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Direitos Humanos
Gonzalo Lopez
ASPECTOS PRINCIPAIS DOS TRATADOS DE DIREITOS HUMANOS, DE DIREITO INTERNACIONAL HUMANITÁRIO E DO DIREITO INTERNACIONAL DOS REFUGIADOS
O SISTEMA UNIVERSAL (ONU)
CARTA INTERNACIONAL DOSDIREITOS HUMANOS
SISTEMA GLOBAL DE PROTEÇÃO: DINÂMICA NORMATIVA
CARTA DA ONU
• Art. 1, 03 e Art. 55
• Direitos Humanos e LiberdadesFundamentais
DUDH• Definição e Detalhamento dos
Direitos Humanos e LiberdadesFundamentais
• “Sem Força Jurídica Vinculante”
PACTOS DE 1966
• Pacto Direitos Civis ePolíticos (PIDCP)
• Pacto Direitos Econômicos,Sociais e Culturais (PIDESC)
A CARTA INTERNACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS
A CARTA INTERNACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS
INTERNATIONAL BILL OF RIGHTS
PACTO INTERNACIONAL
DOS DIREITOS CIVIS E POLÍTICOS DE
1966
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS
DIREITOS HUMANOS DE 1948
PACTO INTERNACIONAL
DOS DIREITOS ECONÔMICOS,
SOCIAIS E CULTURAIS DE 1966
INTERNATIONAL BILL OF RIGHTS
Segundo Jack Donnelly
“Na ordem contemporânea, os direitos elencados na Carta Internacional de Direitos representam o amplo consenso
alcançado acerca dos requisitos minimamente necessários para uma vida com dignidade. Os direitos enumerados nessa Carta Internacional podem ser concebidos como direitos que
refletem uma visão moral da natureza humana, ao compreender os seres humanos como indivíduos autônomos e
iguais, que merecem igual consideração e respeito”
A CARTA INTERNACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS
INTERNATIONAL BILL OF RIGHTS
Segundo Flavia Piovesan
“A Carta Internacional dos Direitos Humanos inaugura, assim, o sistema global de
proteção desses direitos, ao lado do qual já se delineava o sistema regional de proteção,
nos âmbitos europeu, interamericano e, posteriormente, o africano”
A CARTA INTERNACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS
A CARTA INTERNACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS, EM PROVA:
(FCC – DPE – DPE-AP/2018) Integram a denominada Carta Internacional dos DireitosHumanos − International Bill of Rights:
I. Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais.II. Carta da Organização das Nações Unidas − ONU.III. Declaração Universal de Direitos Humanos.IV. Convenção Americana de Direitos Humanos.
Está correto o que se afirma em
a) II e IV, apenas.b) I e II, apenas.c) I e III, apenas.d) III e IV, apenas.e) I, II, III e IV.
GABARITO COMENTADO:Letra (C). A Carta Internacional dos Direitos Humanosé constituída pela Declaração Universal de DireitosHumanos de 1948 das Nações Unidas, pelo PactoInternacional sobre Direitos Civis e Políticos de 1966 epelo Pacto Internacional sobre Direitos Econômicos,Sociais e Culturais de 1966.
I: A Carta de 1945 não compõe a Carta Internacionaldos Direitos Humanos;IV: A Americana de Direitos Humanos não compõe aCarta Internacional dos Direitos Humanos;
CARTA DAS NAÇÕESUNIDAS DE 1945
A INTERNACIONALIZAÇÃO: CARTA DAS NAÇÕES UNIDAS DE 1945 (Decreto nº 19.841/1945)
CARTA DAS NAÇÕES UNIDAS (1945)
PREÂMBULO
“NÓS, OS POVOS DAS NAÇÕES UNIDAS, RESOLVIDOS a preservaras geraçoes vindouras do flagelo da guerra, que por duas vezes,no espaço da nossa vida, trouxe sofrimentos indiziveis ahumanidade, e a reafirmar a fe nos direitos fundamentais dohomem, na dignidade e no valor do ser humano, na igualdade dedireito dos homens e das mulheres, assim como das naçoesgrandes e pequenas, e a estabelecer condiçoes sob as quais ajustiça e o respeito as obrigaçoes decorrentes de tratados e deoutras fontes do direito internacional possam ser mantidos, e apromover o progresso social e melhores condiçoes de vida dentrode uma liberdade ampla.”
A CARTA DAS NAÇÕES UNIDAS DE 1945 (Decreto nº 19.841/1945)
CAPÍTULO I
•PROPÓSITOS: Art 01
•PRINCÍPIOS: Art. 02
CAPÍTULO II
•DOS MEMBROS: Arts. 03 / 06
CAPÍTULO III
•ÓRGÃOS: Arts. 7 e 8
A CARTA DAS NAÇÕES UNIDAS DE 1945
CAPÍTULO IV
• ASSEMBLEIA GERAL
• Composição: Art. 09
• Funções e Atribuições: Arts. 10 / 17
• Votação: Arts. 18 e 19
• Procedimento: Arts. 20 / 22
CAPÍTULO V
• CONSELHO DE SEGURANÇA
• Composição: Art. 23
• Funções e Atribuições: Arts. 24 / 26
• Votação: Art. 27
• Procedimento: Arts. 28 / 32
CAPÍTULO VI
• SOLUÇÃO PACÍFICA DE CONTROVÉRSIAS: Arts. 33 / 38
A CARTA DAS NAÇÕES UNIDAS DE 1945
CAPÍTULO VII
• AÇÃO RELATIVA A AMEAÇAS À PAZ, RUPTURA DA PAZ E ATOS DE AGRESSÃO: Arts. 39 / 51
CAPÍTULO VIII
• ACORDOS REGIONAIS: Arts. 52 / 54
CAPÍTULO IX
• COOPERAÇÃO INTERNACIONAL ECONÔMICA E SOCIAL: Arts. 55 / 60
A CARTA DAS NAÇÕES UNIDAS DE 1945
CAPÍTULO X
• CONSELHO ECONÔMICO E SOCIAL
• Composição: Art. 61
• Funções e Atribuições: Arts. 62 / 66
• Votação: Art. 67
• Procedimento: Arts. 68 / 72
CAPÍTULO XI
• DECLARAÇÃO RELATIVA A TERRITÓRIOS SEM GOVERNO PRÓPRIO: Arts. 73 e 74
CAPÍTULO XII
• SISTEMA INTERNACIONAL DE TUTELA: Arts. 75 / 85
A CARTA DAS NAÇÕES UNIDAS DE 1945
CAPÍTULO XIII
• CONSELHO DE TUTELA
• Composição: Art. 86
• Funções e Atribuições: Arts. 87 e 88
• Votação: Art. 89
• Procedimento: Arts. 90 e 91
CAPÍTULO XIV
• CORTE INTERNACIONAL DE JUSTIÇA: Arts. 92 a 96
CAPÍTULO XV
• SECRETARIADO: Arts. 97 / 101
A CARTA DAS NAÇÕES UNIDAS DE 1945
CAPÍTULO XVI
• DISPOSIÇÕES DIVERSAS: Arts. 102 / 105
CAPÍTULO XVII
• DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS SOBRE SEGURANÇA: Arts. 106 e 107
CAPÍTULO XVIII
• EMENDAS: Arts. 108 e 109
CAPÍTULO XIX
• RATIFICAÇÃO E ASSINATURA: Arts. 110 e 111
A CARTA DAS NAÇÕES UNIDAS, Art. 1: PROPÓSITOS
IGUALDADE DE DIREITOS E DE
AUTODETERMINAÇÃO DOS POVOS
(1.02)
COOPERAÇÃO INTERNACIONAL
(1.03)
PAZ E SEGURANÇA INTERNACIONAIS
(1.01)
A CARTA DAS NAÇÕES UNIDAS, Art. 2: PRINCÍPIOS
IGUALDADE SOBERANA DE TODOS OS MEMBROS
(2.01)
BOA-FÉ OBRIGACIONAL
RESOLUÇÃO PACÍFICA DE CONTROVÉRSIAS
EVITAR AMEAÇA E
USO DA FORÇA
A CARTA DAS NAÇÕES UNIDAS: MEMBROS
CAPÍTULO II
MEMBROS
Arts. 4 a 6
Membros Originais: participante da Conferência das Nações Unidassobre Organização Internacional, realizada em São Francisco ou tenhaassinado previamente a Declaração das Nações Unidas (01.01.1942),desde que assinem a Carta e a ratifiquem na forma do artigo 110 (Art. 3)
Admissão: decisão da Assembleia Geral, mediante recomendação doConselho de Segurança (Art. 4, 01 e 02)
Membro que sofra ação preventiva ou coercitiva pelo Conselho deSegurança: pode ser suspenso por recomendação do Conselho deSegurança (Art. 5)
Membro que viole persistentemente os Princípios da Carta: poderá serexpulso da Organização pela Assembleia Geral mediante recomendaçãodo Conselho de Segurança (Art. 6)
A CARTA DAS NAÇÕES UNIDAS, Art. 7: ÓRGÃOS
Art. 7º Órgãos
Assembleia Geral
Corte Internacional
de Justiça
Conselho de Tutela
* 1994
Secretariado
Conselho Econômico e
Social
Conselho de Segurança
Art. 08: Elegibilidade de Homens e Mulheressem restrições e em condições de Igualdade
A CARTA DA ONU, Arts. 9 ao 22: ASSEMBLEIA GERAL
Assembleia Geral
Todos os membros da ONU (Art. 09)
Temas de Cooperação para Paz e Segurança
Internacionais (Art. 11)
Recomendações e Estudos (Art. 13): Promover os Direitos Humanos e Liberdade
Fundamentais, a Cooperação e o Direito Internacional nos terrenos econômico, social, cultural, educacional e sanitário
Funções Burocráticas (Exame de Relatórios do CS, Orçamento,
Ajustes financeiros e orçamentários das Agências
(Arts. 14 ao 17)
Discussão de Qualquer Questão dentro de suas Finalidades (Art. 10)
Pode Recomendar Soluções Pacíficas (Art. 14)
Exceção: Controvérsia sob análise do Conselho de Segurança não pode ser objeto
da AG (Art. 10 e 12)
A CARTA DAS NAÇÕES UNIDAS, Arts. 18 e 19: VOTAÇÃO
VOTAÇÃO NA AG
QUESTÕES IMPORTANTES: MAIORIA DE DOIS TERÇOS DOS PRESENTES E
VOTANTES
Recomendações relativas à Paz e Segurança, Eleição de Membros Não Permanentes do CS e de Membros dos Conselhos, Admissão de Novos Membros, Suspensão de Direitos,
Expulsão de Membros
01 MEMBRO, 01 VOTO
Membro em atraso de sua Contribuição não terá Voto.
* A AG pode permitir que vote
CARTA DAS NAÇÕES UNIDAS, Arts. 20 a 22: PROCEDIMENTO
PROCEDIMENTO
SESSÕES ANUAIS REGULARES
SESSÕES ESPECIAIS, CONVOCADAS PELO SECRETÁRIO-GERAL A PEDIDO
DO CS OU MAIORIA DA ASSEMBLEIA
A CARTA DA ONU, Arts. 23 ao 38: CONSELHO DE SEGURANÇA
CONSELHO DE SEGURANÇA
(Art. 23)
MEMBROS ROTATIVOS
02 Anos (Art. 23.02)
O CS deve agir conforme Propósitos e Princípios
Regra Processuais: Voto Afirmativo de 09 Membros
Poder de Veto (Art. 27.03)
“Voto afirmativo de nove Membros, inclusive os votos afirmativos de todos os
membros permanentes”
* Estado envolvido deve se abster de votar, mas todos os interessados podem discutir
MEMBROS PERMANENTES
China, França, U.R.S.S. (Rússia), Reino Unido e
E.U.A.
MEMBROS ROTATIVOS
10 MEMBROS
(SEM REELEIÇÃO IMEDIATA)
A CARTA DAS NAÇÕES UNIDAS: CONSELHO DE SEGURANÇA
CARTA DAS NAÇÕES UNIDAS, EM PROVA:
(VUNESP – Defensor Público – DPE-RO/2017) Sobre a Carta das Nações Unidas, écorreto afirma:
a) assinada em São Francisco, em 26 de junho de 1945, criou o Conselho de DireitosHumanos, endossando a visão de que os direitos fundamentais são essenciais para apaz e o desenvolvimento das nações.b) o Conselho de Segurança é composto de quinze membros das Nações Unidas. Sãomembros permanentes: China, Alemanha, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos. Osdemais são eleitos pela Assembleia Geral.c) a admissão de qualquer Estado como Membro das Nações Unidas será efetuada pordecisão da Assembleia Geral, sem qualquer interferência do Conselho de Segurança.d) a Corte Internacional de Justiça foi criada como o principal órgão judicial das NaçõesUnidas, sendo composto por nove juízes.e) seus propósitos centrais são: (i) manter a paz e a segurança internacional; (ii)fomentar a cooperação internacional nos campos social e econômico; (iii) promover osdireitos humanos no âmbito universal.
GABARITO COMENTADO:Letra (E), na forma do artigo 1 da Carta das NaçõesUnidas.
(A): O Conselho de Direitos Humanos foi criado em2006;(B): Alemanha não é um membro permanente;(C): Deve haver a Recomendação do Conselho deSegurança, na forma do artigo 4 da Carta;(D): A Corte Internacional de Justiça é composta por 15juízes.
A CARTA DA ONU, Arts. 39 ao 52: AMEAÇAS À PAZ E ATOS DE AGRESSÃO
Art. 39 O Conselho de Segurança determinará a existência de qualquer ameaça à paz, ruptura da paz ou ato de agressão, e fará recomendações ou decidirá que medidas deverão ser tomadas de acordo com os artigos 41 e 42, a fim de manter ou
restabelecer a paz e a segurança internacionais.
Art. 40: Antes de Recomendações ou Medidas previstas no Art. 39 – Convidar Partes Interessadas a Aceitarem Medidas Provisórias, sem Prejuízo aos Direitos ou Pretensões
Art. 41
O Conselho de Segurança decidirá sobre as medidas que, sem envolver o emprego de forçasarmadas, deverão ser tomadas para tornar efetivas suas decisões e poderá convidar os membros dasNações Unidas a aplicarem tais medidas. Estas poderão incluir a INTERRUPÇÃO COMPLETA OUPARCIAL DAS RELAÇÕES ECONÔMICAS, DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO FERROVIÁRIOS,MARÍTIMOS, AÉREOS, POSTAIS, TELEGRÁFICOS, RADIOFÔNICOS, OU DE OUTRA QUALQUERE O ROMPIMENTO DAS RELAÇÕES DIPLOMÁTICAS.
Art. 42
No caso de o Conselho de Segurança considerar que as medidas previstas no artigo 41 seriam oudemonstraram que são inadequadas, PODERÁ LEVAR E EFEITO, POR MEIO DE FORÇAS AÉREAS,NAVAIS OU TERRESTRES, A AÇÃO QUE JULGAR NECESSÁRIA PARA MANTER OU RESTABELECER APAZ E A SEGURANÇA INTERNACIONAIS. TAL AÇÃO PODERÁ COMPREENDER DEMONSTRAÇÕES,BLOQUEIOS E OUTRAS OPERAÇÕES, POR PARTE DAS FORÇAS AÉREAS, NAVAIS OU TERRESTRES DOSMEMBROS DAS NAÇÕES UNIDAS.
A CARTA DA ONU, Arts. 39 ao 52: AMEAÇAS À PAZ E ATOS DE AGRESSÃO
AMEAÇA ÀPAZ,
RUPTURA DA PAZ OU ATOS
DE AGRESSÃO
CS: MEDIDAS PROVISÓRIAS
(Art. 40)
CS: RECOMENDAÇÕES
(Art. 39)
CS: MEDIDAS
(Art. 40 c/c 41 e 42)
Art. 41: INTERRUPÇÃO COMPLETA OU PARCIAL DAS RELAÇÕES ECONÔMICAS,
DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO FERROVIÁRIOS, MARÍTIMOS, AÉREOS,
POSTAIS, TELEGRÁFICOS, RADIOFÔNICOS, OU DE OUTRA QUALQUER ESPÉCIE E O
ROMPIMENTO DAS RELAÇÕES DIPLOMÁTICAS.
Art. 42: PODERÁ LEVAR A EFEITO, POR MEIO DE FORÇAS AÉREAS, NAVAIS OU
TERRESTRES, A AÇÃO QUE JULGAR NECESSÁRIA PARA MANTER OU
RESTABELECER A PAZ E A SEGURANÇA INTERNACIONAIS. TAL AÇÃO PODERÁ
COMPREENDER DEMONSTRAÇÕES, BLOQUEIOS E OUTRAS OPERAÇÕES, POR PARTE DAS FORÇAS AÉREAS, NAVAIS OU
TERRESTRES DOS MEMBROS DAS NAÇÕES UNIDAS.
A CARTA DA ONU: O Art. 51 E A LEGÍTIMA DEFESA
Artigo 51
Nada na presente Carta prejudicará o direito inerente de legitima defesaindividual ou coletiva no caso de ocorrer um ataque armado contra ummembro das Naçoes Unidas, ate que o Conselho de Segurança tenhatomado as medidas necessárias para a manutenção da paz e da segurançainternacionais. As medidas tomadas pelos membros no exercicio dessedireito de legitima defesa serão comunicadas imediatamente ao Conselhode Segurança e não deverão, de modo algum, atingir a autoridade e aresponsabilidade que a presente Carta atribui ao Conselho para levar aefeito, em qualquer tempo, a ação que julgar necessária a manutenção ouao restabelecimento da paz e da segurança internacionais.
A CARTA DA ONU: O Art. 51, A LEGÍTIMA DEFESA E OS ESTADOS UNIDOS
EUA
AFEGANISTÃO
(2001)
Res. 1.368: Legítima Defesa
Acordo de Bona
UNAMA
IRAQUE
(2003)
“Legítima Defesa
Preventiva”
Corte Internacional de Justiça: Caso EUA xNicarágua – “Legitima Defesa Somente na
Sequencia de uma Agressão Armada”
Crítica: “Imperialismo dos Direitos Humanos”
A CARTA DA ONU, Arts. 55 ao 60: COOPERAÇÃO INTERNACIONAL
DIREITOS HUMANOS E LIBERDADES FUNDAMENTAIS
Art. 55 (Art. 01, 03)Artigo 1. Os propósitos das Nações unidas são:
3. Conseguir uma cooperação internacional para resolver os problemas internacionais de carátereconômico, social, cultural ou humanitário, e para promover e estimular o respeito aos direitoshumanos e às liberdades fundamentais para todos, sem distinção de raça, sexo, língua ou religião; e
Artigo 55. Com o fim de criar condições de estabilidade e bem estar, necessárias às relações pacíficase amistosas entre as Nações, baseadas no respeito ao princípio da igualdade de direitos e daautodeterminação dos povos, as Nações Unidas favorecerão:
a) níveis mais altos de vida, trabalho efetivo e condições de progresso e desenvolvimento econômicoe social;
b) a solução dos problemas internacionais econômicos, sociais, sanitários e conexos; a cooperaçãointernacional, de caráter cultural e educacional; e
c) o respeito universal e efetivo dos direitos humanos e das liberdades fundamentais para todos,sem distinção de raça, sexo, língua ou religião.
A CARTA DA ONU, Art. 55: DIREITOS HUMANOS E LIBERDADES FUNDAMENTAIS
Artigo 55 da Carta da ONU
“Interpretação Autorizada”
DUDH de 1948
A CARTA DA ONU, Arts. 61 ao 72: CONSELHO ECONÔMICO E SOCIAL
CONSELHO ECONÔMICO E
SOCIAL
Estudos, Relatórios (Art. 62, 01), Recomendações (Art., 62, 02) e
Convenções (Art. 62, 03) em Assuntos Internacionais por meio de Comissões (Art. 68)
Assuntos Econômicos, Sociais, Culturais, Educacionais,
Sanitários e conexos
(Art. 62, 01)
Direitos Humanos e Liberdades Fundamentais
(Art. 62, 02)
54 MEMBROS (Art. 61)
18 MEMBROS, a cada ANO, por 3 anos (permitida reeleição)
Art. 63: Atuação Conjunta com Agências do Art. 57
(Intergovernamentais Especializadas)
A CARTA DA ONU, Arts. 92 ao 96: CORTE INTERNACIONAL DE JUSTIÇA
Corte Internacional de Justiça
Estatuto da Corte Permanente de Justiça Internacional
Todos os Membros da ONU são ipso facto partes do Estatuto
(Art. 93)
Obrigatória Conformação com a Decisão: Descumprimento:
Recurso ao CS (Art. 94)
Principal Órgão Judiciário da ONU: 15 Juízes
(Art. 92)
Membros podem Confiar Solução à outro Tribunal, por Acordo
(Art. 95)
A DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS DE 1948
A DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS
A DUDH
Segundo Eduardo Muylaert Antunes
“A Declaração Universal dosDireitos Humanos se impoe com o‘valor da afirmação de uma eticauniversal’ e conservará sempreseu lugar de simbolo e de ideal”
A DUDH
Segundo Flávia Piovesan
“A Declaração consolida aafirmação de uma etica universalao consagrar um consenso sobrevalores de cunho universal aserem seguidos pelos Estados”
A DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS
DUDH (1945)
A ASSEMBLEIA GERAL PROCLAMA A PRESENTE DUDH
“como o ideal comum a ser atingido por todos os povos etodas as nações, com o objetivo de que cada indivíduo ecada órgão da sociedade, tendo sempre em mente estaDeclaração, se esforce, através do ensino e da educação,por promover o respeito a esses direitos e liberdades, e,pela adoção de medidas progressivas de caráter nacional ein- ternacional, por assegurar o seu reconhecimento e a suaobservância universal e efetiva, tanto entre os povos dospróprios Estados-Membros, quanto entre os povos dosterritórios sob sua jurisdição. ”
A DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS
A DUDH: UNIVERSALIDADE DE DIREITOS HUMANOS
Dignidade inerente à toda Pessoa Humana
Condição de Pessoa como Requisito Único para Titularidade de Direitos
A Universalidade de Direitos é uma Absoluta Ruptura com o Nazismo que condicionava Titularidade de Direitos à Raça Ariana
DU
DHN
AZISM
O
A DUDH: INDIVISIBILIDADE DOS DIREITOS HUMANOS
ESCLARECE OS “DIREITOS HUMANOS E LIBERDADES INDIVIDUAIS” DA CARTA DA ONU (Arts. 1 e 55)
CONJUGA OS DIREITOS CIVIS E POLÍTICOS (Art. 3º a 21) COM DIREITOS ECONÔMICOS, SOCIAIS E CULTURAIS
(Art. 22 a 28)
COMBINA O DISCURSO LIBERAL COM O DISCURSO SOCIAL DE CIDADANIA:
CONJUGA VALORES DE LIBERDADE E IGUALDADE
A DUDH: INDIVISIBILIDADE DOS DIREITOS HUMANOS
A INDIVISIBILIDADE NA DUDH
Segundo Flavia Piovesan
“Ao conjugar o valor da liberdade com o da igualdade, a Declaraçãointroduz a concepção contemporânea de direitos humanos, pela qualesses direitos passam a ser concebidos como uma unidadeinterdependente e indivisível.”
“Não há mais como cogitar da liberdade divorciada da justiça social,como também infrutífero pensar na justiça social divorciada daliberdade. Em suma, todos os direitos humanos constituem um complexointegral, único e indivisível, no qual os diferentes direitos estãonecessariamente inter-relacionados e são interdependentes entre si.”
A DUDH: ARTIGO I
Artigo I
“Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros
com espírito de fraternidade”
A DUDH: ARTIGO II
Artigo II1. Todo ser humano tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades
estabelecidos nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, idioma, religião, opinião política ou de outra natureza, origem
nacional ou social, riqueza, nascimento ou qualquer outra condição
2. Não será também feita nenhuma distinção fundada na condição política, jurídica ou internacional do país ou território a que pertença uma pessoa,
quer se trate de um território independente, sob tutela, sem governo próprio, quer sujeito a qualquer outra limitação de soberania
Arts. III a XI
• Direitos Pessoais
• Direito à Vida, à Liberdade, à Segurança (III), à Igualdade (VI e VII) e à Presunção de Inocência (X e XI). Vedadas Tortura, Tratamento Cruel, Desumano ou Degradante (V), Prisão Arbitrária (VIII e IX), Exílio (IX), Escravidão (IV), Servidão (IV) e Discriminação (VII)
Arts. XII a XVII
• Direitos da Pessoa em sua Relação Social
• Direito à Privacidade (XII) e à Vida Familiar (XII e XVI), Ir e Vir (XIII), ao Asilo Político (XIV), Nacionalidade (XV), Propriedade (XVII)e Casamento com Igualdade entre Cônjuges (XVI)
A DUDH, SEGUNDO RENÉ CASSIN
Arts. XVIII a XXI
• Direitos de Liberdade Civil e Direitos Políticos
• Direito à Liberdade de Consciência, Pensamento, Expressão e Religião (XVIII e XIX), Associação e Reunião (XX), Votar e ser Votado e Acesso ao Governo (XXI)
Arts. XXII a XXVII
• Direitos Econômicos, Sociais e Culturais indispensáveis à Dignidade e Livre Desenvolvimento da Personalidade (XXII e XXVIII)
• Direitos conexos ao Trabalho (XXIII), à Educação (XXVI), à Assistência Social (XXV), ao Lazer (XXIV), à Saúde (XXV) e à Cultura (XXVII)
A DUDH, SEGUNDO RENÉ CASSIN
DUDH, EM PROVA:
(VUNESP – Delegado de Polícia – PC-BA/2018) Nos termos da DeclaraçãoUniversal dos Direitos Humanos, é correto afirmar que
a) toda pessoa tem o direito de livremente circular e escolher a suaresidência no interior de um Estado.b) são asseguradas às presidiárias condições para que possam permanecercom seus filhos durante o período de amamentação.c) toda pessoa tem direito à liberdade de reunião e de associação pacíficasou militares.d) é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato.e) ninguém pode ser arbitrariamente privado da sua propriedade, excetono caso de iminente perigo público.
GABARITO COMENTADO:Letra (A). Exatos termos do artigo XIII, 01 da DUDH.
(B): Garantia prevista na CRFB/88, no artigo 5º, L;(C): O artigo XX, 1 da DUDH prevê que “Todo serhumano tem direito à liberdade de reunião eassociação pacífica.”(D): Garantia prevista na CRFB/88, no artigo 5º, IV;(E): A alternativa intercalou previsões da CRFB/88com a DUDH, conforme art. 5º, XXV: “no caso deiminente perigo público, a autoridade competentepoderá usar de propriedade particular, assegurada aoproprietário indenização ulterior, se houver dano;”Enquanto a previsão sobre a propriedade na DUDH édo Art. XVII, 2: “Ninguém será arbitrariamenteprivado de sua propriedade.”
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS x
GLOBALIZAÇÃO “TOP DOWN” E IMPERIALISMO DOS DIREITOS HUMANOS
Artigo XXX
“Nenhuma disposição da presenteDeclaração pode ser interpretada como oreconhecimento a qualquer Estado, grupoou pessoa, do direito de exercer qualqueratividade ou praticar qualquer atodestinado a destruição de quaisquer dosdireitos e liberdades aqui estabelecidos”
VALOR JURÍDICO DA DUDH
NÃO HÁ FORÇA DE LEI
DIREITO COSTUMEIRO INTERNACIONAL E
CONSTITUCIONAL DE ESTADOS NACIONAIS
FORÇA JURÍDICA AXIOLÓGICA VINCULANTE
NORMATIZAÇÃO DE PRINCÍPIOS
Arts. 4, 01 e 55 DA CARTA DA
ONU
RECONHECIMENTO UNIVERSAL DE DHs E
LIBERDADES FUNDAMENTAIS DA
CARTA DA ONU
DUDH COMO FONTE DE
DIREITO EM DECISÕES DE
CORTES INTERNACIONAIS
E TRATADOS VINCULANTES
DUDH, EM PROVA:(FCC – DPE – DPE-PA/2009) A Declaração Universal de Direitos Humanos
a) apresenta força jurídica vinculante, por constituir uma interpretação autorizada dasmodernas Declarações de direito, conforme sustenta parte considerável da doutrina,consagrando ainda a ideia de que, para ser titular de direitos, basta ser nacional de um Estadomembro da ONU.b) apresenta força jurídica vinculante, seja por constituir uma interpretação autorizada do artigo55 da Carta das Nações Unidas, seja por constituir direito costumeiro internacional, conformesustenta parte considerável da doutrina, consagrando ainda a ideia de que, para ser titular dedireitos, basta ser nacional de qualquer Estado.c) não apresenta qualquer força jurídica vinculante, consagrando a ideia de que, para ser titularde direitos, basta ser nacional de um Estado.d) apresenta força jurídica vinculante, seja por constituir uma interpretação autorizada do artigo55 da Carta das Nações Unidas, seja por constituir direito costumeiro internacional, conformesustenta parte considerável da doutrina, consagrando ainda a ideia de que, para ser titular dedireitos, basta ser pessoa.e) não apresenta qualquer força jurídica vinculante, consagrando a ideia de que, para ser titularde direitos, basta ser nacional de um Estado membro da ONU.
GABARITO COMENTADO:Letra (D). O posicionamento majoritário internacionalse baseia exatamente nas premissas apresentadas naalternativa.
(A): Para ser considerado sujeito de direitos humanosnão é exigido como condição ser nacional de Estadomembro da ONU;(B): Para ser considerado sujeito de direitos humanosnão é exigido como condição ser nacional de umEstado;(C): Apresenta força jurídica vinculante;(E): Apresenta força jurídica vinculante;
DUDH, EM PROVA:
(UECE-CEV – Agente Socioeducador – SEAS-CE/2017) Leia atentamente o seguinte excerto:
“Do ponto de vista técnico-formal, [...] é mera resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas, com caráter de recomendação, juridicamente não vinculante. Com isso, os preceitos contidos [...] não seriam, em princípio, obrigatórios, ao menos à luz de um entendimento calcado em noções mais antigas do Direito, de caráter mais formalista e menos ligadas a valores, dentro das quais, a propósito, a proteção da dignidade humana não tinha o destaque de que hoje se reveste”.
O documento relacionado aos direitos humanos, ao qual o texto acima se refere, é denominado
a) Pacto de São José da Costa Rica.b) Declaração Universal dos Direitos Humanos.c) Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos.d) Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais.
GABARITO COMENTADO:Letra (B). Item correto na forma do texto em destaque. No entanto, há considerável controvérsia sobre o tema.
(A): O Diploma possui caráter jurídico vinculante no direito internacional. No Brasil, foi promulgado pelo Decreto nº 678/1992;(C): O Diploma possui caráter jurídico vinculante no direito internacional. No Brasil foi promulgado pelo Decreto nº 592/1992;(D): O Diploma possui caráter jurídico vinculante no direito internacional. No Brasil foi promulgado pelo Decreto nº 591/1992.
ESTRUTURA NORMATIVA DOSISTEMA GLOBAL DEPROTEÇÃO: PACTOS, CARTAS,PROTOCOLOS E CONVENÇÕES
ESTRUTURA NORMATIVA DO SISTEMA GLOBAL DE PROTEÇÃO
“MULTIPLICAÇÃO DE DIREITOS”
NORBERTO BOBBIO
AUMENTO DE BENS E VALORES MERECEDORES DE TUTELA (NOVOS
DIREITOS)
- AMPLIAÇÃO DOS DIREITOS ÀPRESTAÇÃO (CIVIS, POLÍTICOS,
ECONÔMICOS, SOCIAIS E CULTURAIS)
INTERNACIONALIZAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS
“INTERNATIONAL BILL OF RIGHTS”
EXPANSÃO DA TITULARIDADE DE DIREITOS (SUJEITOS VULNERÁVEIS,
GRUPOS, ENTIDADES E ORGANIZAÇÕES)
- ALARGAMENTO DO CONCEITO DE SUJEITO DE DIREITO
ESTRUTURA NORMATIVA DO SISTEMA GLOBAL DE PROTEÇÃO
MULTIPLICAÇÃO DE DIREITOS
DEMANDA ESPECIFICAÇÃO DO SUJEITO DE
DIREITOS
COMPLEXO SISTEMA
INTERNACIONAL DE PROTEÇÃO
SISTEMA GERAL (HOMOGÊNEO) E
SISTEMA ESPECIAL (HETEROGÊNEO)
COMPLEMENTARES
SISTEMA INTERNACIONAL DE
PROTEÇÃO AOS DIREITOS HUMANOS
SISTEMA HOMOGÊNEO
Normas "Universais"
(Gerais)
SISTEMA HETEROGÊNEO
Normas Específicas
(Grupos Determinados)
ESTRUTURA NORMATIVA DO SISTEMA GLOBAL DE PROTEÇÃO: PACTOS, PROTOCOLOS E CONVENÇÕES
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CARTA DAS NAÇÕES UNIDAS
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS
PACTO INTERNACIONAL SOBRE OS DIREITOS CIVIS E POLÍTICOS E PROTOCOLOS FACULTATIVOS
PACTO INTERNACIONAL SOBRE OS DIREITOS ECONÔMICOS, SOCIAIS E CULTURAIS E
PROTOCOLO FACULTATIVO
CONVENÇÃO INTERNACIONAL SOBRE ELIMINAÇÃO DE TODAS AS FORMAS DE
DISCRIMINAÇÃO RACIAL
ESTRUTURA NORMATIVA DO SISTEMA GLOBAL DE PROTEÇÃO: PACTOS, PROTOCOLOS E CONVENÇÕES
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CONVENÇÃO INTERNACIONAL SOBRE ELIMINAÇÃO DE TODAS AS FORMAS DE DISCRIMINAÇÃO CONTRA MULHER
CONVENÇÃO CONTRA A TORTURA E OUTROS TRATAMENTOS OU PENAS CRUÉIS, DESUMANOS OU DEGRADANTES
CONVENÇÃO SOBRE OS DIREITOS DA CRIANÇA
CONVENÇÃO INTERNACIONAL SOBRE A PROTEÇÃO DOS DIREITOS DE TODOS OS TRABALHADORES MIGRANTES E DOS MEMBROS DE SUAS
FAMÍLIAS
CONVENÇÃO INTERNACIONAL SOBRE OS DIREITOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA
CONVENÇÃO PARA PREVENÇÃO E REPRESSÃO DO CRIME DE GENOCÍDIO
ESTRUTURA NORMATIVA DO SISTEMA GLOBAL DE PROTEÇÃO: PACTOS, PROTOCOLOS E CONVENÇÕES
ESTRUTURA NORMATIVASegundo José Augusto Lindgren Alves,
“É grande o número de convenções em vigorinternacionalmente na esfera dos direitoshumanos, e maior ainda o número dedeclarações já adotadas pelas NaçõesUnidas – mais de duzentos instrumentosvigentes em 1995, segundo o Departamentode Informação Pública da ONU”