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Direito Societário Gustavo Teixeira Villatore. Sociedade Conceito CCB. Art. 981. Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam

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Direito SocietárioDireito Societário

Gustavo Teixeira VillatoreGustavo Teixeira Villatore

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SociedadeSociedadeConceitoConceito

CCB. Art. 981. Celebram contrato de sociedade as CCB. Art. 981. Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados. e a partilha, entre si, dos resultados.

(Código Civil Italiano 1942. (Código Civil Italiano 1942. Art. 2247. Art. 2247. Con il contratto di società due o più persone Con il contratto di società due o più persone conferiscono beni o servizi per l'esercizio in comune di conferiscono beni o servizi per l'esercizio in comune di un'attività economica allo scopo di dividerne gli utiliun'attività economica allo scopo di dividerne gli utili.).)

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SociedadeSociedade

CCB. Art. 1.008. É nula a estipulação CCB. Art. 1.008. É nula a estipulação contratual que exclua qualquer sócio de contratual que exclua qualquer sócio de participar dos lucros e das perdas.participar dos lucros e das perdas.

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SociedadeSociedade

CCB. Art. 981. (...)CCB. Art. 981. (...)

Parágrafo único. A atividade pode restringir-Parágrafo único. A atividade pode restringir-se à realização de um ou mais negócios se à realização de um ou mais negócios determinadosdeterminados

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SociedadesSociedadesClassificaçãoClassificação

a) a) Quanto à Responsabilidade dos Sócios:Quanto à Responsabilidade dos Sócios:

a.1. Responsabilidade Ilimitada:a.1. Responsabilidade Ilimitada:

a.2. Responsabilidade Limitada:a.2. Responsabilidade Limitada:

a.3. Responsabilidade Mista:a.3. Responsabilidade Mista:

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CCB. Art. 1.024. Os bens particulares dos CCB. Art. 1.024. Os bens particulares dos sócios não podem ser executados por sócios não podem ser executados por dívidas da sociedade, senão depois de dívidas da sociedade, senão depois de executados os bens sociais. executados os bens sociais.

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b) b) Quanto à Personificação:Quanto à Personificação:

b.1. Personificadas :b.1. Personificadas :

b.2. Não Personificadas: b.2. Não Personificadas:

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CCB. Art. 45. Começa a existência legal das pessoas CCB. Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato jurídicas de direito privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo.alterações por que passar o ato constitutivo.

Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular a Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular a constituição das pessoas jurídicas de direito privado, constituição das pessoas jurídicas de direito privado, por defeito do ato respectivo, contado o prazo da por defeito do ato respectivo, contado o prazo da publicação de sua inscrição no registro. publicação de sua inscrição no registro.

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CCB. Art. 985. A sociedade adquire CCB. Art. 985. A sociedade adquire personalidade jurídica com a inscrição, personalidade jurídica com a inscrição, no registro próprio e na forma da lei, dos no registro próprio e na forma da lei, dos seus atos constitutivos (arts. 45 e 1.150).seus atos constitutivos (arts. 45 e 1.150).

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c) c) Quanto à Estrutura Econômica:Quanto à Estrutura Econômica:

c.1. De Pessoas:c.1. De Pessoas:

c.2. De Capital:c.2. De Capital:

c.3. Mista/Indeterminada c.3. Mista/Indeterminada

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d) d) Quanto à Atividade (Objeto Social):Quanto à Atividade (Objeto Social):

d.1. Empresárias:d.1. Empresárias:

d.2. Simples: d.2. Simples:

CCB. Art. 981. (...) CCB. Art. 981. (...)

Parágrafo único. A atividade pode restringir-se à realização de Parágrafo único. A atividade pode restringir-se à realização de um ou mais negócios determinados.um ou mais negócios determinados.

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Sociedade EmpresáriaSociedade EmpresáriaArt. 982. Salvo as exceções expressas, considera-se Art. 982. Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade que tem por objeto o exercício de empresária a sociedade que tem por objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito a registro (art. 967); atividade própria de empresário sujeito a registro (art. 967); e, simples, as demais. e, simples, as demais.

Parágrafo único. Independentemente de seu objeto, Parágrafo único. Independentemente de seu objeto, considera-se empresária a sociedade por ações; e, considera-se empresária a sociedade por ações; e, simples, a cooperativa.simples, a cooperativa.

(Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente (Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente uma atividade econômica organizada para a produção ou circulação uma atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou serviçosde bens ou serviços

Parágrafo único: Não se considera empresário quem exerce profissão Parágrafo único: Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual de natureza científica, literária ou artística, ainda com o intelectual de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento da empresa). profissão constituir elemento da empresa).

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SociedadeSociedadeCCB. Art. 1.150. O empresário e a CCB. Art. 1.150. O empresário e a sociedade empresária vinculam-se ao sociedade empresária vinculam-se ao Registro Público de Empresas Mercantis a Registro Público de Empresas Mercantis a cargo das Juntas Comerciais, e a sociedade cargo das Juntas Comerciais, e a sociedade simples ao Registro Civil das Pessoas simples ao Registro Civil das Pessoas Jurídicas, o qual deverá obedecer às Jurídicas, o qual deverá obedecer às normas fixadas para aquele registro, se a normas fixadas para aquele registro, se a sociedade simples adotar um dos tipos de sociedade simples adotar um dos tipos de sociedade empresária.sociedade empresária.

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SociedadeSociedadeCCB. Art. 983CCB. Art. 983. A sociedade empresária deve constituir-. A sociedade empresária deve constituir-se segundo um dos tipos regulados nos arts. 1.039 a se segundo um dos tipos regulados nos arts. 1.039 a 1.092; a sociedade simples pode constituir-se de 1.092; a sociedade simples pode constituir-se de conformidade com um desses tipos, e, não o fazendo, conformidade com um desses tipos, e, não o fazendo, subordina-se às normas que lhe são próprias.subordina-se às normas que lhe são próprias.

Parágrafo únicoParágrafo único. Ressalvam-se as disposições . Ressalvam-se as disposições concernentes à sociedade em conta de participação e à concernentes à sociedade em conta de participação e à cooperativa, bem como as constantes de leis especiais cooperativa, bem como as constantes de leis especiais que, para o exercício de certas atividades, imponham a que, para o exercício de certas atividades, imponham a constituição da sociedade segundo determinado tipo.constituição da sociedade segundo determinado tipo.

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Desconsideração da Personalidade Jurídica Desconsideração da Personalidade Jurídica (Disregard Doctrine)(Disregard Doctrine)

A Dupla Crise da Personalidade JurídicaA Dupla Crise da Personalidade Jurídica::(Lamartine Corrêa de Oliveira)(Lamartine Corrêa de Oliveira)

1ª Crise:1ª Crise: Diz respeito ao sistema normativo sobre as Diz respeito ao sistema normativo sobre as pessoas jurídicas, tendo em vista que a inúmeros pessoas jurídicas, tendo em vista que a inúmeros agrupamentos humanos é negada a personalidade agrupamentos humanos é negada a personalidade jurídica, embora acabem por receber tratamento jurídica, embora acabem por receber tratamento jurídico equivalente e,jurídico equivalente e,

2ª Crise:2ª Crise: Diz respeito à incompatibilidade muitas vezes Diz respeito à incompatibilidade muitas vezes verificada entre a conduta real, concreta, dos grupos verificada entre a conduta real, concreta, dos grupos personificados e os princípios básicos e fundamentais personificados e os princípios básicos e fundamentais que informam o ordenamento jurídico. que informam o ordenamento jurídico.

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Desconsideração da Personalidade Jurídica Desconsideração da Personalidade Jurídica (Disregard Doctrine)(Disregard Doctrine)

Caso Histórico:Caso Histórico:

Inglaterra: Inglaterra:

* Caso Salomon vs. Salomon & Co.* Caso Salomon vs. Salomon & Co.

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Desconsideração da Personalidade Jurídica Desconsideração da Personalidade Jurídica (Disregard Doctrine)(Disregard Doctrine)

Elementos da Desconsideração da PJ:Elementos da Desconsideração da PJ:

a)a) Existência de uma ou mais sociedades Existência de uma ou mais sociedades personificadas;personificadas;

b)b) Ignorância dos efeitosIgnorância dos efeitos da PJ; da PJ;

c)c) Ignorância dos efeitosIgnorância dos efeitos no caso concreto; no caso concreto;

d)d) Manutenção da validade de atos jurídicos;Manutenção da validade de atos jurídicos;

e)e) Fim de evitar o perecimento de um Fim de evitar o perecimento de um interesseinteresse::

((Marçal Justen FilhoMarçal Justen Filho))

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Desconsideração da Personalidade Jurídica Desconsideração da Personalidade Jurídica (Disregard Doctrine)(Disregard Doctrine)

ConceitoConceito

““É a ignorância, para casos concretos e É a ignorância, para casos concretos e sem retirar a validade de ato jurídico sem retirar a validade de ato jurídico específico, dos efeitos da personificação específico, dos efeitos da personificação da personalidade jurídica validamente da personalidade jurídica validamente reconhecida a uma ou mais sociedades, a reconhecida a uma ou mais sociedades, a fim de evitar um resultado incompatível fim de evitar um resultado incompatível com a função da pessoa jurídica”com a função da pessoa jurídica”

Marçal Justen Filho, Marçal Justen Filho, Desconsideração da personalidade societária no direito Desconsideração da personalidade societária no direito brasileirobrasileiro, p.57 , p.57

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Desconsideração da Personalidade Jurídica Desconsideração da Personalidade Jurídica (Disregard Doctrine)(Disregard Doctrine)

Hipóteses: Abuso de DireitoHipóteses: Abuso de Direito

CCB. Art. 187. Também comete ato ilícito o CCB. Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.boa-fé ou pelos bons costumes.

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Desconsideração da Personalidade Jurídica Desconsideração da Personalidade Jurídica (Disregard Doctrine)(Disregard Doctrine)

Hipóteses: FraudeHipóteses: Fraude

““Considera-se fraudulento o negócio Considera-se fraudulento o negócio jurídico tramado para prejudicar jurídico tramado para prejudicar credores, em benefício do declarante credores, em benefício do declarante ou de terceirosou de terceiros. .

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Desconsideração da Personalidade Jurídica Desconsideração da Personalidade Jurídica (Disregard Doctrine)(Disregard Doctrine)

CCB. Art. 50. Em caso de abuso da CCB. Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa dos administradores ou sócios da pessoa jurídica.jurídica.

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Desconsideração da Personalidade Jurídica Desconsideração da Personalidade Jurídica Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/1990)Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/1990)

SEÇÃO VSEÇÃO VDa Desconsideração da Personalidade JurídicaDa Desconsideração da Personalidade Jurídica

Art. 28. O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da Art. 28. O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da sociedade quando, em detrimento do consumidor, houver abuso de sociedade quando, em detrimento do consumidor, houver abuso de direito, excesso de poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou direito, excesso de poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato social. A desconsideração violação dos estatutos ou contrato social. A desconsideração também será efetivada quando houver falência, estado de também será efetivada quando houver falência, estado de insolvência, encerramento ou inatividade da pessoa jurídica insolvência, encerramento ou inatividade da pessoa jurídica provocados por má administração.provocados por má administração.

§ 1° § 1° (Vetado)(Vetado)..§ 2° As sociedades integrantes dos grupos societários e as sociedades § 2° As sociedades integrantes dos grupos societários e as sociedades

controladas, são subsidiariamente responsáveis pelas obrigações controladas, são subsidiariamente responsáveis pelas obrigações decorrentes deste código.decorrentes deste código.

§ 3° As sociedades consorciadas são solidariamente responsáveis pelas § 3° As sociedades consorciadas são solidariamente responsáveis pelas obrigações decorrentes deste código.obrigações decorrentes deste código.

§ 4° As sociedades coligadas só responderão por culpa.§ 4° As sociedades coligadas só responderão por culpa.§ 5° Também poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que § 5° Também poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que

sua personalidade for, de alguma forma, obstáculo ao sua personalidade for, de alguma forma, obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados aos consumidores.ressarcimento de prejuízos causados aos consumidores.

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Desconsideração da Personalidade Jurídica Desconsideração da Personalidade Jurídica Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/1990)Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/1990)

Art. 28. (...)Art. 28. (...)§ 1º - A pedido da parte interessada, o juiz § 1º - A pedido da parte interessada, o juiz

determinará que a efetivação da determinará que a efetivação da responsabilidade da pessoa jurídica recaia responsabilidade da pessoa jurídica recaia sobre o acionista controlador, o sócio sobre o acionista controlador, o sócio majoritário, os sócios-gerentes, os majoritário, os sócios-gerentes, os administradores societários e, no caso de administradores societários e, no caso de grupo societário, as sociedades que a grupo societário, as sociedades que a integram.“integram.“(Vetado)(Vetado). .

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Sociedade entre CônjugesSociedade entre Cônjuges

Sócios casados entre si:Sócios casados entre si:

Art. 977. Faculta-se aos cônjuges contratar Art. 977. Faculta-se aos cônjuges contratar sociedade, entre si ou com terceiros, desde sociedade, entre si ou com terceiros, desde que não tenham casado no regime da que não tenham casado no regime da comunhão universal de bens, ou no da comunhão universal de bens, ou no da separação obrigatória.separação obrigatória.

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PARECER JURÍDICO DNRC/COJUR nº125/2003.PARECER JURÍDICO DNRC/COJUR nº125/2003.

...A norma do artigo 977 do CC proíbe a sociedade entre cônjuges ...A norma do artigo 977 do CC proíbe a sociedade entre cônjuges tão somente quando o regime for o da comunhão universal de bens tão somente quando o regime for o da comunhão universal de bens (art. 1.667) ou da separação obrigatória de bens (art. 1.641). Essa (art. 1.667) ou da separação obrigatória de bens (art. 1.641). Essa restrição abrange tanto a constituição de sociedade unicamente restrição abrange tanto a constituição de sociedade unicamente entre marido e mulher, como destes junto a terceiros, entre marido e mulher, como destes junto a terceiros, permanecendo os cônjuges como sócios entre si.permanecendo os cônjuges como sócios entre si.

De outro lado, em respeito ao ato jurídico perfeito, essa proibição De outro lado, em respeito ao ato jurídico perfeito, essa proibição não atinge as sociedades entre cônjuges já constituídas quando da não atinge as sociedades entre cônjuges já constituídas quando da entrada em vigor do Código, alcançando, tão somente, as que entrada em vigor do Código, alcançando, tão somente, as que viessem a ser constituídas posteriormente. Desse modo, não há viessem a ser constituídas posteriormente. Desse modo, não há necessidade de se promover alteração do quadro societário ou necessidade de se promover alteração do quadro societário ou mesmo da modificação do regime de casamento dos sócios-mesmo da modificação do regime de casamento dos sócios-cônjuges, em tal hipótese.cônjuges, em tal hipótese.

Brasília, 04 de agosto de 2003. Brasília, 04 de agosto de 2003.

REJANNE DARC B. DE MORAES CASTROREJANNE DARC B. DE MORAES CASTROCoordenadora Jurídica do DNRCCoordenadora Jurídica do DNRC

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Capital SocialCapital Social

Capital Social é a expressão numérica em Capital Social é a expressão numérica em moeda do valor do patrimônio fornecido moeda do valor do patrimônio fornecido pelo sócios para a sociedade, por eles pelo sócios para a sociedade, por eles reputado necessário ou adequado para a reputado necessário ou adequado para a consecução dos fins sociais. consecução dos fins sociais. (Alfredo de (Alfredo de Assis Gonçalves Neto)Assis Gonçalves Neto)

Princípios da Efetividade e IntangibilidadePrincípios da Efetividade e Intangibilidade

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Quotas sociaisQuotas sociais

Quota social é a contrapartida da Quota social é a contrapartida da contribuição que os sócios fornecem para contribuição que os sócios fornecem para a formação do capital social. a formação do capital social.

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Quotas sociaisQuotas sociais

Natureza Jurídica: Bem incorpóreoNatureza Jurídica: Bem incorpóreo

a) Direitos Pessoaisa) Direitos Pessoais

b) Direitos Patrimoniaisb) Direitos Patrimoniais

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Sociedades em Espécie no Sociedades em Espécie no Código Civil BrasileiroCódigo Civil Brasileiro

Sociedade em Comum: Art. 986 a 990Sociedade em Comum: Art. 986 a 990

Sociedade em Nome Coletivo: Art. 1039 a 1.044Sociedade em Nome Coletivo: Art. 1039 a 1.044

Sociedade em Comandita Simples: Art. 1.045 a Sociedade em Comandita Simples: Art. 1.045 a 1.0511.051

Sociedade em Conta de Participação: Art. 991 a Sociedade em Conta de Participação: Art. 991 a 996996

Sociedade Simples: art. 997 a 1.038Sociedade Simples: art. 997 a 1.038

Sociedade Limitada: Art. 1.052 a 1.087Sociedade Limitada: Art. 1.052 a 1.087

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Sociedade em ComumSociedade em ComumArt. 986. Enquanto não inscritos os atos Art. 986. Enquanto não inscritos os atos constitutivos, reger-se-á a sociedade, constitutivos, reger-se-á a sociedade, exceto por ações em organização, pelo exceto por ações em organização, pelo disposto neste Capítulo, observadas, disposto neste Capítulo, observadas, subsidiariamente e no que com ele forem subsidiariamente e no que com ele forem compatíveis, as normas da sociedade compatíveis, as normas da sociedade simples. simples.

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Sociedade em ComumSociedade em ComumArt. 987. Os sócios, nas relações entre si Art. 987. Os sócios, nas relações entre si ou com terceiros, somente por escrito ou com terceiros, somente por escrito podem provar a existência da sociedade, podem provar a existência da sociedade, mas os terceiros podem prová-la de mas os terceiros podem prová-la de qualquer modo.qualquer modo.

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Sociedade em ComumSociedade em ComumArt. 988. Os bens e dívidas sociais constituem patrimônio Art. 988. Os bens e dívidas sociais constituem patrimônio especial, do qual os sócios são titulares em comum. especial, do qual os sócios são titulares em comum.

Art. 989. Os bens sociais respondem pelos atos de gestão Art. 989. Os bens sociais respondem pelos atos de gestão praticados por qualquer dos sócios, salvo pacto expresso praticados por qualquer dos sócios, salvo pacto expresso limitativo de poderes, que somente terá eficácia contra o limitativo de poderes, que somente terá eficácia contra o terceiro que o conheça ou deva conhecer.terceiro que o conheça ou deva conhecer.

Art. 990. Todos os sócios respondem solidária e ilimitadamente Art. 990. Todos os sócios respondem solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais, excluído do benefício de ordem, pelas obrigações sociais, excluído do benefício de ordem, previsto no art. 1.024, aquele que contratou pela sociedade. previsto no art. 1.024, aquele que contratou pela sociedade.

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Sociedade em Nome ColetivoSociedade em Nome ColetivoCaracterísticas: Características: a) Sociedade Personificada;a) Sociedade Personificada;

b) Uma categoria de sócios:b) Uma categoria de sócios:b.1. Todos Pessoas Físicas; b.1. Todos Pessoas Físicas; b.2. Responsáveis Solidária e Ilimitadamente b.2. Responsáveis Solidária e Ilimitadamente

CCB. Art. 1.039. Somente pessoas físicas podem tomar CCB. Art. 1.039. Somente pessoas físicas podem tomar parte na sociedade em nome coletivo, parte na sociedade em nome coletivo, respondendo todos os sócios, solidária e respondendo todos os sócios, solidária e ilimitadamente, pelas obrigações sociais.ilimitadamente, pelas obrigações sociais.

Parágrafo único. Sem prejuízo da responsabilidade Parágrafo único. Sem prejuízo da responsabilidade perante terceiros, podem os sócios, no ato perante terceiros, podem os sócios, no ato constitutivo, ou por unânime convenção posterior, constitutivo, ou por unânime convenção posterior, limitar entre si a responsabilidade de cada um. limitar entre si a responsabilidade de cada um.

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Sociedade em Nome ColetivoSociedade em Nome ColetivoNome Empresarial: Nome Empresarial:

CCB. Art. 1.041. O contrato deve mencionar, além das CCB. Art. 1.041. O contrato deve mencionar, além das indicações referidas no art. 997, a firma social. indicações referidas no art. 997, a firma social.

CCB. Art. 1.157. A sociedade em que houver sócios de CCB. Art. 1.157. A sociedade em que houver sócios de responsabilidade ilimitada operará sob firma, na responsabilidade ilimitada operará sob firma, na qual somente os nomes daqueles poderão figurar, qual somente os nomes daqueles poderão figurar, bastando para formá-la aditar ao nome de um bastando para formá-la aditar ao nome de um deles a expressão "e companhia" ou sua deles a expressão "e companhia" ou sua abreviatura.abreviatura.

Parágrafo único. Ficam solidária e ilimitadamente Parágrafo único. Ficam solidária e ilimitadamente responsáveis pelas obrigações contraídas sob a responsáveis pelas obrigações contraídas sob a firma social aqueles que, por seus nomes, firma social aqueles que, por seus nomes, figurarem na firma da sociedade de que trata este figurarem na firma da sociedade de que trata este artigo.artigo.

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Sociedade em Nome ColetivoSociedade em Nome Coletivo

Administração: Administração:

CCB. Art. 1.042. A administração da CCB. Art. 1.042. A administração da sociedade compete exclusivamente a sociedade compete exclusivamente a sócios, sendo o uso da firma, nos limites sócios, sendo o uso da firma, nos limites do contrato, privativo dos que tenham os do contrato, privativo dos que tenham os necessários poderes. necessários poderes.

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Sociedade em Comandita Sociedade em Comandita SimplesSimples

Características: Características:

a) Sociedade Personificada;a) Sociedade Personificada;

b) Duas Categorias de Sócios (CCB.Art. 1.045):b) Duas Categorias de Sócios (CCB.Art. 1.045):

b.1. b.1. ComanditadosComanditados: Todos Pessoas Físicas, : Todos Pessoas Físicas, Responsáveis Solidária e Ilimitadamente Responsáveis Solidária e Ilimitadamente

b.2. b.2. ComanditáriosComanditários: Responsabilidade Limitada: : Responsabilidade Limitada: obrigados somente pelo valor de sua quota.obrigados somente pelo valor de sua quota.

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Sociedade em Comandita Sociedade em Comandita SimplesSimples

CCB. Art. 1.045. Na sociedade em CCB. Art. 1.045. Na sociedade em comandita simples tomam parte sócios de comandita simples tomam parte sócios de duas categorias: os comanditados, duas categorias: os comanditados, pessoas físicas, responsáveis solidária e pessoas físicas, responsáveis solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais; ilimitadamente pelas obrigações sociais; e os comanditários, obrigados somente e os comanditários, obrigados somente pelo valor de sua quota.pelo valor de sua quota.

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Sociedade em Comandita Sociedade em Comandita SimplesSimples

CCB. Art. 1.046. Aplicam-se à sociedade CCB. Art. 1.046. Aplicam-se à sociedade em comandita simples as normas da em comandita simples as normas da sociedade em nome coletivo, no que sociedade em nome coletivo, no que forem compatíveis com as deste Capítulo.forem compatíveis com as deste Capítulo.

Parágrafo único. Aos comanditados Parágrafo único. Aos comanditados cabem os mesmos direitos e obrigações cabem os mesmos direitos e obrigações dos sócios da sociedade em nome dos sócios da sociedade em nome coletivo.coletivo.

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Sociedade em Comandita Sociedade em Comandita SimplesSimples

Nome Empresarial: Firma Social (CCB. Art. 1.157.)Nome Empresarial: Firma Social (CCB. Art. 1.157.)

Administração: Administração: CCB. Art. 1.047. Sem prejuízo da faculdade de CCB. Art. 1.047. Sem prejuízo da faculdade de participar das deliberações da sociedade e de lhe participar das deliberações da sociedade e de lhe fiscalizar as operações, não pode o comanditário fiscalizar as operações, não pode o comanditário praticar qualquer ato de gestão, nem ter o nome na praticar qualquer ato de gestão, nem ter o nome na firma social, sob pena de ficar sujeito às firma social, sob pena de ficar sujeito às responsabilidades de sócio comanditado.responsabilidades de sócio comanditado.

Parágrafo único. Pode o comanditário ser constituído Parágrafo único. Pode o comanditário ser constituído procurador da sociedade, para negócio determinado e procurador da sociedade, para negócio determinado e com poderes especiais.com poderes especiais.

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Sociedade em Conta de Sociedade em Conta de ParticipaçãoParticipação

Características: Características:

a) Sociedade Não Personificada;a) Sociedade Não Personificada;

b) Duas Categorias de Sócios (CCB. art. b) Duas Categorias de Sócios (CCB. art. 991):991):

b.1. b.1. Ostensivo:Ostensivo:

b.2. b.2. Participante:Participante:

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Sociedade em Conta de Sociedade em Conta de ParticipaçãoParticipação

CCB. Art. 991. Na sociedade em conta de CCB. Art. 991. Na sociedade em conta de participação, a atividade constitutiva do objeto participação, a atividade constitutiva do objeto social é exercida unicamente pelo sócio social é exercida unicamente pelo sócio ostensivo, em seu nome individual e sob sua ostensivo, em seu nome individual e sob sua própria e exclusiva responsabilidade, própria e exclusiva responsabilidade, participando os demais dos resultados participando os demais dos resultados correspondentes.correspondentes.

Parágrafo único. Obriga-se perante terceiro tão-Parágrafo único. Obriga-se perante terceiro tão-somente o sócio ostensivo; e, exclusivamente somente o sócio ostensivo; e, exclusivamente perante este, o sócio participante, nos termos perante este, o sócio participante, nos termos do contrato social. do contrato social.

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Sociedade em Conta de Sociedade em Conta de ParticipaçãoParticipação

CCB. Art. 1.162. A sociedade em conta CCB. Art. 1.162. A sociedade em conta de participação não pode ter firma ou de participação não pode ter firma ou denominação. denominação.

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Sociedade em Conta de Sociedade em Conta de ParticipaçãoParticipação

CCB. Art. 992. A constituição da sociedade em conta CCB. Art. 992. A constituição da sociedade em conta de participação independe de qualquer formalidade e de participação independe de qualquer formalidade e pode provar-se por todos os meios de direito.pode provar-se por todos os meios de direito.

CCB. Art. 993. O contrato social produz efeito somente CCB. Art. 993. O contrato social produz efeito somente entre os sócios, e a eventual inscrição de seu entre os sócios, e a eventual inscrição de seu instrumento em qualquer registro não confere instrumento em qualquer registro não confere personalidade jurídica à sociedade.personalidade jurídica à sociedade.Parágrafo único. Sem prejuízo do direito de fiscalizar a Parágrafo único. Sem prejuízo do direito de fiscalizar a gestão dos negócios sociais, o sócio participante não gestão dos negócios sociais, o sócio participante não pode tomar parte nas relações do sócio ostensivo com pode tomar parte nas relações do sócio ostensivo com terceiros, sob pena de responder solidariamente com terceiros, sob pena de responder solidariamente com este pelas obrigações em que intervier. este pelas obrigações em que intervier.

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Sociedade em Conta de Sociedade em Conta de ParticipaçãoParticipação

CCB. Art. 994. A contribuição do sócio participante CCB. Art. 994. A contribuição do sócio participante constitui, com a do sócio ostensivo, patrimônio especial, constitui, com a do sócio ostensivo, patrimônio especial, objeto da conta de participação relativa aos negócios objeto da conta de participação relativa aos negócios sociais.sociais.

§ 1§ 1oo A especialização patrimonial somente produz A especialização patrimonial somente produz efeitos em relação aos sócios.efeitos em relação aos sócios.

§ 2§ 2oo A falência do sócio ostensivo acarreta a dissolução A falência do sócio ostensivo acarreta a dissolução da sociedade e a liquidação da respectiva conta, cujo da sociedade e a liquidação da respectiva conta, cujo saldo constituirá crédito quirografário.saldo constituirá crédito quirografário.

§ 3§ 3oo Falindo o sócio participante, o contrato social fica Falindo o sócio participante, o contrato social fica sujeito às normas que regulam os efeitos da falência sujeito às normas que regulam os efeitos da falência nos contratos bilaterais do falido.nos contratos bilaterais do falido.

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Sociedade em Conta de Sociedade em Conta de ParticipaçãoParticipação

CCB. Art. 995. Salvo estipulação em contrário, CCB. Art. 995. Salvo estipulação em contrário, o sócio ostensivo não pode admitir novo sócio o sócio ostensivo não pode admitir novo sócio sem o consentimento expresso dos demais.sem o consentimento expresso dos demais.

CCB. Art. 996. Aplica-se à sociedade em conta CCB. Art. 996. Aplica-se à sociedade em conta de participação, subsidiariamente e no que com de participação, subsidiariamente e no que com ela for compatível, o disposto para a sociedade ela for compatível, o disposto para a sociedade simples, e a sua liquidação rege-se pelas simples, e a sua liquidação rege-se pelas normas relativas à prestação de contas, na normas relativas à prestação de contas, na forma da lei processual.forma da lei processual.

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Sociedade em Conta de Sociedade em Conta de ParticipaçãoParticipação

Resumo: Resumo: a)a) Não está sujeita a uma forma especial, sendo possível Não está sujeita a uma forma especial, sendo possível

provar a sua existência por qualquer meio em direito provar a sua existência por qualquer meio em direito admitido; admitido;

b)b) Não tem nome empresarial (é o sócio ostensivo que Não tem nome empresarial (é o sócio ostensivo que age em seu próprio nome);age em seu próprio nome);

c)c) A sociedade não se relaciona com terceirosA sociedade não se relaciona com terceirosd)d) Não tem Personalidade JurídicaNão tem Personalidade Jurídicae)e) Não tem capital nem autonomia patrimonial (os bens Não tem capital nem autonomia patrimonial (os bens

integram o patrimônio do sócio ostensivo);integram o patrimônio do sócio ostensivo);f)f) Não tem sede socialNão tem sede socialg)g) Não tem órgãos da administraçãoNão tem órgãos da administraçãoh)h) Não há liquidação, resolvendo-se por simples prestação Não há liquidação, resolvendo-se por simples prestação

de contas;de contas;i)i) Não se sujeita à falência ou insolvência. Não se sujeita à falência ou insolvência.

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Sociedade em Conta de ParticipaçãoSociedade em Conta de ParticipaçãoDecreto 3.000 de 26 de março de 1999Decreto 3.000 de 26 de março de 1999(RIR/1999)(RIR/1999)

Art. 148.  As sociedades em conta de participação são Art. 148.  As sociedades em conta de participação são equiparadas às pessoas jurídicas (Decreto-Lei nº 2.303, de equiparadas às pessoas jurídicas (Decreto-Lei nº 2.303, de 21 de novembro de 1986, art. 7º, e Decreto-Lei nº 2.308, de 21 de novembro de 1986, art. 7º, e Decreto-Lei nº 2.308, de 19 de dezembro de 1986, art. 3º).19 de dezembro de 1986, art. 3º).

Art. 149.  Na apuração dos resultados dessas sociedades, Art. 149.  Na apuração dos resultados dessas sociedades, assim como na tributação dos lucros apurados e dos assim como na tributação dos lucros apurados e dos distribuídos, serão observadas as normas aplicáveis às distribuídos, serão observadas as normas aplicáveis às pessoas jurídicas em geral e o disposto no art. 254, II pessoas jurídicas em geral e o disposto no art. 254, II (Decreto-Lei nº 2.303, de 1986, art. 7º, parágrafo único).(Decreto-Lei nº 2.303, de 1986, art. 7º, parágrafo único).

Art. 515.  O prejuízo fiscal apurado por Sociedade em Conta Art. 515.  O prejuízo fiscal apurado por Sociedade em Conta de Participação - SCP somente poderá ser compensado com de Participação - SCP somente poderá ser compensado com o lucro real decorrente da mesma SCP.o lucro real decorrente da mesma SCP.Parágrafo único.  É vedada a compensação de prejuízos Parágrafo único.  É vedada a compensação de prejuízos fiscais e lucros entre duas ou mais SCP ou entre estas e o fiscais e lucros entre duas ou mais SCP ou entre estas e o sócio ostensivo.sócio ostensivo.

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Sociedade em Conta de ParticipaçãoSociedade em Conta de ParticipaçãoDispõe sobre a opção pelo lucro presumido das sociedades em conta de participação.O Dispõe sobre a opção pelo lucro presumido das sociedades em conta de participação.O SECRETÁRIO DA RECEITA FEDERALSECRETÁRIO DA RECEITA FEDERAL, no uso da atribuição que lhe confere o inciso III , no uso da atribuição que lhe confere o inciso III do art. 190 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal, aprovado pela do art. 190 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal, aprovado pela Portaria MF nPortaria MF noo 227, de 3 de setembro de 1998 227, de 3 de setembro de 1998, e tendo em vista o disposto no art. 14 da , e tendo em vista o disposto no art. 14 da Lei nº 9.718, de 27 de novembro de 1998Lei nº 9.718, de 27 de novembro de 1998, bem assim no Parecer PGFN/CAT n, bem assim no Parecer PGFN/CAT noo 525/2001, resolve:525/2001, resolve:

Art. 1ºArt. 1º A partir de 1º de janeiro de 2001, observadas as hipóteses de obrigatoriedade de A partir de 1º de janeiro de 2001, observadas as hipóteses de obrigatoriedade de observância do regime de tributação com base no lucro real previstas no art. 14 da observância do regime de tributação com base no lucro real previstas no art. 14 da Lei nº 9.718, de 27 de novembro de 1998Lei nº 9.718, de 27 de novembro de 1998, as sociedades em conta de participação , as sociedades em conta de participação podem optar pelo regime de tributação com base no lucro presumido.podem optar pelo regime de tributação com base no lucro presumido.§ 1º A opção da sociedade em conta de participação pelo regime de tributação com base § 1º A opção da sociedade em conta de participação pelo regime de tributação com base no lucro presumido não implica a simultânea opção do sócio ostensivo, nem a opção no lucro presumido não implica a simultânea opção do sócio ostensivo, nem a opção efetuada por este implica a opção daquela.efetuada por este implica a opção daquela.§ 2º O recolhimento dos tributos e contribuições devidos pela sociedade em conta de § 2º O recolhimento dos tributos e contribuições devidos pela sociedade em conta de participação será efetuado mediante a utilização de Darf específico, em nome do sócio participação será efetuado mediante a utilização de Darf específico, em nome do sócio ostensivo.ostensivo.

Art. 2ºArt. 2º As sociedades em conta de participação que exerçam as atividades de compra e As sociedades em conta de participação que exerçam as atividades de compra e venda, loteamento, incorporação e construção de imóveis não poderão optar pelo lucro venda, loteamento, incorporação e construção de imóveis não poderão optar pelo lucro presumido enquanto não concluídas as operações imobiliárias para as quais haja presumido enquanto não concluídas as operações imobiliárias para as quais haja registro de custo orçado.registro de custo orçado.

Art. 3ºArt. 3º O disposto nesta Instrução Normativa não prejudica a observância das demais O disposto nesta Instrução Normativa não prejudica a observância das demais normas relativas ao regime de tributação com base no lucro presumido previstas na normas relativas ao regime de tributação com base no lucro presumido previstas na legislação tributária, inclusive quanto à adoção do regime de caixa.legislação tributária, inclusive quanto à adoção do regime de caixa.Art. 4ºArt. 4º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação. Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

EVERARDO MACIELEVERARDO MACIEL

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Sociedade SimplesSociedade Simples

CCB. Art. 997. A sociedade constitui-se mediante contrato escrito, CCB. Art. 997. A sociedade constitui-se mediante contrato escrito, particular ou público, que, além de cláusulas estipuladas pelas particular ou público, que, além de cláusulas estipuladas pelas partes, mencionará:partes, mencionará:I - nome, nacionalidade, estado civil, profissão e residência dos I - nome, nacionalidade, estado civil, profissão e residência dos sócios, se pessoas naturais, e a firma ou a denominação, sócios, se pessoas naturais, e a firma ou a denominação, nacionalidade e sede dos sócios, se jurídicas;nacionalidade e sede dos sócios, se jurídicas;II - denominação, objeto, sede e prazo da sociedade;II - denominação, objeto, sede e prazo da sociedade;III - capital da sociedade, expresso em moeda corrente, podendo III - capital da sociedade, expresso em moeda corrente, podendo compreender qualquer espécie de bens, suscetíveis de avaliação compreender qualquer espécie de bens, suscetíveis de avaliação pecuniária;pecuniária;IV - a quota de cada sócio no capital social, e o modo de realizá-la;IV - a quota de cada sócio no capital social, e o modo de realizá-la;V - as prestações a que se obriga o sócio, cuja contribuição V - as prestações a que se obriga o sócio, cuja contribuição consista em serviços;consista em serviços;VI - as pessoas naturais incumbidas da administração da VI - as pessoas naturais incumbidas da administração da sociedade, e seus poderes e atribuições;sociedade, e seus poderes e atribuições;VII - a participação de cada sócio nos lucros e nas perdas;VII - a participação de cada sócio nos lucros e nas perdas;VIII - se os sócios respondem, ou não, subsidiariamente, pelas VIII - se os sócios respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais.obrigações sociais.Parágrafo único. É ineficaz em relação a terceiros qualquer pacto Parágrafo único. É ineficaz em relação a terceiros qualquer pacto separado, contrário ao disposto no instrumento do contrato.separado, contrário ao disposto no instrumento do contrato.

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Sociedade SimplesSociedade SimplesResponsabilidade dos Sócios: Responsabilidade dos Sócios:

CCB. Art. 1.023. Se os bens da CCB. Art. 1.023. Se os bens da sociedade não lhe cobrirem as dívidas, sociedade não lhe cobrirem as dívidas, respondem os sócios pelo saldo, na respondem os sócios pelo saldo, na proporção em que participem das perdas proporção em que participem das perdas sociais, salvo cláusula de sociais, salvo cláusula de responsabilidade solidária. responsabilidade solidária.

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Sociedade SimplesSociedade SimplesResponsabilidade dos Sócios: Responsabilidade dos Sócios:

I Jornada de Direito Civil do Centro de I Jornada de Direito Civil do Centro de Estudos Judiciários – CEJ – do Conselho Estudos Judiciários – CEJ – do Conselho da Justiça Federal – CJF da Justiça Federal – CJF

61– Art. 1.023: o termo “subsidiariamente” constante do inc. VIII do art. 997 do Código Civil deverá ser substituído por “solidariamente” a fim de compatibilizar esse dispositivo com o art. 1.023 do mesmo Código.

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Sociedade SimplesSociedade SimplesResponsabilidade dos Sócios: Responsabilidade dos Sócios:

CCB. Art. 1.025. O sócio, admitido em sociedade já CCB. Art. 1.025. O sócio, admitido em sociedade já constituída, não se exime das dívidas sociais anteriores à constituída, não se exime das dívidas sociais anteriores à admissão.admissão.

CCB. Art. 1.003. A cessão total ou parcial de quota, sem CCB. Art. 1.003. A cessão total ou parcial de quota, sem a correspondente modificação do contrato social com o a correspondente modificação do contrato social com o consentimento dos demais sócios, não terá eficácia consentimento dos demais sócios, não terá eficácia quanto a estes e à sociedade.quanto a estes e à sociedade.

Parágrafo único. Até dois anos depois de averbada a Parágrafo único. Até dois anos depois de averbada a modificação do contrato, responde o cedente modificação do contrato, responde o cedente solidariamente com o cessionário, perante a sociedade e solidariamente com o cessionário, perante a sociedade e terceiros, pelas obrigações que tinha como sócio.terceiros, pelas obrigações que tinha como sócio.

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Sociedade SimplesSociedade SimplesSócio de Indústria Sócio de Indústria

CCB. Art. 1.006. O sócio, cuja contribuição CCB. Art. 1.006. O sócio, cuja contribuição consista em serviços, não pode, salvo consista em serviços, não pode, salvo convenção em contrário, empregar-se em convenção em contrário, empregar-se em atividade estranha à sociedade, sob pena de ser atividade estranha à sociedade, sob pena de ser privado de seus lucros e dela excluído.privado de seus lucros e dela excluído.

CCB. Art. 1.007. Salvo estipulação em contrário, CCB. Art. 1.007. Salvo estipulação em contrário, o sócio participa dos lucros e das perdas, na o sócio participa dos lucros e das perdas, na proporção das respectivas quotas, mas aquele, proporção das respectivas quotas, mas aquele, cuja contribuição consiste em serviços, somente cuja contribuição consiste em serviços, somente participa dos lucros na proporção da média do participa dos lucros na proporção da média do valor das quotas.valor das quotas.

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Penhora de QuotasPenhora de Quotas

Art. 1.026Art. 1.026. O credor particular de sócio pode, na . O credor particular de sócio pode, na insuficiência de outros bens do devedor, fazer recair insuficiência de outros bens do devedor, fazer recair a execução sobre o que a este couber nos lucros da a execução sobre o que a este couber nos lucros da sociedade, ou na parte que lhe tocar em liquidação.sociedade, ou na parte que lhe tocar em liquidação.

Parágrafo únicoParágrafo único. Se a sociedade não estiver . Se a sociedade não estiver dissolvida, pode o credor requerer a liquidação da dissolvida, pode o credor requerer a liquidação da quota do devedor, cujo valor, apurado na forma do quota do devedor, cujo valor, apurado na forma do art. 1.031art. 1.031, será depositado em dinheiro, no juízo da , será depositado em dinheiro, no juízo da execução, até noventa dias após aquela liquidação.execução, até noventa dias após aquela liquidação.

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Das deliberações sociaisDas deliberações sociais

Art. 999. As modificações do contrato social, que Art. 999. As modificações do contrato social, que tenham por objeto matéria indicada no art. 997, tenham por objeto matéria indicada no art. 997, dependem do consentimento de todos os sócios; as dependem do consentimento de todos os sócios; as demais podem ser decididas por maioria absoluta de demais podem ser decididas por maioria absoluta de votos, se o contrato não determinar a necessidade de votos, se o contrato não determinar a necessidade de deliberação unânime.deliberação unânime.

Parágrafo único. Qualquer modificação do contrato Parágrafo único. Qualquer modificação do contrato social será averbada, cumprindo-se as formalidades social será averbada, cumprindo-se as formalidades previstas no artigo antecedente.previstas no artigo antecedente.

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Das deliberações sociaisDas deliberações sociaisArt. 1.010. Quando, por lei ou pelo contrato social, Art. 1.010. Quando, por lei ou pelo contrato social, competir aos sócios decidir sobre os negócios da competir aos sócios decidir sobre os negócios da sociedade, as deliberações serão tomadas por maioria de sociedade, as deliberações serão tomadas por maioria de votos, contados segundo o valor das quotas de cada um.votos, contados segundo o valor das quotas de cada um.

§ 1§ 1oo Para formação da maioria absoluta são necessários Para formação da maioria absoluta são necessários votos correspondentes a mais de metade do capital.votos correspondentes a mais de metade do capital.

§ 2§ 2oo Prevalece a decisão sufragada por maior número de Prevalece a decisão sufragada por maior número de sócios no caso de empate, e, se este persistir, decidirá o sócios no caso de empate, e, se este persistir, decidirá o juiz.juiz.

§ 3§ 3oo Responde por perdas e danos o sócio que, tendo em Responde por perdas e danos o sócio que, tendo em alguma operação interesse contrário ao da sociedade, alguma operação interesse contrário ao da sociedade, participar da deliberação que a aprove graças a seu voto.participar da deliberação que a aprove graças a seu voto.

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Dos deveres e responsabilidades Dos deveres e responsabilidades do administrador do administrador

Art. 1.011Art. 1.011. O administrador da sociedade deverá ter, . O administrador da sociedade deverá ter, no exercício de suas funções, o cuidado e a no exercício de suas funções, o cuidado e a diligência que todo homem ativo e probo costuma diligência que todo homem ativo e probo costuma empregar na administração de seus próprios empregar na administração de seus próprios negócios.negócios.

Art. 1.016.Art. 1.016. Os administradores respondem Os administradores respondem solidariamente perante a sociedade e os terceiros solidariamente perante a sociedade e os terceiros prejudicados, por culpa no desempenho de suas prejudicados, por culpa no desempenho de suas funções.funções.

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Da AdministraçãoDa Administração

Art. 1.012. O administrador, nomeado por instrumento em Art. 1.012. O administrador, nomeado por instrumento em separado, deve averbá-lo à margem da inscrição da sociedade, separado, deve averbá-lo à margem da inscrição da sociedade, e, pelos atos que praticar, antes de requerer a averbação, e, pelos atos que praticar, antes de requerer a averbação, responde pessoal e solidariamente com a sociedade.responde pessoal e solidariamente com a sociedade.

Art. 1.013. A administração da sociedade, nada dispondo o Art. 1.013. A administração da sociedade, nada dispondo o contrato social, compete separadamente a cada um dos sócios.contrato social, compete separadamente a cada um dos sócios.

§ 1§ 1oo Se a administração competir separadamente a vários Se a administração competir separadamente a vários administradores, cada um pode impugnar operação pretendida administradores, cada um pode impugnar operação pretendida por outro, cabendo a decisão aos sócios, por maioria de votos.por outro, cabendo a decisão aos sócios, por maioria de votos.

§ 2§ 2oo Responde por perdas e danos perante a sociedade o Responde por perdas e danos perante a sociedade o administrador que realizar operações, sabendo ou devendo administrador que realizar operações, sabendo ou devendo saber que estava agindo em desacordo com a maioria.saber que estava agindo em desacordo com a maioria.

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Art. 1.015Art. 1.015. No silêncio do contrato, os . No silêncio do contrato, os administradores podem praticar todos os atos administradores podem praticar todos os atos pertinentes à gestão da sociedade; não constituindo pertinentes à gestão da sociedade; não constituindo objeto social, a oneração ou a venda de bens imóveis objeto social, a oneração ou a venda de bens imóveis depende do que a maioria dos sócios decidir.depende do que a maioria dos sócios decidir.

Parágrafo únicoParágrafo único. O excesso por parte dos . O excesso por parte dos administradores somente pode ser oposto a terceiros administradores somente pode ser oposto a terceiros se ocorrer pelo menos uma das seguintes hipóteses:se ocorrer pelo menos uma das seguintes hipóteses:

I - se a limitação de poderes estiver inscrita ou I - se a limitação de poderes estiver inscrita ou averbada no registro próprio da sociedade;averbada no registro próprio da sociedade;

II - provando-se que era conhecida do terceiro;II - provando-se que era conhecida do terceiro;

III - tratando-se de operação evidentemente estranha III - tratando-se de operação evidentemente estranha aos negócios da sociedade.aos negócios da sociedade.

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Dos impedimentosDos impedimentos

Art. 1.011 (...)Art. 1.011 (...)

§ 1º Não podem ser administradores, além das § 1º Não podem ser administradores, além das pessoas impedidas por lei especial, os condenados pessoas impedidas por lei especial, os condenados a pena que vede, ainda que temporariamente, o a pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos; ou por crime falimentar, acesso a cargos públicos; ou por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato; ou contra a economia popular, a fé pública peculato; ou contra a economia popular, a fé pública ou a propriedade, enquanto perdurarem os efeitos ou a propriedade, enquanto perdurarem os efeitos da condenação.da condenação.