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ANO 3 - Número 14 Março/Abril - 2010 JORNAL DA COMISSÃO MUNICIPAL DE DIREITOS HUMANOS Inclusão digital também é direitos humanos Foto: Ximena I. León Contrera Foto: Ximena I. León Contrera Apresentação de pesquisa sobre imigrantes bolivianos reúne o Comitê Paulista para Imigrantes e Refugiados Página 3 Direitos Humanos e reinserção pela arte Página 2 Sobe e Desce nos DH Balcão de Atendimento da CMDH atende a demandas de Direitos Humanos Foto: Ximena I. León Contrera Página 4 Página 5 Página 6 cortesia Victor Silba

Direitos Humanos e Inclusão digital também é direitos humanos · Metas da Cidade de São Paulo – Agenda 2012, com a Meta 42, que envolve a implantação de conselhos (ou equivalentes)

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ANO 3 - Número 14Março/Abril - 2010JORNAL DA COMISSÃO MUNICIPAL DE DIREITOS HUMANOS

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Coordenação, fotos e textoXimena I. León Contrera

ArteCoordenação de PublicidadeSECOM

DiagramaçãoFrancisco B. Pinheiro

ExpedienteDireitos Humanos na Cidade de São PauloBoletim Informativo Bimestral da Comissão Municipal de Direitos Humanos

Edição eletrônica

Prefeitura da Cidade de São Paulo

Comissão Municipal de Direitos HumanosPátio do Colégio, 5 – Centro – São Paulo – SP CEP 01016-040 - Fone/Fax: 55 11 3397-1400 Balcão de Atendimento: [email protected]

Conheça Mais

EditorialAo realizar e participar de eventos e palestras sobre direitos humanos verifica-se a grande amplitude das possibilidades em termos de temáticas. A CMDH considera de uma importância cada vez maior contemplar questões ligadas ao meio ambiente e também à inclusão digital. O acesso à internet e às diversas ferramentas ligadas à rede mundial de computadores (educação, capacitação, consumo, mídias sociais, informação, conscientização, mobilização civil, política e social etc.) já pode ser considerado um direito essencial aos cidadãos de todo o mundo. Quem está fora da rede, acaba sendo excluído em muitos casos da vida em sociedade e de usufruir de direitos e oportunidades para o exercício de uma cidadania plena. A CMDH integra o Programa de Metas da Cidade de São Paulo – Agenda 2012, com a Meta 42, que envolve a implantação de conselhos (ou equivalentes) de direitos humanos em cada subprefeitura do município. As atividades ligadas a essa meta estão a pleno vapor.

Da mesma forma o Balcão de Atendimento da CMDH continua atendendo à população que procura auxílio ou orientação relacionadas aos direitos humanos.

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A CMDH integra o Comitê Interinstitucional de Prevenção e Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas que tem realizado um trabalho cada vez mais integrado e forte na prevenção e combate ao tráfico de pessoas. Integra os trabalho em São Paulo, o Escritório de Tráfico de Seres Humanos, situado na Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania. O objetivo do escritório é garantir orientação e atendimento adequados às vítimas e a seus familiares. O ETSH atende pelo telefone (11)3291-2736.

A p e s a r d e i n ú m e r o s relatórios, debates e fóruns globais existem muitos governos, entidades e mesmo cientistas que divulgam informações contraditórias sobre o fenômeno. Cabe a toda a sociedade fazer a sua parte , procurar informações e contribuir para esta e outras questões ligadas ao meio ambiente. Questões ambientais também fazem parte da luta dos direitos humanos em todo o planeta.

Detalhe de peças do lançamento da Campanha

Campanhas dePrevenção, conscientizaçãoe combate aotráfico deseres humanos

Aquecimento Global: Falácias e informações

falsas comprometemtrabalhos de prevenção

e conscientização

do Comitê Paulista para Imigrantes e Refugiados, func ionár ios da Secretaria Municipal de Saúde e da CMDH, uma síntese do trabalho “Inclusão de Imigrantes Bolivianos na Cidade de São Paulo: Algumas Estratégias e Políticas Locais”. O foco principal do trabalho estava ligado aos desafios na inserção dos

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Apresentação de pesquisa sobreimigrantes bolivianos reúne o Comitê Paulista para Imigrantes e Refugiados

CMDH avança nas Ações Para Cumprimento Da Meta 42 - Agenda 2012

As temáticas ligadas a imigração e refúgio tem sido foco e objeto de diversas pesquisas de graduação e pós graduação. Em 2009 dois pesquisadores ligados ao projeto “Nós do Centro” procuraram a CMDH para conhecer mais sobre trabalho de imigração e refúgio já desenvolvido e acabaram se integrando ao Comitê Paulista para Imigrantes e Refugiados. Na época eles já faziam parte do projeto de Inclusão Social Urbana “Nós do Centro”. O resultado desse trabalho, feito junto ao Centro de Saúde Escola Barra Funda “Dr. Alexandre Vranjac”, foi apresentado em dezembro de 2009 em evento realizado na Un i ve r s i d ade P r e s b i t e r i a na Mackenzie.

Os pesquisadores Laura Degaspare Mascaro e Uvanderson da Silva expuseram especialmente na CMDH, para diversos participantes

imigrantes bolivianos no serviço de saúde e às estratég ias de aproximação.

A pesquisa foi realizada no âmbito do Projeto “Nós do Centro” iniciativa da Prefeitura Municipal de São Paulo em parceria com a União Européia de intervenção urbana na promoção social da população em situação de vulnerabilidade social que reside na região central de São Paulo. O “Nós do Centro” foi executado em seis anos, sendo que no último ano estava previsto um p r o c e s s o d e a v a l i a ç ã o e sistematização das metodologias de atendimento desenvolvidas. Para tanto, foi aberto um edital público no qua l un ivers idades com experiência na avaliação de políticas públicas pudessem realizar e s s a ava l i a ç ão , d en t r e a s instituições selecionadas estava a Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa.

Como parte das atividades voltadas para a implementação da Meta 42 (Agenda 2012), que visa à criação de conselhos de direitos humanos nas subprefeituras da c i dade de São Pau lo se rá promovido em maio, pela CMDH, um Ciclo de Oficinas em Direitos Humanos para os conselheiros em d i r e i t o s h u m a n o s . É a concretização da proposta do grupo da Região Centro, que cons iderou como pr ior i tár io realizar esse Ciclo de Oficinas

voltado para abordagens de grupos vulneráveis .

O Ciclo visa a aprimorar o conhecimento do grupo sobre os fundamentos legais dos direitos humanos para melhor garanti-los; propiciar conhecimento quanto à abrangência da s i tuação de v u l n e r a b i l i d a d e n a r e g i ã o metropolitana de São Paulo; desenvolver habil idades para melhor comunicação com os grupos vulneráveis e, ainda,

aprimorar o equilíbrio emocional para lidar com questões de direitos humanos Como parte da proposta da Meta 42, os próprios participantes do grupo estabeleceram o conteúdo programático: fundamentos legais dos direitos humanos e das políticas públicas de atendimento social; práticas de atendimento a grupos vulneráveis; projeção de filmes sobre direitos humanos ilustrando questões relacionadas à vigência e a violações.

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Trabalho foi realizado com população daregião da Barra Funda

ações assistencialistas ou que procurem privilégios para quem se julgue lesado. Assim, as ações são voltadas para ajudar as pessoas a resolverem seus problemas, propiciando autonomia e, em casos mais graves, o devido auxílio legal, de saúde ou assistência social, pelos encaminha-mentos aos órgãos responsáveis.

Outro ponto que às vezes gera dúvidas está relacionado a ameaças recebidas por quem procura o Balcão de Atendimento. A defesa e proteção dos direitos h u m a n o s n ã o i m p l i c a , necessariamente, em que a CMDH atue diretamente na proteção contra ameaças. Em situações específicas poderá ser fornecida orientação sobre o tema e, dependendo do caso, encaminhamento aos órgãos ou entidades responsáveis ou no âmbito da rede de apoio.

A CMDH pode esclarecer sobre aspectos jurídicos de situações sobre direitos humanos, mas o seu

Acontece

Balcão de Atendimento da CMDHatende as demandas de Direitos Humanos

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Ao procurarem pelo Balcão de Atendimento da CMDH, todas as pessoas encontram um atendimento d i f e r e n c i a d o , v o l t a d o especificamente para o seu caso. É importante, no entanto, que o cidadão saiba que cabe à CMDH: orientar, esclarecer sobre como proceder, encaminhar, propor políticas públicas sobre direitos humanos. Existem muitas situações em que o caso deverá ser resolvido pelo órgão competente do poder público, ou seja, a demanda será encaminhada a essa instituição. De forma geral a CMDH atua no âmbito da Prefeitura da Cidade de São Paulo, mas há muitas situações em que o Estado ou a União podem vir a ser acionados. Em 2010 até o dia 22 de abril foram atendidos 259 novos casos.

É sempre impo r tan te destacar que a CMDH está respaldada pelos princípios da Justiça, ou seja, suas ações são p a u t a d a s d e s s a f o r m a e , consequentemente não adere a

Atendimento à população:

Telefone:0800-7701445

Endereço:Pátio do Colégio, 5

CEP 01016-040 - São Paulo-SPE-mail:

[email protected]

Cada caso recebe umacompanhamento específico

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p a p e l n ã o e n v o l v e a s s i s t ênc i a j ud i c i á r i a gratuita. Nesses casos informa sobre os órgãos competentes na matéria, parceiros ou não da CMDH.

Em muitas situações a CMDH trabalha em parceria com instituições da Prefeitura, tais como a O u v i d o r i a G e r a l , a Corregedoria, a Defensoria Pública e do Estado.

A estrutura do Balcão de Atendimento inclui o t r a b a l h o d o N ú c l e o

Psicossocial e do Núcleo Jurídico.

* Direitos econômicos, sociais e culturais – igualdade de oportunidades

* Direitos civis e políticos – dizem respeito à liberdade das pessoas

* Direitos coletivos ao desenvolvimento e a um meio ambiente saudável e sustentável – vinculados à fraternidade entre os povos

Direitos Humanossão muitas coisas:

Trabalho dos Núcleos Jurídico e Psicossocialnão pára

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Direitos Humanos ereinserção pela arte

exigindo a incorporação de outra linguagem a partir de elementos novos e de tempos distintos”. Prossegue a fundamentação explicando que “a prisão é um âmbito de vida muito hostil, mas no qual também temos espaços para desenvolver o talento artístico que todos possuímos em nosso interior, aonde as expressões estéticas r ompem c om o s c ód i g o s carcerários, permitindo aos internos ter um olhar distinto do de fora, antes de recuperar a sua liberdade”.

Com boa acolhida em terras portenhas, os trabalhos de Victor Silba serão expostos em outras duas galerias (em 2010 e 2011), em Buenos Aires. Neste momento de volta a São Paulo, Victor está à procura de espaços para expor o seu trabalho e mais do que isso, passar adiante a sua experiência e a importância de trabalhos de reintegração por meio da arte. O artista já está no mercado de trabalho (estagiando) e estudando desenho industrial em uma instituição de ensino superior paulista, e tem planos de “aperfeiçoar minhas técnicas na escultura e pintura e como eterno aprendiz entenderei que o preconceito é real, mas a desistência deve ser apenas uma ilusão”, completa Victor.

Victor Silba é um jovem artista plástico paulistano com muitos sonhos e ambições, assim como muitos outros que buscam uma oportunidade de mostrar o seu trabalho. A diferença é que Victor já percorreu um bom caminho pelo Brasil e Argentina, onde passou por algumas dificuldades, tendo cumprido pena por dois anos. Durante a sua reclusão, Victor se voltou para a criatividade e com a ajuda de uma professora de artes plásticas argentina, Sandra Gularte.

O trabalho de Victor foi exposto em galerias na Argentina, inclusive quando ainda cumpria pena (2009), tendo recebido permissão especial para participar

do evento de inauguração da mostra “Cinosargo: um mundo no mirado” (Cinosargo: um mundo não olhado). O artista conta que “com as arte aprendi a observar as poucas cores das paredes descascadas, a aceitar os negros pombos de uma l iberdade inalcançável, a apreciar os amarelos dentes de meu triste amigo sorriso e a interpretar os vermelhos tomates de seu olhar. Mas foi somente quando captei os a zu i s dos nos sos sonhos desvanecidos que entendi o verdadeiro do que Ernesto Sábato disse, ' a arte salva'”.

O projeto conjunto entre Victor e Sandra teve apoio do INADI (Instituto Nacional contra la Discriminación, la Xenofobia y el R a c i s m o ) e r e c e b e u o reconhecimento da Camara de Diputados de La Nación Argentina, que declarou o projeto/mostra como de “honorável interesse”. Segundo a a rgumen tação parlamentar “a mostra está relacionada com o imaginário das prisões, a liberdade e a detenção, aonde a arte se ressignifica como uma ferramenta de inclusão, porque abre as portas a outros olhares, cirando um novo vínculo,

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Artista já expôs em Buenos Aires

Victor Silba hoje trabalha e estuda com temáticasligadas a trabalhos visuais(desenho, pintura)

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Obra da exposição Cinosargo: Um mundo não visto

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Inclusão Digital na Comissão Municipalde Direitos Humanos

Fruto de parceria com entre a Comissão Municipal de Direitos Humanos e a Secretaria Municipal de Participação e Parceria (SMPP), desde janeiro de 2008 funciona na CMDH o Telecentro Temático em Dire i tos Humanos. Além dos serviços de acesso gratuito à internet, o Telecentro em Direitos Humanos realiza capacitações, inclusive com turmas especiais para públicos específicos, tais como terceira idade. Essas capacitações contam com informações que levam em conta a temática dos direitos humanos, por exemplo, em um curso de digitação, os textos utilizados são com esse tema.

São cursos gratuitos de 20 horas/aula de: Introdução à Informática, Digitação, Editor de Texto, Pesquisa na Rede, Mercado de Trabalho, e Editor de Planilhas, Introdução à Arte Digital, entre outros, num total de quatro turmas por dia.

Desde que foi criado, em janeiro de 2008, o Telecentro em Direitos Humanos realizou um total de 164 cursos, propiciando a capacitação de mais de 1.572 pessoas.

O Telecentro Temático em Direitos Humanos funciona na CMDH,

que fica no Páteo do Colégio, 5 – Térreo,

de segunda a sexta-feiras, das 9:00 às 18:00 horas.

Mais informações:

[email protected] ou

[email protected].

Telefone: (011)3105-9612

Direitos Humanos e inclusão digital

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Funciona na CMDH Telecentro temático em Direitos Humanos

Informações à população: