dicionariodelugaresimaginarios.pdf

Embed Size (px)

Citation preview

  • 8/11/2019 dicionariodelugaresimaginarios.pdf

    1/51

  • 8/11/2019 dicionariodelugaresimaginarios.pdf

    2/51

  • 8/11/2019 dicionariodelugaresimaginarios.pdf

    3/51

    L I S B O A- -M M X I I I

    Alberto ManguelGianni Guadalupi

    Traduo deCarlos Vaz Marquese Ana Falco Bastos

  • 8/11/2019 dicionariodelugaresimaginarios.pdf

    4/51

    , Edies tinta-da-china, Lda.Rua Francisco Ferrer, A,

    - LisboaTels: / /E-mail: [email protected]

    Ttulo original:The Dictionary of Imaginary Places Alberto Manguelc/o Guillermo Schavelzon & Asoc., Agencia [email protected]

    Ttulo: Dicionrio de Lugares Imaginrios Autores: Alberto Manguel e Gianni GuadalupiIlustraes: Graham Greeneld e Eric BeddowsMapas: James Cook Coordenador da coleco: Carlos Vaz MarquesTraduo: Carlos Vaz Marques e Ana Falco BastosReviso: Tinta-da-chinaComposio: Tinta-da-chinaCapa: Vera Tavares

    . edio: Agosto de ISBN - - - -Depsito Legal: n. /

    Projecto nanciado com o apoio da Comisso Europeia. A informao contida nesta publicao vincula exclusivamente o autor, nosendo a Comisso responsvel pela utilizao que dela possa ser feita.

    Programa Cultura

  • 8/11/2019 dicionariodelugaresimaginarios.pdf

    5/51

  • 8/11/2019 dicionariodelugaresimaginarios.pdf

    6/51

    Para a Alessia, a Alice Emily, a Giulia,a Rachel Claire e o Rupert Tobias

    Que mares que litorais que rochas cinzentas e que ilhas

  • 8/11/2019 dicionariodelugaresimaginarios.pdf

    7/51

    xi

    Os casos vi, que os rudos marinheiros,/Que tm por mestra a longa expe-rincia,/Contam por certos sempre e verdadeiros,/Julgando as cousas s pola aparncia,/E que os que tm juzos mais inteiros,/Que s por puroengenho e por cincia/Vem do mundo os segredos escondidos,/Julgam por falsos ou mal entendidos.

    Lus Vaz de Cames,Os Lusadas, Canto V

    Feliz o pas que no tem geograa.Saki (H. H. Munro),The Unbearable Bassington

    A perda do desconhecido

    Graas ao Google Earth, hoje em dia possvel ver nos nossos ecrstodos os pormenores deste planeta. No s o grande globo azulque os satlites nos permitiram observar do espao, conrmando aintuio de luard de que la terre est bleue comme une orange; no sas indolentes massas continentais em movimento, cuja velocidade

    demasiado lenta para a vista humana; no s os rios e as cordilhei-ras que os cruzam, criando padres semelhantes a veias. Agora, atecnologia permite-nos ver orestas e vales, cidades e aldeias, quar-teires de casas e quintais. Do outro lado do mundo, quase pode-mos espreitar para a sala de algum em Tombuctu ou espiar umareunio de famlia em Tonga. Tornmos impossvel zarpar rumoao desconhecido, a no ser sob vigilncia humana. Anulmosa privacidade.

    At ao sculo passado, ainda era possvel imaginar aterra incog-nita em algumas regies dispersas do mundo. Quando eu era

    Prefcio edio portuguesa

  • 8/11/2019 dicionariodelugaresimaginarios.pdf

    8/51

    xii

    pequeno, o globo que se encontrava em cima da minha secret-ria tinha manchas cor-de-rosa disseminadas que signicavam queali existiam lugares aparentemente nunca observados por olhoshumanos e que me pareciam muito mais atraentes do que os pa-ses delimitados por traos e pontos, com os nomes em caracteresdestacados, com as suas fronteiras polticas severamente assinala-das com maisculas. Em vez de admitir o pressuposto de que estequadriltero era a Romnia e aquele ponto nal Bucareste, preferiainventar para as manchas cor-de-rosa vazias uma geograa que euprprio concebera, com nomes mais misteriosos do que Tanganicae mais sedutores do que Titicaca. Quando, poucos anos mais tarde,

    as novas tecnologias me privaram daquela liberdade, mesmo osescassos lugares annimos que restavam se tornaram conhecidose catalogados para sempre. A minha explorao do mundo cessou,excepto no territrio seguro dosGuides Bleues.

    A inveno do mundo

    Mas ainda havia a cartograa da imaginao. A nossa geograaimaginria innitamente mais vasta do que a do mundo mate-rial. Esta observao, por muito banal que seja, permite -nos detec-tar a generosidade imensa de uma funo humana vital: a de darvida ao que no pode reclamar presena no mundo do volume edo peso. Como os habitantes anglicos cujas hierarquias os nos-sos antepassados debatiam, como o unicrnio e a manticora, comoos conceitos de democracia perfeita e de boa vontade para com

    todos os homens, os lugares imaginrios da mente no carecemde materialidade para existir na conscincia. A Utopia e o Pas dasMaravilhas, o Castelo de Kafka e o Reino do Eldorado esto sem-pre presentes, embora nenhum atlas ocial mostre a sua verdadeiralocalizao. No est registado em nenhum mapa. Os lugares ver-dadeiros nunca o esto, escreveu Herman Melville depois de vertantos lugares do mundo a que chamamos real.

    seguindo as geograas imaginrias que construmos o nosso

    mundo: o resto apenas conrmao. Antes de ver os seres doNovo Mundo, Cristvo Colombo j sabia o que iria encontrar,

  • 8/11/2019 dicionariodelugaresimaginarios.pdf

    9/51

    xiii

    pois lera Aristteles e Plnio e os bestirios medievais por eles ins-pirados, de modo que ao ver, na sua terceira viagem, ao largo dacosta da Guin, os manatins semelhantes a focas, registou no seudirio com uma pontinha de desapontamento: Hoje vimos trssereias aproximarem-se do costado da embarcao, mas no to belas como as descrevem. Antes de ver o Novo Mundo, Colombo j dispunha de um vocabulrio para designar os seus prodgios.

    Como no caso de qualquer lngua, uma construo imaginriacomo a Atlntida precede sempre, para o bem ou para o mal, osvocabulrios geogrcos e arquitectnicos. Talvez alberguemos nonosso ntimo um antigo desejo de migrao e colonizao, de gru-

    tas pintadas e copas de rvores protegidas, a partir do qual dese-nhamos as representaes cartogrcas. E, quer se tornem ou noedifcios slidos, esses mapas exigem, antes que se d o primeiropasso ou que se aviste o primeiro horizonte, uma ideia preconce- bida do espao, do tempo e da viagem.

    A diferena entre o Eldorado e os lugares angustiados de Kafkaconsiste no facto de os historiadores terem decidido que o primeirocorrespondia aos tijolos tangveis de Lima ou de Potos, enquanto

    aos segundos no foi permitido atravessar as fronteiras da pginaimpressa, embora ambos os mundos tivessem nascido comosonhos. No foi preciso construir o Castelo de Kafka de madeirae pedra para que ele se alicerasse rmemente no nosso universo;outros, como os palcios venezianos edicados na gua, exigirampedreiros de carne e osso. Em ambos os casos, a existncia na ima-ginao teve de preceder a existncia no mundo. As coisas noimaginadas carecem de existncia, como aqueles montculos fune-

    rrios turcos visveis mas no vistos, at Schliemann imaginar quese tratava das runas de Tria, ou aqueles muros degradados que sadquirem vida depois de terem sido cobertos de graffiti. A imagina-o salva a realidade do reino inefvel dos fantasmas.

    Imaginrio e no -real

    Tal como no caso do Pas das Maravilhas ou da Abadia de Thlme,nem todos os reinos imaginrios se consubstanciam em realidade.

  • 8/11/2019 dicionariodelugaresimaginarios.pdf

    10/51

    xiv

    A nao-fortaleza da Atlntida, a Ilha Misteriosa, a comunidade dis-tante de Utopia e a Cidade das Esmeraldas de Oz so lugares quevisitamos em pensamento mas no na realidade, embora sejamnecessrios para aquilo a que chamamos a condio humana.Estes lugares, que dependem daquilo que So Paulo designou pora comprovao das coisas no vistas, constituem os alicerces danossa crena na tangibilidade do mundo. A f, religiosa ou po-tica, necessita de locais de residncia, de habitaes em Cockaigneou no Alm. E, para alcanar esses domnios, embora inexistentes,temos de viajar. Embora no houvesse uma estrada conhecida atao Jardim do den, o autor do Gnesis achou necessrio especi-

    car que os querubins que o guardavam estavam situados a leste, eque a leste cava a Terra de Nod, para onde Caim seria mais tardeexpulso. Os mapas, por mais rudimentares que sejam, sugeremimplicitamente uma viagem.

    muito antiga a necessidade de inventar pases e depois dizercomo o autor os encontrou. Escrita em meados do terceiro milnioa.C., a Epopeia de Gilgamesh (ou pelo menos a sua segunda metade) a crnica da viagem de um rei ao Reino dos Mortos. AOdisseia,

    composta no sculo a.C., o relato de uma corrida de obst-culos que alcana, decorridos muitos anos, a meta ansiada. AHis-tria Verdadeira, de Luciano de Samsata, escrita no sculo a.C., divertida, mas menos convincente como dirio de viagem; ao des-crever a sua expedio Lua e Ilha dos Abenoados, o objectivodo autor no , na realidade, fazer uma crnica, mas ridicularizar asociedade em que vivia, apresentando-a num espelho deformante. As viagens de Simbad, pela primeira vez registadas por escrito no

    sculo , mas sem dvida muito mais antigas, levam o heri atparagens mgicas onde existem riquezas incalculveis e seres pro-digiosos e ameaadores. No sculo , o sbio Wu Cheng En con-tou a histria de como o Rei Macaco viajou para Ocidente com osseus bravos companheiros para servir o Buda numa ndia feita desonhos mgicos.

    Muitas das viagens mais antigas so demandas do impossvel.No sculo a.C., o feiticeiro Xu Fu foi enviado pelo imperador

    Ming Qin Shi Huang em busca do elixir da imortalidade, desta vezpara si prprio. Xu Fu viajou at mtica Montanha de Penglai e,

  • 8/11/2019 dicionariodelugaresimaginarios.pdf

    11/51

    xv

    ao regressar, explicou que nas encostas da montanha cresciam aservas das quais se fazia o elixir, mas que um drago as guardavacom uma determinao insone. No entanto, seria possvel obtero elixir se o imperador enviasse trs mil rapazes e raparigas vir-gens. O imperador assim fez, mas um gigantesco monstro marinhointerceptou a expedio de Xu Fu. Enviou-se uma terceira expedi-o, havendo desta vez a precauo de juntar uma equipa de archei-ros armada. Xu Fu nunca regressou desta ltima viagem.

    Caim e Abel

    Quer nos desloquemos verdadeiramente ou em imaginao, querpartamos para o mundo com a mente e o corao de um peregrinoou conemos na pretenso de a biblioteca (nas palavras de Borges) seroutro nome do Universo, somos animais migratrios. Estamos con-denados a deambular. Algo nos atrai para o outro lado do jardim, darua, do rio, da montanha como se o que temos aqui fosse apenas acausa (ou consequncia) do que est alm, e ainda mais alm. Todos

    temos na testa o sinal com que Deus, no Livro do Gnesis, marcouCaim por ter assassinado Abel, uma marca que o condenou no tantocomo pria, mas antes a tornar-se nmada, como o irmo. Abel erapastor, deslocava-se com os rebanhos de uma pastagem para outra, aosabor das estaes; Caim era agricultor e vivia no imobilismo, comoo seu trigo e o seu centeio. Podemos perguntar se foi por esse motivoque Deus preferiu a oferenda de Abel, o errante por ela ser fruto dassuas viagens , do sedentrio Caim, enraizado no solo. Talvez Deus

    no goste que ganhemos razes.Tal como Caim, sentimo -nos obrigados a partir aventura, aencarar cada paragem no como um objectivo em si, mas comoum novo ponto de partida, como um posto de observao onde nospodemos preparar para ir conhecer o novo espao que ca quaseao nosso alcance, prximo do horizonte, no futuro, perguntando--nos o que poder acontecer se atravessarmos a linha que separao mar do cu, nesse lugar aparentemente inconcebvel onde cada

    um de ns dar por si modicado e vericar que a paisagem tam- bm mudou.

  • 8/11/2019 dicionariodelugaresimaginarios.pdf

    12/51

  • 8/11/2019 dicionariodelugaresimaginarios.pdf

    13/51

    Nota de edio: no nal de cada entrada, indica-se entre parntesis rectos a traduopublicada em Portugal, sempre que exista. Em alguns casos, foi possvel e desejvel utilizar o vocabulrio dessas tradues, tambm para convenincia dos leitores com elasfamiliarizados. Foram os casos de:

    A Ilha do Tesouro (trad. Ricardo Alberty, Verbo); a sagaNrnia (trad. Ana Falco Bastos, Presena); a sagaSenhor dos Anis (trad. Fernanda Pinto Rodrigues, Europa-Amrica); a sagaTerramar (trad. Carlos Grifo Babo, Presena); Alice no Pas das Maravilhas (trad. Margarida Vale de Gato, Relgio dgua); As Cidades Invisveis (trad. Jos Colao Barreiros, Teorema); Feiticeiro de Oz (trad. Margarida Periquito, Relgio dgua); Fices (trad. Jos Colao Barreiros, Teorema);

    Harry Potter e a Pedra Filosofal (trad. Isabel Fraga, Presena); Harum e o Mar de Histrias (trad. Jos Vieira de Lima, Dom Quixote); O Deserto dos Trtaros (trad. Margarida Periquito, Cavalo de Ferro); Orlando Furioso (trad. Margarida Periquito, Cavalo de Ferro).

  • 8/11/2019 dicionariodelugaresimaginarios.pdf

    14/51

    a

    ABADIA, A (por vezes designada comoABADIA DA ROSA , embora este nometenha surgido bastante mais tarde), ru-nas de uma enorme abadia italiana situadano cimo de uma cordilheira, sobre duaspequenas aldeias agora abandonadas. A abadia foi destruda por um fogo em e, de uma construo outrora imponente,s restam runas dispersas. A hera cobrepedaos de muros, de colunas, e as pou-cas arquitraves que ainda se mantm intac-tas; as ervas daninhas invadiram o terrenopor todo o lado, obscurecendo os lugares

    onde em tempos cresceram legumes e o-res. Apenas a zona do cemitrio se mantmreconhecvel, j que algumas campas aindase erguem acima do nvel do solo. Da portada igreja h apenas alguns traos, corro-dos pelo bolor, mas metade do tmpanosobreviveu e o viajante ainda pode obser-var, dilatado pelos elementos e amortecidopor lquenes, o olho esquerdo de um Cristoentronizado e vestgios de um focinho deleo.

    Mesmo durante os seus dias de glria,a abadia no era to imponente comoas de Estrasburgo, Chartres, Bamberg eParis. Assemelhava-se s que foram erigi-das em Itlia durante os sculos e ,com uma ligeira inclinao subindo vertigi-nosamente em direco aos cus. Tinha a base solidamente alicerada na terra e eraencimada por uma srie de parapeitos qua-drados, como uma fortaleza. Acima desse

    nvel erguia-se outra construo, que noera tanto uma torre mas mais uma segundaigreja, slida, encimada por um telhadoinclinado e perfurada por janelas austeras.Duas colunas sem ornamentos anquea-vam uma entrada, primeira vista abertacomo um simples arco; contudo, a partirdele, duas canhoneiras encimadas por ml-tiplos arcos conduziam o olhar, como queno interior do corao de um abismo, emdireco a uma porta. A prpria entrada eracoroada por um grande tmpano, supor-tado por duas cornijas e por um pilar cen-

    tral cinzelado que dividia a entrada em duasaberturas com portas de carvalho refora-das a metal. A pedra interior esculpida pro-porcionava uma viso inesquecvel de umtrono celeste e de uma gura sentada nessetrono. O rosto do Sentado era austero eimpassvel, os olhos grandes e muito aber-tos; um cabelo e uma barba majestososenvolviam-lhe o rosto e cobriam-lhe o peitocomo as guas de um rio, em caudais sime-tricamente divididos ao meio. A coroa queostentava na cabea era rica em laca e jias,e a tnica prpura, imperial, ricamente bordada, caa em largas pregas sobre os joelhos. A mo esquerda repousava sobreum joelho e segurava um livro selado, e adireita erguia-se em sinal de bno ou deadmoestao. Havia quatro criaturas hor-rveis dispostas em torno do Sentado: umaguia, de asas esticadas e bico aberto; umleo e um boi alados e aureolados, ambos

  • 8/11/2019 dicionariodelugaresimaginarios.pdf

    15/51

    ABADIA DO PESADELO 4

    segurando um livro nas patas dianteiras;e um homem com um ar simultaneamente belo e bondoso, mas com um ar inexplica-velmente assustado.

    O Aedicium, primeiro local de recepodos viajantes antes do incndio, agora ape-nas entulho, excepo da danicada paredesul, que parece aguentar-se e desaar o cursodo tempo. As duas torres exteriores, inspec-cionando a falsia, surgem quase intactas,mas l dentro o olhar do viajante dirige--se de imediato para o cu aberto por entreuma brecha no andar superior, e tudo aquiloque no verde por aco do musgo aindapreto devido ao fumo de h sculos.

    No seu auge, o Aedicium era uma cons-truo octogonal que a uma certa distnciaparecia um quadriltero, a forma perfeitapara exprimir o carcter vigoroso e inex-pugnvel da Cidade de Deus. Trs las de janelas proclamavam a trindade no ritmodo seu alado, e cada esquina inclua umatorre heptagonal, com cinco lados visveis

    do exterior. Cada um destes nmeros sagra-dos tinha um subtil signicado espiritual:oito era o nmero da perfeio; quatro era onmero de Evangelhos; cinco era o nmerodas regies do mundo; sete era o nmerodos dons do Esprito Santo.

    O mais admirvel de todos os edifciosda abadia era a biblioteca localizada no inte-rior do Aedicium. Era possvel entrar na biblioteca tanto pelo prprio Aedicium,cujos portes estavam ciosamente guar-dados pelo bibliotecrio-chefe, como atra-vs de uma passagem secreta pelo ossrio. A arquitectura da biblioteca, em si mesma,era labirntica, cheia de escadas que noconduziam a lado nenhum e de salas quereectiam outras salas; espelhos, corredo-res sem sada e portas falsas ajudavam aaumentar a confuso. Disse-se que os arqui-tectos annimos se inspiraram nos planosda biblioteca deBabel.

    De entre os tesouros que a bibliotecaguardava, o maior de todos era o h muitoperdido tratado de Aristteles sobre acomdia. Ter sido para preservar o mundo

    do conhecimento dessa obra que se pen-sava encorajar o esquecimento de Deus que um velho monge ter cometido aquiuma srie de assassnios atrozes, culmi-nando na destruio da prpria abadia.

    Os viajantes interessados na histria daabadia so encaminhados para Le Manus-crit de Dom Adson de Melk, traduit en franaisdaprs ldition de Dom J. Mabillon, de umcerto Abb Vallet (Aux Presses de lAbbayede la Source, Paris, ). H referncias adi-cionais ao original de Adso em Milo Temes-var, On the Use of Mirrors in the Game ofChess, Tbilisi, .

    Umberto Eco,Il nome della rosa [O Nome da Rosa], Milo,

    ABADIA DO PESADELO, venervel

    manso familiar situada numa faixa de terraseca entre o mar e os terrenos alagadiosnos limites do Lincolnshire, em Inglaterra.Trata-se, na realidade, de uma abadia acas-telada, num estado altamente pitoresco dequase runa, situada num fosso que a rodeiapor todos os lados menos pelo sul.

    A Abadia do Pesadelo a morada de Chris-topher Glowrey. Entre os aspectos arquitec-turais interessantes contam-se as torres: atorre sudoeste, arruinada e cheia de corujas;a torre sudeste, utilizada pelo lho de Mr.Glowrey, autor de um tratado intituladoGs Filosco: Ou Um Projecto de Iluminao Geralda Mente Humana, do qual se venderam ape-nas sete exemplares; a torre noroeste, ondeesto os aposentos de Mr. Glowrey, d para ofosso e os charcos. Os aposentos dos criadoscam na torre nordeste. O terrao, no cantosudeste, est virado para um troo compridode costa plana, proporcionando uma vista do

  • 8/11/2019 dicionariodelugaresimaginarios.pdf

    16/51

    ABDALLES, REINO DO S5

    mar e de uma bonita monotonia de charcose moinhos de vento. O terrao conhecidopor jardim, mas as nicas coisas que nelecrescem so hera e ervas anfbias. O corpo

    principal do edifcio divide-se em sales,salas de jantar espaosas e inmeros quar-tos. O lho de Mr. Glowrey construiu umacesso da sua torre para uma srie de apo-sentos ocultos. A estrada que conduz aba-dia eleva-se articialmente acima do nveldos charcos. A Abadia do Pesadelo dista quilmetros da aldeia de Claydyke.

    Christopher Glowrey, autor de um comen-trio ao Eclesiastes que demonstra de maneiraincontestvel que tudo no passa de vaidade,descreveu a casa como uma casota espaosaonde toda a gente leva uma vida de co. Entreos objectos interessantes que coleccionou, eque podem ser vistos na abadia, h uma taade ponche feita da caveira de um antepassadoque, num ataque detdium vit, se enforcounum dia chuvoso. Tambm curioso repa-rar nos criados, pois so escolhidos pelo seu

    ar deprimido ou nomes sinistros: o mordomoCorvo, o intendente Coruja, o criado Esque-leto (segundo Mr. Glowrey, este ltimo era deorigem francesa), os moos de estrebaria Pe Tumba. Um pretenso lacaio de nome Dig-gory Caveira foi despedido devido ao seu arprazenteiro, mas no antes de ter seduzidotodas as criadas, deixando uma prole de jo-vens caveiras na Abadia.

    A Abadia do Pesadelo est assombradapela melancolia negra, que os visitantes searriscam a contrair.

    Thomas Love Peacock,Nightmare Abbey[ A Abadia do Pesadelo], Londres,

    ABATON (do gregoa, no;baino, vou),cidade de localizao varivel. Embora noseja inacessvel, nunca ningum a alcanou,sabendo-se que os visitantes com destinoa Abaton vagueiam por muitos anos sem

    sequer lhe localizarem o mais pequenosinal. Certos viajantes, contudo, viram-naerguendo-se na linha do horizonte, espe-cialmente ao crepsculo. Enquanto a alguns

    deles essa viso provocou uma enorme ale-gria, a outros causou uma terrvel tristezasem causa aparente. O interior de Abatonnunca foi descrito, mas diz-se que as mura-lhas e as torres sero azul-claras ou bran-cas ou, de acordo com outras informaes,de um vermelho ardente. Sir Thomas Bul-nch, que viu os contornos de Abaton aoviajar pela Esccia, de Glasgow para Troon,descreveu as muralhas como amareladase referiu uma msica distante, parecidacom a de um cravo, vinda de trs dos por-tes; isto, no entanto, parece improvvel.

    Sir Thomas Bulnch, My Hearts in theHighlands, Edimburgo,

    ABDALLES, REINO DOS, vasto pasna costa do norte de frica, que faz fron-

    teira com o Reino dosAncleocles.Reza a lenda que o povo deste reino pro-vm e obteve o nome de Abdalles, lho dodeus-sol e de Ficles, a primeira mulher.(Ficles tem fama de ter sido concebidaquando um raio de Sol atingiu uma ser-pente, e de ter sido criada por uma raposadepois da morte da serpente. Ficles tam- bm teve relaes com Tumpigand e Hor--His-Hon-Pal, irmos de Abdalles; a suaunio com este ltimo gerou o primeirodos Ancleocles.) Tal como a do seu ante-passado lendrio, a pele dos Abdalles azul.Os Abdalles crem na existncia de um seruniversal, Vilkhonis, Pai da Luz, que criou omundo.

    Muitas das leis e dos costumes dos Abdalles podem parecer cruis a um viajanteinexperiente. Numa forma de entreteni-mento muito popular conhecida como Lak--Tro Al Dal, quatro homens nus insultam-se

  • 8/11/2019 dicionariodelugaresimaginarios.pdf

    17/51

  • 8/11/2019 dicionariodelugaresimaginarios.pdf

    18/51

    ABDERA 7

    saudando-o com estas palavras: A crianadorme; a isto responde o noivo: Vamos,ento, e acordemo-la. S nessa altura sedirigem ao templo para celebrao do casa-

    mento propriamente dito.Os ritos funerrios caracterizam-se poruma grande demonstrao de respeito paracom o falecido. O corpo lavado, vestidocom as suas melhores roupas e interro-gado sobre a razo por que morreu. Nohavendo resposta, colocado de p noTou--Kam-Bouk, um caixo alto e fundo, e so-lheentregues agulha e linha para que remendea roupa, caso se rasgue. OTou-Kam-Boukenchido de ervas aromticas para preservaro corpo e pendurado no quarto do morto.Se o morto rico, contratam-seGuer-Ma--Ka, mulheres que se embebedam paraentreter o cadver.

    Os Abdalles consideram ofensivo apon-tar o dedo. S o rei e a divindade so indica-dos com este gesto. Todos os outros objec-tos so indicados com um sinal do cotovelo.

    Actualmente, os Abdalles so sbditosdo rei Mocatoa ouHoucais, seu ttulo o-cial. Ao contrrio do resto da populao,Mocatoa branco, lho de me branca.Quando nasceu, o pai convenceu-se deimediato de que a me, Nasildae, lhe forainel e decretou um Kirmec contra ela.Nasildae e Mocatoa foram descidos parao Houzail, mas sobreviveram descida eviveram no fundo do poo durante muitosanos. A conheceram Lodai, um ministroque fora condenado morte anos antes.Para surpresa deles, descobriram que erapossvel viver nas cavernas e que tinhamacesso superfcie por um tnel queconduzia a um dos sops da montanha.O reino subterrneo que se lhes deparouera de uma estranha beleza, com caudaisreluzentes de mercrio, lagos em chamase rios velozes de um lquido rosado queua por entre areia debaixo de montanhas

    de enxofre e betume. Descobriram tam- bm o Caudal do Remdio Universal, umlquido dourado que cura todos os malese feridas.

    Entretanto, o pai de Mocatoa iniciouuma perseguio aos brancos de todoo reino, e s muitos anos mais tarde seconvenceu nalmente da inocncia damulher e desceu aoHouzail procura dela;nunca mais ningum ouviu falar dele. Umamante da sua segunda mulher tomou opoder e iniciou de imediato um massacredos apoiantes da dinastia legtima. Moca-toa regressou ao pas e a sua pretenso leg-tima ao trono foi de imediato reconhecidapelo povo. O reino agora rico e prspero,em grande parte graas aos esforos deLamekis, lho de um alto sacerdote egp-cio exilado que encontrou refgio na grutaque conduz aoHouzail quando naufragou junto costa.

    Os viajantes notaro que a rvore maistpica do Reino dos Abdalles surpreen-

    dentemente alta, com folhas pontiagudase largas. O seu fruto do tamanho de ummelo e to leve que, quando cai, ressalta;o seu sumo transparente embriagante e apolpa sabe a po de arroz, assemelhando-sea farinha quando seca. Por vezes, vem-seenormes pssaros carnvoros junto costa,fazendo os ninhos em penhascos isolados.Mesmo os mais jovens so do tamanho deum touro e capazes de carregar carneiros evacas.

    Charles Fieux de Mouhy, Lamekis, ou les voya- ges extraordinaires dun Egyptien dans la terreintrieure avec la dcouverte de lIsle des Silphidesenrichi de notes curieuses, Haia,

    ABDERA , cidade trcia muralhada sobreo Mar Egeu, famosa pelos curiosos proces-sos mentais dos seus habitantes. Muitas his-trias se contaram a respeito do estranho

  • 8/11/2019 dicionariodelugaresimaginarios.pdf

    19/51

    ABELHAS ATAREFADAS , ILHA DA S 8

    uso que o povo de Abdera faz da lgica. Porexemplo, quando a cidade foi dividida entreuma parte oriental e uma parte ocidental,a populao do ocidente queixou-se de ter

    perdido a sua zona oriental, enquanto ada parte oriental lamentou perder a suazona ocidental.

    Abdera tambm conhecida pelos seusenormes cavalos. O mais belo templo dacidade consagrado a Arion, o cavalo queNeptuno expulsou do mar com um golpede tridente. As casas, os navios e as colunasso decorados com motivos equinos, e osestbulos so considerados parte da casa eornados com frescos. Alguns cavalos, con-tudo, aspiram a um luxo mais elevado.Uma gua que reclamara espelhos para asua estrebaria arrancou-os do quarto doprprio dono dentada, e depois destruiu patada alguns painis de que no gostava.

    Um incidente famoso na histria de Abdera a clebre revolta dos cavalos,quando os equdeos da cidade, dotados

    de uma espcie de inteligncia aberrante,se sublevaram e a saquearam. Mataramhomens e mulas, violaram mulheres e s serenderam quando o heri Hrcules veio emsocorro dos habitantes de Abdera.

    Annimo, Physiologus Latinus, sc. ; Chris-toph Martin Wieland, Die Abderiten, Muni-que, ; Leopoldo Lugones, Los Caballosde Abdera, in Las Fuerzas extraas, Buenos

    Aires,

    ABELHAS ATAREFADAS, ILHA DAS,no Mar Tirreno, assim chamada porque asruas da sua cidade esto apinhadas de gentea correr para c e para l, sempre atare-fada. Todos trabalham, ningum tem umminuto a perder. No se encontram man-dries nem vagabundos em parte nenhumada ilha. Os pedintes so dissuadidos por ofer-tas de trabalho e muito difcil obter uma

    refeio gratuita. Contudo, o peixe no marem redor da ilha muito amvel e dar aosvisitantes todas as informaes necessrias.

    Carlo Collodi, Le aventure di Pinocchio [ As aven-turas de Pinquio], Florena,

    ABENOADOS, ILHA DOS, com cercade quilmetros de comprimento, noOceano Atlntico. Terra de um povo quese veste de cor prpura com belas teias dearanha. Apesar de no terem corpo, conse-guem mover-se e falar como os seres mor-tais. Tm a aparncia de espritos nus, cadaum deles coberto por uma teia de aranhaque lhes d forma ao corpo.

    A ilha comprida e plana, governada porRadamantus, natural de Creta. A capital dailha, tambm chamada Abenoada, foi cons-truda em ouro com muralhas de esmeralda.Tem sete portas fabricadas a partir de umanica pea de canela, e as estradas que atra-vessam a cidade so de marm. H templos

    a todo o tipo de deuses, feitos de berilo econtendo altares elevados de ametista, usa-dos para sacrifcios humanos: no se acon-selham os visitantes especialmente impres-sionveis pela viso de sangue a assistir cerimnia. Em torno da cidade corre um riode um perfume requintado, com metrosde profundidade e facilmente navegvel, seterios de leite e oito de vinho, e h fontes degua, mel e perfume. Os banhos pblicos dacidade so grandes edifcios de cristal, aque-cidos com canela; as banheiras contm guae orvalho quente.

    Os viajantes no encontraro na Ilha dos Abenoados a escurido da noite ou a luz dodia a que esto habituados. A ilha est per-manentemente imersa na penumbra, comose o sol ainda no tivesse nascido. Aqui sempre Primavera e s sopra um vento, ozro. O pas rico em todo o tipo de o-res e todo o tipo de plantas; as videiras pro-

  • 8/11/2019 dicionariodelugaresimaginarios.pdf

    20/51

    ACAIRE9

    duzem cachos de uvas vezes por ano; asmacieiras, as romzeiras e outras rvoresdo frutos vezes por ano, porque no msde Minossa produzem duas vezes. O trigo

    produz no s feixes j prontos, mas tam- bm belssimos pes, que crescem nas extre-midades da planta como cogumelos.

    Luciano de Samsata,Histria Verdadeira, sc.

    ABBORAS, ILHAS DAS, arquiplagono Atlntico Norte assim chamado devidos enormes abboras que l cresciam, algu-mas com dois metros cbicos. Os habitantespem-nas no exterior a secar, retiram-lhesa parte de dentro e usam a casca como bar-cos, o caule como mastro e as folhas comovelas. Os habitantes so piratas que pilhamas ilhas vizinhas, conhecidos como piratasdas abboras pelos seus inimigos, os Nut-naut (ver Ilha dasNozes), contra quem lan-am a sua esquadra de abboras gigantes.

    Luciano de Samsata,Histria Verdadeira, sc.

    ACAIRE, oresta vasta emPoictesme cercada por uma baixa muralha vermelha.Dentro da oresta, o solo eleva-se numamontanha com trs cumes. Os dois cumes

    exteriores so densamente arborizados maso do meio, mais baixo, desprovido devegetao. Nele se ergue o Castelo de Bru-nelbois, sobre as guas de um lago perfeita-mente imvel que alimentado por nascen-tes subterrneas, no tendo auentes nemeuentes. Entra-se no castelo sob dois arcospontiagudos, um pedonal, o outro paracavaleiros. Por cima desses arcos h umaesttua equestre num nicho, e uma enorme janela decorada com coraes e cardos.

    Brunelbois foi a corte do rei Helmas,outrora famoso por ser o monarca maistolo do mundo. Mas uma profecia previuque ele se tornaria sbio quando um jovemfeiticeiro lhe levasse uma pena branca dei-xada cair na oresta de Acaire pelo ps-saro Zhar-Ptitza. O pssaro, a mais velhae sbia criatura do mundo, na verdade no

    branco; prpura, com o pescoo dou-rado e uma cauda de penas vermelhas eazuis. Mas Helmas recebeu de facto a pena branca, das mos de um antigo guardadorde porcos, Manuel, destinado a governarPoictesme. A pena era, na verdade, bastantevulgar, mas Helmas aceitou-a como prove-niente do lendrio pssaro e viu o povo pas-sar a atribuir-lhe de imediato uma sabedo-ria infalvel. Para comemorar, o primeiro de Abril foi retirado do calendrio.

    Anos mais tarde, Helmas desentendeu--se com a lha Melusine, e ela f-lo cair, aele e a toda a sua corte, num sono mgicode que nunca mais despertaram. Os viajan-tes encontr-lo-o no seu trono, nas suasvestes escarlates, de arminho, ao lado darainha Pressina, cuja tez azulada da pele eo tom verde do cabelo se tornaram bvios.Melusine possui sangue imortal mas foiadequadamente punida pelas suas aces:Embarcao tpica das Ilhas dasAbboras.

  • 8/11/2019 dicionariodelugaresimaginarios.pdf

    21/51

    ACASO, ILHA DO 10

    todos os domingos, as pernas transformam--se-lhe numa cauda de peixe, cando assimat segunda-feira.

    Vrios monstros interessantes habitam a

    oresta de Acaire. Contam-se entre eles osbleps negros, osstricofanes de crista, e ocalcar cinzento, bem como oeale com os seus cor-nos mveis, oleucrocotta dourado e otaran-dus, que absorve a cor que o rodeia. Cadauma destas criaturas nica e, portanto,extremamente solitria. A notcia da suaferocidade foi bastante exagerada por aque-les que vaguearam pelo interior da oresta.

    James Branch Cabell, Figures of Earth. A Comedy of Appearances, Nova Iorque, ;The High Place. A Comedy of Disenchantment ,Nova Iorque,

    ACASO, ILHA DO, situada ao largo dacosta dos Estados Unidos, perto da Ilha daFortuna. Nela, os terramotos so frequen-tes. Aqui, tudo parece ser deixado ao acaso,

    e todo o tipo de monstros produzido poruma natureza que ainda parece estar numestado infantil de experimentao. Na Ilhado Acaso as pessoas nascem com patas decavalo em vez de mos; so consideradasto estpidas como cavalos e deixadas noscampos a pastar. Por outro lado, os cavalosnascem com mos humanas e criaram oci-nas e lojas. Tambm conseguem tocar ins-trumentos musicais, tendo-lhes a sorte dadoos membros que noutros pases proporcio-naram ao homem um estatuto superior.

    H uma oresta na zona meridional dailha habitada por novas espcies de animaiscujos corpos so combinaes fortuitas dergos dois ou oito dedos, uma boca verti-cal, olhos na nuca, tudo de uma forma alea-tria. As espcies animais multiplicam-sede forma imprevisvel. Em certos anos hexcesso de crocodilos, noutros escassez deanimais domsticos. Cr-se, contudo, que o

    acaso conduzir a um mundo perfeito noqual todos os animais falaro; preparando--se para isto, os animais j esto a ser ensi-nados a ler e a escrever por professores que

    usam a linguagem gestual.Os visitantes vo gostar de participarnum jogo em que diversos dados de oitofaces, com letras de cada um dos lados, socolocados numa caixa, agitados e lanados.O vencedor o jogador que, por acaso,componha o maior nmero de palavras efrases. Em , um terramoto fez com quea caixa dos dados casse: as letras dos dadosformaram o discurso de Lus XVI aos Esta-dos Gerais.

    Abb Balthazard, LIsle des Philosophes et Plu-sieurs Autres, Nouvellement Dcouvertes, &remarquables par leur rapports avec la Franceactuelle, Chartres,

    ADO, PAS DE, na selva do Bornu,onde os discpulos de Proudhon, Fourier

    e Cabet criaram uma colnia por volta de. Cr -se que a colnia ter um teroda dimenso da Frana, embora talvez noseja maior do que o prprio Bornu. A capi-tal constituda por casas grandes e confor-tveis com guas correntes quentes e frias,luz elctrica, aquecimento central e fon-grafos (que os pioneiros inventaram antesde Edison). As salas so decoradas comazulejos cor de laranja, o cho de vidroopaco e os tectos so cncavos e revesti-dos de estuque. Cada casa tem uma janelaem arco com excelente vista para a rua. Hum Ministrio da Guerra, um Ministrio daEsttica Nacional e um Palcio do Prazer,onde decorre a sesso semanal de sexo emgrupo de todos os cidados respeitadoresda lei.

    Ao chegarem, os pioneiros refugiaram--se nas montanhas para se protegerem dosnativos. Pouco a pouco, foram ganhando

  • 8/11/2019 dicionariodelugaresimaginarios.pdf

    22/51

    ADORADORES DE CABRAS, TERRA DO S11

    conana e acabaram por obter ascen-dente sobre toda a populao. Dado que oideal que professavam era o de um Estadosocial igualitrio, suprimiram os oposito-

    res, de modo a haver apenas uma nicaopinio. No Pas de Ado, o bem-estar indi-vidual est subordinado ao bem da nao.O Estado decreta o que agradvel outil, e todos devem conformar-se comestas leis. A religio do Estado a Religioda Harmonia Natural e, em sua honra, oMinistrio da Esttica Nacional organizaum desle anual de virgens jovens e belas.No h dinheiro, porque o Estado provi-dencia tudo; porm, nada pode ser com-prado, vendido ou deitado fora. Os indi-vduos considerados ameaas ao IdealNacional so esterilizados. Os criminososso enviados para o exrcito, onde tm avigi-los bombardeiros voadores (inventa-dos pelos pioneiros em ). As crianasso propriedade do Estado e educadas deacordo com as orientaes nacionais. Os

    artistas devem evitar exprimir emoespessoais e produzir obras que reictamo ideal comunitrio. O lema da colnia: Conhecimento Prazer; Produo Honra; Destruio Vergonha.

    Os visitantes so avisados de que as bebi-das alcolicas e o tabaco no podem entrarno pas e so conscados pelas autoridadesalfandegrias.

    Paul Adam, Lettres de Malaisir , Paris,

    ADORADORES DE CABRAS, TERRADOS, vasta plancie delimitada por umacordilheira de montanhas no sudeste daRssia. parcialmente coberta de pinhaise de cabanas primitivas feitas de ramos e juncos, algumas agrupadas em aldeias rudi-mentares, outras disseminadas entre ospinheiros. O nico mobilirio das cabanasso esteiras de juncos.

    Os Adoradores de Cabras so primiti-vos e vestem-se com peles de cabra. Noentanto, usam lanas com pontas de ferroe machados de metal, que sugerem ter

    estado em contacto com raas mais sos-ticadas. So afveis e hospitaleiros, sempredispostos a partilhar com os visitantes asua parca dieta de leite, carne seca e queijo.Quando chegam desconhecidos, os chefesde famlia tiram sorte com seixos pretose brancos. Aqueles que tiram seixos pretosdo toucado do chefe do aos desconhecidosuma cabra que lhes fornecer leite e man-daro as mulheres dormir com eles. Recu-sar esse favor um insulto grave e tanto asmulheres como os maridos caro profun-damente ofendidos. Se os visitantes perma-necerem durante um perodo longo, outrasmulheres casadas substituiro as primeiras.

    A lngua dos Adoradores de Cabras spera e gutural, semelhante ao coaxardas rs. A felicidade manifesta-se emitindogritos e uivos penetrantes e so usados

    gritos semelhantes para expressar enco-rajamento e gratido. Quando os desco-nhecidos levam as mulheres para as caba-nas, os homens renem-se no exterior eemitem brados de encorajamento e de feli-

    Aldeia rudimentar na Terra dos Adoradoresde Cabras, no sudeste da Rssia.

  • 8/11/2019 dicionariodelugaresimaginarios.pdf

    23/51

    ADORMECIDO , VALE 12

    cidade. Como resposta a uma manifestaode gratido, cospem no rosto do seu inter-locutor reconhecido e depois limpam-lhe acara com as barbas.

    De vez em quando, os Adoradores deCabras deslam at oresta, conduzidospor homens armados e seguidos de quatromulheres que levam ao colo lhos peque-nos. As crianas so coroadas com folhas.Depois, pintam-lhes os corpos e esventram--nas ritualmente em frente de um grandecarneiro, enquanto o povo observa, ajoe-lhado com devoo.

    Abb H.L. Du Laurens, Le Compre Mathieu oules bigarrures de lesprit humain, Londres,

    ADORMECIDO, VALE, aldeola a cercade trs quilmetros da pequena vila deGreensburg, nas margens do Rio Hud-son, assombrada por muitos espritos. Oshabitantes locais chamam a GreensburgVila da Demora, devido propenso dos

    homens para se demoraram na tabernanos dias de mercado. O Vale Adormecidositua-se no cimo dos montes e talvez umdos lugares mais tranquilos do mundo;os nicos sons que se ouvem so o mur-mrio de um riacho, o assobio ocasionalde uma codorniz e o matraquear de umpica-pau. Os habitantes so descendentesdirectos dos primeiros colonos holandesese conhecidos na zona como os Rapazes doVale Adormecido.

    A aldeola deve o nome atmosfera indo-lente que a envolve. H quem diga quefoi enfeitiada por um mdico alemo naaltura da sua criao; outros dizem que erausada por feiticeiros ndios muito antes dachegada dos europeus. Seja qual for a razo,a verdade que os habitantes parecemenfeitiados pelo local e viver num sonhoconstante. So extremamente supersticio-sos, propensos a transes e alucinaes, tm

    com frequncia vises bizarras e ouvemmsicas estranhas.

    Dos inmeros espritos que assombrama zona, o principal o fantasma do cava-

    leiro sem cabea, que se diz ser um sol-dado hessiano decapitado por uma bala decanho numa batalha esquecida da GuerraRevolucionria. Os historiadores armamque o corpo do cavaleiro jaz numa igreja eque noite se dirige ao local da batalha procura da cabea perdida, apressando-se avoltar ao tmulo antes de o sol nascer.

    No nal do sculo , um mestre--escola de aldeia parece ter encontrado ocavaleiro. Ichabod Crane assim se cha-mava o mestre-escola apaixonou-se pelalha do agricultor holands que vivia novale, mas descobriu que tinha um rivalfamoso pela sua fora e audcia. Certanoite, ao voltar da casa do agricultor, ondeestivera a contar histrias (a maioria das his-trias do Vale Adormecido acerca de fan-tasmas e duendes), Crane comeou a ser

    perseguido por um cavaleiro num possantecavalo negro. O cavalo de Crane entrou empnico e precipitou-se para uma ponte pertoda aldeia. Ao atravessar a ponte, Craneolhou para trs e viu o fantasma erguer-senos estribos e preparar-se para lhe lanar acabea. Crane foi atingido pelo mssil voa-dor e caiu por terra. Na manh seguinte, ocavalo foi encontrado, mas o mestre-escolanunca mais foi avistado no Vale Adorme-cido. Nunca se descobriu o corpo dele, e ofantasma de Crane assombra agora a escolaem runas.

    Washington Irving, The Legend of SleepyHollow [ A Lenda do Cavaleiro sem Cabea],in The Sketch Book of Geoffrey Crayon, Gent.,Nova Iorque,

  • 8/11/2019 dicionariodelugaresimaginarios.pdf

    24/51

    ALALI 22

    AKKAMA, FINGISWOLD,REREK e MESZRIA

    Pissempsco

    Templo de Zeus.

    Vale de Revarm

    Palcio Real

    Rialmar

    .

    R i o

    R e v a r m

    Laimak

    Veiring

    Abaraima

    Bagot

    Argyanna

    R E R E K

    F I N G I S

    W O L D A

    K K A M

    A

    C o r d i l h e i r a d e H u r o n

    M a r

    I n t e r i

    o r

    Rumala

    M E S Z R I A

    Lago Reisma Ambermere

    Memison

    Zayana

    Ilha deSestola

    Esturiode Sestola

    P a s s

    . d e

    S a l i

    m a t

    P a s s

    . d

    e

    R o y a r

    A C o r t i n

    a V a l e d e

    Z e s h m

    a r a

    Z e sh m a r aR i o

  • 8/11/2019 dicionariodelugaresimaginarios.pdf

    25/51

    n

    NACUMERA , grande e formosa ilha noOceano Atlntico, com mais de quil-metros de permetro. notvel pelos seushabitantes, que tm cabeas de co, adoramo boi e, como smbolo de devoo, usam natesta imagens do sagrado corao de ouroou de prata. So pessoas grandes, amantesda guerra, que andam vestidas apenas comtangas e trazem consigo lanas aguadas eescudos do tamanho do corpo. Para econo-mizar, comem os prisioneiros.

    O rei de Nacumera muito devoto ereza vezes ao seu deus antes de cada

    refeio. O nico atributo real (sem o qualno seria reconhecido como rei) umenorme rubi, com um p de comprimentoe cinco dedos de largura, que usa volta dopescoo. O imperador chins cobia esta

    jia h muito tempo, mas nunca conseguiucompr-la nem captur-la na guerra.

    Sir John Mandeville,Voiage de Sir John Maun-

    devile, Paris,

    NADA, ILHA DO, verGrande gua.

    NADA, TERRA DO, pas abaixo de Lon-dres, em Inglaterra, cujos distritos coin-cidem com as estaes da rede do metro-politano. Nem toda a gente pode visit-lo.

    Alguns sabem da sua viagem por uma estra-nha velha que lhes l a sina.Os visitantes da Terra do Nada so esque-

    cidos no seu prprio mundo, a que o povoda Terra do Nada chama Acima. como senunca tivessem l vivido, e tornam-se invi-sveis e inaudveis excepto para os habitan-tes da Terra do Nada. Porm, as paredesdos edifcios da Terra do Nada conservamrecordaes do passado, de modo que osvisitantes que exploram o pas podem sersurpreendidos por imagens dolorosas defeitos terrveis cometidos em tempos idos. A Terra do Nada iluminada por velas. A especialidade local gato estufado, quese diz ser muito saboroso.

    Quando se visita este pas, boa ideiacontratar os servios de um guarda-costascomo o famoso marqus de Carabas. Issopode fazer-se num dos mercados utuan-tes, grandes ajuntamentos onde se trocam

    Imagem de boi em ouro, usada na testapelos habitantes deNacumera.

  • 8/11/2019 dicionariodelugaresimaginarios.pdf

    26/51

    NA N CURUNIR 598

    servios e se estabelece uma trgua geralentre inimigos. Os visitantes vero queas ratazanas so ajudantes teis, emboraseja aconselhvel conhecer a lngua delas. A Terra do Nada um lugar perigoso. Emcaso de acidente, o melhor o visitantedirigir-se aos monges que dirigem uma

    ecaz unidade de cuidados de sade soba estao de metropolitano de Blackfriars. melhor evitar certas zonas da Terra

    do Nada. Por exemplo, a velha empresados irmos Mr. Croup e Mr. Vandemar(Obstculos Eliminados, Maadas Erra-dicadas, Membros Incmodos Retirados eOdontologia Tutelar) tem m reputao. A rma ocupa a cave de um hospital vito-riano, encerrado devido a cortes no Ser-vio Nacional de Sade, e constituda poruma srie de enfermarias divididas em maisde cem salas, algumas vazias, outras reple-tas de material hospitalar. Numa das salasencontra-se um forno metlico gigantesco,noutra esto as casas de banho e os chuvei-ros obstrudos e sem gua. Os visitantesdispostos a desaar os perigos desta secoda Terra do Nada devem descer as escadasdo hospital at onde for possvel, atravessaros duches abandonados, as casas de banho

    do pessoal e uma sala cheia de vidros parti-dos, onde o tecto desabou completamente,para chegar a uma pequena escada de ferroenferrujada cuja tinta, outrora branca, est

    a cair em tiras longas e hmidas. A seguir,devem transpor a zona pantanosa aofundo da escada e passar por uma porta demadeira meio podre. Encontrar-se-o assimna subcave, uma sala enorme onde anosde detritos hospitalares foram acumula-dos, abandonados e, por m, esquecidos.Foi dela que Mr. Croup e Mr. Vandemarzeram a sua casa. As paredes esto muitohmidas e goteja gua do tecto. Coisasestranhas esboroam-se aos cantos, algumasdas quais em tempos tiveram vida.

    Neil Gaiman,Neverwhere[Neverwhere NaTerra do Nada], Londres,

    NAN CURUNIR , grande vale na vertenteoeste da extremidade sul das MontanhasNebulosas daTerra -Mdia, conhecido por

    Vale de Angrenoste antes de o feiticeiroSaruman habitar nele. O vale domina a pla-ncie de Isen e o Desladeiro deRohan e,assim, era uma importante posio estra-tgica, e simultaneamente uma posiodefensiva natural, pois a sua nica aberturaera para sul.

    No interior do vale, ergue-se a pode-rosa fortaleza de Isengard, construda peloshomens deGondor e mantida como postoavanado aps o estabelecimento de Rohancomo um reino separado. A fortaleza eraconstituda por uma enorme muralha derocha natural que envolvia uma plancie cir-cular de cerca de quilmetro e meio de di-metro com uma grande torre a Torre deOrthanc no centro. A muralha, alta comoum penhasco, era conhecida por Anel deIsengard. Tinha apenas uma entrada, umlongo tnel escavado na rocha negra dolado sul da muralha. Em cada uma das

    Forno metlico gigante daTerra do Nada.

  • 8/11/2019 dicionariodelugaresimaginarios.pdf

    27/51

    NA N CURUNIR 599

    extremidades havia portas de ferro, assen-tes de uma maneira to perfeita nos gonzosde ao que bastava um leve empurro paraas abrir quando no estavam trancadas. No

    interior da muralha, a plancie fora outroracultivada, e o visitante, quando emergia dotnel, era acolhido por um cenrio de ervae rvores de fruto. A maior parte da mura-lha encontra-se actualmente destruda,mas ainda possvel ver a grande Torre deOrthanc no centro da plancie.

    A Torre feita de rocha negra lisa. Qua-tro grandes pilares de rocha parecem ter--se unido num s e elevam -se formandopinculos aguados. Onde os pinculosse encontram, metros acima da plan-cie, existe uma plataforma estreita em queesto inscritos sinais curiosos. Vinte e setedegraus largos de pedra negra conduzem nica entrada da torre. As paredes so dota-das de janelas altas e profundas.

    Aps o longo Inverno de - da Ter-ceira Era, Beren, dcimo nono mordomo

    de Gondor, e o rei Fralf de Rohan aco-lheram Saruman em Isengard, na esperanade que ele fosse capaz de ajudar a recupe-rar as suas terras das devastaes do LongoInverno. Saruman recebeu de Beren as cha-ves da Torre de Orthanc e instalou-se comolugar-tenente do mordomo e guardio daTorre.

    Saruman era um dos grandes feiticeirosdo Conselho Branco formado para comba-ter Sauron, Senhor Negro de Mordor. Noincio, era amigo de Rohan, mas foi caindopouco a pouco sob a inuncia de Saurone do mal que outrora combatera. Aparen-temente, a razo pela qual Saruman forapara Isengard era a vontade de se apoderarda pedra de Orthanc, uma das palantri, ouPedras Que Vem Longe. As pedras, esfe-ras negras de cristal que parecem ter umcorao de fogo, permitiam aos seus pos-suidores ver coisas a grandes distncias e

    comunicar atravs do pensamento. Forjadasem Eldamar pelos elfos, as palantri foramutilizadas para proteger o reino de Gon-dor e estavam guardadas em vrios locais,

    por toda a Terra-Mdia. A mais impor-tante estava na cidade deOsgiliath, a pri-meira capital de Gondor, e outras emMinas Tirith eMinas Morgul. Trs outras palantri encontravam-se guardadas em Annminas,em Arnor , na Torre de Amon Sl que emtempos se erguia nos Montes doTempo, enos Montes daTorre . As palantri tambmpermitiam que uma vontade forte se impu-sesse a uma vontade mais fraca, pelo que,quando uma das pedras caiu em poder deSauron, se tornou um perigo para todos.

    Durante a estada de Saruman em Isen-gard, a natureza e o aspecto da fortalezamudaram consideravelmente. A terra culti-vada no interior das muralhas foi substitu-da pela indstria. A fortaleza cobriu-se demetal, pilares de mrmore e mquinas, efeios montculos tapavam as aberturas das

    chamins que comunicavam com as forjase ocinas subterrneas e as cavernas utili-zadas para albergar os exrcitos de escravosde Saruman. Isengard tornou-se a moradade muitos seres malcos, designadamenteos orcs que Saruman enviou para assediaras fronteiras de Gondor e Rohan, e foi nelaque Saruman conseguiu nalmente criaruma nova raa de seres prdos, metadeorc, metade homem.

    Durante a Guerra do Anel, um exr-cito de ents, os grandes pastores das rvo-res deFangorn, marchou contra Sarumanno seu baluarte. Impelia-os uma sede devingana contra os orcs, que to perversa-mente haviam devastado as suas amadasrvores. Os ents destruram sem dicul-dade as forticaes de Isengard, bastandopara tal rasgarem a muralha de rocha comas mos e desviar o Rio Isen de modo que asguas inundassem as cavernas e as ocinas

  • 8/11/2019 dicionariodelugaresimaginarios.pdf

    28/51

    NRNIA 600

    subterrneas, fazendo com que se for-masse um lago em torno do sop da Torrede Orthanc. Orthanc propriamente ditarevelou-se indestrutvel, resistindo mesmo

    fora dos ents, que so das criaturas si-camente mais poderosas da Terra-Mdia.Saruman e o seu agente Grma, ou Lnguade Verme, refugiaram-se na Torre e foramdepois feitos prisioneiros por Barba de rvore, chefe dos ents. Furioso e frustrado,Grma arremessou as palantri da torre, nose apercebendo do que se tratava. Final-mente, as Pedras Que Vem Longe caramnas mos de Aragorn, descendente dos reisde Gondor e futuro soberano do ReinoReunicado.

    Depois da vitria, os ents retiraram aspedras e a maioria dos vestgios da antigamuralha. entrada do vale foram planta-das duas rvores altas, e a zona foi rodeadapor um bosque plantado pelos ents. Estecou conhecido pelo Bosque da Vigia, e asua funo era vigiar o prisioneiro Saru-

    man. S depois de a Guerra do Anel terterminado, Barba de rvore libertou Saru-man, com a condio de ele devolver as cha-ves da Torre ao rei de Gondor.

    J.R.R. Tolkien,The Fellowship of the Ring[ AIrmandade do Anel], Londres, ;The TwoTowers[ As Duas Torres], Londres, ; The Return of the King[O Regresso do Rei], Londres,

    ; The Silmarillion[O Silmarillion], Londres,

    NRNIA , pas situado entre cadeias demontanhas (que o separam daArqueln-dia, a sul), ermos e charnecas (a sua fron-teira norte). A leste, Nrnia est limitadapelo mar; a oeste, por montanhas e penhas-cos escarpados. O Grande Rio, que corre atodo o comprimento do pas, precipita-sepor esses penhascos no Lago do Caldeiro um buraco profundo de gua agitada e bor-

    bulhante e, em grande parte do seu curso,as margens so ngremes e frequentementerochosas. Um auente que nasce no Ermodo Lampio junta-se-lhe no Dique dos Cas-

    tores, depois de correr muitos quilmetrospor um desladeiro cavado. O Grande Rioatravessa uma paisagem variada de relva-dos, rochas, urzes e bosques, at entrarnum vale amplo, onde se torna muitomenos profundo. A se encontra a cidade deBeruna, com a sua muralha e os seus telha-dos vermelhos, junto aos vaus do mesmonome. Abaixo de Beruna, o Grande Riorecebe o Rio Ruidoso e, a seguir, serpenteiaatravs de vastas orestas at chegar ao marem Cair Paravel, capital de Nrnia. A maiorparte da costa do pas arborizada, emboraa nordeste a oresta d rapidamente lugar auma rea ampla de terras pantanosas, cominmeras ilhotas e canais. As grandes mon-tanhas a oeste dominam o Ermo do Oeste,regio de montanhas altas e cordilheirasfendidas contra um fundo de picos gelados,

    sempre visveis ao longe.O pas de Nrnia foi criado e no fun-dado por Aslam, um grande leo de umpas para alm do m do mundo (ver Pasde Aslam). Aslam era lho do Grande--Imperador-de-Alm-Mar, o misterioso etodo-poderoso senhor de Nrnia. Os pou-cos privilegiados que viram Aslam caramimpressionados com a sua juba e os seusolhos, e com a maneira como ele associauma slida fora fsica a uma grande deli-cadeza e sabedoria. Mas o mais notvelde tudo a sua voz maravilhosa, por cujocanto criou Nrnia, fazendo-a nascer donada. Reza a lenda que o canto da criaono tinha letra e quase no tinha melo-dia, mas que foi o canto mais belo jamaisouvido, tendo feito as estrelas, as constela-es e os planetas surgir de repente da escu-rido. Enquanto Aslam cantava, o cu negrotornou-se cinzento e depois passou de

  • 8/11/2019 dicionariodelugaresimaginarios.pdf

    29/51

    NRNIA 601

    T e r r a

    s S e l v a g e n s d o N o r t e

    N r n i a

    R e l v a d o d a s D a n a s

    A r q u e l n d i a

    D e s e r t o

    M a

    r

    NRNIAE TERRAS ADJACENTES

    Dique dosCastores

    Beruna

    Castelo de Miraz

    Grande Rio

    Montede Aslam

    .

    Toca de Buscatrufas

    Tmulos

    Tashbaan Rock

    Osis

    d e s l a d e i r o

    e s t r e i t o

    Rio FlechaSinuosa

    passagem para Nrnia

    Cair Paravel

    Anvard

    Casa do UrsoBarrigudo

    R i o R u i d o s o

    E r m o d o L a m p

    i o

    Espelho dgua

  • 8/11/2019 dicionariodelugaresimaginarios.pdf

    30/51

    NRNIA 602

    branco a cor-de-rosa e de cor-de-rosa a dou-rado, como o Sol nascente. O vale de Nr-nia irrompeu de nenhures, e quando Aslamcomeou a andar de um lado para o outro,

    cantando uma cano nova e mais alegre, aerva nasceu da terra e rapidamente reves-tiu o vale e as colinas. Comearam a crescerrvores, o canto tornou-se mais agreste, aterra coberta de erva comeou a borbulhare a formar bossas; estas tornaram-se cadavez maiores e nalmente rebentaram, e decada uma delas emergiu um animal com-pletamente formado e activo. Estes seresacabados de nascer dedicaram-se imediata-mente s suas tarefas naturais: os pssaroscantavam, as abelhas colhiam o plen dasores, as rs saltavam para o rio, e as pante-ras e leopardos lavavam-se e aavam as gar-ras nos troncos das rvores. De igual modo, Aslam criou com o som da voz os seres daoresta os faunos, os stiros e os anes.Durante os primeiros dias da criao, tudoem Nrnia cresceu espontaneamente. Um

    pedao de metal transformava-se rapida-mente num poste de candeeiro, e moedasde ouro e prata em rvores de ouro e deprata.

    Um dos panoramas mais notveis deNrnia o Monte de Aslam, um grandemonte articial nas Grandes Florestas, queos visitantes no podem perder. Do cumedo monte, acima da oresta, avista-se o mar.Foi construdo nos tempos antigos e for-mado por um labirinto de tneis, galerias ecavernas cujo acesso se faz por um pequenoarco de pedra. Todos os tneis se revesteme cobrem de pedras lisas nas quais esto ins-critos estranhos caracteres e linhas serpen-teantes em que o motivo de um leo surgea intervalos repetidos e frequentes. No cen-tro do monte h uma cmara assente empilares construdos nos tempos antigos e naqual se encontra uma mesa de pedra par-tida ao meio. A superfcie desta est coberta

    por uma escrita quase completamente apa-gada pelo tempo antes de o monte ter sidoconstrudo sobre ela. O monte um monu-mento estranho e terrvel. Est associado a

    alguns dos mais importantes acontecimen-tos da histria de Nrnia, que o visitantecurioso deve procurar estudar antes deviajar para o pas, pois esse conhecimentoproporciona uma melhor compreenso doestilo de vida e dos costumes de Nrnia.

    A histria de Nrnia variada, comanos de paz e prosperidade entremea-dos por perodos de convulses estreis.Os seus registos histricos so um tantofragmentrios.

    Segundo as leis fundamentais de Nrnia,o pas tem de ser sempre governado por umlho de Ado. Deste modo, Aslam estabele-ceu um governo cheado por um cocheiroe pela mulher, a quem coroou rei e rainha o rei Frank e a rainha Helena (os visitantespodem admirar as suas coroas, feitas pelosanes a partir de folhas de rvores de ouro

    e incrustadas de lindas gemas extradasde minas pelas toupeiras). Foi igualmentecriado um conselho, com a responsabili-dade da segurana, formado pelo chefe dosanes, o deus do rio, o mocho, os corvos eo elefante. Este conselho governava Nrnia,mas estava ele prprio sujeito autoridadedo Grande-Imperador-de-Alm-Mar e doseu lho, Aslam.

    A certa altura da histria de Nrnia,o pas caiu sob o domnio desptico de Jadis, a Feiticeira Branca. Transformou-senuma terra de neve e gelo perptuos, ondeera sempre Inverno mas nunca Natal, e oGrande Rio passou a um terreno plano degelo verde. Segundo a lenda, Aslam voltariapara pr m ao Inverno, ajudado por qua-tro crianas do mundo dos homens, e, apsuma grande batalha, esta profecia cumpriu--se. As quatro crianas subiram ao tronoem Cair Paravel e governaram Nrnia

  • 8/11/2019 dicionariodelugaresimaginarios.pdf

    31/51

    NRNIA 603

    durante muitos anos, como monarcas con- juntos. Eram eles o rei Peter, o Magnco,

    ou Rei Supremo, rainha Susan, a Gentil, reiEdmund, o Justo, e rainha Lucy, a Valente.Essa foi a clebre Idade de Ouro de Nrnia.

    Cair Paravel situava-se originariamente

    numa pequena colina que se erguia numaplancie entre dois cursos de gua na foz doGrande Rio, mas a eroso transformou-anuma ilhota. O castelo original, constru-do pela Feiticeira Branca, tem muitas tor-res e pinculos pontiagudos, bem comouma grande porta de ferro sob um arcogigantesco. Os visitantes podem admirar otelhado do Salo Nobre do castelo, feito demarm, e a sua muralha oeste, com penasde pavo penduradas. A porta e a torre deentrada foram destrudas em grande partepor Peter, na batalha nal contra a Feiti-ceira Branca. Actualmente, o castelo foi res-titudo sua antiga grandeza, embora nohaja registos que indiquem quando, nempor quem, foi feito o trabalho de restauro.

    Em Nrnia, h relativamente poucosedifcios. Para alm dos castelos em Cair

    Paravel e junto do Dique dos Castores, onico aglomerado importante a pequenacidade muralhada de Beruna. A maioria dascriaturas do pas prefere viver em rvoresou em tocas, embora algumas, como osfaunos, que apreciam o conforto, tenhamsalas subterrneas bem mobiladas, comcoleces de livros, comoUsos e Costumesdas Ninfas eO Homem Ser Um Mito?

    Vale a pena referir a grande variedade deseres que habitam Nrnia, que vo desdeos coelhos e ces at unicrnios valentes,quase invencveis em batalha. Os curiososlingrinhas so de particular interesse. Tmcorpos pequenos e braos e pernas enor-mes. A pele cor de lama e os cabelos,cinzento-esverdeados, caem em madeixaslisas, semelhantes a ervas. Como prpriodos seres que vivem nos pntanos, tm asmos e os ps palmados. Usam roupas decores terrosas e chapus pontiagudos, com

    Torre restaurada na entrada de Cair Paravel, capital deNrnia.

  • 8/11/2019 dicionariodelugaresimaginarios.pdf

    32/51

  • 8/11/2019 dicionariodelugaresimaginarios.pdf

    33/51

  • 8/11/2019 dicionariodelugaresimaginarios.pdf

    34/51

    Abbott, Edwin A., LINHALNDIA, PasPLANO.

    Ablancourt, Jean Jacob de Frmontd, Ilha da POESIA, PYRANDRIA,REPBLICA ANIMAL.

    Adam, Paul, Pas de ADO. Adams, Richard, BEKLA, DEELGUY,Montanhas de GELT, IMPRIOBEKLANO, KABIN, ORTELGA,QUISO, TEREKENALT, Gargantas deURTAH, YELDA, ZAKALON, ZERAY.

    Aelianus, Claudius, ANOSTUS. Agraives, Jean d, Cidade das AREIAS. Alberny, Luc, Grande EUSCRIA. Aldiss, Brian W., e Mike Wilks, PILE. Alexander, Lloyd, CAER CADARN,

    CAER DALLBEN, CAER DATHYL,COMMOTS LIVRES, ESPELHODE LLUNET, Vale de MEDWYN,MONA, MORVA, PRYDAIN, Mamoade RHITTA, TYLWYTH TEG, Pas doVERO.

    Allen, Grant, AVONDALE. Alperine, Paul, Os DENTES DO DIABO,

    EL DORADO, ERIKRAUDEBYG,Monte TSINTSIN-DAGH.

    Alveydre, Saint-Yves d, AGARTHA. Andersen, Hans Christian, Castelo da

    Rainha das NEVES; Reino do Rei dasONDINAS.

    Andr, Dominique, Terra do PRESENTE.

    Andreae, Johann Valentin, CAPHARSALAMA, CHRISTIANPOLIS. Andres, Stefan, Ilha das OITO

    DELCIAS E DO VINHO BQUICO,PORTINCULA.

    Anhar, Hirmiz bar, Pas de MANDAI. Annimo, A Saga de Eric, MARKLNDIA. Annimo, A Voyage To The New Island,

    Fonseca, Near Barbados, FONSECA. Annimo, Amads de Gaula, Ilha do DIABO,

    Rochedo da DONZELA MGICA,Ilha FIXADA, Ilha INFANTE, Ilhade MONGAZA , Ilha da TORREESCARLATE.

    Annimo, As Mil e Uma Noites, Ilhado MBAR CINZENTO, Ilha daCNFORA, Montanhas DIAMANTE,IREM ZAT EL-EMAD, Mar deKARKAR, Cidade de LATO, Cidadedos MACACOS; Montanhas dosMACACOS, Reino de MIHRAGIAN,

    Todos os lugares do Dicionrio se listam aqui sob nome do autor, em maisculas.Os autores so apresentados por ordem alfabtica de apelido. Se o autor for mais conh

    por um pseudnimo, o nome prprio remetido para este. (Por autores, entendemos dramaturgos, realizadores de lmes e compositores.)

    ndice de autores

    A

    983

  • 8/11/2019 dicionariodelugaresimaginarios.pdf

    35/51

    Montanha das NUVENS, REINODO REI, RAMPART JUNCTION,Ilha do ROC, Ilha do SACRIFCIOCONJUGAL, Ilha do VELHO-DO-

    -MAR, Arquiplago WAQ. Annimo, Aucassin et Nicolette,TORELORE.

    Annimo,Capitolo di Cuccagna,CUCCAGNA.

    Annimo,Compndio de Divindadesdas Trs Religies, Monte TUSHUO.

    Annimo, Der Wohnleingerichtete Staat Des bisher von vielen gesushten aber nicht gefundenen Knigreichs Ophir , OFIR.

    Annimo,Historia Brittonum, CARNGAFALL, Cidade das LEGIES,TMULO DE AMR.

    Annimo, La Mort le Roi Artu [ A Mortedo Rei Artur ], AVALON, BANOIC,CAMELOT, ESCALOT, GAUNES, JOYEUSE GARDE, Castelo deMORGAN LE FAY, Capela NEGRA.

    Annimo, Le Dit de Cocagne, COCKAIGNE.

    Annimo, Le Livre de merveilles de Ilnde,Ilha das MULHERES. Annimo, Le Voyage de navigation que

    st Panurge, disciple de Pantagruel,Ilhas AFORTUNADAS (1),BRIGALAURE, Pas das LANTERNAS,Ilhas de LUQUEBARALIDEAUX,PASTEMOLLE.

    Annimo, Liber monstrorum de diversis generibus, BRISSONTE,POLIGLOTA.

    Annimo,O Livro das Montanhas e dos Mares, Monte KUNLUN, MonteTUSHUO.

    Annimo, Physiologus latinus (The LatinPhysiologist), ABDERA, Pas dos ARIMASPOS.

    Annimo,Sir Gawain and the Green Knight ,Capela VERDE.

    Annimo,Storia del Campriano contadino,CUCCAGNA.

    Annimo,Tai-Ping Geographical Record,Templo CHIAOHU, ESPOSA FIEL.

    Annimo,The History of Autonous, Ilha de AUTONOUS.

    Annimo,The Mabinogion [O Mabinogion],CAERLEON, Lago do CALDEIRO,Vale REDONDO, YSPADDADENPENKAWR.

    Annimo,Trionfo dei poltroni,CUCCAGNA.

    Annimo,Voyage au centre de la terre, ALBUR, Imprio dos BANIS,FELNIA, Montanhas de FERRO,NOLANDNIA, PLUTO, SANOR.

    Annimo,Voyage Curieux dun Philadelphedans des Pays nouvellement Dcouverts,LAQUHIRE, WAFERDANOS.

    An-Ski (Solomon Samuel Rappaport),ROMA.

    Apolnio de Rodes, Terra do MAU--OLHADO, ROCHEDOS ERRANTES,Ilha das SEREIAS.

    Arctino de Mileto, LEUCE.

    Ariosto, Ludovico, ALBRACA, Ilha de ALCINA, Castelo de ATLANTE,EBUDA, NBIA.

    Aristfanes, NEFELOCUCOLNDIA. Arnold, Jack, Ducado de GRANDE

    FENWICK. Arouet, Franois Marie,ver Voltaire. Artaud, Antonin, UMBIGO DO LIMBO. Artus, Thomas, Ilha dos

    HERMAFRODITAS. Athenaeus, URANPOLIS. Atwood, Margaret, Reino do TRONO DO

    JAGUAR. Aunillon, Pierre Charles Fabiot, Abbe Du

    Guay de Launay, Pas dos PAPAGAIOS. Aym, Marcel, CSTWERTSKST.

    BBacon, Francis, BENSALM.Ballanches, P.S., Cidade da EXPIAO.

    984

  • 8/11/2019 dicionariodelugaresimaginarios.pdf

    36/51

    Ballantyne, Robert Michael, Ilha deCORAL, EMO, Ilha de MANGA.

    Ballard, J.G., ESPRITO SANTO.Balthazard, Abb, Ilha do ACASO, Ilha da

    FILOSOFIA, Ilha da FORTUNA, Ilhados URSOS.Barjavel, Ren, TREZENTOS E SETE.Barnes, Julian, INGLATERRA.Barrre, Maurice, MORFPOLIS.Barrie, Sir James Matthew, TERRA DO

    NUNCA.Baum, L, Frank, ALGARAVIADA, Pas dos

    BIZARROS, BUNBURY, BUNNYBURY,BURROLNDIA, BURZEE, Colinados CABEAS-DE-MARTELO, Pasdos CORNFEROS, CUTTENCLIP,Cidade das ESMERALDAS, EV,FANTSTICO, FELIZLNDIA,FOXVILLE, FUDDLECUMJIG,Pas dos GAFANHOTOS, Pasdas GRGULAS, Domnio dosGRUNHOS FURIBUNDOS,IX, Terra dos MANGABOOS,

    NOLAND, Pas dos NOMES, Valedo MUSICKER, Terra ONDULADA,OZ, Montanha PIRMIDE, POODE PREOCUPAES, Pas daPORCELANA, SCOODLERLNDIA,TOTTENHOTLNDIA, UTENSLIA,Vale de VOE.

    Beardsley, Aubrey, VENUSBERG (1).Beauchemin, Yves, GALLINACO.Beauharnais, Fanny de, Ilha da

    FELICIDADE, Ilha das PENAS.Beckford, William, Vale de FAKREDDIN,

    ISHTAKAR, SAMARAH.Becquer, Gustavo Adolfo, Monte de las

    NIMAS.Behn, Aphra, Ilha de OROONOKO.Benoit, Pierre, ATLNTIDA.Bering ton, Simon, MEZZORANIA.Berlioz, Hector, EUFNIA.Bernhard, Thomas, WENG.Berton, Pierre, Vale TROPICAL.

    Bingeld,Wiliam [?], Ilha de BINGFIELD,KRONOMO, MELINDE.

    Blackwood, Algernon, Ilha ASSOMBRADA, Vale das CRIATURAS.

    Blau, Edouard, e Edouard Lalo, YS.Bloy, Lon, LONGJUMEAU.Blyton, Enid, Pas dos BRINQUEDOS.Boccaccio, Giovanni, BENGODI.Boiardo, Matteo Maria, ALBRACA, Rio

    e Fonte do AMOR, Ilha do Palcio do JBILO.

    Bonneau, Albert, CIDADE SEM SOL.Bonomini, Angel, LERNA.Borges, Jorge Luis, BABEL, Terra de

    BRODIE, Cidade dos IMORTAIS,RAMPART JUNCTION, Pas dasRUNAS CIRCULARES, TRISTE-LE--ROY, Terra dos URNOS, XIROS.

    Bougeant, Guillaume H., ROMNCIA.Boyer, Jean Baptiste de, Marquis dArgens,

    MEILLCOURT.Bradbury, Ray, RAMPART JUNCTION.Bradshaw, William R., ATVATABAR,

    CALNOGOR, EGIPLSIS,GNAPHISTHASIA, KIORAM, TANJE.Brancas-Villeneuve, Andr-Franoise de,

    GALA.Brautigan, Richard, iDEATH.Brecht, Bertolt, MAHAGONNY.Bromberger, Dominique, PARHAN.Bront, Charlotte e Branwell, GONDAL E

    GAALDINE.Bront, Emily Jane, GONDAL E

    GAALDINE.Brophy, Brigid, EVRCHIA.Brown, Alphonse, Ilha de LISE

    RECLUS.Brown, Charles Brockden, METTINGEN.Browne, Sir Thomas, TAPROBANA.Browning, Robert, Ilha de PRSPERO.Brunhoff, Jean de, CELESTEVILLE.Brunt, Samuel, CACKLOGALLINIA.Buchner, Georg, POPO.Buckingham, James S., VITRIA.

    985

  • 8/11/2019 dicionariodelugaresimaginarios.pdf

    37/51

    Bulgakov, Mikhail, Ilha PRPURA.Bulhnch, Sir Thomas, ABATON.Bullein, William, LAMIAM, PARTLIA,

    SAB, TAERG NATIRB.

    Bunyan, John, Plancie do ALVIO,Cidade CELESTIAL, Pas de CRISTO,Montanhas das DELCIAS, Paul doDESNIMO, Cidade da DESTRUIO, Jardim do DIABO, Monte daDIFICULDADE, Castelo da DVIDA,Terra ENCANTADA, FEIRA DASVAIDADES, Vale da HUMILHAO,Casa do INTRPRETE, Vale daSOMBRA DA MORTE.

    Burgh, James, Repblica de CESSARES.Burroughs, Edgar Rice, ALALI, AMIOCAP,

    ANOROC, ASHAIR, AZAR, Aldeia deBEN KHATOUR, CASPAK, CASTRASANGUINARIUS e CASTRUMMARE, CATHNE, GANAKLNDIA,HIME, INDIANA, JA-RU, Valedos JUKANOS, KALI, KORSAR,LODIDHAPURA, LONDRES-SOBRE-

    -O-TAMISA, LUANA, LUTHA, Reinodos MACACOS, Ilha de MAXON,MIDIAN, NIMMR, MINUNI, Florestada MORTE, NAUFRAGADA, OOG,OO-OH, OPAR, PAL-UL-DON,PELLUCIDAR, PNOM DHEK,RUVA, SARI, TANDAR, Morada deTARZAN, THURIA, UXAL, UZIRl,XEXOTLNDIA, Reino de XUJAN, IlhaYOKA, ZURTLNDIA.

    Burton, Sir Richard Francis, Torre daVITRIA.

    Butler, Samuel, EREWHON.Buzzati, Dino, BASTIANI, Deserto dos

    TRTAROS.Byatt, A.S., SASNIA.

    CCabell, James Branch, ACAIRE, ALTO MORVEN, Pntano de

    AMNERA, AUDELA, CAMELIARD,COCAIGNE, DOONHAM, DUNVLECHAN, FILSTIA, HARANTON,LEUCE, LITREIA, Charneca de

    MISPEC, POICTESME, SARGYLL,STORISENDE, TUROINE, VRAIDEX.Cabet, Etienne, ICRIA.Calvino, Italo, AGLAURA, ANASTSIA,

    ARGIA, BAUCI, BERSABEIA,DESPINA, ERSLIA, EUDXIA,EUSPIA, FLIAS, ISAURA, LENIA,MORIANA, OCTVIA, PERNCIA,POCAPAGLIA, Cidade do SOL,TECLA, TEODORA, VALDRADA,ZEMRUDE, ZENBIA.

    Cpek, Karel, Ilha de ROSSUM.Careless, Frank, Ilha FLUTUANTE,

    SAVOYA, URSINA e VULPINA, CAISVERDES.

    Carn, Marcel, Castelo do BAROHUGHES.

    Carroll, Lewis (Charles LutwidgeDodgson), Pas dos ARIMASPOS, Pas

    do ESPELHO, Pas das MARAVILHAS,Bosque do RARRAZOADO, Ilha doSNARK.

    Carter, Lin, ZANTHODON.Casanova di Seingalt, Giacomo Girolamo,

    POLIARCPOLIS, PROTOCOSMO.Casares, Adolfo Bioy, SHANGRI-LA, Ilha

    de VILLINGS.Catalde, de, JUMELLES.Certeux, BOU CHOUGGA.Cervantes Saavedra, Miguel de, Ilha das

    RVORES MVEIS, BARATARIA,Gruta de MONTESINOS.

    Chambless, Edgar, ROADTOWN.Champagne, Maurice, Pas de PAROULET,

    Cidade dos PRIMEIROS HOMENS,Vale SAGRADO, VERDADEIRALHASSA.

    Chateau, Henri, Ilha do AMANH.Chatwin, Bruce, AJUD.Chesterton, G.K., Ilha do REALISMO.

    986

  • 8/11/2019 dicionariodelugaresimaginarios.pdf

    38/51

    Ccero, Marco Tlio, Ilhas AFORTUNADAS (2),

    Clauzel, Raymond, VENSIA.Clemens, Samuel Langhorne,ver Twain,

    Mark.Cline, Edward, KLOPSTOKIA.Coleridge, Samuel Taylor, XANADU.Collodi, Carlo, Ilha das ABELHAS

    ATAREFADAS, Cidada daBRINCADEIRA.

    Connell, Richard, Ilha de ZAROFF.Cooper, James Fenimore, Ilhas dos

    SALTOS.Cooper, Merian, e Ernest Schoedsack, Ilha

    das CAVEIRAS.Cortzar, Julio, XIROS.Coyer, Abb Gabriel Franois, FRVOLA.Cram, Ralph Adams, BEAULIEU.Crichton, Michael, Parque JURSSICO.

    DDOrville, Andr Guillaume Contant, Ilha

    dos NDIOS, Ilha de LEARDING.Dalorto, Angelinus, BRAZIL.Daudet, Alphonse, TRINQUELAGE.Daumal, Ren, Monte ANLOGO,

    PORTO-DOS-MACACOS.De Mille, James, Pas dos KOSEKINES.Defoe, Daniel, ALCA, Ilha de CRUSO.

    Lago DOURADO.Delbruck, Georges, HARMONIA (2).Delmotte, Henry-Florent, Ilha da

    CIVILIZAO, Ilhas VITI.Denevi, Marco, Palcio COR-DE-ROSA,

    Palcio da JUSTIA.Derennes, Charles, AGZCEAZIGULS,

    Reino do PLO NORTE.Dry, Tibor, X.Desfontaines, Abb Pierre Franois Guyot,

    BABILARY, Ilha CORCUNDA, Ilhados FILSOFOS, FOOLLYK, Ilhados GEMETRAS, LETALISPONS,MANOUHAM, Ilha dos MDICOS, Ilha

    dos MSICOS, Ilha dos ORADORES,TILIBET, Ilha VORAZ.

    Dhtel, Andr, Pas INATINGVEL.Dibdin, Charles, Ilha de HEWIT, NOVA

    GR-BRETANHA.Diderot, Denis, BANZA, Castelo SEMNOME, Ilha do TERMMETRO.

    Diodoro Sculo, PA-ANCH, TULE.Dodgson, Charles Lutwidge,ver Carroll,

    Lewis.Doni, Anton Francesco, MONDO

    NUOVO.Dostoivski, Fidor Mikhailovich,

    PAUK.Douglas, Norman, BAMPOPO,

    Terra dos CROTALOPHOBOI,NEPENTE.

    Doyle, Sir Arthur Conan, ATLNTIDA,MANSO BASKERVILLE, CAMFORD,Campo de CHALLENGER,FULWORTH, Terra de MAPLEWHITE, UFFA.

    Drals de Grandpierre [?], Ilha de PIERRE

    BLANCHE.Dreier, Hans, e Wiard B. Ihnen,FREEDONIA, SILVNIA.

    Du Laurens, Abb H.L., Terra dos ADORADORES DE CABRAS.

    Dubois-Fontanelle, Jean Gaspard, Pas deLEONARD, Reino dos ZAROLHOS.

    Ducray-Duminil, Franois Guillaume, IlhaCANIBAL, SAN VERRADO.

    Duhamel, Georges, AUSPSIA.Dumas, Alexandre [pre], Reino das

    BONECAS.Dunning, George, PEPPERLAND.Duperron de Castera, Louis Adrien,

    FERISLNDIA, GINOPIREIA,GENOTIA, Ilha de NEOPIE,PANDCLIA, XIMEQUE.

    Duplessis, Chevalier Pierre, MARBOTIKINDULDA, NOVA GR-BRETANHA, IlhaREDONDA, Ilha ROCHOSA.

    987

  • 8/11/2019 dicionariodelugaresimaginarios.pdf

    39/51

    EEco, Umberto, ABADIA, Ilha da

    VSPERA.

    Eddison, E.R., AKKAMA, ARGYANNA,FINGISWOLD, LAIMAK, MEMISON,MESZRIA, REREK, RIALMAR,SESTOLA, ZAYANA.

    Eliot, T.S., Pas das MARAVILHAS.Ende, Michael, FANTSTICA.England, George Allan, JANNATI SHAHR.Estrabo, LEUCE, TULE.Evans, Ambrose [?], Ilha do PARASO, Ilha

    de VENDCHURCH.

    FFernay, Roger, e Kurt Weill, YOUKALI.Ferry, Jean, PONUKELE-DRELCHKAFF.Fval, Paul, SELENE.Findley, Timothy, Reino de NO.Firbank, Ronald, TACARIGUA.Flaubert, Gustave, Pas dos ARIMASPOS,

    Pas do BASILISCO.Fleischer, Johann Michael, Ilha deFERDINAND.

    Foigny, Gabriel, TERRE AUSTRALE.Fourier, Charles, HARMONIA (1).France, Anatole, ALCA.Fraser, George MacDonald,

    STRACKENZ.Frisch, Max, ANDORRA.

    GGadda, Carlo Emilio, MARADAGAL.Gaddis, Vincent, MAYDA.Gaiman, Neil, Terra do NADA.Gamow, George, Lago dos SONHOS.Gannet, Ruth Stiles, Ilha SELVAGEM.Garca Mrquez, Gabriel, MACONDO,

    TEMPO PERDIDO.Garcilasso de la Veja, El Inca, ELDORADO.

    Garner, Alan, Orla de ALDERLEY, PedraDOURADA, FUNDINELVE,Gruta de SVARTMOOT.

    Geoffrey of Monmouth,ver Monmouth,

    Geoffrey of.Gilbert, Claude, CALEJAVA.Gilbert, Sir William Schwenck, e Sir Arthur

    Sullivan, TITIPU, Reino de ZARA.Gilman, Charlotte Perkins,HERLNDIA.Golding, William, Ilha do DEUS DAS

    MOSCAS.Gmez Surez de Figueroa,ver Garcilasso

    de la Veja, El Inca.Gott, Samuel, Reino de FILOMELA,

    NOVA SLIMA.Gracq, Julien, FARGESTO, ORSENNA,

    VEZANO.Graham, Mrs. E.S., LOCUTA.Grahame, Kenneth, BOSQUE

    SELVAGEM, CANTINHO DOTOUPEIRA, MARGEM DO RIO,SOLAR DO SAPO.

    Grave, Jean, TERRE LIBRE.

    Greene, Graham, Lagoa de WINTON.Grimm, Jakob e Wilhelm, Castelo daBELA ADORMECIDA.

    Grimmelshausen, Johann Hans JakobChristoffel von, CENTRUM TERRAE,MUMMELSEE.

    Grivel, Guillaume, IlhaDESCONHECIDA.Groc, Lon, TREVAS, Cidade das.Guevara, Antonio de, Pas dos

    GARAMANTES.Guigonnat, Henri, LITUNIA.Grsel, Nedim, CEMITRIO DOS

    LIVROS NO ESCRITOS.Guyot, Charles, YS.

    HHaggard, Henry Rider, HES, KALOON,

    KOR, KUKUANALNDIA, MILOSIS,OROFENA, Pas do POVO DABRUMA, Minas de SALOMO,

    988

  • 8/11/2019 dicionariodelugaresimaginarios.pdf

    40/51

    ZUVENDIS.Hall, Joseph, NOVA GNIA.Handel, George Friederic, e A. Marchi, Ilha

    ALCINA.

    Harington, James, OCEANA (1).Hartlib, Samuel, MACRIA.Hauff, Wilhelm, IMAGINAO.Hauptmann, Gerhart, Ilha da GRANDE

    ME.Hawkins, Anthony Hope,ver Hope,

    Anthony.Haywood, Eliza Fowler, LIPERDA.Heine, Heinrich, Ilha das SEREIAS.Herdoto, Pas dos ARIMASPOS.Hertzka, Dr. Theodor, TERRA LIVRE.Hilton, James. SHANGRI-LA.Hodgson, William, COMUNIDADE DA

    RAZO.Hoffmann, Ernst Theodor Amadeus,

    FALUN, GRO-DUCADO.Holberg, Baron Ludvig, NAZAR.Holmesby, John, NIMPATAN.Homero, Ilhas AFORTUNADAS (2),

    AIAIA, Ilha dos CICLOPES, CILA eCARBDIS, Ilha dos COMEDORES DELTUS, ELIA, OGGIA, ROCHEDOSERRANTES, Ilha das SEREIAS,TELPILOLESTRIGNIA.

    Hood, Tom, AFANIA, NEXDOREA.Hope, Anthony (Anthony Hope Hawkins),

    KRAVNIA, RURITNIA, SLAVNA,ZENDA.

    Howells, William Dean, ALTRRIA.Hudson, W.H., CORADINE.Hugo, Victor, DESAPARECIDA.Hulshof, Paul, e Robert Vincent

    Schipper, Floresta da CHAVE.Huxley, Aldous, PALA, RENDANG.

    IIbsen, Henrik, Reino dos TROLLS.Ihnen, Wiard B., e Hand Dreier,FREEDONIA, SILVNIA.

    Immerman, Karl, MICROMONA.Irving, Washington, Vale ADORMECIDO,

    MAYDA, Aldeia de RIP VAN WINKLE.

    J Jacob, Max, REPBLICA BALBRIGIANA

    E BOULOULABASSIANA UNIDA. Jansson, Tove, Terra dos MUMINS,

    Reino do PAP JONES, Ilha do PAPMUMIM, Ilha SOLITRIA.

    Jarry, Alfred, Ilha AMORFA, Ilha de BRAN,Ilha CYRIL, Ilha FRAGRANTE, HER,Ilha MUSICAL, Ilha de PTYX, Pas daRENDA.

    Jean Paul (Johann Paul Friedrich Richter), AUENTHAL, LILAR, PESTITZ,TARTARUS.

    Joinville, Jean, Sire de, RioMARAVILHOSO.

    Joyce, James, Ilha das SEREIAS. Jullian, Philippe, ICI. Jnger, Ernst, ALTA PLANA,

    CAMPAGNA, GRANDE MARINA,Falsias de MRMORE, MAURITNIA,Floresta de TEUTOBURGER.

    Juster, Norton, As CALMARIAS,DICIONPOLIS, DIGITPOLIS,Montanhas da IGNORNCIA, Reinoda SABEDORIA, Vale do SOM, Florestada VISO.

    K Kafka, Franz, O CASTELO, COLNIA

    PENAL, Teatro Natural deOKLAHOMA.

    Kahanovitch, Pinhas,ver Nister, Der.Karinthy, Frigyes, CAPILLARIA.Kstner, Erich, SCHILDA.Kay, Guy Gavriel, FIONAVAR.Keating, H.R.F., OCEANA (2).Kenin, Oaire, BELESBAT.Kind, Johann Friedrich, e Carl Maria,

    989

  • 8/11/2019 dicionariodelugaresimaginarios.pdf

    41/51

    Freiherr von Weber, GARGANTADO LOBO.

    Kingsley, Charles, AIRFOWLNESS,Ilha do BOATO, Ilha dos BURROS

    DOURADOS, DEIXA-O-CU--SOSSEGADO, Ilha das FADAS DESO BRANDO, HARTHOVER,HISTRIAS-DA-CAROCHINHAS,Territrio das LAMBARICES,Ilha dos MARRES, OUTRO--EXTREMO-DE-NENHURES, Pasdos PAPIS VELHOS, Lagoa daPAZ, PEDRA-SOLITRIA, Ilha dePOLIPRAGMOSINE.

    Kipling, Rudyard, SMALLDENE.Krlea, Miroslav, BLITVA.Kubin, Alfred, PERLA, Reino do SONHO.

    LLa Fontaine, Jean de, MONOMOTAPA.Lalo, Edouard, e Edouard Blau, YS.Lang, Andrew, CAGAYAN SALU.

    Lang, Walter, Gro-Ducado deLICHTENBURGO.Latini, Brunetto, TAPROBANA.Le Clzio, Jean-Marie-Gustave, ONDE

    NINGUM FALA.Le Fanu, Joseph Sheridan, CASA

    VERMELHA.Le Grand, Marc-Antoine, COCKAIGNE.Le Guin, Ursula K., Ilha da GUA DA

    FONTE, ASTOWELL, Caminho dosDRAGES, DUNA LONGA, ENLAD,GONT, HAVNOR, HOSK, IFFISH,Imprio de KARGAD, LORBANERY, As MOS, NOVENTA ILHAS,OSSKIL, PENDOR, ROKE, SELIDOR,TERRAMAR, VEMISH, WATHORT.

    Lear, Edward, Terra das RVORESBONG, COROMANDEL, Pasde GRAMBLAMBLE, PlancieGROMBOOLIANA, TUPIA.Leblanc, Maurice, AGULHA OCA.

    Lemercier, Npoumucne, EUGEIA.Lennon, John, NUTOPIA.Leprince de Beaumont, Marie, Mme.,

    Castelo do MONSTRO.

    Lesconvel, Pierre de, NAUDELY.Lessing, Doris, WATKINSLNDIA.Lester, Richard, Ducado de GRANDE

    FENWICK.Lesuire, Robert-Martin, Imprio

    dos ALSONDONS, FRANA ANTRCTICA.

    Level, Maurice, Cidade dos LADRES.Levin, Ira, STEPFORD.Lewis, C.S., Ilha das GUAS DA MORTE,

    Ilha ARDIDA, ARQUELNDIA, Pasde ASLAM, BISMO, BOSQUE ENTREOS MUNDOS, CALORMNIA, Ilhado DRAGO, ERMOS DO OESTE,ESSUR, Charneca dos ETTINS, Ilha doFIM DO MUNDO, GALMA, GLOME,HARFANG, NDIA, Tmulo deMERLIM, NRNIA, SETE ILHAS, IlhasSOLITRIAS, TEREBNTIA, Ilha das

    VOZES.Lichtenberger, Andr, Ilha deCUFFYCOAT, VICHEBOLK.

    Liu Ching-Shu, POYANG.Lloyd, John Uri, ETIDORHPA.Loen, Johann Michael, Cidade CRIST.Lofting, Hugh, Ilhas CAPA BLANCA,

    FANTIPO, Rochedos de HARMATTAN, JOLLIGINKI, JUNCANICA, Ilha doMACACO-ARANHA, Cabo STEPHEN,TERRA-DE-NINGUM.

    Longueville, Peter, Ilha de QUARLL.Lope de Vega y Carpio, Flix, TNEL

    ARCDICO.Loys, Pierre, TRYPHME.Lovecraft, Howard Phillips, ARKHAM,

    BAHARNA, CELEPHAIS, DUNWICH,DYLATH-LEEN, Floresta ENCANTADA,Priorado de EXHAM, Monte FEDERAL,Pntano do GRANDE CIPRESTE, Reinodos GUGS, HLANITH, INNSMOUTH,

    990

  • 8/11/2019 dicionariodelugaresimaginarios.pdf

    42/51

    INQUANOK, KADATH, KIRAN, KLED,LENG, Mar MERIDIONAL, NGRANEK,PNOTH, SARKOMAND, Mundo dosSONHOS, THRAN, ULTHAR, URG.

    Lucano, Pas do BASILISCO,TAPROBANA.Luciano de Samsota, Ilha dos

    ABENOADOS, Ilhas das ABBORAS,CABBALUSSA, CASEOSA, CORTIA,Ilha de DIONSIO, Arquiplago deEMPI, Ilhas das NOZES, Ilha doSONHO, Mar VEGETAL.

    Lugones, Leopoldo, ABDERA.Lytton, Edward George Earle Lytton

    Bulwer, Lord, Pas dos VRIL-YA.

    MMacaulay, Rose, Ilha dos RGOS.Macdonald, George, Pas das FADAS,

    TRASEIRAS DO VENTO NORTE.Macey, Elspeth Ann, PENDULRIA.Macpherson, James, Ilhas

    AFORTUNADAS (2).Malory, Sir Thomas, ARROY, AVALON,BEDEGRAINE, BLANK, CAERLEON,CAMELERD, CAMELOT, CasteloCORBENIC, CORBIN, Castelo daDONZELA, JOYEUSE GARDE, Ilha JUBILOSA, KINKENADON, SERVAGE,SORHAUTE, Castelo de TERRABIL,VAGON.

    Mandeville, Sir John, AMAZNIA, Pas dos ARIMASPOS, BRAGMAN, CAFFOLOS,CALONACK, CHANA, Arquiplago deDONDUM, LAMARY, LEITE, LOMB,MABARO, NACUMERA, PATHAN,PENTIXORE, Reino dos PIGMEUS,SAB, SILHA, TRACODA.

    Mann, Thomas, Gro-Ducado deGRIMMBART, GRIMMBERG.

    Mansk, Izaak, TRRENDRU.Marchi, A., e George Friederic Handel, Ilhade ALCINA.

    Marcolini, F., ESTOTILNDIA,FRISLNDIA.

    Marivaux, Pierre Carlet de Chamblain de,TERRA VERDADEIRA.

    Martigny, Comte de, FILOS.Maspero, George, Ilha DUPLA.Masters, Edgar Lee, SPOON RIVER.Matheson, Richard, Casa do INFERNO.Maturin, Charles Robert, LEIXLIP.Maurois, Andr, Reinos de GORDIPUFO

    e MAGRIFER, MANA, Pas de umMILHO DE DESEJOS.

    May, Karl Friedrich, ARD, ARDISTO,Desladeiro de CHATAR,DJEBBEL ALLAH, DJINISTO,DJUNUBISTO, EL HADD, Cidadedos MORTOS, Ilha dos PAGOS,SITARA, TCHOBANISTO, USSULA,USSULISTO.

    Meins, Gus, e Charles Rogers, Pas dosBRINQUEDOS.

    Melville, Herman, DIRANDA,DOMINORA, FLOZELLA-A-

    -NINA, HOOLOOMOOLOO, JUAM,MARAMMA, Arquiplago de MARDI,MINDA, NORA-BAMMA, ODO,OHONOO, PIMMINEE, TUPIA,VALAPEE.

    Mendes Pinto, Ferno, CALEMPLUI.Meyer, Nicholas, RURITNIA.Michaux, Henri, Grande GARABAGNE.Milne, A.A., EURLIA.Milosz, Oscar Venceslas de Lubicz,

    LOFOTEN.Minnelli, Vincent, BRIGADOON.Miranda, Surez, Imprio

    CARTOGRFICO.Monette, Paul, A FLORESTA.Monmouth, Geoffrey of, Cidade das

    LEGIES, LIN LIGUA.Montpensier, Anne Marie Louis

    Hemiette dOrlans, duquesa de, IlhaIMAGINRIA, MISNIE.Mr, Jkai, Reino do URSO POLAR.

    991

  • 8/11/2019 dicionariodelugaresimaginarios.pdf

    43/51

    More, Sir Thomas, FELIZLNDIA,NOLNDIA, TALLSTORIA, UTOPIA,VENLIA.

    Morelly, Pas de MORELLY.

    Morris, Jan, HAV.Morris, Ralph, Rochedo de ANDERSON,Ilha da PROVIDNCIA .

    Morris, William, ALTOS PRADOS,BOSQUE PARA L DO MUNDO,CARNEIROS CINZENTOS, RioCORTANTE, Ilha DOURADA,Ilha da FLORESTA, GRANDE GUA, LONGSHAW, MURALHAPODEROSA, Ilha dos PEREGRINOS,Terra do POO NO FIM DO MUNDO,Ilha do RESGATE, Pas da PlancieRESPLANDECENTE, Pas dos URSOS.

    Morse, Hollingsworth, ILHA VIVA.Moszkowski, Alexander, BALEUTA,

    HELIKONDA, KRADAK, Ilhas daSABEDORIA, SARRAGALLA, VLHA.

    Motta, Luigi, ATLANTEJA, TNEL ATLNTICO.

    Mouhy, Charles Fieux de, Reinodos ABDALLES, Reino dos ANFICLEOCLES, Pas das CABRAS,Ilha das MSCARAS, TRISOLDAY.

    Moulin, Joachim du [?], ANTANGIL.Moutonnet de Clairfons, Julien-Jacques,

    Ilhas AFORTUNADAS (2).Mozart, Wolfgang Amadeus, e Emanuel

    Schikaneder, HELIPOLIS.

    NNesbit, Edith, CASA BRANCA, Ilha

    da COZINHEIRA, Ilha dos NOVETURBILHES, Torre de RAVENAL,ROTUNDIA, SALA DAS TORNEIRASUNIVERSAIS, YALDING TOWERS.

    Newcastle, Margaret Cavendish, MUNDO ARDENTE.

    Nister, Der (Pinhas Kahanovitch), CANTODO VIGIA.

    Nodier, Charles, HURLUBIRE, Ilha dosPATAGONES.

    Novalis (Friederich von Hardenberg),Palcio de ARTUR.

    OOBrien, Flann (Brian ONolan ou

    O Nuallain), Casa dos VELHOSMATHERS.

    ONeill, Joseph, ESTADO ROMANO.Obrutcev, Vladimir, PLUTNIA.Ocaa, Fray Diego de, REPBLICA DE

    CESSARES.Orlan, Pierre-Mac, CHITA.Ossendowski, Ferdinand, AGARTHA.Ovdio, CILA e CARBDIS.Owen, Gregory, MECCANIA.

    PPaden, W.D., GONDAL e GAALDINE.Paltock, Robert, ALKOE, SAS DOOPT

    SWANGEANTI.Pausnias, CILA e CARBDIS.Peacock, Thomas Love, ABADIA DO

    PESADELO, Castelo da CROTCHET,EVAIUM.

    Peake, Mervyn, CASA NEGRA, CasteloGORMENGHAST, ROSA, SOB O RIO.

    Peck, Bradford, Cidade COOPERATIVA.Perec, Georges, SIMON-CRUBELLIER.Peretz, Isaac Lieb, Pas dos PRODGIOS.Perrault, Charles, Castelo do BARBA

    AZUL, Castelo CARABS.Pichel, Irving, e Ernest Schoedsack, Ilha de

    ZAROFF.Pinget, Robert, BACHEPOUSSE, Pas do

    GRAAL FLIBUSTE.Pisan, Christine de, Cidade das

    MULHERES VIRTUOSAS.Plato, ATLNTIDA.Plnio, o Velho, Ilhas AFORTUNADAS(2), Pas dos ARIMASPOS, Pas do

    992

  • 8/11/2019 dicionariodelugaresimaginarios.pdf

    44/51

    BASILISCO, Pis dos BLMIAS,HIPERBREA, LIXUS, Terra doMAU-OLHADO, MELITA, Ilhas dasORELHAS, PYRALLIS, TAPROBANA,

    URANPOLIS.Plutarco, Ilhas AFORTUNADAS (2).Poe, Edgar Allan, ARNHEIM,

    BENNET, Ilha da FADA, Ilhado FIM DO MUNDO, Terra doPRESENTE, Castelo do PRNCIPEPRSPERO, PLOLEMAIS,SHANGRI-LA, SILNCIO, TSALAL,VONDERVOTTEIMITTISS.

    Plo, Marco, Pas dos ARIMASPOS.Porcacchi, Tommaso, Mar dos

    GIGANTES, HEKLA.Powell, Anthony, VENUSBERG (2).Prvert, Jacques, Ilha COMODANTES.Prvost, Abb Antoine Franois, Ilha

    da COLNIA, DREXARA, Pas dosNOPANDES.

    Princess ofPaphlagonia, The, seeProcpio, TULE.

    Psalmanaazaar, George, FORMOSA.Ptolomeu, Ilhas AFORTUNADAS (2).Pushkin, Alexander, Reino de DODON.

    R Rabelais, Franois, AMANUENSE,

    BOSSARD, Pas do CETIM, IlhaCHAPEPH, CHELI, Ilha CORTANTE,DEMASIADO DAQUELES, DIA-SEM--PO, Ilha dos ENCARGOS, ENNASIN,ENTELQUIA, Ilha FEROZ, Ilha dasFERRAMENTAS, Ilha dos FURTIVOS,Ilha de GANABIN, Ilha de GASTER,Ilha dos IGNORAMUSES, Pas dasLANTERNAS, Ilha dos MACREONES,MEDAMOTHY, Ilha de ODES, Ilha doORCULO DA GARRAFA, OUT, Mardas PALAVRAS GELADAS, Ilha dosPAPAFIGAS, PAPIMANIA, POSTIGO,RUACH, Ilha das SANDLIAS, Ilha

    SONANTE, TELEMA, TELENIABIN,TOHU, UTOPIA.

    Radcliffe, Mrs. Ann, Castelo de UDOLFO.Raimund, Ferdinand, Reino

    de ASTRAGALUS, FLORA,TUTULNDIA.Raleigh, Sir Walter, AMAZNIA, EL

    DORADO, EWAIPANOMA.Ralston, Karl, Ilha BUYAN.Ransmayr, Christoph, MOOR.Rappaport, Solomon Samuel,ver An-Ski.Raspe, Rudolf Erich, Ilha do PEPINO.Ray, Jean, SAINTE BEREGONNE.Read, Herbert, RONCADOR, Pas

    VERDE.Restif de la Bretonne, Nicolas Edme,

    ANDROGRAFIA, GINOGRAFIA,MEGAPATAGNIA, Cidade dePARTHENION, TESMOGRAFIA.

    Rezzori, Gregor von, MAGREBNIA.Richardson, Sir Benjamin Ward, HIGEIA.Richter, Johann Paul Friedrich,ver Jean Paul.Rimbaud, Arthur, PALCIO-

    -PROMONTRIO.Robert, Marie Anne de Roumier,CASTORA, FUTURA, Reino do Rei dasONDINAS, Ilhu do TDIO.

    Robida, Albert, FARANDOULIE,MAKALOLO.

    Rochefort, Christiane, ARCHAOS.Rogers, Charles, e Gus Meins, Pas dos

    BRINQUEDOS.Roseo,Mambrino, Pas dos

    GARAMANTES.Rosny, J.H. jeune, LE DOUAR.Rossetti, Dante Gabriel, BOSQUE ENTRE

    OS MUNDOS.Roussel, Raymond, LOCUS SOLUS,

    PONUKELE-DRELCHKAFF.Rowling, J.K., HOGWARTS, Floresta

    PROIBIDA.Rushdie, Salman, ALIFBAY, Oceano das

    CORRENTES DE HISTRIAS, Cidadede GUP, Pas de HUMORES.

    993

  • 8/11/2019 dicionariodelugaresimaginarios.pdf

    45/51

  • 8/11/2019 dicionariodelugaresimaginarios.pdf

    46/51

    ALTO MAR, REINO DA GUA QUECORRE.

    Sweven, Godfrey, ALEOFANE, BROOLYI,COXURIA, ESPECTRLIA,

    FANATTIA, FENERLIA, FIGLFIA,HACIOCRAM, KLORIOLE,LIMANORA, LOONARIE, MESKEETA,RIALLARO, SWOONARIE, TANSIA,TIRRALRIA.

    Swift, Jonathan, BALNIBARBI,BLEFUSCU, BROBDINGNAG,GLUBBDUBDRIB, Pas dosHOUYHNHNMS, LAPUTA, LILLIPUT,LUGGNAGG.

    TTenenbaum, Samuel, CHELM.Tennyson, Alfred, Lord, AVALON,

    BROCLIANDE, CAMELERD,CAMELOT, Ilha dos COMEDORESDE LTUS, Castelo CORBENIC,ESCALOT, Tmulo de MERLIM.

    Thackeray, William Makepeace,ver Titmarsh, M.A.Thomas, Dylan, LLAREGYB.Thomas, James, Cidade da NOITE.Tieck, Ludwig, RUNENBERG.Tiphaigne de la Roche, Charles Franois,

    GALLIGENIA, GIFANTIA.Titmarsh, M.A. (William Makepeace

    Thackeray), BLACKSTAFF, CRIM--TARTRIA, PAFLAGNIA.

    Tolkien, J.R.R., AGLAROND, AMAN, Valesde ANDUIN, ANGMAR, Colina das ANTAS, ARNOR, BREE, BUCKLNDIA,CAIR ANDROS, CAIR GALADHON,Campo de CELEBRANTE, MontanhasCINZENTAS, Portos CINZENTOS,CIRITH GORGOR, CIRITHUNGOL, DAGORLAD, DALE, Valede DIMRILL, Floresta de DRUADAN,DUNHARROW, DUNLNDIA,EDORAS, ELENNA, Abismo do ELMO,

    EMYN MUIL, ENCRUZILHADA,ERED LITHUI, ERIADOR, CharnecasETTEN, Floresta de FANGORN,Montes de FERRO, FLORESTA

    VELHA, FORNOST, FOROCHEL,GONDOR, GORGOROTH, GRANDERIO, HARAD, HARROWDALE,HENNETH ANNN, HOLLIN, IMLADMORGUL, Campos de RIS, Boca doISEN, ITHILIEN, Cidade do LAGO,LINDON, LRIEN, MANSES DOSELFOS, MINAS MORGUL, MINASTIRITH, MONTANHAS BRANCAS,MONTES DAS TORRES, MONTES DOTEMPO, MORDOR, MORGAI, MRIA,Caminhos dos MORTOS, Pntanos dosMORTOS, Pntano dos MOSQUITOS,NAN CURUNIR, MontanhasNEBULOSAS, NEW HITHOEL,ORODRUIN, OSGILIATH, PELARGIR,Campos de PELENNOR, RHUDAUR,RHN, RIVENDELL, ROHAN, Covilde SHELOB, SHIRE, SIRANNON,

    Montanha SOLITRIA, Montanhasda SOMBRA, Floresta TENEBROSA,TERRA-MDIA, TOL ERESSA,UDN, VALINOR.

    Tosetti, Amedeo, MALACVIA.Tournier, Michel, Ilha de CRUSO,

    ROMINTEN.Tremblay, Michel, Ilha dos PSSAROS.Tremearne, A.J.N., Cidade do CONSERTA,

    Cidade INSONE.Troyes, Chrtien de, BEAUREPAIRE.Tutuola, Amos, ILHA-FANTASMA,

    V