Upload
maria-alexsandra
View
90
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
DIREITO
EMPRESARIAL
++++++++
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] I
TTULOS DE CRDITO ......................................................................................................................... 1
1. Princpios ................................................................................................................................................... 2
1.1Cartularidade .......................................................................................................................................... 2
1.2Literalidade ............................................................................................................................................. 4
1.3Autonomia ............................................................................................................................................... 5
2. Legislao aplicvel ............................................................................................................................... 8
2.1Letra de Cmbio: LUG Dec. 57.773/66 ..................................................................................... 8
2.2.Nota Promissria: LUG Dec. 57.773/66 .................................................................................. 8
2.3.Duplicata: Lei 5.474/68..................................................................................................................... 8
2.4.Cheque: Lei 7.357/85 ......................................................................................................................... 8
3. Classificao.............................................................................................................................................. 8
4. Letra de Cmbio .................................................................................................................................... 16
5. Nota Promissria .................................................................................................................................. 30
6. Cheque ...................................................................................................................................................... 34
7. Duplicata .................................................................................................................................................. 41
DIREITO SOCIETRIO........................................................................................................................ 47
1.Quadro Geral das Sociedades: ............................................................................................................... 47
2. Classificao das sociedades personificadas empresariais: ............................................... 58
3. Sociedades Contratuais ...................................................................................................................... 65
4. Sociedade Simples ................................................................................................................................ 71
5. Sociedade Limitada.............................................................................................................................. 94
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] II
6. Dissoluo das Sociedades Contratuais: .................................................................................. 127
7. Sociedade Annima (S/A): ............................................................................................................ 133
NOVA LEI DE FALNCIA LEI 11.101/05 ........................................................................ 166
1. Falncia: ................................................................................................................................................ 169
1.1 Pressupostos: ............................................................................................................................ 169
1.2 Fundamentos de pedido de falncia: ............................................................................... 170
1.3 Processo Falimentar ............................................................................................................... 174
1.4 Juzo competente ..................................................................................................................... 180
1.5 Pedido de Falncia .................................................................................................................. 184
1.6 Hipteses do devedor aps a sua citao: ..................................................................... 185
1.7 Sentena: ..................................................................................................................................... 187
1.8 Da ineficcia e revogao de atos praticados antes da falncia ........................... 208
1.9 Arrecadao e Realizao do ativo ................................................................................... 213
RECUPERAO JUDICIAL: ............................................................................................................. 224
1. Recuperao Judicial Especial (art. 70 e seguintes da lei): .................................................. 230
2. Recuperao Extrajudicial: ..................................................................................................................... 231
CONTRATOS COMERCIAIS ............................................................................................................ 232
1 ALIENAO FIDUCIRIA ...................................................................................................... 232
2 CONTRATO DE LEASING OU ARRENDAMENTO MERCANTIL ................................... 235
3 CONTRATO DE FRANQUIA ................................................................................................... 239
4 CONTRATO DE FACTORING FOMENTO MERCANTIL ............................................... 241
5 CONTRATO DE REPRESENTAO COMERCIAL ............................................................. 243
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 1
Luiz Emygydio Rosa Jr, Ttulo de Crdito, Ed. Renovar
Ricardo Negro, Direito Comercial, V. 2, Ed.
Gladson Memebe, Ttulo de Crdito,
Ttulo de Crdito o documento necessrio para o exerccio
do direito literal e autnomo nele mencionado. (famoso conceito de
Vivante)
Este conceito cai em prova!!
Vejamos o que diz o art. 887 do CC:
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 2
Art. 887. O ttulo de crdito, documento necessrio ao exerccio do direito literal e autnomo nele contido, somente produz efeito quando preencha os requisitos da lei.
TRF 3 perguntou os dois conceitos, Vivante e CC.
Crtula: pequeno papel.
O crdito dever ser representado (materializado) em um ttulo
(documento).
Para a transferncia do crdito, necessria a transferncia do
documento
No h que se falar em exigibilidade do crdito sem a
apresentao do documento.
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 3
CESPE:
Para transferncia de um cheque suficiente o endosso.
Errado! Tem que endossar e entregar!
Tenho que usar o documento original para instruir a ao de
execuo. Ele a prova de que o crdito no foi pago.
No d para usar ao de execuo com cpia autenticada de
cheque a princpio. Mas, excepcionalmente, o STJ j permitiu isso.
Quando? Quando o borrachudo integra um inqurito policial ou processo
penal para apurao de crime de emisso de cheque sem fundos.
O detalhe que estamos diante de uma situao que vem se
modificando no decorrer do tempo. J temos no CC 889, 3, autorizao
para emitir ttulo de crdito eletrnico.
Art. 889, 3o O ttulo poder ser emitido a partir dos
caracteres criados em computador ou meio tcnico
equivalente e que constem da escriturao do emitente,
observados os requisitos mnimos previstos neste artigo.
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 4
Duplicata virtual j muito comum na atividade empresarial. O
ttulo de crdito, em tese, no emitido. A duplicata no encaminhada ao
devedor, apenas o boleto, e as informaes da duplicata so transmitidas ao
tabelionato, que protesta a duplicata, permitindo a execuo do ttulo.
1 processo de desmaterializao dos ttulos de crdito. Por isso,
alguns autores esto chamando a cartularidade de incorporao. O que se
busca que o crdito esteja materializado em um documento, que pode ser
em papel ou em meio eletrnico. O crdito est incorporado em um
documento em papel ou em um documento meio eletrnico.
O que no est no ttulo de crdito no est no mundo cambial.
S tem validade para o direito cambial aquilo que est
literalmente escrito no ttulo.
A quitao tem que ser dada no ttulo & tem que ser devolvido ao
pagador.
O aval tem que ser dado no ttulo de crdito. Cuidar quando o cara
for casado!
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 5
pela literalidade que se determina a existncia, o contedo, a
extenso e a modalidade do direito constante do ttulo.
Se constar quitao parcial no ttulo, posso protestar apenas o
restante. No posso protestar o ttulo todo.
As relaes Jurdico-cambiais so autnomas e independentes
entre si.
Causa subjacente / Causa debendi causa que deu origem ao
ttulo de crdito.
Ex.: compra e venda de celular. Celular apresenta vcios.
Comprador solicita devoluo da NP e pede para devolver ao vendedor o
celular. Se o credor da NP executar o devedor, o devedor pode apresentar
uma defesa pessoal contra o credor.
Se o ttulo for transferido a 3, ele adquire autonomia com esta 2
relao jurdica cambial. As relaes so independentes uma da outra. Por
isso, na 3 relao jurdica, entre o adquirente do ttulo de crdito e o
devedor desse ttulo, este no poder alegar nada sobre as relaes
anteriores.
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 6
Ex.: transferncias sucessivas 1 ocorre com assinatura falsa a
incapaz (14 anos) e continuam as transferncias. Pouco importam estes
fatos, as relaes no dependem uma da outra. O devedor do ttulo vai ter
que pagar o ttulo, em razo da autonomia.
O possuidor de um ttulo de crdito exerce um direito prprio e
no um direito derivado de quem quer que seja. Pela autonomia, uma
obrigao nula no afeta as demais obrigaes vlidas no ttulo.
A maioria dos autores afirma que o princpio da autonomia possui
2 sub-princpios:
1 - Inoponibilidade de excees pessoais a terceiros de boa-f.
um sub-princpio que tem natureza processual.
O devedor somente poder formular defesa pessoal
contra o legtimo possuidor se este e o devedor participaram da mesma
relao causal que deu origem ao ttulo.
2 - Abstrao
o que chamamos de desvinculao.
Ex.: Compra e venda de celular & NP. Quando o credor
transfere o ttulo de crdito, este se desvincula da compra e venda, da causa
que lhe deu origem.
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 7
Essa autonomia s vem a existir com a transferncia do
ttulo a terceiro.
Negociabilidade
Atributos / Qualidades dos ttulos de crdito.
Executividade
A negociabilidade 1 atributo do Ttulo de crdito, pois visa maior
facilitao da circulao.
Art. 585, I, CPC Ttulo de crdito ttulo executivo extra-judicial. No se
precisa de uma ao de cobrana. Prope-se diretamente ao de execuo.
Essa a executividade.
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 8
1.1 Letra de Cmbio: LUG Dec. 57.773/66
1.2 Nota Promissria: LUG Dec. 57.773/66
1.3 Duplicata: Lei 5.474/68
1.4 Cheque: Lei 7.357/85
* CC: aplicao subsidiria
Art. 903. Salvo disposio diversa em lei especial,
regem-se os ttulos de crdito pelo disposto neste Cdigo.
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 9
Ttulo cuja forma esteja definida e exigida em lei.
Forma no exigida, no definida em lei.
Ex.: NP e Letra de Cmbio
aquele que precisa de uma causa especial para ser emitido.
Ex.: duplicata:
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 10
Compra e venda mercantil
Prestao de servios
No precisa de uma causa especfica.
Ex.: cheque.
Pode ser utilizado para pagar qualquer dvida.
3 intervenientes:
D a ordem
Recebe a ordem
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 11
Tomador/Beneficirio (credor do ttulo)
2 intervenientes.
Promitente / Subscritor emitente
Tomador/Beneficirio
S promessa de pagamento a Nota Promissria.
Os demais ttulos so ordem de pagamento.
aquele que no identifica o beneficirio.
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 12
Desde a lei 8.021/90, o ttulo ao portador no mais admitido,
exceto se com previso expressa em lei especial.
Art. 907, CC:
Art. 907. nulo o ttulo ao portador emitido sem autorizao
de lei especial.
Ex.: lei 9.069/95 instituiu o Plano Real. Art. 69, regra que permite
cheque ao portador de cheque igual ou inferior a R$ 100,00. Acima de R$
100,00, tem que ser nominativo.
Circula por mera entrega. Transfere-se por tradio.
4.4.2 NOMINAL (ANTIGO NOMINATIVO)
aquele que indica o beneficirio no ttulo.
A circulao varia conforme o ttulo seja ordem ou no ordem.
4.4.2.1 ordem
Circula por Endosso + tradio.
Endosso - A pessoa responde por:
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 13
Existncia
Solvncia
4.4.2.2 No ordem
Circula por cesso civil + tradio.
Cesso Civil - A pessoa responde por:
Existncia
Solvncia
Art. 296. Salvo estipulao em contrrio, o cedente no
responde pela solvncia do devedor.
Art. 914. Ressalvada clusula expressa em contrrio,
constante do endosso, no responde o endossante pelo
cumprimento da prestao constante do ttulo.
De acordo com o CC, o endosso no responde nem pela existncia
nem pela solvncia.
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 14
A presuno de que os ttulos nominativos so ordem.
S vou transferir por cesso civil se eu riscar a clusula ordem
e inserir a clusula no ordem no ttulo de crdito.
Esta a classificao tradicional.
A CESPE est adotando outra classificao
Ao Portador
Nominal
4.4.3 Nominativo
Para o Cespe, o do 921 e 922, CC.
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 15
CAPTULO IV
Do Ttulo Nominativo
Art. 921. ttulo nominativo o emitido em favor de
pessoa cujo nome conste no registro do emitente.
Art. 922. Transfere-se o ttulo nominativo mediante
termo, em registro do emitente, assinado pelo proprietrio e
pelo adquirente.
No ttulo nominativo, o nome do beneficirio est no registro do
emitente, no no ttulo.
Voc pode criar um ttulo de crdito com as caractersticas que
voc escolher, desde que observe as regras do CC.
Meu, est na cara que isso no vai funcionar.
Para isso, vou ter que ter um livro chamado Livro de Registro do
Emitente. Neste livro, colocarei o nome do credor. Se o proprietrio do
ttulo quiser transferir o ttulo a 3, eles tm que fazer um termo de
transferncia, tirar o nome do credor originrio do registro, colocar o do
novo credor e emitir um ttulo para este novo credor.
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 16
o ttulo de crdito decorrente de relao ou relaes de crdito,
entre 2 ou mais pessoas, pela qual a designada sacador d a ordem de
pagamento pura e simples, vista ou prazo, a outrem, denominado
sacado, a seu favor ou de terceira pessoa (tomador ou beneficirio), no
valor e nas condies dela constantes.
3 figuras:
D a ordem de pagamento - Gialluca
Recebe a ordem de pagamento - Renato
Tomador beneficirio - LFG
Saque criao e emisso de um ttulo que ordem de
pagamento.
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 17
Sacador: quem d a ordem de pagamento
o ato de concordncia com a ordem dada.
ato privativo do sacado.
Quando o sacado d o aceite, ele se torna o devedor principal do
ttulo.
O sacador o coobrigado.
O beneficirio pode ajuizar a ao contra um, alguns ou todos os
co-devedores
Na Letra de Cmbio, o aceite ato obrigatrio?
No, na Letra de Cmbio, o aceite facultativo.
Significa que o sacado pode recusar o aceite.
Efeitos da recusa do aceite:
Vencimento antecipado do ttulo ( ou quando o sacado recusa o aceite
ou quando o emitente tem sua falncia decretada);
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 18
Torna o sacador o devedor principal do ttulo
CLUSULA NO ACEITVEL
Evita o vencimento antecipado do ttulo
Para evitar o antecipado, existe a Clusula No Aceitvel,
inserida nos ttulos de crdito. Significa que esse ttulo no poder ser
apresentado para aceite. Somente para o pagamente. Somente posso
apresentar o ttulo para pagamento na data do vencimento.
ACEITE PARCIAL
Modalidades:
Limitativo
Modificativo
ACEITE PARCIAL LIMITATIVO
Existe limitao de valor.
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 19
Diretamente relacionado a valor.
ACEITE PARCIAL MODIFICATIVO
Modifica as condies do ttulo, como a data de pagamento.
Ricardo Negro fala que tanto o aceite limitativo quanto o aceite
modificativo equivalem recusa total. Significa que haver o vencimento
antecipado do ttulo.
Aula 2 25/02/2011
CONCEITO
o ato cambirio formal pelo qual o beneficirio ou terceiro
adquirente chamado de endossante transfere os direitos dele decorrentes a
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 20
outra pessoa, denominada endossatrio, ficando, em regra, o endossante
responsvel pelo pagamento do ttulo.
EFEITOS
Transferncia da titularidade do crdito do endossante para o endossatrio
Tornar o endossatrio co-devedor do ttulo.
Gialluca
Sacador
Endossatrio
Sacado
Tomador Endossatrio Endossatria
Beneficirio Rogrio Fernanda
LFG Endossante
Endossante
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 21
O ltimo endossatrio pode ajuizar contra 1, alguns ou todos os co-
devedores.
O que pagar ter direito de regresso contra todos os devedores e co-
devedores anteriores a ele.
No Verso -> por simples assinatura
No Anverso -> assinatura + expresso identificadora
Endosso a, Pague-se a, Transfiro a.
ENDOSSO EM PRETO X ENDOSSO EM BRANCO
Preto: identifica o endossatrio
Branco: no identifica o endossatrio
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 22
No, endosso parcial nulo.
ENDOSSO PSTUMO
o dado aps o vencimento.
Efeitos:
a) Vencimento do ttulo -> endosso
b) Vencimento do ttulo + protesto ou expirou o prazo de
protesto -> cesso civil.
ENDOSSO IMPRPRIO
No h transferncia da titularidade do crdito.
Objetivo: legitimar a posse.
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 23
ENDOSSO-MANDATO
Para fins de cobrana.
Endossante mandante d poderes de cobrana para o
endossatrio-mandatrio, para que este efetue o servio de
cobrana.
O endossatrio no o credor do ttulo.
Clusulas: para cobrana, por procurao
ENDOSSO-CAUO / PIGNORATCIO
Ttulo de crdito 1 bem mvel.
Se voc quer instituir penhor sobre o ttulo de crdito, voc faz
1 endosso cauo.
Clusulas: em penhor, em garantia
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 24
CONCEITO
a declarao cambiria pela qual uma pessoa natural ou
jurdica, estranha relao cartular, ou que nela j figura,
assume obrigao cambiria autnoma e incondicional de
garantir total ou parcialmente, no vencimento, o pagamento do
ttulo nas condies nele estabelecidas.
Garantia
Avalista (PF/PJ)
Avalizado (PF/PJ)
O avalista tem obrigao equivalente do avalisado, pois
garante o avalizado.
Caso seja acionado judicialmente, o avalista ser obrigado a
pagar o ttulo. Todavia, ter direito de regresso contra o
avalizado e todos os devedores anteriores ao avalizado.
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 25
No Verso -> por simples assinatura
O Anverso -> assinatura + expresso identificadora
Endosso a, Pague-se a, Transfiro a.
No Anverso -> por simples assinatura
No Verso -> assinatura + expresso identificadora
Endosso a, Pague-se a, Transfiro a.
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 26
AVAL EM BRANCO X AVAL EM PRETO
Aval em Preto: identifica o avalizado. Clusula por aval a
Tatiana.
Aval em Branco: no identifica o avalizado. Avalizado quem
criou o ttulo de crdito. O avalizado ser o sacador emitente do
ttulo.
1.4.1 possvel o aval parcial?
A lei especial 7.357, art. 29, admite o aval parcial.
Porm, o Cdigo Civil, no seu artigo 897, pargrafo nico, no
admite o aval parcial.
O Decreto 57.663/66, artigo 30, admite o aval parcial
expressamente. Assim, deve-se utilizar, de acordo com o
critrio da especialidade, a orientao de que possvel o aval
parcial.
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 27
1.4.2 Aval dado depois do vencimento
Vai ter os mesmos efeitos de aval.
CC, Art. 900. O aval posterior ao vencimento produz os
mesmos efeitos do anteriormente dado.
1.4.3 Aval X Fiana
Aval Fiana
S pode ser dado em ttulo
de crdito.
Somente pode ser dada em
contrato.
Benefcio de ordem
Lembre dos bancos que
sempre colam os scios
como avalistas. Na execuo,
vo direto nestes.
Benefcio de ordem
Autnomo Acessria
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 28
Em caso de morte,
incapacidade ou falncia do
avalizado, o avalista
continua responsvel
Em caso de morte,
incapacidade ou falncia do
avalizado, acaba a
responsabilidade do cara
que afianou.
- caso o avalista
seja acionado ele
ter direito de
regresso contra o
avalizado e todos
os devedores
anteriores a ele;
- o aval dado aps
o vencimento,
mesmo aps o
protesto, continua
tendo o mesmo
efeito de aval;
Segundo o artigo 1.647 do CC/02, nenhum dos cnjuges
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 29
pode, sem a autorizao do outro (salvo quando o regime
for de separao absoluta), prestar fiana ou aval
Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648,
nenhum dos cnjuges pode, sem autorizao do outro,
exceto no regime da separao absoluta:
III - prestar fiana ou aval;
1.5 Vencimento
1.5.1 vista
o ttulo exigvel de imediato.
1.5.2 Data certa
Tem data definida de pagamento
1.5.3 A certo termo da vista
o n de dias contados a partir de uma data inicial: conta-se do
aceite.
Schwasneger
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 30
Hasta la vista, baby!
Hasta la vista, aceite!
1.5.4 A certo termo da data
o n de dias contados a partir de uma data inicial: conta-se da
emisso.
2. Nota Promissria
2.1 Conceito
o ttulo de crdito pelo qual uma pessoa (emitente) faz a outra
pessoa, designada beneficirio, uma promessa pura e simples de
pagamento de quantia determinada, vista ou prazo, em seu favor
ou a outrem, nas condies dela constantes.
S h 2 figuras:
Promitente/Subscritor/Emitente
Tomador/Beneficirio
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 31
2.2 Aceite
uma promessa de pagamento.
No uma ordem de pagamento: Aceite.
- Decreto 57.663/66. Inicia no artigo 75.
No artigo 77 diz que as mesmas regras que foram vistas em relao
letra de cmbio aplicam-se no que for possvel nota promissria;
- a Lei Uniforme de Genebra, em seu artigo 78, diz que a nota
promissria pode ter os mesmos 4 tipos de vencimento, assim, o
vencimento a certo termo de vista conta-se do visto do subscritor, j
que a nota promissria no tem aceite;
2.3 Vencimento
2.3.1 vista
o ttulo exigvel de imediato.
2.3.2 Data certa
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 32
Tem data definida de pagamento
2.3.3 A certo termo da vista
o n de dias contados a partir de uma data inicial: conta-se do
visto.
Schwasneger
Hasta la vista, baby!
Hasta la vista, visto!
2.3.4 A certo termo da data
o n de dias contados a partir de uma data inicial: conta-se da
emisso.
2.4 Endosso
Idem Letra de Cmbio.
2.5 Aval
Idem Letra de Cmbio.
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 33
2.6 NP vinculada a Ttulo de Crdito
- muito comum a vinculao de nota promissria a determinado
contrato. Segundo o Princpio da Autonomia dos Ttulos de Crdito,
caso o ttulo seja transferido a terceiro de boa f, ocorre a abstrao,
onde o ttulo se desprende da causa. Agora, se na nota promissria
constar que ela foi emitida em razo de determinado negcio jurdico,
esse ttulo no goza de autonomia, uma vez que poder ser alegada
exceo pessoal em desfavor de terceiro de boa f. Nota-se portanto,
que nota promissria vinculada a contrato no goza de autonomia;
- segundo a smula 258 do STJ a nota promissria vinculada a
contrato de abertura de crdito no goza de autonomia em razo da
iliquidez do ttulo que a originou. Isso significa que a exceo pessoal
que voc apresentaria ao banco, voc tambm pode apresent-la ao
terceiro de boa-f. Nessa smula, apesar da causa ser distinta, o ttulo
tambm no goza de autonomia;
- portanto, de extrema importncia lembrar que nota promissria
vinculada a contrato no goza de autonomia;
2.7 NP Pro Soluto X NP Pro Solvendo
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 34
NP Pro Soluto a nota em pagamento. Quando voc faz a tradio
(entrega), a tradio faz a novao. A simples entrega provoca a
novao da obrigao. Quando entrego a NP estou provocando a
quitao da obrigao que a originou. Ex.: compra e venda de imvel.
Se no pago a NP, a construtora vai poder fazer a resciso do contrato.
Quando entrego a Np, quitei a compra e venda no possvel. A
construtora s ter disposio a execuo.
NP Pro Solvendo a nota para pagamento. A entrega do ttulo no
provoca a quitao da obrigao. A quitao somente se opera com o
pagamento do ttulo. S vou ter a quitao da obrigao quando pagar
a NP. Se eu no pagar a NP no vencimento, a construtora pode ajuizar
ao de execuo, mas tambm pode optar pela resciso do contrato,
porque o contrato no est quitado.
3. Cheque
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 35
- a lei do cheque a lei 7.357/85;
3.1 Conceito
o ttulo cambirio pelo qual uma pessoa (Emitente/Sacador), com
base em prvia e disponvel proviso de fundos, em poder do banco ou
instituio financeira a ele assemelhada por lei (Sacado), d contra o
banco uma ordem incondicional de pagamento vista, em seu prprio
benefcio ou em favor de terceiro (Tomador/Beneficirio).
Cheque uma ordem de pagamento vista, incondicional, contra um
banco, em razo de proviso que o emitente possui junto ao sacado,
proveniente esta de contrato de depsito bancrio ou de abertura de
crdito;
- a relao jurdica do cheque composta de: sacador + sacado (banco)
+ tomador;
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 36
- smula 387 do STF: A cambial emitida ou aceita com omisses ou em
branco, pode ser completada pelo credor de boa f, antes da cobrana
ou do protesto.
3.2 No h Aceite
- o cheque no admite aceite: aceite;
- com relao ao vencimento, o cheque somente pode ser vista, no
existindo cheque a data certa, a certo termo de vista ou a certo termo
de data;
- da surge o problema do cheque ps-datado (ou pr-datado, com
querem alguns) construo doutrinria: segundo o artigo 32 da lei do
cheque, ele pagamento vista, considerando-se no escrita qualquer
meno em contrrio (portanto, o bom para considerado no
escrito), podendo portanto, haver execuo, protesto, de cheque pr-
datado antes da data estipulada no ttulo (esse procedimento por parte
do credor pode gerar dano moral para o devedor segundo a smula
370 do STJ caracteriza dano moral a apresentao antecipada de
cheque pr-datado1);
1 Segundo a smula, o dano presumido, no precisar ser comprovado.
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 37
STJ Smula 370:Caracteriza dano moral a apresentao
antecipada de cheque pr-datado.
3.3 Endosso
- no caso de devoluo indevida do cheque (cheque perfeito,
apresentado para pagamento, com fundos no banco, e devolvido):
assim, o STJ editou a smula 388, no sentido de que a simples
devoluo indevida de cheque caracteriza dano moral;
- no que se refere ao endosso, tudo visto na letra de cmbio tambm se
aplica ao cheque.
Obs.: quando ainda vigorava a CPMF, existia o motivo 36 para
devoluo do cheque, para o caso de cheque com mais de um
endosso (a regra proibitiva de dava pelo fato do endosso fazer o
cheque circular sem a incidncia de CPMF). Atualmente, no h
mais limite de endosso para o cheque.
3.4 Aval
No que se refere ao aval, tudo visto na letra de cmbio se aplica ao
cheque. O aval no cheque pode ser parcial ou total. O aval somente
continua enquanto o ttulo ainda cambial, uma vez que, caso o ttulo
deixe de ser obrigao cambial, o aval no mais vale (ex.: o ttulo
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 38
prescrito faz com que o ttulo deixe de ser cambial, gerando a perda de
efeito do aval). A smula 299 do STJ diz que [...] admissvel ao
monitria fundada em cheque prescrito. A ao monitria contra o
avalista de um cheque no pode ser proposta contra o avalista (nesse
sentido a jurisprudncia do STJ, como o REsp. 200.492/MG);
3.5 Prazo de apresentao
de 30 dias se emitido na praa do sacado ou de 60 dias se for emitido
em praa diferente da do sacado. Esse prazo contato partir da data
de emisso do cheque.
2 finalidades principais do prazo de apresentao:
- dar incio ao prazo prescricional;
- s possvel executar o endossante de cheque se o cheque for
apresentado dentro do prazo legal (art. 47, II, da lei de cheque).
Perdido o prazo de apresentao, no se pode mais executar o
endossante.
Segundo a smula 600 do STF, cabe ao executiva contra o emitente e
seus avalistas, ainda que no apresentado o cheque ao sacado no prazo
legal, desde que no prescrita a ao cambiria. Portanto, somente o
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 39
endossante no pode ser executado se o cheque for apresentado aps o
prazo;
3.6 Sustao
A sustao pode ser de dois tipos:
- contra ordem/revogao (art. 35 da lei) somente pode
ser realizada pelo emitente, s produzindo efeito depois do
prazo de apresentao;
- oposio/sustao (art. 36 da lei) pode ser realizado pelo
emitente e o portador legitimado, ocorrendo esta mesmo
durante o prazo de apresentao;
3.7 Pagamento
- pagamento parcial: segundo o artigo 38, pargrafo nico da lei,
diz que o portador no pode recusar pagamento parcial...;
- se 2 ou + cheques so apresentados para pagamento
simultaneamente (Detalhe, no h fundo disponvel de ambos),
qual o banco deve pagar? Art. 40
tero preferncia os cheques de emisso mais antiga;
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 40
se forem de mesma data, o de nmero inferior.
- conta conjunta: segundo o STJ, na conta conjunta h
solidariedade ativa, no sentido de que ambos podem movimentar
a conta, mas no h solidariedade passiva. A responsabilidade
passiva do emitente do cheque;
- Prescrio:
DEVEDOR
PRINCIPAL E
AVALISTA
CO-DEVEDOR E
AVALISTA
DIREITO
DE
REGRESSO
LETRA DE
CMBIO E
NOTA
PROMISSRIA
3 anos
contados do
vencimento;
1 ano contado do
protesto;
6 meses
contados do
pagamento
ou de
quando
demandado;
DUPLICATA 3 anos
contados do
vencimento;
1 ano contado do
protesto;
1 ano
contado do
pagamento
ou de
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 41
quando
demandado;
CHEQUE 6 meses
contados do
fim do prazo
para
apresentao;
6 meses contados
do protesto (o
processo poder
ser substitudo
nos termos do
artigo por uma
declarao do
banco sacado ou
por uma declarao
da cmara de
compensao)2;
6 meses
do
pagamento
ou de
quando
demandado;
4. Duplicata
- duplicata regida pela 5.474/68;
2 Na verdade, o grande objetivo de protestar o cheque a interrupo do prazo prescricional.
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 42
- conceito
4.1 Conceito
Duplicata um ttulo de crdito causal, ordem, extrado pelo
vendedor ou prestador de servios, que visa a documentar o saque
fundado sobre crdito decorrente de compra e venda mercantil ou de
prestao de servios, e tem como pressuposto a extrao de uma
fatura;
- a duplicata um ttulo causal - s pode ser emitida nos casos de
compra e venda mercantil
prestao de servios;
- a emisso de fatura obrigatria, mas a emisso de duplicata
facultativa. Do crdito (correspondente fatura), pode ser emitida uma
duplicata;
- na duplicata, o vendedor d uma ordem para o comprador pagar para
ele (o vendedor);
- no obrigatria a emisso de duplicata obrigatria a emisso da
fatura o crdito da fatura representado na duplicata por isso,
consta na duplicata o n da fatura;
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 43
- a duplicata somente pode representar uma nica fatura (art. 2, 2
da lei 5.474/68). Porm, pode haver uma nica fatura com mais de
uma duplicata (ex.: exemplo claro o comum parcelamento em
prestaes, onde para cada prestao feita uma duplicata);
4.2 Aceite obrigatrio
- na letra de cmbio, se o sacado concordar com o pagamento, ele vai
dar o aceite, sendo facultativo o aceite. Na duplicata, o aceite
obrigatrio;
4.3 Hipteses legais que permitem a recusa do aceite - rol
taxativo art. 8 e 21:
* avaria/no recebimento da mercadoria/no prestao dos
servios;
* vcio/defeito de quantidade ou qualidade do produto ou servio;
* divergncias quanto a prazo/preo/condies de pagamento;
Obs.: a recusa do aceite deve ser motivada.
- aps a emisso da duplicata, o sacador ter prazo de 30 dias para sua
remessa ao sacado;
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 44
- o sacado, ao receber a duplicata, ter prazo de 10 dias para dar o
aceite ou recus-lo de forma motivada e devolver a duplicata ao
sacador;
- o endosso da duplicata segue a regra do endosso da letra de cmbio.
No que se refere ao aval, tambm se aplica as disposies referentes
letra de cmbio. Porm, h algumas pequenas diferenas:
- a duplicata ou vista ou com data certa, no se admitindo
duplicata a certo termo de vista ou a certo termo de data;
- a triplicata a segunda via da duplicata, s podendo ser emitida nas
hipteses previstas na lei:
- a perda ou extravio da duplicata obrigar o vendedor extrair
triplicata, portanto, s pode haver a triplicata em caso de perda ou
extravio;
- modalidades de protesto da duplicata:
- protesto pro falta de aceite surge em razo da devoluo da
duplicata sem aceite e sem justificativa para recusa do aceite;
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 45
- protesto por falta de devoluo caso o comprador no
devolva a duplicata no prazo de 10 dias que ele tem para dar o
aceite, cabe o protesto por falta de devoluo;
- protesto por falta de pagamento quando a duplicata
aceita, devolvida mas no honrado o pagamento, cabendo esse
protesto;
PERGUNTA: possvel a execuo de duplicata sem aceite?
RESPOSTA: sim possvel, desde que preenchido alguns requisitos da
lei. Esses requisitos so: protesto + comprovante da entrega da
mercadoria ou da prestao de servios. No precisa-se do contrato,
mas precisa-se do comprovante da entrega da mercadoria.
4.4 Execuo de duplicata sem aceite?
Art. 15, II
Sim, se tiver:
Protesto
Comprovante da entrega da mercadoria/prestao dos servios
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 46
4.5 Prazos Prescricionais
Devedor Principal e
Avalista
Co-devedor
e
Avalista
Direito de
Regresso
LC & NP 3 anos do
vencimento
1 ano do
protesto
(p/
endossante
tbm)
6 meses
- do
pagamento
- de quando
demandado
Duplicata = = 6 meses
- do
pagamento
- de quando
demandado
Cheque 6 meses contados do
fim do prazo de
apresentao(30/60)
6 meses 6 meses
- do prazo
- de quando
demandado
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 47
Aula 3 25/03/2011
DIREITO SOCIETRIO
1. Quadro Geral das Sociedades:
1.1 Sociedade No-personificada
No possui personalidade jurdica;
1.1.1 Sociedade em comum
- encontrada no artigo 986 do CC/02;
- se a sociedade no tem registro ela se chama de sociedade
em comum, ou seja, ela uma sociedade que no foi levada a
registro;
Art. 990. Todos os scios respondem ***solidria*** e
ilimitadamente pelas obrigaes sociais, excludo do
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 48
benefcio de ordem, previsto no art. 1.024, aquele que
contratou pela sociedade.
Art. 1.024. Os bens particulares dos scios no podem ser
executados por dvidas da sociedade, seno depois de
executados os bens sociais.
O artigo pode cair de 2 formas no concurso:
Na prova objetiva
Na prova discursiva.
O que ele diz?
Todos tm benefcio de ordem.
S no tem benefcio de ordem o scio que contratou
pela sociedade: ento, o scio que contratou pela
sociedade tem responsabilidade solidria com a
sociedade.
Entre a sociedade e os scios, a regra
responsabilidade subsidiria. Se o desejar, o credor
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 49
pode executar diretamente os bens do scio que
contratou pela sociedade.
Os demais scios respondem somente
subsidiariamente perante o credor e entre os scios,
h solidariedade.
OBS: A regra geral, no direito societrio, que a
responsabilidade ser sempre subsidiria.
Scio Sociedade Responsabilidade subsidiria
Scio Scio Responsabilidade solidria
Scio contratante Sociedade Responsabilidade
Solidria
- para que no se incentive esse tipo de sociedade, deve-se
criar um regramento que incentive o registro, portanto, nessa
sociedade, a responsabilidade do scio ser ilimitada;
- a responsabilidade que o scio tem perante a sociedade
sempre ser subsidiria (no importando o tipo de
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 50
sociedade); assim, o scio tem o famoso benefcio de ordem
(art. 1.024 do CC/02):
- 1 devem ser perseguidos os bens da sociedade;
- 2 insuficientes os bens da sociedade, deve-se
perseguir os bens pessoais;
- a responsabilidade que os scios tm perante os demais
scios ser uma responsabilidade solidria;
- aquele que contratou pela sociedade no pode alegar o
benefcio de ordem (por exemplo, aquele que fez um
contrato, um leasing, uma alienao fiduciria, etc);
OBS: Personalidade jurdica:
Titularidade processual
Titularidade negocial
Autonomia patrimonial
- o artigo 988 chama o patrimnio da sociedade comum de
patrimnio especial e diz que quem vai ser o titular desse
patrimnio so os scios da sociedade, portanto, os scios
sero co-titulares do patrimnio especial;
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 51
- no possui nome empresarial porque no possui
personalidade jurdica;
- no momento em que registrada, deixa de ser sociedade
em comum e passa a ser uma sociedade personificada;
1.1.2 Sociedade em conta de participao3
- encontrada no artigo 991 do CC/02;
Art. 991. Na sociedade em conta de participao, a
atividade constitutiva do objeto social exercida unicamente
pelo scio ostensivo, em seu nome individual e sob sua
prpria e exclusiva responsabilidade, participando os demais
dos resultados correspondentes.
3 Esse disparado o tema do Direito Societrio que mais cai em prova.
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 52
Pargrafo nico. Obriga-se perante terceiro to-
somente o scio ostensivo; e, exclusivamente perante este, o
scio participante, nos termos do contrato social.
- nesse tipo de sociedade temos duas categorias de scios:
- scio ostensivo:
ele quem vai exercer o objeto social (administra,
explora a atividade, etc.);
ele tem responsabilidade exclusiva (ele quem
responde perante terceiros);
age em seu nome individual (sociedade em conta
de participao, como no tem personalidade
jurdica, tambm no ter nome empresarial,
portanto, tudo que o scio ostensivo faz, faz em
favor da sociedade em nome prprio);
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 53
- scio participante/oculto4:
s participa dos resultados;
- no tem nome empresarial porque no tem personalidade
jurdica;
- legitimidade ativa/passiva em demanda judicial sobre a
sociedade em conta de participao: scio ostensivo;
Art. 985. A sociedade adquire personalidade jurdica
com a inscrio, no registro prprio e na forma da lei, dos
seus atos constitutivos (arts. 45 e 1.150).
A sociedade em conta de participao vai adquirir
personalidade jurdica com seu registro?
- o artigo 993 exceo ao 985: [...] o contrato social produz
efeito somente entre os scios, e a eventual inscrio de seu
instrumento em qualquer registro no confere personalidade
jurdica sociedade.5
4 Normalmente o contrato no registrado, ento, no se conhece o scio participante.
5 A sociedade em conta de participao a nica que com o registro no adquire personalidade jurdica.
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 54
1.2 Sociedade Personificada
Possui personalidade jurdica;
1.2.1 Quanto ao objeto
1.2.1.1 Sociedade Empresria
- definida no artigo 982 do CC/02;
Art. 982. as EXCEES EXPRESSAS, considera-se
empresria a sociedade que tem por objeto o exerccio de
atividade prpria de empresrio sujeito a registro (art. 967);
e, simples, as demais.
- aquela que tem por objeto o exerccio de atividade
prpria de empresrio sujeito a registro;
- organizao empresarial + produo/circulao de
bens/servios;
1.2.1.2 Sociedade Simples;
- definida por excluso pelo artigo 982 do CC/02;
- sociedade simples a sociedade tida por no-
empresria;
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 55
- sociedade simples aquela que exerce uma atividade
no classificada como de empresria;
- exercendo profisso intelectual de natureza: cientfica,
literria ou artstica sociedade simples;
- atividade comercial,porm, sem organizao
empresarial, ex. sociedade rural sem registro:
Art. 971. O empresrio, cuja atividade rural
constitua sua principal profisso, pode, observadas as
formalidades de que tratam o art. 968 e seus pargrafos,
requerer inscrio no Registro Pblico de Empresas
Mercantis da respectiva sede, caso em que, depois de
inscrito, ficar EQUIPARADO, para todos os efeitos, ao
empresrio sujeito a registro.
- alm dessas sociedades acima citadas, outras podem
ser sociedades simples. Assim so sociedades simples
todas aquelas que no possuem organizao
empresarial;
1.2.2 Quanto forma
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 56
- o artigo 983 do CC/02 diz que [...] a sociedade empresria
deve constituir-se segundo um dos tipos regulados nos
artigos 1.039 a 1.092; a sociedade simples pode constituir-se
de conformidade com um desses tipos, e no o fazendo,
subordina-se s normas que lhe so prprias:
- o artigo 982, pargrafo nico do CC/02 diz que [...]
independentemente de seu objeto (no importa a atividade
da sociedade), considera-se empresria a sociedade por
aes; e simples, a cooperativa;
Teoria Geral das Sociedades:
- Portanto, so tipos societrios:
1.2.2.1 Sociedades Empresrias devem:
- Sociedade em nome coletivo;
- Sociedade em comandita simples;
- Sociedade em comandita por aes (sempre
empresria);
- Sociedade Annima (S/A) (sempre empresria);
- Sociedade Limitada (LTDA);
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 57
1.2.2.2 Sociedades Simples podem:
- Cooperativa (sempre simples);
- Sociedade em nome coletivo;
- Sociedade em comandita simples;
- Sociedade Limitada (LTDA);
- Sociedade Simples Simples/Pura;
simples quanto ao objeto e quanto forma.
As sociedades por aes so sempre empresrias.
As Cooperativas so sempre simples.
- a sociedade s ganha personalidade jurdica depois do
registro:
- sociedade empresria junta comercial;
- sociedade simples registro civil de pessoa jurdica
(cartrio);
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 58
Art. 1.150. O empresrio e a sociedade empresria vinculam-
se ao Registro Pblico de Empresas Mercantis a cargo das
Juntas Comerciais, e a sociedade simples ao Registro Civil das
Pessoas Jurdicas, o qual dever obedecer s normas fixadas
para aquele registro, se a sociedade simples adotar um dos
tipos de sociedade empresria.
- excees a essa regra:
- a sociedade de advogados, apesar de ser uma
sociedade simples, ele deve ser feito na OAB;
- cooperativa, mesmo sendo uma sociedade
simples, ela deve ser registrada na junta
comercial6;
2. Classificao das sociedades personificadas empresariais:
2.1 Sociedade de pessoa X Sociedade de capital:
- Critrio: leva em conta o grau de dependncia da sociedade em
relao s qualidades subjetivas dos scios;
6 O artigo 32 da lei 8.934/94 diz que a cooperativa deve ter o registro na junta comercial;
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 59
- Sociedade de Pessoas: as caractersticas subjetivas dos
scios so indispensveis ao desenvolvimento da sociedade;
- Sociedade de Capitais: o mais relevante o capital investido
pelo scio na sociedade; Ex.: Sociedade Annima
2.2 Sociedade Contratual X Sociedade Institucional:
- Critrio: regime de constituio e dissoluo do vnculo
societrio;
- Sociedade Contratual: o ato constitutivo da pessoa jurdica
o contrato social; nessa sociedade, sobre esse contrato
incidiro os princpios contratuais (prevalece a vontade
dos scios);
- Sociedade Institucional: o ato constitutivo um estatuto
social; sobre o estatuto social, no incidiro princpios
contratuais, devendo observar a lei 6.404/76 (lei de S/A)
prevalece a vontade do legislador;
2.3 Responsabilidade Ilimitada X Responsabilidade Limitada VS
Responsabilidade Mista:
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 60
- Critrio: responsabilidade do scio pelas obrigaes sociais;
- Responsabilidade Ilimitada: o scio responder com seu
patrimnio pessoal pelas dvidas da sociedade;
- Responsabilidade Limitada: o patrimnio pessoal do scio
no responde pelas dvidas da sociedade;
- Responsabilidade Mista: quando na mesma pessoa jurdica
h scios com a responsabilidade limitada e scios com a
responsabilidade ilimitada (ex.: sociedade em comandita
simples);
2.4 Sociedade Nacional X Sociedade Estrangeira:
- Critrio: para ser nacional, deve a sociedade atender a dois
requisitos do artigo 1.126 do Cdigo Civil: tem de ser organizada
de acordo com a lei brasileira + a sede da administrao tem de ser
no pas;
- Sociedade Nacional: quando presente os dois requisitos do
artigo 1.126 do CC/02;
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 61
- Sociedade Estrangeira: quando faltar um dos requisitos do
artigo 1.126 do CC/02;
- no importa o tipo de atividade que a sociedade
estrangeira exera, ela sempre precisar para se
constituir no Brasil de autorizao do Poder Executivo
Federal (art. 1.134 do CC/02);
- Sociedade em nome coletivo:
- prevista no artigo 1.039 do CC/02;
- a responsabilidade dos scios solidria e ilimitada (sendo tambm
subsidiria);
- pessoa fsica (no permite-se sociedade em nome coletivo de pessoa
jurdica);
- nome da sociedade firma social;
- aplica-se a ele subsidiariamente as normas da sociedade simples (art.
1.040 do CC/02);
- muito raro no Brasil sociedade em nome coletivo;
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 62
- Sociedade em comandita simples:
- prevista no artigo 1.045 do CC/02;
- h duas categorias de scios: scio comanditado + scio
comanditrio;
- scio comanditado --> responsabilidade solidria e ilimitada; tem de
ser pessoa fsica;
- scio comanditrio --> responsabilidade limitada; pode ser pessoa
fsica ou jurdica;
- Sociedade limitada (LTDA):
- Legislao Aplicvel:
- captulo prprio no Cdigo Civil (comea no art. 1.052); na
omisso do captulo, aplica-se as regras da sociedade simples de
forma subsidiria. Quanto regncia supletiva da lei de sociedade
annima, pode-se aplicar a lei de S/A de forma supletiva desde
que o contrato social permita expressamente tal aplicao;
- Caractersticas:
- pode ser uma sociedade empresria ou uma sociedade simples;
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 63
- uma sociedade contratual o ato constitutivo um contrato
social;
- nome empresarial firma social ou denominao;
- Constituio:
- feita por meio de um contrato social, que possui alguns
requisitos de validade:
- agente capaz7;
- objeto lcito8;
- forma legal9;
- requisitos especficos:
a) contribuio dos scios com a formao do capital social
(todos os scios devem contribuir com a formao do capital
social). O ato de comprometimento de integralizar o capital
7 O RE 82.433/SP chegou ao STF para se discutir se o menor pode ser scio de uma sociedade limitada. Segundo
o STF, menor pode sim ser scio, desde que preencha os seguintes requisitos: tem de estar devidamente assistido ou representado + no pode exercer a administrao + o capital social deve estar totalmente integralizado.
8 Deve-se observar as peculiaridades de cada regio, uma vez que o poder pblico pode proibir determinadas
atividades.
9 possvel por instrumento particular ou instrumento pblico, necessitando em ambos os casos de visto do
advogado, sob pena de nulidade. Micro-empresa e empresa de pequeno porte no necessitam de visto de advogado.
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 64
na sociedade na proporo do contrato chama-se subscrio.
Capital social o valor destinado para explorao da
atividade provindo da contribuio dos scios. O ato de
integrar o valor sociedade chama-se integralizao.
- formas de integralizao:
- com dinheiro;
- com bens (carro, imvel10, computador, etc)11;
- com crditos;
- art. 1055, 2, CC/02 vedada a
contribuio que consista em prestao de
servios.
- obs.: o scio que no integralizou (total/parcialmente)
o capital (as quotas sociais) ser chamado de scio
remisso. O scio remisso pode ser (art. 1.004, pargrafo
nico do CC/02):
10 Quem integraliza com bens imveis o ITBI (art. 156, II da CRFB/88) no cobrado, portanto, sobre a
operao no incide ITBI, um caso de imunidade especial (art. 156, 2, da CRFB/88).
11 Quem integraliza com bens responde pela evico, ou seja, tem a mesma responsabilidade do que um
vendedor. O valor no integralizado (ex.: scio deixa de integralizar; scio integraliza bem mas com valor estipulado acima do que realmente vale) far com todos os scios se responsabilizem por essa no-integralizao pelo prazo de cinco anos contados do registro da sociedade (art. 1.055, 1).
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 65
- excludo da sociedade;
- indenizao (cobrar a sociedade o que ele deve);
- reduo da quota;
b) distribuio dos resultados: todos os scios devem
participar dos lucros e das perdas da sociedade. O art. 1.008
diz que nula a estipulao contratual que exclua qualquer
scio de participar dos lucros e das perdas.
3. Sociedades Contratuais
3.1 Requisitos Comuns
3.1.1 Agente
3.1.2 Objeto
3.1.3 Forma
3.2 Requisitos especficos
3.2.1 Pluralidade de scios
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 66
So necessrios dois ou mais scios, portanto, na
constituio da sociedade no possvel sociedade
unipessoal, mas depois de constituda possvel que haja a
unipessoalidade temporria. Assim, quando a sociedade
tiver dois scios e um sair (exemplo: marido que separa da
mulher e quer sair da sociedade limitada que tm juntos)
pode haver a sociedade unipessoal no prazo de 180 dias
no mximo, sob pena de desconstituio da sociedade (ver
artigo 1.033, IV). Quanto possibilidade de sociedade
entre cnjuges, o artigo 977 do Cdigo Civil nos responde,
dizendo que [...] facultam aos cnjuges contratar
sociedade entre si ou com terceiros, desde que no
tenham casado no regime da comunho universal de bens
ou no regime de separao obrigatria.
- art. 1.639, 2 admissvel a alterao do regime de
bens, mediante autorizao judicial em pedido motivado
de ambos os cnjuges, apurada a procedncia das razes
invocadas e ressalvados os direitos de terceiros.
- casamentos em comunho universal de bens em
sociedades constitudas antes do CC/02 o DNRC
(Departamento Nacional de Registro de Comrcio) um
rgo normatizador e emitiu um parecer (parecer
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 67
125/03), que causou a edio do Enunciado 204 do CJF,
no sentido de que as sociedades j constitudas devem
ser mantidas em razo do ato jurdico perfeito e do
direito adquirido.
REsp 1.058.165/RS
977 se aplica a sociedade empresria e a sociedade simples.
Art. 977. Faculta-se aos cnjuges contratar sociedade,
entre si ou com terceiros, desde que no tenham casado no
regime da comunho universal de bens, ou no da separao
obrigatria.
3.2.2 Contribuio dos Scios para formar o Capital Social
Subscrio (comprometimento)
Integralizao (pagamento).
Capital social o valor destinado para explorao da
atividade provindo da contribuio dos scios
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 68
3.2.3 Distribuio dos Resultados
3.2.4 Affectio Societatis
a disposio dos scios em formar e manter a sociedade
uns com os outros. Quando no existe ou desaparece esse
nimo, a sociedade no se constitui, ou deve ser dissolvida.
Aula 4 31/03/2011
3.2.5 Contrato Social
3.2.5.1 Clusulas contratuais essenciais12:
a) art. 997 do CC traz o rol das clusulas:
- qualificao dos scios;
12 Clusulas essenciais no podem deixar de existir no contrato.
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 69
- nome/denominao empresarial, objeto e sede da
sociedade;
- valor do capital social;
- se o prazo determinado ou indeterminado;
- cota de cada scio e modo de integralizao;
- pessoas naturais que exercero a administrao;
- participao de cada scio nos lucros e perdas;
- tipo de responsabilidade dos scios.
SUBTTULO II
Da Sociedade Personificada
CAPTULO I
Da Sociedade Simples
Seo I
Do Contrato Social
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 70
Art. 997. A sociedade constitui-se mediante CONTRATO
ESCRITO, PARTICULAR ou PBLICO, que, alm de clusulas
estipuladas pelas partes, mencionar:
I - nome, nacionalidade, estado civil, profisso e
residncia dos scios, se pessoas naturais, e a firma ou a
denominao, nacionalidade e sede dos scios, se jurdicas;
II - denominao, objeto, sede e prazo da sociedade;
III - capital da sociedade, expresso em moeda corrente,
podendo compreender qualquer espcie de bens, suscetveis
de avaliao pecuniria;
IV - a quota de cada scio no capital social, e o modo de
realiz-la;
V - as prestaes a que se obriga o scio, cuja
contribuio consista em servios;
VI - as pessoas naturais incumbidas da administrao da
sociedade, e seus poderes e atribuies;
VII - a participao de cada scio nos lucros e nas
perdas;
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 71
VIII - se os scios respondem, ou no,
subsidiariamente, pelas obrigaes sociais.
Pargrafo nico. ineficaz em relao a terceiros
qualquer pacto separado, contrrio ao disposto no
instrumento do contrato.
3.2.5.2 Clusulas contratuais acidentais13:
a) pro labore: existe diferena entre lucro e pro labore.
Lucro decorrente do o investimento inicial. Pro labore
a remunerao decorrente do trabalho em favor da
sociedade. Assim, todos os scios tm direito ao lucro,
mas somente os que trabalham tm direito ao pro labore.
4. Sociedade Simples
4.1 Constituio: Contrato Social (998)
13 A presena dessas clusulas so dispensveis, mas podem constar no contrato.
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 72
Art. 998. Nos 30 dias subseqentes sua
constituio, a sociedade dever requerer a inscrio do
contrato social no Registro Civil das Pessoas Jurdicas do local
de sua sede.
- Registro dentro do prazo: efeitos ex tunc (retroagem
data da constituio)
- Registro depois do prazo: efeitos ex nunc (efeitos a
partir da concesso do registro)
1o O pedido de inscrio ser acompanhado do
instrumento autenticado do contrato, e, se algum scio nele
houver sido representado por procurador, o da respectiva
procurao, bem como, se for o caso, da prova de
autorizao da autoridade competente.
2o Com todas as indicaes enumeradas no artigo
antecedente, ser a inscrio tomada por termo no livro de
registro prprio, e obedecer a nmero de ordem contnua
para todas as sociedades inscritas.
4.2 Contrato Social (998)
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 73
4.2.1 Clusulas essenciais
Alterao modificao: qurum de
UNANIMIDADE
Art. 999. As modificaes do contrato social, que
tenham por objeto matria indicada no art. 997,
dependem do consentimento de todos os scios
(UNANIMIDADE); as demais podem ser decididas
por maioria absoluta de votos, se o contrato no
determinar a necessidade de deliberao
unnime.
Pargrafo nico. Qualquer modificao do contrato
social ser averbada, cumprindo-se as formalidades
previstas no artigo antecedente.
4.2.2 Clusulas acidentais
Alterao modificao: qurum de maioria
absoluta
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 74
4.3 Cotas Sociais
4.3.1 Formas de integralizao:
4.3.1.1 Dinheiro
4.3.1.2 Bens
4.3.1.3 Crditos
4.3.1.4 Prestao de Servios
Quando isso ocorre, o scio que pagar sua parte
prestando servio no pode empregar-se em atividade
estranha sociedade. Tem que prestar servio s para
aquela atividade.
Art. 1.006. O scio, cuja contribuio consista em servios,
no pode, conveno em contrrio, empregar-se em
atividade estranha sociedade, sob pena de ser privado
de seus lucros e dela excludo.
OBA: Neste tipo de sociedade, admite-se a contribuio
em servios.
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 75
4.3.2 Cesso de Quotas
4.3.2.1 Alterao do Contrato Social
Art. 1.003. A cesso total ou parcial de quota, sem a
correspondente modificao do contrato social com o
consentimento dos demais scios, no ter eficcia
quanto a estes e sociedade.
Cesso de quota exigidos:
- consentimento dos demais scios
- modificao do contrato social
Para ter eficcia quanto aos scios e sociedade
4.3.2.2 Aprovao de todos os scios
Como muda uma clusula essencial, necessria
concordncia da unanimidade dos scios
4.4 Responsabilidade do Scio
* Definida no Contrato Social:
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 76
Limitada X Ilimitada
Solidria X Subsidiria
* Contrato omisso Responsabilidade:
Ilimitada
Subsidiria
Insolvncia:
Art. 1.023. Se os bens da sociedade no lhe cobrirem as
dvidas, respondem os scios pelo saldo, na proporo
em que participem das perdas sociais, clusula de
responsabilidade solidria.
4.5 Direitos dos Scios
4.5.1 Participao nos lucros
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 77
Direito que todos os scios possuem. Tanto assim, que temos
uma regra no CC que define que, se o contrato social de uma
sociedade simples contiver uma clusula excluindo um
determinado scio da participao nos lucros, essa clusula
nula.
Art. 1.008. NULA a estipulao contratual que exclua
qualquer scio de participar dos lucros e das perdas.
O CC permite que os scios distribuam os lucros
desproporcionalmente participao Social:
Participao
social
Distribuio de
Lucros
A 70% 75%
B 30% 25%
Art. 1.007. estipulao em contrrio, o scio
participa dos lucros e das perdas, na proporo das
respectivas quotas, mas aquele, cuja contribuio
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 78
consiste em servios, somente participa dos lucros na
proporo da mdia do valor das quotas.
4.5.2 Participao nas deliberaes sociais
Deciso da Maioria do Capital Social.
Vai prevalecer a deciso da maioria do capital social.
Participao
social Votos
A 51% Sim
B 29% No
C 20% No
Seo III
Da Administrao
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 79
Art. 1.010. Quando, por lei ou pelo contrato social,
competir aos scios decidir sobre os negcios da
sociedade, as deliberaes sero tomadas por
MAIORIA de votos, contados segundo o valor das
quotas de cada um.
1o Para formao da maioria absoluta so
necessrios votos correspondentes a mais de metade
do capital.
Empate Desempate:
1 Critrio: deciso do maior n de scios
Participao
social Votos
A 50% Sim
B 30% No
C 20% No
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 80
2 Critrio: deciso judicial ou arbitral
2o Prevalece a deciso sufragada por maior
nmero de scios no caso de empate, e, se este
persistir, decidir o juiz.
Participao
social Votos
A 50% Sim
B 30% No
C 20% No
3o Responde por perdas e danos o scio que,
tendo em alguma operao interesse contrrio ao da
sociedade, participar da deliberao que a aprove
graas a seu voto.
4.5.3 Direito de Retirada
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 81
4.5.3.1 Sociedade de Prazo Determinado
Justa causa
Provada judicialmente
4.5.3.2 Sociedade de Prazo Indeterminado
Justa causa
Notificao aos demais scios (ant. 60 dias)
Art. 1.029. Alm dos casos previstos na lei ou no
contrato, qualquer scio pode retirar-se da sociedade; se
de prazo indeterminado, mediante notificao aos demais
scios, com antecedncia mnima de 60 dias; se de prazo
determinado, provando judicialmente justa causa.
Pargrafo nico. Nos 30 dias subseqentes
notificao, podem os demais scios optar pela dissoluo
da sociedade.
* Retirada, Excluso ou Morte de Scio responde at 2
anos da averbao da resoluo da sociedade:
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 82
Art. 1.032. A retirada, excluso ou morte do scio, no
o exime, ou a seus herdeiros, da responsabilidade pelas
obrigaes sociais anteriores, at 2 anos aps averbada a
resoluo da sociedade; nem nos dois primeiros casos,
pelas posteriores e em igual prazo, enquanto no se
requerer a averbao.
* Cesso de Quotas:
Art. 1.003, Pargrafo nico. At 2 anos depois de
averbada a modificao do contrato, responde o cedente
solidariamente com o cessionrio, perante a sociedade e
terceiros, pelas obrigaes que tinha como scio.
4.6 Excluso de Scio
4.6.1 Falta grave
Ex.: fazer concorrncia com a prpria sociedade.
Ex.: scio remisso pode ser:
Excludo
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 83
Executado
Ter sua quota reduzida
Art. 1.004. Os scios so obrigados, na forma e
prazo previstos, s contribuies estabelecidas
no contrato social, e aquele que deixar de faz-lo,
nos 30 dias seguintes ao da notificao pela
sociedade, responder perante esta pelo dano
emergente da mora.
Pargrafo nico. Verificada a mora, poder a
maioria dos demais scios preferir, indenizao,
a excluso do scio remisso, ou reduzir-lhe a
quota ao montante j realizado, aplicando-se, em
ambos os casos, o disposto no 1o do art. 1.031.
4.6.2 Incapacidade Superveniente
Ex.: fazer concorrncia com a prpria sociedade.
Art. 1.030. Ressalvado o disposto no art. 1.004 e seu
pargrafo nico, pode o scio ser excludo judicialmente,
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 84
mediante iniciativa da maioria dos demais scios, por falta
grave no cumprimento de suas obrigaes, ou, ainda, por
incapacidade superveniente.
4.7 Apurao de haveres
4.7.1 Balano Especial
Balano (Ativo Passivo) para verificar patrimnio e o
montante que o scio receber. No receber o valor da sua
quota.
Art. 1.031. Nos casos em que a sociedade se resolver em
relao a um scio, o valor da sua quota, considerada pelo
montante efetivamente realizado, liquidar-se-,
disposio contratual em contrrio, com base na situao
patrimonial da sociedade, data da resoluo, verificada em
balano especialmente levantado.
1o O capital social sofrer a correspondente reduo,
se os demais scios suprirem o valor da quota.
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 85
2o A quota liquidada ser paga em dinheiro, no prazo
de noventa dias, a partir da liquidao, acordo, ou
estipulao contratual em contrrio.
4.8 Administrao
No pode ser PJ.
Obs.: pessoa jurdica no pode ser
administradora da sociedade LTDA, podendo
ser somente a pessoa natural, conforme o artigo
997, inciso VI.
4.8.1 Somente Pessoa Fsica.
Art. 997. A sociedade constitui-se mediante CONTRATO
ESCRITO, PARTICULAR ou PBLICO, que, alm de clusulas
estipuladas pelas partes, mencionar:
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 86
VI - as pessoas naturais incumbidas da administrao da
sociedade, e seus poderes e atribuies;
A Administrao personalssima. No se transfere a
Administrao com a cesso de quotas.
4.8.2 Scio ou No scio
Para que o no scio seja administrador, so necessrios dois
requisitos cumulativos (art. 1.061 do CC/02):
- previso no contrato social14;
- aprovao dos scios, com o seguinte qurum:
- capital social integralizado -> 2/3 da quotas sociais;
- capital social no est totalmente integralizado ->
unanimidade;
14 No havendo previso no contrato social, somente o scio pode ser administrador.
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 87
Art. 1.061. Se o contrato permitir administradores no
scios, a designao deles depender de aprovao da
unanimidade dos scios, enquanto o capital no estiver
integralizado, e de 2/3, no mnimo, aps a integralizao.
4.8.3 Omisso contratual: So administradores todos os scios.
Na omisso do contrato, todos os scios sero
administradores.
Art. 1.013. A administrao da sociedade, nada
dispondo o contrato social, compete separadamente a cada
um dos scios.
1o Se a administrao competir separadamente a
vrios administradores, cada um pode impugnar operao
pretendida por outro, cabendo a deciso aos scios, por
maioria de votos.
2o Responde por perdas e danos perante a sociedade o
administrador que realizar operaes, sabendo ou devendo
saber que estava agindo em desacordo com a maioria.
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 88
Art. 1.014. Nos atos de competncia conjunta de vrios
administradores, torna-se necessrio o concurso de todos,
nos casos urgentes, em que a omisso ou retardo das
providncias possa ocasionar dano irreparvel ou grave.
4.8.4 Administrador Nomeao:
4.8.4.1 No contrato
Scio: Poderes Irrevogveis
No scio: Poderes Revogveis
4.8.4.2 Em ato separado
Scio: Poderes Revogveis
No scio: Poderes Revogveis
Art. 1.012. O administrador, nomeado por
instrumento em separado, deve averb-lo margem da
inscrio da sociedade, e, pelos atos que praticar, antes de
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 89
requerer a averbao, responde pessoal e solidariamente
com a sociedade.
Scio No scio
Contrato Poderes
irrevogveis
Poderes
Revogveis
Em ato
separado
Poderes
Revogveis
Poderes
Revogveis
Art. 1.019. So irrevogveis os poderes do scio
investido na administrao por clusula expressa do
contrato social, justa causa, reconhecida
judicialmente, a pedido de qualquer dos scios.
Pargrafo nico. So revogveis, a qualquer tempo,
os poderes conferidos a scio por ato separado, ou a
quem no seja scio.
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 90
4.8.5 Administrador Responsabilidade:
Os atos praticados pelo administrador, em regra, so de
responsabilidade da sociedade porque, enquanto
administrador, representa os interesses da PJ. Foi escolhido
pela PJ para exercer os atos de administrao.
Se o administradora agir com culpa no desempenho de suas
funes, ele responder solidariamente com a sociedade.
Art. 1.015, p. nico muito comum em prova.
Art. 1.015. No silncio do contrato, os administradores
podem praticar todos os atos pertinentes gesto da
sociedade; no constituindo objeto social, a onerao ou a
VENDA de bens IMVEIS depende do que a MAIORIA dos
scios decidir.
Teoria Ultra Vires (Alm das Foras):
Condies para oposio a terceiros do excesso de poder
praticado por administradores basta 1 hiptese:
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 91
Pargrafo nico. O excesso por parte dos
administradores somente pode ser oposto a terceiros [pela
sociedade] se ocorrer pelo menos 1 das seguintes hipteses:
I - se a limitao de poderes estiver inscrita ou
averbada no registro prprio da sociedade (limitao de
poderes bem definida no contrato social, dizendo o que
ele pode e no pode fazer);
Ex.: contrato prev que o Administrador no
pode prestar fiana, aval, assinar cheque sozinho
(precisa de assinatura de 2 ou + administradores).
Se o locador alugar um imvel afianado pela
sociedade, aquele no poder cobrar desta o valor no
pago. Quem responder o prprio administrador.
II - provando-se que [a limitao de poderes] era
conhecida do terceiro;
III - tratando-se de operao evidentemente
estranha aos negcios da sociedade.
Se o administrador pratica ato diverso do
explorado pela atividade, o ato chamado de
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 92
excessivo, por que o prprio administrador
responder, e no a sociedade.
Art. 1.016. Os administradores respondem
solidariamente perante a sociedade e os terceiros
prejudicados, por culpa no desempenho de suas funes.
Teoria Ultra Vires (Alm das Foras):
Ato ultra vires o praticado pelo administrador alm das foras
por ele atribudas pelo Estatuto Social, ou Contrato Social, isto ,
com extrapolao dos limites de seus poderes estatutrios ou
contratuais.
Segundo esta Teoria, no imputvel Sociedade o ato
excessivo (ato ultra vires).
Obs.: a teoria ultra vires uma teoria inglesa e nem
mesmo na Inglaterra se usa mais essa teoria, alm
dela ainda estar contra a orientao do STJ. Para
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 93
este Tribunal Superior, deve ser aplicada a Teoria da
Aparncia.
Em razo da dinmica das relaes contratuais,
modernidade e massificao das relaes, aliada
proteo da boa-f que se impe a aplicao da Teoria
da Aparncia.
Aparentemente, o Administrador tem poderes para
exercer diversos atos.
- Srgio Campinho traz um conceito muito interessante:
segundo ele, a teoria ultra vires deve ser aplicada para os
fornecedores e instituies financeiras de crdito, mas
em se tratando de relao de consumo e de trabalho
deve prevalecer a teoria da aparncia.
Se o Administrador pratica ato excessivo, a sociedade
tem culpa in eligendo e ter direito de regresso contra o
Administrador.
REsp 704.546/DF
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 94
5. Sociedade Limitada
Artigo 1.052 e ss do CC.
Omisso do CC aplicam-se as regras de sociedade simples.
Ex.: questo do ato ultra vires, porque, no captulo de ltda, o CC
no fala nada sobre o assunto.
Ex.: direito de retirada.
Ex.: regra de clusula que exclui o scio de participar dos lucros
nula.
Quanto ao objeto, pode ser:
Sociedade Simples
Sociedade Empresria
Se o tipo Ltda, no importa se simples ou empresria, deve observar
as regras da Ltda, no da Sociedade Simples. Apenas na omisso do
captulo da Ltda aplicam-se as regras do captulo da Sociedade
Simples.
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 95
O contrato social da Ltda pode prever que, na omisso, a regncia ser
a da SA.
Art. 1.053. A sociedade limitada rege-se, nas omisses deste
Captulo, pelas normas da sociedade simples.
Regncia Supletiva da Lei de SA:
Pargrafo nico. O contrato social poder prever a regncia
supletiva da sociedade limitada pelas normas da sociedade
annima.
Aula 5 18/04/2011
5.1 Responsabilidade dos scios: Limitada
- segundo o artigo 1.052 do CC/02, na sociedade limitada, a
responsabilidade do scio est restrita ao valor de suas quotas,
mas todos os scios respondem de forma solidria pelo que falta
para a integralizao do capital social;
- como exemplo, uma padaria em que o capital social seja
R$100.000,00, onde um pontepretano tem 40%, um flamenguista
tem 30%, um so-paulino tem 24% e um corinthiano tem 6%.
Cada um desses scios obrigado a integralizar o valor de suas
quotas, assim, integralizada a quota parte de cada um, acabou-se a
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 96
responsabilidade dos scios. Essa a grande diferena da
sociedade limitada e da sociedade em comandita simples. Na
sociedade limitada o scio no responde com o seu patrimnio,
respondendo apenas com o patrimnio da sociedade, sendo o seu
dever apenas integralizar as quotas a que se comprometeu. No
caso em que um dos scios deixe de integralizar (ex.:
Flamenguista), faltar R$30.000,00 assim, todos os scios
respondem por esse valor que faltou, ou seja, quem vai ter de
pagar sero todos os scios, visto que eles respondem de forma
solidria pelo que falta para a integralizao.
- excees regra da limitao da responsabilidade (dvidas
que recaem sobre o patrimnio dos scios):
5.1.1 Excees:
5.1.1.1 Ausncia de registro - sociedade em comum (CC
986);
Art. 986. Enquanto no inscritos os atos constitutivos,
reger-se- a sociedade, exceto por aes em organizao, pelo
disposto neste Captulo, observadas, subsidiariamente e no
que com ele forem compatveis, as normas da sociedade
simples.
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 97
5.1.1.2 Dvidas trabalhistas;
5.1.1.3 Casos de desconsiderao da personalidade jurdica;
5.1.1.4 Dissoluo irregular (RESP 586.222)
5.1.1.5 Quando a sociedade violar a regra do artigo 977
(sociedade entre cnjuges);
- Obs1.: nesses casos acima todos os scios vo se
responsabilizar com o patrimnio pessoal e de
forma solidria.
- Obs2.: as deliberaes infringentes do contrato
ou da lei tornam ilimitada a responsabilidade
somente dos scios que expressamente as
aprovaram (art. 1.080 do CC/02).
- Obs3.: o CTN, em seu artigo 135, diz que [...] so
pessoalmente responsveis pelos crditos
correspondentes a obrigaes tributrias
resultantes de atos praticados com excesso de
poderes ou infrao de lei, contrato social ou
estatutos. O inciso III do mesmo artigo diz que
quem responde nesse caso o administrador.
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 98
- entendimento do STJ quando a sociedade
deixa de pagar o imposto porque no possui
recurso suficiente para o pagamento, isso vai
se chamar inadimplncia. Na inadimplncia, o
administrador no responde pela dvida
tributria. Agora, caso a sociedade deixe de
pagar o imposto por qualquer outro motivo,
isso vai se chamar sonegao. Na sonegao o
administrador responde com o seu patrimnio
pessoal.
* Dbito com INSS (era um item, agora uma obs.) art.
13, Lei 8.620, foi revogado pela Lei 11.941/2009. Hoje,
no se aplica mais.
5.1.1.6 Apenas o Administrador:
Dvida Tributria (CTN 153, III)
Art. 135. So pessoalmente responsveis* pelos
crditos correspondentes a obrigaes tributrias
[tributos ou multas (tributrias ou no tributrias), e
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 99
dvidas no tributrias, de qualquer natureza Lei
6.830, art. 2, 4] resultantes de atos praticados com
excesso de poderes ou infrao de lei, contrato
social ou estatutos:
III - os diretores, gerentes ou representantes de
pessoas jurdicas de direito privado.
Simples inadimplncia: o administrador no responde.
Sonegao: o administrador responde.
5.1.1.7 Alguns scios
Deliberaes infringentes da lei ou CS (CC 1080)
Art. 1.080. As deliberaes infringentes do
CONTRATO ou da LEI tornam ilimitada a
responsabilidade dos que expressamente as
aprovaram.
5.2 Quotas sociais:
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/
Contato: [email protected] 100
5.2.1 Natureza Jurdica duplo aspecto:
- segundo Rubens Requio as quotas sociais tm duplo
aspecto: asseguram ao seu titular
5.2.1.1 direito patrimo