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DIREITO · APRESENTAÇÃO DO PROFESSOR Responsabilidade Civil Prof. Igor Maciel Igor Maciel Advogado. Mestre em Direito pelo UNICEUB/DF. [email protected]

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DIREITOADMINISTRATIVOAULA 00 – RESPONSABILIDADE CIVIL E PRESCRIÇÃO

PROF. IGOR MACIEL

APRESENTAÇÃO DO PROFESSOR

Responsabilidade CivilProf. Igor Maciel

Igor Maciel

Advogado. Mestre em Direito pelo UNICEUB/DF.

[email protected]

@ Prof Igor Maciel

RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO

Responsabilidade Civil

@Prof Igor Maciel

RESPONSABILIDADE CIVIL

❑ Evolução Doutrina

❑ Total irresponsabilidade – “the king can do no wrong”;

❑ Ônus excessivo para a vítima;

❑ Responsabilidade civil com culpa civil ou administrativa (teoria subjetiva);

❑ Falta do serviço e ônus excessivo para a vítima;

Responsabilidade Civil

@Prof Igor Maciel

RESPONSABILIDADE CIVIL

❑ Evolução Doutrina

❑ Responsabilidade sem culpa (teoria objetiva);

❑ Caso Blanco – França;

Responsabilidade Civil

@Prof Igor Maciel

RESPONSABILIDADE CIVIL

❑ Responsabilidade Civil Objetiva x Responsabilidade Civil Subjetiva (diferenças);

❑ Teoria do Risco Administrativo X Teoria do Risco Integral

❑ Estado poderá alegar causas de redução ou exclusão de sua responsabilidade;

❑ Responsabilidade Civil Objetiva;

Responsabilidade Civil

@Prof Igor Maciel

RESPONSABILIDADE CIVIL

Constituição Federal

Art. 37.

§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de

serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade,

causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos

casos de dolo ou culpa.

Código Civil

Art. 43. As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por atos dos seus agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros, ressalvado direito regressivo contra os causadores do

dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo.

Responsabilidade Civil

@Prof Igor Maciel

RESPONSABILIDADE CIVIL POR ATO LÍCITO

❑ Possível;

❑ Dano precisa ser anormal e específico;

❑ Exceder o limite do razoável;

Responsabilidade Civil

@Prof Igor Maciel

ATOS COMISSIVOS X OMISSIVOS

❑ Responsabilidade Civil Subjetiva;

❑ Exceções?

❑ Dever de guarda;

❑ Presídio, Hospitais Psiquiátricos, Creches;

❑ Suicídio, assassinato, lesões;

Responsabilidade Civil

@Prof Igor Maciel

ESTADO X PRESÍDIO

❑ Deve o Estado indenizar o presidiário sujeito a condições degradantes?

❑ Tradicionalmente, não;

❑ Contraditório;

❑ Opinião do STJ;

Responsabilidade Civil

@Prof Igor Maciel

ESTADO X PRESÍDIO

Responsabilidade Civil

@Prof Igor Maciel

Responsabilidade civil do Estado: superpopulação carcerária e dever de

indenizar – 4

Considerando que é dever do Estado, imposto pelo sistema normativo, manter em

seus presídios os padrões mínimos de humanidade previstos no ordenamento

jurídico, é de sua responsabilidade, nos termos do art. 37, § 6º, da Constituição, a

obrigação de ressarcir os danos, inclusive morais, comprovadamente causados aos detentos em decorrência da falta ou insuficiência das condições legais de

encarceramento.

RE 580252/MS, rel. orig. Min. Teori Zavascki, red. p/ o ac. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 16.2.2017. (RE-580252)

PRESTADORES DE SERVIÇOSPÚBLICOS

❑ Responsabilidade objetiva;

❑ E se o particular não for usuário do serviço?

❑ Exemplos: Choque, Atropelado por motorista de ônibus;

Responsabilidade Civil

@Prof Igor Maciel

Constituição Federal

Art. 37.

§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras

de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade,

causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos

casos de dolo ou culpa.

PRESTADORES DE SERVIÇOSPÚBLICOS

Responsabilidade Civil

@Prof Igor Maciel

A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal se orienta no sentido de

que as pessoas jurídicas de direito privado, prestadoras de serviço

público, respondem objetivamente pelos prejuízos que causarem a terceiros usuários e não usuários do serviço.

VÍTIMA E AÇÃO CONTRA O AGENTE

❑ De acordo com o artigo 37, parágrafo 6º, da CF:

❑ Responsabilidade Civil do Agente: subjetiva;

❑ STF e a dupla garantia;

Responsabilidade Civil

@Prof Igor Maciel

Constituição Federal

Artigo 37.

§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de

serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade,

causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos

casos de dolo ou culpa.

VÍTIMA E AÇÃO CONTRA O AGENTE

STF e dupla garantia:

Responsabilidade Civil

@Prof Igor Maciel

a) Uma em favor do particular lesado, considerando que a

Constituição assegurou que ele poderá ajuizar ação de

indenização contra o Estado sem ter que provara

eventual conduta culposa ou dolosa do agente público;

b) Já a segunda garantia é em favor do agente que causou

o dano, visto que o artigo 37, parágrafo 6o,

implicitamente teria afirmado que a vítima não poderá

ajuizar a ação diretamente contra o servidor público que

praticou o ato. Este só seria responsabilizado em caso de

eventual ação regressiva após o Estado ter ressarcido o

dano ao ofendido;

DENUNCIAÇÃO DA LIDE

❑ Espécie de Intervenção de Terceiros

❑ CPC:

Responsabilidade Civil

@Prof Igor Maciel

Art. 125. É admissível a denunciação da lide, promovida por qualquer das partes:

I - ao alienante imediato, no processo relativo à coisa cujo domínio foi transferido

ao denunciante, a fim de que possa exercer os direitos que da evicção lhe resultam;

II - àquele que estiver obrigado, por lei ou pelo contrato, a indenizar, em

ação regressiva, o prejuízo de quem for vencido no processo.

§ 1o O direito regressivo será exercido por ação autônoma quando a denunciação da lide for indeferida, deixar de ser promovida ou não for permitida.

§ 2o Admite-se uma única denunciação sucessiva, promovida pelo denunciado, contra seu antecessor imediato na cadeia dominial ou quem seja responsável por

indenizá-lo, não podendo o denunciado sucessivo promover nova denunciação, hipótese em que eventual direito de regresso será exercido por ação autônoma.

DENUNCIAÇÃO DA LIDE

❑ Segundo Leonardo Cunha:

Responsabilidade Civil

@Prof Igor Maciel

A denunciação da lide é uma forma de intervenção de terceiros que, uma vez instaurada, gera a formação de um cúmulo de demandas no mesmo processo: de

um lado, a demanda havida entre autor e réu; de outro lado, a demanda existente entre denunciante e denunciado.

DENUNCIAÇÃO DA LIDE

❑ Hipótese mais comum à Fazenda Pública;

❑ Responsabilidade Civil do Estado;

Responsabilidade Civil

@Prof Igor Maciel

CF. Artigo 37.

§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de

serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

DENUNCIAÇÃO DA LIDE

❑ É permitida a denunciação da lide ao agente público causador do dano?

❑ Responsabilidade Objetiva X Subjetiva;

❑ Ação de Regresso em face do Agente Público exige demonstração do dolo ou culpa;

❑ O Superior Tribunal de Justiça pacificou o entendimento que a denunciação da lide ao agente públicocausador não é obrigatória.

Responsabilidade Civil

@Prof Igor Maciel

DENUNCIAÇÃO DA LIDE

❑ Para o STJ:

Responsabilidade Civil

@Prof Igor Maciel

PROCESSUAL CIVIL, CIVIL E ADMINISTRATIVO. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO INDENIZATÓRIA. ACIDENTE. (...) DENUNCIAÇÃO DA LIDE. PODER PÚBLICO.

DESNECESSIDADE. CELERIDADE PROCESSUAL. RECURSO DESPROVIDO. (...)

6. A obrigatoriedade da denunciação da lide deve ser mitigada em ações

indenizatórias propostas em face do poder público pela matriz da responsabilidade objetiva (art. 37, § 6º - CF). O incidente quase sempre milita na contramão da celeridade processual, em detrimento do agente

vitimado. Isso, todavia, não inibe eventuais ações posteriores fundadas em direito de regresso, a tempo e modo. (...)

(REsp 1501216/SC, Rel. Ministro OLINDO MENEZES (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TRF 1ª REGIÃO), PRIMEIRA TURMA, julgado em 16/02/2016, DJe 22/02/2016)

Gabarito letra C.

FGV/OAB VIII EXAME - 2012

Sílvio, servidor público, durante uma diligência com carro oficial do Estado X para o qual trabalha, se envolveem acidente de trânsito, por sua culpa, atingindo o carro de João. Considerando a situação acima e aevolução do entendimento sobre o tema, assinale a afirmativa correta.

a) João deverá demandar Sílvio ou o Estado X, à sua escolha, porém, caso opte por demandar Sílvio, terá quecomprovar a sua culpa, ao passo que o Estado responde independentemente dela.b) João poderá demandar Sílvio ou o Estado X, à sua escolha, porém, caso opte por demandar Sílvio,presumir-se-á sua culpa, ao passo que o Estado responde independentemente dela.c) João poderá demandar apenas o Estado X, já que Sílvio estava em serviço quando da colisão e, por isso, aresponsabilidade objetiva é do Estado, que terá direito de regresso contra Sílvio, em caso de culpa.d) João terá que demandar Sílvio e o Estado X, já que este último só responde caso comprovada a culpa deSílvio, que, no entanto, será presumida por ser ele servidor do Estado (responsabilidade objetiva).

Responsabilidade Civil

@Prof Igor Maciel

Gabarito letra B.

FGV/OAB IV EXAME - 2011

Antônio, vítima em acidente automobilístico, foi atendido em hospital da rede pública do Município de MarAzul e, por imperícia do médico que o assistiu, teve amputado um terço de sua perna direita.

Nessa situação hipotética, respondem pelo dano causado a Antônio

a) o Município de Mar Azul e o médico, solidária e objetivamente.b) o Município de Mar Azul, objetivamente, e o médico, regressivamente, em caso de dolo ou culpa.c) o Município de Mar Azul, objetivamente, e o médico, subsidiariamente.d) o Município de Mar Azul, objetivamente, e o médico, solidária e subjetivamente.

Responsabilidade Civil

@Prof Igor Maciel

Gabarito letra D.

FGV/OAB III EXAME - 2010

Um policial militar, de nome Norberto, no dia de folga, quando estava na frente da sua casa, de bermuda esem camisa, discute com um transeunte e acaba desferindo tiros de uma arma antiga, que seu avô lhe dera.

Com base no relatado acima, é correto afirmar que o Estado

a) será responsabilizado, pois Norberto é agente público pertencente a seus quadros.b) será responsabilizado, com base na teoria do risco integral.c) somente será responsabilizado de forma subsidiária, ou seja, caso Norberto não tenha condiçõesfinanceiras.d) não será responsabilizado, pois Norberto, apesar de ser agente público, não atuou nessa qualidade; suaconduta não pode, pois, ser imputada ao Ente Público.

Responsabilidade Civil

@Prof Igor Maciel

Gabarito letra C.

FGV/OAB XX EXAME - 2016

A fim de pegar um atalho em seu caminho para o trabalho, Maria atravessa uma área em obras, que estáinterditada pela empresa contratada pelo Município para a reforma de um viaduto. Entretanto, pordesatenção de um dos funcionários que trabalhava no local naquele momento, um bloco de concreto sedesprendeu da estrutura principal e atingiu o pé de Maria. Nesse caso,

a) a empresa contratada e o Município respondem solidariamente, com base na teoria do risco integral.b) a ação de Maria, ao burlar a interdição da área, exclui o nexo de causalidade entre a obra e o dano,afastando a responsabilidade da empresa e do Município.c) a empresa contratada e o Município respondem de forma atenuada pelos danos causados, tendo em vistaa culpa concorrente da vítima.d) a empresa contratada responde de forma objetiva, mas a responsabilidade do Município demandacomprovação de culpa na ausência de fiscalização da obra.

Responsabilidade Civil

@Prof Igor Maciel

Gabarito letra C.

FGV/OAB XX EXAME - 2016

Caio, policial militar do Estado X, abalroou, com sua viatura, um veículo particular estacionado em localpermitido, durante uma perseguição. Júlio, proprietário do veículo atingido, ingressou com demandaindenizatória em face do Estado. A sentença de procedência reconheceu a responsabilidade civil objetiva doEstado, independentemente de se perquirir a culpa do agente. Nesse caso,a) não pode o Estado ingressar com ação de regresso em face do policial militar, eis que atuava, nomomento do acidente, na condição de agente público.b) pode o Estado ingressar com ação de regresso em face do policial militar, devendo o ente públicodemonstrar a existência de dolo do agente.c) pode o Estado ingressar com ação de regresso em face do policial militar, devendo o ente públicodemonstrar a existência de culpa ou dolo do agente.d) não pode o Estado ingressar com ação de regresso em face do agente público, uma vez que o Estado nãofoi condenado com base na culpa ou dolo do agente.

Responsabilidade Civil

@Prof Igor Maciel

Gabarito letra D.

FGV/OAB XIX EXAME - 2016

Um paciente de um hospital psiquiátrico estadual conseguiu fugir da instituição em que estava internado, aoaproveitar um momento em que os servidores de plantão largaram seus postos para acompanhar um jogode futebol na televisão. Na fuga, ao pular de um viaduto próximo ao hospital, sofreu uma queda e, em razãodos ferimentos, veio a falecer. Nesse caso,a) o Estado não responde pela morte do paciente, uma vez que não configurado o nexo de causalidade entrea ação ou omissão estatal e o dano.b) o Estado responde de forma subjetiva, uma vez que não configurado o nexo de causalidade entre a açãoou omissão estatal e o dano.c) o Estado não responde pela morte do paciente, mas, caso comprovada a negligência dos servidores, estesrespondem de forma subjetiva.d) o Estado responde pela morte do paciente, garantido o direito de regresso contra os servidores no casode dolo ou culpa.

Responsabilidade Civil

@Prof Igor Maciel

Gabarito letra D.

FGV/OAB XXI EXAME - 2016

José, acusado por estupro de menores, foi condenado e preso em decorrência da execução de sentençapenal transitada em julgado. Logo após seu recolhimento ao estabelecimento prisional, porém, foiassassinado por um colega de cela. Acerca da responsabilidade civil do Estado pelo fato ocorrido noestabelecimento prisional, assinale a afirmativa correta.a) Não estão presentes os elementos configuradores da responsabilidade civil do Estado, porque estápresente o fato exclusivo de terceiro, que rompe o nexo de causalidade, independentemente dapossibilidade de o Estado atuar para evitar o dano.b) Não estão presentes os elementos configuradores da responsabilidade civil do Estado, porque não existea causalidade necessária entre a conduta de agentes do Estado e o dano ocorrido no estabelecimentoestatal.c) Estão presentes os elementos configuradores da responsabilidade civil do Estado, porque o ordenamentojurídico brasileiro adota, na matéria, a teoria do risco integral.d) Estão presentes os elementos configuradores da responsabilidade civil do Estado, porque o poder públicotem o dever jurídico de proteger as pessoas submetidas à custódia de seus agentes e estabelecimentos.

@Prof Igor Maciel

Gabarito letra B.

FGV/OAB I EXAME - 2010

Manoel estava no interior de um ônibus da concessionária de serviço público municipal, empresa nãointegrante da administração pública, quando o veículo derrapou em uma curva e capotou. Em razão desseacidente, Manoel sofreu dano material e moral. Nessa situação hipotética, a responsabilidade será

a) objetiva e da concessionária, com prazo de prescrição de cinco anos, conforme previsto em lei especial.b) subjetiva e da concessionária, com prazo de prescrição de cinco anos, conforme previsto no Código Civil.c) objetiva e do município, com prazo prescricional de três anos, conforme previsto em lei especial.d) subjetiva e do município, com prazo prescricional de três anos, conforme previsto no Código Civil.

Responsabilidade Civil

@Prof Igor Maciel

Gabarito letra B.

FGV/OAB VI EXAME - 2011

Ambulância do Corpo de Bombeiros envolveu-se em acidente de trânsito com automóvel dirigido porparticular, que trafegava na mão contrária de direção. No acidente, o motorista do automóvel sofreu gravelesão, comprometendo a mobilidade de um dos membros superiores. Nesse caso, é correto afirmar que

a) existe responsabilidade objetiva do Estado em decorrência da prática de ato ilícito, pois há nexo causalentre o dano sofrido pelo particular e a conduta do agente público.b) não haverá o dever de indenizar se ficar configurada a culpa exclusiva da vítima, que dirigia na contramão,excluindo a responsabilidade do Estado.c) não se cogita de responsabilidade objetiva do Estado porque não houve a chamada culpa ou falha doserviço. E, de todo modo, a indenização do particular, se cabível, ficaria restrita aos danos materiais, pois oEstado não responde por danos morais.d) está plenamente caracterizada a responsabilidade civil do Estado, que se fundamenta na teoria do riscointegral.

Responsabilidade Civil

@Prof Igor Maciel

Gabarito letra A.

FGV/OAB V EXAME - 2011

Tendo o agente público atuado nesta qualidade e dado causa a dano a terceiro, por dolo ou culpa, vindo aadministração a ser condenada, terá esta o direito de regresso.

A respeito da ação regressiva, é correto afirmar que

a) em regra deve ser exercida, sob pena de afronta ao princípio da indisponibilidade.b) o prazo prescricional tem início a contar do fato que gerou a ação indenizatória contra a Administração.c) a prescrição será decenal, com base na regra geral da legislação civil.d) o prazo prescricional será o mesmo constante da esfera penal para o tipo criminal correspondente.

Responsabilidade Civil

@Prof Igor Maciel

INTERVALO

Responsabilidade CivilProf. Igor Maciel

Igor Maciel

Advogado. Mestre em Direito pelo UNICEUB/DF.

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LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

@Prof Igor Maciel

LEI DE IMPROBIDADEADMINISTRATIVA

❑ Probidade Administrativa

❑ Gênero

❑ Moralidade – Uma de suas espécies

LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

@Prof Igor Maciel

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:

§ 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.

LEI 8.429/92

❑ Independência de instâncias;

❑ Mesmo ato pode ser passível de punição na esfera civil, penal eadministrativa;

LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

@Prof Igor Maciel

Nada impede, portanto, que um servidor público ao cometer um crime contra administração sofra sanções de ordem administrativa (seja exonerado de seu cargo,

por exemplo), de ordem penal (seja condenado criminalmente) e ainda sofra uma condenação civil por improbidade administrativa.

LEI 8.429/92

❑ Proteção do patrimônio dos entes da Administração Direta eIndireta;

❑ Rol bastante amplo;

LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

@Prof Igor Maciel

Art. 1° Os atos de improbidade praticados por qualquer agente público, servidor ou não, contra a administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes

da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou de entidade para cuja criação ou custeio o

erário haja concorrido ou concorra com mais de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual, serão punidos na forma desta lei.

Parágrafo único. Estão também sujeitos às penalidades desta lei os atos de

improbidade praticados contra o patrimônio de entidade que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público bem como daquelas

para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com menos de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual, limitando-se, nestes casos, a sanção patrimonial à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres

públicos.

SUJEITO ATIVO

❑ Sujeito Ativo do Ato de Improbidade (Artigos 2º, 3º e 4º):

❑ De acordo com o artigo 2º:

LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

@Prof Igor Maciel

O sujeito ativo do ato de improbidade é a pessoa física ou jurídica que pratica o ato de improbidade, concorre para a sua prática ou dele se beneficia, não apenas

os servidores públicos, mas todos aqueles que estejam abarcados no conceito de agente público.

Art. 2° Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação,

designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas no artigo anterior.

SUJEITO ATIVO

❑ O agente público precisa atuar nesta condição para ser responsabilizado;

❑ Exemplo de Médico que atuou como particular;

❑ Segundo o STJ:

LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

@Prof Igor Maciel

SUJEITO ATIVO

LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

@Prof Igor Maciel

3. O fato de o Hospital e Maternidade Gota de Leite possuir vínculo com o SUS não quer dizer que o referido Hospital somente presta serviços na qualidade de

instituição pertencente à rede pública de saúde, pois o art. 199 da CF/88 possibilita a participação complementar da iniciativa privada na prestação dos serviços em

comento, mediante contrato de direito público ou convênios, o que não impede a Instituição de prestar serviços particulares àqueles de demandam seus serviços nesta qualidade.

4. Neste caso, duas hipóteses de prestação de serviços podem ocorrer: (a) requerimento de atendimento médico-hospitalar com esteio no convênio/contrato

de direito público (função pública delegada), caso em que as despesas com a prestação do serviço pleiteado serão arcados pelo SUS, com o orçamento da Seguridade Social, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios (art.

199 da CF); e (b) requerimento de atendimento particular dos serviços em exame, quando a contraprestação ao Hospital será custeada pelo próprio paciente - seja

mediante seu plano de saúde/convênio, ou seja mediante seus próprios rendimentos.

SUJEITO ATIVO

LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

@Prof Igor Maciel

5. O Hospital e Maternidade Gota de Leite atua em parceria com o Poder Público na prestação de serviços de saúde à população, somente podendo ser qualificada no

art. 1o. da Lei de Improbidade quando presta atendimento médico-hospitalar financiado pelo SUS.

6. Se o parto da vítima foi custeado pelo IAMSPE (e a Maternidade realizou tal intervenção cirúrgica à luz das diretrizes da iniciativa privada), não há como sustentar que o Médico recorrente prestou os serviços na qualidade de Agente

Público, pois mencionada qualificação somente restaria configurada se o serviço tivesse sido custeado pelos cofres públicos, o que não ocorreu no caso concreto;

ademais, não há comprovação de lesão ou ameaça de lesão a res pública.

SUJEITO ATIVO

LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

@Prof Igor Maciel

7. Ausente a comprovação da qualidade de Agente Público do recorrente, bem como a de lesão a interesse de qualquer das entidades elencadas no art. 1o. da LIA,

inviável se mostra a manutenção da condenação do Médico por ato de improbidade; se algo houver a punir, será o eventual resíduo disciplinar (CRM), por hipotética

ofensa a particular.

8. Recurso Especial provido.

(REsp 1414669/SP, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, PRIMEIRA

TURMA, julgado em 20/02/2014, DJe 27/03/2014)

SUJEITO ATIVO

❑ Quem pode ser sujeito ativo do ato de improbidade?

❑ Quais os exemplos já apreciados pelo STJ?

LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

@Prof Igor Maciel

SUJEITO ATIVO

❑ Notário e Registrador

LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

@Prof Igor Maciel

2. Consoante a jurisprudência do STJ e a doutrina pátria, notários e registradores estão abrangidos no amplo conceito de "agentes públicos",

na categoria dos "particulares em colaboração com a Administração". (...)

(REsp 1186787/MG, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 24/04/2014, DJe 05/05/2014)

SUJEITO ATIVO

❑ Estagiário

LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

@Prof Igor Maciel

4. Contudo, o conceito de agente público, constante dos artigos 2º e 3º da Lei 8.429/1992, abrange não apenas os servidores públicos, mas todo aquele que

exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo,

mandato, cargo, emprego ou função na Administração Pública.

5. Assim, o estagiário que atua no serviço público, ainda que transitoriamente, remunerado ou não, se enquadra no conceito legal de agente público preconizado

pela Lei 8.429/1992. Nesse sentido: Resp 495.933-RS, Ministro Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 19/4/2004, MC 21.122/CE, Rel. Ministro Napoleão Nunes Maia Filho,

Rel. p/ Acórdão Ministro Benedito Gonçalves, Primeira Turma, DJe 13/3/2014.

SUJEITO ATIVO

❑ Membro do Ministério Público

LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

@Prof Igor Maciel

6. Assim, a demissão por ato de improbidade administrativa de membro do Ministério Público (art. 240, inciso V, alínea b, da LC n. 75/1993) não só pode ser

determinada pelo trânsito em julgado de sentença condenatória em ação específica, cujo ajuizamento foi provocado por procedimento administrativo e é da

competência do Procurador-Geral, como também pode ocorrer em decorrência do trânsito em julgado da sentença condenatória proferida em ação civil pública prevista na Lei n. 8.429/1992. Inteligência do art. 12 da Lei n. 8.429/1992.

7. Recurso especial provido para declarar a possibilidade de, em ação civil pública por ato de improbidade administrativa, ser aplicada a pena de perda do cargo a

membro do Ministério Público, caso a pena seja adequada à sua punição.

(REsp 1191613/MG, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado em 19/03/2015, DJe 17/04/2015)

FGV/OAB – XX EXAME - 2016

O diretor-presidente de uma construtora foi procurado pelo gerente de licitações de umaempresa pública federal, que propôs a contratação direta de sua empresa, com dispensa delicitação, mediante o pagamento de uma “contribuição” de 2% (dois por cento) do valor docontrato, a ser depositado em uma conta no exterior. Contudo, após consumado o acerto, foi eledescoberto e publicado em revista de grande circulação.

@Prof Igor Maciel

Gabarito Letra D

FGV/OAB – XX EXAME - 2016

A respeito do caso descrito, assinale a afirmativa correta.a) Somente o gerente de licitações da empresa pública, agente público, está sujeito a eventualação de improbidade administrativa.b) Nem o diretor-presidente da construtora e nem o gerente de licitações da empresa pública,que não são agentes públicos, estão sujeitos a eventual ação de improbidade administrativa.c) O diretor-presidente da construtora, beneficiário do esquema, está sujeito a eventual ação deimprobidade, mas o gerente da empresa pública, por não ser servidor público, não está sujeito atal ação.d) O diretor-presidente da construtora e o gerente de licitações da empresa pública estãosujeitos a eventual ação de improbidade administrativa.

LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

@Prof Igor Maciel

FGV/OAB – XX EXAME - 2016

Uma organização da sociedade civil recebeu recursos públicos para a execução de um projeto,em regime de colaboração com a Administração Pública. A partir da hipótese apresentada,segundo a Lei de Improbidade Administrativa, assinale a afirmativa correta.

LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

@Prof Igor Maciel

Gabarito Letra A

FGV/OAB – XX EXAME - 2016

a) Uma organização da sociedade civil, que se qualifica como entidade privada sem finslucrativos, ao receber recursos públicos, inclusive sob a forma de auxílio ou subvenção, pode sersujeito passivo de ato de improbidade administrativa.b) Uma organização da sociedade civil, por ser entidade privada, não pode ser sujeito passivo deato de improbidade administrativa.c) Os atos praticados contra o patrimônio de entidade que receba subvenção, benefício ouincentivo, fiscal ou creditício, de ente público, não se sujeitam às penalidades previstas na lei deimprobidade administrativa.d) Uma organização da sociedade civil, por ser entidade privada sem fins lucrativos, podereceber recursos públicos, razão pela qual não pode ser sujeito passivo de ato de improbidadeadministrativa.

LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

@Prof Igor Maciel

ATOS DE IMPROBIDADE

❑ Artigos 9, 10, 10-A e 11 da Lei de Improbidade Administrativa;

LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

@Prof Igor Maciel

ATOS DE IMPROBIDADE

❑ Atos de Improbidade que importam enriquecimento ilícito;

❑ Artigo 9º, Lei 8.429/92;

❑ Necessário que o agente atue com DOLO;

LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

@Prof Igor Maciel

ATOS DE IMPROBIDADE

❑ Atos de Improbidade que importam enriquecimento ilícito;

Art. 9° Constitui ato de improbidade administrativa importando enriquecimento ilícitoauferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo,mandato, função, emprego ou atividade nas entidades mencionadas no art. 1° desta lei,e notadamente:

VI - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para fazerdeclaração falsa sobre medição ou avaliação em obras públicas ou qualquer outroserviço, ou sobre quantidade, peso, medida, qualidade ou característica de mercadoriasou bens fornecidos a qualquer das entidades mencionadas no art. 1º desta lei;

LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

@Prof Igor Maciel

ATOS DE IMPROBIDADE

❑ Atos de Improbidade que importam enriquecimento ilícito;

(...)

VII - adquirir, para si ou para outrem, no exercício de mandato, cargo, emprego oufunção pública, bens de qualquer natureza cujo valor seja desproporcional à evolução dopatrimônio ou à renda do agente público;

IX - perceber vantagem econômica para intermediar a liberação ou aplicação de verbapública de qualquer natureza;

LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

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ATOS DE IMPROBIDADE

❑ Atos de Improbidade que causam prejuízo ao erário;

❑ Artigo 10º, Lei 8.429/92;

❑ Necessário que o agente atue com DOLO ou no mínimo CULPA;

LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

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ATOS DE IMPROBIDADE

❑ Atos de Improbidade que causam prejuízo ao erário;

Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualqueração ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação,malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1ºdesta lei, e notadamente:

IV - permitir ou facilitar a alienação, permuta ou locação de bem integrante dopatrimônio de qualquer das entidades referidas no art. 1º desta lei, ou ainda a prestaçãode serviço por parte delas, por preço inferior ao de mercado;

LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

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ATOS DE IMPROBIDADE

❑ Atos de Improbidade que causam prejuízo ao erário;

V - permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem ou serviço por preçosuperior ao de mercado; VI - realizar operação financeira sem observância das normaslegais e regulamentares ou aceitar garantia insuficiente ou inidônea;

VIII - frustrar a licitude de processo licitatório ou de processo seletivo para celebração deparcerias com entidades sem fins lucrativos, ou dispensá-los indevidamente;

XI - liberar verba pública sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir dequalquer forma para a sua aplicação irregular

LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

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ATOS DE IMPROBIDADE

❑ Atos de Improbidade Decorrentes de Concessão ou Aplicação Indevida de BenefícioFinanceiro ou Tributário;

❑ Artigo 10º-A, Lei 8.429/92;

❑ Necessário que o agente atue com DOLO;

❑ Art. 10-A. Constitui ato de improbidade administrativa qualquer ação ou omissãopara conceder, aplicar ou manter benefício financeiro ou tributário contrário ao quedispõem o caput e o § 1º do art. 8º-A da Lei Complementar nº 116, de 31 de julho de2003.

LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

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ATOS DE IMPROBIDADE

❑ Atos de Improbidade que atentam contra os princípios da Administração Pública;

❑ Artigo 11º, Lei 8.429/92;

❑ Necessário que o agente atue com DOLO;

LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

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ATOS DE IMPROBIDADE

❑ Atos de Improbidade que atentam contra os princípios da Administração Pública;

Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios daadministração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade,imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente:

I - praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou diverso daquele previsto,na regra de competência;

II - retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício;

LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

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ATOS DE IMPROBIDADE

❑ Atos de Improbidade que atentam contra os princípios da Administração Pública;

V - frustrar a licitude de concurso público;

VI - deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo;

VII - revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de terceiro, antes da respectivadivulgação oficial, teor de medida política ou econômica capaz de afetar o preço demercadoria, bem ou serviço (...)

LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

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ATOS DE IMPROBIDADE

❑ Toda conduta contrária à lei deve ser punida?

❑ Não, apenas aquela eivada de má-fé. Não se pode punir o administrador de boa-fé,mas inábil.

❑ Segundo o STJ:

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ATOS DE IMPROBIDADE

LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

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PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. PREFEITO MUNICIPAL QUE EXERCE

INGERÊNCIA SOBRE O SERVIÇO AUTÔNOMO DE ÁGUAS E ESGOTO PARA QUE SEJA CONCEDIDA ISENÇÃO ILEGAL DO PAGAMENTO DE TARIFAS EM SERVIÇOS DE

FORNECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTO. PRÁTICA DE ATO VIOLADOR DE PRINCÍPIOS ADMINISTRATIVOS. ARTIGO 11 DA LEI 8429/92. DESNECESSIDADE DE PREJUÍZO AO ERÁRIO. RECONHECIMENTO DE DOLO GENÉRICO.

1. A hipótese dos autos diz respeito ao ajuizamento de ação civil pública por ato de improbidade administrativa, pelo Ministério Público do Estado de Minas Gerais, sob

o argumento de que o então prefeito de São João Batista da Glória, teria exercido influência junto ao Serviço Autônomo de Água e Esgoto - SAAE, pra que o diretor do referido órgão isentasse os contribuintes da cobrança pelo fornecimento de água,

satisfazendo interesses próprios e de terceiros.

2. A jurisprudência desta Corte Superior de Justiça é no sentido de que não se pode

confundir improbidade com simples ilegalidade. A improbidade é a ilegalidade tipificada e qualificada pelo elemento subjetivo da conduta do agente. Assim, para a tipificação das condutas descritas nos artigos 9º e 11 da Lei

8.429/92 é indispensável, para a caracterização de improbidade, que o agente tenha agido dolosamente e, ao menos, culposamente, nas

hipóteses do artigo 10.

ATOS DE IMPROBIDADE

LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

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3. Os atos de improbidade administrativa descritos no artigo 11 da Lei nº 8429/92 dependem da presença do dolo genérico, mas dispensam a demonstração da

ocorrência de dano para a Administração Pública ou enriquecimento ilícito do agente.

4. Da leitura do acórdão, verifica-se que, na espécie, o juízo de origem esclareceu que "ao advogar isenções de tarifas para determinadas pessoas ou grupo de pessoas, o requerido arrostou os princípios da legalidade, da impessoalidade, da

moralidade, da pessoalidade e da eficiência, inscritos em nossa constituição, proporcionando uma evasão de divisas que deveriam ser empregadas nas

necessidades sociais de toda a comunidade", daí porque não há que se falar na inexistência do elemento subjetivo doloso.

5. Resta evidenciado, portanto, o elemento subjetivo dolo genérico na conduta do

agente, independentemente da ocorrência de dano ao erário, razão pela qual fica caracterizado o ato de improbidade previsto no art. 11 da Lei 8429/92.

6. Agravo regimental não provido.

(AgRg no REsp 1355136/MG, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 16/04/2015, DJe 23/04/2015)

FGV/OAB – XIV EXAME - 2014

Caio, chefe de gabinete do prefeito do município X, ocupante exclusivamente de cargo emcomissão, conhecendo os planos concretos da prefeitura para levar asfaltamento, saneamento eoutras intervenções urbanísticas a um bairro mais distante, revela a alguns construtores tal fato,levando-os a adquirir numerosos terrenos naquela localidade antes que ocorresse suavalorização imobiliária. Caio recusa, expressamente, todos os presentes enviados pelosconstrutores.

Sobre a situação hipotética descrita acima, assinale a opção correta.

LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

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Gabarito Letra A

FGV/OAB – XIV EXAME - 2014

a) O ato de improbidade pode estar configurado com a mera comunicação, antes da divulgaçãooficial, da medida a ser adotada pela prefeitura, que valorizará determinados imóveis, ainda quenão tenha havido qualquer vantagem para Caio.b) A configuração da improbidade administrativa depende, sempre, da existência deenriquecimento ilícito por parte de Caio ou de lesão ao erário, requisitos ausentes no casoconcreto.c) Caio, caso venha a ser condenado criminalmente pela prática das condutas acima descritas,não poderá responder por improbidade administrativa, sob pena de haver bis in idem.d) Caio não responde por ato de improbidade, por não ser servidor de carreira; responde,todavia, por crime de responsabilidade, na qualidade de agente político, ocupante de cargo emcomissão.

LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

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FGV/OAB – XIII EXAME - 2014

Após conclusão de licitação do tipo menor preço, conduzida por uma autarquia federal para acontratação de serviços de limpeza predial, sagrou-se vencedora a sociedade “LYMPA”, queofereceu a melhor proposta. O dirigente da autarquia, entretanto, deixou de adjudicar o objetoà sociedade vencedora e contratou com outra sociedade, pertencente ao seu genro, pararealizar o serviço por um preço mais baixo do que o oferecido pela sociedade vencedora. OMinistério Público ajuizou ação de improbidade contra o dirigente da autarquia.

A partir do caso apresentado, assinale a afirmativa correta.

LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

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Gabarito Letra C

FGV/OAB – XIII EXAME - 2014

a) A improbidade administrativa não está configurada, uma vez que não restou configuradoenriquecimento do agente público.

b) O resultado da ação de improbidade dependerá da apuração financeira de eventual prejuízoaos cofres do ente público.

c) A propositura da ação de improbidade é admissível, ainda que não haja prejuízo ao erário enem enriquecimento do agente público.

d) A ação de improbidade somente é aceita em relação aos atos expressamente tipificados naLei nº 8.429/1992, o que não atinge a contratação direta sem licitação.

LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

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FGV/OAB – XVIII EXAME - 2015

O Ministério Público do Estado W ajuizou ação de improbidade administrativa contra um ex-governador, com fundamento no Art. 9º da Lei nº 8.429/1992 (ato de improbidadeadministrativa que importe enriquecimento ilícito), mesmo passados quase 3 (três) anos dotérmino do mandato e 6 (seis) anos desde a suposta prática do ato de improbidade que lhe éatribuída.

Nesse caso,

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Gabarito Letra A

FGV/OAB – XVIII EXAME - 2015

a) o ex-governador está sujeito, dentre outras sanções, à perda dos bens ou valores acrescidosilicitamente ao patrimônio, ao ressarcimento integral do dano e à suspensão dos direitospolíticos pelo período de oito a dez anos.b) a ação de improbidade está fadada ao insucesso, tendo em vista que não podem ser réus detal demanda aqueles que já não ocupam mandato eletivo e nem cargo, emprego ou função naAdministração.c) a ação de improbidade está fadada ao insucesso, tendo em vista que já transcorreram mais de3 (três) anos desde o término do exercício do mandado eletivo.d) é imprescritível a ação de improbidade destinada à aplicação das sanções previstas na Lei nº8.429/1992, e, por essa razão, o ex-governador pode sofrer as cominações legais, mesmo após otérmino do seu mandato.

LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

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IMPROBIDADE

❑ Cabe afastamento cautelar do agente público?

LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

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FGV/OAB – XXIII EXAME - 2017

O Ministério Público estadual ajuizou ação civil pública por improbidade em desfavor deOdorico, prefeito do Município Beta, perante o Juízo de 1º grau. Após os devidos trâmites e dorecebimento da inicial, surgiram provas contundentes de que Odorico se utilizava da máquinaadministrativa para intimidar servidores e prejudicar o andamento das investigações, razão pelaqual o Juízo de 1º grau determinou o afastamento cautelar do chefe do Poder Executivomunicipal pelo prazo de sessenta dias. Nesse caso, o Juízo de 1º grau

LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

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Gabarito Letra D

FGV/OAB – XXIII EXAME - 2017

a) não poderia ter dado prosseguimento ao feito, na medida em que Odorico é agente políticoe, por isso, não responde com base na lei de improbidade, mas somente na esfera política, porcrime de responsabilidade.b) não tem competência para o julgamento da ação civil pública por improbidade ajuizada emface de Odorico, ainda que o agente tenha foro por prerrogativa junto ao respectivo Tribunal deJustiça estadual.c) não poderia ter determinado o afastamento cautelar de Odorico, pois a perda da funçãopública só se efetiva com o trânsito em julgado da sentença condenatória.d) agiu corretamente ao determinar o afastamento cautelar de Odorico, que, apesar deconstituir medida excepcional, cabe quando o agente se utiliza da máquina administrativa paraintimidar servidores e prejudicar o andamento do processo.

LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

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IMPROBIDADE

Art. 20. A perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos só se efetivamcom o trânsito em julgado da sentença condenatória.

Parágrafo único. A autoridade judicial ou administrativa competente poderádeterminar o afastamento do agente público do exercício do cargo, emprego oufunção, sem prejuízo da remuneração, quando a medida se fizer necessária àinstrução processual.

LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

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AÇÃO POPULAR

Ação Popular

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Gabarito Letra D.

FGV/OAB – X EXAME - 2013

Cristina, cidadã brasileira comprometida com a boa administração, descobre que determinadaobra pública em sua cidade foi realizada em desacordo com as normas que regem as licitaçõespúblicas, com vistas a beneficiar um particular amigo do prefeito. De posse de cópias doprocesso administrativo que comprovam a situação, pretende ingressar com medida judicialpara a proteção do patrimônio público. Para combater tal situação, Cristina deveráa) ingressar com ação civil pública, que é o meio apto a sanar a lesividade ao patrimôniopúblico.b) propor ação penal privada subsidiária da pública para condenar o prefeito e o particularbeneficiado e reparar os prejuízos causados aos cofres públicos.c) impetrar mandado de segurança coletivo para amparar direito liquido e certo seu e de todosos cidadãos aos princípios da legalidade e moralidade.d) ingressar com ação popular apta a proteger o patrimônio público indevidamente lesado.

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AÇÃO POPULAR

❑ Ação prevista na Constituição Federal;

❑ Remédio colocado à disposição do cidadão para defesa dopatrimônio público;

Artigo 5º.

LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural,

ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;

Ação Popular

@Prof Igor Maciel

AÇÃO POPULAR

❑ Autor “isento” de custas e do ônus da sucumbência, salvocomprovada má-fé;

❑ STF já pacificou a natureza das custas judiciais como taxas, tem-se, portanto, uma hipótese de imunidade tributária;

❑ Regida pela Lei 4.717/65;

Ação Popular

@Prof Igor Maciel

AÇÃO POPULAR

❑ Legitimidade ativa: Cidadão;

❑ E como se prova a cidadania em juízo?

Ação Popular

@Prof Igor Maciel

Art. 1º Qualquer cidadão será parte legítima para pleitear a anulação ou a declaração de nulidade de atos lesivos ao patrimônio da União, do Distrito Federal,

dos Estados, dos Municípios, de entidades autárquicas, de sociedades de economia mista (Constituição, art. 141, § 38), de sociedades mútuas de seguro nas quais a

União represente os segurados ausentes, de empresas públicas, de serviços sociais autônomos, de instituições ou fundações para cuja criação ou custeio o tesouro público haja concorrido ou concorra com mais de cinqüenta por cento do patrimônio

ou da receita anual de empresas incorporadas ao patrimônio da União, do Distrito Federal, dos Estados e dos Municípios, e de quaisquer pessoas jurídicas ou

entidades subvencionadas pelos cofres públicos.

AÇÃO POPULAR

❑ Apenas a pessoa física pode ser cidadão;

❑ Necessário estar em pleno gozo dos direitos políticos;

Ação Popular

@Prof Igor Maciel

§ 3º A prova da cidadania, para ingresso em juízo, será feita com o título eleitoral, ou com documento que a ele corresponda.

Súmula 365 – STF – Pessoa jurídica não tem legitimidade para propor ação popular.

AÇÃO POPULAR

❑ Pode o Ministério Público propor Ação Popular?

❑ Não. Apenas acompanha a ação como custos legis.

❑ E se o Autor popular desistir da demanda?

Ação Popular

@Prof Igor Maciel

Art. 9º Se o autor desistir da ação ou der motivo à absolvição da instância, serão publicados editais nos prazos e condições previstos no art. 7º, inciso II, ficando

assegurado a qualquer cidadão, bem como ao representante do Ministério Público, dentro do prazo de 90 (noventa) dias da última publicação feita, promover o

prosseguimento da ação.

AÇÃO POPULAR

❑ O Autor popular tutela direito próprio ou alheio?

❑ Prevalece na doutrina que o Autor popular tutela direito alheioem juízo (coletividade);

❑ Assim, não cabe, por exemplo, reconvenção em AP;

Ação Popular

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CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Controle da Administração Pública

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FGV/OAB – XVII EXAME - 2015

Manoel da Silva é comerciante, proprietário de uma padaria e confeitaria de grande movimentona cidade ABCD.A fim de oferecer ao público um serviço diferenciado, Manoel formulou pedido administrativode autorização de uso de bem público (calçada), para a colocação de mesas e cadeiras. Com aautorização concedida pelo Município, Manoel comprou mobiliário de alto padrão para colocá-lo na calçada, em frente ao seu estabelecimento.Uma semana depois, entretanto, a Prefeitura revogou a autorização, sem apresentarfundamentação.A respeito do ato da prefeitura, que revogou a autorização, assinale a afirmativa correta.

@Prof Igor Maciel

Gabarito Letra B.

FGV/OAB – XVII EXAME - 2015

a) Por se tratar de ato administrativo discricionário, a autorização e sua revogação não podemser investigadas na via judicial.b) A despeito de se tratar de ato administrativo discricionário, é admissível o controle judicial doato.c) A autorização de uso de bem público é ato vinculado, de modo que, uma vez preenchidos ospressupostos, não poderia ser negado ao particular o direito ao seu uso, por meio da revogaçãodo ato.d) A autorização de uso de bem público é ato discricionário, mas, uma vez deferido o uso aoparticular, passa-se a estar diante de ato vinculado, que não admite revogação.

@Prof Igor Maciel

CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO

❑ A autorização é ato administrativo de caráter unilateral,discricionário e precário, podendo a Administração Públicarevogá-lo a qualquer tempo, dado o interesse eminentementeprivado do ato.

❑ Apesar de discricionário, contudo, o ato deverá ser motivado,conforme Lei nº 9.784/99.

Controle

@Prof Igor Maciel

FGV/OAB – XVI EXAME - 2015

O Estado X está ampliando a sua rede de esgotamento sanitário. Para tanto, celebrou contratode obra com a empresa “Enge-X-Sane”, no valor de R$ 50.000.000,00(cinquenta milhões dereais). A fim de permitir a conclusão das obras, com a extensão da rede de esgotamento aquatro comunidades carentes, o Estado celebrou termo aditivo com a referida empresa, novalor de R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais), custeados com recursos transferidos pelaUnião, mediante convênio, elevando, assim, o valor total do contrato para R$ 60.000.000,00(sessenta milhões de reais).

Considerando que foram formuladas denúncias de sobre preço ao Tribunal de Contas da União,assinale a afirmativa correta.

@Prof Igor Maciel

Gabarito Letra D.

FGV/OAB – XVI EXAME - 2015

a) O Tribunal de Contas da União não tem competência para apurar eventual irregularidade,uma vez que se trata de obra pública estadual, devendo o interessado formular denúncia aoTribunal de Contas do Estado.b) O Tribunal de Contas da União não tem competência para apurar eventual irregularidade,mas pode, de ofício, remeter os elementos da denúncia para o Tribunal de Contas do Estado.c) O Tribunal de Contas da União é competente para fiscalizar a obra e pode determinar, diantede irregularidades, a imediata sustação da execução do contrato impugnado.d) O Tribunal de Contas da União é competente para fiscalizar a obra e pode indicar prazo paraque o órgão ou a entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, severificada ilegalidade.

@Prof Igor Maciel

CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO

❑ Questão cobrou a dicção do artigo 71 da CF;

Controle

@Prof Igor Maciel

Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o

auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete: (...)

VI - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Município;

(...) IX - assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias

ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade; X - sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a

decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal;

CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO

❑ Questão cobrou a dicção do artigo 71 da CF;

Controle

@Prof Igor Maciel

Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o

auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete: (...)

VI - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Município;

(...) IX - assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias

ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade; X - sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a

decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal;

CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO

❑ Destaque-se que:

❑ A) O Tribunal de Contas da União possui competência para sustar atosadministrativos, conforme inteligência do artigo 71, inciso X, da ConstituiçãoFederal:

Controle

@Prof Igor Maciel

Art. 71. X - sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão

à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal;

CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO

❑ Destaque-se que:

❑ A) O Tribunal de Contas da União possui competência para sustar atosadministrativos, conforme inteligência do artigo 71, inciso X, da ConstituiçãoFederal:

Controle

@Prof Igor Maciel

Art. 71. X - sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão

à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal;

CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO

❑ Destaque-se que:

❑ B) O Tribunal de Contas da União não possui competência para sustarCONTRATOS ADMINISTRATIVOS;

Controle

@Prof Igor Maciel

Artigo 71. § 1º No caso de contrato, o ato de sustação será adotado diretamente pelo Congresso Nacional, que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis.

Artigo 71.

§ 2º Se o Congresso Nacional ou o Poder Executivo, no prazo de noventa dias, não efetivar as medidas previstas no parágrafo anterior, o Tribunal decidirá a respeito.

Gabarito Letra A.

FGV/OAB – IX EXAME - 2012

As contas do Prefeito do Município X não foram aprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado.Dentre outras irregularidades, apurou-se o superfaturamento em obras públicas.Sobre o controle exercido pelas Cortes de Contas, assinale a afirmativa correta.a) O parecer desfavorável emitido pelo Tribunal de Contas do Estado pode ser superado pordecisão de dois terços dos membros da Câmara Municipal.b) A atuação do Tribunal de Contas configura exemplo de controle interno dos atos daAdministração Pública.c) A atuação do Tribunal de Contas do estado somente será possível até que haja a criação deum Tribunal de Contas do Município, por lei complementar de iniciativa do Prefeito.d) As contas do Prefeito estarão sujeitas à atuação do Tribunal de Contas somente se houverprevisão na Lei Orgânica do Município.

@Prof Igor Maciel

CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO

❑ Segundo a Constituição Federal:

Art. 31. A fiscalização do Município será exercida pelo Poder LegislativoMunicipal, mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno doPoder Executivo Municipal, na forma da lei. (...)

§ 2º O parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as contas que oPrefeito deve anualmente prestar, só deixará de prevalecer por decisão de doisterços dos membros da Câmara Municipal.

Controle

@Prof Igor Maciel

CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO

❑ Recapitulando:

Súmula 347 – STF - O Tribunal de Contas, no exercício de suas atribuições, podeapreciar a constitucionalidade das leis e dos atos do Poder Público.

Controle

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OBRIGADO!

Responsabilidade CivilProf. Igor Maciel

Igor Maciel

Advogado. Mestre em Direito pelo UNICEUB/DF.

[email protected]

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OBRIGADOPROF. IGOR MACIEL