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Dinâmica da Terra Aula Prática 2 Material Complementar Coordenação: Glauca Torres Aragon Cleide Ferreira da Silva

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Dinâmica da TerraAula Prática 2Material Complementar

Coordenação:Glauca Torres Aragon

Cleide Ferreira da Silva

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ROCHASComo se formam esses

agregados de minerais?

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Os geólogos classificam as rochas de acordo com sua origem

ÍgneasSedimentaresMetamórficas

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A composição média da crosta terrestre você já conhece

Abundância relativa dos elementos na Crosta Terrestre

Fe O Si Mg Ni S Ca Al K Na

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Fica claro que a maior parte da crosta é formada por rochas ricas em oxigênio,

silício, alumínio e ferro

Podemos chamar estas rochas mais abundantes de rochas silicatadas, como exemplos podemos citar:

Granito (Ígnea) Basalto (Ígnea) Gnaisse

(Metamórfica)

Como o carbono é menos abundante na crosta, as rochas formadas por carbonatos (como a calcita que você viu na aula prática) são menos comuns, embora tenham grande importância econômica. Como exemplos podemos citar:

Calcário (Sedimentar) Mármore (Metamórfica)

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O ciclo das rochas

Rochas ígneas

sedimentos

Rochas sedimentares

Rochasmetamórficas

magma

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Vamos começar falando do magma

R e c o rre n d o a o liv ro d e T e ix e ira e o u tro s (D e c ifr a n d o a T e rra ) , n a p g 3 2 9 : “ . ..m a g m a é q u a lq u e r m a t e ria l ro c h o so fu n d id o , d e c o n s is t ê n c ia p a s t o sa , e q u e , a o se c o n so lid a r, c o n s t it u i ro c h a s íg n e a s (o u m a g m á t ic a s). . . . M a g m a s a p re se n t a m a lt a s t e m p e ra t u ra s , d e o rd e m d e 7 0 0 a 1 2 0 0 o C , e sã o c o n s t it u íd o s p o r: a ) u m a p a rt e líq u id a , re p re se n t a d a p e lo m a t e ria l ro c h o so fu n d id o ; b ) u m a p a rt e só lid a , q u e c o rre sp o n d e a m in e ra is já c r is t a liz a d o s e a e v e n t u a is

fra g m e n t o s d e ro c h a t ra n sp o rt a d o s e m m e io à p o rç ã o líq u id a ; e c ) u m a p a rt e g a so sa c o n s t it u íd a p o r v o lá t e is p re se n t e s n a fa se líq u id a ,

p re d o m in a n t e m e n t e H 2 O e C O 2 .”

M a is a d ia n t e , n a p g 3 3 0 : “ É im p o r ta n te fr isa r q u e n ã o e x is te u m “ o c e a n o d e m a g m a ” c o n tín u o p o r b a ix o d a lito sfe r a : o c o m p o r ta m e n to r e o ló g ic o a n ô m a lo (m a i s “ p lá stic o ” ) d a a ste n o sfe r a , in d ic a d o p e la s o n d a s s í sm ic a s , d e v e - se à p e r d a d e r ig id e z d a s r o c h a s q u e c o n stitu e m a a ste n o sfe r a , e m fu n ç ã o d a s a lta s te m p e r a tu r a s , m a s n o e s ta d o fu n d a m e n ta lm e n t e só lid o .”

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Quando o magma extravasa na superfície terrestre dá origem a rochas ígneas vulcânicas

Estas rochas, ao resfriar rapidamente, formam inúmeros núcleos de cristalização, dando origem a rochas maciças, com cristais minúsculos que só podem ser vistos ao microscópio; Seu aspecto geral é maciço.

Porém, algumas vezes, podem ser observadas estruturas resultantes do fluxo do magma.

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Além da lava, os vulcões expelem gases e poeira, algumas vezes fragmentos grosseiros, provocando uma verdadeira “chuva de pedras”

Estes fluxos, chamados fluxos piroclásticos, têm alto poder de destruição pois são misturas de calor, gases, poeira e fragmentos de rochas

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Veja fotos de algumas rochas ígneas vulcânicas, e outros produtos de uma erupção vulcânicas (cinzas)

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Outras estruturas presentes em rochas vulcânicas...

Algumas vezes o magma é muito enriquecido em gases, e está portanto cheio de “bolhas”; nestas bolhas se acumulam líquidos das fases finais de cristalização, dando origem a belas estruturas chamadas geodos, como o que você pode observar ao lado.

Foto Museu de Geologia SUREG/PAAmetista em geodo extraído da zona vesicular das rochas vulcânicas.Local: Rio Grande do Sul.

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Quando o magma resfria lentamente no interior da crosta ou nas camadas superiores do manto, dá origem à rochas ígneas plutônicas, caracterizadas por sua granulação grosseira (minerais visíveis a olho nú) e por serem também maciças

O tamanho dos cristais que formam o granito pode variar bastante.

Estas rochas são muito duras, e por isso, após serem serradas e polidas, são muito usadas como material de construção.

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Veja aqui alguns exemplos de granitos preparados para comercialização

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As rochas ígneas vulcânicas, assim como as plutônicas, são maciças...

Quando estas rochas são decompostas pela ação do intemperismo, a água, penetrando nas fraturas, vai aos poucos decompondo e delineando estruturas arredondadas, chamadas de esfoliação esferoidal

Esfoliação esferoidal em afloramento de rocha basáltica.

Local: Rodovia SC-438, no topo da Serra do Rio do Rastro, SC.

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Observe agora como o granito vai se alterando, de fora para dentro

Estas estruturas semi-esféricas acabam sendo desprendidas pela erosão e rolam morro abaixo...

Local: Pedra Azul, ES;

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As rochas ígneas são chamadas de rochas primárias, pois se formam a partir do resfriamento e cristalização do magma. As rochas sedimentares e metamórficas, por outro lado, se formam a partir de rochas pré-existentes, e por isso são chamadas de secundárias.

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Voltando ao ciclo das rochas

Rochas ígneas

sedimentos

Rochas sedimentares

Rochasmetamórficas

magma

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Quando rochas (de qualquer tipo) estão expostas na superfície terrestre, sofrem a ação do intemperismo, gerando três tipos de produtos

Partículas sólidas detríticas (materiais com grande resistência à decomposição, como o quartzo por exemplo)

Elementos e compostos dissolvidos (resultantes da decomposição de minerais reativos)

Partículas de novos minerais formados pela decomposição dos minerais pre-existentes (como os argilo-minerais, formados na decomposição do feldspato)

Rocha ígnea plutônica mostrando face alterada pelo intemperismo; observe que a massa esbranquiçada é composta por argilominerais, e seu aspecto manchado de marrom resulta da formação de óxidos de ferro após a decomposição de silicatos ricos em ferro presentes na rocha não intemperizada.

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Os processos de intemperismo e erosão, atuando em conjunto, resultam na suavização do relevo.

Vista ampla da transição morfológica do relevo de

colinas suaves para onduladas e serras. BR 101 – altura da

Localidade de Serrinha, Campos dos Goytacazes.

(maio de 2001). Foto de Roberta Ramalho.

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Ocorrerá também a deposição sedimentar em vales e locais de relevo suave.

Vista aérea de planície sedimentar costeira, Farol de São Tomé, Campos dos Goytacazes. (maio de 2002)Foto de Roberta Ramalho.

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Ao longo do tempo geológico, camadas de sedimentos podem ser recobertas por outras camadas, dando início à transformação de sedimentos em rochas sedimentares: diagênese.

Algumas vezes as rochas sedimentares guardam o registro de estruturas características da deposição dos sedimentos que lhes deram origem; outras vezes são maciças.

Canyon do Rio Sergi, BA. Fonte: www.unb.br/ig/sigep/sitio095/sitio095.htm

Dunas na costa Atlântica do Uruguai. Fonte: www.americanadelsur.todouy.com/costa%20atlant...

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A acumulação de sedimentos na plataforma continental resulta em sedimentos geralmente ricos em carbonatos

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Metamorfismo

Rochas de todos os tipos, ígneas, sedimentares ou metamórficas, podem sofrer subsidência, isso é, penetrar em regiões mais profundas da crosta, onde ocorrem condições de altas temperaturas e pressões. Veja por exemplo a figura ao lado, que ilustra a subsidência de uma porção da crosta oceânica em um encontro convergente de placas tectônicas

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As transformações do metamorfismo• Durante o metamorfismo os

minerais presentes nas rochas se recristalizam sem sair do estado sólido, isto é a rocha não entra em fusão.

• Rochas silicatadas tendem a formar rochas metamórficas com estruturas bandeadas ou folheadas, devido à presença de micas e outros silicatos que adquirem uma nova organização.

• Rochas carbonatadas, constituídas predominantemente por carbonatos, em geral apresentam um aspecto mais maciço.

Gnaisse

rocha metamórfica silicatada

Mármore rocha metamórfica carbonatada

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Voltando outra vez ao ciclo das rochas

Rochas ígneas

sedimentos

Rochas sedimentares

Rochasmetamórficas

magma

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Muitas são as transformações possíveis entre diferentes tipos de rochas.

As transformações dependem das condições de temperatura e pressão a que as rochas estão expostas ao longo do tempo geológico.