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ECONOMIA A economia busca equacionar as necessidades materiais da humanidade, a par4r do estudo de três pólos diferentes de produção e consumo, quais sejam: A unidade de produção (empresa); A unidade de consumo (família); A a4vidade econômica de toda a sociedade como produtora e consumidora de bens e serviços. É possível iden4ficar ni4damente que a economia tem duas áreas de concentração principal, quais sejam a microenomia e a macroeconomia. Com a microeconomia o direito estabelece relações privaIs4cas que interessam ao direito empresarial e ao direito civil, especificamente em matéria de consumidor, já com a macroeconomia, o podese observar relações oriundas do Direito Público.

DIREITO ECONOMICO

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DIREITO ECONOMICO

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  • ECONOMIA

    A economia busca equacionar as necessidades materiais da humanidade, a par4r do estudo de trs plos diferentes de produo e consumo, quais sejam:

    A unidade de produo (empresa); A unidade de consumo (famlia); A a4vidade econmica de toda a sociedade como produtora e

    consumidora de bens e servios.

    possvel iden4ficar ni4damente que a economia tem duas reas de concentrao principal, quais sejam a microenomia e a macroeconomia. Com a microeconomia o direito estabelece relaes privaIs4cas que interessam ao direito empresarial e ao direito civil, especificamente em matria de consumidor, j com a macroeconomia, o pode-se observar relaes oriundas do Direito Pblico.

  • ECONOMIA

    Microeconomia o ramo da economia que estuda as formas que as unidades individuais consumidores, as empresas, os proprietrios dos fatores de produo interagem visando a sa@sfao das necessidades econmicas da sociedade. Estuda como os consumidores tomam decises de compra e de que forma suas escolhas so influenciadas pela variao dos preos e rendas. O princpio bsico que as famlias escolhem o que comprar visando maximizar a u@lidade; e as empresas, o que produzir visando maximizar lucros.

    Macroeconomia estuda o funcionamento da economia com um todo, ou seja, interessa-se pelos agregados produo, renda e consumo. Procura mensurar o volume total de produo, das rendas, dos preos, do trabalho.

  • ECONOMIA

    Teoria Econmica

    Teoria Microeconmica

    Teoria Macroeconmica

    Analisa o comportamento dos agentes econmicos individuais

    -Produtor -Consumidor -Setor -Uma firma

    Analisa o comportamento agregado dos agentes econmicos

    -Crescimento econmico -Emprego -Distribuio da renda -Inflao -Taxa de Juros -Poltica monetria e fiscal

  • RELAO ENTRE DIREITO E ECONOMIA

    O termo economia tem sido u4lizado atualmente para designar a cincia que estuda as que regulam a produo, distribuio e consumo de bens conforme posicionamento de David Ricardo.

    Diante da escassez dos recursos materiais e dos desejos ilimitados de cada homem, surge freqentemente o conflito de interesse em torno de um mesmo objeto, o que enseja a presena do direito como sistema racional de decidibilidade de conflitos de interesse como observa Trcio Sampaio Ferraz Jnior.

    Da porque podemos dizer que a relao entre direito e economia d-se na medida que a economia ocupa-se de buscar mecanismo para equacionar a escassez enquanto o direito busca por fim aos conflitos de interesses originados pelo dficit de bens materiais.

  • RELAO ENTRE DIREITO E ECONOMIA

    A economia busca equacionar as necessidades materiais da humanidade, a par4r do estudo de trs plos diferentes de produo e consumo, quais sejam:

    A unidade de produo (empresa); A unidade de consumo (famlia); A a4vidade econmica de toda a sociedade como produtora e

    consumidora de bens e servios.

    possvel iden4ficar ni4damente que a economia tem duas reas de concentrao principal, quais sejam a microenomia e a macroeconomia. Com a microeconomia o direito estabelece relaes privaIs4cas que interessam ao direito empresarial e ao direito civil, especificamente em matria de consumidor, j com a macroeconomia, o pode-se observar relaes oriundas do Direito Pblico.

  • DIREITO ECONMICO 1. CONCEITO DE DIREITO ECONMICO Conjunto das tcnicas jurdicas de que lana mo o Estado contemporneo

    na realizao de sua polDca econmica. (Amrico Lus da Silva) o ramo do Direito que tem por objeto a juridizao, ou seja, o

    tratamento jurdico da polDca econmica e, por sujeito, o agente que dela parDcipe. Como tal, o conjunto de normas de contedo econmico que assegura a defesa e a harmonia dos interesses individuais e coleDvos, de acordo com a ideologia adotada na ordem jurdica. (Washington Peluso Albino de Souza)

  • DIREITO ECONMICO 1. SUJEITOS Agentes econmicos que atuam no mercado: empresas,

    grupos econmicos, Estados, organismos, nacionais ou internacionais, pblico ou privado e o prprio indivduo.

    2. OBJETO Realizao da JusDa por meio de polDca econmica. 3. CAMPO A ordem econmica (fato econmico)

  • DIREITO ECONMICO

    ASPECTOS HISTRICOS 1. Crises 1.1. A Primeira Guerra Mundial (1914-1918) 1.2. A Crise da Bolsa de Nova Iorque (1929) 1.3. Segunda Guerra Mundial (1939-1945) 2. Atuao do Estado 2.1. ConsDtuio do Mxico (1917) 2.2. ConsDtuio da Repblica de Weimar (1919) 2.3. Encclica Rerum Novarum (1891)

  • OBJETIVOS

    Pode-se deduzir ento, a par4r da viso de Simes Patrcio, que o Direito Econmico, enquanto disciplina jurdica tem como obje4vos principais:

    Organizao da economia, designadamente o sistema e o regime econmico;

    A conduo ou controle superior da economia pelo Estado, em par4cular estabelecendo o regime das relaes ou do equilbrio de poderes entre Estado e economia;

    A disciplina dos centros de deciso econmica no estaduais, especialmente no contexto macroeconmico, com a ins4tuio das a4vidades econmicas fundamentais.

  • DIREITO ECONMICO PRINCPIO DA ECONOMICIDADE o critrio que condiciona as escolhas que o mercado ou o Estado, ao

    regular a aDvidade econmica, devem fazer constantemente, de tal sorte que o resultado final seja sempre mais vantajoso que os custos sociais envolvidos. Nessas escolhas, estaro sempre presentes os critrios da quanDdade e da qualidade, de cujo confronto resultar o ato a ser praDcado. As aes econmicas no podem tender, em nvel social, somente obteno da maior quanDdade possvel de bens, mas melhor qualidade de vida. este um dos aspectos enfaDzados pela conhecida teoria da anlise econmica do Direito, a par da importncia conferida ao critrio da eficincia. (Joo Bosco Leolpodino da Fonseca, 2001, p.35)

  • A LEI EM DIREITO ECONMICO caracteriza-se por ser lei programtica, estipulando as normas da poltica econmica adotada, dirigidas ao objetivo determinado com a projeo dos resultados que pretende obter.(BAGNOLI, 2006: 37p.)

    Normas programticas correspondem a normas

    dinmicas direcionadas ao futuro, com fora jurdica vinculante imediata e com o objetivo de c r i a r u m n o v o q u a d r o j u r d i c o a o cidado. (BAGNOLI, 2006: 34p.)

    AS LEIS EM DIREITO ECONMICO

  • INTERVENO DO ESTADO NO DOMNIO ECONMICO

    O art. 173 da Cons@tuio Federal dispe que : Ressalvados os casos previstos nesta ConsDtuio, a explorao direta de aDvidade econmica pelo Estado s ser permiDda quando necessria aos imperaDvos de segurana nacional ou a relevante interesse coleDvo, conforme definidos em lei.

    2 - As empresas pblicas e as sociedades de economia mista no podero gozar de privilgios fiscais no extensivos s do setor privado.

    COMENTRIOS: a explorao econmica da aEvidade tratada no caput art. 173, passa a ser desempenhada pelo agente privado e, pelo Estado, apenas em casos de segurana nacional ou interesse cole4vo. O Estado nesse caso assumir a forma de empresa pblica ou sociedade de economia mista, sujeitando-se s condies concorrenciais igualitrias aos agentes econmicos privados., sem privilgios de natureza fiscal, por exemplo.

  • INTERVENO DO ESTADO NO DOMNIO ECONMICO

    Art. 174. Como agente normaDvo e regulador da aDvidade econmica, o Estado exercer, na forma da lei, as funes de fiscalizao, incenDvo e planejamento, sendo este determinante para o setor pblico e indicaDvo para o setor privado.

    COMENTRIOS:o art. 174 define a nova funo do Estado de agente normaEvo e regulador da aEvidade econmica. JusEfica-se neste arEgo a possibilidade da efeEvao das agncias reguladoras no contexto jurdico-econmico nacional, pois so agentes privados que passam a desempenhar aEvidades at ento habituais do setor pblico e a atuar em setores de interesse pblico, como exemplo, telecomunicaes.

  • O ESTADO COMO REGULADOR NA ORDEM ECONMICA

    Atualmente possvel iden@ficar a interveno do Estado na economia como regulador, como sendo a forma mais importante de exteriorizao de sua interveno no domnio econmico, pois o princpio da subsidiariedade imposto a a@vidade econmica execu@va do Estado tende a restringir as dimenses do Estado empresrio a padres insignificantes de interveno devido aos obje@vos traados no Plano Diretor do Aparelho da Reforma do Estado. (NOBREGA, 2007)

    A interveno do Poder Pblico como regulador da economia uma a@vidade direta, porque se exterioriza a par@r da ao de rgos e en@dades do Estado sem a intermediao de terceiros.

    O crescimento da a@vidade reguladora do Estado um reflexo do processo de priva@zao lato sensu.

  • QUANDO O ESTADO ATUA COMO REGULADOR?

    O Estado atua como regular quando estabelece normas disciplinadoras da ordem econmica com o obje4vo de ajustar o sistema produ4vo aos ditames estabelecidos na Cons4tuio Federal.

  • ATIVIDADES DISTINTAS NA ATUAO REGULADORA DO ESTADO

    polcia econmica na fiscalizao do sistema produ4vo, tendo em vista o combate ao abuso de poder econmico

    fomento econmico no incen4vo as categorias hipossuficientes do setor produ4vo

    planejamento econmico - disciplinamento de planos de ao que tornem o sistema produ4vo capaz de explorar as potencialidades econmicas do pas, suprindo a sociedade dos bens necessrios a sua sobrevivncia

  • Competncia para regular a ordem econmica

    Respeitando-se as competncias estabelecidas entre os ar4gos 22 e 25, pode-se dizer que a Unio, os Estados Membros, os Municpios e o Distrito Federal atuam executando e regulando a4vidades no sistema produ4vo.

    Ressalta-se o papel da Unio, art. 21 e 22 da CF.

  • PAPEL DA UNIO Art. 21. Compete unio: IX elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenao

    do territrio e de desenvolvimento econmico e social; X manter o servio postal e o correio areo nacional; XI explorar, diretamente ou mediante autorizao, concesso ou

    permisso, os servios de telecomunicaes (...); XII explorar diretamente ou mediante autorizao, concesso ou

    permisso: os servios de radiodifuso sonora, e de sons e imagens; os servios de instalaes de energia eltrica e aproveitamento

    energDco dos cursos de gua (...); a navegao area, aeroespacial e infra-estrutura aeroporturia; os servios de transporte ferrovirio e aquavirio(...); os servios de transporte interestadual e internacional de

    passageiros; XV organizar e manter os servios oficiais de estassDca, geografia,

    geologia e cartografia; XXV estabelecer as reas e as condies para o exerccio da

    aDvidade de garimpagem, em forma associaDva.

  • PAPEL DA UNIO

    Art. 22. Compete privaDvamente Unio: VI sistema monetrio e de medidas, stulos e garanDas

    de metais; VII polDca de crdito, cmbio, seguro e transferncia

    de valores; VIII comrcio exterior e interestadual; IX diretrizes da polDca nacional de transportes; XI trnsito e transporte; etc

  • A atuao reguladora do Estado em relao a ordem econmica

    Na Administrao Pblica indireta:

    (ANEEL) agncia nacional de energia eltrica, (ANATEL) agncia nacional de telecomunicaes, (ANP) agncia nacional do petrleo, (ANVISA) agncia nacional de vigilncia sanitria, (ANA) agncia nacional das guas, (BC) banco central, (CADE) Conselho administra4vo de desenvolvimento econmico, (SUDEPE) superintendncia de pesca, (SUDENE) superintendncia de desenvolvimento do nordeste, (SUDAM) superintendncia de desenvolvimento da Amaznia, (IBC) ins4tuto brasileiro do caf, (IAA) ins4tuto do acar e lcool, (IBAMA) ins4tuto brasileiro do meio ambiente (IBGE) ins4tuto brasileiro de geografia e estaIs4ca, (ITA) ins4tuto tecnolgico da aeronu4ca, (EMBRAPA) empresa brasileira de assistncia tcnica e extenso rural etc.

  • Nota importante

    Alm das en4dades da Administrao indireta, possvel observar a regulao do sistema produ4vo em uma srie de rgos vinculados direta ou indiretamente ao Poder Execu4vo, formando um conjunto de secretarias, diretorias, departamentos, procuradorias, cuja complexidade impossibilita-nos de fazer referncias mais especficas.

  • Nota importante

    Alm das en4dades da Administrao indireta, possvel observar a regulao do sistema produ4vo em uma srie de rgos vinculados direta ou indiretamente ao Poder Execu4vo, formando um conjunto de secretarias, diretorias, departamentos, procuradorias, cuja complexidade impossibilita-nos de fazer referncias mais especficas.

  • A Polcia Econmica A polcia econmica limita as aes da inicia4va privada

    passveis de contrariar lei, desrespeitando interesses gerais da sociedade, atravs de medidas preven4vas e repressivas desenvolvidas pela Administrao pblica. importante ressaltar que a a4vidade do Estado, nesse contexto, focaliza a proteo de categorias hipossuficientes, pois a maior parte das aes do Poder Pblico incide sob a proteo dos consumidores e no combate do abuso de poder econmico.

    A atuao do Estado enquanto polcia econmica representa um conjunto amplo de aes que indicam a presena pronunciada do direito administra4vo e tributria nessa forma de interveno.

  • Aspectos preven4vos e repressivos da Polcia Econmica

    Edio de leis e regulamentos; Fiscalizao do cumprimento das normas estabelecidas

    pelo Estado; Condicionamento do sistema produ4vo a produo de

    atos administra4vos, que concedam formalmente a inicia4va privada a possibilidade de exercer a4vidades que dependem da aprovao do Estado, mediante expedio de alvars;

    Aplicao de penalidades s ins4tuies que descumpram a lei, por fora de advertncias, multas, interdio de estabelecimento, apreenso e destruio de coisas.

  • Principais limitaes impostas pelo Estado de Polcia Econmica

    A norma4zao da a4vidade produ4va, caracterizada pelo condicionamento das a4vidades comerciais e industriais a normas de segurana e higiene que respeitem o consumidor;

    O condicionamento da ins4tuio de empresas privadas do comercio e da indstria a alvars de autorizao ou licena de funcionamento;

    O controle do mercado tendo em vista a represso ao abuso do poder econmico, passvel de prejudicar a concorrncia;

    O disciplinamento dos preos, tendo em vista ajustes do mercado a pol4ca de controle inflacionrio;

  • Principais limitaes impostas pelo Estado de Polcia Econmica

    As pol4cas de abastecimento emergencial, para restabelecer o acesso do consumidor a bens e servios essenciais suspensos pelo mercado;

    O controle das tarifas e da qualidade da prestao dos servios pblicos concedidos ou permi4dos;

    A reviso de alquotas de impostos, tendo em vista incen4var ou deses4mular o consumo de gneros essenciais a manuteno da vida ou prejudiciais a sade humana;

    A criao de barreiras comerciais a produtos estrangeiros que possam prejudicar a indstria e o comrcio nacionais;

    Aplicao de penalidades a setores da inicia4va privada que degradem o meio ambiente, prejudiquem o consumidor ou violem as normas que visem a manuteno da concorrncia

  • Agncias reguladoras A u4lizao do vocbulo agncia pelo direito brasileiro,

    segundo Maria Sylvia Di Pietro, um modismo que decorre do processo de globalizao, pois as agncias so uma espcie de qualificao conferida a en4dades autrquicas que se vinculam Administrao por um regime jurdico especial, tendo em vista a alcanar a eficincia cominada com a reduo dos custos.

  • Tipologia das agncias

    1.Agncias execuEvas - englobam-se aquelas espcies de autarquias que executam a4vidades administra4vas come4das por lei e explicitadas por regulamentos, editadas pelas respec4vas en4dades matrizes, qualificadas na forma da lei n 2.487, de 2 de fevereiro de 1998.

  • Qualificao das agncias execu4vas

    A qualificao de agncia execu@va outorgada por decreto s autarquias (ou fundaes) que sa@sfaam os seguintes requisitos (art. 1, 1 da lei supracitada), ou seja, que celebrem contrato de gesto com o respec@vo Ministrio supervisor e tenham plano estratgico de reestruturao e de desenvolvimento ins@tucional, voltado para a melhoria da qualidade de gesto e para a reduo de custo, j concludo ou em andamento, garan@ndo-se sua manuteno durante o prazo consignado no contrato de gesto celebrado, com durao mnima de um ano, que pode ser renovado enquanto o plano estratgico esteja sendo realizado ininterruptamente.

    A qualificao traz como conseqncias a flexibilizao da gesto administra@va autrquica nos campos financeiro, de licitaes e contratos e de pessoal, inclusive no tocante remunerao, conforme a lei n 2.487/98.

  • Tipologia das agncias 2. Agncias reguladoras - pode-se dizer tratar-se de

    autarquias que recebem por lei tal qualificao, quando de sua criao, para atuar como rgos autnomos, des4nados a administrar a4vidades privadas de interesse pblico, tais como so os servios pblicos, exercidos por delegao (concesses, permisses e autorizaes afins), bem como as a4vidades, profissionais ou empresariais, que venham a estar legalmente subme4das a um regime especial de controle des4nado a salvaguardar valores especficos, como ocorre com a vigilncia sanitria, com o regime do petrleo e com outros interesses, na medida que a4vidades privadas, em reas econmicas ou sociais cons4tucionalmente definidas como de relevncia cole4va, recebam especfico ordenamento pblico regulador.

  • Agncias reguladoras

    So exemplos desta modalidade a Agncia Nacional de Petrleo ANP, que est prevista cons4tucionalmente (art. 177, 2, III, e foi criada pela Lei n 9.478 de 6 de agosto de 1997; a Agncia Nacional de Energia Eltrica ANEEL, criada pela Lei n 9.427, de 26 de dezembro de 1996; a Agncia Nacional de Telecomunicaes ANATEL, tambm de previso cons4tucional (art. 21, XI), criada pela Lei n 9.472, de 16 de junho de 1997; a Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria ANVS, criada pela Lei n 9.961, de 28 de fevereiro de 2000; e a Agncia Nacional de guas ANA, criada pela Lei n 9.984, de 17 de junho de 2000, alm das inmeras agncias reguladoras de servios pblicos criadas nos Estados e de outras em projeto.

  • DEFESA DA LIVRE CONCORRNCIA

    A defesa da livre concorrncia tem como epicentro o princpio da livre concorrncia.

    A garan4a cons4tucional do princpio da livre concorrncia se d de duas formas, quais sejam: I REPRESSO A CONCORRNCIA DESLEAL (Art. 195, Lei n. 9.279/96 e II REPRESSO AO ABUSO DO PODER ECONMICO (Art. 173, 4 da CF, e Lei 8.884/94, chamada de Lei An4truste.

  • REPRESSO A CONCORRNCIA DESLEAL

    A caracterizao da concorrncia desleal especfica ocorre basicamente por violao do segredo de empresa ou pela induo do consumidor em erro.

    A caracterizao da concorrncia desleal especfica genrica se caracteriza quando u4lizado meio imoral, desonesto ou condenado pelas pr4cas usuais dos empresrios.

  • REPRESSO A CONCORRNCIA DESLEAL

    A caracterizao da concorrncia desleal especfica ocorre basicamente por violao do segredo de empresa ou pela induo do consumidor em erro, 4pificado como crime (art. 195 LPI). Alm da penalidade criminal, haver a reparao cvel.

    A caracterizao da concorrncia desleal especfica genrica se caracteriza quando u4lizado meio imoral, desonesto ou condenado pelas pr4cas usuais dos empresrios, no 4pificado como crime (art. 209 LPI). Haver apenas a reparao cvel

  • INFRAO DA ORDEM ECONMICA

    Art. 173, 4 A lei reprimir o abuso do poder econmico que vise dominao dos mercados, eliminao da concorrncia e ao aumento arbitrrio dos lucros.

    Assim o poder econmico no ser punido por si s. O que a lei rechaa o abuso do poder econmico que ameaa ou pode ameaar a livre concorrncia.

  • RGOS ADMINISTRATIVOS DE REPRESSO S INFRAES

    SBDC Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrncia

    SEAE Secretaria de Acompanhamento Econmico do Ministrio da Fazenda.

    SDE Secretaria de Direito Econmico do Ministrio da Jus4a.

    CADE Conselho Administra4vo de Defesa Econmica, autarquia vinculada ao Ministrio da Jus4a;

  • RGOS ADMINISTRATIVOS DE REPRESSO S INFRAES

    SBDC SEAE e SDE Encarregados da Instruo dos Processos CADE Instncia Judicante Administra4va, suas decises

    no comportam reviso no mbito do Poder Execu4vo, podendo ser revistas apenas pelo Poder Judicirio.

    Tais rgos atuam na anlise de operaes de concentrao nos mercados e exerccio de poder econmico, para ento decidir se tal pr4ca implica em prejuzo concorrncia, quando ento deve ser reprimida.

  • O Conselho Administra4vo de Defesa Econmica CADE

    O CADE, Conselho Administra@vo de Defesa Econmica foi criado pela lei 4.137/1962 como rgo pblico federal ligado a estrutura da Unio, mas com jurisdio em todo territrio nacional. A par@r do dia 13 de junho de 1994, o CADE foi transformado em autarquia, vinculada ao Ministrio da Jus@a, com sede e foro no Distrito Federal, pela lei 8.884, mantendo as suas funes originrias com a implementao de outras prerroga@vas que ampliaram suas condies de preveno e represso ao abuso de poder econmico. Atualmente o CADE integra o Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrncia, ins@tudo pela Lei n. 12.529/2011 que, revogou a lei n. 8.884.

    A atuao do CADE est adstrita a preveno e represso do abuso de poder econmico, verificado ordinariamente atravs de pr@cas do setor produto capazes de eliminar a concorrncia pela configurao de cartel, truste e dumping e outras formas de abuso.

  • Abuso do Poder Econmico

    Cartel a conjugao de interesses entre grandes empresas com o mesmo objeEvo, ou seja, o de eliminar a concorrncia e aumentar arbitrariamente seus lucros. Diante do poderio econmico desses grupos, acaba por sucumbir e, por vezes, se deixar absorver pelo grupo dominente.

    Truste a forma de abuso do poder econmico pela qual uma grande empresa domina o mercado e fasta seus concorrentes, ou os obriga a seguir estratgia econmica que adota. uma forma imposiEva do grande sobre o pequeno empresrio.

    Dumping normalmente encerra abuso de carter internacional. Uma empresa recebe subsdio oficial de seu pas de modo a baratear excessivamente o custo do produto. Como o preo muito inferior ao das empresas que arcam com os seus prprios custos, ficam estas sem condies de compeEr.

  • SISTEMA BRASILEIRO DE DEFESA DA CONCORRNCIA LEI N. 12.529 Art. 3o O SBDC formado pelo Conselho Administra4vo de Defesa Econmica - CADE e pela Secretaria de Acompanhamento Econmico do Ministrio da Fazenda, com as atribuies previstas nesta Lei.

  • O CADE

    Art. 4o O Cade en4dade judicante com jurisdio em todo o territrio nacional, que se cons4tui em autarquia federal, vinculada ao Ministrio da Jus4a, com sede e foro no Distrito Federal, e competncias previstas nesta Lei.

  • Da Estrutura Organizacional do Cade

    Art. 5o O Cade cons4tudo pelos seguintes rgos: I - Tribunal Administra4vo de Defesa Econmica; II - Superintendncia-Geral; e III - Departamento de Estudos Econmicos.

  • Tribunal Administra4vo de Defesa Econmica

    Art. 6o O Tribunal Administra4vo, rgo judicante, tem como membros um Presidente e seis Conselheiros escolhidos dentre cidados com mais de 30 (trinta) anos de idade, de notrio saber jurdico ou econmico e reputao ilibada, nomeados pelo Presidente da Repblica, depois de aprovados pelo Senado Federal.

  • Superintendncia-Geral Art. 13. Compete Superintendncia-Geral: I - zelar pelo cumprimento desta Lei, monitorando e acompanhando as pr4cas de mercado; II - acompanhar, permanentemente, as a4vidades e pr4cas comerciais de pessoas sicas ou jurdicas que de4verem posio dominante em mercado relevante de bens ou servios, para prevenir infraes da ordem econmica, podendo, para tanto, requisitar as informaes e documentos necessrios, mantendo o sigilo legal, quando for o caso; III - promover, em face de indcios de infrao da ordem econmica, procedimento preparatrio de inqurito administra4vo e inqurito administra4vo para apurao de infraes ordem econmica; IV - decidir pela insubsistncia dos indcios, arquivando os autos do inqurito administra4vo ou de seu procedimento preparatrio; V - instaurar e instruir processo administra4vo para imposio de sanes administra4vas por infraes ordem econmica, procedimento para apurao de ato de concentrao, processo administra4vo para anlise de ato de concentrao econmica e processo administra4vo para imposio de sanes processuais incidentais instaurados para preveno, apurao ou represso de infraes ordem econmica;

  • Departamento de Estudos Econmicos

    Art. 17. O Cade ter um Departamento de Estudos Econmicos, dirigido por um Economista-Chefe, a quem incumbir elaborar estudos e pareceres econmicos, de ocio ou por solicitao do Plenrio, do Presidente, do Conselheiro-Relator ou do Superintendente-Geral, zelando pelo rigor e atualizao tcnica e cienIfica das decises do rgo.

  • Secretaria de Acompanhamento Econmico

    Art. 19. Compete Secretaria de Acompanhamento Econmico promover a concorrncia em rgos de governo e perante a sociedade cabendo-lhe, especialmente, o seguinte: I - opinar, nos aspectos referentes promoo da concorrncia, sobre propostas de alteraes de atos norma4vos de interesse geral dos agentes econmicos, de consumidores ou usurios dos servios prestados subme4dos a consulta pblica pelas agncias reguladoras e, quando entender per4nente, sobre os pedidos de reviso de tarifas e as minutas; II - opinar, quando considerar per4nente, sobre minutas de atos norma4vos elaborados por qualquer en4dade pblica ou privada subme4dos consulta pblica, nos aspectos referentes promoo da concorrncia; III - opinar, quando considerar per4nente, sobre proposies legisla4vas em tramitao no Congresso Nacional, nos aspectos referentes promoo da concorrncia;

  • Art. 19 da Lei n. 12.529/2011 IV - elaborar estudos avaliando a situao concorrencial de setores especficos da a4vidade econmica nacional, de ocio ou quando solicitada pelo Cade, pela Cmara de Comrcio Exterior ou pelo Departamento de Proteo e Defesa do Consumidor do Ministrio da Jus4a ou rgo que vier a suced-lo; V - elaborar estudos setoriais que sirvam de insumo para a par4cipao do Ministrio da Fazenda na formulao de pol4cas pblicas setoriais nos fruns em que este Ministrio tem assento; VI - propor a reviso de leis, regulamentos e outros atos norma4vos da administrao pblica federal, estadual, municipal e do Distrito Federal que afetem ou possam afetar a concorrncia nos diversos setores econmicos do Pas; VII - manifestar-se, de ocio ou quando solicitada, a respeito do impacto concorrencial de medidas em discusso no mbito de fruns negociadores rela4vos s a4vidades de alterao tarifria, ao acesso a mercados e defesa comercial, ressalvadas as competncias dos rgos envolvidos; VIII - encaminhar ao rgo competente representao para que este, a seu critrio, adote as medidas legais cabveis, sempre que for iden4ficado ato norma4vo que tenha carter an4compe44vo.

  • INFRAES DE ORDEM ECONMICA

    Art. 36. Cons4tuem infrao da ordem econmica, independentemente de culpa, os atos sob qualquer forma manifestados, que tenham por objeto ou possam produzir os seguintes efeitos, ainda que no sejam alcanados:

    I - limitar, falsear ou de qualquer forma prejudicar a livre concorrncia ou a livre inicia4va;

    II - dominar mercado relevante de bens ou servios; III - aumentar arbitrariamente os lucros; e IV - exercer de forma abusiva posio dominante. ...

  • Art. 36. Cons4tuem infrao da ordem econmica... :

    3o As seguintes condutas, alm de outras, na medida em que configurem hiptese prevista no caput deste ar4go e seus incisos, caracterizam infrao da ordem econmica:

    I - acordar, combinar, manipular ou ajustar com concorrente, sob qualquer forma: a) os preos de bens ou servios ofertados individualmente; b) a produo ou a comercializao de uma quan4dade restrita ou limitada de bens

    ou a prestao de um nmero, volume ou frequncia restrita ou limitada de servios;

    c) a diviso de partes ou segmentos de um mercado atual ou potencial de bens ou servios, mediante, dentre outros, a distribuio de clientes, fornecedores, regies ou perodos;

    d) preos, condies, vantagens ou absteno em licitao pblica; II - promover, obter ou influenciar a adoo de conduta comercial uniforme ou

    concertada entre concorrentes;

  • APLICAO E IMPLICAES DA LEI

    Art. 31. Esta Lei aplica-se s pessoas sicas ou jurdicas de direito pblico ou privado, bem como a quaisquer associaes de en4dades ou pessoas, cons4tudas de fato ou de direito, ainda que temporariamente, com ou sem personalidade jurdica, mesmo que exeram a4vidade sob regime de monoplio legal.

    Art. 32. As diversas formas de infrao da ordem econmica implicam a responsabilidade da empresa e a responsabilidade individual de seus dirigentes ou administradores, solidariamente.

    Art. 33. Sero solidariamente responsveis as empresas ou en4dades integrantes de grupo econmico, de fato ou de direito, quando pelo menos uma delas pra4car infrao ordem econmica.

  • ANLISE ESTRUTURAL DA LEI

    CONCENTRAES ECONMICAS: (i) concentraes horizontais; (ocorrem entre concorrentes,

    ou seja, entre agentes que atuam num mesmo mercado relevante).

    (ii) concentraes ver4cais;(ocorrem entre agentes que atuam nos diferentes estgios de uma cadeia produ4va)

    (iii) concentraes conglomeradas. (ocorrem quando h o crescimento de um agente mediante a concentrao com outro agente, que no seja seu concorrente ou fornecedor.

  • Competncia do CADE Art. 88. Sero subme4dos ao Cade pelas partes envolvidas na

    operao os atos de concentrao econmica em que, cumula4vamente:

    I - pelo menos um dos grupos envolvidos na operao tenha registrado, no l4mo balano, faturamento bruto anual ou volume de negcios total no Pas, no ano anterior operao, equivalente ou superior a R$ 400.000.000,00 (quatrocentos milhes de reais); e

    II - pelo menos um outro grupo envolvido na operao tenha registrado, no l4mo balano, faturamento bruto anual ou volume de negcios total no Pas, no ano anterior operao, equivalente ou superior a R$ 30.000.000,00 (trinta milhes de reais).

  • Competncia do CADE

    1o Os valores mencionados nos incisos I e II do caput deste ar4go podero ser adequados, simultnea ou independentemente, por indicao do Plenrio do Cade, por portaria interministerial dos Ministros de Estado da Fazenda e da Jus4a.

    2o O controle dos atos de concentrao de que trata o caput deste ar4go ser prvio e realizado em, no mximo, 240 (duzentos e quarenta) dias, a contar do protocolo de pe4o ou de sua emenda.

    3o Os atos que se subsumirem ao disposto no caput deste ar4go no podem ser consumados antes de apreciados, nos termos deste ar4go e do procedimento previsto no Captulo II do Ttulo VI desta Lei, sob pena de nulidade, sendo ainda imposta multa pecuniria, de valor no inferior a R$ 60.000,00 (sessenta mil reais) nem superior a R$ 60.000.000,00 (sessenta milhes de reais), a ser aplicada nos termos da regulamentao, sem prejuzo da abertura de processo administra4vo, nos termos do art. 69 desta Lei.

    4o At a deciso final sobre a operao, devero ser preservadas as condies de concorrncia entre as empresas envolvidas, sob pena de aplicao das sanes previstas no 3o deste ar4go.

  • 5o Sero proibidos os atos de concentrao que impliquem eliminao da concorrncia em parte substancial de mercado relevante, que possam criar ou reforar uma posio dominante ou que possam resultar na dominao de mercado relevante de bens ou servios, ressalvado o disposto no 6o deste ar4go.

    6o Os atos a que se refere o 5o deste ar4go podero ser autorizados, desde que sejam observados os limites estritamente necessrios para a4ngir os seguintes obje4vos:

    I - cumulada ou alterna4vamente: a) aumentar a produ4vidade ou a compe44vidade; b) melhorar a qualidade de bens ou servios; ou c) propiciar a eficincia e o desenvolvimento tecnolgico ou

    econmico; e II - sejam repassados aos consumidores parte relevante dos

    benecios decorrentes.

  • CARACTERIZA DA INFRAO DA ORDEM ECONMICA

    Nenhuma pr4ca empresarial infrao da ordem econmica se os seus efeitos potenciais ou reais, no importarem dominao de mercado, eliminao de concorrncia ou aumento arbitrrio de lucros.

    Assim, a mesma pr4ca pode configurar ou no concorrncia ilcita, dependendo dos efeitos que gera ou pode gerar.

  • Planejamento Econmico

    O planejamento econmico uma forma de dirigismo estatal que, do ponto de vista metodolgico, antecede todas as demais perspec4vas de interveno do Estado no Domnio Econmico, pois na realizao dessa a4vidade preciso conceber todas as formas de expresso primrias e secundrias que nortearo o Estado, enquanto executor e regulador da economia.

    O planejamento econmico uma a4vidade pol4ca do Estado que se baseia em diretrizes jurdicas impostas pela Cons4tuio Federal. Como as normas cons4tucionais possuem um alto nvel de abstrao, pode-se dizer que o planejamento econmico concebido com um grau de liberdade capaz de expressar o projeto pol4co dos governantes que ocupam espao na cpula do Poder Execu4vo.

  • Planejamento Econmico

    O aspecto pol4co do planejamento econmico fica ainda mais acentuado se observarmos que o projeto pol4co dos governantes est condicionado a exteriorizao de diretrizes econmicas essenciais ao cumprimento de requisitos impostos pela Administrao Financeira, j que a delimitao do plano plurianual e dos planos anuais obriga o Estado a se posicionar sobre os inves4mentos do Poder Pblico nos mais diversos setores de interesse da sociedade, dentre os quais, pode-se destacar a pol4ca econmica.

    Para estudar o planejamento econmico, ser necessrio penetrar num campo mul4disciplinar de informaes, que nos impe o dever de entender o que planejar, quais so os aspectos procedimentais do planejamento e quais so as fases do procedimento atreladas ao cumprimento das etapas dessa forma de interveno do Estado na economia. Faamos essa imerso.

  • Planejamento Econmico

    Para Amrico Lus Mar4ns da Silva, o significado do planejamento pode ser conjugado da seguinte forma:

    Planejar significa idealizar realizaes, analisando, prevendo e ponderando os elementos necessrios sua econmica e eficiente execuo, dentro do esquema geral da Administrao. Planejamento , pois, o estudo e estabelecimento das diretrizes e metas que devero orientar a ao governamental, atravs de um plano geral de governo, de programas globais, setoriais e regionais de durao plurianual, do oramento- programa anual e da programao financeira de desembolso, que so os seus instrumentos bsicos.

  • Planejamento Econmico

    O plano econmico retrata o documento que retrata o planejamento estratgico do governo e deve conter: a) os obje4vos gerais a serem a4ngidos; b) iden4ficar as fontes de recurso e c) estabelecer as pol4cas para o usos desses recursos.