conferas do Hemisfrio Norte. biomassa - Massa total composta de organismos vivos, mida ou seca, por unidade de rea (m) ou de volume (m) em um determinado momento. Em geral utiliza-se mais comumente a unidade de volume. biomicrito - Rocha calcria composta de pores variveis de detritos esqueletais (fragmentos de conchas, etc.) e lama carbontica. O tipo predominante de fragmentos esqueletais deve ser especificado. Exemplo: biomicrito crinoidal. biqumico - Depositado por processos qumicos sob influncia biolgica. Por exemploa remoo de CO2 da gua do mar pelas plantas aquticas pode ocasionar a precipitao da calcita (CaCO3) bioqumica. biosfera - (1) Zona incluindo partes da Terra e da atmosfera, onde todos os organismos vivos comumente habitam. (2) Todos os organismos vivos da Terra. biosparito - Esparito (calcita cristalina, recristalizada) contendo fragmentos aloqumicos derivados de fsseis carbonticos (foraminferos, fragmentos de conchas de moluscos, etc.) biossoma - Corpo tridimensional de rocha sedimentar apresentando contedo paleontolgico uniforme, tendo sido depositado sob condies biolgicas homogneas. Termo bioestratigrfico equivalente ao litossoma, utilizado quando se consideram somente os atributos litolgico de uma massa de rocha sedimentar. biostasia - Mximo desenvolvimento de organismos durante pocas de quietude tectnica, quando solos residuais formam-se extensamente sobre os contienetes e a deposio de carbonato de clcio (CaCO3) generalizada nos oceanos. biota - Termo coletivo para referir-se s vida animal e vegetal de uma regio. Exemplo: biota amaznica. bitopo - (1) Termo usado em Ecologia e Biologia para designar uma rea de ecologia e adaptao orgnica uniformes. (2) rea habitada por comunidade uniforme adaptada ao ambiente.

  • bioturbao - Pertubao de sedimentos por organismos, que perfuram e constroem tubos ou revolvem os detritos, causando a destruio parcial ou total das estruturas sedimentares primrias como, por exemplo, a estratificao. Exemplo: tubos e outras pertubaes causadas por Callichirus major em sedimentos arenosos da Formao Canania do Pleistoceno Superior. Veja tambm estrutura de bioturbao. biozona - (1) Unidade bioestratigrfica incluindo todas as camadas depositadas durante a existncia de um tipo especfico de animal ou vegetal. (2) Unidade bioestratigrfica identificada pela ocorrncia de uma espcie caracterstica de fssil. Boreal - poca de temperatura baixa a seca, conforme estudos realizados no Hemisfrio Norte com base em mudanas na vegetao. Corresponde ao intervalo de tempo subseqente ao ltimo estgio glacial, isto , entre 9.700 a 7.750 A.P. brao de mar - Canal largo de mar que penetra terra adentro, sem relao com as suas dimenses absolutas, podendo-se aplicar esta denominao a um golfo (Mar Adritico) ou a um rio (Satander, Espanha). brao de mar - (1) Canal estreito e relativamente curto que liga uma baa ou laguna (desembocadura lagunar) ou corpos aquosos anlogos, com corpos aquosos mais extensos (mar ou oceano). (2) Canal que se estende por considervel distncia terra adentro, sendo mantido pelo fluxo das mars enchente e vazante. brisa - Vento brando que sopra com regularidade nas regies tropicais e durante o vero nas regies temperadas. A brisa particularmente conspcua no litoral, por efeito de diferenas de temperatura entre a terra e o mar. A altura em que se faz sentir a brisa no ultrapassa 1.500 m.

    C cabo - Setor saliente do continente que se estende para dentro do mar ou lago, sendo menos extenso do que uma pennsula e maior do que um ponto. Veja tambm promontrio. cadeia de barreiras - Sucesso de ilhas barreiras, espores barreiras e praias-barreiras, que se estende por considervel distncia, talvez por algumas centenas de quilmetros ao longo da costa. cadeia externa - Elevao submersa ampla, em geral com mais de 160 km de largura e 180 a 1800 metros de altura, estendendo-se paralelamente margem continental, podendo incorporar uma bacia marginal. Cadeia Meso-atlntica - Cadeia de montanhas vulcnicas que se estende na direo norte-sul ao longo da poro central do Oceano Atlntico, elevando-se a partir do fundo at cerca de 1000 metros abaixo da superfcie do mar. Cadeia Meso-ndica - Cadeia de montanhas vulcnicas que se estende do Oceano Pacfico Sul atravs do Oceano ndico interceptando o Golfo de Aden entre a Arbia Saudita e a frica. cadeia mesocenica - Cadeia montanhosa mediana de origem vulcnica e sismicamente ativa, que se estende do norte ao sul dos oceanos Atlntico Sul, ndico e Pacfico Sul. De acordo com a teoria da tectnica de placas, as cadeias mesocenicas representam locais de adio de novos materiais crustais, isto , constituem margens construtivas. Sinnimo: elevao mesocenica.

  • cadeia de montes marinhos - Montes submarinos alinhados cujas bases esto separadas por um fundo ocenico elevado relativamente plano. cais - estrutura costeira preenchida, de construo artificial, paralela praia de um porto ou s margens de um rio ou canal, usada para amarrao ou para carga e descarga de mercadorias ou passageiros de barcos. Na poro posterior do cais podem existir depsitos, reas industriais, estradas de rodagem ou de ferro. Calabriana - Transgresso do Pleistoceno Inferior que ocorreu na regio sul do Mar Mediterrneo, afetando vrios pases da Europa. calcarenito - Calcrio clstico de granulao predominantemente arenosa (0,062 a 2 mm), composto por partculas calcticas ou aragonticas. Este termo, ao lado de calcirrudito e calcilutito, que se referem respectivamente a calcrios de granulao grossa (mais de 2 mm) e fina (menos de 0,062 mm), muito til nas descries de campo. Do mesmo modo que os arenitos terrgenos comuns, os calcarenitos podem exibir abundantes estruturas hidrodinmicas, tais como, estratificaes cruzadas e marcas onduladas de corrente. Exemplo: calcrio permiano da Formao Estrada Nova em Tagua, SP (Suguio et al., 1974). calcrio - (1) Rocha que contm essencialmente carbonato de clcio (CaCO3) na sua composio. (2) Rocha formada por litificao de lama calcria, areia calcria, fragmentos bioclsticos, etc. calcrio alglico - Veja calcrio bioconstrudo. calcrio bioconstrudo - Calcrio composto predominantemente de materiais resultantes de atividades vitais de organismos coloniais, tais como algas, corais, briozorios e estromatoporides. Exemplo: calcrio alglico, que composto predominantemente de restos de algas calcrias e/ou biolititos alglicos ou ainda depsitos alglicos que cimentam fragmentos carbonticos de vrias origens. calcilutito - Calcrio composto de lama calcria litificada. calcirrudito- Calcrio composto predominantemente por fragmentos de carbonato de clcio (CaCO3) maiores do que a granulao de areia, isto , conglomerado carbontico. calcita - Mineral com a mesma composio da aragonita (CaCO3), porm cristalizado no sistema trigonal, que pode apresentar-se como componente primrio ou secundrio (diagentico). Organismos formadores de rochas calcrias podem conter ao mesmo tempo, calcita e aragonita. um mineral mais estvel do que a aragonita e portanto, pode resultar de sua recristalizao. calcrete - Materiais superficiais, tais como os cascalhos ou areias cimentados por carbonato de clcio (CaCO3), como resultado de concentrao por evaporao em clima seco, a partir das guas intersticiais prximas superfcie. Freqentemente caracterizado por crostas, pislitos, gradao inversa, etc. e encontrado tanto em ambientes continentais, como em sabkhas costeiros. Muitas vezes chamado tambm de caliche, embora calcrete seja mais adequado quando a composio for carbontica. calha de onda - Poro mais baixa de uma onda entre cristas sucessivas; designao tambm usada para referir-se parte da onda situada abaixo do nvel de guas tranqilas. calhau - Veja escala granulomtrica. caliche - Veja calcrete.

  • calota glacial - Grande massa de geleira com at 2 a 3 km de espessura, ligada glaciao continental ou de latitude, formada em regies polares. No Pleistoceno existiram calotas glaciais importantes tais como Laurentidiana (Amrica do Norte), Fenoscandiana (Norte da Europa) e Alpina (regio dos Alpes). Atualmente calotas glaciais recobrem a Antrtida e a Groelndia. calota insular - Calota de gelo cobrindo parte importante de uma ilha. Designao usada para distingui-la da calota continental e geleira de vale. camadas basais - Veja delta lacustre. camadas frontais - Veja delta lacustre. camada mista - Camada superficial da gua ocenica, acima da termoclima, homogeneizada pela ao do vento, equivalente ao epilmnio dos lagos. campo petrolfero submarino - Os maiores campos petrolferos mundiais, de idades variando entre o Mesozico Superior e Cenozico (Tercirio), estendem-se das reas continentais para as plataformas continentais adjacentes. Exemplos: regio do Golfo do Mxico, Califrnia, Venezuela, Mar do Norte, Golfo Prsico, etc. No Brasil o exemplo mais importante de campos petrolferos submarinos situa-se na Bacia de Campos (RJ), alm das bacias Sergipe-Alagoas e Potiguar (RN). canais distributrios - Padro de canis que so comuns nos cursos inferiores de canis fluviais, onde ocorrem ramificaes em vrios canais que penetram no mar ou em outros corpos de guas tranqilas em diferentes posies. Os canais distributrios so encontrados na maioria dos deltas. canal - (1) Curso de gua natural ou artificial que serve de interligao entre corpos de gua maiores. (2) Poro de um corpo de gua (baia, esturio, etc) com profundidade suficiente para navegao. (3) Grande estreito, como o Canal da Mancha. canal de mar - canal natural formado sobre as plancies de marpe e mantido pelo fluxo das correntes de mar. canal de retorno - Canal escavado pelo fluxo das correntes de retorno, rumo ao mar aberto, normalmente seccionando as barras longitudinais. Canania (Transgresso) - Transgresso do Pleistoceno Superior que ocorreu h aproximadamente 123.000 anos A.P., afetando grande parte da costa brasileira. Testemunhos desta Transgresso, representados por terraos de construo marinha, esto amplamente distribudos ao longo da costa do Brasil e constituem a Formao Canania, definida por Suguio e Petri (1973) na regio de Canania (SP). Em geral este terrao situa-se cerca de 8 a 10 metros acima do nvel marinho atual. canho de ar - Fonte de energia muito difundida em Geologia Marinha que injeta uma bolha de ar altamente comprimida liberada de forma explosiva para produzir uma onda de choque inicial, sendo utilizada em levantamentos ssmicos submarinos. O seu espectro de freqncia depende da quantidade e presso do ar na bolha e da profundidade da gua. Conjuntos de canhes de diferentes tamanhos podem ser usados para se obter um espectro de freqncia. Utilizam-se presses da ordem de 150 kg/cm, cmaras de 0,5 a 30 l, produzindo ondas sonoras de cerca de 130 db. canho submarino - Vales submersos que dissecam reas de plataforma e/ou talude continentais. Muitas dessas feies foram originadas durante o Pleistoceno, como vales fluviais, tendo sido submersos no decorrer da Transgresso Holocnica.

  • carbono 14 - Istopo radioativo do carbono com peso atmico 14, produzido pelo bombardeamento de tomos de nitrognio 14, por raios csmicos. Hoje em dia intensamente utilizado na determinao da idade de substncias carbonosas ou carbonticas de idade inferior a cerca de 30.000 anos. A meia vida deste elemento radioativo de 5700 30 anos. carga - Quantidade de sedimentos transportados por uma corrente aquosa. Compreende as cargas de suspenso compostas de partculas pequenas, em geral sltico-argilosas, e de fundo ou de trao constituda por partculas maiores. carga de fundo - Sedimento de granulao maior do que as cargas de suspenso ou saltao, transportado pela gua corrente por mecanismos de arrastamento e de rolamento. Sinnimo: carga de trao. cascalho - Depsitos de fragmentos arredondados de minerais ou rochas com dimetros superiores a 2 mm. De acordo com os valores crescentes dos dimetros podem ser reconhecidos os grnulos (2 a 4 mm), seixos (4 a 64 mm), calhaus (64 a 256 mm) e mataces (maiores que 256 mm). ciclo eusttico - Intervalo de tempo durante o qual ocorreu uma subida e um abaixamento do nvel marinho em escala mundial. ciclo hidrolgico - O ciclo hidrolgico representado pelos mecanismos de transferncia contnua da gua existente na Terra, dos oceanos e dos prprios continentes para a atmosfera em forma de vapor e, em seguida, precipitando sobre os continentes como chuva ou neve e finalmente retornando aos oceanos atravs dos rios. Este ciclo envolve vrios reservatrios naturais, entre os quais as partculas aquosas se movem com o passar do tempo. Destes o maior reservatrio so os oceanos que contm 97% de todas as guas metericas, sendo seguidas pelas geleiras com 2,25%. As guas subterrneas representam uma parcela relativamente pequena (0,75%), porm ainda bem maiores do que os rios e lagos, que representam apenas 0,01%. ciclo lagunar - Seqncia de eventos e os intervalos de tempo envolvidos no assoreamento de uma laguna por sedimentos, eventualmente seguidos por uma fase erosiva por ao de ondas e subsequente preenchimento. cimentao - Processo qumico de precipitao de vrios tipos de substncias naturais nos interstcios entre os gros de minerais ou rochas dos sedimentos, durante o processo de litificao. Alguns dos materiais cimentantes mais comuns so: calcita, dolomita, slica, siderita e xidos e hidrxidos de ferro. clstico - Composto por fragmentos de minerais, rochas ou restos orgnicos (conchas), que foram transportados da rea fonte at a bacia sedimentar. Exemplos: arenitos e areia: Sinnimo: detrtico e fragmentar. cocolito - Frstulas discoidais, estreladas ou placides de paredes delgadas e freqentemente perfuradas, produzidas por algas planctnicas calcrias, encontradas em sedimentos marinhos. So bastante abundantes em vasas calcrias modernas, tendo sido registradas em depsitos sedimentares do mundo inteiro desde o Cambriano at o Holoceno. coeso - Fora que mantm juntas as partculas, a qual aprecivel nas argilas e virtualmente inexistentes nas areias e muitos siltes. colofana - Fosfato de clcio amorfo, comumente encontrado na forma de ndulos, camadas ou substituindo e preenchendo fsseis, como carapaas de foraminferos. Ocorrem tambm junto com ossos fsseis e sobre recifes de corais e recobertos por guano. uma substncia incolor a branca com dureza entre 2 a 5 e peso especfico 2,6 a 2,9.

  • compactao - Decrscimo volumtrico dos sedimentos em conseqncia do esforo compressivo, usualmente exercido por superposio de sedimentos cada vez mais jovens em uma bacia sedimentar. Porm, efeito semelhante pode ser produzido por ressecao e outras causas. compactao diferencial - Mudanas relativas nas espessuras entre lama e areia (ou calcrio) aps soterramento e compactao por reduo de porosidade. O efeito da compactao muito maior na lama do que em outros materiais. compensao glcio-isosttica - Reajustamento isosttico em funo das modificaes de carga (gua e gelo) sobre a superfcie terrestre a partir do Pleistoceno at hoje. O tempo de retorno s condies originais por compensao isosttica da ordem de 4.000 anos, quando a viscosidade for de 4 x 10 poises. reas que estiveram recobertas por geleiras durante a ltima glaciao (cerca de 18.000 anos A.P.), como a Escandinvia, Alpes ou Canad esto em processo de compensao glcio-isosttica. Desta maneira, na Escandinvia ocorreu levantamento superior a 500 metros aps a ltima glaciao por este mecanismo. competncia - Refere-se ao tamanho mximo de partculas de um determinado peso especfico, que a uma dada velocidade, a gua corrente pode transportar. Assim que um rio pequeno e rpido pode transportar partculas relativamente grandes mas a quantidade de material transportado ser pequena. Por outro lado, um rio grande e lento carrear volume considervel de pequenas partculas em suspenso e, desta maneira, ter pequena competncia e grande capacidade. concha - Exosqueleto em geral composto por carbonato de clcio (CaCO3), de alguns invertebrados, tais como os moluscos. Existem moluscos com conchas que vivem em gua salgada, salobra ou doce, alm de terrestres. Por outro lado, algumas conchas podem ser parcial ou totalmente compostas por material quitinoso ou silicoso. concreo - Concentrao nodular, atravs de acreo concntrica, de certos componentes minerais autignicos em rochas sedimentares e tufos vulcnicos, desenvolvida normalmente em torno de um ncleo que funciona como um germe de cristalizao. A concreo normalmente mais dura do que a rocha hospedeira e apresenta composies variveis (calcria, sidertica, silicosa, ferruginosa, etc.). conglomerado - Rocha clstica formada predominantemente por fragmentos arredondados correspondentes a seixos, contendo comumente matrizes arenosa e/ou peltica e cimento qumico varivel. So reconhecidos casos de conglomerados oligomticos (fragmentos de poucas variedades petrogrficas) e polimticos ou petromticos (fragmentos de muitas variedades petrogrficas). conglomerado carbontico - Veja calcirrudito. continente - Grande massa terrestre que se ergue mais ou menos abruptamente do assoalho submarino profundo. Hoje em dia, os continentes perfazem cerca de 1/3 da superfcie terrestre. coprlito - Excrementos fossilizados de peixes, rpteis, pssaros e mamferos, que se apresentam geralmente com composio fosftica. O termo originrio do grego kopros (fezes) e lithos (rocha). Os coprlitos podem fornecer informaes sobre os hbitos alimentares de seres extintos. Veja tambm pelota fecal.

  • coquina - Sedimento carbontico muito poroso, composto predominantemente por fragmentos de conchas de moluscos, algas corais e outros restos orgnicos, em geral cimentados por carbonatos de clcio. Quando os fragmentos so pequenos (fraes de milmetros), pode-se falar em microcoquina. A coquina litificada chamada de coquinito. Quando ela composta principalmente de fragmentos de crinides, por exemplo, tem-se a criquina que, ao ser litificada, resultaria no criquinito. coquinito - Veja coquina. coral - Celenterados marinhos ssseis, em geral coloniais (indivduos unidos), que secretam um exosqueleto de carbonato de clcio (CaCO3). Hoje em dia, os corais so os organismos hermatpicosi (formadores de recifes) mais comuns. corrente - (1) Curso de gua que flui ao longo de um leito sobre os continentes. (2) Corrente marinha formada por ao de vento, diferenas de densidade, etc. Exemplo: Corrente do Golfo. corrente de turbidez - Corrente de alta turbulncia e de densidade relativamente alta, contendo materiais bastante grossos 9areia grossa e sexos), que se move atravs do fundo de um corpo aquoso estacionrio (oceano ou lago). Mais de 95% dos exemplos de depsitos de correntes de turbidez conhecidos no mundo so marinhos. A corrente de turbidez pode ser originada em declives bastante suaves de apenas alguns graus de inclinao. Do origem aos depsitos conhecidos por turbiditos, que caracteristicamente integram seqncias de fcies de flysch de calhas geossinclinais. Sinnimo: corrente de densidade. correntmetro - Instrumento que serve para medir o sentido e a velocidade das correntes marinhas. Quando este equipamento munido de um registrador grfico tem-se o correntgrafo. corrida de lama - Fluxo de material detrtico heterogneo (areia, silte, argila e at seixos), declive abaixo e muitas vezes seguindo um antigo canal fluvial, graas lubrificao por grande volume de gua que satura o material. Fenmeno espasmdico relativamente freqente em deposio de leques aluviais. costa - Faixa de terra de largura varivel, que se estende da linha de praia para o interior do continente at as primeiras mudanas significativas nas feies fisiogrficas. Esta faixa varia normalmente de alguns quilmetros a algumas dezenas de quilmetros. Conforme a configurao geral pode-se falar em costa rasa ou costo. crescimento secundrio - Aumento do tamanho de fragmentos de minerais detrticos em continuidade ptica, levando regenerao da forma primitiva. um fenmeno relativamente comum em partculas clsticas, por exemplo, de quartzo, turmalina, etc. crosta continental - Tipo de crosta que forma as reas continentais da Terra, de composio essencialmente grantica, com espessura de 25 a 60 km e densidade de aproximadamente 2,7g/cm. crosta ocenica - Tipo de crosta subjacente s bacias ocenicas de composio essencialmente basltica, em cuja composio predominam o silcio e o magnsio. A crosta ocenica apresenta 5 a 10 km de espessura e a sua densidade de aproximadamente 3,0 g/cm. curva batimtrica - Curva que resulta da unio dos pontos com igual profundidade de um corpo de gua. Comumente as profundidades so expressas em braas, abaixo do nvel mdio do mar.

  • D Danbio - Estdio glacial pleistocnico dos Alpes (Europa) anterior glaciao Gnz e subseqente Biber. O nome provm da regio de Danbio, onde foi caracterizada. A sua durao estimada, segundo Lincol et al. (1982), seria de cerca de 260.000 anos. datao por radiocarbono - Determinao de idade de materiais que contm carbono (concha, madeira, carvo, etc) pela medida da proporo de radiocarbono (14C). O mtodo tem comumente um alcance mximo de cerca de 30.000 anos e, portanto, permite datar somente os ltimos eventos do Quaternrio, sendo empregado em pesquisas arqueolgicas e de geologia do Quaternrio Recente. A idade ao radiocarbono referida ao ano de 1950, sendo representada do seguinte modo: 6.000 150 anos A.P. Alguns laboratrios dispem de meios para concentrao prvia do 14C, o que permite obter idades de cerca de 70.000 anos. datao radiomtrica - Determinao de idade de amostras geolgicas, em nmero de anos por um dos vrios mtodos baseados na velocidade de desintegrao de elementos qumicos radioativos contidos nesses materiais. degradao - Rebaixamento da superfcie de um terreno por processos erosivos, especialmente pela remoo de materiais atravs da eroso e transporte por gua corrente, em contraposio agradao. delta - Depsito sedimentar aluvial formado por um curso fluvial desembocando em um corpo de gua mais ou menos calmo (lago, laguna, mar, oceano ou outro rio), cuja poro subarea apresenta-se em planta com formas triangular, lobada, digitada, etc. delta de baa - Delta formado na foz de um rio que desemboca em uma baa ou vale afogado, preenchendo-o parcial ou totalmente com sedimentos. Sinnimo: delta de cabeceira de baa. delta construtivo - Delta originado pela predominncia de processos fluviais sobre as atividades dinmicas do meio receptor. Quando este meio marinho, os processos dinmicos costeiros esto ligados principalmente s mars e ondas. O delta atual do Rio Mississipi um exemplo deste tipo de delta. Sinnimo: delta fluvial. delta construtivo alongado - Delta formado por crescimento das barras de desembocadura, acompanhadas de diques marginais, resultando em um padro tambm conhecido por p-de-pssaro na sua poro emersa. Este tipo de delta formado somente se houver predominncia de processos fluviais sobre os marinhos, isto so essencialmente construtivos. Exemplo: delta atual do Rio Mississipi. delta construtivo lobado - Delta formado pelo crescimento mais moderado do que no tipo alongado de barras de desembocadura, acompanhadas ainda de diques marginais. Este tipo de delta tambm formado pela predominncia de processos fluviais sobre os marinhos, porm com maior participao das ondas e correntes no afeioamento costeiro do que no tipo alongado. delta destrutivo - Delta formado pela predominncia de processos de dinmica costeira (ondas e mars) sobre os processos fluviais. Ento, neste caso, tem-se segundo Scott & Fisher (1969) os deltas dominados por ondas (ou deltas cuspidados) e os deltas dominados por mars (ou deltas franjados).

  • delta dominado por mars - Delta caracterizado por inmeras barras de mars, que se dispem longitudinalmente ao fluxo fluvial, sendo caracterstico de costas dominadas por macromars. delta dominado por ondas - Delta de forma triangular originado preferencialmente em locais com forte atuao das ondas e correntes litorneas. Os sedimentos so essencialmente arenosos e apresentam-se na forma de cristas de praiais . Exemplo: poro formada de 2500 anos at hoje em torno das desembocaduras fluviais dos rios Doce (ES) e Paraba do Sul (RJ). outro exemplo o delta do Rio Nilo. delta escalonado - Uma srie de deltas construda em um corpo aquoso, cujo nvel esteve alternadamente estacionrio e em abaixamento, neste caso, o delta do nvel mais alto seria o mais antigo. delta estuarino - Designao usada para depsitos deltaicos subaquosos e subareos acumulados no interior de um ambiente semi-confinado e protegido de um esturio. Segundo Wright (1982), seria possvel distinguir duas variedades de deltas estuarinos: a primeira, preenchendo parcial ou totalmente esturios em forma de funil com sada aberta, e a Segunda em que a sedimentao ocorreria no interior de esturios rasos abrigados por detrs de barreiras arenosas. delta fluvial - Veja delta construtivo. delta intralagunar - Delta construtivo formado, no interior de uma laguna costeira. No Estado de Santa Catarina, o Rio Tubaro est construindo um delta intralagunar, que hoje em dia est parcialmente ocupada pela cidade de Tubaro. Os deltas intralagunares caracterizam tambm as fases de nveis marinhos mais altos do que o atual, durante o s ltimos 6.000 a 7.000 anos, das plancies costeiras associadas s desembocaduras dos rios Doce (ES) e Paraba do Sul (RJ), segundo Suguio et al. (1982) e Martin et al. (1984a), respectivamente. delta lacustre - Delta construtivo formado na desembocadura fluvial em um lago, de estrutura relativamente simples, descrito pela primeira vez por Gilbert (1890). Por esta razo, este delta tambm conhecido como delta tipo Gilbert. Apresenta as camadas de topo com caractersticas essencialmente fluviais, as camadas frontais com caractersticas mistas (flvio lacustres) e as camadas basais com caractersticas lacustres. Deltas deste tipo so freqentes em reas de glaciaes quaternrias, como no Canad. delta negativo - Feio deltaica que por circunstncias locais tais como contracorrentes, desenvolve-se aparentemente em sentido contrrio ao normal. delta ocenico- Feio deltaica que se desenvolve em regies litorneas de oceanos, isto , em volta de desembocaduras de rios que despejam as suas guas diretamente nos oceanos. deltas de mars - Deltas formados no lado do oceano aberto e no interior de laguna, de um brao de mar, que corta uma ilha barreira ou barra de boca de baa ou por correntes de mar, que transportam areias para dentro durante a mar enchente e para fora durante a mar vazante de uma laguna. depsitos aluviais - Depsitos detrticos resultantes da sedimentao atravs de rios atuais, incluindo depsitos de canais, plancies de inundao, lagos e leques aluviais. depsitos biognicos - Sedimentos resultantes da atividade fisiolgica de organismos, tais como algas e corais. Os sedimentos assim formados so

  • chamados de biolititos e so caracterizados por exibirem um arcabouo orgnico. Exemplos: recifes de corais e algas. depsitos clsticos - Depsitos sedimentares formados por fragmentos minerais derivados de rochas gneas, sedimentares ou metamrficas preexistentes. Sinnimo: sedimentos clsticos. depsitos elicos - Depsitos sedimentares clsticos de granulao entre silte e areia fina transportados e sedimentados pelo vento. apresentam boa seleo granulomtrica, pronunciado arredondamento e freqente bimodalidade de tamanho dos gros. Entre os principais depsitos elicos tem-se as dunas (costeiras, fluviais e desrticas) e os depsitos de loess (periglaciais). Sinnimo: sedimentos elicos depsitos flvio-marinhos - Depsitos sedimentares originados pela ao combinada de processos fluviais e marinhos (litorneos). Em geral, so encontrados em plancies costeiras e em deltas marinhos. Sinnimo: sedimentos flvio marinhos. depsitos halognicos - Depsitos sedimentares formados predominantemente por compostos qumicos a base de elementos do grupo VIIb da tabela peridica (F, Cl, B, I) depsitos hemipelgicos - Sedimentos que recobrem a superfcie de fundo do talude continental ou de regies prximas ao continente. Contm proporo importante de sedimentos terrgenos depositados a altas taxas e comumente envolvem processos de redeposio atravs de correntes de turbidez ou geostrficas. Dessa maneira, esses depsitos ocupam a posio intermediria entre os depsitos marinhos de plataforma continental (nerticos) e os depsitos pelgicos ou eupelgicos. Sinnimo: sedimentos hemipelgicos. depsitos lacustres - Depsitos sedimentares acumulados no fundo de um lago, em geral mais finos do que de canal fluvial. A fauna e a flora associadas so em geral de gua doce, refletindo as caractersticas do ambiente. Sinnimo: sedimentos lacustres. depsitos lagunares - Sedimentos em geral mais finos (sltico-argilosos) do que os de mar aberto, mais ou menos ricos em matria orgnica. A fauna e a flora associadas so em geral, eurihalinas e euritermais, sendo mais ou menos tpicas deste ambiente. Fragmentos de conchas de moluscos, predominantemente de ostras, podem constituir parcela importante desses sedimentos. Taxas variveis de sedimentao, associadas ao de ondas, produzem laminaes nos sedimentos, mas elas so em geral destrudas pela bioturbao por organismos perfuradores. depsitos litorneos - Sedimentos ligados deriva litornea, situados entre os nveis de preamar e baixa-mar. Em zonas litorneas abertas so relativamente comuns os sedimentos arenosos e cascalhos, enquanto que em zonas litorneas protegidas predominam depsitos arenosos finos e sltico-argilosos. Depsitos litorneos pleistocnicos, correspondestes a nveis marinhos mais baixos do que o atual, so abundantes sobre a plataforma continental. depsitos marinhos - Materiais compostos, em geral, de minerais resultantes do acmulo pela ao marinha, em regies litorneas ou de mares profundos. Freqentemente esses depsitos aparecem acima do nvel atual dos mares em virtude de flutuaes de nveis relativos das reas continentais e ocenicas. depsitos paludiais - Depsitos de pntanos de gua doce ou salobra, que so comuns em regies de topografia baixa e irregular ao longo de zonas

  • litorneas ou nas margens de rios e lagos. Esses depsitos so compostos predominantemente de lamas rcas em matria orgnica, contendo xidos de ferro e carbonatos e localmente areia e marga, passando lateralmente para depsitos marinhos ou lacustres. depsitos pelgicos - Sedimentos de costa afora depositados em fundos submarinos profundos, caracterizados por baixa taxa de sedimentao (cerca de 1 mm/1000 anos). Esta taxa de sedimentao faz com que os sedimentos depositados fiquem sujeitos oxidao, dissoluo e bioturbao por organismos bentnicos. Esses sedimentos so tambm chamados de eupelgicos e compreendem as lamas vermelhas e as vasas orgnicas (radiolrios, diatomceas, pterpodes e Globigrina) depsitos de placer - Concentrao mecnica superficial de partculas minerais provenientes de detritos de intemperismo. Embora os depsitos de placer fluviais sejam os mais freqentes, os agentes de concentrao podem ser tambm marinhos, elicos, glaciais, etc. Nas plancies litorneas da costa oriental do Brasil, desde o norte do Rio de Janeiro at a Bahia, ocorrem depsitos de placer praiais de areia monaztica e ilmentica, formados por retrabalhamento marinho de sedimentos continentais da Formao Barreiras. depsitos qumicos - Sedimentos formados por precipitao qumica de sais dissolvidos em gua, seja por evaporao, pela variao das condies fsico-qumicas ou pelo efeito de atividades biolgicas. depsitos salinos - Veja evaporitos depresso - Depresso rasa, em geral pantanosa, como a encontrada em cristas praiais. deriva continental - Teoria proposta por Wegener (1924), segundo a qual os continentes j estiveram unidos em massas continentais bem maiores e teriam sofrido fragmentao, sendo afastados com o tempo, de modo que as suas formas e posies modificaram-se at atingirem as situaes atuais. deriva litornea - (1) Movimentao de areias, cascalhos e outros materiais componentes das barras e praias ao longo da costa. (2) Material movimentado na zona litornea, principalmente por ao de ondas e correntes. desembocadura - (1) Sada ou ponto de descarga de um curso fluvial em um outro, lago ou mar. (2) Abertura que permite a entrada ou sada em uma gruta, canho submarino, etc. deslizamento subareo - Escorregamento subareo ao longo de encostas inclinadas, de diferentes tipos de materiais, compreendendo tanto os consolidados (macios rochosos fraturados) quanto os inconsolidados (mantos de intemperismo, sedimentos recm-depositados, etc.). A estabilidade desses materiais ao longo de superfcies declivosas diminui na razo inversa dos seus teores de gua. Desta maneira, perodos chuvosos prolongados tendem a aumentar a incidncia deste fenmeno, freqentemente com resultados catastrficos em reas mais densamente povoados. Alm disto, o processo pode ser desencadeado por atividades ssmicas ou por interferncia antrpica inadequada. dessalinizao - Processo industrial de remoo do sal da gua salgada ou salobra para posterior emprego domstico ou industrial desta gua. detrtico - Veja clstico diagnese - Srie de transformaes fsicas, fsico-qumicas e qumicas que ocorre aps a deposio de sedimentos, em geral subaqutica, que conduz litificao (transformao em rocha sedimentar) de sedimentos recm

  • depositados. alguns dos importantes processos de diagnese compreendem a compactao, cimentao, silicificao, dolomitizao, etc. dipiro - Estrutura dmica originada por injeo, de baixo para cima, de materiais menos densos e menos plsticos. Desta maneira so produzidos os diporos de sal e de folhelho, respectivamente ligados a mecanismos conhecidos por halocinese e lutocinese. As estruturas halocinticas so comuns nas bacias sedimentares marginais como a Bacia de Santos. Dipiros de folhelhos so mencionados por Nittrouer et al. (1986) em sedimentos da plataforma continental adjacente foz do Rio Amazonas. Segundo Fisk (1961), dipiros de argila perfuram as barras de desembocadura do Rio Mississipi e chegam a ocorrer na superfcie da gua, formando pequenas ilhas que so quase sempre erodidas pelas ondas. diatomcea - Alga unicelular microscpica que vive no meio aqutico naturalmente iluminado, constituindo parte do plncton ou presa a algum tipo de substrato. Possuem carapaa silicosa (opala) denominada de frstula. Representa um importante componente do plncton, ao lado dos coppodes. Muitas espcies apresentam preferncias em termos de profundidade e salinidade. difrao de ondas - Fenmeno de transmisso lateral de energia de uma onda, ao longo de sua crista. Este efeito manifesta-se quando h propagao de ondas em um setor restrito, ou quando um trem de ondas interceptado por um obstculo como, por exemplo, um quebra-mar. dinmica costeira - Os principais agentes naturais de dinmica costeira so gerados por foras astronmicas, impulsivas, meteorolgicas. As foras astronmicas so responsveis pelas mars, que causam mudanas peridicas no nvel do mar, e portanto modificam as larguras das faixas de praia nas quais atuam outros processos. As foras impulsivas so responsveis pelos terremotos, deslizamentos subareos e erupes vulcnicas que podem provocar, por exemplo, tsunamis que podem ocasionar mudanas catastrficas na zona costeira. As ondas so os principais agentes ligados as foras meteorolgicas que, por sua vez, podem ser refratadas, difratadas ou refletidas ou mesmo absorvidas durante a sua propagao na zona costeira. Por outro lado, o homem hoje em dia um agente muito importante de dinmica costeira. No Japo, por exemplo, mais de 25% da linha costeira so providos de algum tipo de estrutura artificial construda pelo homem, tais como, diques, espiges, quebra-mares e portos. dique - (1) Corpo tabular de rocha gnea intrusiva em discordncia estrutura da rocha encaixante. (2) Corpo tabular de rocha sedimentar, introduzida por preenchimento ou por injeo, em discordncia estrutura da rocha encaixante. (3) Paredo construdo ao redor de uma rea baixa para prevenir inundaes. O sistema de diques mais extenso do mundo o existente na Holanda. distal - Poro mais afastada da fonte de suprimento em depsitos, por exemplo, de correntes de turbidez (ou de turbiditos), onde predominam sedimentos de granulao mais fina e laminados, em contraposio proximal, mais junto da fonte, caracterizada por granulao mais grossa e estrutura macia ou com granodecrescncia ascendente. distributrio - Ramificao divergente de um rio junto foz, como a encontrada caracteristicamente em reas delticas, em contraposio ao tributrio (afluente). Tambm chamado brao de rio.

  • dolomita - Mineral componente das rochas carbonticas de composio CaMg(CO3)2, comumente encontrado com algum ferro (Fe) substituindo o magnsio e dando origem ankerita. A rocha formada predominantemente por dolomita denominada dolomito. dolomitizao - Processo natural pelo qual o calcrio transforma-se em dolomito pela substituio parcial do carbonato de clcio original por carbonato de magnsio (MgCO3). O fenmeno diagentico de dolomitizao parece progredir com o tempo, pois os carbonatos dolomitizados so mais freqentes entre as rochas carbonticas mais antigas. domo - (1) Elevao com pequena rea, erguendo-se com os flancos abruptos at profundidades superiores a 200 m da superfcie da gua do mar. (2) Deformao estrutural caracterizada por levantamento local de contorno aproximadamente circular. Exemplo: domo salino. domo de areia - Minscula estrutura dmica (milimtrica) que aparece na areia de praia, formada por espraiamento das guas aprisionando ar. A eroso dos domos de areia provoca o aparecimento da estrutura em anel. domo salino - Estrutura resultante do movimento ascendente de massa salina, composta principalmente de halita (NaCl), com forma aproximadamente cilndrica de dimetro pequeno em relao altura, que pode atingir desde vrias centenas at alguns milhares de metros. Na costa do Golfo do Mxico (Estados Unidos), os domos salinos propiciam acumulaes importantes de hidrocarbonetos (petrleo e gs) e enxofre. Nas bacias marginais brasileiras, segundo Leyden (1976), os domos salinos formam a seqncia mdia atribuda ao Andar Alagoas (Cretceo), ocorrendo desde a Bacia de Santos at Sergipe-Alagoas (Ponte & Asmus, 1976). draga - Equipamento utilizado para operaes de dragagem. dragagem - Mtodo de amostragem, de explorao de recursos minerais, de aprofundamento de vias de navegao (rios, baas, esturios, etc) ou dragagem de zonas pantanosas, por escavao e remoo de materiais slidos de fundos subaquosos. Naturalmente, cada tipo de operao de dragagem requer equipamentos adequados. A amostragem de material de fundo submarino feita pelo arraste de caixa metlica de vrias capacidades (volumes). Depsitos de cassiterita submarinos, em explorao desde 1907 na plataforma continental do SE da Tailndia, vem sendo trabalhados por dragagem em guas costeiras entre 20 e 30 m. de profundidade (Aleva, 1973). duna - Colinas de areia acumuladas por atividade de ventos, mais ou menos recobertos por vegetao. As dunas podem ser classificados segundo as formas, orientao em relao ao vento, etc. em transversais, longitudinais, parablicas, piramidais, etc. Elas ocorrem mais tipicamente nas pores mais centrais dos desertos, mas tambm podem ser encontradas em regies litorneas ou em margens fluviais. Campos de dunas costeiras importantes ocorrem nas regies litorneas do Maranho, sul de Santa Catarina e norte de Salvador (BA), enquanto que dunas fluviais pretritas tem sido mencionadas na margem esquerda do Rio So Francisco a montante de Petrolina (PE). Ondas arenosas so tambm conhecidas com dunas subaquosas. duna de deflao - Termo aplicado a acumulaes de areia derivadas de "bacias" de deflao, principalmente quando as acumulaes apresentam grandes dimenses e erguem-se acima da cota da rea fonte. duna inativa - Duna mais ou menos estacionria, com cobertura vegetal estabelecida por melhoria climtica ou por meio artificial. Nos campos de dunas

  • litorneas de Salvador (BA) e Laguna (SC), as faixas mais internas, isto , mais distantes da praia atual so compostas de dunas inativas que, em geral, exibem cores amareladas ou alaranjadas.

    E ecobatmetro - Veja ecossonda. ecograma - Grfico que registra a configurao do fundo ocenico, medindo-se continuamente as profundidades de gua ao longo de um perfil com um ecobatmetro. ecologia - Estudo das relaes mtuas entre os organismos e os seus ambientes de vida, incluindo-se substrato rochoso. ecossistema - Unidade ecolgica composto pelos elementos vivos, alm dos fatores inorgnicos (fsicos e qumicos) que influem no ambiente. Portanto, o ecossistema o resultado da interao entre os sistemas biolgicos, qumicos e fsicos dos ambientes naturais. ecossonda - Instrumento que determina a profundidade da gua pelo tempo requerido para que um sinal sonoro viaje at o fundo e retorne. Este equipamento permite executar levantamentos batimtricos. desde guas costeiras at mais de 10.000 m. efeito Coriolis - Efeito produzido pela fora de Coriolis, que faz com que partculas em movimento sobre a superfcie da Terra apresentam uma tendncia par serem desviados para a direita no Hemisfrio Norte e para a esquerda no Hemisfrio Sul. A magnitude deste efeito proporcional velocidade e a latitude das partculas em movimento. efeito estufa - Fenmeno de aquecimento da superfcie terrestre de grande comprimento de onda, que absolvida e reemitida pelo gs carbnico e vapor de gua na baixa atmosfera, eventualmente retornando superfcie. Embora ainda seja um assunto sujeito a controvrsias, alguns pesquisadores admitem que o efeito estufa poderia causar a fuso parcial das geleiras polares, ocasionando importante subida dos nveis ocenicos nos prximos decnios. efluente - O termo efluente refere-se a guas fluviais ou de esgotos que so despejadas nas guas costeiras. Os esgotos podem ser domsticos ou industriais (qumica, minerao, etc.) e podem levar poluio ambiental como acontece na regio de Santos (SP). El Nin - Na costa ocidental da Amrica do Sul encontra-se a Corrente de Humboldt, de guas frias. s vezes esta corrente invadida por guas quentes causando chuvas torrenciais e enchentes nas costas do Peru, que normalmente uma das reas mais secas do mundo. Este fenmeno, por ocorrer mais comumente na poca do Natal, conhecido por El Nio, afetando o clima em escala mundial como acontece em 1983. embaiada - Apresentando reentrncia na linha costeira formando uma baa muito aberta. embaiamento - (1) Indentao da linha costeira formando uma baa aberta. (2) Formao de uma baa. emerso - Indica que uma rea anteriormente inundada passou a condies subareas, fato que pode ocorrer tanto pela descida do nvel do mar, como pelo levantamento do continente. Veja tambm regresso. endmico - Nome que se d a organismos ou grupo de organismos restritos a uma regio ou a um ambiente. Sinnimos: indgeno e nativo. energia deposicional - Energia cintica devido a ondas e correntes, presente no ambiente de deposio dos sedimentos. A alta energia possibilita a eliminao de fraes pelticas, que iro depositar-se em ambientes de baixa energia, favorecendo simultaneamente a produo de boa seleo granulomtrica na frao arenosa.

  • energia de mar - Em regies costeiras de profundidades inferiores a 100m, grande parte da energia de mar dissipada por atrito, e desta maneira, a energia de mar mxima em mar aberto. Esta energia pode ser utilizada na produo de energia eltrica atravs das usinas eltricas de mar. Entre alguns locais adequados para estas finalidades, por exibirem amplitudes de mar excepcionalmente altas, tem-se a Baa de Fundy (Canad) e Babo Trs Puntas (Argentina). Amplitude de mar de no mnimo 9 a 10 m so consideradas necessrias para se pensar no aproveitamento da energia de mar, que pode vir a transformar-se em importante fonte alternativa de energia eltrica, mormente nos pases onde outras formas de energia so escassas. Na Baa de Fundy, a amplitude de mar chega a mais de 15m. Atualmente, Canad e Frana j operam este tipo de usinas eltricas. energia de onda - expressa pela capacidade de trabalho da onda. A energia de um sistema de ondas teoricamente proporcional ao quadrado da altura da onda, que um parmetro de obteno relativamente fcil. Deste modo, uma costa de alta energia de onda caracteriza-se por alturas de arrebentao superiores a 50 cm e uma costa de baixa energia apresenta alturas inferiores a 10 cm. A maior parte da energia de onda de uma regio costeira consumida no atrito com o fundo e na movimentao da areia. energia potencial - Em uma onda oscilatria progressiva, corresponde energia resultante da elevao ou depresso da superfcie aquosa acima do nvel sem perturbao. engenharia costeira - Ramo da engenharia civil dedicado s obras de construo de portos, quebra-mares, aterros costeiros, etc. Embora as atividades de alguma forma de engenharia costeira remontem a pocas muito antigas, o termo foi utilizado pela primeira vez somente em 1950 (Johnson, 1951). Esta atividade relaciona-se aplicao prtica dos diversos conhecimentos cientficos adquiridos em guas costeiras em benefcio da humanidade. A maior parte das estruturas de engenharia costeira est relacionada proteo da zona costeira contra os processos de eroso e sedimentao acelerados. Desta maneira, tem-se os muros marinhos, revestimentos, espiges, etc. Alm de proteo da zona costeira, tem-se diversos problemas ligados estabilizao da linha praial, estabilizao de brao de mar e proteo de porto. enrocamento - Massas de grandes blocos de rochas colocadas na gua para formar a base de um atracadouro. enseada - Setor cncavo do litoral, delineando uma baa muito aberta, em forma de meia-lua. A enseada desenvolve-se freqentemente entre dois promontrios e penetra muito pouco na costa. Pode-se denomin-la tambm de baa aberta. epicentro - Ponto sobre a superfcie terrestre diretamente acima do foco de um terremoto. epicontinental - Situado sobre um plat ou plataforma continental como o mar epicontinental. epilmnio - Poro de um corpo aquoso lacustre saturada de oxignio, bem iluminada e com temperatura essencialmente uniforme, representada pela camada de gua lacustre situada acima da termoclima. Nesta camada, de espessura varivel entre 5 a 15 m segundo as condies circunjacentes do lago, processa-se intensa produtividade primria. Termo oceanogrfico equivalente camada mista. epirognico - Relativa movimentao vertical lenta devida ao arqueamento das massas continentais, as quais sobem (movimento positivo) ou descem (movimento negativo) em relao ao nvel mdio do mar, supostamente fixo. Veja tambm tipos de tectnica. equador magntico - Veja linha aclnica.

  • eroso costeira - A eroso costeira um processo, em geral natural, que pode atuar tanto em costa rasa (com praias) como escarpada (com falsias). Desta maneira a eroso praial e eroso de falsia correspondem a casos particulares de eroso costeira. eroso diferencial - Remoo seletiva de materiais rochosos, por exemplo de zonas costeiras por atuao de ondas, de acordo com maior ou menor susceptibilidade dos materiais aos agentes naturais. Em alguns trechos da costa brasileira, onde as estruturas de rochas pr-cambrianas so transversais praia, este fenmeno pode favorecer o afeioamento irregular da linha costeira. escala granulomtrica - Escala para classificao de sedimentos clsticos (ou detrticos). Entre as vrias escalas propostas para estudos sedimentolgicos, no Brasil utiliza-se principalmente a de Wentworth (1922). Os principais limites de classes desta escala so mataco (> 256 mm), calhau (256-64 mm), seixo (64-4 mm), grnulo (4-2 mm), areia (2-0,062 mm), silte (0,062 - 0,004 mm) e argila (< 0,004 mm). escala de Richter - Escala de medida de magnitude de um terremoto, proposta por um sismologista americano chamado Francis Richter (1900). escarpa de cuesta - Encosta frontal da cuesta, na direo oposta do mergulho das camadas, e que se situa numa zona acima do qual a desnudao e a eroso removeram as camadas resistentes da cuesta. No sop da escarpa desenvolve-se um depsito de tlus. escarpa de falha - Escarpa cujo relevo est diretamente relacionado ao movimento ao longo de uma falha, embora a eroso possa ter atenuado a sua expresso primria pelo acmulo de tlus. espigo - Estrutura artificial construda perpendicularmente a uma praia para evitar a ao destruidora das correntes paralelas costa. estratificao - Veja acamamento estratigrafia - Ramo da geologia que se ocupa do estudo da seqncia das camadas. Procura investigar as condies da sua formao e visa correlacionar os diferentes estratos, principalmente por meio do seu contedo fossilfero. No ocorrendo fsseis adequados, usam-se os mtodos petrogrficos. estrato - Unidade individual de rocha estratificada com 1 cm ou mais de espessura, e separada dos estratos imediatamente superior e inferior, por mudana discreta na litologia ou por quebra fsica de continuidade, camada, leito. estrutura - Feio de ordem superior das massas rochosas, tais como dobramento, fraturas, falhas, etc. Para outros autores o termo estrutura tem sentido mais restrito, significando o comportamento da textura das rochas; por exemplo, xistosidade, estrutura fluidal, etc. estrutura alglica - Estrutura bandada, concntrica e irregular, em forma de crostas, pseudopisoltica ou pseudoconcrecionria exibida por depsitos de calcrio formados por atividades de algas. Essas sucessivas lminas so formadas pela reteno de lama calcria por algas cianofceas e do origem aos estromatlitos. Essas estruturas apresentam, em geral, forte evidncia paleoambiental indicando ambiente marinho de guas rasas como as plancies de mars. So abundantes nos calcrios pr-cambrianos dos grupos Aungui (PR e SP) e Bambu (MG e BA), bem como nas formaes Corumbata (SP) e Pedra do Fogo (MA e GO) de idades permianas. Por outro lado, na Lagoa Salgada (RJ) situada prximo a So Tom, desenvolvem-se algas com formao de estromatlitos quaternrios. estrutura de bioturbao - Feio produzida em sedimentos pela atividade de animais bentnicos viventes dentro do sedimento do fundo ou sobre a superfcie. O grau de bioturbao depende da taxa de sedimentao e da diversidade e densidade populacional dos organismos bentnicos que vivem no

  • local. Ela intensa, por exemplo, nos ambientes marinhos rasos onde a taxa de sedimentao seja baixa e a gua bem oxigenada e rica em nutrientes, suportando abundante fauna. As estruturas de bioturbao podem ser classificadas em: a) fossitextura deformativa e b) fossitextura figurativa. O primeiro tipo no apresenta forma definida e constitui as chamadas estruturas mosqueadas, enquanto que o segundo tipo caracteriza-se por tamanhos e formas reconhecveis como, por exemplo, os tubos biognicos de Callichirus major encontrados nos sedimentos pleistocnicos da Formao Canania. esturio - Tipo de desembocadura de rio no mar, caracterizada por uma abertura larga, relativamente profunda. Ambiente desfavorvel acumulao de sedimentos, em virtude da ao das correntes de mar e das correntes litorneas. eupelgico - Depsito marinho originrio do alto mar e sedimentado em isbatas maiores de 1000 m. eustasia - Variao do nvel do mar motivada por causas diversas, independentes de movimentos tectnicos. Movimento eusttico positivo a asceno do nvel do mar motivada pelo aumento do volume total dos mares, devido ao degelo em grande escala ou ao acmulo de sedimentos marinho. Movimento eusttico negativo o abaixamento do nvel do mar provocado pela reteno de gua sob forma de gelo continental, originando regresses. euxnico - ambiente marinho ou quase marinho, extremamente pobre em oxignio e rico em H2S, tornando impossvel a vida orgnica mais evoluda. Um exemplo atual ocorre na parte mais profunda do Mar Negro. O sedimento proveniente deste ambiente rico em matria orgnica. evaporito - Depsitos salinos cuja origem se relaciona precipitao e cristalizao direta partir de solues concentradas. Os evaporitos principais so gipsita, anidrita, halita, carnalita, silvita e s vezes, calcita e dolomita. exgeno - Fenmeno geolgico provocado pela energia do sol, da lua, etc, formando-se assim um ciclo de decomposio, denudao e sedimentao. Humboldt aplicou essa designao s rochas sedimentares, denominado endgenas as rochas eruptivas. expanso - Teoria geotectnica, formulada por Dana, segundo a qual certas partes da crosta terrestre se expandiram por aquecimento interno. Nos ltimos anos esta idia foi reformulada, admitindo como fonte trmica a desintegrao radioativa.

    F fbrica - Parte da textura da rocha que depende da forma e arranjo dos constituintes cristalinos e no-cristalinos. Consideram-se trs tipos de fbrica: 1) o devido a formao, na qual os elementos da fbrica devem sua presente orientao ao movimento do material sob tenso; 2) o devido ao crescimento, no qual os elementos da fbrica devem sua orientao ao crescimento in situ, no influenciado pela tenso; 3) devido deposio de um meio fluente ou no fluente. fcies - Carter distintivo de uma rocha.. 1) Em estratigrafia, o termo geralmente usado para indicar variaes no carter litolgico ou biolgico de uma unidade estratigrfica, ex. fcies deltica. 2) No caso das rochas gneas, usa-se o termo para indicar uma variao na textura ou na composio mineral de uma determinada poro em relao massa principal. 3) Uma fcies metamrfica corresponde a um grupo de rochas de composio mineral varivel que durante o metamorfismo, encontra-se em equilbrio sob dada combinao de condies de presso e temperatura. A lei de correlao de fcies diz que as fcies que se formam simultaneamente em extenso horizontal podem superpor-se na vertical.

  • fcies flysch - fcies orognica-sedimentar caracterizada por uma seqncia de sedimentos argilosos, arenosos e calcrios, depositados durante os ltimos estgios do geossinclnio, imediatamente antes do paroxismo maior, e quando o diastrofismo inicial j havia desenvolvido lombadas interiores expostas eroso. Na orogenia de estilo alpino, a fcies flysch antecede a fcies de molassa. fcies isotpicas - fcies que traduzem ambientes pertencentes mesma provncia geogrfica. fcies metamrfica - Rochas metamrficas que apresentam condies qumicas e mineralgicas similares. Ex.: fcies eclogtica fcies molssica - Fcies sedimentar ligada fase final, ps-orognica, de formao de uma cadeia de montanhas que se caracteriza por uma seqncia espessa e irregular de conglomerados e arenitos continentais com estratificao cruzada, ondulitos e sedimentos de gua doce. Uma seco transversal na respectiva bacia revela enorme acumulao de conglomerados na margem interna, muitas vezes interestratificados com areias e depsitos de gua doce; em seguida, grande espessura de areias avermelhadas, folhelhos e evaporitos; mais alm sedimentos tanto mais finos quanto mais afastados da cadeia central. fcies nertica - Fcies sedimentar da zona nertica e que caracterizada principalmente pela alternncia de arenito e folhelho. facoidal - Tipo de textura metamrfica caracterizada pela presena de minerais ou agregados minerais de forma lenticular ou arredondada, freqente em gnaisses brasileiros faclito - Corpo magmtico intrusivo, aproximadamente concordante, de forma convexo-cncava. Localiza-se freqentemente nos anticlinais. faixa orognica - Regio mvel da crosta afetada por orognese. falsia - Escarpa costeira originada por trabalho erosivo do mar; as ondas, solapando essas escarpas, ocasionam o desmoronamento dos blocos descalados. A natureza das rochas do litoral influi consideravelmente na velocidade da eroso pelas ondas. falha - Fraturas ao longo da qual se deu um deslocamento relativo entre dois blocos contguos. O plano sobre o qual houve esse deslocamento recebe o nome de plano de falha. Em conseqncia da movimentao, originam-se os chamados espelhos de falha e a fratura de falha pode ser preenchida por material fragmentrio denominado brecha de falha. Quando o plano de falha no vertical, designa-se com os termos teto ou capa o bloco situado acima dele e com muro ou lapa, o bloco topogrfico recebe o nome de linha de falha. Chama-se rejeito ao deslocamento relativo de pontos originalmente contguos. A direo de falha corresponde direo do plano de falha. A inclinao corresponde ao ngulo formado entre o plano de falha e o plano do horizonte. As falhas podem ser detectadas por observao direta, quando bem expostas, ou localizadas por evidncias indiretas, tais como omisso ou repetio de camadas, ocorrncias de brechas e milonitos, linhas de fontes, deslocamento de feies topogrficas, etc. falha direcional - falha em que a direo do plano de falha aproximadamente paralela direo dos estratos e os mergulhos se interseccionam. A falha chamada longitudinal uma falha em que a direo do plano de falha paralela direo geral da estrutura regional. falha de empurro - Veja falha inversa

  • falha de mergulho - Falha em que o plano de falha coincide com o mergulho dos estratos. falha de translao - Tipo de falha em que a direo e o mergulho do plano de falha so paralelos direo e ao mergulho dos estratos. falha inversa - Falha em que a capa ou teto aparentemente se deslocam para o alto, em relao ao muro ou lapa. O plano de falha mergulha aparentemente para o lado que se elevou. Sinnimo: falha de empurro. falha longitudinal - Veja falha direcional falha normal - Falha em que a capa ou teto se movimentam aparentemente para baixo, em relao lapa ou muro. O plano de falha mergulha para o lado que aparentemente se abateu. falha transformante - Falha de rejeito direcional, caracterstica de fossas mesocenicas. A anlise de falhas transformantes baseada na teoria da expanso do assoalho ocenico. O rejeito dessas falhas muito grande, podendo chegar a 1000 km. Acredita-se que a falha de Santo Andrs (Califrnia-EUA) pertena a este tipo de falha. falha transversal - Falha de direo perpendicular ou diagonal direo da estrutura regional falhas paralelas - Sistema de falhas em que as falhas associadas tm a mesma direo. falhas perifricas - Sistemas de falhas, compreendendo falhas circulares ou arqueadas que delimitam uma rea circular ou parte de uma rea circular. falhas radiais - Sistema de falhas que irradiam de um centro. Freqentemente associam-se s falhas perifricas. fanertica - Rocha cujos elementos so reconhecveis a olho nu. Fanerozico - Designao aplicada ao tempo correspondente s eras Paleozica, Mesozica e Cenozica, quando a vida tornava-se bem evidente. fase - Subdiviso cronolgica ou subordinada poca, de uso relativamente pouco comum. flsico - Grupo de minerais de cor clara, componentes das rochas eruptivas. O nome vem de feldspato e slica. fenocristal - Quando uma rocha magmtica constituda por grnulos grandes e pequenos, o material fino chamado de massa basal e os cristais grandes, fenocristais. filito - Rocha metamrfica de granulao fina, intermediria entre o xisto e a ardsia, constituda de minerais micceos, clorita e quartzo, apresentando tima divisibilidade. Tem comumente aspecto sedoso, devido sericita. Origina-se, em geral, de material argiloso por diananometamorfismo e recristalizao. Comum no proterozico brasileiro. filtro - Camada ou zona de materiais granulares que no permite a passagem de partculas carreadas por eroso subterrnea. Para esse fim, a granulometria do material de filtro dimensionada para cada caso, sendo as dimenses dos poros e vazios inferiores s das partculas situadas a montante. um elemento de barragem de terra, situado na parte jusante e de drenos diversos (em poos de gua, poos de alvio e drenos em fundaes de barragens de concreto). Servem para evitar "piping" e para aliviar as presses neutras. fissura - Fenda ou fratura numa rocha, na qual as paredes se mostram distintamente separadas. A fratura mais ou menos plana, extensa e sem deslocamento designada diclase ou junta; quando uma das paredes est

  • deslocada em relao outra, tem-se uma ifalha. O espao entre as paredes de uma fissura preenchido com matria mineral constitui um veio. fitoplncton - Organismos vegetais flutuantes na gua, tais como as diatomceas, os dinoflagelados, os cocolitofordeos, etc. So em geral de dimenses microscpicas. flanco - Cada um dos lados de uma dobra; limbo. flanco de dobra - Pores da dobra que se unem na charneira. floculao - Fenmeno comum em sedimentos pelticos, que consiste na agregao de partculas menores para formar partculas maiores, aumentando em conseqncia a velocidade de decantao. Este fenmeno ocorreria, por exemplo, em desembocaduras de esturios, quando partculas de argilominerais transportadas em meio fluvial (pH em geral cido) so lanadas em ambiente marinho litorneo (pH em geral alcalino). fluxo de detritos - Designao genrica para todos os tipos de fluxos rpidos envolvendo detritos minerais de vrias espcies e tamanhos. um tipo de movimento de massa, sendo s vezes usado como sinnimo de corrida de lama. fluxo granular - Segundo Middleton & Hampton (1973), constitui um dos casos de fluxo gravitacional, que seria basicamente uma avalanche de areia, onde disperses concentradas de sedimentos incoesivos movem-se declive abaixo por ao da gravidade, sendo os gros mantidos em estado disperso por interao mtua. fluxos gravitacionais - Depsitos formados pelo transporte de sedimentos paralelamente ao substrato, por efeito de gravidade, onde as partculas so mantidas em disperso. Existem quatro tipos de fluxos gravitacionais, diferenciados com base na maneira como os gros so sustentados, que so os seguintes: a) corrente de turbidez - gros sustentados por turbulncia. b) fluxo granular- gros suportados pela interao direta entre as partculas. c) fluxo fluidificao - gros suportados pelo escape ascendente do fluido intergranular. d) fluxo de detritos - gros suportados pela resistncia da matriz. fluxo laminar - 1) Tipo de fluxo sem turbulncia, quando as linhas de fluxo permanecem independentes entre si em toda a extenso; comum na movimentao de guas subterrneas. 2) Fluxo que ocorre a velocidades relativamente lentas, quando as trajetrias dos elementos do fluido so retilneas e paralelas s paredes do canal. fluxo turbulento - Tipo de fluxo no qual as linhas de fluxo se cruzam de maneira confusa, atravs da mistura heterognea das correntes, tanto na vertical como na horizontal. flysch (Veja fcies flysch) Fcies sedimentar marinha caracterizada por espessa seqncia (at alguns milhares de metros) de depsitos clsticos pobremente fossilferos, exibindo comumente gradao granulomtrica, composta de folhelhos margosos e arenosos finamente intercalados com conglomerados, arenitos grosseiros e grauvacas. Os depsitos de flysch so interpretados como seqncias sedimentares formadas por correntes de turbidez, que constituem parte importante no preenchimento de calhas geossinclinais. folhelho - Rocha sedimentar de granulao fina, apresentando fissibilidade marcante, isto , tendncia a dividir-se em folhas, segundo a estratificao.

  • folhelho betuminoso - Folhelho contendo certa quantidade de material betuminoso. Originam-se da litificao dos sapropis. Por destilao produzem uma forma de petrleo. foliao - Estrutura folicea das rochas cristalofilianas, em contraste com a estratificao das rochas sedimentares. Nas rochas parametamrficas, a foliao pode ser coincidente ou no com o acamamento original. A foliao decorre da habilidade da rocha de se separar ao longo de superfcies aproximadamente paralelas devido distribuio paralela das camadas ou linhas de um ou vrios minerais conspcuos na rocha. As camadas podem ser lisas e planas, onduladas ou mesmo fortemente enrugadas. A foliao pode ser primria (fissibilidade nas rochas sedimentares, estrutura fluidal nas rochas gneas) e secundria (xistosidade, clivagem ardosiana). fonte - Lugar na superfcie terrestre onde brota gua corrente como por exemplo, na interseo da superfcie do terreno com o lenol fretico. foraminfero - Animal unicelular em geral microscpico, que secreta testa (carapaa) carbontica ou constri testa com partculas sedimentares aglutinadas, consistindo de uma ou mais cmaras. A maioria dos foraminferos tipicamente marinha. formao - Unidade litogentica fundamental na classificao local das rochas. A sua individualizao geralmente determinada por modificaes litolgicas, quebras na continuidade da sedimentao ou outras evidncias importantes. A Formao uma unidade gentica, qie representa um intervalo de tempo curto ou longo e pode ser composta de materiais provenientes de fontes diversas e incluir interrupes pequenas na seqencia. fosforita - Rocha sedimentar formada por precipitao qumica do fosfato de clcio, originado por organismos sob diferentes formas: amorfa, criptocristalina, fibrosa, etc., constituindo olitos ou ndulos. fossa marginal - Depresso estreita e de paredes abruptas que se estende paralelamente margem continental, e em geral, mais de 1830 m profunda do que o substrato ocenico adjacente, do qual separado por uma crista externa com 183 a 915m de altura. fossa mesocenica - Fratura profunda com cerca de 25 a 50 km, de largura, que se estende paralelamente s cristas de cadeias mesocenicas. medida que progride o processo de expanso do assoalho ocenico ocorre o extravasamento do magma que adicionado ao substrato ocenico. fossa submarina - Depresso longa e relativamente estreita, com paredes laterais mais ou menos abruptas, existente em assoalho ocenico profundo. Essas feies so todas relacionadas a arcos insulares ou jazem nas adjacncias de margens continentais ativas, formando uma das feies topogrficas mais notveis relacionadas a zonas de subduco. Tambm designada de depresso submarina. fsseis - Os fsseis constituem evidncias de vida do passado geolgico, sendo representados em geral por ossos, dentes e conchas, isto , partes duras de organismos, que so incorporados principalmente s rochas sedimentares. Esses restos orgnicos encontram-se, em geral, alterados em vrios graus e podem apresentar composies diferenciadas: carbontica, fosftica, silicosa, quitinide, etc. Veja tambm fsseis traos e estromatlitos. fssil - Resto ou vestgio de animal ou planta que existiram em pocas anteriores atual. Prestam-se ao estudo da vida do passado, da

  • paleogeografia e do paleoclima, sendo utilizados ainda na datao e correlao das camadas que os contm. frente deltica - Uma das provncias sedimentares de um delta ocenico, permanentemente submersa, formada por sedimentos fluviais parcialmente retrabalhados pelo mar atravs das ondas e mars que define a clinoforma do delta em questo. Corresponde s camadas frontais dos deltas lacustres ou tipo Gilbert.

    G ganga - Parte no aproveitvel da massa de uma jazida filoniana. Designao aplicada sobretudo no caso de minrios metlicos. geleira - Massa de gelo formada nas regies em que a queda da neve suplanta o degelo passvel de deslocamento, ou favor das encostas de montanhas ou vales, ou sobre reas continentais extensas. Os dois tipos principais de geleira so: alpino