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Conceitos elementares - Correlação com outros ramos do Direito segunda-feira, 2 de março de 2015 19:00 Autodefesa ou autotutela: fui assaltado na rua. O ladrão levou tudo, mas descobri onde ele mora. Será que poso pegar tudo de volta e chamar meus amigos para me ajudar a descer a lenha no ladrão? NÃO!!!! A autotutela levou a uma justiça privada nefasta porque prevalecia a justiça do mais forte, aquele que podia se impor. Não havia justiça imparcial, tendenciosa, desproporcional e arbitraria. O que estava levando a humanidade a acabar-se. Com a evolução social, Rousseau percebeu que a nossa justiça não era justiça, surgindo daí o contrato social (conforme CF 88) levando ao aparecimento de um ente parcial que intervirá coma força necessária para resolver os conflitos. Esse ente é o Estado. Como regra, autotutela é proibida no nosso regimento jurídico e é crime, conforme art. 345 CP. A exceção é a legitima defesa, estado de necessidade, e todas as excludentes de ilicitude. Jus puniendi: Poder dever do Estado de punir aquele que pratica um ilícito penal - pretensão punitiva. É o poder dever de fazer possível de punir do Estado. Ao praticar um ilícito surge automaticamente o poder dever do Estado de punir. Isso é a pretensão do Estado, pois ele tem o poder dever de observar o lapso temporal para punir. E aquele que é julgado tem o direito de se defender, sendo seu direito chamado de ..... Classificação o In abstracto: plano legislativo o In concreto: caso concreto Jus libertatis Direito de liberdade - refere-se ao direito de defesa e alegar tudo que for possível para isentar da pena Direito de o acusado pela pratica do ilícito penal postular perante o juízo criminal sua liberdade Pesercutio criminis: é o caminho que o Estado va percorrer até atingir o jus puniendi. É um palco para acusação e defesa se manifestando. Fase inquisitiva: pré processual. É a fase do inquérito policial

Direito Processual Penal I

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Direito Processual Penal

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Conceitos elementares - Correlao com outros ramos do Direitosegunda-feira, 2 de maro de 2015

19:00

Autodefesa ou autotutela: fui assaltado na rua. O ladro levou tudo, mas descobri onde ele mora. Ser que poso pegar tudo de volta e chamar meus amigos para me ajudar a descer a lenha no ladro? NO!!!! A autotutela levou a uma justia privada nefasta porque prevalecia a justia do mais forte, aquele que podia se impor. No havia justia imparcial, tendenciosa, desproporcional e arbitraria. O que estava levando a humanidade a acabar-se. Com a evoluo social, Rousseau percebeu que a nossa justia no era justia, surgindo da o contrato social (conforme CF 88) levando ao aparecimento de um ente parcial que intervir coma fora necessria para resolver os conflitos. Esse ente o Estado. Como regra, autotutela proibida no nosso regimento jurdico e crime, conforme art. 345 CP. A exceo a legitima defesa, estado de necessidade, e todas as excludentes de ilicitude.

Jus puniendi: Poder dever do Estado de punir aquele que pratica um ilcito penal - pretenso punitiva. o poder dever de fazer possvel de punir do Estado. Ao praticar um ilcito surge automaticamente o poder dever do Estado de punir. Isso a pretenso do Estado, pois ele tem o poder dever de observar o lapso temporal para punir. E aquele que julgado tem o direito de se defender, sendo seu direito chamado de .....

Classificao In abstracto: plano legislativo In concreto: caso concretoJus libertatis Direito de liberdade - refere-se ao direito de defesa e alegar tudo que for possvel para isentar da pena Direito de o acusado pela pratica do ilcito penal postular perante o juzo criminal sua liberdadePesercutio criminis: o caminho que o Estado va percorrer at atingir o jus puniendi. um palco para acusao e defesa se manifestando. Fase inquisitiva: pr processual. a fase do inqurito policial Fase acusatria: processual, realizada perante a autoridade judicialDireito processual penal: regras que vo delimitar ou apresentar o que pode ou nos ser feito tanto pelo Estado quanto pela defesa. Regras para o Estado agir, mas tbm um limitador da atuao do Estado, atribuindo ao acusado direitos e garantias individuais.

Finalidade DPP: Impe limites assegurando direito e garantias a defesa. Ex: no produzir prova contra si mesmo (no autoincriminao). Evita abusos no exerccio do direito de punir. Ex: direito de obter vista a inqurito antes de priso. Processo penal: est inserido no contexto maior do DPP, mas envolve apenas a persecutio criminis na sua fase acusatria. a persecuo penal excluda da fase pr processual investigao). Conjunto pre ordenado de ato legalmente previstos, que se realizam sucessivamente, viabilizando no mbito do Judicirio, a pretenso punitiva estatal e a defesa do jus libertatis do acusado. O inqurito j mais livre, no obedecendo as mesmas regras, no h acusado, mas apenas investigado. Finalidades: Imediata: constatao de verdade sobre a materialidade do delito e sua autoria. Prova substancial (certeza positiva) - Condenao Certeza negativa - absolvio Incerteza positiva - absolvio Mediata: reintegrao e restauraoRelao com outros ramos do Direito Direito Constitucional: submete-se supremacia da CF. Traz os direitos e garantias individuais, estrutura do Poder Judicirio, titularidade da ao penal e a polcia judiciria. Leia o DPP sob a tica constitucional. Direito Penal: carece do DPP para se concretizar efetivamente, define como delitos fatos que lesam ou poem em perigo a regularidade da administrao da Justia. Art. 340 (comunicao falsa de crime/contraveno) e art. 341. Direito Processual Civil: influencias recprocas entre aes e sentenas penais e civis, efeito da condenao crimina a obrigao de reparar o dano (art. 91, I CP), absolvio criminal pode afastar o dever de indenizar (ex: no foi comprovada a materialidade ou autoria do delito). Direito Administrativo: a grande maioria dos atores da persecutio criminis composta por servidores pblicos (juiz, MP, delegados, defensores pblicos), e por conseguinte, tambm regidos pelo Direito Administrativo.Relao com cincias extrapenais Medicina legal: laudos cadavricos, toxicologia, exames de DNA Psiquiatria e psicologia forense: distrbios mentais, execuo de penas, medidas de segurana Criminalstica ou Policia Cientifica: polcia investigativa, prova pericial, documentoscopia, balistica, exam de local, impresses digitais, coleta de vestgios

Sistemas processuais penaissexta-feira, 6 de maro de 2015

19:00

Conceito: modelos

Tipos Acusatrio (BRASIL) Inquisitivo MistoPredomina o sistema acusatrio nos pases que respeitam mais a liberdade individual e que possuem uma slida base democrtica. Em sentido oposto, o sistema inquisitrio predomina historicamente em pases de maior represso, caracterizados pelo autoritarismo ou totalitarismo, em que se fortalece a hegemonia estatal em detrimento dos direitos individuais.

O sistema acusatrio predominou at meados do sculo XII, sendo posteriormente substitudo, gradativamente, pelo modelo inquisitrio que prevaleceu com plenitude at o final sculo XVIII (em alguns pases, at parte do sculo XIX), momento em que os movimentos sociais e polticos levaram a uma nova mudana de rumos.

Sistema acusatrio

Remonta ao Direito grego, o qual se desenvolve referendado pela participao direta do povo no exerccio da acusao e como julgador.

Caractersticas: clara distino entre as atividades de acusar e julgar; a iniciativa probatria deve ser das partes (decorrncia lgica da distino entre as atividades); mantm-se o juiz como um terceiro imparcial, alheio a labor de investigao e passivo no que se refere coleta da prova, tanto de imputao como de descargo; tratamento igualitrio das partes (igualdade de oportunidades no processo); procedimento em regra oral (ou predominantemente); plena publicidade de todo o procedimento (ou de sua maior parte); contraditrio e possibilidade de resistncia (defesa); ausncia de uma tarifa probatria, sustentando-se a sentena pelo livre convencimento motivado do rgo jurisdicional; instituio, atendendo a critrios de segurana jurdica (e social) da coisa julgada; possibilidade de impugnar as decises e o duplo grau de jurisdio.Caractersticas e principais diferenas gerais Autoridade:I - Autoridade julgadora pode acusar, defender e julgarA - Distino entre os que acusam, os que defendem e os que julgam

Incio do processo:I - Basta a notcia de criA -

Acusao:I - A - formal pormenorizada

Garantias da defesa:I - poucas garantiasA - garantias e direitos individuais que permitam a defesa e o contraditrio

Status do ru:I - objeto do processo e no sujeitoA - sujeito de direitos Manifestao dos sujeitos processuais:I - no tem direito da defesa se manifestar quanto aos elementos trazidos pela acusaoA - a defesa se manifesta aps a acusao, podendo refutar os argumentos e contrariar provas trazidas pela acusao Isonomia processual:I - acusao privilegiadaA - sujeito em relao equilibrada Produo da provaI - juiz tem ampla liberdade de produzir provas, substituindo-se aos sujeitos processuaisA - sujeitos processuais so responsveis pela produo das proas que sustentaro suas alegaes Publicidade do processo:I - atos processuais, em regra, so sigilosos conforme vontade do juizA - atos processuais so, em regra, pblicos, admitindo-se o segredo de justia, se houver previso legal deciso fundamentada Priso e liberdade provisriaI - priso a regra, presumindo-se a culpa do ruA - liberdade a regra, presumindo-se a inocncia do ru Correlao com a forma de governoI - totalitrioA - democrtico"Sistema" processual penal brasileiro Constituio federal - acusatrio CPPArt. 156 - acusatrio - I e II: inquisitivoArt. 196 - inquisitivoArt. 209 - inquisitivoArt. 234 e outrosArt. 26 - judiciria: inquisitivo. Esse judicirio est errado pq inconstitucional BR Majoritria: acusatrioJustificativa: toda norma deve ser interpretada sob a gide constitucional ou, na impossibilidade, ser afastada sua aplicabilidade por ser inconstitucional Sistema processual e no de direito processual. O inqurito no est includo. possvel justificar a produo ex officio de prova pelo juiz, sob o prisma da CF?Fontes do DPPsegunda-feira, 9 de maro de 201519:10Introduo***No direito penal a nica fonte a Unio, por meio do Poder Legislativo. Conceito de fonte Origem: fonte material (quem pode) Forma de exteriorizao: fonte formal (como feito) Fontes materiais: art. 22, I CF - Unio privativamente (todos os Poderes) Poder legislativo (quem pode) Lei stricto sensu (como o faz) Poder Executivo Tratados, convenes e atos internacionais, cf. art. 84, VIII, CF e art. 1, I, CF. Poder Judicirio Smulas vinculantes, cf. art. 103-A, CF. Mandado de Injuno Abrangncia nacional Competncia privativa (diferente de exclusiva), mas os estados e o DF podem legislar a respeito em casos especialssimos, sob autorizao da Unio, por meio de LC. Concorrentemente a Unio Ex: Direito Penitencirio (Custas Processuais, Organizao judiciria, Processo do Juizado de Pequenas Causas). Direito penitencirio no fala de execuo penal. So as normas e os regramentos que regem as penitencirias ou assuntos reservados pela Lei Federal complementao por Lei Estadual/Distrital (p.e. RDD - art. 5, Lei 10.792/03). Procedimentos em matria de DPP: preenchimento de lacunas deixadas por Lei Federal (p.e., Correio Parcial, previstas pelas Leis 1533/51 e 5010/66, porm sem referncia ao rito procedimental).Organizao judiciria trata de regramentos especficos que podem influenciar nas normas gerais de competncia (p.e., criao de Varas Especializadas ou ritos procedimentais prprios de trmite interno). Fontes formais: quais as formas de exteriorizao da vontade manifesta pelas fontes materiais? Diretas ou imediatas: obrigatria a aplicao. Todo e qualquer dispositivo editado pelo Poder Pblico - aplicao cogente. Ex: CF, leis federais, leis estaduais, distritais, regulamentos internos do STF ou STJ. Tratados, convenes e regras de direito internacional aprovados e promulgados por Decreto (Conveno Americana dos DDHH - Pacto de So Jos da Costa Rica e Conveno de Viena sobre relaes diplomticas e consulares). ATENO: as normas de DPP no esto obrigatoriamente subordinadas ao princpio da reserva legal (normas que emanam do legislativo). Indiretas e mediatas: no obrigatria a aplicao, mas podem ser utilizadas para nortear a legislao. Ex: costumes, princpios gerais de direito, analogia, doutrina, jurisprudncia, direito comparado. Sobre os costumes: regras habitualmente praticadas que se incorporam ao ordenamento jurdico, tornando-se obrigatrias, embora no previstas em lei. No mbito do DPP so considerados praxe forense Por exemplo, uso de vestes talares; desuso do art. 793, CPP; dentre outros. Sobre analogia, por exemplo, estender a um caso no previsto em lei, o regramento estabelecido pelo legislador em outro caso semelhante; forma de autointegrao da lei (no existe a norma); p.e., no oferecimento de proposta de suspenso condicional do processo ao ru pelo MP, mesmo que presentes os requisitos do art. 89, Lei 9099/95 - art. 28, CPP. Direito penal permite a analogia, desde que beneficie o ru. J no DPP no h necessidade de obedincia. ATENO: analogia integrao de norma que no existe. Interpretao analgica tem a norma que apresenta uma forma genrica para aplicao. Sobre a doutrina: opinio manifesta pelos operadores e estudiosos do Direito. Sem fora vinculativa, porm de grande influncia no mbito legislativo e judicirio. Sobre jurisprudncia: entendimento consubstanciado em decises judiciais reiteradas sobe determinado assunto. Deve estar nos autos de um ou mais processos. Sobre direito comparado: as normas estrangeiras podem ser utilizadas como subsdios importantes para a soluo de problemas comuns, inclusive inspirado a produo de leis sobre assuntos especficos. Por exemplo, criminalizao atual de condutas referentes pornografia infanto-juvenil (Lei 11829/08).Princpios do DPPsexta-feira, 13 de maro de 201519:11Conceito e finalidade: principio jurdico quer dizer um postulado que se irradia por todo o sistema de normas, fornecendo u padro de interpretao, integrao, conhecimento, aplicao do direito positivo...ClassificaoConstitucionaisInfraconstitucionaisExplcitosImplcitosGraduaoConstitucionais > Infraconstitucionais > Normas especficas e regras simplesConstitucionaisConstitucionaisPrincpios coexistem, mas h uma prevalncia no caso concreto. O princpio afasta a regra, mas a recproca no verdadeira.

Para o DPP: norteiam e restringem o poder punitivo estatal, asseguram direito e garantias individuais ao acusado.Princpios mais relevantes que regem o DPP:1. Dignidade humana: aquilo que o eu preciso minimamente para ser feliz.. Conjunto de atributos pessoais de natureza moral, intelectual, fsica, material que do a cada homem a conscincia de suas necessidades, de sias aspiraes, de seu valor, e o tornam merecedor de respeito e acatamento perante o corpo social. Qualidade intrnseca e indissocivel de todo e qualquer ser humano Irrenuncivel e inalienvel inata ao ser humano, pelo simples fato de existir mais fcil defini-la pelo que no Art. 1, III, CF: fundamento a Repblica Federativa do Brasil e princpio do Estado Democrtico de Direito. Faces: Material/Objetiva: mnimo material para subsistncia humana. Ex: art. 7, IV, CF) Moral/Subjetiva: sentimento de respeitabilidade e autoestima, inerente ao ser humano. Decorrem dele: Presuno de inocncia Ampla defesa a contraditrio Isonomia processual Imparcialidade do juiz Sustenta decises judiciais em hipteses no expressamente previstas em lei Priso domiciliar por falta de casa do albergado ou pela necessidade de tratamento mdico em face da omisso estatal. Priso cautelar com prazo excessivo.2. Devido processo legal: art. 5, LIV, CF. Necessidade de cumprimento de todos os princpios e regras processuais penais e penais legalmente previstos. Aglutinador de princpios e regras penais e processuais penais. Possibilidade de nulidade processual Norteia toda a persecuo penal, direito de punir: i do Estado e o direito de liberdade Duas faces: todas as regras penais Material: princpios e regras do Direito Penal Formal: princpios e regras de Direito Processual Penal O processo penal no um fim em si mesmo, no respeitar todas as normas do direito penal. Mas sim para se chegar a uma utilidade.segunda-feira, 16 de maro de 201519:093. Igualdade ou isonomia processual: Igualdade formal Igualdade formal no sinnimo de justia Igualdade por si s gera injustia Igualdade material: trata os desiguais na medida das suas desigualdades Veda-se o tratamento desigual sem qualquer finalidade ou fundamentao objetiva lcita acolhia pelo direito. Favor rei: de um lado, acusador, h o Estado, que muito forte, tem todo o aparato necessrio; do outro, est o ru, que mal pode se defender. H necessidade de equilbrio, j que o ru hipossuficiente em relao ao Estado. In dubio pro reo: havendo dvida quanto a interpretao, integrao ou aplicao da norma processual penal, dever SEMPRE se optar pela hiptese MAIS FAVORVEL ao ru. O nus da prova quanto culpabilidade do ru cabe acusao. Presuno de inocncia: presuno relativa (juris tantum), que pode ser afastada pelas provas colhidas no processo. Limitao atividade legislativa Critrio condicionador da interpretao, integrao e aplicao das normas de DPP Necessidade de o rgo acusador comprovar a culpabilidade do acusado, sem o nus de esse provar sua inocncia. O nus da prova dos fatos constitutivos da pretenso penal pertence EXCLUSIVAMENTE acusao. No basta a simples alegao, preciso COMPROVAR a materialidade e a autoria da conduta delituosa. In dubio pro reo Medidas constritivas aos direitos individuais do acusado devem ser EXCEPCIONAIS, INDISPENSVEIS e pormenorizadamente FUNDAMENTADAS. Toda e qualquer priso anterior ao transito julgado tem que ter natureza cautelar. S se justifica a priso cautelar e/ou a sua manuteno nas hipteses de: Priso temporria Priso preventiva: para que o agente pare de delinquir, tendo o agente reiterado na conduta criminosa. Prtica de atos que atentam ou podem atentar contra a persecuo criminal Art. 594 revogado porque afeta o princpio da presuno de inocncia, pois a sentena ainda no transitou em julgado. Art. 393, I e II tbm revogado Sumula 09 STJ, a priso provisria no ofende a garantia constitucional da presuno de inocncia antes do trnsito m julgado, caso os requisitos para sua concesso estejam presentes, para apelar. (interpretao extensiva) No autoincriminao: decorre primordialmente do princpio da presuno de inocncia. Preso: fazer interpretao extensiva tbm queles que esto em liberdade como os indiciados, acusados e rus Quem se cala transmite ao Estado o nus de provar a culpabilidade do acusado, pois nada se pode extrair, nenhum elemento de prova. Art. 198 CPP e 305 CPPM esto em vigor, mas no devem ser aplicados por conta do princpio da no autoincriminao. O ru pode mentir? Ele pode dizer qualquer coisa. O advogado tbm pode mentir... Tudo para a defesa do ru. Prova ilcita pro reo: sexta-feira, 20 de maro de 201519:074. Ampla defesa: art. 5, LV, CF. Assegura a ampla defesa e o contraditrio aos acusados e rus. Constitui-se pelo: Conhecimento claro da imputao Acompanhar provas produzidas pela acusao Fazer contraprova das evidncias apresentadas Ter defesa tcnica (advogado) Poder apresentar sua autodefesa, pessoalmente Poder recorrer da deciso desfavorvel.... mais que um direito, mas uma garantia dupla. Garantia do acusado e do justo processo, sendo condio de legitimidade da prpria jurisdio. Formas de defesa: Autodefesa: defesa feita pelo prprio ru, sem interferncia do defensor. facultativa, renuncivel. Direito de presena: de acompanhar, pessoalmente, os atos de instruo. Direito de audincia: apresentar, pessoalmente, sua verso dos fatos ao juiz. No obrigatrio a presena do ru no interrogatrio, mas deve ser representado. Defesa tcnica: feita por advogado, detentor do jus postulandi amplo (ter OAB). A defesa tcnica obrigatria. O ru no pode negar advogado, podendo defender a si mesmo. Se o ru no tiver advogado ou no puder constituir defensor, por ser hipossuficiente em relao ao estado, o juiz ser obrigado a nomear defensor pblico ou dativo (ex: art. 201 e 203 CPP). A simples constituio ou nomeao de advogado para atuar no processo no suficiente para se comprovar a efetividade da defesa. Se o advogado no est atuando corretamente, o juiz poder considerar o ru indefeso. No processo penal o juiz mais ativo, conduzindo e zelando para a preservao dos direitos e garantias constitucionais asseguradas aos sujeitos processuais. A violada a ampla defesa constitui nulidade absoluta, desde que haja prova de prejuzo ao ru. No inqurito policial no h ampla defesa, pois no processo e no se destina a decidir qualquer conflito ou litgio. A acusao lacnica (vazia) fere a ampla defesa.7. Contraditrio: a exteriorizao da defesa, tendo uma conduo dialtica (um fala, o outro replica, e assim por diante). Sua oposio pode ser a fatos, provas, direitos, alegaes, pedidos, juiz (casos de suspeio ou impedimento), etc. O contraditrio abre oportunidade para informao, seguida de uma possibilidade de reao. No inqurito policial no existe contraditrio, pois nele no processo e no se destina a decidir qualquer conflito ou litgio. A condenao fundada exclusivamente em elementos informativos do inqurito policial no ratificados em juzo ofende a garantia constitucional do contraditrio. Porque no houve contraditrio. Ou seja, deve ocorrer a judicializao das provas, para serem submetidas a ampla defesa e ao contraditrio. A judicializao ocorre pela reproduo e/ou confirmao das provas em sede processual, sob o crivo da ampla defesa e do contraditrio (art. 155 CPP). Mesmo as provas de difcil ou impossvel reproduo (interceptaes, busca e apreenso, exame de local) devero, no mbito processual, ser apresentadas defesa para anlise e manifestao (art. 155 CPP); esse o contraditrio diferido. segunda-feira, 23 de maro de 201519:078. Juiz natural (juiz constitucional): 9. Imparcialidade do rgo jurisdicional: decorre do princpio d juiz natural. uma garantia sin qua non do Estado Democrtico de Direito, que exige imparcialidade do juiz. pressuposto de existncia e legitimao da prpria atividade jurisdicional. O juiz natural pode at ser imparcial, mas caber suspeio ou impedimento requeridos pela acusao.10. Iniciativa das partes: decorre tbm do princpio do juiz natural. O juiz no pode dar incio a ao penal, se o fizer, na condio de magistrado, ele est agindo como parte. Mas se ele for vtima, ele poder. O art. 26 no foi recepcionado pela CF. sexta-feira, 27 de maro de 2015 19:1711. Verdade "real": efetivar aquilo que a finalidade precpua do processo, que que o processo busca conhecer a verdade dos fatos. O juiz tem papel preponderante no juzo criminal, ele no mero expectador. Ele averigua os fatos alm dos limites artificiais da verdade formal, ou seja, daquilo que os sujeitos processuais levam ao processo criminal. Iniciativa do juiz pode ser positiva, quando ele faz complementao excepcional de prova j produzida ao chamar testemunha no arrolada pelas partes, por exemplo. A negativa, em homenagem ao sistema processual acusatrio, deve ser evitada. Busca-se o juzo de certeza do ocorrido, para a correta e justa prestao jurisdicional, porm com respeito aos princpios que regem o DPP. Excees de aplicao desse princpio no DPP so na prescrio (extino da punibilidade), morte do acusado, renncia, perdo e perempo (APPrivadas), novo processo aps absolvio com trnsito em julgado, etc.12. Livre persuaso racional e motivao das decises judiciais: Sistemas de provas: Legal ou Tarifao das provas: as provas tm seu valor pr-fixado em lei - ex: art. 62 CPP Intima convico: as provas so analisadas cf. a ntima convico (tica, moral, religiosa, social) do juiz, sem necessidade de fundamentao e sem que estejam presentes nos autos - ex: art. 486 CPP) Livre persuaso racional: as provas serem apreciadas devero constar nos autos do processo e sua anlise e valorao pelo julgador devero ser pormenorizadamente fundamentadas. Art. 332, CPC c/c art. 3, CPP. Predomina no DPP brasileiro o princpio da livre persuaso racional. Todas as decises devem ser fundamentadas (todas as manifestaes decisrias), cf. art. 93, IX, CF e art. 381, III, CPP. segunda-feira, 30 de maro de 2015 19:1713. Vedao das provas ilcitas: art. 5, LVI, CF. So aquelas obtidas em violao a norma constitucional ou legal. Devem ser desentranhadas do processo, bem como as derivadas. Art. 157 e . A fonte independente permite a admisso de prova, desde que esteja segregada da fonte da prova ilcita. Ler RE 603616 RO/STF sobre o flagrante delito, que permite a prova obtida sem ordem judicial. Ler HC 80.949-9 RJ/2001 1 turma, tbm fala das provas contaminadas pela forma como foram obtidas e levaram a sua inadmisso. Ex: priso ilegal levou a produo de provas que ficaram contaminadas por ela. Provas ilcitas que sirvam para condenar o ru, no podero jamais ser admitidas. Mas as provas produzidas ilicitamente podem ser aceitas sob anlise dos princpios constitucionais da proporcionalidade e da razoabilidade em caso concreto. Essa uma construo doutrinria, amparada pela jurisprudncia que admite a adoo das provas para absolver o ru, em caso concreto e desde que seja a nica prova que o ru poderia produzir para a sua defesa.14. Legalidade: art. 5, II, CF. Pedra basilar do Estado Democrtico de Direito. O Estado no pode exigir qualquer ao, ne impor qualquer absteno, nem mandar tampouco proibir nada aos administradores, seno em virtude de lei. um limite constitucional ao poder arbitrrio do Estado.15. Oficialidade: a persecuo penal uma funo do Estado, portanto, oficial. Que investiga a Polcia Judiciria, quem processo o MP, quem julga o magistrado. No caso da APPrivada, ela uma exceo ao princpio da oficialidade, conferindo ao particular o direito de acusar.segunda-feira, 06 de abril de 2015 19:1516. Obrigatoriedade: predomina no DPP, referindo ao incio da persecuo criminal. Se a autoridade penal tiver conhecimento de crime de natureza pblica incondicionada tem que instaurar inqurito policial. No cabe fazer juzo de insignificncia pela autoridade policial. O membro do MP pode sugerir ao juiz o arquivamento de denncia de crime de bagatela, devido a insignificncia da conduta. Os rgos da persecutio criminis no podem fazer juzo de valor da oportunidade ou convenincia da instaurao de inqurito (polcia) ou da propositura da ao penal, nos casos de ao penal pblica incondicionada. Mas esse princpio da obrigatoriedade no absoluto. Nos casos de ao penal privada e da ao penal pblica condicionada a representao dependem da manifestao de vontade do ofendido, de seu representante legal ou de requisio do MJ. A representao deve ser feita no prazo de at 6 meses da data do conhecimento da autoria do crime. No caso das infraes penais de menor potencial ofensivo podem ser realizadas a composio ou transao penal, que no caso de no aceitas, podem levar a representao em juzo.17. Indisponibilidade: no permite que a autoridade policial nem membro do MP dispor (desistir) de suas investigaes ou da ao penal se tiverem iniciado, respectivamente. No tambm no um princpio absoluto. No caso de ao penal privada pode haver renncia da vtima, perdo da vtima ao ru, perempo pela vtima no ter movimentado o processo. No caso de ao penal pblica condicionada representao podem sofrer retratao de representao pela vtima. Se j houver inqurito, este paralisado e enviado relatrio ao MP e no caso de j houver ao, o processo ser sentenciado sem resoluo do mrito. A retratao deve ser feita em at 6 meses.18. Indivisibilidade da APPrivada: esse tipo de ao indivisvel. A queixa deve ser ajuizada contra todos os autores do crime, ou representa contra todos ou contra ningum. Portanto, o art. 48 CPP, dispe que a queixa contra qualquer dos autores do crime obrigar do processo de todos, e MP velar pela sua indivisibilidade. O art. 49 dispe que a renncia ao exerccio do direito de queixa (antes do recebimento da queixa crime pelo juiz) em relao a um dos autores do crime, a todos se estender. Ou seja, se eu renuncio a queixa contra um, renuncio a todos. No a necessidade da aceitao. No art. 51 CPP pode ocorrer o perdo concedido a um dos querelados (j ao penal) e aproveitar a todos. Se o perdo no for aceito, a ao seguir at sentena para aquele que no o aceitou. Na APPblica no possvel a divisibilidade, devido ao princpio da obrigatoriedade de proposio de ao penal pblica para todos os autores de um crime.segunda-feira, 13 de abril de 2015 19:2119. Publicidade: art. 5, LX, CF fala da publicidade dos atos processuais; art. 93, IX, CF fala dos julgamentos pblicos; art. 5, XXXIII, CF fala do direito de acesso informao; art. 792, caput e 1, CPP que audincias e outros atos sero, em regra, pblicos. Nosso sistema, a regra, a publicidade dos atos processuais. No mero direito, mas dupla garantia, para sociedade e para o acusado. O povo o juiz dos juzes. instrumento de fiscalizao popular do Estado, de transparncia da atividade jurisdicional e de minimizao de excessos arbitrariedades. Publicidade no sensacionalismo. A mdia no est interessada no interesse da sociedade, mas em meramente vender notcias.Classificao:a. Plena: qualquer pessoa tem acesso, sem excees.b. Restrita: apenas certas pessoas tm acesso, como os sujeitos processuais e seus defensores.Hipteses de restrio de publicidade:c. Art. 5, IX, CF: defesa da intimidade ou interesse sociald. Art. 93, IX, CF: preservao do direito intimidade do interessadoe. Art. 5, XXXIII, CF: sigilo seja imprescindvel segurana da sociedade e do Estadof. Art. 792, caput e 1: puder resultar escndalo, inconveniente grave ou perigo de perturbao da ordemH vigncia do princpio da publicidade no inqurito policial? No, devendo a autoridade policial assegurar o sigilo, cf. art. 20, CPP.O advogado tem acesso as informaes para garantir a defesa do cliente que j tenham sido documentadas. Se autoridade no fornecer cabe MS e at reclamao direta o STF, por descumprimento de Sumula Vinculante 14.g. Duplo grau de jurisdio: est implcito na estrutura do Judicirio. Ex: cabe do STF julgar em grau de recurso ordinrio tal tema. O princpio est explcito do CADH, art. 8, 2 h, que diz que h direito de recorrer da sentena a juiz ou tribunal superior. H direito de buscar o reexame do processo por rgo jurisdicional superior, porque ficamos inconformados e porque podemos errar nas decises.h. Colegialidade: decorre do duplo grau de jurisdio. Quando entramos com um recurso, no qualquer juiz que vai julgar, mas, em regra, ser um colegiado, sempre, em nmero mpar. Deve ser assim, porque contexto de um colegiado que haver o debate e discusso das teses e contraposio de ideias.i. Identidade fsica do juiz: o art. 399, 2 do CPP proclama que o juiz que conduziu a instruo dever proferir a sentena. Exceto, no caso de promoo, convocao, licenciamento, afastamento ou aposentadoria do juiz, cf. art. 132, CPC. Antes de 2008, quando foi editada a lei que inseriu o 2 a conduo probatria no ficava concentrada num nico juiz. Cada parte poderia ser conduzida um magistrado diferente.

Lei Processual Penal no Tempo e no Espaotera-feira, 14 de abril de 201519:221. Eficcia no tempoConceitos gerais: Promulgao: declarao de existncia no ordenamento e ordena a execuo da lei Publicao: dada cincia oficial sociedade da promulgao da lei Vacatio legis: perodo para conhecimento da lei, entre a publicao e o inicio da vigncia. Se nada menciona a lei, a vigncia se dar em 45 dias. Vigncia: incio da produo de efeitos Atividade: perodo entre a vigncia e a revogao da lei Extratividade: perodo em que a lei produz efeitos fora do perodo de atividade. Retroatividade: perodo de efeitos antes da vigncia da lei Ultratividade: perodo de efeitos depois da revogao da lei Revogao: pode ser total (ab-rogao) ou parcial (derrogao)/expressa (lei) ou tcita (incompatibilidade)Regra geral: Art. 2 CPP: a lei processual aplica-se desd logo, sem prejuzo dos atos sob a vigncia da lei anterior. Princpio do Efeito Imediato ou da Adequao Imediata da LPP (tempus regit actum): a lei entra em vigor imediatamente, colhendo processo em andamento. No afeta atos j realizados sob a vigncia de lei anterior, mesmo que prejudiciais ao acusado.Exceo: Art. 3 LICPP: o prazo j iniciado, inclusive o estabelecido para a interposio de recurso, ser regulado pela lei anterior, se esta no prescrever prazo menor o que o fixado. Logo, adota-se a o prazo maior, no caso de mudana da lei. Na hiptese de prazo em aberto, dever prevalecer aquele que for o mais benfico para o sujeito processual em questo. Isso no quer dizer, necessariamente, que o prazo aplicado ser o mais benfico para ru. Normas processuais penais materiais: so aquelas que, inseridas no contexto da persecutio criminis (investigao policial ou processo penal), tm forte contedo de direito penal. Afetam a pretenso punitiva ou executria do Estado (cria, extingue, aumenta, reduz), influenciando - direta ou indiretamente - no jus libertatis do autor do delito. Ex: priso matria de direito processual penal de contedo material, que afeta o direito material (direito penal). A priso afeta o jus libertatis, por isso aplicamos a retroatividade da lei penal mais benfica. As normas processuais penais materiais so aquelas que tm reflexos penais, envolvendo, em regra, questo de direito material ou acerca do status libertatis do autor do ilcito. So normas mistas ou hbridas, que disciplinam matria processual penal com incontestes reflexos penais. Aplicam-se s normas processuais penais materiais os princpios que regem o Direito Penal (retroatividade da lei mais benfica ao ru), cf. art. 2 LICPP.1. Eficcia no espaoConceito de territrio: Em sentido estrito (material): superfcie terrestre (solo e superfcie), espao areo (coluna de ar at a atmosfera), guas territoriais (lacustres, fluviais martimas, inclusive o mar territorial de 12milhas nuticas ou 22km da costa) Por extenso (fico): Embarcaes e aeronaves brasileiras de natureza pblica, militar ou a servio do governo brasileiro, onde quer que estejam. Embarcaes e aeronaves estrangeiras, mercantes ou de natureza privada, em territrio brasileiro (no sentido estrito). Embarcaes e aeronaves brasileiras, mercantes ou de natureza privada, m alto mar ou no espeo areo correspondncia.Regra geral: Aplica-se o DPP a todas as aes penais que tiverem curso no territrio..Excees: Territrio nullius: no h soberania de ningum. Ex: Antartica Territrio ocupado: casos de guerra, aplica-se a lei do pas que estiver ocupando Territrio estrangeiro: autorizao do respectivo estado para ocupar espao em territrio estrangeiro. Ex: base americana n ColombiaAplicao do CPP: Regra geral do Art. 1, caput, CPP: o processo penal reger-se-, em todo o territrio brasileiro, por este cdigo, ressalvados: Inciso I: tratados internacionais Inciso II: prerrogativas constitucionais do PR, Ministros, nos crimes conexos com os do PR, e dos Ministros do STF nos cries de responsabilidade (infraes politico-administrativas) Inciso III: processos da competncia da Justia Militar Inciso IV: processos de competncia do tribunal especial Inciso V: processos por crime de imprensa Excees: Princpio da Especialidade: aplica-se subsidiariamente o CPP quando lei especial disciplinar procedimento diverso do previsto na lei geral So exemplos: leis das drogasImunidades Processuais Penaissegunda-feira, 27 de abril de 201519:13 As imunidades processuais penais no so privilgios, so condies especiais para determinados cargos ou funes, em virtude de sua importncia estratgica, poltica. O cidado tem que ser tratado de forma diferenciada, no porque ele Joo ou Maria, mas porque ocupa um determinado cargo ou funo Regra: a lei processual penal se aplica em TODO o territrio nacional e a TODAS as pessoas autoras de infrao penal. Excees: determinados cargos ou funes especficas esto isentos, total ou parcialmente, da aplicao da lei processual penal. As pessoas que os exercem possuem IMUNIDADE PROCESSUAL PENAL. As imunidades processuais penais ferem o princpio da igualdade? No! Porque, qualquer pessoa pode ter esses benefcios, bastando que exera determinada funo. Ela no um privilgio pessoal, mas est vinculada a uma funo ou determinada atividade que a pessoa exerce. Imunidades diplomticas: Conveno de Viena sobre Relaes Diplomticas (CVRD), aprovada pelo Decreto Legislativo 103/64 Imunidades consulares: Conveno de Viena sobre Relaes Consulares (CVRC), aprovada pelo Decreto Legislativo 06/67 Imunidades parlamentares: constantes do art. 53; art. 29, VIII; art. 27, 1 da CF. Imunidade presidencial: art. 86 da CF.Imunidades diplomticas: Art. 1, I, CPP e art. 5, CP:Art. 1 O processo penal reger-se-, em todo o territrio brasileiro, por este Cdigo, ressalvados:I - os tratados, as convenes e regras de direito internacional;Art. 5 - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuzo de convenes, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no territrio nacional. Ressalvam a aplicao das leis penais e processuais penais brasileiras aos delitos praticados no territrio nacional em face de TRATADOS, CONVENES e REGRAS DE DIREITO INTERNACIONAL. Estado acreditante: o estado de origem do agente diplomtico. Ex: embaixador do Brasil na Itlia. Estado acreditante BR, estado acreditado, Itlia. Estado acreditado: o estado para onde o diplomata encaminhado. Funes dos diplomticas (art. 3, CVRD):Art. 3 As funes de uma Misso diplomtica consistem, entre outras, em:a) representar o Estado acreditante perante o Estado acreditado;b) proteger no Estado acreditado os intersses do Estado acreditante e de seus nacionais, dentro dos limites permitidos pelo direito internacional;c) negociar com o Govrno do Estado acreditado;d) inteirar-se por todos os meios lcitos das condies existentes e da evoluo dos acontecimentos no Estado acreditado e informar a sse respeito o Govrno do Estado acreditante;e) promover relaes amistosas e desenvolver as relaes econmicas, culturais e cientficas entre o Estado acreditante e o Estado acreditado.2. Nenhuma disposio da presente Conveno poder ser interpretada como impedindo o exerccio de funes consulares pela Misso diplomtica. Representao poltica, em mbito nacional, do Estado Acreditante no Estado Acreditado: ele o estado acreditante no estado acreditado. Ele representa o estado acreditante no estado acreditado. Ex: se o BR precisa firmar um acordo de cooperao tcnica com a Ucrnia, no necessrio que a Presidente v at a Ucrnia e nem que o Presidente ucraniano venha at aqui. A presidente chama o Embaixador da Ucrnia, que representa os interesses da nao ucraniana. Se ele disser que o acordo est firmado, assim estar. Por isso, a escolha de um diplomata no uma tarefa fcil. O diplomata fala em nome do pas acreditante. Ento, tudo o que ele faz e fala representa aquele pas. No importa se ele est no exerccio de suas funes ou no, se est na praia, jogando boliche ou numa conferncia entre agentes diplomticos. Assuntos estratgicos do pas acreditante so responsabilidade do agente diplomtico. E: o embaixador da Itlia est no BR pra defender os interesses italianos no BR, coletando informaes de inteligncia em nvel estratgico, por exemplo. Repasse de informaes e acontecimentos estratgicos e importantes referentes ao Estado Acreditado Proteger os interesses do Estado Acreditante Negociar com o Estado Acreditado Diplomatas: Chefes de Estado e de Governo Representantes de governos estrangeiros Agentes diplomticos (art. 37 e outros da CVRD) em sentido estrito: Embaixadores, Secretrios e seus respectivos familiares (convvio com o agente diplomtico e no nacionais do Estado Acreditado). Pessoal tcnico e administrativo das representaes (que no tem carreira diplomtica, mas vo junto com os diplomatas) e seus respectivos familiares (convvio e no nacionais do Estado Acreditado). Ex: vem embaixador com a famlia e seu filho resolve morar sozinho, logo, o filho perde a imunidade. Se um embaixador brasileiro casa com uma italiana na Itlia, ela no tem imunidade. Funcionrios de organismos internacionais (desde que estejam em servio. Ex: OMC, ONU - OS OUTROS DE CIMA DO SLIDE NO PRECISAM ESTAR EM SERVIO) Os diplomatas, em sentido amplo, esto absolutamente excludos da jurisdio criminal do Estado Acreditado. Ex: em tese, se o embaixador entrar na sala com uma submetralhadora e desferir uma rajada de 30 tiros e matar uns 10 alunos, ele no poder ser preso, no responder inqurito policial, no ser preso preventivamente, no ser submetido de forma alguma a jurisdio penal do Estado Acreditado, nesse caso, o BR. Ou seja, o agente diplomtico est totalmente imune. Ele no submetido a busca pessoal, no se submete ao raio-x do aeroporto, nem ao controle da receita federal (ele traz o que quiser, quando e quanto quiser, da forma que quiser). Ex: se ele estiver com 1kg de cocana nada pode ser feito. No importa se o diplomata estava no exerccio ou no de suas funes. No so obrigados a testemunhar (art. 31, 2, CVRD) No esto sujeitos a qualquer medida detentiva (art. 29, CVRD) No podem ser submetidos a busca pessoal (art. 29, CVRD) As sedes diplomticas e residncias particulares so inviolveis, no podendo ser submetidas busca e apreenso, penhora ou qualquer medida constritiva, (arts. 22, 1 e 30, CVRD), porm, no so consideradas extenso do territrio estrangeiro. Ex: a embaixada territrio nacional (do estado acreditado). Quando dizem que a polcia no pode entrar na embaixada para fazer uma busca e apreenso, no dizem isso porque l territrio estrangeiro (do estado acreditante), mas sim por conta da imunidade diplomtica e no por causa do territrio. Ex: se um brasileiro trabalha na embaixada dos USA em Braslia e comete um crime nas dependncias da embaixada, ele responde normalmente pelo crime conforme as leis penais brasileiras. Os bens pessoais e aqueles situados no interior da sede diplomtica e da residncia particular tambm so inviolveis e, portanto, insuscetveis de qualquer medida constritiva (malas, arquivos, documentos, correspondncias) (arts. 22, 3, 24, 27 e 30, CVRD). So inviolveis os meios de transporte utilizado (carros, helicpteros, avies) (art. 22, 3, CVRD) O que justifica as imunidades diplomticas? O respeito e considerao ao Estado Acreditante e a necessidade de garantias para o perfeito desempenho da misso diplomtica. Permanecero impunes os diplomatas quando da prtica de um delito no Estado Acreditado? Aqui sim. Mas devero ser julgados no Estado Acreditante (art. 31, 1 e 4, CVRD). E se no foram julgados no Estado que representam? Sero declarados persona non grata (ele e a famlia inteira) e o Estado Acreditado no mais se obriga a reconhecer a imunidade (art. 9, CVRD). O Itamaraty estipula um prazo para sada do diplomata para que possa ser julgado no estado acreditante. Se ele no sair, o governo do estado acreditado pode se valer de todos os meios disponveis para processar criminalmente o cidado. possvel ao diplomata renunciar sua imunidade para se ver processado criminalmente no Estado Acreditado? No. possvel ao Estado Acreditante renunciar imunidade diplomtica de seus agentes? Sim (art. 32, CVRD). Ela conferida pelo estado acreditante e s ele pode renunciar imunidade. Ex: suponha que um agente diplomtico resolva matar a Dilma. muito mais fcil o estado acreditante abrir mo do diplomata do que estremecer a relao entre os dois pases, removendo a imunidade e fazendo com que o diplomata responda no pas acreditado. Se for praticado um delito no interior de uma sede diplomtica por pessoa que no goze de imunidade a LPP ser aplicada? SimImunidades Consulares Assim como as imunidades diplomticas, tm a aplicao das leis penais e processuais penais brasileiras ressalvadas com base no art. 1, I, CPP e no art. 5, CP. Conveno de Viena sobre Relaes Consulares (CVRC) Estado que Envia e Estado Receptor Funes dos Agentes Consulares (art. 5, CVRC) Representar os nacionais do Estado que Envia. Ex: um cnsul francs em CWB est preocupado com os franceses que moram aqui, ou seja, est preocupado com seus nacionais. Expedir documentos de viagem aos nacionais do Estado que Envia, bem como visto para aqueles que desejam para este viajar. Prestar ajuda e assistncia aos nacionais do Estado que Envia Os agentes consulares no tm representatividade poltica do Estado que Envia. Eles no representam seu pas. No negociam para seu pas. Eles tm poderes na rea de atuao. O de SP atua l e o de CBW atua aqui. Agentes Consulares (art. 53, 2, CVRC) Cnsul Vice-cnsul Funcionrios consulares Familiares (convvio). Ex: pode se casar com pessoas do pas que o recebe, bastando o convvio para que tenha a imunidade. Os agentes consulares possuem imunidade penal e processual penal relativa perante o Estado Receptor. Somente no mbito do distrito consular e no que concerne aos atos oficiais realizados no exerccio de suas funes consulares (art. 43, CVRC) Podem ser chamados a depor como testemunhas, salvo se se referir a informaes quanto a fatos relacionados com o exerccio de suas funes (art. 44, CVRC) Esto sujeitos a priso em flagrante ou cautelar em casos de crimes graves, porm somente com a chancela do Poder Judicirio (art. 41, 1, CVRC) No se admite priso em face de sentena condenatria no definitiva (art. 41, 2, CVRC) So semelhantes s imunidades diplomticas as observaes j feitas quanto : Inviolabilidade das sedes consulares, documentos, arquivos, malas, correspondncia e transporte (arts. 31, 33, 34, 35 e 50, CVRC) Renncia imunidade consular (art. 45, CVRC) Declarao de persona non grata (art. 23, CVRC)segunda-feira, 04 de maio de 2015 19:05Imunidades Parlamentares Regra: incidem no mbito do Poder Legislativo da Unio e do Estado (art. 53 e 27, 1, CF) Senadores Deputados (estadual e federal, excetuando vereador) Princpio da simetria ou isonomia material Constituio Federal Pelo princpio da simetria podem as Constituies Estaduais reforar em seu corpo, para os deputados estaduais, as mesmas imunidades conferidas aos parlamentares federais. Mas nunca podero criar imunidades. H uma hiptese de incidncia no mbito do Poder Legislativo Municipal (art. 29, VIII, CF) Origem histrica das imunidades: Bill of Rights Freedom of speech ou Direito de liberdade de expresso do parlamentar Freedom of arrest ou Imunidade priso arbitrria O parlamentar deve ter liberdade e independncia para expor suas ideias, por mais estapafrdias que sejam. Ex: apresentar projeto de lei para adoo do neonazismo. uma segurana para os parlamentares poderem exercer plenamente suas atribuies, livres de ameaas ou presses de qualquer natureza Classificao Material/Penal/Absoluta: tem imunidade total em relao a tudo Opinies, palavras e votos (por escrito ou verbal - art. 53, caput, CF). No haver responsabilidade penal nem civil. Perdura, inclusive, aps o trmino do mandato, por isso, absoluta. Hiptese de alcance aos vereadores (art. 29, VIII, CF): somente as opinies, palavras e votos proferidos no mbito de sua Cmara Municipal. Fora dela haver responsabilizao. No exerccio do mandato e na circunscrio do municpio. Se ofensa irrogada pelo vereador for feita por meio de radiodifuso ou internet, s haver imunidade se o ato estiver circunscrito ao municpio vinculado. Ex: se o vereador se manifestar ofensivamente fora da sua circunscrio, ele no ter imunidade. necessria a existncia de nexo de causalidade entre a manifestao ofensiva e o exerccio do mandato? A maioria diz que se a ofensa for lanada no mbito de sua casa legislativa, no necessrio ter nexo de causalidade. Se o parlamentar no estiver na casa legislativa (na tribuna ou no exerccio das suas funes legislativas), precisar de nexo de causalidade. Ex: Fluvio deputado estadual e vem a CTBA fazer comcio. Ele discursa e algum o chama de ladro, e ele responde que ladro o outro e xinga e humilha a pessoa. Nesse caso, Fluvio no tem imunidade, podendo responder civil e criminalmente. Fazer um discurso de dio livre e no pode ser responsabilizado, se realizado em plenrio (na tribuna). possvel a renncia imunidade parlamentar? No, pois tem fundamento no regime representativo e no na pessoa do parlamentar. O parlamentar licenciado para ocupar cargo na Administrao Pblica tem imunidade? No tem imunidade, porque no est exercendo as funes representativas para que foi eleito. O suplente do parlamentar tem imunidade? No. S tem imunidade quando tiver a titularidade da funo parlamentar, por estar exercendo a funo parlamentar e no porque suplente. O coautor parlamentar tem imunidade? No, cf. Sm. 245 STF: A IMUNIDADE PARLAMENTAR NO SE ESTENDE AO CO-RU SEM ESSA PRERROGATIVA. Processual/Formal/Relativa: No abarca os vereadores impossvel a decretao da priso cautelar (preventiva ou temporria), exceto por sentena penal condenatria transitada em julgado. A priso em flagrante possvel ( pr-cautelar, e isso bem diferente), em caso de crimes inafianveis (racismo, tortura, trfico ilcito de drogas, terrorismo, crimes hediondos, ao de grupos armados civis ou para-militares contra a ordem constitucional e o estado democrtico). Os autos do flagrante so encaminhados pela autoridade policial Casa Legislativa respectiva, no prazo de 24h, para anlise dos requisitos de legalidade da priso em flagrante. H possibilidade de sustar o andamento dos processos criminais instaurados (art. 53, 3 e 5, CF): Antes da EC 35/2001 Era necessria autorizao prvia da respectiva Casa Legislativa para fins de processamento criminal Tratava-se de uma condio de procedibilidade da ao Se no houvesse autorizao, suspendia-se o prazo prescricional at o trmino do mandato A partir da EC 35/2001 O Poder Judicirio pode receber a denncia, semnecessidade de licena prvia. preciso pedir autorizao ao juiz natural (competente para julgar determinado crime). Sem ela, toda prova coletada ilcita. imperiosa a comunicao Casa Legislativa acerca do recebimento da denncia. Autorizada e recebida a denncia, o juiz comunica a casa legislativa sobre a ao em trmite contra um de seus parlamentares. Poder a casa legislativa sustar o andamento do processo criminal: (CAI NA PROVA) Por iniciativa do partido poltico Por voto da maioria de seus membros (50% + 1) Para delito praticado aps a diplomao (no exerccio do mandato) O pedido de sustao deve ser apresentado ao Judicirio antes da sentena definitiva Haver suspenso do prazo prescricional Com o trmino do mandato, a ao penal volta a tramitar automaticamente e o prazo prescricional volta fluir. E se houver concurso de pessoas entre parlamentar e no parlamentar qual o alcance da sustao? necessrio desmembrar a ao penal. O processo suspenso para o parlamentar e continua para o no parlamentar, desmembrando a ao. A priso admitida em face de sentena definitiva No podem ser coercitivamente instados a depor perante autoridade policial ou judicial Escolhendo dia, hora e local da oitiva. No s obrigados a testemunhar sobre fatos e pessoas cujas informaes foram recebidas ou prestadas em razo do exerccio do mandato (art. 53, 6, CF) Prerrogativa de foro para processamento (art. 53, 1, art. 102, I, b, CF) (porque processado ele pode ser, mas no preso) Da diplomao at o trmino/perda do mandato, o parlamentar ser criminalmente processado, nos CRIMES COMUNS, perante o STF (Senadores e Deputados Federais) ou perante o TJ, por simetria (Deputados Estaduais). Tem o direito de ser julgado pelo seu juiz natural. E se houver processo criminal em andamento quando da diplomao? Os autos devero ser encaminhados para o foro especial, sem prejuzo dos atos anteriormente praticados. E quanto s infraes de menor potencial ofensivo, contravenes penais, crimes eleitorais e crimes contra a vida? Se parlamentar federal, ser julgado pelo STF, pelo Princpio da Especialidade. Tribunal do Jri - Art. 5, XXXVIII, CF Juizados Especiais - Art. 98, I, CF Normas GERAIS, com assento constitucional Se parlamentar estadual, ser julgado pelo JECrim, Tribunal do Jri ou Justia Eleitoral, pelo Princpio da Hierarquia. Prerrogativa de Funo - Constituio Estadual (por simetria CF) Com o trmino ou perda do mandato, a ao penal dever tramitar perante o frum comum, salvo se j iniciado o julgamento. Para instaurao de Inqurito Policial, no se exige autorizao da Casa Legislativa, porm preciso prvia manifestao favorvel e superviso constante, desde o incio, do STF (STF, Inq 2411 QO/MT) ou do TJ, cf. o caso.sexta-feira, 08 de maio de 2015Imunidade do presidente Tem as mesmas imunidades dos parlamentares Prerrogativa de foro (art. 102, I, b, CF) Da diplomao at o trmino/perda do mandato, o Presidente da Repblica ser criminalmente processado, nos CRIMES COMUNS, perante o STF Ser julgado pelo SENADO nas infraes poltico-administrativas (art. 85, CF e Lei 1079/50) Art. 86, CF Autorizao de 2/3 da Cmara dos Deputados Total de 513 Deputados 342 votos a favor Crimes comuns e infraes poltico-administrativas No pode ser preso em flagrante No possvel priso cautelar ou temporria Pode ser preso em virtude de sentena penal condenatria Somente pode ser responsabilizado, durante o mandato, por atos praticados no exerccio de suas funes presidenciais E se praticar fato ilcito no conexo atividade presidencial? Somente responder criminalmente aps o trmino/perda do mandato. Haver suspenso do prazo prescricional.Sujeitos do Processo Penalsexta-feira, 8 de maio de 201519:18Cap 15 Nucci 493 a 523Cap 10 Pacelli 462 a 511 Pessoas que intervm, direta ou indiretamente, no curso do processo com a prtica de determinados atos processuais.Classificao doutrinria: Sujeito principais ou essenciais: sua existncia fundamental para que se tenha uma relao jurdica processual penal regularmente instaurada. Sem eles no h relao jurdico-processual. Ex: juiz, acusao e acusado (no o advogado/defesa, porque sem ele a relao existe, mas no prossegue). Sujeitos secundrios, acessrios ou colaterais: embora no imprescindveis, podero intervir a ttulo eventual em defesa de seu interesse ou de seu representado. Ex: terceiro interessado, assistente de acusao (advogado contrato pela vtima/ofendido para que acompanhe o processo, muito embora a titularidade da ao seja do MP).Juiz criminal: sujeito essencial do processo penal o presidente do processo: est no pice da relao jurdica, equidistante da acusao e do acusado atuao imparcial Atua em nome do Estado-juiz: substitui a vontade dos sujeitos processuais e aplica o direito penal material, imparcialmente, ao caso concreto, com poderes para conduzir o processo, buscando a verdade real Poderes do juiz: finalidade de garantir a efetividade de sua atuao jurisdicional Poderes de polcia ou administrativos: exercidos no curso do processo para garantir a disciplina e o decoro. Ex: art. 251 CPP: requisio de fora pblica; art. 497, I, II, III, VI e art. 794 CPP. Poderes jurisdicionais: referem-se conduo do processo, decises e execuo do comando judicial Poderes meio: so atos de impulso do processo, de sentena, execuo. Atos ordinatrios despachos de mero expediente que impulsionam o processo at a prolao da sentena final (conduo do processo) Atos instrutrios despachos/decises capazes de angariar elementos de convico para aplicao adequada do direito material (coleta de provas) Poderes fim: sentenciar e decidir, garantindo o cumprimento da deciso Atos decisrios pronunciamentos que produzem sucumbncia (decises e sentenas) Atos executrios do efetividade aos atos decisrios (execuo das decises e sentenas) Funes anmalas: no se enquadram na classificao apresentada aqui. Ex: Receber noticia criminis (art. 39 CPP) Requisitar instaurao de inqurito policial (art. 5, II CPP) Encaminhar noticia cirminis ao MP (art. 40 CPP) Impedimentos (art. 252 e 253 CPP): Ensejam a incapacidade objetiva do juiz (presuno absoluta de parcialidade), no sendo possvel discusso a respeito, pois objetiva. Ex: julgamento de uma pessoa da famlia). Deve ser reconhecida de ofcio pelo juiz, caso contrrio, caber oposio de exceo (art. 112 CPP). Para Nucci, o rol previsto deve ser considerado taxativo, pois impede o magistrado de exercer a jurisdio.Art. 252. O juiz no poder exercer jurisdio no processo em que: I - tiver funcionado seu cnjuge ou parente, consangneo ou afim, em linha reta ou colateral at o terceiro grau, inclusive, como defensor ou advogado, rgo do Ministrio Pblico, autoridade policial, auxiliar da justia ou perito;II - ele prprio houver desempenhado qualquer dessas funes ou servido como testemunha;III - tiver funcionado como juiz de outra instncia, pronunciando-se, de fato ou de direito, sobre a questo;IV - ele prprio ou seu cnjuge ou parente, consangneo ou afim em linha reta ou colateral at o terceiro grau, inclusive, for parte ou diretamente interessado no feito.Art. 253. Nos juzos coletivos, no podero servir no mesmo processo os juzes que forem entre si parentes, consangneos ou afins, em linha reta ou colateral at o terceiro grau, inclusive. Suspeio (art. 254 CPP): Ensejam a incapacidade subjetiva do juiz (presuno relativa de parcialidade). Deve ser reconhecida de ofcio pelo juiz, caso contrrio, caber oposio de exceo (art. 112 CPP). Para Nucci, rol previsto deve ser considerado exemplificativo, pois podem surgir novas hipteses de suspeio (ex: juza que fora estuprada).Art. 254. O juiz dar-se- por suspeito, e, se no o fizer, poder ser recusado por qualquer das partes:I - se for amigo ntimo ou inimigo capital de qualquer deles;II - se ele, seu cnjuge, ascendente ou descendente, estiver respondendo a processo por fato anlogo, sobre cujo carter criminoso haja controvrsia;III - se ele, seu cnjuge, ou parente, consangneo, ou afim, at o terceiro grau, inclusive, sustentar demanda ou responder a processo que tenha de ser julgado por qualquer das partes;IV - se tiver aconselhado qualquer das partes;V - se for credor ou devedor, tutor ou curador, de qualquer das partes;Vl - se for scio, acionista ou administrador de sociedade interessada no processo. No ser reconhecida se houver a prtica dolosa de atos para cri-la (art. 256 CPP).Art. 256. A suspeio no poder ser declarada nem reconhecida, quando a parte injuriar o juiz ou de propsito der motivo para cri-la. possvel a cessao do impedimento e/ou da suspeio? possvel, em princpio, a cessao do impedimento e/ou da suspeio, cf. art. 255 CPP, com a dissoluo do casamento. Se sobrevier descendentes no poder ser afastada a suspeio ou impedimento. E nem mesmo com o divrcio e no tendo filhos, se o ru for sogro, padrasto, cunhado, genro ou entendo, poder ser afastada a suspeio/impedimento.Art. 255. O impedimento ou suspeio decorrente de parentesco por afinidade cessar pela dissoluo do casamento que Ihe tiver dado causa, salvo sobrevindo descendentes; mas, ainda que dissolvido o casamento sem descendentes, no funcionar como juiz o sogro, o padrasto, o cunhado, o genro ou enteado de quem for parte no processo. Aplicam-se aos jurados (juzes leigos) as vedaes aos magistrados togados? Sim.Ministrio Pblico (art. 127 CF): essencial funo jurisdicional do Estado. Sempre atua no mbito criminal privado ou pblico. Defesa da ordem jurdica, do regime democrtico e dos interesses sociais e individuais indisponveis. sujeito processual imparcial: pode intervir em favor do ru em sede de HC, MS e Recurso (ex: art. 385 CPP) Exerce a pretenso punitiva estatal: APPblica - dominus litis e custos legis (art. 129, I CF e art. 29, e 257 CPP). APPrivada - custos legis (art. 129, II CF e art. 257, II CPP). Responsvel pelo controle externo da atividade policial (art. 129, VII CF) Demais funes (art. 129 CF) Natureza do MP: um quarto poder Integra o Judicirio, pois essencial funo jurisdicional do Estado Integra o Legislativo, pois responsvel fiscalizar o cumprimento das leis Integra o Executivo, pois suas principais funes so de natureza adm. A doutrina dominante compreende que est vinculado ao Executivo, mas no se submete a ele face a sua autonomia organizacional e oramentria. Ele defende a sociedade. Representa um quarto poder, que no se integra diviso clssica dos poderes. Vincula-se ao executivo, porm sem qualquer subordinao em face de sua autonomia organizacional e oramentria. Trata-se de um poder estatal, porm sem se integrar ou se subordinar a qualquer um dos outros poderes. Volta-se defesa da sociedade e no do estado (cabe ao AGU e AGE).Organizao: MP Unio: MP Federal MP do Trabalho MP Militar MP do DF MP Estados MPU: Procurador-Geral da Repblica: chefe Procuradores Regionais da Repblica: 2 instncia (TRF) Procuradores da Repblica: 1 instncia MPE: Procurador-Geral de Justia: chefe Procuradores de Justia: 2 instncia (TJ) Promotores de Justia: 1 instncia Vedaes aos rgos: mesmas regras dos magistrados, inclusive as causas de impedimento e suspeio (art. 258, CPP), o que refora a premissa de imparcialidade do rgo ministerial.Arts. 128, 5, II, e 6:II - as seguintes vedaes:a) receber, a qualquer ttulo e sob qualquer pretexto, honorrios, percentagens ou custas processuais;b) exercer a advocacia;c) participar de sociedade comercial, na forma da lei;d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra funo pblica, salvo uma de magistrio;e) exercer atividade poltico-partidria;f) receber, a qualquer ttulo ou pretexto, auxlios ou contribuies de pessoas fsicas, entidades pblicas ou privadas, ressalvadas as excees previstas em lei. 6 Aplica-se aos membros do Ministrio Pblico o disposto no art. 95, pargrafo nico, V.Art. 129, IX, parte final:IX - exercer outras funes que lhe forem conferidas, desde que compatveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a representao judicial e a consultoria jurdica de entidades pblicas. O rgo ministerial que atuou ativamente na fase investigatria, inclusive tendo realizado atos de investigao e requisitado diligncias Polcia poder promover a ao penal? O STJ disse que pode, cf. Sm. 234 STJ. Mas a doutrina discorda completamente. Se o MP participa da investigao, ele est contaminado, perdendo sua imparcialidade. Para esses o MP no tem capacidade para investigar, nem recursos materiais e tcnicos.segunda-feira, 11 de maio de 2015 19:15Acusado aquele a quem imputada a prtica de uma infrao penal sujeito essencial a relao jurdica, sendo a pessoa sobre a qual recai a imputao de um crime. No tem capacidade para figurar como acusado: Falecidos (art. 107, I, CP) Menores 18 anos (art. 27, CP) Pessoas que gozem de imunidade especfica Coisas e animais E quanto ao portador de doena mental importante poca do fato? (art. 26, caput e nico do CP). Poder figurar como ru, mas no lhe ser aplicada pena, e sim, uma medida de segurana (art. 97 e 98 do CP e art. 151 do CPP). E quanto a pessoa jurdica? Sim, nos crimes contra a ordem econmica e financeira e nos crimes ambientais (arts. 173, 5, e 225, 3, CF, e art. 3, Lei 9.605/98) Existem duas correntes: A CF diz que pode nos crimes contra a ordem econmica e crimes ambientais, de acordo lei que regulamente. Os crimes ambientais j tm a lei 9605/98. J os crimes contra a ordem econmica ainda no tm lei, ento, no se falaria em sano penal. No pode penalizar. Porque falta o elemento subjetivo e a culpabilidade. No h dolo ou culpa. O STJ tem aceitado a responsabilidade penal da PJ nos crimes ambientais, se, e somente se, estiver uma PF atrelada ao processo, que contribuiu para realizao da conduta. Independente disso, os tribunais entendem que no cabe HC para PJs (STJ HC 180987). Nomenclatura durante a persecutio criminis: Inqurito: investigado ou envolvido no incio do inqurito. Se houver prova da materialidade e indcios de autoria, ocorre o indiciamento do investigado, passando a denominar-se indiciado. Fase processual: incio da ao penal se d com o oferecimento da denncia pelo MP, chamando de denunciado ou imputado. Aceita a denncia pelo juiz, na tramitao do processo passar a ser chamado de acusado ou ru. (j existe ao penal e foi recebida pelo juiz) Fase de execuo penal: condenado ou sentenciado ser aquele que, encerrado o processo, sofre a sano penal. Identificao: Deve ser feita, da forma mais completa possvel, por ocasio do ajuizamento da pea acusatria. Art. 41, CPP: qualificao do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identific-los.Art. 41. A denncia ou queixa conter a exposio do fato criminoso, com todas as suas circunstncias, a qualificao do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identific-lo, a classificao do crime e, quando necessrio, o rol das testemunhas. Art. 259, CPP: pode ser realizada posteriormente mesmo na fase de execuo penal, desde que certa a identidade fsica. formalidade essencial, sob pena de nulidade.Art. 259. A impossibilidade de identificao do acusado com o seu verdadeiro nome ou outros qualificativos no retardar a ao penal, quando certa a identidade fsica. A qualquer tempo, no curso do processo, do julgamento ou da execuo da sentena, se for descoberta a sua qualificao, far-se- a retificao, por termo, nos autos, sem prejuzo da validade dos atos precedentes. O acusado obrigado a comparecer aos atos do processo? Regra: no, por conta de princpios como da presuno de inocncia, ampla defesa e nemo tenetur se detegere (no autoincriminao). Doutrina: Atos de presena no obrigatria: no se inviabilizam diante da ausncia do ru (p.ex., inquirio de testemunhas). Relativamente pacfico na doutrina e jurisprudncia. Atos de presena obrigatria: no podem ser praticados sem a presena do ru (p.ex., audincia para reconhecimento pessoal). Se no comparecer poder ser conduzido coercitivamente. O STJ entende que no h qualquer abuso na conduo coercitiva do acusado/ru ou do investigado. Ex: a polcia quer ouvir o investigado, intimando-o. Mas ele no. Intima de novo e ele no aparece. O investigado levado sob vara, podendo ser algemado se tentar impedir. O mesmo vale para o ru durante o processo. Agora, questiona-se: eles no podem chegar diante do delegado/juiz e requerer o direito de permanecer em silncio? um direito constitucional. Ento no faz sentido essa deciso de conduzir sob vara. um jogo de vaidade, de mostrar o poder do estado sob o indivduo. H discusso na doutrina e na jurisprudncia em face do princpio da no autoincriminao. Alguns doutrinadores discordam da conduo coercitiva, pois existem diversos outros meios de o Estado conseguir seus objetivos. A maioria contrria a conduo coercitiva. Testemunha tem que ir e pode ser indiciada se no for e se mentir (falso testemunho). Direitos e garantias do acusado: Segue tabela no slide.Defensor Indispensvel a administrao da justia. No essencial, mas o processo no se desenvolve sem ele. Art. 261 CPP: o acusado no pode ficar sem advogado.Art.261.Nenhum acusado, ainda que ausente ou foragido, ser processado ou julgado sem defensor. Art. 133 CF e 2, Lei 8.906/94 (EOAB) o advogado indispensvel administrao da Justia Detentor de jus postulandi amplo conferido com o ingresso nos quadros da OAB (art. 3, EOAB), cf. os seguintes requisitos (art. 8, EOAB) Capacidade civil Diploma Ttulo de eleitor e quitao do servio militar Aprovao no exame da OAB No exercer atividade incompatvel (magistratura, PF, PC...) Idoneidade moral Prestar compromisso perante o Conselho da OAB No se exige do defensor que atue de forma imparcial: deve, contudo, agir conforme a lei e a tica que regem os advogados (art. 31, EOAB) Objetivo (art. 2, 2, EOAB): prover ao defendido a melhor estratgia da defesa, mesmo que isso leve ao reconhecimento da autoria do crime. Contribuir, diligente e efetivamente, para alcanar a deciso mais favorvel possvel ao acusado, influenciando no convencimento do julgado. Pode advogado acusado da prtica de um ilcito penal atuar em sua prpria defesa? Sim, cf. art. 263 CPP.Art. 263. Se o acusado no o tiver, ser-lhe- nomeado defensor pelo juiz, ressalvado o seu direito de, a todo tempo, nomear outro de sua confiana, ou a si mesmo defender-se, caso tenha habilitao. Pode ele reconhecer a responsabilidade crimina do acusado? Sim, desde que resulte em benefcio para o acusado (delao premiada). Cabe ao defensor eleger os melhores caminhos e estratgias na defesa do acusado. Espcies de defensores: Constitudo: advogado escolhido e contratado livremente pelo acusado para defender seus interesses Dativo: Advogado nomeado pelo magistrado para defender os interesses do acusado quando este no houver constitudo defensor (art. 263, CPP). A nomeao ato exclusivo do magistrado, no podendo o acusado interferir. Pode ser nomeado para atuar durante todo o processo ou para um ato especfico, quando houver ausncia injustificada do defensor constitudo regularmente intimado (art. 265, 2, CPP). A qualquer tempo, poder o acusado constituir outro defensor de sua confiana (art. 263, CPP). munus publicum intransfervel e, salvo motivo relevante, no pode ser recusado pelo advogado nomeado pelo juiz, sob pena de multa e possibilidade de PAD junto OAB. Art. 263, nico, CPP e art. 22, 1, EOAB: os honorrios advocatcios so devidos ao defensor dativo, salvo se o acusado for financeiramente hipossuficiente. Como regra, na prtica, somente so nomeados pelo juiz se na comarca ou seo judiciria no houver rgo da Defensoria Pblica ou Procuradoria do Estado com servio de assistncia judiciria. OAB e Procuradorias do Estado apresentam ao TJ ou Seo Judiciria listagem com nomes de profissionais voluntrios para atuarem como defensores dativos. O magistrado no obrigado a seguir a ordem dos nomes constantes nas listagens. Pblico: Art. 134, CF: A Defensoria Pblica instituio essencial funo jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a orientao jurdica e a defesa, em todos os graus, dos necessitados, na forma do art. 5, LXXIV. Art. 5, LXXIV: O Estado prestar assistncia jurdica integral e gratuita aos que comprovarem insuficincia de recursos. regido pelo EOAB e pela Lei 1.060/50. Assistncia judicial: perante o juiz Assistncia jurdica: muito mais amplo, envolve muitos outros atos. Nomeao: Art. 5, EOAB: O advogado postula, em juzo ou fora dele, fazendo prova do mandato Procurao Pode ser feita por escrito ou oralmente, em audincia(apud acta) Em caso de urgncia, pode ser apresentada a procurao posteriormente (15 dias, prorrogveis por mais 15 dias), aps a atuao do advogado (art. 5, 1, EOAB). Para algumas situaes preciso de procurao com poderes especiais (ex: queixa-crime, perdo, falsidade documental, suspeio do juiz). Desligamento do processo Art. 265, CPP: O defensor no poder abandonar o processo seno por motivo imperioso, comunicado previamente ao juiz, sob pena de multa de 10 (dez) a 100 (cem) salrios mnimos, sem prejuzo das demais sanes cabveis. Poder abandonar a defesa, desde que por motivo relevante, comunicado ao juiz, sob pena de multa de 10 salrios mnimos, sem prejuzo das demais sanes cabveis. Art. 5, 3, EOAB: O advogado que renunciar ao mandato continuar, durante os dez dias seguintes notificao de renncia, a representar o mandante, salvo se for substitudo antes do trmino desse prazo. Renunciando, o advogado fica ligado ao processo ainda por mais 10 dias seguintes a notificao ao juiz. Decorridos 10 dias, no constitudo advogado, o juiz nomear dativo ou defensor pbico.sexta-feira, 15 de maio de 2015.Curador Conceito de menoridade: Art. 6, I, CC 1916: Maioridade aos 21 anos Relativamente incapazes entre 16 e 21 anos Art. 228, CF e art. 27, CP: Inimputveis so os menores de 18 anos Entre 18 e 21 anos imputvel, porm relativamente incapaz. Para isso o direito criou um tratamento especial no mvito do direito processual penal. Foi criado o curador (arts. 15, 34, 194, 262 e outros, CPP) O curador protegia, de acordo com o CC 1916, os maiores de 18 e menores de 21 anos, pois so imputveis, porm incapazes relativamente. Conceito de menoridade: Art. 5, I, CC 2002: Maioridade aos 18 anos Equiparao ente maioridade civil e penal Lei 10.792/2003: Alterou o CPP, porm de forma incompleta Nem todos os dispositivos referentes ao curador para maiores de 18 e menores de 21 anos foram revogados. Ex: art. 15 e 262 do CPP so artigos totalmente desnecessrios. No 15, o menor de idade no pratica crime, ento pode ser indiciado, no sofrendo as consequncias de um inqurito. No 262 fala a mesma coisa s que no mbito do processo penal. Com o CC 2002, a figura do curador, nessas condies da faixa dos 18 aos 21 anos, deixou de existir. Mas a figura ainda existe nos casos dos mentalmente enfermos, com retardo mental ou quando houver colidncia de interesses entre vtima e representante legal (arts. 33 e 53, CPP).Assistente de acusao: advogado constitudo pela vtima para atuar no nome e no interesse dela no mbito penal. Titularidade da ao penal: APPblica: MP (art. 129, I, CF). APPrivada: querelante (art. 30, CPP). No se fala em assistente de acusao, porque a vtima o prprio titular da ao penal. Art. 268, CPP: Em todos os termos da ao pblica, poder intervir, como assistente do Ministrio Pblico, o ofendido ou seu representante legal, ou, na falta, qualquer das pessoas mencionadas no art. 31 (conjuge, ascendente, descendente e irmo, nesta ordem). Trata dos termos da ao penal pblica, na qual poder intervir como assistente de acusao o MP, requerido pelo ofendido ou seu representante legal, ou, ainda, pelas pessoas mencionadas no art. 31. "Litisconsrcio ativo facultativo" Atua o assistente de acusao em nome da vtima Invivel, portanto, nas APPrivadas Fundamento da assistncia: A vtima e demais legitimados tem interesse em obter a reparao do dano causado pela prtica criminosa no pode apelar A vtima e demais legitimados buscam a reparao do dano, mas tambm, a justa aplicao da pena pode apelar A escolha entre uma ou outra corrente tem reflexo na legitimidade para apelar: Se adotar a primeira, o assistente no pode apelar da sentena condenatria. Se adota a segunda, possvel a apelao. No BR adotamos a segunda, que permite a reparao do dano e a justa aplicao da pena. Habilitao (art. 269 e 272, CPP): Est habilitado mediante simples petio, por requerimento dirigido ao magistrado antes do trnsito em julgado da sentena. Manifestao do MP quanto aos requisitos objetivos: Legitimidade ofendido e seu representante legal ou, em sua falta, cnjuge, ascendente, descendente ou irmo do ofendido, nesta ordem Tempestividade antes do trnsito em julgado da sentena Esses dois so requisitos objetivos. aqui que o MP pode se manifestar somente. Ele no age como dominus litis, mas como custus legis. Deciso judicial consoante requisitos objetivos Por constar de expressa previso legal, no h necessidade de oitiva prvia da defesa antes da deciso judicial No h previso especfica de recurso contra deciso que admitir ou no o assistente, porm cabvel o mandado de segurana O assistente recebe os autos no estado em que se encontram (arts 268, 1 parte, e 269, CPP) No haver repetio de atos processuais j realizados Caber ao assistente a prtica de atos processuais no preclusos Cabe assistncia no mbito do Inqurito Policial? No (art. 268, CPP ao pblica) Poderes (art. 271, CPP) So poderes limitados e especficos, em regra exercidos de forma complementar aos do MP, desde que tempestivamente A doutrina e jurisprudncia compreendem que o rol taxativo.Art. 271. Ao assistente ser permitido propor meios de prova, requerer perguntas s testemunhas, aditar o libelo e os articulados, participar do debate oral e arrazoar os recursos interpostos pelo Ministrio Pblico, ou por ele prprio, nos casos dos arts. 584, 1o, e 598. Revelia: Admitido o assistente, dever ser intimado para todos os atos do processo Se no atender ao chamado judicial, poder ser considerado revel No desabilitado como assistente, mas deixa de ser intimado para os atos processuais Causas de impedimento ou suspeio: no se aplicam ao assistente, porque ele advogado e pode ser parcial.Jurisdio Penal e Competncia Criminalsexta-feira, 15 de maio de 201519:55Cap 7 Pacelli 199 a 292Cap 12 Nucci 242 a 281Jurisdio - Caractersticas: Una, indivisvel, no comporta fragmentao Forma de expresso da soberania Abstratamente atribuda aos rgos jurisdicionais integrantes do Poder Judicirio A jurisdio no comporta fragmentao! Mas sim do exerccio do seu poder, a fim de melhorar sua atuao, atravs de especializao do exerccio) A diviso do exerccio jurisdicional tem suas regras na CF e normas infraconstitucionais.Competncia - Conceito: o fragmento do exercicio do poder jurisdicional a determinado magistrado, num determinado momento e para determinado caso. quantidade de jurisdio cujo exerccio atribudo a cada rgo jurisdicional ou grupo de rgos (LIEBMAN) o limite e a medida da jurisdio, a delimitao do poder jurisdicional (MIRABETE) A funo jurisdicional, abstratamente, passa por um processo gradativo at que se chegue ao juiz natural competente para julgamento de caso concreto.Fontes normativas (direta) para fixao: CF CE CPP Leis extravagantes Lis de Organizao Judiciria

*prerrogativa de funoClassificao da Competncia: Competncia material: Em razo da matria ou natureza da infrao: Regras da CF: absoluta. Ex: crimes contra vida so matrias de competncia do Jri. Em razo da pessoa ou funo ou qualidade pblica do ru: Regras da CF: absoluta. Ex: quem julga dos Dep. Federais o STF. Quando se falar da matria e da pessoa sempre sero competncias absolutas, que se afetadas geraro nulidade do processo, seguindo regras da CF. H violao do juiz constitucional. Em razo do local do crime: Regras infraconstitucionais: relativa. Ex: curitibano morto em PG ter o crime investigado pelo local. competncia relativa, seguindo regras infraconstitucionais, sendo possvel o aproveitamento de atos. Competncia funcional: s se avalia depois de firmada a material. Fases do processo (instruo x julgamento no jri). Ex: Jri possui 2 fases, a pronncia (o juiz avalia questes objetivas, como se o crime doloso contra a vida, se h materialidade e autoria, avaliando se o ru ser levado a plenrio) e o plenrio (pode ser outro juiz, que vai sentenciar, analisando a deciso dos jurados e dosar a pena). Objeto do juzo (questes de direito x quesitos do julgamento). Os objetos do juzo so diferentes na pronncia e no plenrio. So competncias horizontais. Grau de jurisdio (1 e 2 grau). O objeto o mesmo, mas a matria ser posta a reexame. competncia vertical Passos para definio da competncia: para fixao da competncia funcional preciso que a atribuio jurisdicional j tenha sido delimitada pela competncia material. Qual a justia competente? Comum ou Especial(Em razo da matria-Competncia de Justia) - ABSOLUTA1. H foro por prerrogativa de funo?(Em razo da pessoa-Competncia por prerrogativa de foro) - ABSOLUTA1. Qual a comarca (crimes estaduais)/seo judiciria competente (crimes federais)?(Em razo do lugar - Competncia territorial)1. Qual a vara competente?(Em razo da matria-Competncia do juzo) - ASOLUTA1. Qual a juiz competente?(Competncia por distribuio)Competncia Criminalsegunda-feira, 18 de maio de 201519:101. Qual a Justia competente - Competncia de JustiaEspeciala. Eleitoral (art. 118 a 121 CF): Juzes eleitorais (ZEs), TREs e TSE. Processamento e julgamento de crimes eleitorais (Lei 4737/65) e aqueles que lhes so conexos. So crimes que interferem no pleito eleitoral, seja para aumentar ou diminuir o nmero de votos. Ex: comprar ou vender votos, crimes contra honra com vis eleitoral Sempre federal Qual a justia competente para julgar desacato cometido em desfavor de promotor e/ou juiz eleitoral no exerccio de suas funes? Justia comum (federal). Ex: um juiz eleitoral vai fiscalizar um colgio eleitoral e agredido verbalmente.b. Militar (art. 122 a 125, CF) Conselhos de Justia (Permanentes e Especiais), TJMs (RS, SP e MG) e STM. Processamento e julgamento, nas hipteses previstas no CPM Crime prprio: s quem militar pode comet-lo. Ex: dormir em servio, desero. Crime imprprio: pode ser cometido por qualquer pessoa, militar ou civil. Ex: homicdio. Justia Militar Federal (Exrcito, Marinha ou Aeronutica): Art. 124, caput, CF. Crimes prprios ou imprprios, independentemente de outras condies, desde que o bem atingido seja de interesse da JMF. O crime ser militar quando estiver previsto no CPM. Se no estiver previsto, mesmo que praticado por militar, no ser considerado crime militar. Justia Militar Estadual (Polcias e Bombeiros Militares dos Estados): Art. 125, 4, CF. Crimes prprios ou imprprios, desde que presentes as condies indicadas no art. 9, II, do CPM.Art. 9 Consideram-se crimes militares, em tempo de paz:I - os crimes de que trata ste Cdigo, quando definidos de modo diverso na lei penal comum, ou nela no previstos, qualquer que seja o agente, salvo disposio especial;II - os crimes previstos neste Cdigo, embora tambm o sejam com igual definio na lei penal comum, quando praticados:a) por militar em situao de atividade ou assemelhado, contra militar na mesma situao ou assemelhado;b) por militar em situao de atividade ou assemelhado, em lugar sujeito administrao militar, contra militar da reserva, ou reformado, ou assemelhado, ou civil;c) por militar em servio ou atuando em razo da funo, em comisso de natureza militar, ou em formatura, ainda que fora do lugar sujeito administrao militar contra militar da reserva, ou reformado, ou civil;d) por militar durante o perodo de manobras ou exerccio, contra militar da reserva, ou reformado, ou assemelhado, ou civil;e) por militar em situao de atividade, ou assemelhado, contra o patrimnio sob a administrao militar, ou a ordem administrativa militar. O bem jurdico lesado que definir se a competncia ser estadual (PMs e BMs, sendo necessrio que ao menos uma das condies indicadas no art. 9, II do CPM esteja presente, no bastando apenas que o crime esteja previsto no CPM como prprio ou imprprio) ou federal, bastando que o crime seja militar para ser considerado crime a ser julgado pela esfera federal. Qual a justia competente para julgar crime de abuso de autoridade? Crime de abuso de autoridade no est previsto no CPM, logo, no crime militar e vai ser julgado pela justia comum. Ex: blitz Qual a justia competente para julgar crime doloso contra a vida de civil praticado por militar? Ser a comum por fora do art. 82, 2 do CPPM: Nos crimes dolosos contra a vida, praticados contra civil, a Justia Militar encaminhar os autos do inqurito policial militar justia comum. A apurao pode ser feita pela justia militar, mas o processamento ser da justia comum. Se no houvesse a previso seria competncia da Justia Militar. Essa escolha uma questo de poltica criminal.a. Trabalhista A justia trabalhista no exerce jurisdio penal.Comuma. Federal No justia especial, e sim, especializada em relao a estadual, Haja vista sua competncia especfica!!! Art. 102, 105, 108 e 109, CF. STF, STJ, TRF e Juzes Federais e Juizados Especiais Federais Competncia: Crimes cometidos contra bens, servios e interesses da Unio e suas entidades autrquicas ou empresas pblicas. Ex: Caixa Econmica, UFPR, INSS, INCRA. O BB sociedade de economia mista, logo, competncia estadual e no federal. Crimes com motivao poltica ou que atentam contra a estrutura poltica do Pas. Ex: atenta contra autoridade poltica em funo de sua atividade. Contrabando, descaminho, trfico internacional de drogas e pessoas. Havendo transnacionalidade, se o delito envolver mais de um pas, provavelmente, ser competncia federal. Ex: sonegao de impostos federais (importao e exportao). Crimes transnacionais contra os DDHH previstos em tratados em tratados/convenes internacionais. Ex: pornografia infantil na internet. Crimes praticados por ou contra servidor pblico federal no exerccio de suas funes ou em decorrncia delas. Crimes onde haja necessidade de represso uniforme em face de interestadualidade. Ex: quadrilha que rouba carros em SP, trazendo para CWB. So desmontados e seguem as peas para RS. No adianta preder s o pessoal que rouba em SP. Nem prender aqui ou no RS. preciso uma represso uniforme para que a quadrilha inteira seja desarticulada. Nesses casos a PF pode at atuar. Outros tantos previstos na CF, na Lei 10.446/2002 e outras legislaes especiais.a. Estadual: (ESCUTAR O AUDIO) Residual, art. 29, X; art. 96, III, CF. TJ, Juzes de Direito, Juizados Especiais Estaduais Competncia residual, ou seja, abarca tudo aquilo que no for de competncia da Justia Federal e das Justias Especiais E quanto ao Tribunal do Jri? Integra a Justia Federal ou a Justia Estadual? O Tribunal do Jri existe em esfera federal para os crimes contra ou cometidos por servidores pblicos federais no exerccio de suas funes, bem como existe na esfera estadual.1. H prerrogativa de foro - Competncia por prerrogativa de funo H prerrogativa de foro especial em funo do cargo ou funo desempenhada? Lembrar que no atinge a isonomia material, lembrar da competncia do STF (art. 102, I, b e c) e outros.

No se trata privilgio pessoal, mas de benefcio em razo da importncia/relevncia do cargo/funo desempenhada Perodo do benefcio: vai da diplomao ou pose no cargo ou funo at o trmino do mandato ou exonerao ou demisso do cargo ou funo. Em caso de concurso de pessoas, o foro especial por prerrogativa de funo alcana o coautor que no goza de tal prerrogativa? A regra est na Smula 704 STF. O cidado que tem prerrogativa de foro maior puxa os demais para o seu juiz natural. Ex: Senador, Gov, Pref e eu somos coautores de lavagem de dinheiro. Seremos todos julgados pelo STF se a denncia for aceita. Se no aceita contra o Senador, desce para o STJ e assim por diante. O CPP, no art. 78, III prev essa situao de competncia. O crime de lavagem previsto em legislao especial infraconstitucional. Se estivesse previsto na CF o processo seria desmembrado e cada agente seria julgado no seu juiz natural. Devem ser observados os princpios da especialidade e da hierarquica nos casos do Tribunal do Jri1. Qual o foro competente - Competncia de foro ou territorial Foro o territrio dentro do qual o juiz exerce sua competncia (no jurisdio pq ela no se raciona) Justia estadual 1 instncia: comarcas 2 instncia: estado Justia federal 1 instancia: Sees judicirias 2 instancia: Regies STF, STJ, STM e TSE: Todo o territrio nacional A competncia territorial pode ser fixada pelo: Lugar da infrao (regra) Domicilio ou residncia do ru (s adotada se no se sabe onde o crime se consumou) A escolha da competncia s pode ser feita nas APPrivadas Pelo lugar do crime: Regra: art. 70 CPP Teoria do Resultado: o lugar em que se consumar a infrao ou, no caso de tentativa pelo lugar em que for praticado o ltimo ato de execuo. Como se delimita a competncia nos crimes qualificados pelo resultado (p.ex., estupro seguido de morte)? Crimes qualificados dependem da ocorrncia da qualificadora para fixao. Nos casos de tentativa ser fixada de acordo com o local onde foi praticado o ltimo ato. Ser competente o juzo do local onde o resultado fora produzido ou, no caso de tentativa, onde for praticado o ltimo ato de execuo (STJ, RHC 22295/MS. Exceo: Como se delimita a competncia nos crimes de menor potencial ofensivo, pois a lei indica o lugar em que foi praticada a infrao penal (art. 63, Lei 9.099/95), cuja pena mxima = ou inferior a 2 anos, nos JECRIM), a competncia ser fixada, excepcionalmente: Teoria 1: local da pratica do crime. Local da ao ou omisso. (teoria da atividade). a posio majoritria. Teoria 2: praticado = consumado. Local onde ocorreu a consumao do delito. (teoria do resultado) Teoria 3: local da pratica ou da consumao do crime (teoria da ubiquidade) E se incerto o limite territorial entre duas ou mais comarcas ou o local considerado divisa entre territrios? A competncia ser firmada pela preveno (art. 70, 3 CPP). Como delimitar a competncia criminal nos delitos continuados e nos delitos permanentes? Nos crimes continuados e permanentes tbm ser firmada pela preveno. Pelo domiclio ou residncia do ru: Regra: art. 72 CPP o critrio subordinado, subsidirio, supletivo. No d para escolher Na impossibilidade de se conhecer o lugar em que foi cometida a infrao. Domiclio: carter mais duradouro, centro das ocupaes. Residncia: local de moradia ou habitao E se o ru tiver vrias residncias ou no tiver residncia certa ou for ignorado o seu paradeiro? Usar a regra da preveno (art. 72, 1 e 2 CPP). Exceo: APPrivadas exclusivas, nas quais o ofendido pode optar pelo foro do domicilio ou residncia do ru mesm conhecido o local da infrao (art. 73 CPP).sexta-feira, 22 de maio de 20151. Qual a vara competente - Competncia de juzo Qual a vara competente? H mais de uma vara no foro competente para processamento e julgamento da ao penal. Fixa-se a competncia pelo contedo da relao de direito Matria a ser apreciada pelo juzo.1. Qual o juiz competente - Competncia por distribuio Titular ou substituto? Fixa-se a competncia pela distribuio automtica da ao penal (art. 75, caput, CPP)quinta-feira, 28 de maio de 2015.1. Competncia por preveno - Modificao de competncia No consta expressamente nos passos previstos para fixao da competncia critrio residual que deve ser utilizado quando inexistir outra forma de determinao da competncia do foro, do juzo ou do juiz Modificao de CompetnciaIDC e Desclassificao no Tribunal do jri Prorrogao de Competncia1. Por conexo (art. 76): pluralidade de condutasa. Espciesi. Intersubjetiva (inciso I):1. Por simultaneidade (1 parte): pluralidade de condutas. Ex: saque de carga tombada por diversas pessoas (mesmo tempo e local, mas sem liame subjetivo)2. Por concurso: pluralidade de condutas. Ex: contrabando do Paraguai (diferentes tempo e local, mas com liame subjetivo)3. Por reciprocidade (2 parte): pluralidade de condutas. Ex: briga por causa de opo poltica.ii. Objetiva:1. Teleolgica ou consequencial (inciso II): Ex: para sequestrar a Fer, Fluvio mata Caim. Depois de chegar em casa, a vizinha e v. Mas Fluvio sabe que ela linguaruda. Mata ela tbm para garantir qu ngm saiba. Ex: homicdio com ocultao de cadver.2. Instrumental ou probatria (inciso III): depende comprovao de crime anterior. Ex: receptao. Ela decorreu de um crime de furto.2. Por continncia (art. 177): unidade de condutas (concurso formal), embora possa ocorrer vrias condutas (concurso de crimes)a. Espciesi. Concursal ou por cumulao subjetiva (inciso I): h um crime s, mas com 2 ou mais agentes no mesmo crime. Difere da cnexo ontersubjetiva por concurso, pois nessa h varios delitos praticados, por meio de condutas diferentes. Ex: Fluvio, Caima e Cris furtam um banco. Ex: se eles alm de furtam o banco, fogem e em perseguio matam um PM, h duas condutas (furto e homicidio), ocorrendo conexo.ii. Art. 77, II CPP: desatualizado1. Concurso formal (art. 70 CP)2. Aberratio ictus completa: erro na execuo do delito com resultados mltiplos (art. 73, 2 parte)3. Aberratio criminis:3. Efeitos jurdicosa. Afeta competncia territorialb. Nulidade relativac. Precluso temporal: regra: at a sentena (art. 82 CPP)4. Juzo prevalentea. Perante ao qual se dar a reunio dos processosb. Art. 78 CPPi. Jri x outro rgo 1. Exceo jri x prerrogativa de funo prevista na CFii. Estadual x estadual ou federal x federal1. Estadual x federal: sumula 122 STJ2. Lugar da infrao com pena mais grave (art. 78, II, a)3. Lugar do maior nmero de infraes (art. 78, II, b)4. Preveno (art. 78, III, c)iii. Instncia inferior x instncia superior (art. 78., III)iv. Comum x especial5. Separao de processosa. Obrigatria (art. 79, I, II e 1 CPP):i. Justia comum x justia militar (sum 90 STJ)ii. Justia comum x juizo da infncia e do adolescenteiii. Corru com doena mental superveniente ado delitob. Facultativa (art. 80 CPP)i. Concurso de agentes6. Perpetuatio jurisditionisa. Prorrogao da competncia (art. 81 CPP). Ex: Tribunal do JriInqurito policialsexta-feira, 29 de maio de 201519:12A persecuo penal dever do Estado, uma vez praticada a infrao penal, cumpre tambm a ele, em princpio, a apurao e o esclarecimento dos fatos e de todas as suas circunstncias.CONCEITO: um procedimento investigatrio instaurado em razo da prtica da uma infrao penal, composto por uma srie de diligncias, que tem como objetivo obter elementos de prova para que o titular da ao possa prop-la contra o criminoso.Em suma, quando cometido um delito, deve o Estado, por intermdio da polcia civil, buscar provas iniciais acerca da autoria e da materialidade, para apresent-las ao titular da ao penal (Ministrio Pblico ou ofendido), a fim de que este, apreciando-as, decida se oferece a denncia ou queixa-crime. Uma vez oferecidas, o inqurito policial as acompanhar, para que o juiz possa avaliar se h indcios suficientes de autoria e materialidade para receb-las. Caso sejam recebi