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aulas 2015
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Direito Comercial II
Prática 5 Março
Princípios importantes: Autonomia privada + tipicidade + igualdade + justiça distributiva (sócio com 50% vota como 50% e recebe como 50%) + modo coletivo de funcionamento (pessoa coletiva) + princípios de lucro.
Atenção: maiorias para deliberações, existem muitas exceções
CASO 1. (CAPACIDADE; PERSONALIDADE)
Armando e Belchior dedicam-se à produção e comercialização de produtos biológicos. Necessitando de melhorar a respetiva distribuição, constituem a Frutas, Lda. para fazer escoar as frutas produzidas. Em janeiro de 2010, Belchior faz uma doação anónima a uma ONG ambiental e a Frutas, Lda. constitui uma hipoteca sobre a sua sede para garantir uma dívida de Armando decorrente da compra de uma moderna máquina agrícola para a sua exploração. Tomando conhecimento destes eventos, os credores desta sociedade vêm pedir a declaração judicial da nulidade da garantia e da doação. Por sua vez, os credores da Frutas, Lda., entretanto declarada insolvente, pretendem responsabilizar Armando e Belchior pelas respetivas dívidas, não só na qualidade de sócios da Frutas, Lda mas também enquanto gerentes desta. Quid juris?
Frutas, Lda: Sociedade comercial por quotas, tem personalidade jurídica pelo registo artº5º -registo definitivo (determina uma personalidade jurídica suficientemente perfeita para termos uma verdadeira sociedade), efeito declarativo do registo, tipo societário e pratique atos de comércio artº1º.
(Artº18º: fase preliminar da constituição da sociedade - projeto da sociedade)
Escoar as frutas: fim mediato (objeto) / fim imediato (lucro)
Doação de B: Cabe no 6º/2? Doação é feita anonimamente, logo não visa o fim da sociedade e assim não é válida pois não há conhecimento que foi a sociedade que fez a doação. Doação trás lucro indireto: limpar imagem da sociedade, para divulgar imagem da sociedade. Tem de ter intuito de dar lucro, por ex. evitar perdas.
artº6º/1 “fim”: lucro? Objeto? Divergência doutrinário entre escola de lisboa e de Coimbra, Coimbra diz que “fim” é objeto, Lisboa afirma que “fim” é o lucro, o objeto não limita a capacidade da sociedade.
Liberalidades= doações, ex. oferecer bilhetes aos fornecedores e clientes.
Responsabilidade: artº6º/5, limita a capacidade da sociedade.
Apesar do objeto ser X, pode praticar outros atos diferentes de X, mas se manter a fazer X, não há problemas. Ex. Pt objeto é telecomunicações mas também investe ações.
As liberalidades têm que poder ser comprovadas que têm o intuito de dar lucro.
Hipoteca de Frutas, Lda sobre a sua sede: 6º/3, não existe relação de grupo, justificado interesse próprio
O que é justificado interesse próprio?
Relação de domínio ou de grupo:
A _ 100%_ B_100%_C_ 100%_ D
A_100%_E_100%_F_100%_G
A presta a C garantia
B presta a E garantia
Dívida de A:
Declaração de nulidade:
Insolvência:
Responsabilidade de A e B como sócios e garantes:
A sociedade Infotudo, Lda. foi constituída, no dia 1 de fevereiro de 2011, tendo por objecto a distribuição de produtos informáticos. No final de março, ainda antes do registo do contrato – que só em maio ocorreu –, o gerente, perante uma excelente oportunidade que surgiu, e desejando que a sociedade abandonasse o negócio dos computadores, adquiriu, em nome da Infotudo, Lda., uma fábrica de calçado à sociedade Peles e Calçado, Lda. Já após o registo do contrato de sociedade, a Peles e Calçado, Lda. exige à Infotudo, Lda. o pagamento do preço da fábrica, o qual, apesar das insistências daquela sociedade, nunca chegara a ser pago. A sociedade recusa o pagamento, alegando que (i) “em circunstância alguma a sociedade responderia por um acto do gerente que viola o fim da sociedade e que, por isso, é nulo”; além disso, (ii) a responsabilidade pela dívida é apenas do gerente que celebrara o contrato antes de a sociedade ser sequer registada. Perante a recusa, a Peles e Calçados, Lda. dirige-se ao gerente, que, por seu lado, invoca que a sociedade é a única responsável desde o registo do contrato. Quid juris? (iii) E se a dívida tivesse sido constituída no final de janeiro, mesmo antes do contrato de sociedade ser celebrado? (iv) 5 anos depois, é requerida judicialmente a nulidade do contrato, sendo apontado como fundamento o número insuficiente de sócios. Quid iuris?
Sociedade por quotas, irregular por incompletude
Tipos de sociedades irregulares por incompletude (não há registo):
a) 36º/1: não existe sociedade nenhuma, mas para os 3ºs há a aparência de que existe uma sociedade: sociedade aparente;
b) 36º/2: já existe acordo para o contrato de sociedade, existe intenção séria: sociedade material ou pré-sociedade;
c) 37º: já existe contrato mas não há registo, não há personalidade jurídica: verdadeira pré-sociedade.
Validade do ato: prossegue o fim, logo seria válido.
Artº6º
Visto estas normas visarem a proteção de 3ºs, aplicamos as regras exatamente como elas já estivessem registadas.
É responsável perante a sociedade: artº72º
A sociedade tem que pagar mas pode depois ter direito de regresso sobre o gerente.
São os sócios que têm que levar os atos a registo.
iii) artº36º/1: não existe acordo, logo não temos nada. Assim, respondem solidariamente e ilimitadamente.
iv)
Sociedades irregulares por invalidade:
1) Antes do registo: artº41º;2) Depois do registo: artº42º/1 al. A) + artº7º/2 + artº44º/1
Prática 19 Março
Qual o efeito das irregularidades?
Artº44º: limite de prazo, legitimidade – isto faz divergir o regime do 42º do 41º
Artº19º (taxativo): assunção automática, quando sai o registo as obrigações para trás ficam automaticamente assumidas pela sociedade. Assumir obrigações(nº4), aqui é necessário cláusula.
Como se constitui uma sociedade?
1) Certificado de admissibilidade de Firma: denominação do comerciante + indicação do tipo societário- Principio da verdade e princípio da natureza- elemento essencial;
2) Contrato de sociedade e Estatutos;3) Elementos obrigatórios: artº9º/1: al. F) capital social: participações dos sócios
nas entradas, é a medida da responsabilidade social da empresa.4) Forma do contrato: escrita com reconhecimento presencial, artº7º/1º;5) Partes: artº7º/2º + artº