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 INTRODUÇÃO AOS DIREITOS DAS OBRIGAÇÕES Direito Civil II 3º Período - Op et

DIREITO CIVIL II 1° a 6ª AULA

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INTRODUÇÃO AOS DIREITOSDAS OBRIGAÇÕES

Direito Civil II

3º Período - Opet

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Conceito de direitos das

obrigações: O direito das obrigações consiste num

complexo de normas que regem

relações jurídicas de ordem patrimonial,que têm por objeto prestações de umsujeito em proveito de outro.

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Importância:

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Importância do direito

creditório: Equilibra as relações entre credor e

devedor, pois é nele que a atividade

econômica do homem encontra suaordenação, visto que delineio, p. ex.,certos conceitos jurídicos, como as

várias espécies de contrato, atransmissão das obrigações etc.,intervindo na produção, no consumo de

bens e na distribuição ou circulação deri z .

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Característica principal: Os direitos creditórios são relativos, uma vez

que se dirigem contra pessoas determinadas,

vinculando sujeito ativo e passivo, não sendooponíveis erga omnes.

São direitos de uma prestação positiva ounegativa, pois exigem certo comportamento

do devedor ao reconhecerem o direito docredor de reclamá-la.

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Distinguem-se dos direitos reais:a) Quanto ao sujeito:Direito Pessoal: sujeito ativo e passivo.

Direito real: somente sujeito ativo (teoriaclássica)

b) Quanto à ação:

Direito Pessoal: ação pessoal contradeterminado indivíduo.Direito real:ação real contra quem detiver a

coisa, sendo oponível erga omnes.

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c) Quanto ao objeto:Direito Pessoal:prestação.Direito real:coisa corpórea ou incorpórea.

d) Quanto ao limite:Direito Pessoal:é ilimitado.Direito real:é limitado.

 

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e) Quanto ao modo de gozar o direito:Direito Pessoal:exige intermediário.

Direito real:supõe o exercício direto, pelotitular, do direito sobre a coisa.

f) Quanto a extinção:

Direito Pessoal:extingue-se pela inércia.Direito real:conserva-se até que haja uma

situação contrária em proveito de outrotitular.

 

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g) Quanto ao direito de sequela, é umaprerrogativa do direito real.

h) Quanto ao abandono, característico dodireito real.

i) Quanto à usucapião, é modo de aquisição dodireito real.

 j) Quanto à posse, somente o direito real ésuscetível a ela.K) Quanto ao direito de preferência, este é

restrito aos direitos reais de garantia.

 

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NATUREZA DOS DIREITOSCREDITÓRIOS

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CATEGORIAS JURÍDICAS

HÍBRIDAS: Constituem misto de obrigação ede

direito real:

a) Obrigações propter rem; 

b) Ônus reais;c) Obrigações com eficácia real.

 

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OBRIGAÇÕES PROPTER REM Conceito: são obrigações que recaem sobre

uma pessoa por força de um determinadodireito real, permitindo sua liberação peloabandono do bem.

Somente existe em razão da vinculação jurídicado obrigado, de titular do domínio ou de

detentor de determinada coisa. A substituição do titular passivo opera-se porvia indireta (aquisição do direito sobre acoisa a que o dever de prestar se encontra

ligado. 

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Característica da obrigação propter rem: 

a) pela origem: provêm da existência deum direito real, impondo-se a seutitular;

b) Pela transmissibilidade automática:

não é necessária a intenção dotransmitente, bem como adquirente nãopode recusar-se a adquiri-la.

 

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Natureza jurídica: consideradaobrigações acessórias mistas, por serem

uma relação jurídica na qual aprestação está vinculada a um direitoreal.

 

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Ex.: alguém adquire por usucapíão umaquota do condomínio, é sobre o novo

condômino que recai a obrigação deconcorrer para as despesas deconservação da coisa.

 

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ÔNUS REAIS:

São obrigações que limitam a fruição ea disposição da propriedade,

constituindo gravames ou direitosoponíveis erga omnes . Aderem eacompanham a coisa, por isso se diz

que quem deve é esta, e não a pessoa.

 

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EX.: renda constituída sobre móvel ou imóvel,que é um direito temporário que grava

determinado bem, obrigando seu proprietárioa pagar prestações periódicas de somadeterminada (CC, art. 804).

Caracteriza pela vinculação a um bem móvel

ou a um prédio urbano ou rural, através deum contrato regulado pelos arts. 803 a 813do CC – constitui um direito de crédito.

 

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Obrigação propter rem: o devedorresponde somente pelo débito atual.

Ônus real: o devedor é responsável peladívida constituída antes da aquisição de

seu direito.

 

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Obrigações com eficácia real:

O obrigação terá eficácia real quando,sem perder seu caráter de direito a uma

prestação, se transmite e é oponível aterceiro que adquira direito sobredeterminado bem.

Ex.: CC, art. 576; art. 1.417 e 1.418.

 

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CONTEÚDO DO DIREITO DASOBRIGAÇÕES:

Parte geral: prevista no CC, arts. 233 a 480.Estudados na teoria geral das obrigações.

Parte especial: CC, arts. 481 a 886. A serobjeto de estudo na matéria da doutrina dasobrigações contratuais.

CC, arts. 887 a 954: será objeto de estudo pelateoria das obrigações extracontratuais.

 

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Trabalho em aula: Identificar os artigos abaixo, esclarecendo se

são: obrigações propter rem, ônus reais, ouobrigações com eficácia real.

 Art. 1.336,III;  Art. 1.315;  Art. 1.234;  Art. 1.297, 1º;  Art. 1.297;  Art. 1.280;  Art. 1.219.

 

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Noções gerais de obrigação

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Conceito de obrigação:

“...a obrigação é a relação jurídica, de caráter transitório, estabelecida entre 

devedor e credor e cujo objeto consiste numa prestação pessoal econômica,positiva ou negativa, devida pelo 

primeiro ao segundo, garantindo-lhe o adimplemento através do seu patrimônio” 

(Washington de Barros Monteiro)

 

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Distinções conceituais:(Gonçalves)

Obrigação: é o vínculo jurídico em virtudedo qual uma pessoal pode exigier de outraprestação economicamente apreciável.

Dever jurídico: é a necessidade que temtoda pessoa de observar as ordens oucomandos do ordenamento jurídico, sob penade incorrer numa sanção. Ex.: nos direitos

reais e de personalidade são absolutos –dever geral; nas obrigações é relativo –compete apenas às pessoas vinculadas pelarelação jurídica.

 

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Ônus jurídico: consiste na necessidade de seobservar determinada conduta para satisfação de uminteresse.Ex.: registrar o título de aquisição.

Direito potestativo: é o poder que a pessoa temde influir na esfera jurídica de outrem, sem que estepossa fazer algo que não se sujeitar. Consiste em umpoder de produzir efeitos jurídicos mediante adeclaração unilateral de vontade do titular, gerandoem outra pessoa um esta de sujeição. Ex.: servidãode passagem para prédio encravado.

 

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Elementos constitutivos daobrigação:

São três: Pessoal, material e o vínculo jurídico.

 

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 A- Pessoal ou subjetivo:

São os sujeitos da obrigação. Podemser pessoa natural ou jurídica, bem

como sociedade de fato. Determinadosou determináveis.

 

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Sujeito ativo (credor) – a quem a prestação, positivaou negativa é devida. Pode ser único ou coletivo(neste caso terá direito a uma quota-parte ou à

totalidade da prestação, conforme a natureza darelação creditória). Pode ter um credor no início da obrigação e outro ao

final. Determinado ou determinável (este é identificado no

momento do adimplemento da obrigação, ex.: CC,art. 855 – promessa de recompensa).

 

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Sujeito passivo (devedor) – deverá cumprir aprestação obrigacional, limitando sua liberdade, poisdeverá dar, fazer ou não fazer algo.

Credor poderá buscar no patrimônio do devedorrecursos para satisfazer seu crédito. Pode ser único ou plural, neste último caberá direito

de regresso ao que cumpriu em relação aoscodevedores.

Exige-se que ao menos seja determinável. Ex.:condomínio sobre parede (CC, art. 1.327 c/c ao rt.1.297) a responsabilidade subsiste apenas enquantoo comunheiro for proprietário do imóvel vizinho.

 

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 ATENÇÃO: A fusão do sujeito ativo e passivo numa

só pessoa, sem que haja qualquercumprimento da prestação, ter-se-á aextinção da obrigação (CC, art. 381).

Ex.: Testamento, herdeiro recebe do de cujus  um título de crédito contra simesmo.

 

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B – ELEMENTO MATERIAL:

É o objeto da obrigação. Pode ser prestação positiva ou negativa

do devedor, desde que lícita, possívelfísica e juridicamente, determinada oudeterminável, e suscetível de estimação

econômica.

 

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Objeto mediato e imediato –Carlos Roberto Gonçalves

O objeto imediato da obrigação ésempre uma prestação de dar, fazer ou

não fazer. O objeto mediado é o quese descobre indagando: dar ou fazer oquê?

 

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Objeto lícito: não atenta contra a lei, amoral e os bons costumes.

Objeto possível: pode ser realizadoquando a natureza permitir e não serproibida por lei.

 

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Objeto determinado ou determinável: esteocorre quando sua individuação for feita nomomento de seu cumprimento, mediante

critérios estabelecidos no contrato ou na lei,baseados em caracteres comuns a outrosbens, seja pela indicação do gênero e daquantidade (CC, art. 243)- obrigaçãogenérica. No momento da prestaçãoconverte-se em específica, designada –concentração da prestação devida. Ex.: carro.

 

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Objeto economicamente apreciável: o interesse docredor pode ser apatrimonial, mas a prestação deveser suscetível de avaliação em dinheiro.

 As obrigações morais, em regra, não se convertemem perdas e danos, a não ser quando do seudescumprimento resulte dano moral com reflexospatrimoniais.

 A natureza econômica da prestação deve estarpresente, sob pena de o objeto da obrigação serinsuscetível de execução.

 

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C – ELEMENTO: Vínculo jurídico O vínculo jurídico sujeito o devedor à

realização de um ato positivo ou

negativo no interesse do credor, unindoos dois sujeitos e abrangendo o deverda pessoa obrigada e sua

responsabilidade, em caso deinadimplemento.

 

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O dever primário do sujeito passivo desatisfazer a prestação e o correlato

direito do credor de exigir judicialmenteo seu cumprimento, investindo contra opatrimônio do devedor, reúnem-se e secompletam, constituindo uma unidade,

visto que o mesmo fato gerador dodébito produz a responsabilidade.

 

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FONTES DAS OBRIGAÇÕES:

 As fontes são o fatos jurídicos que dãoorigem aos vínculos obrigacionais, em

conformidade com as normas jurídicas.

 

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Espécies de fontes:

Fonte imediata: LEI – vontade doEstado.

 

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Fontes mediatas:a)  Atos jurídicos stricto sensu: gera conseqüencias

 jurídicas previstas em lei e não pelas partes

interessadas, não havendo regulamentação daautonomia privada.b) Negócios jurídicos bilaterais ou unilaterais: as partes

criam normas para regular seus interesses,harmonizando vontades.

c)

 Atos ilícitos: são involuntários e acarretamconseqüências jurídicas alheias à vontade do agente. Viola o mandamento normativo. Ex.: indenização porperdas e danos.

 

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CLASSIFICAÇÃO DASOBRIGAÇÕES

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Classificação das obrigações:(Mª Helena Dinize Gonçalves)

 A- OBRIGAÇÕES CONSIDERADAS EM SIMESMAS

B- OBRIGAÇÕES RECIPROCAMENTECONSIDERADAS

 

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Obrigações consideradas em simesmas:

a.1 Em relação ao seu vínculo:- Obrigação moral:mero dever de consciência. Ex.:

obrigação de socorrer pessoas necessitadas; cumprir

determinação de última vontade que não estejaexpressa em testamento.- Obrigação civil: vínculo jurídico que sujeita o devedor

à realização de prestação positiva ou negativa nointeresse do credor, estabelecendo um vínculo entreos dois sujeitos.

- Obrigação natural: (será visto no trabalho a serapresentado)

 

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B ) quanto ao seu objeto:B.1 Relativamente à sua natureza:1 Obrigação de dar (positiva): de dar coisa certa e de

dar coisa incerta.2 Obrigação de fazer (positiva): infungível

(personalíssima), fungível (impessoal) e de emitirdeclaração de vontade (CPC, art. 466-B)

3 Obrigação de não fazer (negativa).B.2 Em atenção à sua liquidez: obrigações líquidas eilíquidas.

 

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Espécie de prestação de coisa:

 A obrigação de prestação de coisa vem aser aquela que tem por objeto mediato

uma coisa que pode ser certa oudeterminada (CC, arts. 233 a 242) ouincerta (CC, arts. 243 s 246). (Diniz)

Específica: Ex.: o cavalo de corridas Faraó; o quadro “x” deRomero Brito.

Genérica: 100 sacas de soja; 80 rosas vermelhas.

 

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 A  – 

Obrigação de dar:

É aquela em que a prestação do obrigado é

essencial à constituição ou transferência dodireito real sobre a coisa.

Confere ao credor tão somente um mero

direito pessoal ( jus ad rem). O domínio dacoisa somente ocorrerá com a tradição, ocontrato não opera a transferência.

 

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Na falta de cumprimento pelo devedor,o credor não terá direito à

reivindicatória porque não há direitoreal. Mas poderá mover ação deindenização para ressarcir-se dos danos

sofridos com o inadimplemento (CC,art. 389).

 

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Obrigação de dar coisa certa

Conceito: É aquela em seu objeto é constituído

por um corpo certo e determinado,estabelecendo entre as partes umvínculo em que o devedor deverá

entregar ao credor uma coisaindividuada (CC, arts. 313 e 233)

 

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 A Obrigação de dar coisa certa secumpre mediante entrega (compra e

venda) ou restituição (comodato) dacoisa.

 

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Conseqüências da perda oudeterioração da coisa certa:

Perecimento: perda total do bem. Deterioração: perda parcial da coisa. CC, arts. 234 a 236. CC, art. 492.

 

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Perda sem culpa do devedor:

CC, art. 234. Se a coisa se perde, sem culpa do devedor

(obrigado a entregá-la), antes da tradição, oupendente de condição suspensiva, a soluçãoda lei é: resolve-se a obrigação para ambasas partes, que voltam a primitiva situação. Seo vendedor já recebeu o preço, deve devolvê-lo ao adquirente, sofrendo os prejuízos. Nãoresponde por perdas e danos.

 

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Se o perecimento ocorreu pendentecondição suspensiva (aprovação em

concurso), não se terá adquirido odireito que o ato visa (CC, art. 125), e odevedor suportará o risco da coisa

 

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Perecimento da coisa com culpa do devedor: O credor tem o direito de receber o

equivalente da coisa em dinheiro, maisas perdas e danos comprovados.

 As perdas e danos compreendem o danoemergente e o lucro cessante, ou seja,

além do que o credor efetivamente perdeu, oque razoavelmente deixou de lucrar (CC, art.402). Comprovado pela vítima.

 

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Deterioração sem culpa do devedor. Poderá o credor optar por resolver a

obrigação, por não lhe interessarreceber o bem danificado, voltando aspartes ao estado anterior, ou aceitá-lo

no estado em que se encontra, comabatimento do preço, proporcional àperda. CC, art. 235.

 

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Deterioração da coisa com culpa dodevedor.

Resolve-se a obrigação, exigindo oequivalente em dinheiro, ou aceita acoisa, com abatimento, mas comdireito à indenização de perdas e

danos comprovados, em qualquer dassituações. CC, art. 236.

 

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Cômodos na obrigação de dar coisa certa: São as vantagens produzidas pela coisa (CC,

art. 237, parágrafo único; Lei n. 492/37, art.

12, 2º). Ex.: égua maravilha. Se o bem vier a receber acréscimos,

quantitativos ou qualitativos, como acessões,benfeitorias etc., supervenientes ao ato

negocial, o devedor fará jus a um aumentono preço, para que o credor não se locupleteindevidamente.

 

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Os frutos percebidos até a tradição são dodevedor, pois a condição de proprietário lhe

dá esse direito de fruição, e os pendentes aotempo da tradição, do credor. O acessório segue o principal. Os frutos não

colhidos serão do credor, por serem

acessórios do bem principal, cuja propriedadelhe foi transferida.

 

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58

B  –  Obrigação de restituir oude entregar:

Destina-se apenas a proporcionar ouso, fruição ou posse direta da coisa,

temporariamente. (CC, arts. 238 a 242). Ex.: o locatário, o mutuário, o

comodatário, o depositário, o

mandatário.

 

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 Vencido o prazo e não houver adevolução do bem ao

proprietário,caberá a este propor açãode reintegração.

 

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Obrigação de restituir: é subespécie daobrigação de dar. Caracteriza-se pela

existência de coisa alheia em poder dodevedor, a quem cumpre devolvê-la ao dono.Ex.: comodato.

Difere da de dar propriamente dita, pois esta

destina-se a transferir o domínio, e arestituição destina-se ao uso do devedor, maspertence ao credor, titular do direito real.

 

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Perecimento sem culpa do devedor: CC, art.238 e 241. CC, art. 399.

Perecimento com culpa do devedor: CC, art.239. Deterioração sem culpa do devedor: CC, 240. Deterioração com culpa do devedor: CC, art.

239 e 240, segunda parte, art. 1.228, art.389.

 

C Ob i ã d

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C - Obrigação decontribuir:

CC, arts. 1325, 1.334,I, 1.336, I 1º, e1.568.

 

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63

D  –  Obrigação de solverdívidas em dinheiro (Diniz)

Obrigação de solver dívidas pecuniárias

(prestação em dinheiro), dívidas devalor (reparação de danos) e dívidasremuneratórias (pagamento de juros).

 

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OBRIGAÇÕES PECUNIÁRIAS

Têm por objeto uma prestação emdinheiro.

Não é obrigação pecuniária se tem porobjeto a entrega de determinadaespécie monetária. Ex.: comprar uma

moeda “x” e uma “y” para sua coleção.

 

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 A Obrigação Pecuniária é umamodalidade de obrigação de dar, que se

caracteriza pelo valor da quantiadevida. O risco de sua perda não transmite ao

credor se a espécie monetáriadesaparecer de circulação, o devedordeverá pagar em outra espécie.

 

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Unidade monetária atual é o real, e aobrigação diz respeito ao valor nominal

da moeda, onde se refere a unidadesmonetárias do sistema pelo qual a notaou a moeda é colocada em circulação.

 

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Não é admitido que seja contraídadívida pelo valor intrínseco (valor da

qualidade e quantidade de metal). Também não é permitido pelo valor

aquisitivo da moeda ( traduzido pelaquantidade de bens ou de serviços que

podem ser adquiridos com a unidademonetária).

 

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CC, art. 315 – o pagamento emdinheiro far-se-á em moeda corrente no

lugar do cumprimento da obrigação. CC, art. 318 – nula as convenções que

não sejam feitas em nossa unidade

monetária. Exceção: art. 1º do Decreto-lei n. 857/69: (segue...)

 

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69

 “São nulos de pleno direito os contratos,títulos e quaisquer documentos, bem

como as obrigações que, exequíveis noBrasil, estipulem pagamento em ouro,em moeda estrangeira, ou, por alguma

forma, restrinjam ou recusem, nos seusefeitos, o curso legal do cruzeiro”.

 

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70

 Art. 2º (...)não se aplica as disposições citadas: I – aos contratos e títulos referentes a importação ou

exportação de mercadorias; II – aos contratos de financiamento ou de prestação de

garantias relativos às operações de exportação de bens deprodução nacional, vendidos a crédito para o exterior; III – aos contratos de compra e venda de câmbio em geral; IV – aos empréstimos e quaisquer outras obrigações cujo credor

ou devedor seja pessoa residente e domiciliada no exterior,excetuados os contratos de locação de imóveis situados no

território nacional; (segue...)

 

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 V – aos contratos que tenham por objeto acessão, transferência, delegação, assunçãoou modificação das obrigações referidas no

item anterior, ainda que ambas as partescontratantes sejam pessoas residentes oudomiciliadas no país.

Parágrafo único – os contratos de locação debens móveis que estipulem pagamento emmoeda estrangeira ficam sujeitos, para suavalidade, a registro no Banco Central doBrasil.” 

 

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Lei das Contravenções Penais (Dec.-lein,. 3.688/41, art. 43) – prescreve que a

recusa em receber, pelo seu valor, amoeda em curso legal no país constituicontravenção.

O pagamento deve ser mediantedinheiro de contado.

 

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Há julgados que o parâmetro em dólar nãoinvalida o contrato. Épocas de inflação,usou-se a estratégia da moeda de conta e a

moeda de pagamento. A moeda de contareferia-se ao indexador escolhida para aquelecontrato. O pagamento era feito em cruzeiroreal, mas a conta para a atualização do valor

em cruzeiro real era feita em moedaestrangeira (exceto na locação).

 

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Pode se estipular o pagamento emmoeda estrangeira para leasing 

celebrado entre pessoas domiciliadas noBrasil, com base em recursos captadosno exterior.

 

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Nas obrigações pecuniárias depagamento de prestações sucessivas,

para o devedor não sofrerconsequências da desvalorização damoeda, os interessas incluem em seus

contratos cláusulas de atualização daprestação, as quais são:

 

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1ª) Cláusulas de escala móvel: 

Estabelecem uma revisão, pré-

convencionada pelas partes, dospagamentos que deverão ser feitos deacordo com as variações do preço de

determinadas mercadorias ou serviçosou do índice geral do custo de vida. (Arnold

Wald)

 

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CC, art. 316 – a revisão do obrigaçãopecuniária é feita por convenção das

partes, com base no valor, expresso emmoeda corrente, de certos bens (p. ex.petróleo) ou através de uma

generalidade de bens ou serviços (ex.índices gerais de preços – IGPM, INPCetc).

 

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Inicialmente houve resistência da jurisprudência à aplicação da escala

móvel, porque entendiam que violaria aLei de Usura e a ordem públicamonetária.

Hoje doutrina e tribunais aceitam a

utilização dela de forma moderada, emtodos os contratos, desde que não hajaproibição legal expressa.

 

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 A importância destas clausulas reside namanutenção do equilíbrio da relação.

Impedem que o devedor se aproveite dainflação para entregar soma aparentementecorrelata com a coisa devida, mas inferiorintrinsecamente.

E impedem que o credor encareça o valor daprestação como garantia contra adepreciação monetária.

 

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2ª) Cláusulas de correção monetária ouatualização de valores monetários.

Estas convencionam o aumentoprogressivo de prestação sucessiva,desde que dentro de periodicidadesuperior a um ano (Lei n. 10.192/2001,

art. 2º), segundo índices oficiaisregularmente estabelecidos. Ponto dereferência a desvalorização da moeda.

 

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CC, arts. 316, 389, 2ª parte, 395, 404 e 418.

“A correção monetária é sempre devida em qualquer decisão judicial posto que tal reajuste da moeda não é um plus, mas mera atualização desta, sendo certo ainda que pactuado um determinado indexador oficial este não pode ser substituído” (STJ, 3ª T.,REsp 46.723, rel. Min. Waldemar Zveiter, j.23-8-1994) 

 

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Qualquer débito originário de decisão judicial,inclusive custas e honorários advocatícios, impõe-sea aplicação da correção monetária. (Lei n. 6.899/81,

regulamentada pelo Decreto n. 86.649/81). Em execuções de título de dívida resultante dedecisão judicial, desde que tal débito seja líquido ecerto, a correção monetária será calculada a contardo respectivo vencimento, nos demais casos, o

cálculo será feito a partir do ajuizamento da ação.

 

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 A correção monetária não é uma novacondenação do devedor, mas tão somente abase de cálculo da execução, ou seja, simples

critério de avaliação do montante atual dadívida. A condenação não é alterada, massomente atualizada.

Não se confunde com juros, pois a

atualização monetária é somente atualizaçãodo próprio débito.

 

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CC, art. 317 – mediante requerimento daparte interessada, o órgão julgador poderáatualizar monetariamente o valor daprestação devida em caso de contrato deexecução continuada, se motivosimprevisíveis e supervenientes o tornarem

desproporcional em relação com o estipuladoao tempo da efetivação negocial.

 

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Dívida de valor difere de obrigaçãopecuniária. Esta tem por objeto uma

quantia fixa em dinheiro, subordinando-se ao princípio nominalístico, devendoser satisfeita com o pagamento em

espécie através das unidadesmonetárias previstas em contrato.

 

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 A dívida de valor não tem diretamente porobjeto o dinheiro, mas uma prestação deoutra natureza, sendo aquele apenas um

meio necessário de liquidação da prestaçãoem certo momento. É aquela em que odevedor deve fornecer uma quantia quepossibilite o credor adquirir certos bens. Ex.:direito a alimentos, que garante ao credor

meios necessários à sua subsistência, dentrodas possibilidades atuais do devedor. Não sealtera em razão da atualização.

 

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3ª) Divida remuneratória: 

 A prestação de juros, objeto da obrigação

corrente nos negócios de crédito,consiste numa remuneração, pelo usodo capital alheio, que se expressa pelopagamento, ao dono do capital, de

quantia proporcional ao seu valor e aotempo de sua utilização.

 

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 A dívida remuneratório deve serestipulada através de contrato, onde as

partes convencionam os juros, até olimite permitido por lei. Ou estipuladapor lei, e neste caso serão os juros

legais, impostos a certos débitos,principalmente em caso de mora – CC,art. 406)

 

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Os juros corresponderão a umadeterminada porcentagem sobre o valor

do capital. Em regra o pagamento seráem dinheiro, nada obsta que aremuneração do capital seja paga pormeio da entrega de outros bens.

 

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CLASSIFICAÇÃO DASOBRIGAÇÕES II:

Direito Civil II

3º Período - Opet

 

B 2 Em atenção à sua liquidez:

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B.2 Em atenção à sua liquidez:

- Obrigações líquidas- Obrigações ilíquidas

 

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OBRIGAÇÃO LÍQUIDA(DINIZ)

É obrigação certa quanto à suaexistência.

É obrigação determinada quanto ao seuobjeto.

 

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 A falta de cumprimento na dataavençada imputa em mora o devedor.

CC, art. 397 A mora inicia-se desde a interpelação judicial ou extrajudicial.

Juros: a contagem decorre de acordoentre as partes, arbitramento ousentença judicial ( CC, art. 407)

 

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Compensação: possibilidade (CC, art.369) – requer dívida líquida, vencida ede coisas fungíveis.

Imputação do pagamento: comporta(CC, art. 352).

Depositário: direito de retenção (CC,art. 644).

Execução para cobrança do crédito:CPC, arts. 580 e 586.

 

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Possibilidade de concessão de arresto(CPC, art. 814, I). Prova literal de dívidalíquida e certa.

Possibilidade de consignação empagamento (CPC, arts. 890 e s.) edecretação de falência (Lei n.

11.101/2005, art. 94, I). Desde queultrapasse o valor de 40 saláriosmínimos.

 

Í

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OBRIGAÇÃO ILÍQUIDA(DINIZ)

 A quantidade é incerta, tornando-se certaapós a liquidação (CPC, art. 586; CC, 947).

 Após o credor poderá cobrar o crédito. Conversão em líquida mediante prévia

apuração (CPC, art. 586), ou por transação(CC, art. 840), onde os transigentes definem

como julgarem conveniente, por força deajuste entre as partes e de acordo com a lei(CC, arts. 948 a 954).

 

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Caso o devedor não puder cumprir aprestação na espécie definida em contrato(EX. soja), através do processo de liquidação

fixar-se-á o valor, e neste caso em moedacorrente. (CC, art. 947)

Não há constituição em mora pleno iure  – CC,art. 397. Após o processo de liquidação quese tem os efeitos da mora.

Juros de mora são contados desde a citaçãoinicial.

 

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 A obrigação ilíquida não comporta:Compensação, CC, art. 369

Imputação do pagamento, CC, art. 352Consignação em pagamento,Concessão de arresto, CPC, art. 814,I.

 

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Fiança: comporta a fiança, mas o fiadorsomente poderá ser demandado depois

que se tornar líquida a obrigação doprincipal devedor (CC, art. 821).

 

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CLASSIFICAÇÃO DASOBRIGAÇÕES III:

Direito Civil II3º Período - Opet

 

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Depositário – poderá exigir caução idôneado depositante ou, na falta desta, aremoção da coisa para o depósito público,

até que se liquide a despesa (CC, art. 644,parágrafo único).

 

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OBRIGAÇÃO DE FAZER (Diniz)

É o obrigação que vincula o devedor àprestação de um serviço ou ato, seu ou

de terceiro, em benefício do credor oude terceira pessoa.

 

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Objeto: qualquer comportamentohumano, lícito e possível, do devedor

ou de terceiro às custas daquele, seja aprestação um serviço material ouintelectual, seja a prática de certo atoque não configura execução dequalquer trabalho.

 

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Prestação de trabalho físico ou material: ex. podarroseiras de um jardim, construir uma ponte, etc.

Realização de serviço intelectual, artístico ou

científico: ex. compor uma música, escrever um livro,etc. Prática de um certo ato ou negócio jurídico (não

pode configurar execução de qualquer trabalho): ex.locar um imóvel, renunciar a certa herança, prometer

determinada recompensa, sujeitar ao juízo arbitral,votar em uma assembléia, reforçar uma garantia.

 

Diferenças entre ob. de dar e

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çob. de fazer

a) Dar – consiste na entrega de umacoisa prometida para transferir seu

domínio, conceder seu uso ou restituí-la a seu dono – sem que tenha quefazê-la previamente;

Fazer – consiste na realização de umato ou na confecção de uma coisa.

 

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b) Dar – requer tradição da coisa; fazer nãopossui tradição.

c) Dar – nesta a pessoa do devedor fica emplano secundário- a prestação pode serfornecida por terceiros, estranho aosinterressados – CC, arts 304 e 305;

Fazer – não ocorre isto. Ex. pintor de retratos – infungível – CC, art. 247 in fine ; ou, pintorde paredes – fungível.

 

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d) Fazer – o erro sobre a pessoa dodevedor pode originar a anulabilidade

do negócio; Obrigação de fazer intuitu personae.

Dar – raramente ocorrerá anulação por

esse motivo.

 

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e) Dar – comporta execução in natura e a deFazer resolve-se em regra, havendoinadimplemento, em perdas e danos. (CC,art.389)

f) Fazer – possui a astreinte (multa pecuniária) pois visam cumprir obrigação de fazer (CPC,

arts. 287, alterado pela Lei n. 10.444/2002, eCPC art. 644). A astreinte não pode serinvocada para tutelar a obrigação de dar.

 

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 Astreintes: 

O Juiz concederá um prazo razoável à parte paracumprir a obrigação, não o fazendo o devedor

pagará multa diária até o efetivo cumprimento. É multa destinada a forçar o devedor indiretamente a

fazer o que deve e não a reparar dano recorrente deinadimplemento. Somente será intentado se houversério receio de inadimplemento da obrigação. Ela

não exclui o direito à reparação de perdas e danos.Pode ser cobrada ainda que haja cláusula penal nocontrato. Ex.: caso Plano de Saúde.

 

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O credor pode escolher outro caminho: nestecaso obtém somente indenização por perdase danos. CC, art. 247.

Caso em que o processo cominatório nãofunciona: músico que se nega a apresentar-se na véspera do evento. Neste o credor fica

impossibilitado do pleito de multa diária. Lheresta exigir pagamento de perdas e danos.

 

Espécie de obligatio ad 

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p gfaciendum: 

1) Obrigação de fazer fungível:Nesta a prestação do ato pode ser

realizada indiferentemente pelodevedor ou por terceiro (CC, art. 249;CPC, arts. 632 a 638 e 466-A a 466-

C), pois não requer para sua execuçãoaptidões pessoais.

 

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2) Obrigação de fazer de naturezainfungível:

Consiste num fazer que, ante a naturezada prestação ou por disposiçãocontratual, só pode ser executado pelo

próprio devedor, uma vez que se levamem conta suas qualidades pessoais (CC,art. 247).

 

Conseqüências do

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qinadimplemento:

a) Pela impossibilidade da prestação:- Sem culpa do devedor, resolve-se a

obrigação (CC, art. 248, 1ª parte), e partes

voltam ao estado anterior com a devoluçãopelo devedor do que tenha recebido. Seránecessário que o devedor demonstre aimpossibilidade de realizar o ato por força

maior ou caso fortuito.Ex. médico nãorealiza cirurgia em paciente, por ter sofridoderrame cerebral.

 

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- Com culpa do devedor, responderáeste por perdas e danos (CC, arts. 248,

2ª parte, e 389). A prestaçãoconverterá em valor pecuniário. Ex.:cantor que prolonga férias; construtorque vende o imóvel da construção doprédio. Converte-se em obrigação dedar.

 

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b) Pela recusa do devedor:- Sendo infungível a obrigação não

cumprida, o obrigado deverá indenizarperdas e danos (CC, art. 247).- Ex.: Poeta que se nega a compor um

poema a que se obrigara.

 

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- Sendo fungível a obrigação, o art.881 do CC dá ao credor liberdade de

mandar executar o fato por terceiro, àcusta do devedor, ou de pedirindenização das perdas e danos (CPC,arts. 632, 633, 634 e parágrafo único).

- Ex.: fazendeiro que se recusa a realizarcerta obra como um aqueduto.

 

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Em manifesta urgência poderá o credorexecutar ou mandar executar o fato,

independente de autorização judicial,pleiteando posteriormente oressarcimento das despesas feitas. CC,art. 249.

 

OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER

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OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER (DINIZ)

É aquela em que o devedor assume ocompromisso de se abster de algum

ato, que poderia praticar livremente senão se tivesse obrigado para atenderinteresse jurídico do credor ou deterceiro. Relação de direito pessoal. Ex.não trazer animais domésticos para oquarto alugado.

 

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Não se confunde com obrigaçãonegativa prevista no direito real, nesta

é geral e abstrata atingindo a todos oshomens por ser oponível erga omnes.EX. Não construir prédios acima de 4andares em determinada região.

 

Conseqüencias do

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descumprimentro:

1º Pela impossibilidade da abstenção do fato:Somente em caso fortuito ou força maior, CC

art. 250. Ex. se obrigara a não impedir apassagem de vizinhos pela sua propriedade.Poder publico determina o fechamento dapassagem. Se o credor adiantou alguma coisa

ao devedor este deverá restituí-lo. Não éindenização.

 

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2º Pela inexecução culposa do devedor – pornegligência ou por interesse. CC, art. 251.

- Credor pode exigir do devedor que o desfaça (o ato),

sob pena daquele desfazê-lo à sua custa e de ocredor obter o ressarcimento das perdas e danos,exceto se a reposição ao estado anterior o satisfazerplenamente. O devedor sujeitar-se-á a reparação doprejuízo se for impossível ou inoportuno desfazer o

ato. Ex. Não revelar o segredo de uma invençãoindustrial. Pagará indenização das perdas e danos.

 

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Não pode o credor desfazer o ato à suacusta, sem autorização judicial.

Exceção: hipótese de urgência. Ex. “a” ficoude não impedir o curso da água pelo terrenode „b“, e constroi barreira em dias de forteschuvas, alagando “b”.

 “A imediatidade da reação do credor e a faseinicial da violação são elementos que

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