Direitos violados pelo Brasil na Convenção Americana

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CASO NOGUEIRA DE CARVALHO: Gilson era advogado defensor de DH que dedicou parte de seu trabalho a denunciar crimes de um suposto grupo de extermnio (meninos de ouro) formado por policiais civis e funcionrios estatais. Tentava acabar com impunidade no RN em que agentes estatais seqestravam, assassinavam e torturavam sem receber punio. Gilson foi dedicado promoo de aes penais contra funcionrios pblicos corruptos em Macaba - Rio Grande do Norte. Peticionrios queriam: responsabilizar o Estado pela falta de investigao e sano dos responsveis, danos morais e imateriais, adoo de medidas de no repetio e reembolso de custas e gastos com os processos. Estado apresentou interposies de excees preliminares, contestao da demanda e deu provas documentais e testemunhais. Representantes e Comisso pediram a Corte que rechaasse as interposies do Estado. Aps degladiaes entre provas e testemunhas das partes, Corte declara que: POSSUI LIMITADO SUPORTE FTICO E POR ISSO NO FICOU DEMONSTRADO QUE O ESTADO VIOLOU ARTS 8 (GARANTIA JUDICIAL) E 25 (PROTEO JUDICIAL) DA CONVENO. E DECIDE ARQUIVAR O EXPEDIENTE! - Art. 4 Direito Vida ; Art. 8 Garantias Judiciais; Art. 25 Proteo Judicial CASO GOMES LUND (Guerrilha do Araguaia): Responsabilidade do Estado Brasileiro na deteno arbitrria, tortura e desaparecimento forado de 70 pessoas, entre membros do Partido Comunista do Brasil e camponeses da regio do Araguaia, atravs de operaes do Exrcito Brasileiro ocorridas entre os anos de 1972 e 1975, durante o perodo da ditadura militar (1964 e 1985). Muito tambm por causa da Lei de Anistia (6683/79) que limitava os recursos judiciais de natureza civil, com vistas a obter informaes sobre os fatos. Houve portanto a limitao do direito de acesso a informao pelos familiares, impunidade aos responsveis, falta de acesso justia e verdade por parte dos familiares. Reconheceu a responsabilidade do Estado Brasileiro em relao ao caso, afirmando que a sentena em si uma forma de reparao. Disse ainda que a Lei de Anistia incompatvel com a Conveno Interamericana de Direitos Humanos. Foi condenado o Estado Brasileiro a realizar dura investigao criminal em relao aos fatos ocorridos, punindo efetivamente os culpados, alm de reparar os direitos das vtimas e seus familiares de forma ampla. Alm disso, determinou que o Estado Brasileiro desenvolvesse planos de direitos humanos e capacitaes de forma constante. - Art. 3 Direito ao reconhecimento da personalidade jurdica; Art. 4 Direito vida; Art. 5 Direito integridade pessoal; Art. 7 Direito liberdade pessoal; Art. 8 Garantias Judiciais; Art. 13 Liberdade de Pensamento e Expresso; Art. 25 Proteo Judicial; Arts. 2,6,8 para prevenir e punir a tortura. CASO ESCHER: Interceptao e monitoramento telefnico ilegais de 5 pessoas membros das organizaes ADECON E COANA, realizados pela Polcia Militar do Estado do Paran, sem reparao de danos s vtimas. Estado apresentou contestao, alegando que a Corte Interamericana de Direitos Humanos seria incompetente para analisar o caso. Condenou o Estado Brasileiro ao pagamento de danos morais e ao pagamento de custas judiciais, alm da obrigao de investigar o caso novamente. Art. 1.1; Art. 8 Garantias Judiciais CONSTESTAO NO

ACATADA NA SENTENA PELA CORTE; Art. 11 Proteo da Honra e Dignidade (nesse caso direito vida privada); Art. 16 Liberdade de Associao; Art. 25 Proteo Judicial - CONSTESTAO NO ACATADA NA SENTENA PELA CORTE; Art. 28 desobedecer s outras diretrizes dispostas deste artigo - CONSTESTAO NO ACATADA NA SENTENA PELA CORTE.

CASO STIMO GARIBALDI: Homicdio de Stimo Garibaldi por 20 pistoleiros, que atuaram ilegalmente em um despejo de trabalhadores sem-terra no Estado do Paran. Falta de diligncias do Estado para apurar e punir o fato, bem como para proceder reparao de danos aos familiares da vtima. Declara: Estado violou direitos e garantias judiciais e proteo judicial em prejuzo dos familiares; Estado NO descumpriu clusula federal do art. 28. Dispe: Publicar a sentena no Dirio Oficial; Conduzir eficazmente o Inqurito de investigao da morte de Garibaldi e julgar e sancionar o responsvel; Investigar e sancionar faltas funcionais dos funcionrios pblicos a cargo do Inqurito; Pagar indenizao famlia dentro de um ano; Pagar as custas e gastos com o processo; A Corte supervisionar o cumprimento ntegro da Sentena - Art. 8 Garantias Judiciais; Art. 25 Proteo Judicial; Arts. 1, 2, 28 garantia dos DH e dever de adotar medidas legislativas no mbito interno. Direito vida e integridade pessoal. CASO XIMENES LOPES: Exposio de Damio Ximenes Lopes, pessoa com deficincia mental, a condies desumanas e degradantes de internao em um centro de sade no mbito do Sistema nico de Sade (Casa de Repouso Guararapes), culminando em sua morte. O caso permaneceu sem investigao e impune. Estado Reconheceu sua responsabilidade internacional pela violao dos artigos 4 e 5 da Conveno Americana de Direitos Humanos, em demonstrao de seu compromisso com a tutela dos direitos humanos. Em 2006, a Corte sentenciou e decidiu por admitir o reconhecimento de responsabilidade internacional do Estado Brasileiro por violao dos direitos vida e integridade pessoal, tal como consagrado nos artigos 4.1, 5.1 e 5.2 da Conveno Americana de Direitos Humanos, condenando o Brasil ao pagamento de indenizao aos familiares da vtima. - Art. 1.1; Art. 4 Direito Vida ; Art. 5 Direito integridade pessoal; Art. 8 Garantias Judiciais; Art. 25 Proteo Judicial .