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Ação Março/Abril 2010 | 1 Divisão para todos ANABB apresenta à Previ propostas dos participantes para realinhamento do Plano 1 Autogestão em saúde Confira o que os planos de autogestão oferecem de melhor em comparação aos de mercado ANABBPrev Plano de previdência privada para toda a família ANO XXIV - N O 206 - MARÇO/ABRIL 2010 DIREITOS GARANTIDOS A ANABB já conquistou R$ 1,52 bilhão em prol dos associados

DIREITOS GARANTIDOS - ANABB · Vera Lúcia de Melo DIRETORES ESTADUAIS Ivan Pita de Araújo (AL) Ângelo Raphael Celani Pereira (AM) ... O novo tempo não pode ser de medo. O novo

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Ação Março/Abril 2010 | 1

Divisão para todosANABB apresenta à Previ

propostas dos participantes para realinhamento do Plano 1

Autogestão em saúdeConfira o que os planos de

autogestão oferecem de melhor em comparação aos de mercado

ANABBPrevPlano de previdência privada

para toda a família

ANO XXIV - NO 206 - MARÇO/ABRIL 2010

DIREITOS GARANTIDOSA ANABB já conquistou R$ 1,52 bilhão em prol dos associados

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CARTAS

Este espaço destina-se à opinião dos leitores. Por questão de espaço e estilo, as cartas podem ser re-sumidas e editadas. Serão publicadas apenas correspondências selecionadas pelo Conselho Editorial da ANABB. As cartas que se referem a outras entidades, como Cassi e Previ, serão a elas encaminhadas. Se você quer enviar comentários, sugestões e reclamações, envie um e-mail para [email protected] ou uma carta para o endereço SCRS 507, Bl. A, Lj. 15 – CEP: 70351-510 – Brasília/DF.

jornal Ação

ANABB: SCRS 507, Bl. A, Lj. 15 – CEP: 70351-510 – Brasília/DFAtendimento ao associado: (61) 3442 9696Site: www.anabb.org.br Redação: Priscila Mendes, Tatiane Lopes, Elder Ferreira e Ariane Póvoa Anúncios: Fabiana Castro E-mail: [email protected] Edição: Priscila Mendes Revisão: Cida TabozaEditoração: Raido Propaganda Foto da capa: Photos to Go Tiragem: 105 milBanco de imagem: Photos to GoImpressão: Gráfica Positiva Fotolito: Photoimage

DIRETORIA EXECUTIVA

CONSELHO DELIBERATIVO

VALMIR CAMILOPresidente

WILLIAM JOSé ALVES BENTOVice-presidente Administrativo e Financeiro

NILTON BRUNELLI DE AzEVEDOVice-presidente de Comunicação

EMíLIO SANTIAGO RIBAS RODRIGUESVice-presidente de Relações Funcionais ELAINE MICHELVice-presidente de Relações Institucionais

Antonio Gonçalves (presidente)Alcir Augustinho Calliari Ana Lúcia Landin Antilhon Saraiva Armando César Ferreira dos SantosAugusto Carvalho Cecília Garcez Denise Vianna Douglas Scortegagna Élcio BuenoGenildo Ferreira dos ReisGraça MachadoInácio da Silva Mafra Isa Musa José Antônio Diniz de OliveiraJosé Branisso José Sampaio de Lacerda Júnior Luiz Antonio CareliMércia PimentelRomildo Gouveia Vitor Paulo Camargo Gonçalves

CONSELHO FISCAL

Cláudio José zucco (presidente)Antônio José de Carvalho Saul Mário MatteiMaria do Céu BritoTereza Cristina Godoy Moreira Santos Vera Lúcia de Melo

DIRETORES ESTADUAIS

Ivan Pita de Araújo (AL)Ângelo Raphael Celani Pereira (AM)Olivan de Souza Faustino (BA)Maria José Faheina de Oliveira (Mazé) (CE)Elias Kury (DF)Sebastião Ceschim (ES)Saulo Sartre Ubaldino (GO)Solonel Campos Drumond Júnior (MA)Wagner Cardoso de Mesquita (MG)Edson Trombine Leite (MS)Ivan Demetri Silva (MT)Fábio Gian Braga Pantoja (PA)Maria Aurinete Alves de Oliveira (PB)Carolina Maria de Godoy Matos (PE)Francisco Carvalho Matos (PI)Moacir Finardi (PR)Marcelo Antonio Quaresma (RJ)Hermínio Sobrinho (RN)Sidnei Celso da Silva (RO)Paulo Edgar Trapp (RS)Carlos Francisco Pamplona (Chico Pamplona) (SC)Almir Souza Vieira (SE)José Antônio Galvão Rosa (SP)Saulo Antônio de Matos (TO)

AGRADECIMENTO APABBA Associação de Pais, Amigos e Pessoas com Deficiência, de Funcionários do Banco do Brasil e da Comunidade (Apabb) vem agradecer imensamente pelo apoio na re-alização da campanha de associados junto à ANABB, por meio da disponibilização de encarte no jornal Ação. Certos de continuar-mos contando com vosso apoio, mais uma vez agradecemos.Roberto Paulo do Vale Tiné Presidente da Apabb

RECADASTRAMENTO BIOMéTRICO NAS ELEIÇõESRelativamente ao que foi publicado no jor-nal Ação nº 205, p. 16, gostaria de ressal-tar que a biometria para voto no processo eleitoral brasileiro tem, sem dúvidas, gran-des méritos. Entretanto, vale frisar que tal medida vai mais ao encontro dos senhores candidatos do que do eleitorado. O que na realidade se faz necessário é dar aos elei-tores a garantia inequívoca de que o voto vai para o candidato por eles escolhido. Não creio em uma máquina programada pelo homem. Já que é para moralizar e ter credibilidade, a urna eletrônica deveria pelo menos emitir um “boleto” no qual constas-se o número e o nome do candidato votado. Nesse caso, um complementaria o outro, formando dupla segurança e credenciando de fato a referida urna. Sendo só para o mo-mento, quero agradecer antecipadamente a valiosa atenção dada a esta missiva, com meu grande apreço.Ionaldo Alves de AraújoSão Paulo – SP

ATUAÇãO DA ANABBSou associado da ANABB desde o início. Acreditei em sua proposta inicial e continuo acreditando na idoneidade e no compro-misso de nossa Diretoria, sempre na busca de soluções para as causas que afetam os funcionários do BB. Portanto, reitero aqui a confiança nesta Diretoria. José Tadeu ArcenoTurvo – SC

VITóRIAS NA JUSTIÇAQuero cumprimentar e agradecer ao pesso-al da ANABB pela forma gentil, interessada e objetiva com que sempre nos tem distin-guido. Foi com alegria que recebi a comu-nicação da ANABB/Viref. Aproveito-me do ensejo para estender minha gratidão aos advogados parceiros. Saudações.Wanderley Lacerda RodriguesJaú – SP

SUPERÁVIT PREVIVenho acompanhando no jornal da ANABB as matérias sobre os constantes superávits da Previ. Solicito que essa Associação envi-de esforços para corrigir uma grande injus-tiça cometida contra os ex-funcionários do Banco que contribuíram para a Previ e não se aposentaram, solicitando a devolução da importância paga pelo Banco para nós funcionários (2/3), devidamente corrigida, pois só recebemos 95% do que recolhemos (1/3) e nada do que o Banco recolheu. Deve existir possibilidade de a ANABB requerer administrativamente a devolução dos va-lores pagos devidamente corrigidos e, em caso de negativa da Previ, efetuar o reque-rimento, pela via judicial, do que foi pago pelo Banco. Parece que o item 9 do jornal Ação n° 201, p. 12, parte final, contempla o assunto. Não é meu caso, mas conheço vários ex-funcionários que passam atual-mente por grandes dificuldades financeiras e a justa devolução dos valores pagos pelo Banco à Previ seria uma forma de minimi-zar o sofrimento destes ex-colegas, propor-cionando-lhes oportunidade de resgatarem sua dignidade.Fabrício RezendeCaratinga – MG

RESPOSTAA ANABB tem promovido diversas iniciativas para a correção das injustiças na Previ. Este assunto é prioritário para a entidade, que in-clusive reservou espaço nesta edição para abordar o tema. A Associação fará o que for possível para os beneficiários da Previ te-rem seus direitos reconhecidos.

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Foram pouco mais de seis mil votos de diferença, não de indiferença. O suficiente para manter a chama, mais do que acesa, ardente mesmo, de que o novo tempo não pode ser de negação. O novo tempo não pode ser de medo. O novo tempo não pode ser só de um Banco do Brasil mais rico em resultados, mas deve também ser de um funciona-lismo comprometido com suas entidades, com as conquis-tas construídas por várias gerações de trabalhadores que os antecederam, comprometido com o que é possível, legal ou justo. Nossas Caixas de Assistência e Previdência não fo-ram meros presentes de governos e direções do Banco no passado. São fruto do trabalhado de muitas lideranças ao longo de mais de 100 anos de história na Previ e de quase 70 anos de história na Cassi. O funcionalismo do Banco do Brasil construiu um dos maiores fundos de pensão do mun-do e a maior empresa de autogestão em saúde do Brasil. A responsabilidade de quem está chegando deve ser maior que o reconhecimento, deve ser o de comprometimento de cuidar, zelar e melhorar. Capacidade para isto eles têm. Ape-sar do tempo, da distância, da falta de isonomia, uma coisa nos une de forma definitiva: a entrada para esta família pela porta democrática do concurso público.

Nossa querida Cassi tem problemas, que já foram mui-to maiores. Para muitos dos que hoje se colocam na apo-sição, estes problemas seriam intransponíveis. Foi preciso muita confiança para vencer o atraso e a indiferença, mas será preciso muito mais para justificar a confiança de quem acreditou. O esforço deve ser redobrado para despertar cada um dos associados desta letargia que pode condenar nossa Caixa de Assistência ao atraso e chamar atenção daqueles que, ao entrar para esta família, passaram a ter acesso ao melhor e mais barato plano de saúde do mercado brasileiro. Plano de saúde este que foi construído com o espírito asso-ciativista e altruísta de muitas gerações, em que cada um paga como pode e usa como precisa. Para melhorar a Cassi, não é preciso destruir nossas entidades e caluniar nossas lideranças. É preciso unidade e confiança.

CARTA DO PRESIDENTE

A CONFIANÇA VENCEU O ATRASO E A INDIFERENÇA

Valmir CamiloPresidente da ANABB

Qualquer análise que se faça em relação ao resultado das eleições da Cassi vai ser polêmica. Desde a euforia dos que venceram até as justificativas dos que assistiram à derrota de seus candidatos. Até porque é preciso começar perguntando: quem perdeu e quem ganhou. Eu, como não tenho medo de polemizar, começo dizendo que todos perderam e todos ga-nharam, dependendo do ponto de vista lançado sobre todo o processo eleitoral.

A chapa da situação, que contou com o apoio da ANABB, venceu, mas também perdeu. Venceu porque o resultado garantiu ao time comandado por Graça Machado o direito de representar os associados na direção da Cassi, nos pró-ximos quatro anos. Perdeu porque não conseguiu mostrar os verdadeiros problemas de nossa Caixa de Assistência, nem conseguiu despertar da indiferença grande parte dos funcio-nários da ativa. Venceu porque pode contar com a confiança de quase a metade dos mesmos associados da ativa e com a grande maioria dos aposentados votantes.

A chapa de oposição perdeu, mas também venceu. Dis-putar uma eleição contra a quase totalidade das forças do movimento de trabalhadores da ativa e dos aposentados do Banco do Brasil não é tarefa fácil. O resultado final, aperta-do, pode ser considerado grande vitória. Porém perdeu, não porque não tomará posse na direção da Cassi, mas porque não aproveitou a oportunidade para fazer um grande debate sobre os verdadeiros problemas das empresas de autogestão no Brasil. A chapa de oposição se perdeu nos ataques aos dirigentes de entidades, nos ataques às próprias entidades e, ao final, nos ataques aos aposentados, como se estes fos-sem os responsáveis pela derrota de seus candidatos.

Perderam também os eleitores que ficaram indiferentes aos problemas de nossa Caixa de Assistência, omitindo-se na decisão de não votar ou votando simplesmente para tirar da tela de seu computador, no ambiente de trabalho, o con-vite ao voto. Venceram os eleitores que enfrentaram a fúria dos cabos eleitorais de oposição, que se valeram de ataques à honra dos candidatos da situação e até mesmo de seus principais apoiadores. Em algum momento, cheguei mesmo a me perguntar: será verdade que a ANABB errou tanto e fez tão mal a seus associados? Será que os mais de 24 anos de trabalho sério e competente em defesa de seus associados podem ser esquecidos de uma hora para outra? Será que a confiança deu lugar ao medo? Será que a tradição de cons-truir a democracia e formular novas ideias deu lugar à indife-rença e à falta de compromisso?

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CAPA

Mais de R$ 1,52 bilhão para os associados em liquidações de ações judiciais. Este foi o montante liberado em processos na Justiça patrocinados pela ANABB em favor de seus sócios, desde que ingressou com a primeira ação, há 22 anos. Foram R$ 1,28 bilhão em ações individuais – até 14/4/2010 – e R$ 247,32 milhões em processos coletivos.

Representar os associados judicial e extrajudicialmente, con-forme prevê o Artigo 5º, inciso XXI, da Constituição Federal, é uma das premissas previstas no Estatuto da ANABB, Artigo 2º, inciso X. E esse propósito recebe todo o empenho da entidade.

A ANABB ingressou com a primeira ação em 1988. No obje-to, estava a reparação de perdas de FGTS Juros Progressivos de 3% para 6%. Estava dada a largada para a longa trajetória na defesa dos direitos dos associados. Dos 1.839 autores da cau-sa, 95,2% tiveram as ações liquidadas, o que resultou na devo-lução de R$ 40,3 milhões. A ANABB foi pioneira nesta ação e a tese defendida pela entidade formou jurisprudência, abrindo caminho para que outras categorias de trabalhadores reivindi-cassem o mesmo direito. (Leia mais sobre essa ação no box)

De lá pra cá, a entidade adquiriu o know-how e tornou-se referência para os associados que possuem direitos a se-rem buscados pelas vias judiciais. Apenas em ações de FGTS Juros Progressivos de 3% para 6%, 4.896 associados tiveram a liquidação do processo, o que rendeu a eles um total de R$ 144,3 milhões.

Melhoria para atender a demandaCom a primeira vitória, o volume de ações foi crescendo e

a Associação teve de se preparar para atender grande deman-da. Naquela época, a ANABB enfrentou dificuldades financei-ras, porque arcava sozinha com toda a despesa operacional das ações. O presidente da ANABB, Valmir Camilo, lembra que, quando a primeira ação foi lançada, a entidade não re-cebia qualquer remuneração para custear os serviços pres-tados. “Cem por cento dos honorários de sucumbência eram pagos ao advogado”, conta. Em 1990, a Diretoria Executiva da ANABB resolveu suspender temporariamente a oferta de ações.Dois anos depois, com o novo Estatuto da entidade, foi criada a

A JUSTIÇAAO ALCANCEDOS ASSOCIADOSA ANABB concentra esforços para assegurar os direitos dos associados

Por Priscila Mendes

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Diretoria de Relações Funcionais, Aposentadoria e Previdência (Difap), tendo como primeiro diretor Valmir Camilo. Esse depar-tamento ficou com a responsabilidade de retomar a oferta de ações judiciais. “Foram feitos investimentos em infraestrutura e recursos humanos. A rede de advogados foi ampliada, foram desenvolvidos softwares específicos para o controle processu-al. Assim, foi possível aumentar a oferta de ações para os asso-ciados”, relata Camilo.

A ANABB encontrou a solução para oferecer melhor estru-tura sem aumentar o valor da mensalidade; para isso, foi alte-rado o contrato, a fim de reativar as ações de juros progressi-vos, firmado com o advogado José Ronaldo Mendonça Motta. No documento, ficou estabelecido que 30% dos honorários de sucumbência seriam repassados para a Associação e destina-dos ao pagamento dos serviços prestados como apoio ao escri-tório de advocacia.

Coletividade beneficiadaA primeira grande conquista em ações coletivas foi em

setembro de 1995, quando a Justiça concedeu liminar favo-rável ao Mandado de Segurança impetrado pela ANABB para isenção de Imposto de Renda (IR) sobre venda de férias, licen-ças-prêmio, abonos e folgas. A partir desta data, o IR inciden-te sobre esses benefícios passou a ser depositado em juízo pelo Banco do Brasil, que o estendeu a todos os funcionários. Em 1999, o julgamento foi favorável, garantindo a devolução de 90% do valor retido, sendo os outros 10% pagos em março de 2000. Nessa ação, foram disponibilizados R$ 247,3 milhões a 83 mil autores.

Por conta da ação de IR, 55.335 funcionários do BB ingressa-ram na ANABB em 1995. Muitos deles continuam até hoje e fa-zem parte do corpo social, representado por 103 mil associados. “Por força desta ação, muitos funcionários do BB acreditaram na capacidade da Associação para corrigir as injustiças. A ação beneficiou até quem não era sócio da ANABB,” ressalta Emílio Ribas Rodrigues, vice-presidente de Relações Funcionais.

A associada Zulma Pequeno Paes Barreto, de Cachoeiro de Itapemirim (ES), foi uma das beneficiadas com a ação de IR

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sobre venda de férias, licenças-prêmio, abonos e folgas. Além desta, ela tem outras duas ações: FGTS Planos Econômicos – liquidada – e IR 1/3 Previ – em tramitação. “Poderia entrar com essas ações por outras vias, mas tenho confiança e me sinto mais segura com as ações representadas pela ANABB”, afirma.

O presidente Valmir Camilo faz as contas: “se fosse consi-derado o valor que os funcionários deixaram de recolher de Imposto de Renda sobre venda de férias, licenças-prêmio, abo-nos e folgas desde 2000, chegaríamos ao cálculo de R$ 57 mi-lhões ao ano. Em dez anos, poderíamos contabilizar mais de R$ 570 milhões economizados pelo funcionalismo do BB. Isso sem levar em conta a evolução do quadro de funcionários do Banco do Brasil”, enfatiza.

Camilo lembra ainda que até os funcionários que ingressa-ram no BB depois da decisão são beneficiados: “eles não de-vem IR sobre essas verbas, e muitos desconhecem o trabalho da ANABB para a obtenção deste benefício”, afirma.

Somente no dia 6 de janeiro de 2009, a Receita Federal publicou no Diário Oficial da União a chamada Solução de Divergência nº 1, comunicando às unidades estaduais que re-cursos originários da venda de férias não devem gerar retenção de Imposto de Renda de Pessoa Física. Também não deve inci-dir IR sobre pagamento relativo a 1/3 de férias vencidas e não gozadas, tanto como sobre as recebidas pelo trabalhador no ato de sua rescisão de contrato. Apesar de a Receita entender que esse rendimento seria passível de tributação, as decisões

judiciais sempre reiteram a isenção do tributo nesses casos. Após muitas ações perdidas, o órgão decidiu editar a norma, para esclarecer qual postura deve ser adotada pelas empresas. Ou seja, somente 15 anos depois da conquista da ANABB que beneficiou todo o funcionalismo do BB, outros trabalhadores puderam usufruir do benefício. Ainda assim, a resolução trata apenas sobre férias, não contemplando abonos, licenças-prê-mio e folgas.

Atendimento personalizadoA entidade faz a ponte entre os associados e os advoga-

dos que movem as ações em favor do corpo social. Para isso, dispõe de funcionários com formação na área jurídica, capa-citados para atender os associados que buscam informações sobre ações judiciais. De acordo com o supervisor da Central de Atendimento, Fabiano Ribeiro Campos, são recebidos, por mês, em média 3,5 mil ligações e 2 mil e-mails pelo Fale Conosco – 80% desses chamados dizem respeito a ações judiciais. “O sistema é todo informatizado, e o atendente dis-põe do histórico das solicitações e dos questionamentos do associado que está ligando. Assim, pode prestar melhor aten-dimento”, afirma.

O atendimento na sede da ANABB e o recebimento de car-tas e e-mails dos associados são realizados em outra área, que, com a Central de Atendimento, compõe a Vice-Presidên-cia de Relações Funcionais (Viref). De acordo com a super-visora Rosirlei Marisa Eloy, o setor empenha-se ao máximo

A ação de FGTS Juros Progressivos foi criada para reparar um erro cometido pelo extinto Banco Nacional de Habitação (BNH). Os trabalhadores que optaram pelo FGTS no período de janeiro de 1967 a setembro de 1971 tinham os saldos do fundo capitalizados à taxas progressivas, que variavam entre 3% e 6%, de acordo com o tempo de permanência na empresa. Já os que o fizeram a partir de setembro de 1971 tinham a taxa de capitalização fixada em 3% ao ano. A Lei nº 5.957, de dezembro de 1973, facultava a opção com retroatividade a 1º de janeiro de 1967 ou à data da posse na empresa, se posterior àquele ano. A referida lei não fazia menção à taxa de juros de correção. Portanto, aqueles que retroagiram à data anterior a 21 de setembro de 1971

tinham direito a taxas progressivas. A Caixa Econômica Federal entendia que a remuneração deveria ser de 3% fixos ao ano. À época, a argumentação ainda não era clara para os juristas e o embasamento teórico para a ação judicial era incipiente. A ANABB investiu profundamente na defesa desse direito, delegou ao advogado Francisco Deiró que esmiuçasse a matéria e elaborasse uma tese para convencer os tribunais a exigir que a Caixa Econômica Federal mantivesse a remuneração do saldo de FGTS, para os optantes em questão, em 3% a 6%. Em abril de 1988, veio a primeira conquista. A juíza Selene Maria de Almeida, da 4ª Vara Federal, julgou procedente o pedido da ação promovida pela ANABB em favor dos associados.

1988 marca o início

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para que nenhum associado fique sem resposta. “A ANABB promoveu a digitalização de todos os documentos referentes aos processos, aumentando a produtividade dos funcionários do setor”, ressalta.

O acompanhamento das ações também pode ser feito pelo autoatendimento disponível no site da entidade. “Lá o associa-do pode ver as informações sobre a fase do processo e os de-mais serviços da ANABB. Com esse histórico, tanto o associado quanto a entidade ficam a par da situação das ações”, diz o supervisor Kraus Emílio da Fonseca.

O vice-presidente de Relações Funcionais, Emílio Ribas Ro-drigues, ressalta que as ações judiciais e os debates em torno da Cassi e da Previ são as principais demandas atendidas pela Viref. Para executar a tarefa, o departamento possui o maior número de trabalhadores na ANABB: são 30 funcionários e sete estagiários. “A entidade busca sempre garantir ao asso-ciado o que lhe é de direito. E esse é o foco do nosso trabalho”, argumenta o vice-presidente.

Critérios garantem boa atuaçãoAntes de ajuizar uma ação, a ANABB analisa

com cautela as teses jurídicas, inclusive com a consulta da existência de jurisprudência sobre o assunto. Isso para evitar possíveis prejuízos aos associados com o pagamento de custas processu-ais caso o pedido seja julgado improcedente. Mui-tas teses são oferecidas à ANABB pelos escritórios de advocacia. Após entendimento da Diretoria, que busca o maior número de informações sobre a viabilidade da causa, inclusive com consulta a outros advogados, a ação é ajuizada.

A entidade dá preferência para o escritório que propôs a ação, mas, para isso, é avaliado se este possui estrutura capaz de atender toda a demanda. Caso contrário, é feita a redistribuição das ações para outros ad-vogados, de forma a não prejudicar o an-damento dos processos. Cabe lembrar também que a tramitação e a liquidação das ações judiciais individuais não ocor-rem de forma igualitária, pois dependem da data de ajuizamento da ação, da vara a que o processo foi distribuído e do juiz que decidirá sobre a causa. Por conta disso, a ANABB divulga mensalmente o número de au-tores que foram comunicados sobre a liquidação das ações e o valor disponibilizado.

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IR – Programa de Adequação de Quadros (PAQ)Mandado de Segurança nº 200034000080652 – requer isenção de IR incidente sobre as verbas res-cisórias em PAQ e sobre o resgate das contribuições efetuadas à Previ

IR – Abono Salarial 2002-2003Mandado de Segurança nº 200234000406972 – requer isenção de IR sobre o abono salarial obtido em Acordo Coletivo, com vigência no período de setembro de 2002 a agosto de 2003

INSS – Terço constitucional de fériasMandado de Segurança nº 200934000312835 – requer a isenção da contribuição ao INSS incidente sobre o acréscimo de 1/3 de férias, pago pelo empregador aos funcionários da ativa

INSS – Isenção sobre conversões em espécie de férias, licenças-prêmio e abonosMandado de Segurança nº 200234000048541

Teve liminar concedida em 9/5/2000. A partir desta data, nas indenizações da espécie, o IR é recolhido em juízo. O pedido foi julgado procedente em 1ª Instância. A Fazenda apelou da decisão e teve o pedido parcialmente provi-do, limitando a isenção ao período de 1989 a 1995. Os autores opuseram em-bargos de declaração, porém, sem êxito. Da decisão dos embargos, os autores interpuseram recursos aos tribunais superiores, os quais foram inadmitidos. Da decisão, o advogado da ANABB opôs agravo de instrumento ao STJ.

Liminar concedida em 19/12/2002 para a jurisdição de Brasília. Em 31/10/2003, o pedido foi julgado procedente em 1ª Instância tão somente quanto aos funcionários do BB que exerciam as funções no Distrito Federal. As partes apelaram ao TRF, que negou provimento aos recursos. O advogado da ANABB interpôs recurso ao Superior Tribunal de Justiça, o qual foi negado. O processo foi remetido ao Supremo Tribunal Federal, onde aguarda julgamento de recurso extraordinário.

A liminar foi concedida pelo juiz da 9ª Vara Federal em 23/9/2009. A partir da decisão, as contribuições ao INSS incidentes sobre o terço constitucional de férias são depositadas em juízo. A ação baseou-se no fato de que essa remuneração não se agrega aos proventos da aposentadoria, de modo que não configura fato gerador da contribuição previdenciária.

Liminar concedida em 5/3/2002, em que a juíza determinou ao diretor de Arrecadação e Fiscalização do INSS que se abstenha de recolher os valores relativos à contribuição previdenciária sobre os valores a serem recebidos pelos impetrantes a título de conversão em pecúnia de licenças-prêmio, abonos-assiduidade, folgas e férias realizados na vigência do contrato de trabalho. O INSS apelou, mas a apelação foi negada. O processo transitou em julgado e foi baixado, com parecer favorável aos autores.

Ação

Ações coletivas com decisões favoráveis para associados da ANABB*

HistóricoIR – Venda de férias, licenças-prêmio, abonos e folgas (liquidada) Mandado de Segurança nº 9500142627

Previ – Reajuste IGP-DINotificação Extrajudicial nº 20040010010290

IR – Quilometragem Mandado de Segurança nº 199934000292890 – requer a isenção de IR sobre a verba de ressarcimento de despesas por utilização de carro próprio em serviço

Liminar concedida em 5/9/1995. Essas verbas passaram a ser consideradas indenizatórias e, por isso, definitivamente, isentas de IR. Os valores depositados em juízo foram devolvidos em agosto de 1999 (90%) e março de 2000 (10%).

Liminar concedida em 23/1/2004. A Previ foi notificada judicialmente para efetuar o depósito judicial dos valores retroativos a junho de 2003 e a partir de janeiro fazer o pagamento integral pelo IGP-DI diretamente aos aposentados associados da ANABB. Um acordo firmado entre a ANABB e a Previ permitiu que, com data de 9/2/2004, a diferença do reajuste do IGP-DI fosse depositada na conta-corrente de todos os participantes da Caixa de Previdência.

Liminar concedida em 4/10/1999, determinando o depósito do imposto em juízo. Em 18/12/2000, o pedido foi julgado procedente em parte. O Tribunal Regional Federal (TRF) não admitiu o recurso especial interposto pela Fazenda Nacional, que agravou dessa decisão e obteve êxito. Em 4/2/2009, foi publicado o acórdão no Superior Tribunal de Justiça (STJ), informando que os autores foram vencedores. O processo foi baixado definitivamente à Seção Judiciária do Distrito Federal, onde está tramitando para que sejam feitos os procedimentos necessários para posterior liberação dos valores retidos em juízo.

Saldo em juízo: R$ 13.375.497,18 (mar./2010)

Valor disponibilizado: R$ 247.326.475,90

Saldo em juízo: R$ 92.830.706,76 (mar./2010)

Saldo em juízo: R$ 29.090.324,77 (mar./2010)

* Têm direito às ações coletivas associados da ANABB que ingressaram na instituição anteriormente à data de ajuizamento da ação.

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FGTS – Planos Econômicos sobre Diferença (já recebida) de Juros Progressivos

Valores liberados: R$ 1.080.031,72 para 48 associados até 14/4/2010

Em janeiro de 1989 e abril de 1990, os Planos Econômicos, Verão e Collor, editados pelo governo, expurgaram índices que deveriam ter sido utilizados na correção dos saldos das contas do FGTS. Esta ação visa obter a correção dos saldos, que passaram a existir, nesse período, para aqueles que receberam ação de juros progressivos, após os citados Planos Econômicos. Isto porque a Caixa Econômica Federal, ao recompor a conta do trabalhador com os juros progressivos, não aplicou os índices integrais dos Planos Verão e Collor, conforme entendimento já firmado pelos Tribunais Superiores e reconhecido pelo próprio governo federal. Por representar, em geral, diferença significativa para os associados, desenvolvemos esta ação específica para aqueles que já receberam o valor relativo à ação de FGTS Juros Progressivos e que não possuíam saldo em conta de FGTS, por ocasião dos Planos Econômicos. O reconhecimento da dívida para com os trabalhadores já está firmado nos Tribunais Superiores, acelerando o prazo de conclusão dessas ações.

Ação IR sobre 1/3 Previ

Valores liberados: R$ 1.802.318,02 para 85 associados até 14/4/2010

Ação contra a União Federal (Fazenda Nacional) de Repetição de Indébito que tem o objetivo de requerer a restituição do IR incidente sobre a complementação de aposentadoria a cargo da Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ), na proporção das contribuições tributadas durante o período de janeiro de 1989 a dezembro de 1995, prazo de vigência da Lei nº 7.713/1988. O STJ possui entendimento favorável.

Ação Histórico

FGTS – Juros Progressivos de 3% para 6%Ação contra a Caixa Econômica Federal, na qualidade de sucessora do BNH, referente à recomposição de saldos do FGTS com juros progressivos de 3% para 6%, para os associados que foram admitidos até 21/9/1971 e optaram pelo FGTS, após esta data, com efeito retroativo a 1°/1/1967 ou à data de admissão.

FGTS – Planos Econômicos Entre 1989 e 1990, foram editados vários Planos Econômicos que expurgaram índices utilizados na correção do FGTS. Esta ação visa à recomposição da atualização monetária em face dos expurgos praticados naqueles Planos Econômicos (Verão e Collor).

Ações individuais para associados da ANABB*

FGTS – Juros Progressivos + Planos Econômicos

Ação contra a Caixa Econômica Federal, na qualidade de sucessora do BNH, referente à recomposição de saldos do FGTS com juros progressivos de 3% para 6% e atualização monetária em face dos expurgos praticados nos Planos Econômicos editados em 1989 e 1990 (Verão e Collor).Podem propor a ação todos aqueles que, cumulativamente:a) tenham ingressado no Banco do Brasil até 21/9/1971;b) tenham optado após 21/9/1971 – primeira ou segunda opção –, com efeitos

retroativos a 1º/1/1967 ou à data de admissão no Banco e recebam ou tenham recebido rendimentos à taxa de 3%, não importando se aposentados ou não, nem o tempo de aposentadoria; e

c) sejam ou tenham sido titulares de conta vinculada ao FGTS que apresentava saldo em janeiro de 1989 e/ou maio de 1990.

Valores liberados: R$ 756.639,40 para 6 associados até 14/4/2010

Valores liberados: R$ 1.019.642.859,85 para 34.937 associados até 14/4/2010

Valores liberados: R$ 144.308.778,51 para 4.896 associados até 14/4/2010

* As ações relacionadas acima são as que estão disponíveis para novas adesões. Para saber mais sobre estas e outras ações, os associados podem entrar em contato com a Central de Atendimento pelo telefone (61) 3442-9696 ou acessar o link Fale Conosco, no site www.anabb.org.br.

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10 | Ação Março/Abril 2010

Participantes do Plano de Benefícios 1 da Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ) aguardam a definição sobre a utilização dos re-cursos destinados à “Reserva Especial para Revisão do Plano”, desde o resultado superavitário da Caixa de Previdência em 2007. Na ocasião, a ANABB promoveu encontros para discutir com o funcionalismo propos-tas para o realinhamento do plano. As propostas foram objeto de consulta organizada pela Associação, em conjunto com as principais entidades do funcionalismo e representa-ções do movimento sindical.

Os debates foram paralisados em 2008 diante da crise econômica mun-dial, que impactou os resultados da Previ daquele ano, e com a edição da Resolução CGPC n° 26, que regula-menta a utilização e destinação do superávit das entidades fechadas de previdência complementar. O xis da questão é que a resolução cau-sou uma reviravolta na distribuição das sobras da Previ, ao deixar claro que os recursos referentes à conta “Reserva Especial para Revisão do Plano” devem ser repassados ao pa-trocinador de forma proporcional às contribuições.

PREVI

A ANABB defende a isonomia entre os participantes, de forma a corrigir as injustiças e beneficiar todos os que contribuem para a formação do patrimônio da Previ

REALINHAMENTO DO PLANO DE BENEFíCIOS 1

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Ação Março/Abril 2010 | 11

Proposta 1

EqUIPARAR O TEMPO DE CONTRIBUIÇãO NA ATIVA COM O TEMPO DE CONTRIBUIÇãO COMO APOSENTADO

» JUSTIFICATIVAConsideramos tempo de contribuição o período compreen-dido entre abril de 1967 e a data da implantação do reali-nhamento, uma vez que as contribuições efetivas começa-ram em abril de 1967, não podendo ser confundidas com tempo de trabalho. O período é estendido até a implantação do realinhamento, pois as contribuições continuam sendo vertidas para o plano com recursos do superávit.Vale lembrar que, em abril de 2008, um parecer jurídico apre-sentado pela Diretoria da Previ foi aprovado pelo Conselho Deliberativo, com os três votos dos conselheiros deliberati-vos representantes da patrocinadora e dois votos dos con-selheiros deliberativos eleitos, com voto contrário apenas do conselheiro deliberativo eleito Valmir Marques Camilo, con-siderando que TEMPO DE SERVIÇO É IGUAL A TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO.Portanto, se a Previ encontrou justificativas para transfor-mar tempo de serviço em tempo de contribuição, muito mais razões terá para afirmar que TEMPO DE CONTRIBUI-ÇÃO É IGUAL A TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO.

» BENEFICIADOSAposentados e funcionários da ativa.

Em 2009, o Plano de Benefícios 1 contabilizou mais um superávit, que acumulado com os anos an-teriores, atingiu a cifra de R$ 44,2 bilhões. O Previ Futuro, por ser de contribuição definida e ter renta-bilidade essencialmente apropriada nas contas de seus participantes, não apresenta superávits.

De forma a cobrar definição do Banco do Brasil e da Previ para o realinhamento do plano, a ANABB apresentará à Caixa de Previdência as propostas aprovadas pela maioria dos 35.140 participantes que responderam à consulta. Veja a seguir.

Proposta 2

BENEFíCIOS PARA qUEM TEM MAIS DE 360 MESES DE CONTRIBUIÇãO

» JUSTIFICATIVAO Plano de Benefícios 1 da Caixa de Previdência dos Funcio-nários do Banco do Brasil foi concebido com a premissa de que todos os participantes, que completem 360 meses de contribuições, têm direito à integralidade do Teto do Benefí-cio Calculado (360/360). Assim, aqueles que se aposentam antes de completar 360 meses, recebem benefícios propor-cionais. Por exemplo, 300 meses de contribuição dão direito ao benefício proporcional de 300/360 do Teto do Benefício.No Plano de Benefícios 1, encontramos os seguintes grupa-mentos funcionais:a) funcionários com 360 meses de contribuição na ativa e

mais um tempo de contribuição como aposentado;b) funcionários com menos de 360 meses de contribuição

na ativa e mais um tempo como aposentado;c) funcionários com mais de 360 meses de contribuição na

ativa e mais um tempo como aposentado;d) funcionários com menos de 360 meses de contribuição

na ativa e nenhum tempo como aposentado; ee) funcionários com mais de 360 meses de contribuição na

ativa e nenhum tempo como aposentado.Considerando a atual situação do Plano de Benefícios 1, em que todos os participantes, independentemente do tempo de contribuição, deixaram de contribuir para o plano, com a pa-trocinadora, mediante a utilização do superávit, observamos brutal desequilíbrio na concessão do benefício de isenção das contribuições, a saber:a) início das contribuições para a Previ: abril de 1967;b) fim das contribuições para a Previ: janeiro de 2007;c) participantes admitidos em abril de 1967, ou data anterior,

com mais de 480 meses de contribuições;d) participantes admitidos antes de dezembro de 1997, com

pouco mais de 144 meses de contribuições; ee) participantes com mais ou menos 360 meses de contri-

buições, dependendo da data de admissão, entre outras possibilidades.

Assim, como forma de equilibrar as relações entre os diver-sos grupos de participantes, apresentamos as seguintes mo-dificações no Plano de Benefícios 1, como forma de realinha-mento do plano.

2.a – Benefício Integral para todos os que contribuíram por mais de 360 meses para o Plano de Benefícios 1

» RAzõESTodos os participantes que contribuíram por mais de 360 meses, considerando a proposta número 1, ou seja, tempo

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12 | Ação Março/Abril 2010

de contribuição na ativa e/ou aposentado, passariam a rece-ber a integralidade do Teto do Benefício. Por exemplo, um par-ticipante com 300 meses de contribuição na ativa tem hoje um benefício proporcional calculado como 300/360 meses do Teto do Benefício. Com a mudança, desde que tenha mais de 360 meses de contribuição, receberá 360/360 meses do Teto do Benefício. Os participantes aposentados com menos de 360 meses de contribuição terão os benefícios recalcula-dos até o limite do tempo de contribuição, se este for inferior a 360 meses. Com a mudança, se contribuiu por 336 meses-receberá 336/360 do Teto do Benefício.

» BENEFICIADOSAposentados e funcionários da ativa.

2.b – Benefício Especial de Renda Certa, para todos os par-ticipantes que contribuíram por mais de 360 meses para o Plano de Benefícios 1

» RAzõESConsidera-se como tempo de contribuição o período de abril de 1967 até a data da implantação do realinhamento do pla-no. Neste caso, três questões devem ser levantadas:

2.b.a – A primeira: o Benefício Especial de Renda Certa deve ser pago mediante a formação de um fundo, calcu-lado com base na reserva matemática de cada um dos participantes, considerando 1/360 da reserva para cada mês de contribuição posterior ao 360° mês. Por exem-plo, participante com 396 meses de contribuição terá um fundo pessoal correspondente a 36/360 da reserva ma-temática;

2.b.b – A segunda: aqueles que já estão recebendo, ou já receberam, o Benefício Especial de Renda Certa, pago mediante a utilização do superávit de 2006 e calculado considerando tempo de trabalho como tempo de contri-buição, terão descontada, dos valores apurados por esta proposta, a parcela já recebida por ocasião da utilização do superávit de 2006, recebendo apenas o que restar. No caso de haver recebido parcela superior, nada receberão pelo realinhamento do plano e terão seus cálculos revis-tos como forma de identificar possíveis irregularidades; e

2.b.c – A terceira: o Benefício Especial de Renda Certa será pago em até 120 meses, podendo este tempo ser re-duzido conforme o valor mínimo da parcela de um salário mínimo ou a idade avançada do beneficiário.

» BENEFICIADOSQuem contribuiu mais de 360 meses para o plano.

2.c – Constituição de fundo para garantir as contribuições, pessoais e patronais, dos participantes da ativa que ainda não completaram 360 meses de contribuição

» JUSTIFICATIVASerá formado um fundo para garantir as contribuições, pesso-ais e patronais futuras, dos participantes da ativa, com menos de 360 meses de contribuição.Caso o participante utilize o recurso de receber benefícios por aposentadoria ou benefício antecipado aos 50 anos, antes de completar os 360 meses de contribuição, o benefício será pro-porcional ao tempo de trabalho e os recursos excedentes do fundo de contribuição voltarão para o Plano de Benefícios 1.No entanto, este grupamento, por estar sendo beneficiado com a isenção de contribuição no período anterior a 360 meses, ficará com o chamado RISCO do plano.

» BENEFICIADOSPatrocinadora e funcionários da ativa.

2.d – Suspensão definitiva das contribuições a partir do 360° mês

» JUSTIFICATIVAOs participantes e a patrocinadora só serão chamados a contri-buir caso o Plano de Benefícios 1 entre em desequilíbrio. Neste caso, serão chamados à contribuição, primeiramente, os parti-cipantes que não haviam completado o período mínimo de 360 meses de contribuição e foram beneficiados pela criação do fundo com o realinhamento do plano. A contribuição de cada um será proporcional ao tempo que restava para completar o período de 360 meses de contribuição.Caso essas contribuições não sejam suficientes, e somente neste caso, serão retomadas as contribuições dos participan-tes com mais de 360 meses de contribuição.Esta mudança equilibra injustiças existentes no Plano de Bene-fícios 1, pois estabelece algumas premissas:

a) integralidade do Teto do Benefício com 30 anos de contribui-ção – independentemente de ser aposentado ou da ativa;

b) devolução dos valores a quem pagou por mais de 30 anos – independentemente de ser aposentado ou da ativa;

c) quem pagou menos de 30 anos recebe proporcionalmente ao que pagou e não precisa pagar mais;

d) quem está na ativa recebe integralmente por causa do fundo criado para ele, mesmo não pagando por 30 anos. No entan-to, porque não pagou integralmente, fica com o risco e deve voltar a pagar caso o fundo necessite; e

e) suspensão definitiva das contribuições a partir do 360° mês.

» BENEFICIADOSPatrocinadora, aposentados e funcionários da ativa.

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Ação Março/Abril 2010 | 13

Proposta 4

AUMENTO DAS PENSõES PARA 80% DO BENEFíCIO

Elevar o valor das pensões em 20 pontos percentuais, passando de 60% para 80% do valor do benefício do aposentado ou da aposentada.

» JUSTIFICATIVAAtualmente, o/a pensionista recebe da Previ 60% (50% + 10%) do valor que o/a titular recebia mais 10% por cada dependente, até o limite de 100%.O realinhamento do plano definirá que a pensão não seja inferior a 80% e nunca superior a 100%. O cálculo deve ser feito sobre o benefício da Previ e o valor do INSS.

» BENEFICIADOSPensionistas.

Proposta 5

AUMENTO DO BENEFíCIO MíNIMO PARA 10% DO TETO DO BENEFíCIO

Elevar o benefício mínimo da Previ para valor correspondente a 10% do Teto do Benefício da Previ.

» JUSTIFICATIVAEstabelecer que o valor mínimo a ser pago pela Previ não pode ser inferior a 10% do Teto do Benefício (maior valor que a Previ considera como teto de contribuição).Por exemplo, caso o teto seja de R$ 22.025,00, significa dizer que ninguém poderá receber da Previ menos de R$ 2.202,50.

» BENEFICIADOSAposentados e pensionistas que recebem ou ainda vão receber em sua aposentadoria ou pensão benefícios de valor inferior a R$ 2.202,50.

Proposta 3

AUMENTO DO TETO DO BENEFíCIO PARA 100%

» JUSTIFICATIVAImplantar aumento da base de contribuição e do teto de benefícios para 100% dos rendimentos brutos, aí incluídas todas as verbas remuneratórias, com cálculos retroativos a 24/12/1997.

» RAzãOComo foi feito por ocasião da utilização do superávit de 2006, em que se aumentou a base de contribuição e o teto de benefícios de 75% para 90%, a proposta de realinhamento

eleva este percentual para 100%.Isso significa que o benefício concedido pela Previ, mais a Parcela Previ (PP), deverá ser igual ao cálculo feito na data da aposentadoria.

» BENEFICIADOSAposentados a partir de 24/12/1997.

A alteração estatutária de 1997 é que provocou mudanças nas regras e no cálculo do benefício da Previ, em que foi estabelecido o limite de 75% do valor como Teto do Benefício de aposentadoria.

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Proposta 6

RECEBIMENTO ANTECIPADO DE BENEFíCIOS PARA AS MULHERES AOS 45 ANOS

Permitir a antecipação de recebimento de benefícios para as mulheres que se desligarem da patrocinadora a partir de 45 anos.

» JUSTIFICATIVAEssa proposta foi votada e aprovada na consulta ao corpo social da Previ, por ocasião da utilização do superávit de 2006, mas o governo não aprovou sua implantação.O recebimento de benefício antecipado aos 50 anos oferecido pela Previ não atinge as mulheres, já que elas só precisam trabalhar até os 48 anos para se aposentar. A concessão desse benefício não vai consumir reservas, pois o valor do benefício é calculado proporcionalmente ao período de contribuição.

» BENEFICIADASMulheres a partir de 45 anos que se desligarem da patrocinadora.

Proposta 8

RESGATE DO VALOR PAGO PELA PATROCINADORA PELOS FUNCIONÁRIOS qUE DEIXARAM O BANCO DO BRASIL

Viabilizar aos participantes que deixaram o Plano de Benefícios 1 o resgate da totalidade das contribuições vertidas ao plano pelo participante e pela patrocinadora, descontadas as parcelas do custeio administrativo, na forma regulamentada.

» JUSTIFICATIVAAs pessoas que saíram do BB por planos de demissão voluntária (não receberam a parte patronal) receberiam esse valor por meio do Renda Certa ou de um plano de benefício de contribuição definida.

» BENEFICIADOSFuncionários do BB que saíram do Banco por meio de algum plano de demissão entre 1995 e 1997.

Conforme consulta aos participantes do Plano de Benefícios 1, da Previ, os associados foram convocados para escolher seus representantes na mesa de negociação com a patrocinadora. Por ocasião da votação, foram apresentadas cinco entidades para que os participantes votassem em três delas. O resultado final foi o seguinte:

ANABB: 92% dos votantesAAFBB*: 76% dos votantes

FAABB**: 61% dos votantesCONTEC: 17% dos votantes

CONTRAF/CUT: 11% dos votantes* AAFBB – Associação dos Antigos Funcionários do BB** FAABB – Federação das Associações de Aposentados e Pensionistas do BB

A comissão deverá ser formada por representantes das entidades acima citadas, na proporção dos votos recebidos. Por sugestão das entidades participantes, a comissão de representação terá os seguintes componentes:

ANABB: três membrosAAFBB: dois membrosFAABB: dois membrosCONTEC: um membro

CONTRAF/CUT: um membro

Poderão compor a Comissão de Representação, ainda, dirigentes eleitos da Previ, na seguinte proporção:

dois diretores executivosdois conselheiros deliberativos

um conselheiro fiscal

Proposta 7

READEqUAÇãO DA PARCELA PREVI E PAGAMENTO DAS DIFERENÇAS

Recalcular os benefícios concedidos a partir de 24/12/1997 mediante readequação da Parcela Previ, conforme a média de benefícios do INSS repassados pela Previ, e pagar a diferença, apurada mês a mês, devidamente atualizada e corrigida monetariamente.

» JUSTIFICATIVAAntes de 1998, a Previ utilizava como base para calcular o benefício do associado o teto do INSS. Assim, fazia-se o cálculo do valor que o aposentado teria direito de receber, subtraia-se o teto do INSS e chegava-se ao valor do complemento da Previ. Mas, em 1998, a Previ, com o intuito de desvincular seus benefícios do valor do INSS, criou a Parcela Previ.A PP é um valor de referência e, na época, foi estipulada pelo mesmo valor do teto do INSS. No entanto, como a PP era reajustada pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), seu valor aumentou muito mais do que era pago aos participantes pelo INSS.Assim, os participantes ficaram com suas aposentadorias defasadas. Com o superávit de 2006, reduziu-se o valor da PP e esta passou a não influenciar negativamente na aposentadoria dos participantes. A presente proposta sugere recalcular os benefícios de quem se aposentou nesse período, levando-se em consideração a média dos benefícios pagos pelo INSS.

» BENEFICIADOSAposentados a partir de 24/12/1997.

COMISSãO DE REPRESENTAÇãO DOS PARTICIPANTES

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PLANOS DE SAÚDE

Com saúde não se brinca. E na hora de contratar um bom plano de saúde muitos aspectos devem ser levados em con-ta. Desde uma boa rede de médicos e especialistas, passan-do pelas coberturas em casos de internação e pelo melhor preço que se encaixe no orçamento familiar. Trabalhadores da iniciativa privada ou de empresas públicas podem se de-parar com essa dúvida: qual o melhor plano de saúde para minha família?

Entre as várias opções no mercado, existem os planos de saúde privados, que concentram maior número de vida, e os de autogestão, que não possuem fins lucrativos, em que as próprias empresas administram programas de assistência à saúde para seus empregados. A Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (Cassi) é uma das empre-sas de autogestão em saúde mais antigas, com 66 anos de existência. A Cassi conquistou o prêmio Top Hospitalar pelo

AUTOGESTãO VERSuS PLANOS DE MERCADOEntre as maiores operadoras de planos de saúde em números de vida, a Cassi é a mais bem colocada no segmento de autogestão

Por Elder FerreiraEspecial para o jornal Ação

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Ação Março/Abril 2010 | 17

segundo ano consecutivo na categoria Autogestão, ficando à frente da Petrobras e da Cabesp. O prêmio é oferecido para instituições e profissionais que mais se destacaram ao longo do ano e que contribuíram para o desenvolvimento e o for-talecimento do setor de saúde no país. O diretor de Saúde e Rede de Atendimento da Cassi, Douglas Scortegagna, enal-tece a conquista. “Essa premiação é muito importante para nós, porque representa o reconhecimento pelo mercado de saúde do trabalho que está sendo desenvolvido na Caixa de Assistência por todos os colaboradores”, disse.

Mas o que os planos de autogestão oferecem de melhor em comparação com os planos de mercado? Para o conse-lheiro deliberativo da ANABB, ex-diretor da Cassi e ex-presi-dente da União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde (Unidas), José Antônio Diniz, o que eles oferecem basicamente é a melhor relação custo – benefício. “Como em um plano de autogestão não há ob-jetivo de lucro, não há necessa-riamente carregamento de risco, não há despesas com marketing e corretagem; por isso, os valo-res são reduzidos e a cobertura assistencial é melhor”, afirma. Diniz destaca ainda outras van-tagens. “É um plano financiado pelos próprios beneficiários e pela empresa, além de ser um plano que permite que as ações de saúde ocupacional exigidas por lei sejam integra-das à assistência do plano.”

A mesma opinião é compartilhada pela professora adjun-ta da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e médi-ca do Ministério da Saúde (MS) Lígia Bahia. “Os planos de autogestão integram o chamado segmento não comercial do mercado de assistência suplementar e essa característica os distingue dos planos comerciais tanto pela inexistência de despesas com marketing e comercialização, quanto pela maior proximidade da administração do plano com seus clientes. Na prática, os planos comerciais possuem inú-meros intermediários encarregados de negar ou postergar coberturas. Nos planos de autogestão, essas práticas são inexistentes ou bastante atenuadas.”

Números de vidaO ex-presidente da Unidas, José Antônio Diniz, e o coor-

denador e professor âncora do curso de MBA em Gestão de Planos de Saúde da Anhanguera/LFG, Marco Antônio Leite dos Santos, analisaram os dados da Agência Nacional de

Saúde Suplementar (ANS) e fizeram ranking das 21 maio-res operadoras de planos de saúde em números de vida. Na lista, a Cassi é a mais bem colocada entre os planos de autogestão, inclusive à frente da Fundação de Seguridade Social Geap, que atende aos servidores públicos federais, estaduais e municipais.

Na relação de todos os planos, incluídos os de mercado, a Cassi ocupa a 14ª colocação em número de assistidos, e a Geap, a 16ª. Nas primeiras posições, estão planos de saúde de mercado: Odontoprev S/A, Bradesco, Intermédica, Medial, Amil etc. Esses dados não consideram as recentes incorporações/fusões, como a associação entre a Bradesco Dental e a Odontoprev, em outubro de 2009, e a compra da Medial pela Amil, em novembro do mesmo ano. Apesar de ser plano odontológico, a Odontoprev foi considerada no

ranking por concentrar, sozinha, 31% do total de 12,3 milhões de beneficiários das 478 operado-ras de assistência odontológica do país.

Os planos de saúde de au-togestão atendem a 5 milhões de beneficiários e a Unidas é a entidade que representa o seg-mento. A instituição não tem fins lucrativos e atua em âmbito na-cional, por meio de suas 27 su-

perintendências estaduais, congregando 143 instituições.

Custo acessível e mais qualidadeAo ingressar no Banco do Brasil em 2004, o funcionário

Osvaldo Granemann de Paula, de Guarapuava, no Paraná, aderiu ao plano da Cassi e pôde ver a diferença entre um pla-no de mercado e um de autogestão, já que possuía um plano comercial antes de entrar no Banco. “A Cassi tem maior co-bertura de atendimento com um preço muito menor; o valor que é descontado em folha é bem reduzido, se comparado ao plano que eu tinha com uma seguradora de saúde priva-da. O que eu pago na Caixa de Assistência para mim, minha esposa e meu filho é um terço do que eu pagava antes. Além disso, a qualidade do atendimento dos profissionais da Cassi é melhor em comparação ao plano anterior”, destaca.

Para o conselheiro da ANABB José Antônio Diniz, outros fatores devem ser observados, além do custo. “É possível que tenha solução mais barata, até porque em saúde a gen-te não olha só o preço; é preciso observar aquilo que de fato está sendo proposto a entregar, o que chamamos de cober-tura do plano”, enfatiza.

“Autogestão é um plano financiado pelos próprios

beneficiários e pela empresa, além de ser um plano que permite que as ações de saúde ocupacional

exigidas por lei sejam integradas à assistência do plano.”

José Antônio Diniz

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ANABBPREV

A preocupação com o bem-estar da família é um dos principais motivos que leva alguém a procurar a previdência privada. Em geral, após fazer um plano próprio de aposentadoria, pais ou responsáveis querem garantir o futuro dos pequenos.

Matheus tem apenas 3 anos e a mãe, Clarissa Bortoluzzi, funcionária do Banco do Brasil, já pensa no futuro do filho. A bancária planeja fazer um plano de previdência que garanta a faculdade de Matheus. Para isso, ela terá de poupar cerca de R$ 150,00 por mês até que o menino complete 18 anos, idade em que, geralmente, ocorre o ingresso na faculdade. “Quero investir nos estudos do meu filho para dar a ele a opor-tunidade de uma vida profissional bem-sucedida”, disse.

A previdência complementar é atualmente considerada uma das melhores formas de garantir um futuro seguro. De acordo com a Federação Nacional da Previdência Privada e Vida (Fenaprevi), as captações decorrentes dos planos de previdência para menores subiram de R$ 628 milhões em 2004 para R$ 3,3 bilhões em 2009.

O diretor Administrativo e Financeiro da ANABBPrev, José Sampaio de Lacerda Júnior, explica que o Brasil passou a contar com avançada legislação relacionada à previdência complementar, com a publicação das Leis Complementares nos 108 e 109, ambas de maio de 2001, e com o Decreto nº 4.942, de 2003, que regulamenta o processo administrativo para apuração de responsabilidade por infração à legislação

no âmbito do regime da previdência complementar. A partir de então, surgiram algumas dezenas de Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC), nomenclatura técnica dos fundos de pensão, que criaram centenas de planos de benefícios, contemplando milhares de participantes. “Na ten-tativa de incorporar mais pessoas ao sistema, o setor intensi-ficou a criação e divulgação de novos planos, por intermédio, especialmente, dos setores bancário, de seguros e de fundos de pensão. Possivelmente, todo esse processo, envolvendo um conjunto de agentes, tenha sido responsável pela incor-poração desses novos participantes, além, é claro, da preo-cupação dos pais em garantir um futuro seguro aos filhos”, afirmou o diretor.

A ANABBPrev é um fundo de pensão multipatrocinado, ins-tituído pela ANABB e gerido pelos participantes, que oferece serviços compatíveis com o que há de melhor no mercado de previdência. É uma entidade do funcionalismo do Banco do Brasil criada para garantir tranquilidade e segurança de investimento para o associado e seus familiares.

Em pouco mais de um ano de existência, a entidade con-quistou patrimônio de R$ 2,2 milhões e quase mil participan-tes. Isso significa que a credibilidade e a transparência do plano já são referências para o funcionalismo do Banco do Brasil. “Nossa entidade alcançou o número mínimo de 500 participantes em menos de 30 dias. O período exigido pela Secretaria de Previdência Complementar (SPC), hoje Previc,

GARANTA HOJEO FUTURO DE qUEM VOCê AMAO plano de previdência da ANABBPrev está aberto a parentes em até quarto grau de associados da ANABB

Por Ariane Póvoa

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seria de seis meses. Um feito e tanto que atribuo à credibi-lidade e representatividade da Associação instituidora, a ANABB”, ressaltou Júnior.

Por ser uma entidade sem fins lucrativos, a ANABBPrev oferece vantajosas taxas de carregamento e administração que figuram entre as mais baixas do mercado.

O valor da contribuição depende da pretensão de renda futura e do objetivo a ser alcançado. Quanto mais cedo o responsável investir, maior será o montante acumulado até o período desejado. “A qualquer momento o responsável finan-ceiro poderá fazer depósitos esporádicos, aumentar ou redu-zir o valor mensal da contribuição. Na ANABBPrev, a parcela mínima de investimento é de apenas R$ 50,00”, declarou o diretor.

Por meio de contribuições mensais e aplicações esporá-dicas, o associado alimenta o fundo que pode trazer rendi-mentos que lhe asseguram aposentadoria tranquila. O plano poderá ser feito no nome da criança, desde que ela tenha CPF próprio. Os recursos dos associados são administrados por especialistas em investimentos de longo prazo. A parceria com esses profissionais gera excelente rentabilidade para o plano com custo baixo para o participante.

Em 2009, a ANABBPrev gerou rentabilidade equivalente à média observada no mercado de fundos de pensão multipa-trocinado. José Júnior explicou que o Conselho Deliberativo da entidade optou pela aprovação de política de investimen-

tos em níveis conservadores. Isso significou aplicar os recur-sos garantidores dos benefícios futuros em ativos seguros; portanto, de rentabilidade com nível conservador.

“As expectativas para 2010 são bastante promissoras. A entidade está prospectando novas oportunidades de negó-cios, tendo inclusive iniciado entendimentos com empresas e associações com vista a administrar planos de benefícios já em funcionamento e novos a serem criados e administrados pela ANABBPrev”, destacou o diretor.

A adesão ao plano é simples e o associado ainda dispõe de benefício fiscal. O participante contribui mensalmente e forma uma reserva financeira que poderá ser utilizada por meio de benefícios de aposentadoria programada, de invali-dez ou de pensão por morte.

Sendo um plano de previdência fechado, só pode participar da ANABBPrev quem for associado à ANABB. Com a mudança no Estatuto da ANABB em 2009, foram criadas três diferentes categorias de sócios: sócio efetivo, sócio contribuinte inter-no e sócio contribuinte externo. O presidente da Associação, Valmir Camilo, informou que, aos parentes em até quarto grau de associados da ANABB e aos dependentes dos associa-dos de qualquer categoria que tiverem interesse no plano da ANABBPrev, está facultada a possibilidade de tornarem-se só-cios contribuintes externos, pagando um valor simbólico. Essa faculdade se estende também aos empregados das entida-des do funcionalismo do BB.

“A qualquer momento o responsável financeiro poderá fazer depósitos esporádicos, aumentar ou reduzir o valor mensal da contribuição. Na ANABBPrev, a parcela mínima de

investimento é de apenas R$ 50,00”

José Sampaio de Lacerda Júnior

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FaculdadeCom contribuições mensais de R$ 145,00 até o dependente completar 18 anos – geralmente idade de ingresso na faculdade –, é possível acumular recursos para pagar um curso de graduação, estimado em R$ 49,5 mil.

Curso no exteriorSe você sonha em ver seu filho com experiência internacional, comece a poupar desde cedo. Um MBA nos Estados Uni-dos, com duração de dois anos, custa cerca de R$ 60 mil, fora despesas com hospedagem e alimentação. Fazendo o pla-no de previdência da ANABBPrev, para resgate aos 25 anos , a contribuição inicial será de aproximadamente R$ 98,00.

CarroPara adquirir um veículo popular, estimado em R$ 30 mil, é necessário contribuir com R$ 70,00 por mês para chegar aos 21 anos com reserva suficiente.

ApartamentoImagine presentear seu filho com um apartamento! Para acumular o valor de um imóvel, estimado em R$ 170 mil, a contribuição deverá ser de R$ 280,00 até os 25 anos.

MesadaSe sua intenção é garantir certa tranquilidade a seu filho quando ele atingir a maioridade, é possível planejar a renda por determinado período. Com contribuição de R$ 250,00 desde o nascimento da criança, ao completar 21 anos, seu dependente terá direito a uma renda mensal de R$ 568,70 pelos próximos 40 anos.

O que você quer dar de presente para seu filho?Geralmente, o objetivo básico dos pais ou responsáveis é

garantir a proteção e a educação de filhos, netos, sobrinhos etc. Mas a quantia acumulada no período de contribuição também pode ser vista como instrumento para aquisição de bens ou como aporte para a aposentadoria da criança.

“Muitos pais fazem o plano de previdência para que os filhos, ao atingirem a maioridade, tenham condições de ad-

quirir um carro ou um apartamento, por exemplo. No caso do plano para crianças, é difícil a aplicação ser vislumbrada como reserva de aposentadoria, embora esse seja o objetivo principal da formação de poupança previdenciária”, disse a diretora de Benefícios da ANABBPrev Elaine Michel.

Veja as simulações da ANABBPrev a seguir, com rentabili-dade mínima projetada em 8% ao ano e considerando que o plano seja feito desde o primeiro ano de vida da criança.

Faça outras simulações acessando o site da instituição: www.anabbprev.org.br. Em caso de dúvidas, entre em contato com a ANABBPrev.

E-mail: [email protected]

Telefone: (61) 3317-2600

Vantagens da ANABBPrev• Por não possuir fins lucrativos, a ANABBPrev

oferece as menores taxas do mercado. A en-

tidade tem parceria com especialistas em in-

vestimentos de longo prazo e, com isso, pode

garantir aos associados que os recursos apli-

cados sejam cuidadosamente administrados,

gerando maior rentabilidade para o plano.

• Na ANABBPrev, os associados podem con-

trolar o valor investido 24 horas por dia. Cada

participante adquire uma senha para acompa-

nhar o crescimento dos recursos pela internet

e pela Central de Atendimento. Além disso, o

associado receberá extratos mensais sobre

a rentabilidade e demonstrativo anual com o

saldo acumulado. Isso porque a transparên-

cia é um dos pontos fortes da entidade.

• Fazendo um plano de previdência na ANABB-

Prev para seu filho, neto, sobrinho ou depen-

dente, o valor investido pode ser movimenta-

do com apenas 24 meses de permanência no

plano. No caso de outras empresas de pre-

vidência, há cobranças de taxas extras se o

resgate acontecer fora do prazo estipulado no

contrato, que geralmente é de 18 a 21 anos.

• Como forma de incentivar a poupança de lon-

go prazo, o governo autoriza que seja dedu-

zido do Imposto de Renda o valor investido

em previdência privada, até 12% da renda

bruta anual. Esse benefício vale para quem

contribui para a previdência oficial, o INSS, e

também para os aposentados.

• Qualquer parente em até quarto grau de as-

sociados da ANABB (cônjuge, filhos, netos,

sobrinhos, sogro, sogra etc.) poderá fazer o

plano da ANABBPrev.

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Ação: Quais os projetos da Coop-ANABB para 2010 e para os pró-

ximos anos?

Barreto: Queremos resgatar um pouco da ideia inicial de ter quantidade

significativa de lançamentos. Neste ano, estamos com a meta de lançar dez

empreendimentos e nos próximos três anos, entre empreendimentos lança-

dos, em construção e entregues, pretendemos atingir 30 edifícios, tendo cada

um, em média, 60 apartamentos.

Ação: Em sete anos, a Coop-ANABB já entregou prédios no Distrito

Federal e em Salvador. Os próximos lançamentos serão destinados a

qual público?

Barreto: Pretendemos alcançar vários tipos de público. Por exemplo: há,

aproximadamente, 60 mil funcionários que entraram no Banco do Brasil nos

últimos cinco anos; estes, com certeza, devem procurar o primeiro imóvel

para comprar. Há também colegas que estão em nível gerencial, possuem

renda maior, família constituída e querem ajudar o filho a ter casa própria.

Há ainda aquele colega que já contribuiu e está em situação mais tranquila,

pensa em se aposentar ou já está aposentado e quer adquirir um empreen-

dimento na praia.

Jornal Ação entrevista Roberto Meira de Almeida Barreto, o novo diretor-presidente da Coop-ANABB

Por Elder FerreiraEspecial para o jornal Ação

COOP-ANABB EM NOVA FASE

Um imóvel próprio é o sonho de muitos brasileiros e para fa-cilitar a realização desse sonho foi fundada em 2003 a Coope-rativa Habitacional da ANABB (Coop-ANABB), que possibilita a seus cooperados a aquisição de imóvel de boa qualidade com preço acessível.

Em sete anos, o conceito da cooperativa não mudou, mas a entidade entrou em nova fase. Tomaram posse, em março de 2010, novos diretores com o desafio de lançar novos empre-endimentos. O jornal Ação conversou com o novo diretor-presi-dente da Coop-ANABB, Roberto Meira de Almeida Barreto, que falou sobre os projetos da cooperativa, os desafios da Diretoria, entre outros assuntos.

ENTREVISTA

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Ação Março/Abril 2010 | 23

Ação: Como andam as negociações para lançar empreendimentos

em outros estados e o que deve fazer quem tem interesse em adquirir

um imóvel da Coop-ANABB?

Barreto: Desde nossa posse, buscamos parcerias em várias unidades da

Federação para oferecer imóveis bem localizados e a preços acessíveis. Po-

demos dizer que teremos dois lançamentos para os próximos 30 ou 40 dias.

Temos negociações avançadas em Salvador (BA), João Pessoa (PB), Campi-

nas (SP), São Paulo (SP) e Porto Alegre (RS). Estamos fazendo prospecções

em vários estados, contando com a colaboração de muitos colegas que estão

nos apontando oportunidades de negócios. Também buscamos parcerias lo-

cais, principalmente com donos de terrenos, no sentido de oferecer permuta

para eles. Isso porque a cooperativa, como está no início, não é uma coope-

rativa capitalizada; não temos dinheiro para comprar um imóvel.

Para os interessados em novos empreendimentos, a cooperativa enviará

informações via e-mail, além de disponibilizá-las no site www.coopanabb.org.br,

com as plantas dos apartamentos. Aqueles que desejarem, podem ainda ligar

ou mandar correspondência se candi-

datando para adquirir um desses imó-

veis. Nossa perspectiva é a de que um

empreendimento lançado seja comer-

cializado 100% em 90 dias.

Ação: Qual a importância da

Coop-ANABB para os associados

e para o funcionalismo do Banco

do Brasil?

Barreto: Temos uma coope-

rativa habitacional que pretende

oferecer um imóvel com preço dife-

renciado em relação ao do mercado.

A cooperativa só existe se cumprir a

função de facilitar a vida do coope-

rado, e isso hoje, em um mercado tão vibrante como o imobiliário, significa

oferecer um imóvel de qualidade, com localização privilegiada e a um preço

mais barato do que o do mercado convencional. Conseguir isso depende da

localização dos empreendimentos e da velocidade de vendas. Mas trabalha-

mos para alcançar esse objetivo.

Além disso, a Coop-ANABB tem duas grandes vantagens: a primeira é

que praticamente não pagamos impostos por causa da legislação vigente;

a segunda é que não visamos ao lucro. Por isso, só é cobrada uma taxa de

administração. Assim, temos condições de oferecer um imóvel a preço mais

barato, desde que nós sejamos competentes para administrar a obra. Nossa

obsessão é oferecer o mesmo imóvel que o mercado pode oferecer, com a

mesma qualidade, mas com preço mais barato.

Ação: E a forma de pagamento vai ser facilitada?

Barreto: A forma de pagamento que pensamos propor é que no período,

em média de 30 meses da construção, o cooperado possa pagar em torno de

30% do imóvel, da seguinte forma: uma entrada de 10% a 15% e o restante

dividido em prestações; os outros 70% serão financiados pelo sistema finan-

ceiro. Buscamos parcerias, inclusive com o Banco do Brasil. Está claro que

uma cooperativa habitacional que tem seu foco nos funcionários do BB vai

buscar parceria com esta instituição, até porque o Banco do Brasil realiza um

trabalho muito grande em financiamento imobiliário. A falta da garantia de fi-

nanciamento bancário era um dos grandes gargalos que impedia crescimento

mais acentuado da cooperativa.

Ação: Em qual conceito de instituição a Coop-ANABB se baseia?

Barreto: Dispomos de um instrumento maravilhoso para oferecer a nosso

cooperado que é o sistema cooperativista e eu acredito nele. Apesar de muitas

distorções ocorridas no passado, como o uso indevido do dinheiro em muitas

cooperativas, temos uma criada pela ANABB, que se baseia nos princípios de

ética, transparência, honestidade e profissionalismo. Então, o cooperado pode

ter certeza de que contará, por parte

desta Diretoria, com quatro pilares

que vão assentar nossa gestão:

o primeiro deles é transparência,

honestidade e ética; o segundo, a

localização privilegiada dos imóveis;

o terceiro, a qualidade de nossos

empreendimentos; e, por fim, o pre-

ço acessível, para que o cooperado

sinta vontade de adquirir um imóvel

da Coop-ANABB. Esta Diretoria tra-

balha com equipe que já demons-

trou eficiência e conta com merca-

do em ascensão, sobretudo com

demanda reprimida que pode nos

favorecer em momento feliz como

este, depois da retomada do crescimento econômico e do aquecimento da

demanda do setor habitacional.

Ação: O que os cooperados podem esperar da nova Diretoria?

Barreto: Primeiro, vão ter dedicação exclusiva por parte dos dirigentes.

Buscaremos agilidade para resgatar um pouco do tempo em que estávamos

aprendendo a trabalhar. Hoje, a cooperativa entra em fase de maturidade e sai

do aprendizado para fase mais profissional. Buscaremos mais profissionais

de reconhecida capacidade no mercado, para que os processos fiquem mais

ágeis. Eu, como cooperado, tive a oportunidade, antes de vir para cá, de tes-

tar a cooperativa e percebi que possui equipe engajada e comprometida com

o associado. Mas, como tudo que está no início, há a fase do aprendizado.

Essa etapa passou e agora temos pela frente um grande desafio que é pro-

fissionalizar a cooperativa. Buscaremos procedimentos mais ágeis, controles

mais eficientes e eficazes e, sobretudo, melhor visão de mercado.

“A cooperativa só existe se cumprir a função de facilitar a vida do coope-rado, e isso hoje, em um mercado tão vibrante como o imobiliário, significa oferecer um imóvel de qualidade, com

localização privilegiada e a um pre-ço mais barato do que o do mercado

convencional.”

Roberto Meira

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Muito se ouve e se fala a respeito de calúnia, injúria e difamação. São reportagens em noticiários da TV, em jornais e até em simples conversas. Mas nem todos sabem, de fato, diferenciar os três tipos de prática, configurados como crime no Código Penal brasileiro. Se para os profissionais do meio jurídico não há dúvidas quanto ao tema, especialistas de outros setores, como sociólogos e psicólogos, debatem a respeito das razões para a existência desses crimes, dos critérios da Justiça e por que se tornou tão comum esse tipo de prática no Brasil.

Acusações, falsas ou verdadeiras, acerca de uma ou mais pessoas são situações, de certa maneira, comuns no cotidiano da vida em sociedade. Os motivos são diversos, assim como também varia o desdobramento que a situação pode ter, podendo trazer problemas sem precedentes à vida do acusado ou ofendido. Por isso, a Justiça brasileira categorizou essas práticas no Código Penal como três tipos de crime – calúnia, injúria e difamação –, de forma a tentar coibir e punir os agressores.

O juiz federal aposentado e advogado Pedro Paulo Castelo Branco Coelho explica como se configuram os crimes, suas penas e por que é comum confundi-los. “É normal as pessoas se confundirem, já que são corriqueiros os casos de calúnia e difamação ou calúnia e injúria estarem envolvidos em um mesmo processo. Aliado a isso, temos o fato de que pouco se debate a respeito das leis e da jurisdição no país”. Castelo Branco esclarece que os tipos penais de calúnia, injúria e difamação se constituem como crimes contra a honra, configurados no Capítulo V do Código Penal brasileiro, e são assim definidos:

COMPORTAMENTO

CALÚNIA, INJÚRIA E DIFAMAÇãOAs diferenças e os aspectos psicossociais que envolvem os crimes contra a honra

Por Alan Schvarsberg

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Ação Março/Abril 2010 | 25

Calúnia: segundo o Artigo 138 do Código Penal, “caluniar alguém é imputar-lhe falsamente fato considerado como crime”. Ou seja, a calúnia consiste em atribuir, falsamente, a alguém a responsabilidade pela prática de um fato deter-minado definido como crime. “É fazer acusação falsa, tiran-do a credibilidade de uma pessoa no meio social”, afirma o juiz aposentado. Por exemplo, se uma pessoa é acusada por um colega de trabalho de ter sumido com seu dinheiro – no caso, um crime de furto – sem prova nenhuma, o cole-ga de trabalho pode ser acusado por calúnia e pegar pena de seis meses a dois anos de prisão, e ainda pagar multa.

Difamação: implica divulgar fatos infamantes à honra objetiva de uma pessoa, sejam eles verdadeiros, sejam eles falsos, “imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação”, como diz o Artigo 139 do Código Penal. Consiste na forma como terceiros farão juízo a seu respeito, a partir de uma afirmação sobre sua pessoa. “Apesar de semelhante à ca-lúnia, na difamação o fato pode ser considerado verdadeiro ou falso, não importa. Ao passo que na calúnia o fato é sim-plesmente falso”, explica Castelo Branco. Um exemplo de difamação pode ser a conhecida fofoca. A pessoa sai com

amigos e conta a eles que fulana foi trabalhar alcoolizada. Independentemente de a fulana ter ou não ido alcoolizada ao trabalho, a pessoa que a acusou está prejudicando sua reputação. A detenção, neste caso, pode ser de três meses a um ano, mais multa.

Injúria: significa ofender ou insultar a dignidade de al-guém. Neste caso, já não há a figura de terceiros ou a questão da reputação, mas exclusivamente a pessoa que ofendeu e a que foi ofendida. “Pune-se o crime quando o indivíduo age dolosamente, de forma específica, com a in-tenção de ofender e magoar”, afirma o juiz. Um caso de in-júria pode ser qualquer tipo de xingamento ou outra forma de ofensa feita diretamente a uma pessoa. Caso o ofendido resolva processar seu agressor, a pena vai de um a seis meses, ou multa. No entanto, a simples crítica ou o sentido de corrigir alguém para que não pratique certo ato não sig-nifica que esteja o outro praticando injúria: “é possível que em discussão acalorada sejam imputados a alguém termos injuriosos, mas que depois, com os ânimos serenados, haja pedido de desculpas. Não há crime, portanto”, completa Castelo Branco.

O papel das novas tecnologias e o uso da internet em crimes contra a honra

Pode-se dizer que a sociedade se encontra hoje na Era da Imagem e da Informação, devido a fatores como o au-mento da importância da publicidade – no sentido literal e também profissional –, a democratização do acesso às tecnologias, como televisão, computador, celular, e a utili-zação cada vez maior da internet. O fato, especialmente em relação à democratização das mídias, deve ser celebrado. Porém, não são todos que usufruem da facilidade de pro-dução e difusão de informação com objetivos positivos e saudáveis. Desde a popularização da internet, aumentaram significativamente os casos de crimes contra a honra com o uso da rede mundial de computadores. Pela quantidade de programas e ferramentas de divulgação, aliada à facilidade em manter-se no anonimato, e ainda pela defasagem de nosso sistema jurídico com relação aos crimes na web, a internet tornou-se um potente meio para calúnias, injúrias e difamações.

Segundo o professor doutor Antônio Flávio Testa, soció-logo especialista em Cultura Organizacional e Gestão de Pessoas, “é possível investir na desconstrução da imagem alheia com o uso da internet com muito mais velocidade, pois a propagação da mensagem é rápida e atinge um

público selecionado, que pode reproduzir a mensagem para muitos outros”. Por isso, o doutor atesta ainda a dificuldade em posteriormente desmentir ao público suposta calúnia ou difamação: “é muito difícil a contrainformação nesse proces-so. Uma vez maculada a imagem, torna-se dever complicado corrigir as distorções produzidas,” explica.

Como evitar tais crimes?Calúnias, difamações e injúrias, como dito por Antônio

Flávio Testa, e reforçados na opinião da pós-doutora e pro-fessora de Psicologia da Universidade de Brasília (UnB) Regina Pedroza, nunca irão acabar. O convívio em socie-dade envolve um entrelaçamento de relações heterogêne-as que o complexifica a ponto de não sabermos o que se passa nem mesmo na cabeça das pessoas mais próximas a nós. As relações sociais ocorrem em casa, no trabalho, em momentos de lazer etc. e, às vezes, é difícil saber se a pessoa próxima a nós teve um dia ruim ou se está tendo algum tipo de problema que pode levá-la a cometer uma série de atos, entre eles nos difamar, caluniar ou injuriar. Por isso, o ideal é evitar se expor excessivamente, de modo a se esquivar de possíveis constrangimentos. Além, claro, da importância de se conhecer as leis e a Constituição bra-sileira, que nos garantem como cidadãos de direito.

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O que leva uma pessoa a caluniar, difamar e injuriar e por que se tornou comum esse tipo de prática no Brasil?

As práticas de injúria, calúnia e difamação constituem-se como crimes em nossa jurisdição e, mesmo que as pessoas não saibam especificamente diferenciar as três, há a noção de que são negativos e ofensivos. Porém, esses fatos não foram suficientes para coibir tais atos no país. A explicação pode estar na índole dos indivíduos ou na própria forma de constituição da sociedade brasileira.

Para Antônio Flávio Testa, há o caráter inerente ao com-portamento humano que, em coletivo, desenvolve esse tipo de prática. “Isso se deve ao processo de formação cultural, no qual a identidade do indivíduo é reforçada pelo contras-te com o outro. É comum infamar a imagem do próximo se não há concordância com o comportamento deste, e isso pode ser usado taticamente para desconstruir a imagem do outro”, afirma o doutor. Porém, não há como delimitar as ra-zões apenas pelo ponto de vista dos indivíduos ofensores e ofendidos. Como seres sociais, é preciso considerar os ele-mentos externos às pessoas, por exemplo, o próprio Estado. Para o professor, houve problemas de informação aos bra-sileiros acerca desse tipo de crime e ainda certa conivência cultural. “Existem sociedades que são mais vigilantes e em que os sistemas de controle social são mais rígidos e pena-lizam com mais veemência as pessoas que cometem tais práticas. É possível, dessa forma, que essas manifestações diminuam em quantidade, apesar de que nunca deixarão de ocorrer”, observa o professor.

Os critérios e as definições sobre as práticas de crimes contra a honra estão, como mencionado, estabelecidos em nosso Código Penal. Mas há quem critique a forma objetiva de se analisar os casos, que os categoriza em artigos obje-tivos pelo sistema jurídico. De acordo com Regina Pedroza, há uma ideia no senso-comum de que as pessoas são to-talmente estruturadas do ponto de vista psicológico. “Não acredito no enquadramento de estruturas fixas de persona-lidades, mas penso que há uma formação de personalida-de pelo conjunto de todas as formas de comportamento, que nos faz pensar e agir. Porém, não se tem controle sobre tudo isso”, explica. Regina defende a entrada do psicólogo na mediação jurídica, pois acredita que a categoria judiciá-ria é determinada por uma forma de fazer ciência em que o conhecimento sempre é colocado em uma relação em que tudo tem uma causa e provoca um efeito, “como se o comportamento pudesse ser previsto quase que mate-maticamente”, indaga a psicóloga. Para ela, é necessário compreender que a construção das relações sociais passa pelas relações subjetivas, e exemplifica: “Há relações fa-miliares em que se cresce e se vive rodeado por mentiras. E o adulto diz à criança que mentiras são necessárias. Cla-ro que calúnias, injúrias e difamações causam danos so-ciais, políticos e de relacionamento, às vezes irreversíveis, mas e quanto aos danos em um suposto difamador que cresceu em um ambiente como esse? Ele realmente deve ser tratado como todos os outros difamadores?”, questiona a professora.

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Durante dois dias (19 e 20 de março), Curitiba sediou o I Encontro Regional de AABBs (ERA) de 2010. Aproximadamente 120 pessoas esti-veram presentes no evento. Participaram do encontro dirigentes e repre-sentantes das AABBs do Paraná e de Santa Catarina, do Banco do Brasil, Cesabbs, Fenabb, Segasp, Cassi e Cooperforte. A importância das AABBs para os funcionários do Banco do Brasil, a atuação das associações atlé-ticas, entre outros temas, foram debatidos nas palestras. O ERA em Porto Alegre, que reuniu os dirigentes das AABBs gaúchas, foi realizado nos dias 25 e 26 de março e em Belo Horizonte, que contemplou os administrado-res das AABBs mineiras, cariocas e capixabas, nos dias 16 e 17 de abril. São Paulo sediou o encontro nos dias 23 e 24 de abril.

Fonte: Agência ANABB, com informações da Fenabb

A Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ) realizará eleições de 17 a 27 de maio de 2010. Este ano, participantes e assistidos vão escolher representantes para cargos de administração e fiscalização da Previ e para os Conselhos Consultivos do Plano 1 e do Previ Futuro. Participantes em atividade no Banco do Brasil, na Previ, na Cassi e na Fundação Banco do Brasil, em afastamentos regulamentares ou em quadro suplementar, votam pelo Sisbb. Assistidos e demais parti-cipantes votam pelo telefone 0800 729 0808. Mais informações no site www.previ.com.br

Fonte: site Previ

A Chapa 1 – Unidos pela Cassi saiu vitoriosa das eleições na Caixa de Assistência dos fun-cionários do Banco do Brasil. Participaram da votação 91.411 associados, entre funcionários da ativa e aposentados.

A Chapa 1 – Unidos pela Cassi teve a pre-ferência de 43,44% dos votantes (39.706). A Chapa 3 – Uma nova Cassi ficou com 36,72% dos votos (33.569). Votos brancos e nulos so-maram 19,84% (18.136).

Foram eleitos Graça Machado para a Direto-ria de Saúde e Rede de Atendimento; Fernanda Carisio e Loreni de Senger (titulares) e Ubaldo Evangelista e Iris Carvalho (suplentes) para o Conselho Deliberativo; e Rodrigo Gurgel (titular) e Viviane Assôfra (suplente) para o Conselho Fiscal. Os eleitos tomarão posse em 1º de ju-nho de 2010.

No início de março, tomaram posse na sede da ANABB, em Brasília, os novos diretores da Coop-ANABBB e da ANABBPrev. Roberto Meira de Almeida Barreto é o novo diretor-presidente da Cooperativa Habitacional da ANABB e Armando César Ferreira dos Santos tomou posse no cargo de diretor Administrativo e Financeiro. O atual diretor de Novos Empre-endimentos da Coop-ANABB, Antônio Lírio Lourenço, também ocupará a Diretoria de Habitação, acumulando os dois cargos. Na ANABBPrev, foi empossado no cargo de diretor Administrativo e Financeiro José Sampaio de Lacerda Júnior.

Fonte: Agência ANABB

A 16ª edição do CINFAABB será realizada de 22 a 29 de maio em São Luís, no Maranhão. A escolha da capital maranhense aconteceu no Congresso Técnico do evento em Curitiba (PR), no ano passado. O Campeonato de Integração dos Funcionários Aposentados do Banco do Brasil tem como objetivo a confraternização e a integração dos aposentados do BB e de seus familiares, além do estímulo à prática esporti-va. Em 2009, 944 pessoas participaram dos jogos e, em 2010, a expectativa é pela partici-pação de 1.200 atletas. Futebol, natação, sinu-ca, tênis, atletismo, truco e voleibol estão entre as modalidades disputadas no campeonato.

Fonte: Agência ANABB, com informações da Fenabb e do Jornal Pequeno

Encontro Regional de AABBs

Previ realizará processo eleitoral em maio

“Unidos pela Cassi” vence as eleições Coop-ANABB e ANABBPrev têm novos diretores

CINFAABB 2010 será em São Luís (MA)

NOTAS

DIrigentes da ANABBPrevDIrigentes da Coop-ANABB e o presidente do Conselho de Admi-nistração

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Há alguns anos, o Banco do Brasil tem incentivado a par-ticipação feminina. Desde 2005, a instituição afirma publica-mente o engajamento ao Programa Pró-Equidade de Gênero do governo federal. Instituído pela Secretaria Especial de Polí-ticas para as Mulheres (SPM), o programa objetiva promover a igualdade de oportunidades e de tratamento entre homens e mulheres nas organizações públicas e privadas, por meio do desenvolvimento de novas concepções na gestão de pessoas e na cultura organizacional.

Dados mostram que as iniciativas do Banco tiveram resul-tados positivos. De acordo com matéria publicada no jornal Ação nº 202, em agosto de 2008 as mulheres representavam 38% do quadro de funcionários. Hoje, elas são 41%. Ainda há predominância dos homens nos cargos de alta chefia, mas essa situação tem mudado com o passar do tempo e com o desenvolvimento de políticas específicas. Nas funções

comissionadas, as mulheres ocupavam 35% das vagas em 2008. Nas funções gerenciais, 30%. Hoje, são 38% e 33%, respectivamente.

Dados divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego mostram que, no mercado formal, as mulheres de todos os níveis de escolaridade ainda ganham menos do que os ho-mens com o mesmo grau de formação. No Banco do Brasil, não há diferenciação no valor de referência das comissões em função de gênero. Mas a maioria das comissões gerenciais da instituição ainda pertence aos homens.

Na terceira edição do Programa Pró-Equidade de Gênero, referente a 2007 e 2008, o Banco do Brasil elaborou plano de ação contendo 21 iniciativas voltadas para políticas de estí-mulo às práticas de promoção à igualdade de oportunidades entre homens e mulheres na empresa. Em função disso, rece-beu o Selo Pró-Equidade de Gênero promovido pela SPM.

A ASCENSãO FEMININA NO BBEmbora o número de homens ainda seja superior ao de mulheres no Banco do Brasil, elas já ocupam 38% dos cargos gerenciais

Por Ariane Póvoa

BANCO DO BRASIL

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Atualmente, o BB está inscrito na quarta edição do progra-ma, referente a 2009 e 2010. Concorre novamente ao Selo, desta vez com plano de ação que contém 28 iniciativas desti-nadas a funcionárias e funcionários de todos os níveis hierár-quicos do Banco.

A entidade desenvolveu em 2008 pesquisa qualitativa e quantitativa para identificar fatores organizacionais e pesso-ais que dificultam ou impedem a ascensão da mulher na ins-tituição. O resultado apontou que há evolução no processo de ascensão das mulheres no Banco, mas há outros fatores in-tervenientes, como cultura, história, redes de relacionamento e necessidade de equilíbrio entre vida pessoal e profissional.

A assessoria do BB informou que aos programas de ascen-são profissional tem sido incluída uma ação afirmativa: no ato do recrutamento, garante-se que o percentual de mulheres inscritas seja mantido na fase seguinte do processo seletivo.

O Banco do Brasil é uma en-tidade com mais de 200 anos. Porém, somente em 1969, foi realizado o primeiro concurso que permitiu a participação fe-minina. A nordestina Graça Machado, presidente do Conselho Deliberativo da Cassi, fez esse primeiro concurso para mu-lheres e tomou posse em 1972, na cidade de Araguaína, no Tocantins. A bancária, hoje aposentada, vivenciou muitas his-tórias de discriminação ao adentrar em espaço predominante-mente masculino e relata, por exemplo, que nem sequer havia banheiros reservados para as mulheres. Quando foi morar na Paraíba, Graça deu importante passo como profissional. “Fui a primeira mulher a ocupar o cargo de gerência no BB da Para-íba. No início, passei por muitas dificuldades de aceitação no ambiente de trabalho, que era tomado por homens”, afirmou. Porém, não houve obstáculo que a impedisse de seguir em frente em busca de novos desafios. Ela foi superintendente re-gional no Rio Grande do Norte e no Maranhão e, mais adiante, tornou-se reconhecida representante da Caixa de Assistência. “Uma das minhas principais conquistas foi quando os colegas confiaram em mim e me elegeram conselheira deliberativa da Cassi, e, recentemente, diretora de Saúde e Rede de Atendi-mento.”

Cecília Garcez, a primeira mulher a assumir cargo de direto-

ra na Previ, destaca a importância de haver mulheres na dire-ção das entidades ligadas ao BB. “Precisamos, cada vez mais, de pessoas capacitadas, que tenham condições de fazer uma administração eficiente nas entidades. A mulher, além de competência, tem sensibilidade feminina de lutar por uma instituição mais humana e atuante. Isso só traz benefícios aos funcionários do Banco e aos associados das entidades“, disse a diretora de Planejamento da Caixa de Previdência.

Exemplo de vida e perseverançaEm 1999, Íris Carvalho Silva prestou concurso para o BB

e conseguiu uma das vagas reservadas a candidatos porta-dores de deficiência. Aos 19 anos, um acidente de carro fez que a baiana perdesse parte dos movimentos dos braços e

das pernas. “Na época do aci-dente, eu trabalhava em um banco privado e tive de me aposentar por invalidez. Dez anos depois, vi a necessida-de financeira e psicológica de voltar ao mercado de trabalho e prestei concurso para o BB”, disse. Hoje, além de bancá-

ria, é presidente do Centro de Vida Independente na Bahia (CVI/BA), organização não governamental que atua na promo-ção e defesa dos direitos de pessoas com deficiência, e mem-bro fundadora da Associação de Pais, Amigos e Pessoas com Deficiência, de Funcionários do Banco do Brasil e da Comu-nidade, na Bahia (Apabb/BA).

Íris, que faz parte da primeira geração dos funcionários pós-98, conta que enfrenta dificuldades de ascensão profis-sional tanto por ser mulher quanto por ser cadeirante. “Os números já mostram que não há igualdade de gênero em relação aos cargos mais elevados no BB. Em meu caso, há ainda uma condição que potencializa a dificuldade de ascen-são. Quem tem deficiência acumula fatores de exclusão.”

O objetivo de Íris é contribuir para tornar o BB uma empre-sa referência em inclusão no trabalho. Diante dos programas de acessibilidade que já foram implantados pelo BB, Íris dis-se que, na prática, não se sente contemplada. “Para haver equidade, não se pode tratar igualmente quem é diferente. É preciso ter uma política diferenciada, tanto para homens e mulheres como para deficientes e não deficientes”, conclui.

“A mulher, além de competência, tem sensibilidade feminina delutar por uma instituição mais

humana e atuante.”

Cecília Garcez

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O Dia Internacional da Mulher, comemorado no dia 8 de março, está diretamente ligado aos movimentos feministas que buscavam dignidade e defesa dos direitos humanos das mulheres. Em 8 de março de 1857, aproximadamente 130 operárias da fábrica de tecidos Cotton, de Nova Iorque, fi-zeram grande greve para reivindicar melhores condições de trabalho, como redução na carga diária para dez horas, equi-paração salarial com os homens e tratamento digno no am-biente de trabalho. Naquele século, muitas mulheres eram submetidas a um sistema desumano de trabalho, cumprin-do jornadas de até 16 horas diárias, sujeitas a espancamen-tos e ameaças sexuais. Além disso, as operárias chegavam a receber até um terço do salário pago aos homens para

executar o mesmo tipo de trabalho. A primeira greve norte-americana conduzida somente por

mulheres foi reprimida com total violência. As tecelãs foram trancadas dentro da fábrica e os repressores atearam fogo, matando carbonizadas todas as operárias.

Isso aconteceu há mais de 150 anos; porém, somente em 1910, durante a II Conferência Internacional de Mulheres, re-alizada na Dinamarca, foi proposto que o dia 8 de março fos-se declarado Dia Internacional da Mulher, em homenagem às operárias de Nova Iorque. Desde então, a data passou a ser comemorada no mundo inteiro, ganhando destaque em 1975, quando a Organização das Nações Unidas (ONU) a ofi-cializou por meio de decreto.

• Nancy Pelosi – presidente da Câmara dos Deputados nos EUA• Angela Merkel – chefe de governo da Alemanha• Hean Myeong-Sook – primeira mulher a ser primeira-ministra na Coreia do Sul

História

Mulheres que se destacam no mundo

Cristina KirchnerPresidente da Argentina

Michelle BacheletEx-presidente do Chile

Hillary ClintonSecretária de Estado nos EUA

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A QUEM PERTENCE O FUTURO DA PREVI?

William José Alves BentoVice-presidente Administrativo e Financeiro

OPINIãO perguntamos: se forem mudadas as regras atuais de acordo com os interesses políticos de plantão, qual é nossa segurança jurídica?

e) qual é o risco?f) qual é o valor do custeio?g) qual é a necessidade disso?h) qual é a verdadeira intenção da proposta?i) com novos patrocinadores, como fica o voto de Minerva?j) qual a segurança de que o superávit gerado pelo Plano 1 não

será confiscado para fortalecer planos externos?Os argumentos daqueles que defendem a referida proposta

concentram-se na alegação de que a abertura da Previ como entidade multipatrocinada iria fortalecer nossa Caixa de Previdência, porque possibilitaria o ingresso de recursos e novos participantes.

Trata-se, porém, de argumento inconsistente, frágil, e que mais parece destinado a ocultar interesses outros que, se expostos com clareza, certamente seriam rejeitados de pronto.

Ocorre que, ao contrário do que alegam os defensores da transformação da Previ em fundo multipatrocinado, a medida, além de não propiciar nenhum ganho relevante à Previ, subtrairá recursos dos participantes dos Planos 1 e Previ Futuro, que passarão, principalmente no início, a subsidiar os custos de administração desse plano externo.

De outro lado, eventual fortalecimento da Previ – quanto ao número de participantes – poderia vir a ocorrer, caso a administração desse plano fosse utilizada apenas como um “boi de piranha” para o ingresso de futuros planos mais maduros, de instituições de grande porte, por exemplo: plano dos funcionários do Santander ou do Bradesco, ou qualquer outra empresa.

Ocorre, porém, que também nessa hipótese – impensável, nos dias atuais –, o alegado fortalecimento poderia redundar em um “tiro no pé”, porque, nesse caso, os “externos” eventualmente chegariam a representar contingente maior que os 180 mil participantes da Previ, gerando assim uma Previ pretensamente fortalecida, à custa do enfraquecimento dos participantes dos Planos 1 e Previ Futuro, dentro da própria entidade.

Muito embora seja certo que a legislação atual impõe restrições à participação de representantes desses planos externos na administração das entidades, em especial naquelas sujeitas às normas das Leis Complementares nos 108 e 109/2001, como a Previ, não se deve perder de vista que legislações mudam, muitas vezes de forma rápida e em detrimento dos interesses dos participantes.

Exemplo claro disso consiste na questionada Resolução CGPC nº 26/2008, que estabeleceu normas para a distribuição de superávits dos fundos de pensão, entre as quais a obrigatoriedade de rateio desses recursos com a empresa patrocinadora, possibilidade esta sempre entendida como descabida no âmbito do sistema previdenciário complementar, com base na legislação em vigor (Leis Complementares nos 108 e 109/2001). No entanto, apesar de afrontar claramente a legislação superior, a mencionada resolução teima em continuar vigorando.

Salta aos olhos, na comparação, o incremento de riscos e custos que a implantação dessa administração de planos externos na Previ traria aos atuais participantes, quando confrontados com as supostas e parcas vantagens que poderiam advir da medida.

Proposta desse porte, que afetará o futuro dos atuais participantes, não pode prescindir de consulta ao corpo social, o que, aliás, é dispensado, segundo o Estatuto atual da Previ.

Sem a menor sombra de dúvida, essa proposta é um atentado contra a tradição e a história do Banco do Brasil e de seu funciona-lismo. Diante da pergunta exposta no título – a quem pertence o fu-turo da Previ? –, acredito que todos concordem que a resposta seja: AOS FUNCIONÁRIOS DO BB, DA ATIVA E APOSENTADOS, DEPEN-DENTES, PENSIONISTAS, E A MAIS NINGUÉM!

Ainda no início do século XX, precisamente em 1904, um conjunto de funcionários do Banco do Brasil, inspirados no espírito cooperativo, de forma visionária, somaram forças e fundaram a Caixa de Pecúlio que, ao longo do tempo, transformou-se em nossa Previ.

Desde aquela época, os funcionários dedicaram parte de seu tempo, de suas finanças e de suas inteligências para gerir, fortalecer e consolidar essa grande instituição que, para nós, é fundamental e valiosíssima.

Até que, em 1967, com a absorção dos funcionários que eram filiados unicamente ao antigo IAPB, a Previ passou a complementar os benefícios de aposentadoria e pensão dos funcionários do Banco do Brasil. Foi quando a patrocinadora passou a ser corresponsável, com seus funcionários, pela transformação da Previ.

Hoje, somamos cerca de 120 mil funcionários participantes do Plano 1 e mais 60 mil participantes do Plano 2, sempre com origem no vínculo de emprego com o Banco do Brasil S/A. Registre-se que nenhum trabalhador de qualquer outra origem, que não o BB, participou desse processo ou somou esforços na empreitada dessa construção. Já contamos com mais de 105 anos de tradição, conquistamos e construímos uma entidade sólida: o maior fundo de pensão do Brasil, da América Latina e um dos 40 maiores do mundo, com patrimônio de R$ 140 bilhões, situação confortável que já nos permite não verter contribuições pessoais ao fundo, em face dos sucessivos superávits acumulados. No entanto, e a despeito dessa história, a Previ está prestes a sofrer nova e relevante mudança em sua estrutura, que a transformará, na prática, em uma “Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil e de Outros”.

Isso porque ronda a Previ, nos dias presentes, uma proposta específica que visa permitir que a Caixa de Previdência passe a administrar plano externo, transformando-a, assim, em um fundo “multipatrocinado”.

Em face da magnitude da importância histórica da proposta, faz-se necessário refletir e debater, pois esta tese abre a possibilidade de outros grupos de trabalhadores e/ou de empresas incluírem seus funcionários como novos participantes da Previ.

Derivam dessa possibilidade dúvidas que devem ser analisadas, em especial as seguintes: a) os novos participantes terão direito a voto?b) os novos patrocinadores ou instituidores dividirão poderes com

o Banco do Brasil S/A?c) taxa de administração de 5% é razoável?d) a exemplo da edição da Resolução CGPC nº 26/2008, em

que algumas pessoas – que não eram deputados, senadores, juízes, ministros do STJ ou do STF nem presidente da República – reuniram-se e alteraram as Leis Complementares nos 108 e 109/2001 , sob o pretexto de regulamentá-las. Em função disso,