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DIREITO PENAL GERAL
Professores: Arnaldo Quaresma e Nidal Ahmad
MACETE PARA A PROVA
LEI PENAL NO TEMPO
• Regra: ninguém será punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime.
• Exceção: lei posterior que beneficie o agente, aplica-se a fatos anteriores.
• Princípios: irretroatividade da lei mais severa e retroatividade da lei mais benigna.
LEI EXPECIONAL E LEI TEMPORÁRIA
• Lei Excepcional: feitas para durar durante estado anormal. Cessam a
vigência ao mesmo tempo quando a situação excepcional terminar
(calamidade pública, revoluções, epidemias, etc).
• Lei Temporária: editadas com período determinado de duração,
dotadas de auto-revogação. O tempo é previamente fixado pelo
legislador.
TEORIA GERAL DA NORMA
Tempo do Crime
Art. 4º, CP: teoria da atividade. Considerado praticado o crime
no momento da ação ou omissão.
Lugar do Crime
Art. 6º, CP: teoria da ubiquidade/mista. Lugar do crime é tanto onde houve a
conduta, quanto o local em que se deu o resultado.
L U
(Lugar do Crime - Ubiquidade)
T A
(Tempo do Crime - Atividade)
Características da Lei
Excepcional e Temporária:
1. Autorrevogáveis;
2. Ultrativas.
HIPÓTESES DE CONFLITO DE LEIS PENAIS NO TEMPO
PENA E SENTENÇA ESTRANGEIRA
• Pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando
diversas, ou nela é computada, quando idênticas (artigo 8º, CP).
• Sentença estrangeira pode ser homologada no Brasil, quando a aplicação da lei brasileira
produz na espécie as mesmas consequências, para obrigar o condenado à reparação do dano,
a restituições e outros efeitos civis, ou sujeita-lo a medida de segurança.
• Homologação de sentença estrangeira depende de pedido da parte interessada (se for para
reparar o dano) e existência de tratado de extradição com o país de cuja autoridade emanou a
sentença ou, na falta de tratado, de requisição do Ministro da Justiça.
CONTAGEM DE PRAZO
• Inclui-se no cômputo o dia do início, contando-se os dias, meses e anos pelo calendário comum;
• Nas penas privativas de liberdade ou restritivas de direitos, as frações de dia são desprezadas;
• Lei nova não incrimina fato que antes era ilícito penal. Retroage paraalcançar o fato.
ABOLITIO CRIMINIS
• Lei posterior que beneficie o agente, retroage para alcançar o fato,mesmo que decidido por sentença condenatória transitada em julgado.
NOVATIO LEGIS IN MELLIUS
• Lei nova incrimina fatos antes considerados lícitos. Não retroage. NOVATIO LEGIS INCRIMINADORA
• Lei mais severa que a anterior. Não reatroage.NOVATIO LEGIS IN
PEJUS
• Aplica-se lei nova durante a atividade executória do crime permanente,ainda que prejudicial ao réu.
CRIME PERMANENTE/
CONTINUADO
• Nas penas de multa, as frações de dinheiro (centavos) são desprezadas.
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
As regras gerais previstas no Código Penal aplicam-se aos fatos incriminados por leis
especiais, se estas não dispuserem de movo diverso.
TIPICIDADE
Tipicidade formal é a adequação da conduta
desenvolvida pelo agente ao modelo legal de conduta
proibida descrito pelo tipo penal. Tipicidade material se
caracteriza pelo dano ou perigo de dano a um bem jurídico
penalmente tutelado.
Nexo da Causalidade
Resultado
Conduta do Agente
Algumas Causas
Excludentes de Tipicidade
Quanto À Conduta
Ausência de Dolo e Culpa
Coação Física Irresistível
Movimentos Reflexos
Estado de InconsciênciaCrime Impossível
Erro de Tipo Essencial
Princípio da Insignificância
Súmula Vinculante 24
ERRO DE TIPO
Aberratio Criminis
Exclusão Fato Atípico
Dolo
ERRO DE TIPO
Acidental
Essencial
art. 74, CP
Culpa
Erro sobre Objeto
Erro Sobre Pessoa
Aberratio Ictus
art.20, § 3°, CP
art. 73 CP
Vencível
Invencível
Exclusão do dolo
Responde por
culpa, se tiver
previsão legal
Redução de pena de
1/6 a 1/3
Isenção de pena
ERRO DE TIPO
Portar arma de fogo verdadeira, supondo ser
de brinquedo
Agente não sabe o que faz
Se soubesse, não incorreria em erro, pois sabe ser conduta ilícita
Se erro for invencível,
exclui o dolo e a culpa e o fato será atípico
Sendo erro vencível,
exclui o dolo. Agente
responde por culpa, se houver
previsão de modalidade
culposa
ERRO DE PROIBIÇÃO
Cidadão americano portar arma de fogo no Brasil supondo ser conduta
lícita
Agente sabe o que faz
Supõe que sua conduta é lícita
Se erro for inevitável, há isenção
de pena
Se erro for evitável, há redução da pena de 1/6
a 1/3
Causa
excludente de
culpabilidade
Causa
excludente
de tipicidade
TEORIA DO CRIME
CRIME DOLOSO
• Dolo direto: quando o agente quis o resultado.
• Dolo eventual: quando o sujeito assume o risco de produzir o resultado, ou seja, admite e aceita
o risco de produzi-lo.
CRIME CULPOSO
Conduta humana voluntária desenvolvida sem observar o dever de cuidado objetivo e
que, por imprudência, negligência ou imperícia, produz um resultado involuntário, objetivamente
previsível, que poderia ter sido evitado.
CRIME CONSUMADO
O crime é consumado quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição
legal. A consumação será diferente para cada espécie de crime:
Materiais Se consumam com a produção do resultado naturalístico.
Formais Se consumam com a atividade, independente de produção de resultado.
De Mera Conduta Se consumam com a mera ação ou omissão.
FATO TÍPICO
ILÍCITO CULPÁVEL CRIME
Crime Culposo
Imprudência
Agir positivo, sem a observância do dever
de cuidado positivo
Negligência
Ausência de cautela e precaução. Se dá antes
do início da conduta.
Imperícia
Incapacidade ou despreparo de agente
autorizado a desempenhar arte, profissão ou ofício.
Permanentes A consumação se prolonga no tempo.
Habituais Consumação só existirá quando houver reiteração de atos, com habitualidade.
Omissivos Próprios Se consumam com a mera abstenção da conduta exigida no tipo penal
específico, independente de qualquer resultado.
Qualificados Pelo
Resultado
Assim como os preterdolosos, se consumam com a produção do resultado
agravador.
CRIME TENTADO
Se caracteriza pelo início da execução de um crime, que
não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente.
• Desistência Voluntária: quando o agente dá início à execução do
crime, mas antes de esgotar os meios à disposição, não o consuma
por vontade própria;
• Arrependimento Eficaz: o agente, após ter esgotado os meios à disposição para consumar o
delito, arrepende-se e impede que o resultado se produza.
CONCURSO DE CRIMES
Pode ocorrer de três formas: concurso material, formal e continuado de crimes.
Não se admite tentativa em
crimes culposos,
preterdolosos, comissivos
próprios, unissubsistentes,
habituais, de atentado ou
contravenções.
ATENÇÃO! Arrependimento Posterior: difere do arrependimento eficaz, pois, nesse
caso, o arrependimento é manifestado por meio da restituição da coisa ou reparação do
dano, e ocorre após a consumação do delito, até o recebimento da denúncia ou queixa.
CRIME IMPOSSÍVEL
Ineficácia Absoluta do Meio
Impropriedade Absoluta do Objeto
FATO ATÍPICO
Pluralidade De
Condutas
Unidade De
Conduta
Formal Perfeito
Formal Imperfeito
Crimes Mesma Espécie
Condições
Modo Execução
Exasperação De pena
Cúmulo Material
Exasperação
Tempo
Lugar
CONCURSO DE
CRIMES Concurso Material
art. 69, CP
Concurso Formal
Crime Continuado
art. 70, CP
art. 71, CP
Pluralidade De
Condutas
Cúmulo
Material
ILICITUDE
É a contrariedade do fato típico praticado pelo agente em relação ao ordenamento
jurídico. As possibilidades de se excluir a ilicitude do fato são as seguintes:
CAUSAS EXCLUDENTES DE
ILICITUDE
Estado de Necessidade
Legítima Defesa
Estrito Cumprimento do Dever Legal
Exercício Regular do Direito