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Simulação Numérica de Estruturas Reticuladas de Construção Civil Formadas por Materiais Compostos DIEGO AMADEU FURTADO TORRES 1 , JESIEL CUNHA 2 Resumo A construção civil atualmente exibe a tendência de absorver novas tecnologias, exigindo a racionalização e a modernização do processo construtivo, o que está vinculado ao desenvolvimento e à incorporação de novos materiais, com concepções estruturais diferenciadas. No Brasil, apesar da crescente utilização dos materiais compostos na construção civil, as análises estruturais são ainda bastante limitadas, tornando-se necessária a ampliação deste tipo de abordagem como um dos fatores que viabilizarão a abertura do espectro de utilização e o aumento do consumo. Neste sentido, o trabalho aqui apresentado vem contribuir com o aperfeiçoamento de metodologias de análise do comportamento mecânico e estrutural além de identificar e divulgar os processos construtivos que visem à inserção dos materiais compostos na construção civil, buscando esclarecer ao meio técnico quanto ao comportamento de estruturas de edificações formadas por elementos constituídos por materiais compostos. Palavras-chave: materiais compostos, perfis pultrudados, simulação numérica, análise estrutural. Abstract The civil construction currently shows the tendency to incorporate new technologies, demanding the rationalization and the modernization of the constructive process, what it is entailed to the development and to incorporation of new materials, with differentiated structural designs. In Brazil, despite the increasing use of composite materials in the construction, the structural analyses still are sufficiently limited, becoming necessary the enlargement of this type of boarding as one of the factor that will make possible the opening of the applications and the increase of the consumption. In this sense, this work comes to contribute with the perfectioning of methodologies of analysis of the mechanical and structural behavior besides identifying and divulging the constructive processes that they aim at to the insertion of composite materials in the civil construction, making effort to clarify to the technical community about the behavior of buildings structures formed by composite materials elements. Keywords: composite materials, pultruded profiles, numerical simulation, structural analysis. 1 Faculdade de Engenharia Civil, Universidade Federal de Uberlândia – Avenida João Naves de Ávila, 2160, Uberlândia – MG, CEP: 38400-092, [email protected] 2 Faculdade de Engenharia Civil, Universidade Federal de Uberlândia – Avenida João Naves de Ávila, 2160, Uberlândia – MG, CEP: 38400-092, [email protected]

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The civil construction currently shows the tendency to incorporate new technologies, demanding the rationalization and the modernization of the constructive process, what it is entailed to the development and to incorporation of new materials, with differentiated structural designs. In Brazil, despite the increasing use of composite materials in the construction, the structural analyses still are sufficiently limited, becoming necessary the enlargement of this type of boarding as one of the factor that will make possible the opening of the applications and the increase of the consumption. In this sense, this work comes to contribute with the perfectioning of methodologies of analysis of the mechanical and structural behavior besides identifying and divulging the constructive processes that they aim at to the insertion of composite materials in the civil construction, making effort to clarify to the technical community about the behavior of buildings structures formed by composite materials elements.

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Simulação Numérica de Estruturas Reticuladas de Construção Civil Formadas por Materiais Compostos

DIEGO AMADEU FURTADO TORRES1, JESIEL CUNHA2

Resumo

A construção civil atualmente exibe a tendência de absorver novas tecnologias, exigindo a racionalização e a modernização do processo construtivo, o que está vinculado ao desenvolvimento e à incorporação de novos materiais, com concepções estruturais diferenciadas. No Brasil, apesar da crescente utilização dos materiais compostos na construção civil, as análises estruturais são ainda bastante limitadas, tornando-se necessária a ampliação deste tipo de abordagem como um dos fatores que viabilizarão a abertura do espectro de utilização e o aumento do consumo. Neste sentido, o trabalho aqui apresentado vem contribuir com o aperfeiçoamento de metodologias de análise do comportamento mecânico e estrutural além de identificar e divulgar os processos construtivos que visem à inserção dos materiais compostos na construção civil, buscando esclarecer ao meio técnico quanto ao comportamento de estruturas de edificações formadas por elementos constituídos por materiais compostos. Palavras-chave: materiais compostos, perfis pultrudados, simulação numérica, análise estrutural.

Abstract The civil construction currently shows the tendency to incorporate new technologies, demanding the rationalization and the modernization of the constructive process, what it is entailed to the development and to incorporation of new materials, with differentiated structural designs. In Brazil, despite the increasing use of composite materials in the construction, the structural analyses still are sufficiently limited, becoming necessary the enlargement of this type of boarding as one of the factor that will make possible the opening of the applications and the increase of the consumption. In this sense, this work comes to contribute with the perfectioning of methodologies of analysis of the mechanical and structural behavior besides identifying and divulging the constructive processes that they aim at to the insertion of composite materials in the civil construction, making effort to clarify to the technical community about the behavior of buildings structures formed by composite materials elements. Keywords: composite materials, pultruded profiles, numerical simulation, structural analysis.

1 Faculdade de Engenharia Civil, Universidade Federal de Uberlândia – Avenida João Naves de Ávila, 2160, Uberlândia – MG, CEP: 38400-092, [email protected] Faculdade de Engenharia Civil, Universidade Federal de Uberlândia – Avenida João Naves de Ávila, 2160, Uberlândia – MG, CEP: 38400-092, [email protected]

Page 2: Diego_amadeu Vigas Prfv

2

1. Introdução

Numa sociedade que aspira a cada

dia mais o aprimoramento da técnica, de

forma que seja possível melhor aproveitar

os recursos disponíveis além de diminuir

os impactos ambientais gerados pelas

atividades humanas, é de se esperar que a

busca por novos materiais traga um

desenvolvimento considerável no campo

das ciências e abra caminhos e

oportunidades para novos setores da

indústria.

Desta forma, o estudo das

possibilidades de aplicações dos materiais

compostos se mostra necessário em virtude

de consistirem numa alternativa bastante

viável, visto que podem se originar de

matérias-primas renováveis e até mesmo

incorporar resíduos industriais, além de

agregarem as melhores propriedades de

seus constituintes.

Assim designados em razão de

consistirem da associação de dois ou mais

materiais de naturezas diferentes, os

materiais compostos apresentam melhores

propriedades que seus constituintes

isoladamente, sendo mais eficientes e

podendo ter características direcionadas a

atender exigências específicas.

Mais especificamente, materiais

compostos reforçados com fibras são

resultantes de uma composição de fibras

embebidas numa matriz, e geralmente se

apresentam como estratificados (figura 1).

As fibras mais utilizadas são as de

vidro, de carbono e aramida (kevlar®),

além daquelas de uso mais limitado como a

fibra de boro e alumínio oxidado

(MALLICK apud NAGAHAMA, 2003).

Por sua vez, as matrizes utilizadas

em compósitos podem ser de origem

polimérica, metálica, cerâmica e de

carbono. Metais e polímeros são usados

quando se necessita que o compósito tenha

alguma ductilidade. Já em aplicações sob

altas temperaturas emprega-se matriz

cerâmica. Polímeros são usados na maioria

dos compósitos em função de suas

propriedades e por facilitar a fabricação

(CALLISTER apud ALMEIDA, 2004).

Figura 1 - Esquema de estratificado composto por quatro camadas com reforço longitudinal em

diferentes orientações.

Logo, o objetivo deste trabalho é

investigar o comportamento mecânico e

avaliar o desempenho estrutural de

elementos constituídos por materiais

compostos destinados, entre outras

aplicações, à execução de estruturas de

construção civil, lançando mão de

simulações numéricas através do método

dos elementos finitos.

Page 3: Diego_amadeu Vigas Prfv

3

2. Os materiais compostos na construção

civil

Já difundidos nas indústrias

aeronáutica, automobilística e esportiva, os

materiais compostos têm sido cada vez

mais especificados por engenheiros e

projetista em virtude do ótimo desempenho

apresentado nas aplicações já consagradas

e da promissora adequabilidade aos

requisitos construtivos e tecnológicos de

obras civis.

A crescente demanda por materiais

com alta resistência e baixo peso

específico exigiu o aprimoramento

contínuo do conhecimento especializado e

das técnicas de produção que viessem

atender às necessidades do mercado.

Alguns dos atrativos destes

materiais, especificamente as resinas

plásticas reforçadas com fibras (PRF), são

a durabilidade e resistência a ambientes

quimicamente agressivos; resistência

mecânica, particularmente em baixas

temperaturas; sua capacidade de resistir às

vibrações e absorver energia sob

carregamentos sísmicos; a transparência

eletromagnética; baixo valor do coeficiente

de expansão térmica; pigmentação e

características decorativas, além de elevada

razão resistência/peso (MOSALLAM,

2002).

A maior razão para o aumento da

demanda dos materiais compostos tem sido

o decréscimo no custo de produção das

fibras, resultado do aumento do consumo e

do desenvolvimento de processos

tecnológicos para a produção das mesmas.

Atualmente, o consumo médio na

Ásia é menor que 0,3 kg/habitante,

pequeno se comparado com os 8,5

kg/habitante na América do Norte e 3,5

kg/habitante na Europa (WEAVER, 20--).

A América do Norte e a Europa

juntas dominam os mercados com fatias de

35% e 27% do volume comercializado,

respectivamente. No entanto, projeções

mostram que o desenvolvimento de regiões

da Ásia seja responsável por elevar este

mercado ao patamar de segundo maior

consumidor de materiais compostos em

poucos anos devido ao desenvolvimento de

infra-estrutura e pela elevação do padrão

de vida.

O mercado para materiais

compostos na construção e aplicações em

engenharia civil é também beneficiado

pelo crescimento econômico da Ásia e

América Latina. O setor de construção já é

o maior consumidor desta modalidade de

materiais. Com 35% do volume negociado,

o setor da construção domina uma porção

maior que os dois próximos setores,

elétrico e de transporte, juntos. O

Departamento de Infra-estrutura dos

Estados Unidos estima que serão

necessários 90 bilhões de dólares em

materiais compostos para aplicações

Page 4: Diego_amadeu Vigas Prfv

4

diversas como reforço de pontes avariadas

por sismos e recuperação de concreto

deteriorado nestas estruturas, armadura

para concreto resistente à ambientes

altamente agressivos e substituição de

elementos de madeira danificados

(WEAVER, 20--).

Engenheiros responsáveis pelos

projetos de novas estruturas estão se

direcionando para os materiais compostos,

principalmente, devido ao ciclo de vida e

custo-benefício oferecidos, comparados

aos sistemas tradicionais, visto que

conferem às estruturas longas vidas-úteis,

baixo custo de manutenção e fácil

recuperação de seus componentes. Embora

ainda sejam mais caros que materiais

tradicionais como o concreto, o aço ou a

madeira, oferecem várias vantagens: seu

menor peso reduz os custos com o

transporte e a instalação; sua inerente

resistência à corrosão não somente

aumenta a durabilidade, mas reduz a

necessidade de manutenções ao longo da

vida-útil da estrutura.

Os materiais compostos são

bastante competitivos em relação aos

materiais convencionais em qualquer das

aplicações que podem ser classificadas de

acordo com as seguintes categorias:

- instalações em ambientes

quimicamente agressivos;

-- reparo e reforço de sistemas

estruturais;

-- elementos pré-fabricados para

aplicação estrutural; e

-- barras de plástico reforçado com

fibras (PRF) para armar elementos

em concreto (MOSALLAM, 2002).

Uma das principais modalidades de

materiais compostos empregados em

estruturas civis consiste nos perfis

pultrudados de plástico reforçado com

fibras de vidro (PRFV), também

conhecidos genericamente como

fiberglass. O PRFV é um material

constituído por uma matriz polimérica

reforçada por fibras de vidro em que sua

resistência é ditada basicamente pelo tipo,

quantidade, orientação e posição do

reforço.

Estruturas feitas inteiramente com

materiais compostos exigem uma

concepção completamente diferente. Os

processos de produção não são iguais aos

das estruturas convencionais e as

propriedades que governam o material não

são familiares para muitos engenheiros em

função da anisotropia, o que origina

complicações na ocasião da montagem. A

perfuração para parafusagem tende a

perturbar a trajetória das tensões nas fibras,

a soldagem é impraticável e, embora

adesivos possam ser usados, especificações

cuidadosas para tornar as ligações

eficientes e duráveis não são triviais.

As figuras seguintes mostram

exemplos de aplicações.

Page 5: Diego_amadeu Vigas Prfv

5

Figura 2 - Ponte para pedestres, em Kolding, Dinamarca. No detalhe, instalação de strain gages na torre de sustentação da ponte para monitoramento contínuo. Fonte: Owens Corning Corporation (2004).

Figura 3 - Detalhes de dispositivos de ligação em perfis pultrudados. Ligações eficientes são executadas com

parafusos e adesivos: Fonte: Strongwell Corporation (2004).

Figura 5 - Torre de transmissão de

energia elétrica, Califórnia, EUA.

Fonte: Weaver (20--).

Figura 4 - Eyecatcher Building, na Suíça. Materiais compostos na forma de placas e perfis pultrudados, neste edifício com 15 m de altura. O sistema foi adotado pelo fato de o material ser bom isolante térmico e altamente resistente à umidade. Seu baixo peso tornou o transporte e a instalação mais fáceis e baratos. Fonte: Network Group for Composites in Construction (2004).

Figura 6 - Ponte para veículos com vão de 10 m, em Sugar Grove, Virgínia, EUA. Fonte: Strongwell Corporation (2004).

Page 6: Diego_amadeu Vigas Prfv

6

3. O processo de pultrusão

Pultrusão é um processo de

fabricação contínua de perfis de PRF que

utiliza resinas termofixas e reforços

flexíveis na forma de fibras. O processo

consiste em puxar estas fibras embebidas

em resina através de um molde de aço pré-

aquecido usando um dispositivo de

tracionamento (figura 7).

Figura 7 - Linha de produção de elementos pultrudados de resina reforçada com fibras.

Fonte: Strongwell Corporation (2004).

Os reforços tracionados através de

uma chapa-guia, responsável pelo correto

posicionamento dos materiais, são

conduzidos através de uma câmara de

impregnação de resina, que contém a

solução de polímero com cargas,

catalisadores e outros aditivos. Após a fase

de impregnação é aplicado o véu de

superfície e todo o conjunto é conformado

e moldado como uma aproximação da

configuração final, quando então o

material passa através da matriz aquecida,

Os elementos pultrudados podem

ser fabricados nas

onde ocorre o processo de polimerização

(endurecimento).

mais diferentes formas e

conten

e vidro,

podend

do com osto reforçado unidirecionalmente

é gera

do diferentes combinações de

reforço. Uma seção típica de pultrudado

(figura 8) geralmente contém os seguintes

tipos de camadas: roving, continuous (ou

chopped) strand mats (CSM), stitched

fabrics (SF) e o véu de superfície.

O roving consiste de um reforço

unidirecional contínuo de fibras d

o também ser de carbono

(neste caso denominado tows),

que é uma das formas mais

simples de reforço. Este

material é incorporado ao

sistema de forma que o reforço

seja paralelo ao eixo

longitudinal da peça, sendo

portanto o efetivo responsável pela

resistência e rigidez à flexão da seção,

porém, não contribuindo com a resistência

e rigidez transversal.

Figura 8 - Seção típica de um pultrudado. Fonte: Strongwell Corporation (2004).

Para atenuar a natureza anisotrópica

p

lmente empregado o continuous

strand mat (CSM). Trata-se de uma manta

Page 7: Diego_amadeu Vigas Prfv

7

formada por fibras contínuas aleatórias,

que contribui para melhorar as

propriedades transversais e reduzir a

probabilidade de delaminação. O CSM

usado em pultrusão pode ser de diferentes

densidades, e por ser naturalmente mais

volumoso devido à natureza aleatória do

reforço limita a fração volumétrica de

fibras do compósito resultante. Também

podem ser usadas fibras curtas, sendo para

isso denominado chopped strand mat.

Por sua vez o stitched fabrics (SF)

consiste em um número de camadas de

fibras

ser utilizado é o woven

fabric

s curtas

aleatór

s

resinas

três funções muito

import

unidirecionais, onde o reforço em

cada uma delas se encontra em apenas uma

direção, arranjo este que se aproxima de

uma trama de fibras unidirecionais (roving)

com fibras transversais apenas

construtivas.

Um outro tipo de reforço que

também pode

que consiste em um tecido de fibras

unidirecionais, que é disponível em fibras

de vidro, fibras de carbono, híbrido fibra

de vidro/fibra de carbono e híbrido fibra de

vidro/fibra de aramida. Pode ser produzido

com igual densidade de fibras em ambas as

direções, ou com densidades diferentes, de

forma que o reforço seja maior em

determinada direção. Seu emprego permite

um significativo aumento nas propriedades

transversais, porém seu elevado custo não

viabiliza a produção, ao menos em casos

específicos de formas complexas.

Finalmente, o véu de superfície

pode conter uma camada de fibra

ias para melhorar o aspecto da

superfície, além de servir como proteção.

Quanto à matriz dos compósitos

pultrudados pode-se dizer que diversa

termofixas são adequadamente

processáveis. Resinas poliésteres, éster-

vinílicas e fenólicas são correntemente

empregadas em escala comercial e cada

uma destas resinas tem características

particulares vantajosas quanto ao processo

e desempenho.

A matriz nos compósitos

desempenha

antes. Primeiro une as fibras, sendo

o meio pelo qual uma tensão oriunda de

uma carga externa aplicada é transmitida e

distribuída às fibras. Somente uma

proporção muito pequena da carga aplicada

é absorvida pela matriz. A segunda função

da matriz é proteger as fibras individuais

de danos de superfície provocados por

abrasão mecânica ou ambientes agressivos.

Tais interações podem introduzir falhas de

superfície capazes de formar fissuras que

podem conduzir a ruptura com baixos

níveis de tensão de tração. Finalmente, a

matriz separa as fibras e, em virtude de sua

relativa plasticidade, previne a propagação

de fraturas frágeis de fibra para fibra que

poderiam resultar em ruptura catastrófica.

Contudo, apesar de não serem

rigorosamente estruturas laminadas os

Page 8: Diego_amadeu Vigas Prfv

8

pultrudados possuem uma arquitetura que

permite serem tratados como tal

(DAVALOS e QIAO, 1999). Desta feita, a

arquitetura geral de um perfil pultrudado

pode ser vista na figura 9.

Figura 9 - Arquitetura de um perfil pultrudado com seção “I”, tendo no detalhe a junção dos elementos

constituintes da seção, mesas e alma, além dos respectivos sistemas de coordenadas locais.

Metodologia 4.

ente, procedeu-se uma

visão bibliográfica acerca da avaliação

pelo

cnica computacional

observ

contor

éricas permite

Primeiram

re

das propriedades físicas e do

comportamento mecânico dos materiais

compostos estratificados, estudo este que

verificou as formulações analíticas que

caracterizam o compósito, quer sejam as

teorias Clássica e de Primeira Ordem.

Em seguida, foram executadas

diversas simulações numéricas,

Método dos Elementos Finitos, de

estruturas reticuladas formadas por perfis

pultrudados, sendo para isso utilizado o

software ANSYS®.

O Método dos Elementos Finitos

(MEF) é uma té

utilizada na solução de estruturas ou de um

meio contínuo através da montagem de

pequenos subdomínios, que são os

elementos finitos, de modo a se ter

uma discretização do domínio

completo (COOK et al, 1989). Cada

elemento então apresenta uma

geometria relativamente simples,

tornando mais fácil sua análise,

permitindo que o problema cuja

solução analítica é muito complexa,

seja resolvido pela superposição de

vários problemas simples,

adas as condições de continuidade e

no destes elementos.

O estudo de um sistema estrutural

através de simulações num

analisar estruturas para as quais a

experimentação é praticamente impossível,

seja em virtude de sua geometria, das

características dos materiais constituintes,

das condições de carregamento, do efeito

da fluência, etc. Importante também é a

possibilidade de se comparar soluções

teórico-numéricas com resultados

experimentais, possibilitando a validação

de modelos numéricos e analíticos, além de

viabilizar o estudo de novas concepções de

cálculo, otimização de formas estruturais e

utilização de novos materiais com

significativa vantagem no tempo requerido

para tais análises.

Page 9: Diego_amadeu Vigas Prfv

9

Desta feita a concepção de

modelagens de estruturas reais que

ita

. Estudo da simulação numérica de

postos

sa de uma estrutura

través de simulações numéricas permite a

compre

idas

as

três pontos para uma viga chata

ma

rtante

onsiderarmos que a viga tenha uma

relação

perm m calcular para diversas situações

de vinculação, carregamento e de

configuração estrutural, os deslocamentos,

as deformações, as tensões, os esforços

resultantes, etc., influi diretamente no

dimensionamento das peças, podendo

inclusive esclarecer alguns detalhes de

difícil verificação experimental.

5

materiais com

A análise rigoro

a

ensão precisa do comportamento

mecânico do material de forma

relativamente rápida e sem os grandes

custos gerados por ensaios laboratoriais,

sem citar o grau de refinamento alcançado.

É neste sentido que se torna

imprescindível a avaliação das respostas

obt pelos softwares de simulação

numérica baseados no Método dos

Elementos Finitos, com a finalidade de

verificar a fidelidade destes programas.

Neste ínterim, a simulação de

problemas relativamente simples, cuj

resoluções analíticas podem ser obtidas

manualmente ou serem encontradas na

literatura, permite a validação do software

e demonstra que mesmo para problemas

mais complexos a resposta será bastante

realista.

Para tanto, foi estudado o caso de

flexão em

de terial composto apresentado por

Berthelot (1992). O autor propõe uma viga

(figura 10) de um compósito estratificado

com oito camadas para três diferentes

seqüências de empilhamento, cujas

propriedades elásticas são: E1= 45 GPa,

E2= 10 GPa, G12= 4,5 GPa e ν12= 0,3. As

seqüências de estratificação propostas são

as seguintes: [0°,45°,-45°,90°]s , [90°,45°,-

45°,0°]s e [45°,0°,-45°,90°]s, onde o índice

“s” quer dizer que o estratificado é

simétrico em relação ao eixo médio da

seção transversal

Figura 10 - Modelo de viga submetida à flexão em três pontos analisado

analítica e numericamente.

Neste caso, é impo

c

a/h (vão/espessura) grande o

suficiente para que a resolução analítica,

apresentada segundo a teoria clássica,

forneça resultados tão próximos daqueles

obtidos através do software ANSYS®,

Page 10: Diego_amadeu Vigas Prfv

10

baseado na Teoria de Primeira Ordem.

Então, partindo da expressão que

fornece o momento fletor no meio do vão e

levando em consideração as condições de

contorno do problema temos a seguinte

equação que permite calcular as tensões

paralelas ao eixo x, para uma determinada

camada:

hza xx

kxx

k ⋅⋅⋅−= 2 σσ 0

onde

( )12

3

161612121111hDQDQDQa

kkkxx

k ⋅⋅+⋅+⋅= ∗∗∗ ;

ijQ são os elementos da matriz constitutiva

do material composto segundo o sistema

de

flexão de um

estra

eixos de referência;

ijD* são os elementos da matriz inversa do

comportamento em

tificado;

h é a altura da viga;

0σ é a máxima tensão de flexão para a viga

su ogêneo e isótropo; e pondo material hom

z

ca

rtindo diretamente da lei de

mpo

⎪⎩

⎪⎨⋅

⎥⎥⎥

⎦⎢⎢⎢

⋅=⎪⎭

⎪⎬

⎩ xy

ykkk

kkk

xyk k

kQQQQQQz

666261

262221

σ

com

é a ordenada onde se quer calcular a

tensão, seja na face superior ou inferior da

mada k.

Também é possível calcular as

tensões pa

co rtamento do estratificado na flexão.

As tensões na camada k podem ser escritas

como:

⎫⎧⎤⎡⎫

⎪⎨

⎧ xkkk

yk

xk kQQQ 261211

σσ

⎪⎭

⎪⎬

{ } [ ] { }MDk ⋅= −1

logo

⎥⎥⎥

⎢⎢⎢

⎡=

⎪⎭

⎪⎬

⎪⎩

⎪⎨

⎧ −

xy

y

x

xy

y

x

MMM

DDDDDDDDD

kkk 1

662616

262212

161211

De maneira simplificada

⎪⎭

⎪⎬

⎪⎩

⎪⎨

x

kkkx

k MDQDQDQz ⋅⎟⎠⎞⎜

⎝⎛ ⋅+⋅+⋅⋅= ∗∗∗

161612121111σ

onde é o momento que atua na viga e

os demais itens conforme já identificados.

Para complementar, temos que a lei

nst

xM

de co ituição do material composto,

considerando estado plano de tensões,

obtida no sistema de eixos de referência é

freqüentemente encontrada da seguinte

forma:

⎪⎭

⎪⎬

⎫⎪⎨

⋅⎥⎥⎤

⎢⎢⎡

=⎪⎬

⎪⎩

⎪⎨

y

x

y

x

QQQQQQ

εε

τσσ

262221

161211

⎪⎩⎥⎦⎢⎣

⎪⎭ xyxy QQQ γ662616

com

( )661222

224

114

11 .Q2...2.. QscQsQcQ +++=

( )661222

224

114

22 .2...2.. QQscQcQsQ +++=

( )[ ] ( )4466

226612221166Q = ....2 csQcsQQQQ +++−+

( ) ( ) 1244

66221122

12 ..4.. QscQQQscQ ++−+=

( ) ( ) csQQQcsQQQQ ...2...2 3662212

366121116 +−+−−=

( ) ( ) 3662212

366121126 ...2...2 csQQQcsQQQQ +−+−−=

onde

2112

111 .1 νν−=

EQ

Page 11: Diego_amadeu Vigas Prfv

11

2112

222 .1 νν−=

EQ

2112

12112 .1

.νν

ν−

=E

Q

1266 GQ =

121

221 νν ⋅=

EE

θcos=c

θsens =

sendo θ o ângulo entre a direção do reforço

m cada camada e o eixo x do sistema de

cados é regido pela

⎪⎩

⎪⎨⋅

⎥⎥⎥

⎦⎢⎣⎪⎭

⎪⎩ xy

y

xy kk

DDDM 666261

26

com

e

eixos de referência.

Por fim, o comportamento em

flexão dos estratifi

seguinte equação matricial:

⎫⎧⎤

⎢⎢⎡

=⎪⎬

⎫⎪⎨

⎧ x

y

x kDDDDDD

MM

2221

161211

⎪⎭

⎪⎬

( )∑=

−−⋅=

n

k

kkij

kij

zzQD1

31

3

3

onde, novamente, o termo z representa a

ordenada em relação ao eixo m dio da

s

duas

rmul

s

naliticamente são idênticos aos

com o elemento

SHELL

é

seção transversal, sendo por isso

imprescindível observar a correta

seqüência de empilhamento das camadas.

Para resolver analiticamente este

problema, segundo as formulaçõe

apresentadas, foram elaborados “arquivos

de comandos” para serem executados no

software MATLAB®. Foram analisadas

vigas com 5 cm de largura, 1 cm de

espessura e comprimento variando de 25 a

150 cm, as quais estavam submetidas a

uma carga uniformemente distribuída de

200 N/cm, totalizando então 1000 N.

Os resultados obtidos através do

software MATLAB® para as

fo ações são idênticos e estão

apresentados na figura 11.

Figura 11 - Desenvolvimento da tensão σx ao longo da espessura da viga. A linha tracejada

representa os valores da razão tensão normal/tensão normal máxima para um material homogêneo e

isótropo.

Visto que os resultados obtido

a

encontrados na literatura, ficou patente que

a simulação numérica deveria fornecer

uma resposta, senão igual, ao menos

bastante próxima destes.

Para verificar este pressuposto

foram executados testes

99 do ANSYS®, elemento este

destinado à simulação de placas e cascas

estratificadas de comportamento linear que

pode possuir até 250 camadas, com mesma

Tensão σx em viga de materi[0º/45º/-45º/90º]s conforme B

σ /σ

al compostoerthelot

0

0,125

0,25

0,375

0,5

0 0,25 0,5 0,75 1 1,25 1,5xx 0

orde

nada

em

rela

ção

à lin

ha

neut

ra (c

m)

Page 12: Diego_amadeu Vigas Prfv

12

espessura, de material ortotrópico. O

SH lemento de alta ordem

com 8 nós e 6 graus de l e por n

de ção de r ), podendo

as rma adriláte triangu

pa al ár ecificar

módulos de elasticidade Y, EZ)

m de lha transv

(GXY, G Z, GXZ) e os coeficiente

Poisson (PRXY, PRYZ, PRXZ).

modelo numé senvolv

po isto gura 1

res s obtidos via simulaç

nu ar a de ma rial compost

entos finitos com condiç ntorno.

nteressa tar que na solução

num o ponto e se dese ve a

maior tensão na primeira cam está

localizado próximo a uma das bordas, fato

s camadas. Os valores das

tensões para este ponto podem ser vistos na

tabela 2.

ELL 99 é um e ,

iberdad ó (3

transla e 3 otação

sumir fo qu ra ou lar,

ra o qu é necess io esp os

(EX, E , os

ódulos cisa mento ersal

Y s de Figura 12 - Modelo de elem

O rico de ido

de ser v

Os

na fi 2.

ultado ão

mérica p a a vig te o

ões de co

É i nte no

érica em qu nvol

ada

com estratificação [0°,45°,-45°,90°]s são

mostrados na tabela 1, onde também se faz

a comparação com os valores obtidos

analiticamente.

este que pode ser devido à seqüência de

empilhamento da

Tensões no meio do vão, no meio da largura (ANSYS) em N/cm2

Posição ao longo da espessura Comprimento

150 cm Comprimento

100 cm Comprimento

75 cm Comprimento

50 cm Comprimento

25 cm

Top 61975 41072 30603 20101 9493,8 Primeira camada bottom 46975 30804 22952 15076 7120,3

Top 16968 11800 9232,4 6695,6 4256,2 Segunda camada Bottom 11312 7866,7 6154,9 4463,7 2837,5

Top 10154 6455,7 4625,8 2832,6 1169,6 Terceira camada Bottom 5076,8 3227,9 2312,9 1416,3 584,8

Top 3094,3 2052,9 1532,7 1013,5 501,3 Quarta camada bottom 9,96ex10-8 1,19x10-8 2,10x10-15 1,06x10-141,26x10-14

Tensões no meio do vã (MATLAB) em N/cm2o

Top 62722,4 41814 31361,2 20907,4 10453,8 Primeira camada bottom 47041,8 31361,2 23520,8 15680,6 7840,2

Top 15128,4 10085,6 7564,2 5042,8 2521,4 Segun

da camada Bottom 10085,6 6723,8 5042,8 3361,8 1681

Top 11675,8 7783,8 5838 3892 1946 Terceira camada Bottom 5838 3892 2919 1946 973

Top 3139,2 2092,8 1569,6 1046,4 523,2 Quarta camada bottom 0 0 0 0 0

Tabela 1 - Valores de tensão nas camadas para uma viga com flexão em três pontos.

Page 13: Diego_amadeu Vigas Prfv

13

a cl que o io entre

valores obtidos via Te Clássica

sim nu aum medida

di ra /h d , confo

revisto anteriormente.

solução analítica

rdo com Oliveira (2000) a viga

é feita

tota m e esp de mesas e alma

1,56 submetida a uma carga de 445 N.

Qua configur interna, o terial

possui s camadas de mesma espessura

cuja se üência de estratificação é [+30°,-

o software ANSYS®, sendo utilizado

prim

descrito. Outras alternativas são o SOLID

46 e o

Fic aro desv os

oria e

ulação mérica enta à que

minui a zão a a viga rme

p

Destarte, tomando os resultados

obtidos para o nó onde surge a máxima

tensão na face inferior da viga (bottom ou

face inferior da primeira camada) e

comparando com a

percebe-se uma aproximação confortável,

demonstrando ser satisfatória a solução

numérica.

Um outro exemplo encontrado na

literatura consiste de uma viga em seção do

tipo ‘I’ engastada, com uma carga

concentrada na extremidade livre (figura

13). De aco

em Kevlar-epoxy com as seguintes

características: E1 = 76,0 GPa, E2= 5,56

GPa, G12 = 2,30 GPa, G13 = 2,30, G23=

1,56 GPa e ν12 = 0.34. A viga estudada tem

300 mm de comprimento, seção com

largura de mesa 12,5 mm, altura

l 25 m essura

mm,

nto à ação ma

eis

q

30°,0°]s.

Figura 13 - Viga ‘I’ com carga aplicada na

extremidade livre, analisada numericamente.

Foram empregados nesta

modelagem elementos de placa e sólidos

d

eiramente o SHELL 99, conforme já

SOLID 191.

O SOLID 46 é uma versão

estratificada do elemento SOLID 45 e, é

Tensões no meio do vão, para y = - 4,5 cm (ANSYS) em N/cm2

Posição ao longo da espessura Comprimento

150 cm Comprimento

100 cm Comprimento

75 cm Comprimento

50 cm Comprimento

25 cm

Top 62236 41324 9660,4 30847 20329 Primeira camada bottom 46677 30993 7245,3 23135 15246

Top 16830 11720 9185,4 6689,1 4324,1 Segunda camada B

Tabela 2 - Valores das tensões no meio do vão, para um nó próximo à borda.

o 2882,7 ttom 11220 7813,4 6123,3 4459,4 Top 10221 6475,3 4620,6 2802 1118 Terceira

5110,7 559 camada Bottom 3237,6 2310,3 1401 Top 3099,9 2057,6 1536,8 1016,7 501,6 Qua

camada bottom 8 3 2 1rta

,82x10-8 7,08x10-8 ,33x10-13 ,24x10-13 ,35x10-13

445 N

300 mm

Page 14: Diego_amadeu Vigas Prfv

14

claro, se destina à simulação de materiais

estratificados. O elemento possui 8 nós,

sendo 3 graus de liberdade por nó

(transla

D 191 é um

0 nós, sendo

nslação por

r orientação, e exige as mesmas

especif

bém neste

Figura 14 - Malha de elementos finitos para viga

em balanço: a) vista geral da malha conforme aprese ado na literatura; b) detalhe da malha

usando o elemento SHELL 99; c) detalhe da ma

eu-se um

refino da malha, aumentando o número de

ções nos eixos x, y e z) e pode

possuir até 250 camadas de material

ortotrópico de mesma espessura. O

elemento possui um sistema de

coordenadas próprio, onde o eixo z é

perpendicular ao plano de referência

(KREF), plano este que pode coincidir com

o plano médio ou estar nas superfícies

bottom ou top. A importância deste sistema

de referência se revela na orientação das

camadas, pois o ângulo θ é

medido a partir do eixo x

do elemento. Assim como

no caso do SHELL 99, é

necessário especificar os

módulos de elasticidade

(EX, EY, EZ), os módulos

de cisalhamento transversal

(GXY, GYZ, GXZ) e os

coeficientes de Poisson

(PRXY, PRYZ, PRXZ). O

elemento ainda pode

assumir as formas

prismática e piramidal.

Por sua vez, o SOLI

elemento de alta ordem, com 2

três graus de liberdade de tra

nó. Pode possuir até 100 camadas de

mesma espessura, de material ortotrópico,

em qualque

icações do SOLID 46, no que tange

às propriedades dos materiais e ao sistema

de coordenadas do elemento.

Admitiu-se no início uma malha

idêntica à apresentada pela autora

supracitada. As modelagens encontradas na

literatura são simplificadas, e não se

observa uma preocupação com os pontos

de junção mesa/alma. Tam

trabalho é proposta uma nova forma de

modelagem, que retrata de forma mais

realista a continuidade das camadas

internas do pultrudado. A figura 14 mostra

detalhes das malhas utilizadas.

empregando o SOLID 46, que é idêntica à malha com o SOLID 191; d) detalhe da junção mesa/alma da nova proposta de modelagem com SOLID 46.

Posteriormente, proced

a b

c d

ntlha

Page 15: Diego_amadeu Vigas Prfv

15

e

vig e

c

deslocamento vertical da extremidade da viga em bala ço, para modelos numéricos com três

ento

possuir um

mm (BARBERO apud OLIVEIRA, 2000).

6. Simulação de estruturas reticuladas

formadas por perfis pultrudados

6.1 Definição das propriedades dos

materiais

icialmente, é importante definir e

teriais

os nesta análise, uma vez que

estas não são rigidamente definidas e que

alguma

por

emplo, Berthelot (1992) e Pereira

Roving, a espessura de cada

uma de

lementos ao longo do comprimento da

a com o intuito de verificar o valor d

onvergência do deslocamento vertical. Os

resultados são apresentados na figura 15.

Figura 15 - Valor de convergência do

nelementos diferentes.

Portanto, nota-se que para este caso

de flexão simples, no que diz respeito ao

deslocamento, a simplificação da

modelagem, seja usando elementos do tipo

SHELL ou do tipo SOLID leva a

resultados bastante satisfatórios. Deve-se

salientar que os desvios entre modelagens

com diferentes tipos de elementos são

decorrentes do fato de cada elem

a formulação própria, inclusive

diferentes quantidades de nós.

Segundo Oliveira (2000) o

deslocamento vertical na extremidade

livre, para este exemplo, vale 14,02 mm,

obtido mediante programa computacional

de implementação própria. Tem-se também

que o valor deste deslocamento é 13,41

De camento vertical na extremidade livre para três

-14

0

In

especificar as propriedades dos ma

considerad

s limitações inerentes ao processo

de pultrusão devem ser contempladas.

Com relação às matérias-primas

(resinas e fibras), valores de módulos

elásticos são disponíveis em várias

referências bibliográficas, como

ex

(2003), existindo inclusive algumas

variações.

É necessário também especificar

algumas variáveis, como as porcentagens

volumétricas de fibras nas camadas de

CSM, SF e

las e as orientações das camadas de

SF. Considerando limitações práticas do

processo de pultrusão, algumas restrições

são observadas no que tange à arquitetura

do material: a fração volumétrica de fibras

não pode exceder 45 %; os materiais

usados são especificados como CSM ¾ oz,

SF 17.7 oz e Roving 113 yield (yard/lb),

que são disponíveis comercialmente e

comumente empregados em pultrudados

(DAVALOS E QIAO, 1999).

slodiferentes tipos de elementos

-13,9

-13,8

-13,7

-13,6

-13,5

-13,4

-13,3

-13,210 20 30 40 50 60 70 80

desl

ocam

ento

(mm

)

número de elementos ao longo do comprimento

SHELL99

SOLID46

SOLID191

SOLID46 em novamodelagem

Page 16: Diego_amadeu Vigas Prfv

16

Geralmente, às fibras de vidro-E é

associada a resina polyéster, e às fibras de

carbono, a resina epóxi. Logo, com base

nestes dados, fixou-se as propriedades e

frações

Ef = 72,4 GPa

νm = 0,40

Desta for opriedades para

uma camada de PRFV com reforço

longitudinal, c ão:

E1 a

E aind ada de CSM

com Vf = 23,6

E

= 0,422

Para as fibras de carbono e resina

epóxi fora seguintes

propriedades:

νf = 0,32

Assim sendo, as propriedades para

uma camada de PRFC com reforço

longitudinal, cuj , são:

E ain amada com

CSM, cuja Vf =

E

,483

6.2 Análise da influência dos tipos de

reforços

ntos

os possuem diversos tipos de

forços, cada qual aplicado com um

volumétricas de fibras de cada

camada, e em seguida calculou-se as

propriedades elásticas para os compósitos

seguindo a “lei das misturas”. Considerou-

se para isso que a camada SF se comporta

como uma camada de Roving, ou seja, uma

camada com reforço longitudinal, no

entanto, com o reforço orientado não

paralelamente ao eixo da peça, para as

quais se admitiu uma fração volumétrica

de 39%. Já para o CSM considerou-se

uma fração volumétrica de fibras de

23,6%.

Admitiu-se para as fibras de vidro e

a resina polyéster as seguintes

propriedades:

Em = 3,5 GPa

νf = 0,25

Gf = 30,0 GPa

Gm = 1,40

ma, as pr

ujo Vf = 39 %, s

= 30,37 GP

E2 = 5,566 GPa

ν12 = 0,3425

G12 = 2,229 GPa

a, para uma cam

%:

CSM = 10,231 GPa

GCSM = 3,598 GPa

νCSM

m admitidas as

Ef = 370,0 GPa

Em = 3,5 GPa

νm = 0,35

Gf = 40,0 GPa

Gm = 1,40

o Vf = 50 %

E1 = 186,75 GPa

E2 = 6,934 GPa

ν12 = 0,335

G12 = 2,705 GPa

da, para uma c

50 %:

CSM = 74,365 GPa

GCSM = 25,077 GPa

νCSM = 0

Como visto, os eleme

pultrudad

re

Page 17: Diego_amadeu Vigas Prfv

17

deter inado propósito, seja por questões

de aprimoramento do comportamento

mecânico ou por limitações exclusivas do

processo produtivo.

Neste sentido, uma análise

comparativa dos efeitos de cada um destes

reforços pode mostr

m

ar em quais situações

rregamento

uniform

seja, u

do SF,

camadas com reforço unidirecional nas

Figura tificação interna do pultrudado, sendo o p estratificação das mesas

perpendic de estratificação da alma.

se fazem necessárias uma maior ou menor

porcentagem do volume total de fibras,

numa determinada região do perfil, na

forma de reforços transversais.

Neste ímpeto, foram simulados três

casos de vigas bi-apoiadas de pultrudados

de PRFV com ca

emente distribuído, sendo

uma com relação a/h

(comprimento/altura do perfil)

igual a 10, outra com a/h igual a

20 e, finalmente, uma com

relação a/h igual a 100.

Primeiramente, admitiu-se apenas

reforço longitudinal, e em

seguida foram aplicadas várias

taxas de reforços transversais,

tanto na forma de CSM quanto

SF, separadamente, por serem os

mais utilizados na produção

comercial de perfis pultrudados.

Considerou-se em todos

os modelos um pultrudado com

quatro conjuntos de camadas, ou

m estratificado com 4 cama

reforço transversal (sendo no caso

direções 30°,-30°,-30°,30°) e 3 camadas de

reforço longitudinal, ou seja, unidirecional

paralelo ao eixo da peça (figura 16). Desta

forma, o aumento na taxa de reforço

transversal é resultado apenas do aumento

da espessura das respectivas camadas,

assim, conforme se tem a taxa de reforço

transversal aumentada, diminui-se a

quantidade de reforço longitudinal. Além

disso, num primeiro momento, a

introdução do reforço transversal se deu na

seção plena (tanto nas mesas quanto na

alma), e em seguida, somente na alma do

perfil.

CSMroving

CSMroving

CSMroving

CSM

das de s 16 - Estra

lano deular ao plano

roving (+30º) roving

roving (-30º) roving

roving (-30º) roving

roving (+30º)

90º

Page 18: Diego_amadeu Vigas Prfv

18

s duas primeiras vigas possuem

v

t

de se esperar, pois

orciona melhores

es

podem ser bem direcionadas, o que não se

verifica com o CSM.

lado, a adição de

camada

A

ão com 304,8 cm de comprimento e a

erceira, vão de 3048 cm, sendo para o

caso com relação a/h = 20 utilizado um

perfil de seção ‘I’ 152,4 x 76,2 x 6,35 mm

e para os demais, um perfil ‘I’ 304,8 x 127

x 12,7 mm, ambos perfis de dimensões

comerciais. No entanto, como se tratam de

perfis com uma diferença de rigidez a

momentos fletores muito grande, foram

considerados carregamentos com

magnitudes também diferentes, sendo a

primeira submetida a uma carga de 2,0

kN/m, a segunda, a uma carga de 10,0

kN/m e a terceira, em virtude do grande

vão, submetida a uma carga de 0,10 kN/m.

Os resultados das simulações são

mostrados na figura 17.

Como se pode notar, todas as

curvas convergem no valor 1,00 da razão

entre as flechas, o que é

quando a porcentagem do volume total de

fibras na forma de reforço transversal é

zero significa existir somente reforço

unidirecional longitudinal. Da mesma

forma, quando esta taxa é 100% significa

haver somente reforço transversal, quer

seja CSM, quer seja SF.

No que tange ao deslocamento

vertical no meio do vão temos que o

reforço transversal prop

efeitos de aumento de rigidez em vigas

com menor relação a/h. O reforço

transversal na forma de SF é mais

Nota-se que, para a adição de

reforço transversal na seção como um todo,

o CSM sempre leva a deslocamentos

maiores. Por outro

eficiente, uma vez suas propriedad

s com reforço unidirecional não

paralelo ao eixo da peça é vantajosa no

Razão entre a flecha em viga com reforço transversal e flecha em viga somente com roving (seção "I" 304,8 x 127 x 12,7 mm)

0,80

1,00

1,20

1,40

1,60

1,80

2,00

2,20

2,40

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

porcentagem do volume total de fibras

razã

o en

tre

as fl

echa

s co

m e

se

refo

rço

tran

sver

sal

m SF (seção plena)

CSM (seção plena)

SF (na alma)

CSM (na alma)

Razão entre a flecha em viga com reforço transversal e flecha em viga somente com roving (seção "I" 304,8 x 127 x 12,7 mm)

0,801,001,201,401,601,802,002,202,402,602,803,00

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

porcentagem do volume total de fibras

razã

o en

tre

as fl

echa

s co

m e

sem

refo

rço

tran

sver

sal

SF (seção plena)

CSM (seção plena)

SF (na alma)

CSM (na alma)

Razão entre a flecha em viga com reforço transversal e flecha em viga somente com roving (seção "I" 152,4 x 76,2 x 6,35 mm)

2,80

3,00

0,80

1,00

1,20

1,40

1,60

1,802,00

2,20

2,40

2,60

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

porcentagem do volume total de fibras

razã

o en

tre

as fl

echa

s co

m e

sem

re

forç

o tr

ansv

ersa

l

SF (seção plena)

CSM (seção plena)

SF (na alma)

CSM (na alma)

Figura 17: Comparação do desempenho de vigas com diferentes taxas de reforço

transversal: a) viga com relação a/h = 20; b) com relação a/h = 10 e c) com relação a/h = 100.

a

b

c

Page 19: Diego_amadeu Vigas Prfv

19

caso de vigas com relação a/h = 10 (seção

‘I’ 304,8 x 127 x 12,7 mm), com uma taxa

ótima em torno de 25% do volume total de

fibras na forma de reforço transversal.

Outro aspecto observado é a

influência de se aplicar estes reforços

transversais na seção como um todo ou

apenas na alma dos perfis, uma vez que

a

a/h = 10, pois como visto, o reforço

8 - Configuração do estratificado de um pultrudado c combinação dos tipos de reforços

mais ados em produção comercial.

um maior concentração de reforço

longitudinal nas mesas proporciona maior

rigidez à flexão. Quanto à adição de

reforço transversal somente na alma,

verifica-se nas duas primeiras situações

que o CSM quase não interfere na

performance, enquanto a adição de SF

melhora o comportamento estrutural em

ambas situações, sendo o efeito mais

expressivo também na viga com a/h = 10.

Com respeito à viga com relação

a/h = 100 fica patente que o reforço

determinante na performance de rigidez é o

unidirecional na forma de roving, paralelo

ao eixo da peça, sendo o acréscimo de

qualquer taxa de reforço transversal

desnecessário. Contudo, a utilização do

reforço transversal contribui para o

melhoramento do desempenho em termos

do comportamento em ruptura dos

materiais compostos estratificados.

Por fim, analisou-se uma viga

pultrudada em que foram introduzidos os

três tipos de reforços simultaneamente

(figura 18). A viga em questão tem relação

transversal é mais conveniente em vigas

curtas. Os reforços transversais foram

inseridos primeiramente na seção como um

todo, e posteriormente, apenas na alma do

perfil, sendo admitidas espessuras iguais

para as camadas com reforço transversal

em todas as taxas aplicadas. Logo,

observando a figura 19 percebe-se que a

situação mais favorável é aquela onde os

reforços transversais estão presentes

somente na alma do perfil, e que para

qualquer taxa de reforço transversal,

quando este é adicionado na seção plena,

tem-se uma redução da rigidez a momentos

fletores significativa.

CSMroving (30º)

roving CSM

roving (-30º) roving

roving (-30º)CSM

roving roving (30º)

CSM

90º

ra 1Figuom a

empreg

Razão entre a flecha em v ço transversal e flecha em viga somente com roving ( 127 x 12,7 mm) a/h=10

0,80

1,00

1,20

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

porcentagem do volume total de fibras

razã

o en

tre

as fl

omre

forç

o tr

iga com reforeção "I" 30s 4,8 x

1,40

1,60

echa

s c

ansv

ersa

l

1,80

e s

em

CSM e SF (seção plena)

CSM e SF (na alma)

Figura 19 - Comparação do desempenho de vigas curtas com a combinação dos reforços transversais

em diferentes taxas.

Page 20: Diego_amadeu Vigas Prfv

20

6.3 Análise da influência da direção dos

reforços unidirecionais

do SF. O arranjo

terno pode ser otimizado para cada tipo

EM 500

O modelo numérico simulado, com

tos na altura da alma, resultou em

i simulada uma

m, considerando

trem

mpo

Outro importante aspecto

investigado é a orientação

in

de esforço solicitante e para cada

comprimento de viga. Considerando uma

viga de comprimento fixo, uma condição

de extremidade e um carregamento

constante, pode-se, variando as orientações

das camadas com reforço unidirecional não

paralelo ao eixo da peça, quer seja nas

mesas, quer seja na alma, verificar a

influência da estratificação no

comportamento global da viga.

Logo, para este teste, foi adotada

primeiramente uma viga de comprimento

1,524 m, cujo perfil EXTR

SERIES WF tem seção 152,4 x 152,4 x

6,35 mm, considerando extremidades

rotuladas e submetida a um carregamento

de 1,0 kN/m. Fixou-se então as espessuras

das camadas e a quantidade destas,

admitindo 4 conjuntos de camadas, ou seja,

4 camadas de CSM, 4 camada de SF e 3

camadas de roving. Foram consideradas

camadas de espessura 0,015” e 0,025”,

respectivamente, para o CSM e SF, e cuja

orientação destas últimas variou de 0° a

90° (onde 0º é a direção paralela ao eixo da

peça), independentemente nas mesas e na

alma.

40 elementos ao longo do comprimento, 5

elementos na largura das mesas e 4

elemen

3678 graus de liberdade.

Reflexos são percebidos nos

deslocamentos e os resultados são

mostrados na figura 20a.

Posteriormente, fo

viga de comprimento 3,048 m, agora com

o perfil EXTREM 500 SERIES I de seção

152,4 x 76,2 x 9,5 m

ex idades rotuladas e submetida a um

carregamento de 2,0 kN/m. Fixou-se então

as espessuras das camadas e a quantidade

destas, admitindo 4 conjuntos de camadas,

ou seja, 4 camadas de CSM, 4 camada de

SF e 3 camadas de roving. Foram

consideradas camadas de CSM com 0,015”

de espessura e para o SF, 0,025”.

Novamente, a orientação das camadas de

SF variou de 0° a 90°, independentemente

nas mesas e na alma. O modelo numérico

simulado, com 40 elementos ao longo do

comprimento, 3 elementos na largura das

mesas e 4 elementos na altura da alma,

totalizou 2694 graus de liberdade, e os

resultados podem ser vistos na figura 19b.

O fato de terem sido consideradas

duas vigas com diferentes comprimentos e

seções se justifica na possibilidade de se

verificar o efeito da relação a/h no

co rtamento à flexão. No primeiro caso,

como o vão é de 1,524 m e a altura da

seção é 152,4 mm, tem-se uma relação a/h

Page 21: Diego_amadeu Vigas Prfv

21

015

3045

6075

90

0

30

60

90

-1,3

-1,25

-1,2

-1,15

-1,1

-1,05

-1

-0,95

-0,9

flecha (cm)

orientação do SF na almaorientação do SF nas

mesas

015

3045

6075

90

0

30

60

90

-0,055

-0,053

-0,051

-0,049

-0,047

-0,045

-0,043

-0,041

-0,039

-0,037

-0,035

flecha (cm)

orientação do SF na almaorientação do SF nas

mesas

Influência da estratificação no deslocamento vertical no meio do vão

igual a 10, ficando evidente que as

me res flechas ocorrem para mesas com

SF a 0

o mesmo não se pode dizer para o

necessário comparar a performance

apresentada por vigas de diferentes

ideradas

ultrudadas de PRFV, PRFC e vigas

problema proposto se trata de

ma viga de 4 m de comprimento,

side

quanto para o

no

° e alma com SF a 45°. No entanto, materiais, sendo para isso cons

segundo vigas p

caso, onde o vão é de 3,048 m e a altura da

seção é 152,4 mm, resultando numa

relação a/h igual a 20 e nota-se que é mais

vantajoso ter reforço predominantemente

na direção longitudinal da peça.

Embora as simulações contemplem

cargas relativamente pequenas, os

resultados mostram as tendências do

comportamento das vigas analisadas, que

em se tratando de pultrudados, possuem

seções pequenas se comparado às

deformações de vigas de mesma seção em

aço submetidas a estas mesmas condições.

6.4 Comparação entre vigas de diferentes

materiais

Na tentativa de justificar a

eficiência dos materiais compostos se faz

de aço em perfil soldado.

O

u

con rada rotulada nas duas

extremidades (restringindo deslocamento

em todas a direções dos nós extremos na

metade da altura da alma), submetida a um

carregamento de 10 kN/m. Foram

escolhidos perfis de dimensões comerciais,

tanto para os compósitos

aço, optando-se pelos perfis soldados pelo

fato de melhor se assemelharem aos perfis

pultrudados.

Adotou-se para o pultrudado uma

arquitetura mais próxima da otimizada,

visto que são conhecidas as orientações de

camadas mais convenientes em função da

relação a/h da viga. Também se admitiu 4

conjuntos de camadas, porém agora com

Influência da estratificação no deslocamento vertical no meio do vão

Figura 20 - Valores dos deslocamentos verticais para várias orientações do Stitched Fabrics: a) a/h = 10 e b) a/h = 20.

a b

Page 22: Diego_amadeu Vigas Prfv

22

espessuras diferentes, sendo 0,020” para o

CSM e 0,030” para o SF, uma vez que os

perfis escolhidos são mais robustos.

te adotado para o aço.

a, para o PRFV temos que o

dos.

cal no

eio d

es, aproximadamente,

aior q

de PRFV. Deve-se mencionar também a

diferença existente entre a razão

Foi também considerado nas

simulações o peso próprio dos materiais,

recorrendo aos valores de massa específica

das matérias-primas e frações volumétricas

destas, em se tratando dos compósitos, e o

valor correntemen

Desta form

peso específico é 2,0 g/cm3, para o PRFC é

1,8 g/cm3 e, para o aço, 7,86 g/cm3.

A tabela 3 mostra as especificações

dos perfis adota

Embora tenham sido simulados

poucos perfis, em virtude de as séries

comerciais de pultrudados serem muito

limitadas e, para a magnitude do

carregamento considerado bastarem os

menores itens da série CS de perfis em aço

soldado, os resultados mostram que para

um determinado deslocamento verti

m o vão as vigas de aço tem peso de

no mínimo 2,5 vez

m ue as de PRFC e 1,6 vezes que as

devida ao peso próprio/flecha total para os

compósitos e para o aço, deixando claro

que em se tratando de plásticos reforçados,

a quase totalidade da resistência da seção

está disponível para suportar

carregamentos externos à peça.

A figura 21 mostra as curvas de

flecha

Perfis pultrudados de PRFV (dimensões comerciais da CREATIVE PULTRUSIONS)

Número Dimensões (mm) Relação a/h Orientação das camadas de SF

na alma

Orientação das camadas de SF

nas mesas

Área da seção (cm2)

Peso linear (kg/m)

1 203,2 x 101,6 x 9,5 mm 19,69 15° 15° 36,80 7,36 2 203,2 x 101,6 x 12,7 mm 19,69 15° 15° 48,39 9,68 3 254 x 127 x 9,5 mm 15,75 45° 15° 46,46 9,29 4 254 x 127 x 12,7 mm 15,75 45° 15° 61,29 12,26 5 304 x 127 x 12,7 mm 13,12 45° 15° 67,36 13,47

Perfis pultrudados de PRFC (dimensões comerciais)

Número Dimensões (mm) Relação a/h Orientação das camadas de SF

na alma

Orientação das camada de SF

nas mesas

Área da seção (cm2)

Peso linear (kg/m)

1 203,2 x 101,6 x 9,5 mm 19,69 15° 15° 36,80 6,62 2 203,2 x 101,6 x 12,7 mm 19,69 15° 15° 48,39 8,71 3 254 x 127 x 9,5 mm 15,75 45° 15° 46,46 8,36 4 254 x 127 x 12,7 mm 15,75 45° 15° 61,29 11,03 5 304 x 127 x 12,7 mm 15,75 45° 15° 67,36 12,12

Perfis soldados de aço série CS

Número Dimensões (mm) Espessura das mesas (mm)

Espessura da alma (mm) Relação a/h Área da

seção (cm2)

Peso linear (kg/m)

1 150 x 150 8,0 6,3 26,67 32,40 25,27 2 150 x 150 9,5 6,3 26,67 36,80 28,70 3 150 x 150 9,5 8,0 26,67 39,00 30,42 4 200 x 200 6,3 6,3 20,00 37,00 28,86 5 200 x 200 8,0 6,3 20,00 43,60 34,01

Tabela 3 - Especificações dos perfis simulados numericamente.

Page 23: Diego_amadeu Vigas Prfv

23

Figura 21 - Comparação entre flechas de vigas em

diferentes materiais: a) flecha no meio do vão e o flecha devida ao peso-próprio/flecha total.

6.5 Análise de pórticos planos

Este trabalho contemplou

também a análise do comportamento

de pórticos planos formados por

materiais compostos, na forma de

perfis pultrudados, e por perfis de aço

soldado, com o objetivo de comparar

d

ido escolhida uma estrutura de

, se pautou

a necessidade de observar uma situação

ais p

r pultrudados

ateriais compostos, na forma de

perfis pultrudados, e por perfis de aço

soldado, com o objetivo de comparar

d

ido escolhida uma estrutura de

, se pautou

a necessidade de observar uma situação

ais p

r pultrudados

performance e as razões flecha devida ao

peso próprio/flecha total para as vigas

simuladas

b) razã

o desempenho dos materiais. A opção

modelo de pórtico, embora tenha

o desempenho dos materiais. A opção

modelo de pórtico, embora tenha oo

ss

geometria relativamente simplesgeometria relativamente simples

nn

m róxima da realidade. Para tanto, foi

estabelecido um esquema simplificado de

uma edificação, a partir do qual se isolou o

pórtico estudado (figura 22).

O carregamento considerado é

apenas vertical, estático, sobre a viga,

oriundo de uma laje que é submetida a um

carregamento de 500 kgf/m2 (peso próprio

e sobrecarga). Logo, isolando um pórtico e

observando as dimensões estabelecidas

temos uma carga sobre a viga de 1750

kgf/m.

As simulações foram feitas com

dois pórticos, um formado po

m róxima da realidade. Para tanto, foi

estabelecido um esquema simplificado de

uma edificação, a partir do qual se isolou o

pórtico estudado (figura 22).

O carregamento considerado é

apenas vertical, estático, sobre a viga,

oriundo de uma laje que é submetida a um

carregamento de 500 kgf/m

de PRFV e o outro por perfis de aço

soldados. No primeiro caso empregaram-se

perfis de dimensões comerciais da

CREATIVE PULTRUSIONS®, conforme

a seguir: perfil ‘I’ 304,8 x 127 x 12,7 mm

para a viga e perfis ‘H’ 203,2 x 203,2 x

12,7 mm para os pilares.

de PRFV e o outro por perfis de aço

soldados. No primeiro caso empregaram-se

perfis de dimensões comerciais da

CREATIVE PULTRUSIONS

2 (peso próprio

e sobrecarga). Logo, isolando um pórtico e

observando as dimensões estabelecidas

temos uma carga sobre a viga de 1750

kgf/m.

As simulações foram feitas com

dois pórticos, um formado po

®, conforme

a seguir: perfil ‘I’ 304,8 x 127 x 12,7 mm

para a viga e perfis ‘H’ 203,2 x 203,2 x

12,7 mm para os pilares.

esquema tridimensional 400 cm 33

5,28

cm

350 cm

350 cm400 cm

F

Comparação da performance

-6

-5

-4

-3

-2

-1

00 5 10 15 20 25 30 35 40

flech

a no

mei

o do

vão

(cm

)

peso linear do perfil (kg/m)

fibra de vidro-E

fibra de carbono alto módulo

aço

Razão flecha devida ao peso próprio/flecha total

0,25

0,3

a

0

0,05

0,1

0,15

0,2

0 5 10 15 20 25 30 35 40

peso linear (kg/m)

flech

a p.

p./fl

echa

tota

l

fibra de vidro-E

fibra de carbono alto-módulo

aço

b

igura 22 - Decom vinculações rí

finição do modelo de pórtico plano estudado, gidas nos apoios e entre a viga e os pilares.

Page 24: Diego_amadeu Vigas Prfv

24

Já para o pórtico em aço,

4 conjuntos de

ada

resulte na espessura dos elementos

considerou-se o perfil ‘H’ da série CS,

tanto para a viga quanto para os pilares:

150 x 150 mm, com tw = 6,3 mm e tf = 9,5

mm.

Admitiu-se para os materiais as

mesmas propriedades usadas nas

simulações anteriores, e no que diz respeito

ao material composto, novamente foram

usados pultrudados com

cam s, onde as espessuras do stitched

fabrics e do continuous strand mat são,

respectivamente, 0,03” e 0,02”, e camadas

de roving de espessura tal que a soma de

todas

do perfil, e a orientação das camadas de

stitched fabrics é [-15°,15°,15°,-15°] nas

mesas dos perfis e [-45°,45°,45°,-45°] nas

almas dos perfis.

Detalhes dos modelos numéricos

desenvolvidos e os resultados das

simulações, como os deslocamentos e as

tensões, são mostrados nas figuras

seguintes.

X

YZ

Figura 23 - Modelo numérico de pórtico em pultrudados de PRFV, com 19578 graus de

liberdade, e detalhes: a) seção da viga no meio do vão e b) união da viga ao pilar.

Figura 24 - Deslocamentos na direção de z, devido ao carregamento total, em centímetros.

X

YZ

Figura 25 - Tensões paralelas ao eixo x, na primeira camada, em N/cm2. No detalhe, tensões da direção de x em seção no meio

do vão da viga, em todas as camadas.

a b

Page 25: Diego_amadeu Vigas Prfv

25

ra o

RFV

apresen ntos, as

tensões desenvolvidas em cada uma das

camadas são menores que os limites de

resistência segundo dois fabricantes norte-

americanos e um brasileiro (tabela 4). Por

esmo com o dobro do peso, apresenta

pontos onde as tensões inclusive

ultrapassam o valor do limite de

escoamento, que é a tensão de 25 kN/cm2,

por exemplo, para o aço ASTM A36.

Deve-se ressaltar que uma estrutura

formada por materiais compostos

necessariamente terá perfis mais robustos,

porém o desempenho apresentado revela

que o material tem plenas condições de ser

empregado nas edificações, e conforme a

Pode se perceber que, embo

pórtico formado por pultrudados de P

te maiores deslocame

outro lado, o pórtico de perfis de aço

apresenta um comportamento global mais

rígido, com menores deslocamentos, quer

sejam verticais e horizontais, no entanto,

m

X

YZ

Figura 26 - Deslocamentos na direção de z, devido aoNos detal

carregamento total, em centímetros. hes: a) tensões paralelas a x em seção

no meio do vão da viga, em N/cm2 e b) tensões paralelas a z em seção próxima da união entre a

Fi érico dpórtico em aço, com 16758 graus de

liberdade.

viga e o pilar, em N/cm2.

gura 27 - Detalhe do modelo num e

Propriedades mecânicas Creative Pultrusions®

Strongwell Corporation®

WPP Compósitos®

Resistência à tração longitudinal (MPa) 226,90 206,80 210,00

Resistência à tração transversal (MPa) 51,60 48,30 210,00

Resistência à compressão longitudinal (MPa) 226,90 206,80 210,00

Resistência à compressão transversal (MPa) 113,40 103,40 -

Resistência à flexão longitudinal (MPa) 226,90 206,80 -

Resistência à flexão transversal (MPa) 75,60 68,90 -

Tabela 4 - Limites de resistência de perfis pultrudados.

a b

Page 26: Diego_amadeu Vigas Prfv

26

tabela 5 fica evidente que o material

oferece vantagens significativas no que se

refere à redução do peso próprio.

6.6 Análise de pórticos espaciais

o

lanos e ligando-os por vigas transversais

m-se um pórtico espacial, cujo

rado em

lação aos pórticos planos, pois

l

resen

emente distribuído de 1750 kgf/m

sob

Associando dois u mais pórticos

p

te

comportamento pode ser melho

re

dependendo do tipo de carregamento, pode

se ter uma melhor distribuição dos

esforços.

Com o intuito de verificar

o comportamento destas estruturas

foram executadas simulações

numéricas de um pórtico isolado a

partir do esquema estrutura

ap tado na seção anterior. No

entanto, para solidarizar dois

pórticos planos paralelos foram

introduzidas vigas transversais de

menores dimensões, as quais

receberam carregamentos supostamente

oriundos de uma possível estrutura de

fechamento.

Admitiu-se que as vigas principais

são constituídas por perfis pultrudados de

seção ‘I’ 304,8 x 127 x 12,7 mm, os

pilares, seção ‘H’ 203,2 x 203,2 x 12,7

mm, e as vigas transversais, seção ‘I’ 152,4

x 76,2 x 9,5 mm, ambos de PRFV (figura

7.30).

Foram considerados carregamentos

verticais estáticos: sobre as vigas

principais, um carregamento

uniform

e, re as vigas transversais, um

carregamento também uniformemente

distribuído de 300 kgf/m.

Os resultados obtidos pelas

simulações podem ser vistos nas figuras 28

e 29.

Material de constituição do perfil PRFV Aço

Peso total da estrutura (kg) 158,21 320,84

Flecha máxima da viga no 2,342 1,20

Tabela 5 - Análise comparativa entre os dois pórticos

meio do vão (cm)

Flec 7 ha devida ao peso próprio no meio do vão (cm) 0,1687 0,1

Razão flecha máxima/peso da 0,01480 0,00374 estrutura

Razão flech a ao peso 0,07203 0,14167 a devidpróprio/flecha máxima

Z

X

Y

Figura 28 odelo numérico de pórtico espacial, cujo elemento em egado é o Solid 191, com 92538 graus de

liberdade, e detalhe do encontro das vigas com os pilares.

- Mpr

Page 27: Diego_amadeu Vigas Prfv

27

Novamente, se verifica que o

comportamento global de uma estrutura

reticulada em perfis pultrudados atende às

expectativas e, embora apresente menor

rigidez, oferece segurança no aspecto de

resistência do material composto.

Vale salientar que a configuração

estrutural pode influenciar sobremaneira

no campo de deslocamentos, sendo para

isso oportuno e imprescindível proceder a

um estudo que permita otimizar os

sistemas estruturais.

7. Conclusões

Os materiais compostos apresentam

vantagens em relação aos materiais

tradicionais, como por exemplo, maior

razão resistência/peso, resistência a

ambientes agressivos, baixa condutividade

elétrica (com exceção daqueles que

possuem matrizes metálicas), fácil

instalação etc. além de poderem ser

moldados nas mais diferentes formas.

Existe uma gama de métodos de

processamento de materiais compostos e os

produtos resultantes são aplicados em

diversos setores da indústria. As inúmeras

aplicações já consagradas refletem a

versatilidade destes materiais. Por

exemplo, pode-se variar o sistema de

resina para atender a algumas necessidades

especiais, como resistência às altas

temperaturas. No que diz respeito ao

reforço, pode ser de vários tipos e formas,

em diferentes quantidades e posições de

modo a maximizar a economia e orientar a

resistência.

Figura 29 - Deslocamentos na direção de z, em centímetros.

Os materiais compostos são

descritos por formulações rígidas e a

análise de seu comportamento mecânico

pode se dar utilizando-se ferramentas

sofisticadas de simulação numérica, que se

mostram capazes de bem representar estas

estruturas.

Destarte, a validação de métodos de

modelagem numérica contribui com o

aprimoramento dos critérios de

dimensionamento de elementos estruturais,

possibilitando a verificação de formulações

analíticas e a previsão de resultados

experimentais.

De maneira genérica, uma primeira

análise da viabilidade de aplicação destes

materiais na construção civil deve

averiguar qual a arquitetura e,

consequentemente, quais os constituintes

Page 28: Diego_amadeu Vigas Prfv

28

básicos que compõem os elementos

estruturais. Neste sentido, este trabalho

evidenciou a influência dos tipos de

reforços correntemente empregados na

fabricação de perfis pultrudados, além de

identificar as configurações de reforço que

melhoram o comportamento global de tais

elementos no que tange à rigidez a flexão.

Outro aspecto estudado diz respeito

à orientação das camadas ao longo dos

elementos das seções dos perfis. O

posicionamento dos reforços permite

direcionar as propriedades mecânicas de

modo a garantir uma resposta adequada

frente aos esforços solicitantes, tendo em

vista maximizar a relação rigidez/peso.

De posse dos resultados

apresentados, percebe-se que o

comportamento global de estruturas

reticuladas formadas por materiais

compostos atende aos requisitos de

resistência e deformabilidade das

edificações.

Vale dizer que são fundamentais

estudos futuros direcionados à

identificação e quantificação das variáveis

relacionadas à estabilidade de tais perfis e

eficiência de sistemas de ligação, além

daqueles de cunho restritamente numérico

que visem aprimorar as soluções e criar

novos elementos que tornem as simulações

mais simples e práticas.

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