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Disciplina de [email protected]
Luiz Antonio Negrão Dias, M. D.Luiz Antonio Negrão Dias, M. D.
Screening para Screening para detecção do Ca de detecção do Ca de
PróstataPróstata
CaracterísticasCaracterísticas
Evolução Lenta (Leva 15 anos para atingir 1cm3)
Permanece Assintomático (Latente em 75 à 80%)
A maioria se apresenta com Doença Avançada
Câncer de PróstataCrescimento:Crescimento:
Fase Lenta Rápida
Linfonodos
OssosFígado
Pulmão
2000 2008 %
Pele não melanoma 21.895 55.890 155%Próstata 14.830 49.530 234%Pulmão 14.460 17.810 23%Estômago 13.680 14.080 3%Boca 8.282 10.380 25%Cólon e Reto 7.399 12.490 69%Esôfago 5.608 7.900 41%Leucemias 3.826 5.220 36%Todas as neoplasias 128.295 231.860 81%
BrasilBrasil – Evolução Incidência em Homens – Evolução Incidência em Homens
Neoplasia maligna da próstata: representação espacial das taxas brutas de incidência por 100.000 homens estimadas para o ano 2009, segundo a Unidade da Federação
Distribuição das taxas de incidência de Câncer de Próstata (C61), ajustadas por idade*, segundo o RCBP e período de referência dos dados
Óbitos por câncer de próstata: 11.007Taxa de Mortalidade: 12,0 / 100.000 homens
Representação espacial das taxas ajustadas por idade pela população mundial de mortalidade por câncer de próstata, por 100.000 homens, nas Unidades da Federação, 2006
Brasil – Perfil de Mortalidade por Câncer: Brasil – Perfil de Mortalidade por Câncer: HomensHomens
Taxas de mortalidade por câncer de Próstata, brutas e ajustadas por idade, pelas populações mundial e brasileira, por 100.000 homens, Brasil, entre 1979 e 2006
Linha do Cuidado no CâncerLinha do Cuidado no Câncer
ConsultaClínica
Educação para a saúde PREVENÇÃO PRIMÁRIA
TratamentoEspecífico
CUIDADOSPALIATIVOS
ConsultaEspecializada
Prevenção Primária
A ação visa evitar ou remover
a causa do problema de saúde
antes que ele ocorra
[promoção da saúde e
proteção]
Fatores de risco para câncer de próstataFatores de risco para câncer de próstata
FATORES DE RISCO PASSÍVEIS DE INTERVENÇÃO:
•Alimentação (carne vermelha e alimentos gordurosos X frutas, legumes e vegetais)
•Obesidade
•Inibidores da 5 alfa redutase (ex: finasterida)
•Selênio e Vitamina E (?)
FATORES SOBRE OS QUAIS NÃO SE PODE INTERVIR:
•Idade acima de 50 anos
•Cor / etnia (African-American X Caucasianos)
•Nacionalidade (América do Norte, Europa, Austrália X Ásia, África, Américas do Sul e
Central)
•História familiar (herança genética?)
•Doença inflamatória da próstata
Fonte: American Cancer Society, 2009
Linha do Cuidado no CâncerLinha do Cuidado no Câncer
ConsultaClínica
Educação para a saúde
Diagnóstico Precoce(quando já há sintomas)
Rastreamento(em assintomáticos)
DETECÇÃO PRECOCE
PREVENÇÃO PRIMÁRIA
TratamentoEspecífico
CUIDADOSPALIATIVOS
ConsultaEspecializada
Prevenção Secundária
A ação visa detectar o problema de
saúde em estágio precoce,
facilitando sua cura ou
reduzindo/prevenindo sua
disseminação ou efeitos de longo
prazo
Screening for prostate cancerIlic Dragan, O'Connor Denise, Green Sally, Wilt Timothy
Ilic Dragan, O'Connor Denise, Green Sally, Wilt TimothyCochrane Database of Systematic Reviews, Issue 3, 2009
Objetivo: Determinar se o rastreamento do câncer de próstata reduz a mortalidade ou tem impacto na qualidade de vida.Métodos: A pesquisa identificou 99 artigos potencialmente relevantesResultados: Dois ensaios clínicos randomizados foram incluídos (total de 55.512 participantes). Os dois estudos apresentavam problemas metodológicos. Análise usando intenção de tratar e metanálise indicou não haver diferença estatisticamente significante na mortalidade por câncer de próstata entre homens rastreados e controles (RR 1,01, IC 95%: 0,80 a 1,29). Nenhum estudo avaliou qualidade de vida, mortalidade por todas as causas e custo-efetividade do rastreamento. Conclusões: As evidências são insuficientes para recomendar ou contra-indicar rastreamento de rotina (populacional, seletivo ou oportunístico).
Prostate. 2004 May 15;59(3):311-8.Screening decreases prostate cancer mortality: 11-year follow-up of the 1988 Quebec prospective randomized controlled trial.Labrie F, Candas B, Cusan L, Gomez JL, Bélanger A, Brousseau G, Chevrette E, Lévesque J.Oncology and Molecular Endocrinology Research Center and Departments of Medicine and Radiology, Laval University Medical Center (CHUL), and Laval University, Quebec, Canada. [email protected] in: •Prostate. 2004 Dec 1;61(4):371. •Prostate. 2004 Dec 1;61(4):372; author reply 373-4. PURPOSE: This clinical trial is aimed at evaluating the impact of prostate cancer screening on cancer-specific mortality. SUBJECTS AND METHODS: Forty-six thousand four hundred and eighty-six (46,486) men aged 45-80 years registered in the electoral roll of the Quebec city area were randomized in 1988 between screening and no screening. Screening included measurement of serum prostatic specific antigen (PSA) using 3.0 ng/ml as upper limit of normal and digital rectal examination (DRE) at first visit. At follow-up visits, serum PSA only was used. RESULTS: Seventy-four (74) deaths from prostate cancer occurred in the 14,231 unscreened controls while 10 deaths were observed in the screened group of 7,348 men during the first 11 years following randomization. Median follow-up of screened men was 7.93 years. A Cox proportional hazards model of the age at death from prostate cancer shows a 62% reduction of cause-specific mortality (P < 0.002, Fisher's exact test) in the screened men (P = 0.005). These results are in agreement with the continuous decrease of prostate cancer mortality observed in North America.
Eur Urol. 2004 Dec;46(6):717-23; discussion 724.
Clinical consequences of screening for prostate cancer: 15 years follow-up of a randomised controlled trial in Sweden.Sandblom G, Varenhorst E, Löfman O, Rosell J, Carlsson P.
Department of Surgery, Uppsala Akademiska Hospital, Akademiska Sjukhuset, 751 85 Uppsala, Sweden. [email protected]
OBJECTIVE: To test the feasibility of a population-based prostate cancer screening programme in general practice and explore the outcome after a 15-year follow-up period. METHODS: From the total population of men aged 50-69 years in Norrköping (n = 9026) every sixth man (n = 1494) was randomly selected to be screened for prostate cancer every third year over a 12-year period. The remaining 7532 men were treated as controls. In 1987 and 1990 only digital rectal examination (DRE) was performed, in 1993 and 1996 DRE was combined with a test for Prostate-Specific Antigen (PSA). TNM categories, grade of malignancy, management and cause of death were recorded in the South-East Region Prostate Cancer Register. RESULTS: There were 85 (5.7%) cancers detected in the screened group (SG), 42 of these in the interval between screenings, and 292 (3.8%) in the unscreened group (UG). In the SG 48 (56.5%) of the tumours and in the UG 78 (26.7%) were localised at diagnosis (p < 0.001). In the SG 21 (25%) and in the UG 41 (14%) received curative treatment. There was no significant difference in total or prostate cancer-specific survival between the groups. CONCLUSIONS: Although PSA had not been introduced in the clinical practice at the start of the study, we were still able to show that it is possible to perform a long-term population-based randomised controlled study with standardised management and that screening in general practice is an efficient way of detecting prostate cancer whilst it is localised. Complete data on stage, treatment and mortality for both groups was obtained from a validated cancer register, which is a fundamental prerequisite when assessing screening programmes.
Tipo de câncer e recomendações dos ESTADOS UNIDOSpara detecção precoce (2002) - US TASK FORCE
Tipo de câncer Ação na consulta anual População Evidência
Próstata Toque Retal, PSA, ultra-som Homens com menos de 75 anos I(insuficiente)
Mama Mamografia com ou sem exame Clínico a cada 1 ou 2 anos
Mulheres de 40 anos ou mais B
Colo do útero Teste de Papanicolaou anual(insuficiente para o teste de HPV)
Mulheres que já tiveram atividade sexual
A
Intestino Pesquisa de sangue oculto nas fezes anual / Retosigmoidoscopia / Colonoscopia
População entre 50 e 75 anos A
Guide to Clinical Preventive Services, 2009Recommendations of the U.S. Preventive Services Task Force
Tipo de câncer Exame de Rastreamento População Alvo EvidênciaPróstata Toque Retal
PSAHomens com mais de 50 anos C*
D**
Mama Mamografia e Exame Clínico Mulheres50 a 69 anos
A
Colo do Útero Papanicolaou Mulheres> 18 anos ou após início de atividade
sexual
B
Intestino Rastreamento com Hemocult Adultos com risco médio> 50 anos
A
Intestino {com risco elevado}*
Sigmoidoscopia Adultos com risco médio> 50 anos
B
Pele Exame Físico Parente de primeiro grau com melanoma
B
* Adultos com risco elevado de Polipose Adenomatosa Familiar (FAP) e câncer colorretal hereditário não polipóide (HNPCC) devem fazer colonoscopia em lugar da sigmoidoscopia.
Tipo de câncer e recomendações do CANADÁ para detecção precoce (2002) – CANADIAN TASK FORCE
C= Evidência conflitante para incluir no exame clínico periódicoD= Evidência fraca para excluir no exame clínico periódico
Tipo de câncer e recomendações da OMS para detecção precoce (2007)
Fonte: WHO guide for effective programmes. Cancer control: knowledge into action, 2007
- 30 milhões de americanos são testados ao ano (PSA)
- 3 bilhões de dólares ao ano apenas com testes
- Risco global para câncer de próstata: 16%
- Risco global morte por câncer de próstata: 3%
- Morbidade associada ao tratamento e também ao diagnóstico de câncer mesmo que seja decidido por conduta expectante.
Visão Geral do Problema
Melhoria dosMeios de Diagnóstico
Aumento no Número de CasosNeoplasias Latentes
ou Subclínicas
?
Surgimento do PSA = 20 anosNível de PSA evidenciava Ca oculto (latente)
AUMENTOU INCIDÊNCIA (no BR e nos EUA)
Câncer de Próstata nos Estados Unidos: Dados do NCI
Melhora noTratamento
Detecção de Casos PrecocesMenor Morbidade
?
Surgimento do PSA = 20 anosNível de PSA evidenciava Ca oculto (latente)
DIMINUIÇÃO MORTALIDADE (apenas nos EUA)
Melhora noTratamento
Detecção de Casos PrecocesMenor Morbidade
?
Surgimento do PSA = 20 anosNível de PSA evidenciava Ca oculto (latente)
DIMINUIÇÃO MORTALIDADE (apenas nos EUA)
No Brasil a mortalidade ainda está
AUMENTANDO
Brasil – Perfil de Mortalidade por Câncer: Brasil – Perfil de Mortalidade por Câncer: HomensHomens
The Great Prostate Mistake By RICHARD J. ABLIN
Publicado em 9 de março, 2010
“O screening para câncer de próstata através do PSA tornou-se um oneroso desastre para a Saúde Pública”.
Richard Ablin, PhD, Universidade do Arizona
→ Descobriu o PSA em 1970
Será mesmo?
Antes do PSA- 27% dos tumores eram iniciais
Após PSA- 97% dos tumores detectados através do PSA são iniciais restritos à próstata- redução de custos com tratamento hormonal de doença avançada
Aumento de incidência após disseminação do uso do PSA
Vantagens potenciais do screening
1. Redução da mortalidade câncer específica
2. Redução da morbidade associada à doença
3. Redução de custos ligados ao tratamento de doença sintomática.
Conceito de “overdiagnosis”: detectar através de screening, doença latente que nunca se manifestaria ou traria sintomas durante toda a vida do paciente.
É senso comum que este diagnóstico “excessivo” ocorre em cerca de pelo menos 25% de todos os casos de câncer de próstata.
Dificuldades em provar a eficácia de rastreamento em Câncer de Próstata
- Doença heterogênea
- Mortalidade câncer específica baixa de maneira geral
- Longo tempo de história natural
- Estudo com força estatística requer recrutamento extenso e longo tempo de acompanhamento
Evidência
- Redução de mortalidade pelo screening foi levantada através de estudos ecológicos e não trials randomizados
- Ensaios randomizados completos apenas em 2009
ERSPC - europeuEuropean RandomizedStudy of Screening for Prostate Cancer (ERSPC)
PLCO - americanoProstate, Lung, Colorectal and Ovarian (PLCO) Cancer Screening Trial in the United States.
2009: 2 Estudos publicados em Março no NEJM
Estudo americano(PCLO):Andriole GL, Crawford ED, Grubb III RL, et al. Mortality results from a randomized prostate-cancer screening trial. N Engl J Med. 2009
Estudo europeu (ERSPC):Schröder FH, Hugosson J, Roobol MJ, et al. Screening and prostate-cancer mortality in a randomized European study. N Engl J Med. 2009
Dois estudos com Nível I de evidência (ensaios randomizados) publicados na mesma edição do New England Journal of Medicine em 2009.
PLCO
ERSPC
Problemas com os estudos randomizados
- Resultados divergentes: PCLO não demonstrou benefício e ERSPC demonstrou 20% de redução de mortalidade com uso do screening
- Estudos são preliminares (10 anos seguimento) e baseados em um número relativamente pequeno de mortes por câncer
- PLCO: NÃO MOSTROU REDUÇÃO NA MORTALIDADE- mais de 50% de contaminação (testes) no braço controle - manejo de PSA elevado não foi padronizado- corte em 4 ng/ml contra 3 ng/ml no estudo europeu
- ERSPC: MOSTROU REDUÇÃO DE 20% NA MORTALIDADE- agrupamento de vários estudos não uniformes- benefício de 20%. Redução absoluta de 0.,6%. NNT 48 e NNS 1410 para uma morte por câncer- também sem manejo padronizado- diferença de mortalidade maior em países com mortalidade geral alta para câncer de próstata
Princípios da OMS para RastreamentoPrincípios da OMS para Rastreamento• A condição a ser rastreada deve se constituir em um IMPORTANTE PROBLEMA DE SAÚDE• A história natural da doença deve ser bem conhecida• A doença deve ter uma fase pré-sintomática relativamente prolongada• Deve haver um teste adequado para o estágio precoce (válido e preciso)• Os intervalos para repetição do teste devem ser claramente determinados• O rastreamento deve ser aceitável em termos de validade, de morbidade, de riscos e de custos • Os riscos associados ao rastreamento, tanto físicos quanto psicológicos, devem ser menores do que os
benefícios• Para os resultados positivos devem ser assegurados métodos de confirmação diagnóstica aceitáveis que
definam precisamente quem receberá tratamento• Deve existir um tratamento acessível e aceitável em termos de efetividade, riscos e custos • O tratamento em estágio precoce deve trazer mais benefícios do que em estágios avançados• Da aplicação do rastreamento deve resultar a redução da morbimortalidade e a melhoria da qualidade
de vida das populaçõesBaseado em Wilson JMG, Jungner G.
Principles and practice of screening for disease. Geneva: World Health Organization; 1968.
American Cancer Society Guideline for the EarlyDetection of Prostate CancerUpdate 2010Andrew M. D. Wolf, MD1; Richard C. Wender, MD2; Ruth B. Etzioni, PhD3; Ian M. Thompson, MD4; Anthony V. D’Amico, MD, PhD5;Robert J. Volk, PhD6; Durado D. Brooks, MD, MPH7; Chiranjeev Dash, MD8; Idris Guessous, MD9; Kimberly Andrews10;Carol DeSantis, MPH11; Robert A. Smith, PhD12
individuals only): http://caonline.amcancersoc.org/subscriptions/To subscribe to the print issue of CA: A Cancer Journal for Clinicians, go to (US
American Cancer Society Guidelines (2010)
Março 2010
American Cancer Society Guidelines (2010)
- os dois maiores estudos em screeening (PLCO e Europeu) tiveram resultados divergentes- para homens assintomáticos com pelo menos 10 anos de expectativa de vida deve ser oferecida opção com consentimento para screening- deve ser fornecida informação sobre as incertezas, riscos e benefícios do screening- fonte de informação deve ser serviço de saúde ou literatura apropriada- campanhas de prevenção não são recomendadas, a menos que seja dada a oportunidade para discussão e consentimento prévio e haja disponibilidade para seguimento destes pacientes
American Cancer Society Guidelines (2010)
- ferramentas de informação ajudam o paciente em sua decisão embora não haja evidência da melhor maneira (impressa, vídeo, internet)- para homens que não podem decidir, o prestador de saúde deve considerar condições gerais de saúde e preferências- a idade para começar o screening depende do risco:
- aos 50 anos para risco padrão- aos 45 anos para alto risco (negros ou familiar em
primeiro grau com ca de próstata antes dos 65 anos)- aos 40 para risco muito alto (múltiplos familiares com ca
de próstata antes dos 65 anos)
- Não testar se expectativa de vida menor que 10 anos- Se optar por screening: PSA com ou sem toque retal- PSA menor que 2.5 ng/mL, screening a cada 2 anos- 2.5 ng/mL ou maior: screening anual- Biópsia se alto risco (negros, história familiar, idade avançada e TR
positivo)- Para biópsia, limite de 4.0 ng/mL é considerado razoável, mas não há
ponto de corte determinado- Relatar, ao discutir screening, efeitos adversos dos tratamentos- Velocidade de PSA não deve ser incluída no screening- Utilidade do TR não está determinada, pode ser útil em PSA entre 2.5 e
4.0 ng/mL.
American Urological Association Guidelines (2010)
• Não há benefício claro demonstrado em sobrevida global com rastreio (PSA e toque retal)
• “Overtreatment” e morbidade do tratamento foram demonstradas
• Futuro: screening para identificar cânceres com potencial de se tornarem sintomáticos
• Estratificação de risco deve ser melhorada• Manejo clínico individualizado para minimizar
tratamento excessivo sem deixar de tratar aqueles com potencial benefício pela terapia
““E é justamente nesta situação (Para determinar quem está E é justamente nesta situação (Para determinar quem está em risco de desenvolver (ou já tem ) um tumor da próstata em risco de desenvolver (ou já tem ) um tumor da próstata
que ameaça a sua vida) que tal dosagem (PSA) deve ser que ameaça a sua vida) que tal dosagem (PSA) deve ser utilizada com o maior critério possível, e todos - médicos utilizada com o maior critério possível, e todos - médicos
generalistas, pacientes e urologistas - devem agir com generalistas, pacientes e urologistas - devem agir com extremo bom senso. extremo bom senso.
É, por assim dizer, inexorável que, vivendo o bastante, todos É, por assim dizer, inexorável que, vivendo o bastante, todos os homens desenvolverão o câncer na próstata, cataratas, os homens desenvolverão o câncer na próstata, cataratas, surdez, problemas na coluna e outros males. Mas só uma surdez, problemas na coluna e outros males. Mas só uma
minoria irá necessitar de tratamento curativo dessa doença. minoria irá necessitar de tratamento curativo dessa doença. Esses tratamentos, mesmo quando bem feitos, podem influir Esses tratamentos, mesmo quando bem feitos, podem influir
negativamente na qualidade de vida das pessoas.”negativamente na qualidade de vida das pessoas.”
6/10/2009 Jornal:O Globo FERNANDO VAZ
Fonte: Adaptado de Strickland & Kensler
DETECÇÃO PRECOCE
REDUÇÃO DAS DISFUNÇÕES
EVITAR A EXPOSIÇÃO
PREVENÇÃOSECUNDÁRIA
PREVENÇÃOTERCIÁRIA
PREVENÇÃOPRIMÁRIA
Estratégias de prevenção conforme o estágio da intervençãoEstratégias de prevenção conforme o estágio da intervençãoNíveis clássicos de prevenção de Leavel & Clark
PrevençãoQuaternária
Tipo de prevenção, não relacionada ao risco
de doenças e sim ao risco de adoecimento iatrogênico,
ao excessivo intervencionismo diagnóstico e terapêutico
e à medicalização desnecessária.
PREVENÇÃO QUATERNÁRIAPREVENÇÃO QUATERNÁRIA
Jamoulle M. Quaternary prevention: prevention as you never heard before.
Princípios Fundamentais a Serem SeguidosPrincípios Fundamentais a Serem Seguidos
• Proporcionalidade (ganhos devem superar os riscos)
• Precaução (primum non nocere - primeiro não lesar)
• Medicina baseada em evidências [cuidados médicos que sejam cientificamente e medicamente aceitáveis, necessários e justificados]
• Cuidado centrado na pessoa privilegiando a atenção longitudinal (saber “esperar e ver” –“demora permitida” - watchful waiting [“observação assistida”])
• Resistir à pressão da corporação farmacêutica, tecnológica, profissional e dos pacientes
• Desenvolver e estruturar uma ética negativa [recusar intervenção quando desnecessária]
Fonte: Norman & Tesser, Cad. Saúde Pública, 25(9):2012-2020, 2009]