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DIREITO PENAL
UNIDADE 01
TIPO E TIPICIDADE
DIREITO PENAL
Teoria tripartida do crime:
FATO TÍPICO ANTIJURÍDICO CULPÁVEL = CRIME
DIREITO PENAL
TIPO:Conceito:“É o modelo, o padrão de conduta que o Estado, pormeio de seu único instrumento – a lei - , visa impedirque seja praticada, ou determina que seja levada aefeito por todos nós.” (Rogério Grecco)
“É o fato material que se amolda perfeitamente aoselementos constantes do modelo previsto na lei penal”.“É o modelo descritivo das condutas humanascriminosas, criado pela lei penal, com a função degarantia do direito de liberdade.” (Fernando Capez)
DIREITO PENAL
Espécies de tipo:
a) Permissivos ou justificadores:
Não descrevem fatos criminosos, mas hipóteses emque estes podem ser praticados.
Ex: art. 23, CP (causas de exclusão da ilicitude oucausas de justificação)
Ex: art. 25, CP (legítima defesa)
Legítima defesa = agressão injusta + atual ou iminente+ a direito próprio ou alheio + moderação +necessidade dos meios empregados.
DIREITO PENAL
Espécies de tipo:
b) Incriminadores:
Descrevem condutas proibidas.
Todo fato enquadrável em um tipo incriminador,em princípio, será ilícito, salvo se também seenquadrar em um tipo permissivo.
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Elementos do tipo:1) Tipos objetivos:Descrevem a ação (núcleo do tipo: verbo), o objetoda ação, os meios empregados e, em sendo o caso, oresultado, as circunstâncias externas do fato e apessoa do autor.
OBS: a finalidade básica do tipo objetivo é fazer comque o agente tome conhecimento de todos os dadosnecessários à caracterização da infração penal, osquais, farão parte de seu dolo.
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Elementos do tipo:
2) Tipos subjetivos:
Pertencem ao campo psíquico-espiritual e aomundo da representação do autor.;
“Delitos de intenção”; “fim especial de agir”;
Uma parte do dolo é destacada e inseridaexpressamente no tipo penal;
Ex: Ver art. 159 e art. 148, 121, CP.
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Elementos do tipo:
3) Tipos normativos:
Seu significado não se extrai da meraobservação, sendo imprescindível um juízo devaloraçãojurídica, social, cultural, política, religiosa, bem comode qualquer outro conhecimento humano.
Aparecem sob a forma de expressões como “semjusta causa” (art. 244, CP), “dignidade ou decoro” (art.140, CP)
continuação
DIREITO PENAL
Elementos do tipo:
3) Tipos normativos:
OBS: Os tipos normativos são chamados deanormais, porque alargam o campo dadiscricionariedade do julgador, perdendo umpouco sua característica básica de delimitação.
DIREITO PENAL
Elementos específicos do tipo:
a) Núcleo;
b) Sujeito ativo;
c) Sujeito passivo;
d) Objeto material;
DIREITO PENAL
Elementos específicos do tipo:
a) Núcleo:
Verbo que descreve a conduta proibida pela lei penal.
Uninucleares: art. 121, CP.
Plurinucleares: Art. 33, Lei nº 11.343/2006 (tipo mistoalternativo – a prática de mais de um deles nãoagrega maior desvalor ao fato).
OBS: Cumulativo e alternativo: art. 242, CP.
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Elementos específicos do tipo:b) Sujeito ativo:Aquele que pode praticar a conduta descrita no tipo.-Crimes comuns: o legislador não se preocupa em apontaro sujeito ativo; cometidos por qualquer pessoa.
-Crimes próprios: apontados pelo legislador.Ex: Art. 312, CP.
A pessoa jurídica comete crime?Art. 225, § 3º, CF.
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Elementos específicos do tipo:c) Sujeito passivo:Divide-se em formal ou material.
Formal: sempre o Estado.
Material: titular do bem ou interesse juridicamentetutelado sobre o qual recai a conduta criminosa.
Ex: Lei nº 11.340/2006 (Lei Maria da Penha)
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Elementos específicos do tipo:d) Objeto material:Pessoa ou coisa sobre a qual recai a conduta criminosa.
Ex: art. 155, CP (o objeto do delito será a coisa alheiamóvel subtraída pelo agente)
Art. 121, CP (vida).
OBS: Não se confunde o objeto material com objetojurídico.
Art. 213, CP (liberdade sexual/ costumes)
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Funções do tipo:
a) Função garantidora;
b) Função fundamentadora;
c) Função selecionadora de condutas;
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Funções do tipo:a) Função garantidora:O agente somente será penalmenteresponsabilizado se cometer uma das condutasproibidas ou deixar de praticar aquelas impostas.
Roxin, “todo cidadão deve ter apossibilidade, antes de realizar um fato, de saberse sua ação é punível ou não”.
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Funções do tipo:b) Função fundamentadora:O Estado, por intermédio do tipo penal, fundamenta suasdecisões, fazendo valer o jus puniendi.
c) Função selecionadora:Cabe também ao tipo selecionar as condutas que deverãoser proibidas ou impostas pela lei penal, sob a ameaça desanção.
O legislador traz para o âmbito de proteção do DireitoPenal somente aqueles bens de maior importância,deixando de lado as condutas socialmente adequadas ouque não atinjam bens de terceiros.
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TIPICIDADE:Conceito:“É a subsunção perfeita da conduta praticada pelo agenteao modelo abstrato previsto na lei penal, isto é, a um tipopenal incriminador.” (Rogério Grecco).
“É a subsunção, a justaposição, o enquadramento, oemoldamento ou a integral correspondência de umaconduta praticada no mundo real ao modelo descritivoconstante na lei (tipo penal)”. (Fernando Capez)
Correspondência entre uma conduta da vida real e o tipolegal de crime constante na lei penal (tipicidade formal).
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Tipicidade e adequação típica:A tipicidade é a mera adequação formal entre um fato eoutro. A adequação típica implica um exame maisaprofundado do que a mera correspondência objetiva.
A adequação típica investiga se houve vontade, para sóentão efetuar o enquadramento.
Ex: sujeito que mata a vítima por caso fortuito ou forçamaior; tipicidade existe (art. 121, CP), porém não haveráadequação típica ante a ausência de dolo ou culpa.
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Tipicidade e adequação típica:-Adequação típica de subordinação imediata ou direta:perfeita adequação entre a conduta do agente e o tipopenal incriminador.
-Adequação típica de subordinação mediata ou indireta:ainda que embora o agente atue com vontade de praticara conduta proibida, seu comportamento não consiga seadequar diretamente a essa figura típica.
Ex: Art. 14, II, CP ( crimes tentados - “norma deextensão”); não permitem a atipicidade da conduta.
Art. 4º, LCP.
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Tipicidade e adequação típica:-Adequação típica de subordinação mediata ou indireta:-Exceção: Lei de Segurança Nacional – delitos de atentado– a tentativa é descrita como infração consumada.Art. 9º, Lei nº 7.170/83
Ex. 2: partícipe do crime (art. 29, CP) – norma deextensão pessoal – opera-se de uma pessoa para outra.