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PARTE II
DIRETRIZES E PROPOSTAS
1.1.5 SUBSÍDIOS PARA REVISÃO DA LEGISLAÇÂO URBANÍSTICA
Utilizando o conceito do Desenvolvimento Orientado pelo Transporte – DOT,
descrito acima, definimos como estratégia a promoção do desenvolvimento e
crescimento da cidade em áreas próximas aos grandes eixos de transporte
público, onde os investimentos serão feitos em áreas dotadas de infraestrutura
com o objetivo de garantir um sistema de mobilidade eficiente e alinhado com as
diretrizes de uso e ocupação do solo.
Essa estratégia busca a construção de uma cidade compacta com uma rede de
centralidades próxima às moradias, com oferta de equipamentos sociais e de
emprego, reduzindo os deslocamentos básicos e gerando bairros
multifuncionais.
Para atingirmos tais objetivos, a revisão da legislação urbanística deverá estar de
acordo com os princípios, diretrizes e objetivos estabelecidos por este Plano Diretor,
compatibilizando o desenvolvimento urbano, a mobilidade e as condições ambientais.
A revisão da LUOS também deverá estabelecer as densidades habitacionais
máximas para as diferentes zonas. A partir dessas densidades, o planejamento
urbano poderá orientar as políticas públicas sociais para a otimização dos
equipamentos públicos e infraestrutura instalados e previstos.
São diretrizes para a revisão da lei de uso e ocupação do solo:
Priorizar o adensamento populacional próximo as infraestruturas de
mobilidade (eixos de transporte coletivo e de terminais de transbordo), em
áreas dotadas de infraestrutura e equipamentos urbanos.
Promover a mescla de usos e a consolidação das centralidades.
Reconhecer e incentivar as vocações e potencialidades das diversas regiões
da cidade.
Instituir regramento para a implantação de fachada ativa e fruição pública,
estimulando a integração entre espaço público e espaço privado.
Incorporar as taxas de permeabilidade do solo previstas neste Plano Diretor.
Garantir estímulos ao desenvolvimento dos Polos Estratégicos, através do
reconhecimento do seu potencial.
Prever normas específicas para a preservação dos bens tombados.
Obedecer as restrições aeroportuárias do Aeroporto Internacional de Viracopos e do
Aeroporto de Amarais.
Rever os coeficientes de aproveitamento de forma a consolidar a estratégia de
desenvolvimento urbano proposta neste plano.
Coeficiente de Aproveitamento
Coeficiente de Aproveitamento é um fator pelo qual deve ser multiplicada a área
do terreno para se obter a área que pode ser construída no local, podendo ser:
a) básico, coeficiente igual a 1, o que significa que o proprietário pode edificar
uma área igual à área do lote que possui sem contrapartida financeira;
b) máximo, coeficiente estabelecido no mapa abaixo para edificar área maior
que o coeficiente básico, pelo qual o proprietário deve contrapartida financeira;
c) mínimo, coeficiente abaixo do qual o imóvel poderá ser considerado
subutilizado.
O mapa abaixo apresenta de forma esquemática os coeficientes máximos de
construção que deverão ser respeitados na revisão da LUOS, atendidos os
princípios, objetivos e diretrizes deste Plano Diretor.
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Até que ocorra a revisão da Lei de Uso e Ocupação do Solo serão considerados
coeficientes máximos aqueles permitidos pela legislação vigente, devendo ser cobrada
a outorga onerosa sobre a diferença entre a metragem construtiva pretendida e o
coeficiente básico 1, conforme regulamentado neste plano.
A legislação de parcelamento do solo deverá ser revista em conjunto com a lei de uso
ocupação do solo, com o objetivo de buscar o equilíbrio entre áreas públicas e privadas,
bem como seu adequado aproveitamento urbanístico definindo parâmetros para a
divisão e uso do solo no município.
São diretrizes para a revisão da lei de parcelamento do solo:
Especificar o tamanho máximo de quadras, o tamanho dos lotes, percentuais de
áreas públicas e características dos logradouros.
Definir os projetos necessários à implantação dos loteamentos em função de seu
objetivo social, das zonas em que se situam, bem como as exigências relativas à
execução de obras.
Exigir que a infraestrutura urbana seja implantada, constituída pelos equipamentos
de escoamento das águas pluviais, iluminação pública, esgotamento sanitário,
abastecimento de água potável, energia elétrica e sistema viário, incluindo ciclovias,
vias de pedestre e calçadas.
Estabelecer índice de permeabilidade para as áreas públicas dos novos
parcelamentos.
Definir regras para loteamento habitacional de interesse social, loteamento
comercial/industrial, com tamanho diferenciado de lotes, quadras e percentuais de
áreas públicas.
Rever exigências para o fechamento de loteamentos de forma a garantir sua
integração com a malha urbana existente.