Direito Empresarial II

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  • DIREITO

    EMPRESARIAL

    ++++++++

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    TTULOS DE CRDITO ......................................................................................................................... 1

    1. Princpios ................................................................................................................................................... 2

    1.1Cartularidade .......................................................................................................................................... 2

    1.2Literalidade ............................................................................................................................................. 4

    1.3Autonomia ............................................................................................................................................... 5

    2. Legislao aplicvel ............................................................................................................................... 8

    2.1Letra de Cmbio: LUG Dec. 57.773/66 ..................................................................................... 8

    2.2.Nota Promissria: LUG Dec. 57.773/66 .................................................................................. 8

    2.3.Duplicata: Lei 5.474/68..................................................................................................................... 8

    2.4.Cheque: Lei 7.357/85 ......................................................................................................................... 8

    3. Classificao.............................................................................................................................................. 8

    4. Letra de Cmbio .................................................................................................................................... 16

    5. Nota Promissria .................................................................................................................................. 30

    6. Cheque ...................................................................................................................................................... 34

    7. Duplicata .................................................................................................................................................. 41

    DIREITO SOCIETRIO........................................................................................................................ 47

    1.Quadro Geral das Sociedades: ............................................................................................................... 47

    2. Classificao das sociedades personificadas empresariais: ............................................... 58

    3. Sociedades Contratuais ...................................................................................................................... 65

    4. Sociedade Simples ................................................................................................................................ 71

    5. Sociedade Limitada.............................................................................................................................. 94

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    6. Dissoluo das Sociedades Contratuais: .................................................................................. 127

    7. Sociedade Annima (S/A): ............................................................................................................ 133

    NOVA LEI DE FALNCIA LEI 11.101/05 ........................................................................ 166

    1. Falncia: ................................................................................................................................................ 169

    1.1 Pressupostos: ............................................................................................................................ 169

    1.2 Fundamentos de pedido de falncia: ............................................................................... 170

    1.3 Processo Falimentar ............................................................................................................... 174

    1.4 Juzo competente ..................................................................................................................... 180

    1.5 Pedido de Falncia .................................................................................................................. 184

    1.6 Hipteses do devedor aps a sua citao: ..................................................................... 185

    1.7 Sentena: ..................................................................................................................................... 187

    1.8 Da ineficcia e revogao de atos praticados antes da falncia ........................... 208

    1.9 Arrecadao e Realizao do ativo ................................................................................... 213

    RECUPERAO JUDICIAL: ............................................................................................................. 224

    1. Recuperao Judicial Especial (art. 70 e seguintes da lei): .................................................. 230

    2. Recuperao Extrajudicial: ..................................................................................................................... 231

    CONTRATOS COMERCIAIS ............................................................................................................ 232

    1 ALIENAO FIDUCIRIA ...................................................................................................... 232

    2 CONTRATO DE LEASING OU ARRENDAMENTO MERCANTIL ................................... 235

    3 CONTRATO DE FRANQUIA ................................................................................................... 239

    4 CONTRATO DE FACTORING FOMENTO MERCANTIL ............................................... 241

    5 CONTRATO DE REPRESENTAO COMERCIAL ............................................................. 243

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    Luiz Emygydio Rosa Jr, Ttulo de Crdito, Ed. Renovar

    Ricardo Negro, Direito Comercial, V. 2, Ed.

    Gladson Memebe, Ttulo de Crdito,

    Ttulo de Crdito o documento necessrio para o exerccio

    do direito literal e autnomo nele mencionado. (famoso conceito de

    Vivante)

    Este conceito cai em prova!!

    Vejamos o que diz o art. 887 do CC:

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    Art. 887. O ttulo de crdito, documento necessrio ao exerccio do direito literal e autnomo nele contido, somente produz efeito quando preencha os requisitos da lei.

    TRF 3 perguntou os dois conceitos, Vivante e CC.

    Crtula: pequeno papel.

    O crdito dever ser representado (materializado) em um ttulo

    (documento).

    Para a transferncia do crdito, necessria a transferncia do

    documento

    No h que se falar em exigibilidade do crdito sem a

    apresentao do documento.

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    CESPE:

    Para transferncia de um cheque suficiente o endosso.

    Errado! Tem que endossar e entregar!

    Tenho que usar o documento original para instruir a ao de

    execuo. Ele a prova de que o crdito no foi pago.

    No d para usar ao de execuo com cpia autenticada de

    cheque a princpio. Mas, excepcionalmente, o STJ j permitiu isso.

    Quando? Quando o borrachudo integra um inqurito policial ou processo

    penal para apurao de crime de emisso de cheque sem fundos.

    O detalhe que estamos diante de uma situao que vem se

    modificando no decorrer do tempo. J temos no CC 889, 3, autorizao

    para emitir ttulo de crdito eletrnico.

    Art. 889, 3o O ttulo poder ser emitido a partir dos

    caracteres criados em computador ou meio tcnico

    equivalente e que constem da escriturao do emitente,

    observados os requisitos mnimos previstos neste artigo.

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    Duplicata virtual j muito comum na atividade empresarial. O

    ttulo de crdito, em tese, no emitido. A duplicata no encaminhada ao

    devedor, apenas o boleto, e as informaes da duplicata so transmitidas ao

    tabelionato, que protesta a duplicata, permitindo a execuo do ttulo.

    1 processo de desmaterializao dos ttulos de crdito. Por isso,

    alguns autores esto chamando a cartularidade de incorporao. O que se

    busca que o crdito esteja materializado em um documento, que pode ser

    em papel ou em meio eletrnico. O crdito est incorporado em um

    documento em papel ou em um documento meio eletrnico.

    O que no est no ttulo de crdito no est no mundo cambial.

    S tem validade para o direito cambial aquilo que est

    literalmente escrito no ttulo.

    A quitao tem que ser dada no ttulo & tem que ser devolvido ao

    pagador.

    O aval tem que ser dado no ttulo de crdito. Cuidar quando o cara

    for casado!

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    pela literalidade que se determina a existncia, o contedo, a

    extenso e a modalidade do direito constante do ttulo.

    Se constar quitao parcial no ttulo, posso protestar apenas o

    restante. No posso protestar o ttulo todo.

    As relaes Jurdico-cambiais so autnomas e independentes

    entre si.

    Causa subjacente / Causa debendi causa que deu origem ao

    ttulo de crdito.

    Ex.: compra e venda de celular. Celular apresenta vcios.

    Comprador solicita devoluo da NP e pede para devolver ao vendedor o

    celular. Se o credor da NP executar o devedor, o devedor pode apresentar

    uma defesa pessoal contra o credor.

    Se o ttulo for transferido a 3, ele adquire autonomia com esta 2

    relao jurdica cambial. As relaes so independentes uma da outra. Por

    isso, na 3 relao jurdica, entre o adquirente do ttulo de crdito e o

    devedor desse ttulo, este no poder alegar nada sobre as relaes

    anteriores.

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    Ex.: transferncias sucessivas 1 ocorre com assinatura falsa a

    incapaz (14 anos) e continuam as transferncias. Pouco importam estes

    fatos, as relaes no dependem uma da outra. O devedor do ttulo vai ter

    que pagar o ttulo, em razo da autonomia.

    O possuidor de um ttulo de crdito exerce um direito prprio e

    no um direito derivado de quem quer que seja. Pela autonomia, uma

    obrigao nula no afeta as demais obrigaes vlidas no ttulo.

    A maioria dos autores afirma que o princpio da autonomia possui

    2 sub-princpios:

    1 - Inoponibilidade de excees pessoais a terceiros de boa-f.

    um sub-princpio que tem natureza processual.

    O devedor somente poder formular defesa pessoal

    contra o legtimo possuidor se este e o devedor participaram da mesma

    relao causal que deu origem ao ttulo.

    2 - Abstrao

    o que chamamos de desvinculao.

    Ex.: Compra e venda de celular & NP. Quando o credor

    transfere o ttulo de crdito, este se desvincula da compra e venda, da causa

    que lhe deu origem.

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    Essa autonomia s vem a existir com a transferncia do

    ttulo a terceiro.

    Negociabilidade

    Atributos / Qualidades dos ttulos de crdito.

    Executividade

    A negociabilidade 1 atributo do Ttulo de crdito, pois visa maior

    facilitao da circulao.

    Art. 585, I, CPC Ttulo de crdito ttulo executivo extra-judicial. No se

    precisa de uma ao de cobrana. Prope-se diretamente ao de execuo.

    Essa a executividade.

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    1.1 Letra de Cmbio: LUG Dec. 57.773/66

    1.2 Nota Promissria: LUG Dec. 57.773/66

    1.3 Duplicata: Lei 5.474/68

    1.4 Cheque: Lei 7.357/85

    * CC: aplicao subsidiria

    Art. 903. Salvo disposio diversa em lei especial,

    regem-se os ttulos de crdito pelo disposto neste Cdigo.

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    Ttulo cuja forma esteja definida e exigida em lei.

    Forma no exigida, no definida em lei.

    Ex.: NP e Letra de Cmbio

    aquele que precisa de uma causa especial para ser emitido.

    Ex.: duplicata:

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    Compra e venda mercantil

    Prestao de servios

    No precisa de uma causa especfica.

    Ex.: cheque.

    Pode ser utilizado para pagar qualquer dvida.

    3 intervenientes:

    D a ordem

    Recebe a ordem

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    Tomador/Beneficirio (credor do ttulo)

    2 intervenientes.

    Promitente / Subscritor emitente

    Tomador/Beneficirio

    S promessa de pagamento a Nota Promissria.

    Os demais ttulos so ordem de pagamento.

    aquele que no identifica o beneficirio.

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    Desde a lei 8.021/90, o ttulo ao portador no mais admitido,

    exceto se com previso expressa em lei especial.

    Art. 907, CC:

    Art. 907. nulo o ttulo ao portador emitido sem autorizao

    de lei especial.

    Ex.: lei 9.069/95 instituiu o Plano Real. Art. 69, regra que permite

    cheque ao portador de cheque igual ou inferior a R$ 100,00. Acima de R$

    100,00, tem que ser nominativo.

    Circula por mera entrega. Transfere-se por tradio.

    4.4.2 NOMINAL (ANTIGO NOMINATIVO)

    aquele que indica o beneficirio no ttulo.

    A circulao varia conforme o ttulo seja ordem ou no ordem.

    4.4.2.1 ordem

    Circula por Endosso + tradio.

    Endosso - A pessoa responde por:

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    Existncia

    Solvncia

    4.4.2.2 No ordem

    Circula por cesso civil + tradio.

    Cesso Civil - A pessoa responde por:

    Existncia

    Solvncia

    Art. 296. Salvo estipulao em contrrio, o cedente no

    responde pela solvncia do devedor.

    Art. 914. Ressalvada clusula expressa em contrrio,

    constante do endosso, no responde o endossante pelo

    cumprimento da prestao constante do ttulo.

    De acordo com o CC, o endosso no responde nem pela existncia

    nem pela solvncia.

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    A presuno de que os ttulos nominativos so ordem.

    S vou transferir por cesso civil se eu riscar a clusula ordem

    e inserir a clusula no ordem no ttulo de crdito.

    Esta a classificao tradicional.

    A CESPE est adotando outra classificao

    Ao Portador

    Nominal

    4.4.3 Nominativo

    Para o Cespe, o do 921 e 922, CC.

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    CAPTULO IV

    Do Ttulo Nominativo

    Art. 921. ttulo nominativo o emitido em favor de

    pessoa cujo nome conste no registro do emitente.

    Art. 922. Transfere-se o ttulo nominativo mediante

    termo, em registro do emitente, assinado pelo proprietrio e

    pelo adquirente.

    No ttulo nominativo, o nome do beneficirio est no registro do

    emitente, no no ttulo.

    Voc pode criar um ttulo de crdito com as caractersticas que

    voc escolher, desde que observe as regras do CC.

    Meu, est na cara que isso no vai funcionar.

    Para isso, vou ter que ter um livro chamado Livro de Registro do

    Emitente. Neste livro, colocarei o nome do credor. Se o proprietrio do

    ttulo quiser transferir o ttulo a 3, eles tm que fazer um termo de

    transferncia, tirar o nome do credor originrio do registro, colocar o do

    novo credor e emitir um ttulo para este novo credor.

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    o ttulo de crdito decorrente de relao ou relaes de crdito,

    entre 2 ou mais pessoas, pela qual a designada sacador d a ordem de

    pagamento pura e simples, vista ou prazo, a outrem, denominado

    sacado, a seu favor ou de terceira pessoa (tomador ou beneficirio), no

    valor e nas condies dela constantes.

    3 figuras:

    D a ordem de pagamento - Gialluca

    Recebe a ordem de pagamento - Renato

    Tomador beneficirio - LFG

    Saque criao e emisso de um ttulo que ordem de

    pagamento.

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    Sacador: quem d a ordem de pagamento

    o ato de concordncia com a ordem dada.

    ato privativo do sacado.

    Quando o sacado d o aceite, ele se torna o devedor principal do

    ttulo.

    O sacador o coobrigado.

    O beneficirio pode ajuizar a ao contra um, alguns ou todos os

    co-devedores

    Na Letra de Cmbio, o aceite ato obrigatrio?

    No, na Letra de Cmbio, o aceite facultativo.

    Significa que o sacado pode recusar o aceite.

    Efeitos da recusa do aceite:

    Vencimento antecipado do ttulo ( ou quando o sacado recusa o aceite

    ou quando o emitente tem sua falncia decretada);

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    Torna o sacador o devedor principal do ttulo

    CLUSULA NO ACEITVEL

    Evita o vencimento antecipado do ttulo

    Para evitar o antecipado, existe a Clusula No Aceitvel,

    inserida nos ttulos de crdito. Significa que esse ttulo no poder ser

    apresentado para aceite. Somente para o pagamente. Somente posso

    apresentar o ttulo para pagamento na data do vencimento.

    ACEITE PARCIAL

    Modalidades:

    Limitativo

    Modificativo

    ACEITE PARCIAL LIMITATIVO

    Existe limitao de valor.

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    Diretamente relacionado a valor.

    ACEITE PARCIAL MODIFICATIVO

    Modifica as condies do ttulo, como a data de pagamento.

    Ricardo Negro fala que tanto o aceite limitativo quanto o aceite

    modificativo equivalem recusa total. Significa que haver o vencimento

    antecipado do ttulo.

    Aula 2 25/02/2011

    CONCEITO

    o ato cambirio formal pelo qual o beneficirio ou terceiro

    adquirente chamado de endossante transfere os direitos dele decorrentes a

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    outra pessoa, denominada endossatrio, ficando, em regra, o endossante

    responsvel pelo pagamento do ttulo.

    EFEITOS

    Transferncia da titularidade do crdito do endossante para o endossatrio

    Tornar o endossatrio co-devedor do ttulo.

    Gialluca

    Sacador

    Endossatrio

    Sacado

    Tomador Endossatrio Endossatria

    Beneficirio Rogrio Fernanda

    LFG Endossante

    Endossante

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    O ltimo endossatrio pode ajuizar contra 1, alguns ou todos os co-

    devedores.

    O que pagar ter direito de regresso contra todos os devedores e co-

    devedores anteriores a ele.

    No Verso -> por simples assinatura

    No Anverso -> assinatura + expresso identificadora

    Endosso a, Pague-se a, Transfiro a.

    ENDOSSO EM PRETO X ENDOSSO EM BRANCO

    Preto: identifica o endossatrio

    Branco: no identifica o endossatrio

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    No, endosso parcial nulo.

    ENDOSSO PSTUMO

    o dado aps o vencimento.

    Efeitos:

    a) Vencimento do ttulo -> endosso

    b) Vencimento do ttulo + protesto ou expirou o prazo de

    protesto -> cesso civil.

    ENDOSSO IMPRPRIO

    No h transferncia da titularidade do crdito.

    Objetivo: legitimar a posse.

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    ENDOSSO-MANDATO

    Para fins de cobrana.

    Endossante mandante d poderes de cobrana para o

    endossatrio-mandatrio, para que este efetue o servio de

    cobrana.

    O endossatrio no o credor do ttulo.

    Clusulas: para cobrana, por procurao

    ENDOSSO-CAUO / PIGNORATCIO

    Ttulo de crdito 1 bem mvel.

    Se voc quer instituir penhor sobre o ttulo de crdito, voc faz

    1 endosso cauo.

    Clusulas: em penhor, em garantia

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    CONCEITO

    a declarao cambiria pela qual uma pessoa natural ou

    jurdica, estranha relao cartular, ou que nela j figura,

    assume obrigao cambiria autnoma e incondicional de

    garantir total ou parcialmente, no vencimento, o pagamento do

    ttulo nas condies nele estabelecidas.

    Garantia

    Avalista (PF/PJ)

    Avalizado (PF/PJ)

    O avalista tem obrigao equivalente do avalisado, pois

    garante o avalizado.

    Caso seja acionado judicialmente, o avalista ser obrigado a

    pagar o ttulo. Todavia, ter direito de regresso contra o

    avalizado e todos os devedores anteriores ao avalizado.

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    No Verso -> por simples assinatura

    O Anverso -> assinatura + expresso identificadora

    Endosso a, Pague-se a, Transfiro a.

    No Anverso -> por simples assinatura

    No Verso -> assinatura + expresso identificadora

    Endosso a, Pague-se a, Transfiro a.

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    AVAL EM BRANCO X AVAL EM PRETO

    Aval em Preto: identifica o avalizado. Clusula por aval a

    Tatiana.

    Aval em Branco: no identifica o avalizado. Avalizado quem

    criou o ttulo de crdito. O avalizado ser o sacador emitente do

    ttulo.

    1.4.1 possvel o aval parcial?

    A lei especial 7.357, art. 29, admite o aval parcial.

    Porm, o Cdigo Civil, no seu artigo 897, pargrafo nico, no

    admite o aval parcial.

    O Decreto 57.663/66, artigo 30, admite o aval parcial

    expressamente. Assim, deve-se utilizar, de acordo com o

    critrio da especialidade, a orientao de que possvel o aval

    parcial.

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    1.4.2 Aval dado depois do vencimento

    Vai ter os mesmos efeitos de aval.

    CC, Art. 900. O aval posterior ao vencimento produz os

    mesmos efeitos do anteriormente dado.

    1.4.3 Aval X Fiana

    Aval Fiana

    S pode ser dado em ttulo

    de crdito.

    Somente pode ser dada em

    contrato.

    Benefcio de ordem

    Lembre dos bancos que

    sempre colam os scios

    como avalistas. Na execuo,

    vo direto nestes.

    Benefcio de ordem

    Autnomo Acessria

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    Em caso de morte,

    incapacidade ou falncia do

    avalizado, o avalista

    continua responsvel

    Em caso de morte,

    incapacidade ou falncia do

    avalizado, acaba a

    responsabilidade do cara

    que afianou.

    - caso o avalista

    seja acionado ele

    ter direito de

    regresso contra o

    avalizado e todos

    os devedores

    anteriores a ele;

    - o aval dado aps

    o vencimento,

    mesmo aps o

    protesto, continua

    tendo o mesmo

    efeito de aval;

    Segundo o artigo 1.647 do CC/02, nenhum dos cnjuges

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    pode, sem a autorizao do outro (salvo quando o regime

    for de separao absoluta), prestar fiana ou aval

    Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648,

    nenhum dos cnjuges pode, sem autorizao do outro,

    exceto no regime da separao absoluta:

    III - prestar fiana ou aval;

    1.5 Vencimento

    1.5.1 vista

    o ttulo exigvel de imediato.

    1.5.2 Data certa

    Tem data definida de pagamento

    1.5.3 A certo termo da vista

    o n de dias contados a partir de uma data inicial: conta-se do

    aceite.

    Schwasneger

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    Hasta la vista, baby!

    Hasta la vista, aceite!

    1.5.4 A certo termo da data

    o n de dias contados a partir de uma data inicial: conta-se da

    emisso.

    2. Nota Promissria

    2.1 Conceito

    o ttulo de crdito pelo qual uma pessoa (emitente) faz a outra

    pessoa, designada beneficirio, uma promessa pura e simples de

    pagamento de quantia determinada, vista ou prazo, em seu favor

    ou a outrem, nas condies dela constantes.

    S h 2 figuras:

    Promitente/Subscritor/Emitente

    Tomador/Beneficirio

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    2.2 Aceite

    uma promessa de pagamento.

    No uma ordem de pagamento: Aceite.

    - Decreto 57.663/66. Inicia no artigo 75.

    No artigo 77 diz que as mesmas regras que foram vistas em relao

    letra de cmbio aplicam-se no que for possvel nota promissria;

    - a Lei Uniforme de Genebra, em seu artigo 78, diz que a nota

    promissria pode ter os mesmos 4 tipos de vencimento, assim, o

    vencimento a certo termo de vista conta-se do visto do subscritor, j

    que a nota promissria no tem aceite;

    2.3 Vencimento

    2.3.1 vista

    o ttulo exigvel de imediato.

    2.3.2 Data certa

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    Tem data definida de pagamento

    2.3.3 A certo termo da vista

    o n de dias contados a partir de uma data inicial: conta-se do

    visto.

    Schwasneger

    Hasta la vista, baby!

    Hasta la vista, visto!

    2.3.4 A certo termo da data

    o n de dias contados a partir de uma data inicial: conta-se da

    emisso.

    2.4 Endosso

    Idem Letra de Cmbio.

    2.5 Aval

    Idem Letra de Cmbio.

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    2.6 NP vinculada a Ttulo de Crdito

    - muito comum a vinculao de nota promissria a determinado

    contrato. Segundo o Princpio da Autonomia dos Ttulos de Crdito,

    caso o ttulo seja transferido a terceiro de boa f, ocorre a abstrao,

    onde o ttulo se desprende da causa. Agora, se na nota promissria

    constar que ela foi emitida em razo de determinado negcio jurdico,

    esse ttulo no goza de autonomia, uma vez que poder ser alegada

    exceo pessoal em desfavor de terceiro de boa f. Nota-se portanto,

    que nota promissria vinculada a contrato no goza de autonomia;

    - segundo a smula 258 do STJ a nota promissria vinculada a

    contrato de abertura de crdito no goza de autonomia em razo da

    iliquidez do ttulo que a originou. Isso significa que a exceo pessoal

    que voc apresentaria ao banco, voc tambm pode apresent-la ao

    terceiro de boa-f. Nessa smula, apesar da causa ser distinta, o ttulo

    tambm no goza de autonomia;

    - portanto, de extrema importncia lembrar que nota promissria

    vinculada a contrato no goza de autonomia;

    2.7 NP Pro Soluto X NP Pro Solvendo

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    NP Pro Soluto a nota em pagamento. Quando voc faz a tradio

    (entrega), a tradio faz a novao. A simples entrega provoca a

    novao da obrigao. Quando entrego a NP estou provocando a

    quitao da obrigao que a originou. Ex.: compra e venda de imvel.

    Se no pago a NP, a construtora vai poder fazer a resciso do contrato.

    Quando entrego a Np, quitei a compra e venda no possvel. A

    construtora s ter disposio a execuo.

    NP Pro Solvendo a nota para pagamento. A entrega do ttulo no

    provoca a quitao da obrigao. A quitao somente se opera com o

    pagamento do ttulo. S vou ter a quitao da obrigao quando pagar

    a NP. Se eu no pagar a NP no vencimento, a construtora pode ajuizar

    ao de execuo, mas tambm pode optar pela resciso do contrato,

    porque o contrato no est quitado.

    3. Cheque

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    - a lei do cheque a lei 7.357/85;

    3.1 Conceito

    o ttulo cambirio pelo qual uma pessoa (Emitente/Sacador), com

    base em prvia e disponvel proviso de fundos, em poder do banco ou

    instituio financeira a ele assemelhada por lei (Sacado), d contra o

    banco uma ordem incondicional de pagamento vista, em seu prprio

    benefcio ou em favor de terceiro (Tomador/Beneficirio).

    Cheque uma ordem de pagamento vista, incondicional, contra um

    banco, em razo de proviso que o emitente possui junto ao sacado,

    proveniente esta de contrato de depsito bancrio ou de abertura de

    crdito;

    - a relao jurdica do cheque composta de: sacador + sacado (banco)

    + tomador;

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    - smula 387 do STF: A cambial emitida ou aceita com omisses ou em

    branco, pode ser completada pelo credor de boa f, antes da cobrana

    ou do protesto.

    3.2 No h Aceite

    - o cheque no admite aceite: aceite;

    - com relao ao vencimento, o cheque somente pode ser vista, no

    existindo cheque a data certa, a certo termo de vista ou a certo termo

    de data;

    - da surge o problema do cheque ps-datado (ou pr-datado, com

    querem alguns) construo doutrinria: segundo o artigo 32 da lei do

    cheque, ele pagamento vista, considerando-se no escrita qualquer

    meno em contrrio (portanto, o bom para considerado no

    escrito), podendo portanto, haver execuo, protesto, de cheque pr-

    datado antes da data estipulada no ttulo (esse procedimento por parte

    do credor pode gerar dano moral para o devedor segundo a smula

    370 do STJ caracteriza dano moral a apresentao antecipada de

    cheque pr-datado1);

    1 Segundo a smula, o dano presumido, no precisar ser comprovado.

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    STJ Smula 370:Caracteriza dano moral a apresentao

    antecipada de cheque pr-datado.

    3.3 Endosso

    - no caso de devoluo indevida do cheque (cheque perfeito,

    apresentado para pagamento, com fundos no banco, e devolvido):

    assim, o STJ editou a smula 388, no sentido de que a simples

    devoluo indevida de cheque caracteriza dano moral;

    - no que se refere ao endosso, tudo visto na letra de cmbio tambm se

    aplica ao cheque.

    Obs.: quando ainda vigorava a CPMF, existia o motivo 36 para

    devoluo do cheque, para o caso de cheque com mais de um

    endosso (a regra proibitiva de dava pelo fato do endosso fazer o

    cheque circular sem a incidncia de CPMF). Atualmente, no h

    mais limite de endosso para o cheque.

    3.4 Aval

    No que se refere ao aval, tudo visto na letra de cmbio se aplica ao

    cheque. O aval no cheque pode ser parcial ou total. O aval somente

    continua enquanto o ttulo ainda cambial, uma vez que, caso o ttulo

    deixe de ser obrigao cambial, o aval no mais vale (ex.: o ttulo

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    prescrito faz com que o ttulo deixe de ser cambial, gerando a perda de

    efeito do aval). A smula 299 do STJ diz que [...] admissvel ao

    monitria fundada em cheque prescrito. A ao monitria contra o

    avalista de um cheque no pode ser proposta contra o avalista (nesse

    sentido a jurisprudncia do STJ, como o REsp. 200.492/MG);

    3.5 Prazo de apresentao

    de 30 dias se emitido na praa do sacado ou de 60 dias se for emitido

    em praa diferente da do sacado. Esse prazo contato partir da data

    de emisso do cheque.

    2 finalidades principais do prazo de apresentao:

    - dar incio ao prazo prescricional;

    - s possvel executar o endossante de cheque se o cheque for

    apresentado dentro do prazo legal (art. 47, II, da lei de cheque).

    Perdido o prazo de apresentao, no se pode mais executar o

    endossante.

    Segundo a smula 600 do STF, cabe ao executiva contra o emitente e

    seus avalistas, ainda que no apresentado o cheque ao sacado no prazo

    legal, desde que no prescrita a ao cambiria. Portanto, somente o

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    endossante no pode ser executado se o cheque for apresentado aps o

    prazo;

    3.6 Sustao

    A sustao pode ser de dois tipos:

    - contra ordem/revogao (art. 35 da lei) somente pode

    ser realizada pelo emitente, s produzindo efeito depois do

    prazo de apresentao;

    - oposio/sustao (art. 36 da lei) pode ser realizado pelo

    emitente e o portador legitimado, ocorrendo esta mesmo

    durante o prazo de apresentao;

    3.7 Pagamento

    - pagamento parcial: segundo o artigo 38, pargrafo nico da lei,

    diz que o portador no pode recusar pagamento parcial...;

    - se 2 ou + cheques so apresentados para pagamento

    simultaneamente (Detalhe, no h fundo disponvel de ambos),

    qual o banco deve pagar? Art. 40

    tero preferncia os cheques de emisso mais antiga;

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    se forem de mesma data, o de nmero inferior.

    - conta conjunta: segundo o STJ, na conta conjunta h

    solidariedade ativa, no sentido de que ambos podem movimentar

    a conta, mas no h solidariedade passiva. A responsabilidade

    passiva do emitente do cheque;

    - Prescrio:

    DEVEDOR

    PRINCIPAL E

    AVALISTA

    CO-DEVEDOR E

    AVALISTA

    DIREITO

    DE

    REGRESSO

    LETRA DE

    CMBIO E

    NOTA

    PROMISSRIA

    3 anos

    contados do

    vencimento;

    1 ano contado do

    protesto;

    6 meses

    contados do

    pagamento

    ou de

    quando

    demandado;

    DUPLICATA 3 anos

    contados do

    vencimento;

    1 ano contado do

    protesto;

    1 ano

    contado do

    pagamento

    ou de

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    quando

    demandado;

    CHEQUE 6 meses

    contados do

    fim do prazo

    para

    apresentao;

    6 meses contados

    do protesto (o

    processo poder

    ser substitudo

    nos termos do

    artigo por uma

    declarao do

    banco sacado ou

    por uma declarao

    da cmara de

    compensao)2;

    6 meses

    do

    pagamento

    ou de

    quando

    demandado;

    4. Duplicata

    - duplicata regida pela 5.474/68;

    2 Na verdade, o grande objetivo de protestar o cheque a interrupo do prazo prescricional.

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    - conceito

    4.1 Conceito

    Duplicata um ttulo de crdito causal, ordem, extrado pelo

    vendedor ou prestador de servios, que visa a documentar o saque

    fundado sobre crdito decorrente de compra e venda mercantil ou de

    prestao de servios, e tem como pressuposto a extrao de uma

    fatura;

    - a duplicata um ttulo causal - s pode ser emitida nos casos de

    compra e venda mercantil

    prestao de servios;

    - a emisso de fatura obrigatria, mas a emisso de duplicata

    facultativa. Do crdito (correspondente fatura), pode ser emitida uma

    duplicata;

    - na duplicata, o vendedor d uma ordem para o comprador pagar para

    ele (o vendedor);

    - no obrigatria a emisso de duplicata obrigatria a emisso da

    fatura o crdito da fatura representado na duplicata por isso,

    consta na duplicata o n da fatura;

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    - a duplicata somente pode representar uma nica fatura (art. 2, 2

    da lei 5.474/68). Porm, pode haver uma nica fatura com mais de

    uma duplicata (ex.: exemplo claro o comum parcelamento em

    prestaes, onde para cada prestao feita uma duplicata);

    4.2 Aceite obrigatrio

    - na letra de cmbio, se o sacado concordar com o pagamento, ele vai

    dar o aceite, sendo facultativo o aceite. Na duplicata, o aceite

    obrigatrio;

    4.3 Hipteses legais que permitem a recusa do aceite - rol

    taxativo art. 8 e 21:

    * avaria/no recebimento da mercadoria/no prestao dos

    servios;

    * vcio/defeito de quantidade ou qualidade do produto ou servio;

    * divergncias quanto a prazo/preo/condies de pagamento;

    Obs.: a recusa do aceite deve ser motivada.

    - aps a emisso da duplicata, o sacador ter prazo de 30 dias para sua

    remessa ao sacado;

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    - o sacado, ao receber a duplicata, ter prazo de 10 dias para dar o

    aceite ou recus-lo de forma motivada e devolver a duplicata ao

    sacador;

    - o endosso da duplicata segue a regra do endosso da letra de cmbio.

    No que se refere ao aval, tambm se aplica as disposies referentes

    letra de cmbio. Porm, h algumas pequenas diferenas:

    - a duplicata ou vista ou com data certa, no se admitindo

    duplicata a certo termo de vista ou a certo termo de data;

    - a triplicata a segunda via da duplicata, s podendo ser emitida nas

    hipteses previstas na lei:

    - a perda ou extravio da duplicata obrigar o vendedor extrair

    triplicata, portanto, s pode haver a triplicata em caso de perda ou

    extravio;

    - modalidades de protesto da duplicata:

    - protesto pro falta de aceite surge em razo da devoluo da

    duplicata sem aceite e sem justificativa para recusa do aceite;

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    - protesto por falta de devoluo caso o comprador no

    devolva a duplicata no prazo de 10 dias que ele tem para dar o

    aceite, cabe o protesto por falta de devoluo;

    - protesto por falta de pagamento quando a duplicata

    aceita, devolvida mas no honrado o pagamento, cabendo esse

    protesto;

    PERGUNTA: possvel a execuo de duplicata sem aceite?

    RESPOSTA: sim possvel, desde que preenchido alguns requisitos da

    lei. Esses requisitos so: protesto + comprovante da entrega da

    mercadoria ou da prestao de servios. No precisa-se do contrato,

    mas precisa-se do comprovante da entrega da mercadoria.

    4.4 Execuo de duplicata sem aceite?

    Art. 15, II

    Sim, se tiver:

    Protesto

    Comprovante da entrega da mercadoria/prestao dos servios

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    4.5 Prazos Prescricionais

    Devedor Principal e

    Avalista

    Co-devedor

    e

    Avalista

    Direito de

    Regresso

    LC & NP 3 anos do

    vencimento

    1 ano do

    protesto

    (p/

    endossante

    tbm)

    6 meses

    - do

    pagamento

    - de quando

    demandado

    Duplicata = = 6 meses

    - do

    pagamento

    - de quando

    demandado

    Cheque 6 meses contados do

    fim do prazo de

    apresentao(30/60)

    6 meses 6 meses

    - do prazo

    - de quando

    demandado

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    Aula 3 25/03/2011

    DIREITO SOCIETRIO

    1. Quadro Geral das Sociedades:

    1.1 Sociedade No-personificada

    No possui personalidade jurdica;

    1.1.1 Sociedade em comum

    - encontrada no artigo 986 do CC/02;

    - se a sociedade no tem registro ela se chama de sociedade

    em comum, ou seja, ela uma sociedade que no foi levada a

    registro;

    Art. 990. Todos os scios respondem ***solidria*** e

    ilimitadamente pelas obrigaes sociais, excludo do

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    benefcio de ordem, previsto no art. 1.024, aquele que

    contratou pela sociedade.

    Art. 1.024. Os bens particulares dos scios no podem ser

    executados por dvidas da sociedade, seno depois de

    executados os bens sociais.

    O artigo pode cair de 2 formas no concurso:

    Na prova objetiva

    Na prova discursiva.

    O que ele diz?

    Todos tm benefcio de ordem.

    S no tem benefcio de ordem o scio que contratou

    pela sociedade: ento, o scio que contratou pela

    sociedade tem responsabilidade solidria com a

    sociedade.

    Entre a sociedade e os scios, a regra

    responsabilidade subsidiria. Se o desejar, o credor

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    pode executar diretamente os bens do scio que

    contratou pela sociedade.

    Os demais scios respondem somente

    subsidiariamente perante o credor e entre os scios,

    h solidariedade.

    OBS: A regra geral, no direito societrio, que a

    responsabilidade ser sempre subsidiria.

    Scio Sociedade Responsabilidade subsidiria

    Scio Scio Responsabilidade solidria

    Scio contratante Sociedade Responsabilidade

    Solidria

    - para que no se incentive esse tipo de sociedade, deve-se

    criar um regramento que incentive o registro, portanto, nessa

    sociedade, a responsabilidade do scio ser ilimitada;

    - a responsabilidade que o scio tem perante a sociedade

    sempre ser subsidiria (no importando o tipo de

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    sociedade); assim, o scio tem o famoso benefcio de ordem

    (art. 1.024 do CC/02):

    - 1 devem ser perseguidos os bens da sociedade;

    - 2 insuficientes os bens da sociedade, deve-se

    perseguir os bens pessoais;

    - a responsabilidade que os scios tm perante os demais

    scios ser uma responsabilidade solidria;

    - aquele que contratou pela sociedade no pode alegar o

    benefcio de ordem (por exemplo, aquele que fez um

    contrato, um leasing, uma alienao fiduciria, etc);

    OBS: Personalidade jurdica:

    Titularidade processual

    Titularidade negocial

    Autonomia patrimonial

    - o artigo 988 chama o patrimnio da sociedade comum de

    patrimnio especial e diz que quem vai ser o titular desse

    patrimnio so os scios da sociedade, portanto, os scios

    sero co-titulares do patrimnio especial;

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    - no possui nome empresarial porque no possui

    personalidade jurdica;

    - no momento em que registrada, deixa de ser sociedade

    em comum e passa a ser uma sociedade personificada;

    1.1.2 Sociedade em conta de participao3

    - encontrada no artigo 991 do CC/02;

    Art. 991. Na sociedade em conta de participao, a

    atividade constitutiva do objeto social exercida unicamente

    pelo scio ostensivo, em seu nome individual e sob sua

    prpria e exclusiva responsabilidade, participando os demais

    dos resultados correspondentes.

    3 Esse disparado o tema do Direito Societrio que mais cai em prova.

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    Pargrafo nico. Obriga-se perante terceiro to-

    somente o scio ostensivo; e, exclusivamente perante este, o

    scio participante, nos termos do contrato social.

    - nesse tipo de sociedade temos duas categorias de scios:

    - scio ostensivo:

    ele quem vai exercer o objeto social (administra,

    explora a atividade, etc.);

    ele tem responsabilidade exclusiva (ele quem

    responde perante terceiros);

    age em seu nome individual (sociedade em conta

    de participao, como no tem personalidade

    jurdica, tambm no ter nome empresarial,

    portanto, tudo que o scio ostensivo faz, faz em

    favor da sociedade em nome prprio);

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    - scio participante/oculto4:

    s participa dos resultados;

    - no tem nome empresarial porque no tem personalidade

    jurdica;

    - legitimidade ativa/passiva em demanda judicial sobre a

    sociedade em conta de participao: scio ostensivo;

    Art. 985. A sociedade adquire personalidade jurdica

    com a inscrio, no registro prprio e na forma da lei, dos

    seus atos constitutivos (arts. 45 e 1.150).

    A sociedade em conta de participao vai adquirir

    personalidade jurdica com seu registro?

    - o artigo 993 exceo ao 985: [...] o contrato social produz

    efeito somente entre os scios, e a eventual inscrio de seu

    instrumento em qualquer registro no confere personalidade

    jurdica sociedade.5

    4 Normalmente o contrato no registrado, ento, no se conhece o scio participante.

    5 A sociedade em conta de participao a nica que com o registro no adquire personalidade jurdica.

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    1.2 Sociedade Personificada

    Possui personalidade jurdica;

    1.2.1 Quanto ao objeto

    1.2.1.1 Sociedade Empresria

    - definida no artigo 982 do CC/02;

    Art. 982. as EXCEES EXPRESSAS, considera-se

    empresria a sociedade que tem por objeto o exerccio de

    atividade prpria de empresrio sujeito a registro (art. 967);

    e, simples, as demais.

    - aquela que tem por objeto o exerccio de atividade

    prpria de empresrio sujeito a registro;

    - organizao empresarial + produo/circulao de

    bens/servios;

    1.2.1.2 Sociedade Simples;

    - definida por excluso pelo artigo 982 do CC/02;

    - sociedade simples a sociedade tida por no-

    empresria;

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    - sociedade simples aquela que exerce uma atividade

    no classificada como de empresria;

    - exercendo profisso intelectual de natureza: cientfica,

    literria ou artstica sociedade simples;

    - atividade comercial,porm, sem organizao

    empresarial, ex. sociedade rural sem registro:

    Art. 971. O empresrio, cuja atividade rural

    constitua sua principal profisso, pode, observadas as

    formalidades de que tratam o art. 968 e seus pargrafos,

    requerer inscrio no Registro Pblico de Empresas

    Mercantis da respectiva sede, caso em que, depois de

    inscrito, ficar EQUIPARADO, para todos os efeitos, ao

    empresrio sujeito a registro.

    - alm dessas sociedades acima citadas, outras podem

    ser sociedades simples. Assim so sociedades simples

    todas aquelas que no possuem organizao

    empresarial;

    1.2.2 Quanto forma

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    - o artigo 983 do CC/02 diz que [...] a sociedade empresria

    deve constituir-se segundo um dos tipos regulados nos

    artigos 1.039 a 1.092; a sociedade simples pode constituir-se

    de conformidade com um desses tipos, e no o fazendo,

    subordina-se s normas que lhe so prprias:

    - o artigo 982, pargrafo nico do CC/02 diz que [...]

    independentemente de seu objeto (no importa a atividade

    da sociedade), considera-se empresria a sociedade por

    aes; e simples, a cooperativa;

    Teoria Geral das Sociedades:

    - Portanto, so tipos societrios:

    1.2.2.1 Sociedades Empresrias devem:

    - Sociedade em nome coletivo;

    - Sociedade em comandita simples;

    - Sociedade em comandita por aes (sempre

    empresria);

    - Sociedade Annima (S/A) (sempre empresria);

    - Sociedade Limitada (LTDA);

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    1.2.2.2 Sociedades Simples podem:

    - Cooperativa (sempre simples);

    - Sociedade em nome coletivo;

    - Sociedade em comandita simples;

    - Sociedade Limitada (LTDA);

    - Sociedade Simples Simples/Pura;

    simples quanto ao objeto e quanto forma.

    As sociedades por aes so sempre empresrias.

    As Cooperativas so sempre simples.

    - a sociedade s ganha personalidade jurdica depois do

    registro:

    - sociedade empresria junta comercial;

    - sociedade simples registro civil de pessoa jurdica

    (cartrio);

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    Art. 1.150. O empresrio e a sociedade empresria vinculam-

    se ao Registro Pblico de Empresas Mercantis a cargo das

    Juntas Comerciais, e a sociedade simples ao Registro Civil das

    Pessoas Jurdicas, o qual dever obedecer s normas fixadas

    para aquele registro, se a sociedade simples adotar um dos

    tipos de sociedade empresria.

    - excees a essa regra:

    - a sociedade de advogados, apesar de ser uma

    sociedade simples, ele deve ser feito na OAB;

    - cooperativa, mesmo sendo uma sociedade

    simples, ela deve ser registrada na junta

    comercial6;

    2. Classificao das sociedades personificadas empresariais:

    2.1 Sociedade de pessoa X Sociedade de capital:

    - Critrio: leva em conta o grau de dependncia da sociedade em

    relao s qualidades subjetivas dos scios;

    6 O artigo 32 da lei 8.934/94 diz que a cooperativa deve ter o registro na junta comercial;

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    - Sociedade de Pessoas: as caractersticas subjetivas dos

    scios so indispensveis ao desenvolvimento da sociedade;

    - Sociedade de Capitais: o mais relevante o capital investido

    pelo scio na sociedade; Ex.: Sociedade Annima

    2.2 Sociedade Contratual X Sociedade Institucional:

    - Critrio: regime de constituio e dissoluo do vnculo

    societrio;

    - Sociedade Contratual: o ato constitutivo da pessoa jurdica

    o contrato social; nessa sociedade, sobre esse contrato

    incidiro os princpios contratuais (prevalece a vontade

    dos scios);

    - Sociedade Institucional: o ato constitutivo um estatuto

    social; sobre o estatuto social, no incidiro princpios

    contratuais, devendo observar a lei 6.404/76 (lei de S/A)

    prevalece a vontade do legislador;

    2.3 Responsabilidade Ilimitada X Responsabilidade Limitada VS

    Responsabilidade Mista:

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    - Critrio: responsabilidade do scio pelas obrigaes sociais;

    - Responsabilidade Ilimitada: o scio responder com seu

    patrimnio pessoal pelas dvidas da sociedade;

    - Responsabilidade Limitada: o patrimnio pessoal do scio

    no responde pelas dvidas da sociedade;

    - Responsabilidade Mista: quando na mesma pessoa jurdica

    h scios com a responsabilidade limitada e scios com a

    responsabilidade ilimitada (ex.: sociedade em comandita

    simples);

    2.4 Sociedade Nacional X Sociedade Estrangeira:

    - Critrio: para ser nacional, deve a sociedade atender a dois

    requisitos do artigo 1.126 do Cdigo Civil: tem de ser organizada

    de acordo com a lei brasileira + a sede da administrao tem de ser

    no pas;

    - Sociedade Nacional: quando presente os dois requisitos do

    artigo 1.126 do CC/02;

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    - Sociedade Estrangeira: quando faltar um dos requisitos do

    artigo 1.126 do CC/02;

    - no importa o tipo de atividade que a sociedade

    estrangeira exera, ela sempre precisar para se

    constituir no Brasil de autorizao do Poder Executivo

    Federal (art. 1.134 do CC/02);

    - Sociedade em nome coletivo:

    - prevista no artigo 1.039 do CC/02;

    - a responsabilidade dos scios solidria e ilimitada (sendo tambm

    subsidiria);

    - pessoa fsica (no permite-se sociedade em nome coletivo de pessoa

    jurdica);

    - nome da sociedade firma social;

    - aplica-se a ele subsidiariamente as normas da sociedade simples (art.

    1.040 do CC/02);

    - muito raro no Brasil sociedade em nome coletivo;

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    - Sociedade em comandita simples:

    - prevista no artigo 1.045 do CC/02;

    - h duas categorias de scios: scio comanditado + scio

    comanditrio;

    - scio comanditado --> responsabilidade solidria e ilimitada; tem de

    ser pessoa fsica;

    - scio comanditrio --> responsabilidade limitada; pode ser pessoa

    fsica ou jurdica;

    - Sociedade limitada (LTDA):

    - Legislao Aplicvel:

    - captulo prprio no Cdigo Civil (comea no art. 1.052); na

    omisso do captulo, aplica-se as regras da sociedade simples de

    forma subsidiria. Quanto regncia supletiva da lei de sociedade

    annima, pode-se aplicar a lei de S/A de forma supletiva desde

    que o contrato social permita expressamente tal aplicao;

    - Caractersticas:

    - pode ser uma sociedade empresria ou uma sociedade simples;

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    - uma sociedade contratual o ato constitutivo um contrato

    social;

    - nome empresarial firma social ou denominao;

    - Constituio:

    - feita por meio de um contrato social, que possui alguns

    requisitos de validade:

    - agente capaz7;

    - objeto lcito8;

    - forma legal9;

    - requisitos especficos:

    a) contribuio dos scios com a formao do capital social

    (todos os scios devem contribuir com a formao do capital

    social). O ato de comprometimento de integralizar o capital

    7 O RE 82.433/SP chegou ao STF para se discutir se o menor pode ser scio de uma sociedade limitada. Segundo

    o STF, menor pode sim ser scio, desde que preencha os seguintes requisitos: tem de estar devidamente assistido ou representado + no pode exercer a administrao + o capital social deve estar totalmente integralizado.

    8 Deve-se observar as peculiaridades de cada regio, uma vez que o poder pblico pode proibir determinadas

    atividades.

    9 possvel por instrumento particular ou instrumento pblico, necessitando em ambos os casos de visto do

    advogado, sob pena de nulidade. Micro-empresa e empresa de pequeno porte no necessitam de visto de advogado.

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    na sociedade na proporo do contrato chama-se subscrio.

    Capital social o valor destinado para explorao da

    atividade provindo da contribuio dos scios. O ato de

    integrar o valor sociedade chama-se integralizao.

    - formas de integralizao:

    - com dinheiro;

    - com bens (carro, imvel10, computador, etc)11;

    - com crditos;

    - art. 1055, 2, CC/02 vedada a

    contribuio que consista em prestao de

    servios.

    - obs.: o scio que no integralizou (total/parcialmente)

    o capital (as quotas sociais) ser chamado de scio

    remisso. O scio remisso pode ser (art. 1.004, pargrafo

    nico do CC/02):

    10 Quem integraliza com bens imveis o ITBI (art. 156, II da CRFB/88) no cobrado, portanto, sobre a

    operao no incide ITBI, um caso de imunidade especial (art. 156, 2, da CRFB/88).

    11 Quem integraliza com bens responde pela evico, ou seja, tem a mesma responsabilidade do que um

    vendedor. O valor no integralizado (ex.: scio deixa de integralizar; scio integraliza bem mas com valor estipulado acima do que realmente vale) far com todos os scios se responsabilizem por essa no-integralizao pelo prazo de cinco anos contados do registro da sociedade (art. 1.055, 1).

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    - excludo da sociedade;

    - indenizao (cobrar a sociedade o que ele deve);

    - reduo da quota;

    b) distribuio dos resultados: todos os scios devem

    participar dos lucros e das perdas da sociedade. O art. 1.008

    diz que nula a estipulao contratual que exclua qualquer

    scio de participar dos lucros e das perdas.

    3. Sociedades Contratuais

    3.1 Requisitos Comuns

    3.1.1 Agente

    3.1.2 Objeto

    3.1.3 Forma

    3.2 Requisitos especficos

    3.2.1 Pluralidade de scios

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    So necessrios dois ou mais scios, portanto, na

    constituio da sociedade no possvel sociedade

    unipessoal, mas depois de constituda possvel que haja a

    unipessoalidade temporria. Assim, quando a sociedade

    tiver dois scios e um sair (exemplo: marido que separa da

    mulher e quer sair da sociedade limitada que tm juntos)

    pode haver a sociedade unipessoal no prazo de 180 dias

    no mximo, sob pena de desconstituio da sociedade (ver

    artigo 1.033, IV). Quanto possibilidade de sociedade

    entre cnjuges, o artigo 977 do Cdigo Civil nos responde,

    dizendo que [...] facultam aos cnjuges contratar

    sociedade entre si ou com terceiros, desde que no

    tenham casado no regime da comunho universal de bens

    ou no regime de separao obrigatria.

    - art. 1.639, 2 admissvel a alterao do regime de

    bens, mediante autorizao judicial em pedido motivado

    de ambos os cnjuges, apurada a procedncia das razes

    invocadas e ressalvados os direitos de terceiros.

    - casamentos em comunho universal de bens em

    sociedades constitudas antes do CC/02 o DNRC

    (Departamento Nacional de Registro de Comrcio) um

    rgo normatizador e emitiu um parecer (parecer

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    125/03), que causou a edio do Enunciado 204 do CJF,

    no sentido de que as sociedades j constitudas devem

    ser mantidas em razo do ato jurdico perfeito e do

    direito adquirido.

    REsp 1.058.165/RS

    977 se aplica a sociedade empresria e a sociedade simples.

    Art. 977. Faculta-se aos cnjuges contratar sociedade,

    entre si ou com terceiros, desde que no tenham casado no

    regime da comunho universal de bens, ou no da separao

    obrigatria.

    3.2.2 Contribuio dos Scios para formar o Capital Social

    Subscrio (comprometimento)

    Integralizao (pagamento).

    Capital social o valor destinado para explorao da

    atividade provindo da contribuio dos scios

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    3.2.3 Distribuio dos Resultados

    3.2.4 Affectio Societatis

    a disposio dos scios em formar e manter a sociedade

    uns com os outros. Quando no existe ou desaparece esse

    nimo, a sociedade no se constitui, ou deve ser dissolvida.

    Aula 4 31/03/2011

    3.2.5 Contrato Social

    3.2.5.1 Clusulas contratuais essenciais12:

    a) art. 997 do CC traz o rol das clusulas:

    - qualificao dos scios;

    12 Clusulas essenciais no podem deixar de existir no contrato.

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    - nome/denominao empresarial, objeto e sede da

    sociedade;

    - valor do capital social;

    - se o prazo determinado ou indeterminado;

    - cota de cada scio e modo de integralizao;

    - pessoas naturais que exercero a administrao;

    - participao de cada scio nos lucros e perdas;

    - tipo de responsabilidade dos scios.

    SUBTTULO II

    Da Sociedade Personificada

    CAPTULO I

    Da Sociedade Simples

    Seo I

    Do Contrato Social

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    Art. 997. A sociedade constitui-se mediante CONTRATO

    ESCRITO, PARTICULAR ou PBLICO, que, alm de clusulas

    estipuladas pelas partes, mencionar:

    I - nome, nacionalidade, estado civil, profisso e

    residncia dos scios, se pessoas naturais, e a firma ou a

    denominao, nacionalidade e sede dos scios, se jurdicas;

    II - denominao, objeto, sede e prazo da sociedade;

    III - capital da sociedade, expresso em moeda corrente,

    podendo compreender qualquer espcie de bens, suscetveis

    de avaliao pecuniria;

    IV - a quota de cada scio no capital social, e o modo de

    realiz-la;

    V - as prestaes a que se obriga o scio, cuja

    contribuio consista em servios;

    VI - as pessoas naturais incumbidas da administrao da

    sociedade, e seus poderes e atribuies;

    VII - a participao de cada scio nos lucros e nas

    perdas;

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    VIII - se os scios respondem, ou no,

    subsidiariamente, pelas obrigaes sociais.

    Pargrafo nico. ineficaz em relao a terceiros

    qualquer pacto separado, contrrio ao disposto no

    instrumento do contrato.

    3.2.5.2 Clusulas contratuais acidentais13:

    a) pro labore: existe diferena entre lucro e pro labore.

    Lucro decorrente do o investimento inicial. Pro labore

    a remunerao decorrente do trabalho em favor da

    sociedade. Assim, todos os scios tm direito ao lucro,

    mas somente os que trabalham tm direito ao pro labore.

    4. Sociedade Simples

    4.1 Constituio: Contrato Social (998)

    13 A presena dessas clusulas so dispensveis, mas podem constar no contrato.

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    Art. 998. Nos 30 dias subseqentes sua

    constituio, a sociedade dever requerer a inscrio do

    contrato social no Registro Civil das Pessoas Jurdicas do local

    de sua sede.

    - Registro dentro do prazo: efeitos ex tunc (retroagem

    data da constituio)

    - Registro depois do prazo: efeitos ex nunc (efeitos a

    partir da concesso do registro)

    1o O pedido de inscrio ser acompanhado do

    instrumento autenticado do contrato, e, se algum scio nele

    houver sido representado por procurador, o da respectiva

    procurao, bem como, se for o caso, da prova de

    autorizao da autoridade competente.

    2o Com todas as indicaes enumeradas no artigo

    antecedente, ser a inscrio tomada por termo no livro de

    registro prprio, e obedecer a nmero de ordem contnua

    para todas as sociedades inscritas.

    4.2 Contrato Social (998)

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    4.2.1 Clusulas essenciais

    Alterao modificao: qurum de

    UNANIMIDADE

    Art. 999. As modificaes do contrato social, que

    tenham por objeto matria indicada no art. 997,

    dependem do consentimento de todos os scios

    (UNANIMIDADE); as demais podem ser decididas

    por maioria absoluta de votos, se o contrato no

    determinar a necessidade de deliberao

    unnime.

    Pargrafo nico. Qualquer modificao do contrato

    social ser averbada, cumprindo-se as formalidades

    previstas no artigo antecedente.

    4.2.2 Clusulas acidentais

    Alterao modificao: qurum de maioria

    absoluta

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    4.3 Cotas Sociais

    4.3.1 Formas de integralizao:

    4.3.1.1 Dinheiro

    4.3.1.2 Bens

    4.3.1.3 Crditos

    4.3.1.4 Prestao de Servios

    Quando isso ocorre, o scio que pagar sua parte

    prestando servio no pode empregar-se em atividade

    estranha sociedade. Tem que prestar servio s para

    aquela atividade.

    Art. 1.006. O scio, cuja contribuio consista em servios,

    no pode, conveno em contrrio, empregar-se em

    atividade estranha sociedade, sob pena de ser privado

    de seus lucros e dela excludo.

    OBA: Neste tipo de sociedade, admite-se a contribuio

    em servios.

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    4.3.2 Cesso de Quotas

    4.3.2.1 Alterao do Contrato Social

    Art. 1.003. A cesso total ou parcial de quota, sem a

    correspondente modificao do contrato social com o

    consentimento dos demais scios, no ter eficcia

    quanto a estes e sociedade.

    Cesso de quota exigidos:

    - consentimento dos demais scios

    - modificao do contrato social

    Para ter eficcia quanto aos scios e sociedade

    4.3.2.2 Aprovao de todos os scios

    Como muda uma clusula essencial, necessria

    concordncia da unanimidade dos scios

    4.4 Responsabilidade do Scio

    * Definida no Contrato Social:

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    Limitada X Ilimitada

    Solidria X Subsidiria

    * Contrato omisso Responsabilidade:

    Ilimitada

    Subsidiria

    Insolvncia:

    Art. 1.023. Se os bens da sociedade no lhe cobrirem as

    dvidas, respondem os scios pelo saldo, na proporo

    em que participem das perdas sociais, clusula de

    responsabilidade solidria.

    4.5 Direitos dos Scios

    4.5.1 Participao nos lucros

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    Direito que todos os scios possuem. Tanto assim, que temos

    uma regra no CC que define que, se o contrato social de uma

    sociedade simples contiver uma clusula excluindo um

    determinado scio da participao nos lucros, essa clusula

    nula.

    Art. 1.008. NULA a estipulao contratual que exclua

    qualquer scio de participar dos lucros e das perdas.

    O CC permite que os scios distribuam os lucros

    desproporcionalmente participao Social:

    Participao

    social

    Distribuio de

    Lucros

    A 70% 75%

    B 30% 25%

    Art. 1.007. estipulao em contrrio, o scio

    participa dos lucros e das perdas, na proporo das

    respectivas quotas, mas aquele, cuja contribuio

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    consiste em servios, somente participa dos lucros na

    proporo da mdia do valor das quotas.

    4.5.2 Participao nas deliberaes sociais

    Deciso da Maioria do Capital Social.

    Vai prevalecer a deciso da maioria do capital social.

    Participao

    social Votos

    A 51% Sim

    B 29% No

    C 20% No

    Seo III

    Da Administrao

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    Art. 1.010. Quando, por lei ou pelo contrato social,

    competir aos scios decidir sobre os negcios da

    sociedade, as deliberaes sero tomadas por

    MAIORIA de votos, contados segundo o valor das

    quotas de cada um.

    1o Para formao da maioria absoluta so

    necessrios votos correspondentes a mais de metade

    do capital.

    Empate Desempate:

    1 Critrio: deciso do maior n de scios

    Participao

    social Votos

    A 50% Sim

    B 30% No

    C 20% No

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    2 Critrio: deciso judicial ou arbitral

    2o Prevalece a deciso sufragada por maior

    nmero de scios no caso de empate, e, se este

    persistir, decidir o juiz.

    Participao

    social Votos

    A 50% Sim

    B 30% No

    C 20% No

    3o Responde por perdas e danos o scio que,

    tendo em alguma operao interesse contrrio ao da

    sociedade, participar da deliberao que a aprove

    graas a seu voto.

    4.5.3 Direito de Retirada

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    4.5.3.1 Sociedade de Prazo Determinado

    Justa causa

    Provada judicialmente

    4.5.3.2 Sociedade de Prazo Indeterminado

    Justa causa

    Notificao aos demais scios (ant. 60 dias)

    Art. 1.029. Alm dos casos previstos na lei ou no

    contrato, qualquer scio pode retirar-se da sociedade; se

    de prazo indeterminado, mediante notificao aos demais

    scios, com antecedncia mnima de 60 dias; se de prazo

    determinado, provando judicialmente justa causa.

    Pargrafo nico. Nos 30 dias subseqentes

    notificao, podem os demais scios optar pela dissoluo

    da sociedade.

    * Retirada, Excluso ou Morte de Scio responde at 2

    anos da averbao da resoluo da sociedade:

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    Art. 1.032. A retirada, excluso ou morte do scio, no

    o exime, ou a seus herdeiros, da responsabilidade pelas

    obrigaes sociais anteriores, at 2 anos aps averbada a

    resoluo da sociedade; nem nos dois primeiros casos,

    pelas posteriores e em igual prazo, enquanto no se

    requerer a averbao.

    * Cesso de Quotas:

    Art. 1.003, Pargrafo nico. At 2 anos depois de

    averbada a modificao do contrato, responde o cedente

    solidariamente com o cessionrio, perante a sociedade e

    terceiros, pelas obrigaes que tinha como scio.

    4.6 Excluso de Scio

    4.6.1 Falta grave

    Ex.: fazer concorrncia com a prpria sociedade.

    Ex.: scio remisso pode ser:

    Excludo

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    Executado

    Ter sua quota reduzida

    Art. 1.004. Os scios so obrigados, na forma e

    prazo previstos, s contribuies estabelecidas

    no contrato social, e aquele que deixar de faz-lo,

    nos 30 dias seguintes ao da notificao pela

    sociedade, responder perante esta pelo dano

    emergente da mora.

    Pargrafo nico. Verificada a mora, poder a

    maioria dos demais scios preferir, indenizao,

    a excluso do scio remisso, ou reduzir-lhe a

    quota ao montante j realizado, aplicando-se, em

    ambos os casos, o disposto no 1o do art. 1.031.

    4.6.2 Incapacidade Superveniente

    Ex.: fazer concorrncia com a prpria sociedade.

    Art. 1.030. Ressalvado o disposto no art. 1.004 e seu

    pargrafo nico, pode o scio ser excludo judicialmente,

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    mediante iniciativa da maioria dos demais scios, por falta

    grave no cumprimento de suas obrigaes, ou, ainda, por

    incapacidade superveniente.

    4.7 Apurao de haveres

    4.7.1 Balano Especial

    Balano (Ativo Passivo) para verificar patrimnio e o

    montante que o scio receber. No receber o valor da sua

    quota.

    Art. 1.031. Nos casos em que a sociedade se resolver em

    relao a um scio, o valor da sua quota, considerada pelo

    montante efetivamente realizado, liquidar-se-,

    disposio contratual em contrrio, com base na situao

    patrimonial da sociedade, data da resoluo, verificada em

    balano especialmente levantado.

    1o O capital social sofrer a correspondente reduo,

    se os demais scios suprirem o valor da quota.

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    2o A quota liquidada ser paga em dinheiro, no prazo

    de noventa dias, a partir da liquidao, acordo, ou

    estipulao contratual em contrrio.

    4.8 Administrao

    No pode ser PJ.

    Obs.: pessoa jurdica no pode ser

    administradora da sociedade LTDA, podendo

    ser somente a pessoa natural, conforme o artigo

    997, inciso VI.

    4.8.1 Somente Pessoa Fsica.

    Art. 997. A sociedade constitui-se mediante CONTRATO

    ESCRITO, PARTICULAR ou PBLICO, que, alm de clusulas

    estipuladas pelas partes, mencionar:

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    VI - as pessoas naturais incumbidas da administrao da

    sociedade, e seus poderes e atribuies;

    A Administrao personalssima. No se transfere a

    Administrao com a cesso de quotas.

    4.8.2 Scio ou No scio

    Para que o no scio seja administrador, so necessrios dois

    requisitos cumulativos (art. 1.061 do CC/02):

    - previso no contrato social14;

    - aprovao dos scios, com o seguinte qurum:

    - capital social integralizado -> 2/3 da quotas sociais;

    - capital social no est totalmente integralizado ->

    unanimidade;

    14 No havendo previso no contrato social, somente o scio pode ser administrador.

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    Art. 1.061. Se o contrato permitir administradores no

    scios, a designao deles depender de aprovao da

    unanimidade dos scios, enquanto o capital no estiver

    integralizado, e de 2/3, no mnimo, aps a integralizao.

    4.8.3 Omisso contratual: So administradores todos os scios.

    Na omisso do contrato, todos os scios sero

    administradores.

    Art. 1.013. A administrao da sociedade, nada

    dispondo o contrato social, compete separadamente a cada

    um dos scios.

    1o Se a administrao competir separadamente a

    vrios administradores, cada um pode impugnar operao

    pretendida por outro, cabendo a deciso aos scios, por

    maioria de votos.

    2o Responde por perdas e danos perante a sociedade o

    administrador que realizar operaes, sabendo ou devendo

    saber que estava agindo em desacordo com a maioria.

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    Art. 1.014. Nos atos de competncia conjunta de vrios

    administradores, torna-se necessrio o concurso de todos,

    nos casos urgentes, em que a omisso ou retardo das

    providncias possa ocasionar dano irreparvel ou grave.

    4.8.4 Administrador Nomeao:

    4.8.4.1 No contrato

    Scio: Poderes Irrevogveis

    No scio: Poderes Revogveis

    4.8.4.2 Em ato separado

    Scio: Poderes Revogveis

    No scio: Poderes Revogveis

    Art. 1.012. O administrador, nomeado por

    instrumento em separado, deve averb-lo margem da

    inscrio da sociedade, e, pelos atos que praticar, antes de

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    requerer a averbao, responde pessoal e solidariamente

    com a sociedade.

    Scio No scio

    Contrato Poderes

    irrevogveis

    Poderes

    Revogveis

    Em ato

    separado

    Poderes

    Revogveis

    Poderes

    Revogveis

    Art. 1.019. So irrevogveis os poderes do scio

    investido na administrao por clusula expressa do

    contrato social, justa causa, reconhecida

    judicialmente, a pedido de qualquer dos scios.

    Pargrafo nico. So revogveis, a qualquer tempo,

    os poderes conferidos a scio por ato separado, ou a

    quem no seja scio.

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    4.8.5 Administrador Responsabilidade:

    Os atos praticados pelo administrador, em regra, so de

    responsabilidade da sociedade porque, enquanto

    administrador, representa os interesses da PJ. Foi escolhido

    pela PJ para exercer os atos de administrao.

    Se o administradora agir com culpa no desempenho de suas

    funes, ele responder solidariamente com a sociedade.

    Art. 1.015, p. nico muito comum em prova.

    Art. 1.015. No silncio do contrato, os administradores

    podem praticar todos os atos pertinentes gesto da

    sociedade; no constituindo objeto social, a onerao ou a

    VENDA de bens IMVEIS depende do que a MAIORIA dos

    scios decidir.

    Teoria Ultra Vires (Alm das Foras):

    Condies para oposio a terceiros do excesso de poder

    praticado por administradores basta 1 hiptese:

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    Pargrafo nico. O excesso por parte dos

    administradores somente pode ser oposto a terceiros [pela

    sociedade] se ocorrer pelo menos 1 das seguintes hipteses:

    I - se a limitao de poderes estiver inscrita ou

    averbada no registro prprio da sociedade (limitao de

    poderes bem definida no contrato social, dizendo o que

    ele pode e no pode fazer);

    Ex.: contrato prev que o Administrador no

    pode prestar fiana, aval, assinar cheque sozinho

    (precisa de assinatura de 2 ou + administradores).

    Se o locador alugar um imvel afianado pela

    sociedade, aquele no poder cobrar desta o valor no

    pago. Quem responder o prprio administrador.

    II - provando-se que [a limitao de poderes] era

    conhecida do terceiro;

    III - tratando-se de operao evidentemente

    estranha aos negcios da sociedade.

    Se o administrador pratica ato diverso do

    explorado pela atividade, o ato chamado de

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    excessivo, por que o prprio administrador

    responder, e no a sociedade.

    Art. 1.016. Os administradores respondem

    solidariamente perante a sociedade e os terceiros

    prejudicados, por culpa no desempenho de suas funes.

    Teoria Ultra Vires (Alm das Foras):

    Ato ultra vires o praticado pelo administrador alm das foras

    por ele atribudas pelo Estatuto Social, ou Contrato Social, isto ,

    com extrapolao dos limites de seus poderes estatutrios ou

    contratuais.

    Segundo esta Teoria, no imputvel Sociedade o ato

    excessivo (ato ultra vires).

    Obs.: a teoria ultra vires uma teoria inglesa e nem

    mesmo na Inglaterra se usa mais essa teoria, alm

    dela ainda estar contra a orientao do STJ. Para

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    este Tribunal Superior, deve ser aplicada a Teoria da

    Aparncia.

    Em razo da dinmica das relaes contratuais,

    modernidade e massificao das relaes, aliada

    proteo da boa-f que se impe a aplicao da Teoria

    da Aparncia.

    Aparentemente, o Administrador tem poderes para

    exercer diversos atos.

    - Srgio Campinho traz um conceito muito interessante:

    segundo ele, a teoria ultra vires deve ser aplicada para os

    fornecedores e instituies financeiras de crdito, mas

    em se tratando de relao de consumo e de trabalho

    deve prevalecer a teoria da aparncia.

    Se o Administrador pratica ato excessivo, a sociedade

    tem culpa in eligendo e ter direito de regresso contra o

    Administrador.

    REsp 704.546/DF

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    5. Sociedade Limitada

    Artigo 1.052 e ss do CC.

    Omisso do CC aplicam-se as regras de sociedade simples.

    Ex.: questo do ato ultra vires, porque, no captulo de ltda, o CC

    no fala nada sobre o assunto.

    Ex.: direito de retirada.

    Ex.: regra de clusula que exclui o scio de participar dos lucros

    nula.

    Quanto ao objeto, pode ser:

    Sociedade Simples

    Sociedade Empresria

    Se o tipo Ltda, no importa se simples ou empresria, deve observar

    as regras da Ltda, no da Sociedade Simples. Apenas na omisso do

    captulo da Ltda aplicam-se as regras do captulo da Sociedade

    Simples.

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    O contrato social da Ltda pode prever que, na omisso, a regncia ser

    a da SA.

    Art. 1.053. A sociedade limitada rege-se, nas omisses deste

    Captulo, pelas normas da sociedade simples.

    Regncia Supletiva da Lei de SA:

    Pargrafo nico. O contrato social poder prever a regncia

    supletiva da sociedade limitada pelas normas da sociedade

    annima.

    Aula 5 18/04/2011

    5.1 Responsabilidade dos scios: Limitada

    - segundo o artigo 1.052 do CC/02, na sociedade limitada, a

    responsabilidade do scio est restrita ao valor de suas quotas,

    mas todos os scios respondem de forma solidria pelo que falta

    para a integralizao do capital social;

    - como exemplo, uma padaria em que o capital social seja

    R$100.000,00, onde um pontepretano tem 40%, um flamenguista

    tem 30%, um so-paulino tem 24% e um corinthiano tem 6%.

    Cada um desses scios obrigado a integralizar o valor de suas

    quotas, assim, integralizada a quota parte de cada um, acabou-se a

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    responsabilidade dos scios. Essa a grande diferena da

    sociedade limitada e da sociedade em comandita simples. Na

    sociedade limitada o scio no responde com o seu patrimnio,

    respondendo apenas com o patrimnio da sociedade, sendo o seu

    dever apenas integralizar as quotas a que se comprometeu. No

    caso em que um dos scios deixe de integralizar (ex.:

    Flamenguista), faltar R$30.000,00 assim, todos os scios

    respondem por esse valor que faltou, ou seja, quem vai ter de

    pagar sero todos os scios, visto que eles respondem de forma

    solidria pelo que falta para a integralizao.

    - excees regra da limitao da responsabilidade (dvidas

    que recaem sobre o patrimnio dos scios):

    5.1.1 Excees:

    5.1.1.1 Ausncia de registro - sociedade em comum (CC

    986);

    Art. 986. Enquanto no inscritos os atos constitutivos,

    reger-se- a sociedade, exceto por aes em organizao, pelo

    disposto neste Captulo, observadas, subsidiariamente e no

    que com ele forem compatveis, as normas da sociedade

    simples.

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    5.1.1.2 Dvidas trabalhistas;

    5.1.1.3 Casos de desconsiderao da personalidade jurdica;

    5.1.1.4 Dissoluo irregular (RESP 586.222)

    5.1.1.5 Quando a sociedade violar a regra do artigo 977

    (sociedade entre cnjuges);

    - Obs1.: nesses casos acima todos os scios vo se

    responsabilizar com o patrimnio pessoal e de

    forma solidria.

    - Obs2.: as deliberaes infringentes do contrato

    ou da lei tornam ilimitada a responsabilidade

    somente dos scios que expressamente as

    aprovaram (art. 1.080 do CC/02).

    - Obs3.: o CTN, em seu artigo 135, diz que [...] so

    pessoalmente responsveis pelos crditos

    correspondentes a obrigaes tributrias

    resultantes de atos praticados com excesso de

    poderes ou infrao de lei, contrato social ou

    estatutos. O inciso III do mesmo artigo diz que

    quem responde nesse caso o administrador.

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    - entendimento do STJ quando a sociedade

    deixa de pagar o imposto porque no possui

    recurso suficiente para o pagamento, isso vai

    se chamar inadimplncia. Na inadimplncia, o

    administrador no responde pela dvida

    tributria. Agora, caso a sociedade deixe de

    pagar o imposto por qualquer outro motivo,

    isso vai se chamar sonegao. Na sonegao o

    administrador responde com o seu patrimnio

    pessoal.

    * Dbito com INSS (era um item, agora uma obs.) art.

    13, Lei 8.620, foi revogado pela Lei 11.941/2009. Hoje,

    no se aplica mais.

    5.1.1.6 Apenas o Administrador:

    Dvida Tributria (CTN 153, III)

    Art. 135. So pessoalmente responsveis* pelos

    crditos correspondentes a obrigaes tributrias

    [tributos ou multas (tributrias ou no tributrias), e

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    dvidas no tributrias, de qualquer natureza Lei

    6.830, art. 2, 4] resultantes de atos praticados com

    excesso de poderes ou infrao de lei, contrato

    social ou estatutos:

    III - os diretores, gerentes ou representantes de

    pessoas jurdicas de direito privado.

    Simples inadimplncia: o administrador no responde.

    Sonegao: o administrador responde.

    5.1.1.7 Alguns scios

    Deliberaes infringentes da lei ou CS (CC 1080)

    Art. 1.080. As deliberaes infringentes do

    CONTRATO ou da LEI tornam ilimitada a

    responsabilidade dos que expressamente as

    aprovaram.

    5.2 Quotas sociais:

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    5.2.1 Natureza Jurdica duplo aspecto:

    - segundo Rubens Requio as quotas sociais tm duplo

    aspecto: asseguram ao seu titular

    5.2.1.1 direito patrimo