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Disciplina Eletiva – Perda Auditiva Induzida Por Ruídos Não
Ocupacionais
Profa Dra Renata Coelho Scharlach2008
Protetores auricularesProtetores auriculares
Victor Hugo (1831) Notre-Dame de Paris
"Quasímodo, o Corcunda de Notre Dame"
ensurdecido pelos "sinos que adorava tocar".
Chawdwick 1973
"seria seguro ouvir a Abertura da Sinfonia 1812 de Tchaickovsky?“ (1878) na qual, além do vigor com que os instrumentos são tocados, também são deflagrados tiros de canhão que completam a retumbante linha melódica.
A partir da década de 60 autores estrangeiros passaram a se preocupar com traumas acústicos causados por ruídos produzidos por atividades não profissionais ou
de lazer.
prática do tiro; mecânica amadorística de motores; uso de motocicletas; baladas;o uso de rádio-gravadores portáteis com fones de
ouvido(walkman)
Algumas pesquisas indicam que o ruído que nos rodeia duplica a cada dez anos
Nos Estados Unidos, a International Association of Fitness Professionals (1999), em resposta a uma crescente preocupação com o risco de perda auditiva, recomendou
que a música nas salas de ginástica não deveria ultrapassar 90 dBNPS.
Recomendou ainda que fosse realizada a medição dos níveis de pressão sonora em
cada sala de aula, o que permitiria a avaliação da exposição de cada professor.
No Estado de Massachussets foi aprovado um projeto de lei
placas informativas de que o ruído não deverá ultrapassar 90 dBNPS no interior das academias objetivando à proteção
auditiva dos indivíduos.
Na legislação brasileira nada existe sobre o ruído urbano, referente às atividades de lazer, como, por exemplo, acontece em alguns Estados norte-americanos em
relação às academias de ginástica
o assunto tem despertado o interesse de alguns pesquisadores.
Fusco e Marcondes (1989) estudaram o nível de pressão sonora em sete salas de academias de ginástica aeróbica na cidade de São Paulo
níveis médios de pressão sonora variaram de 82 a 102 dBA.
Esses níveis de pressão sonora podem levar não só a lesões auditivas, mas também a fadiga, mal-estar, irritação, intolerância e
insônia.
Deus e Duarte (1997) mediram o NPS de 14 academias de ginástica (aulas de aeróbica
com música)
86% das academias valores acima dos limites permitidos pela legislação vigente (85 dBA),
chegando uma delas a atingir 105 dBA. Identificaram que os professores de ginástica
dessas academias estavam habituados com o ruído, não se preocupando, até o momento, com
os prejuízos que poderiam advir.
Níveis de pressão sonora em três academias de Curitiba /PR. (2001)
Adriana B. M. de Lacerda1, Thaís C. Morata2, Ana C. Fiorini3 2001
32 professores de ginástica nove (28%) não apresentaram queixas relacionadas à exposição e 23 (72%) apresentaram pelo menos uma queixa
Considerando ginástica uma atividade de lazer os resultados apontam a presença de NPS acima dos padrões de conforto acústico definidos pela Norma 10151 da ABNT
níveis para conforto acústico de 40 a 55 dBA em pavilhões fechados para espetáculos, locais para esportes e atividades esportivas, para os professores e alunos dessas academias.
NPS elevados + exercícios físicos interação desfavorável comprometimento do órgão auditivo
Com a evolução da eletrônica …
A potência dos equipamentos de som e também dos instrumentos musicais aumentou consideravelmente.
A intensidade das "músicas" nos estabelecimentos musicais chega a ser ensurdecedora, não permitindo, muitas vezes, a conversação entre as pessoas.
A intensidade nestes estabelecimentos pode chegar a 122 dB (A) , ultrapassando em muito os limites de risco para audição, junto às caixas.
Com a evolução da eletrônica…
Em 1991 no Rock in Rio II os índices chegaram a apontar 150 dB. Revista VEJA v. 24, n. 33, 1991 - artigo RUÍDO ENSURDECEDOR.
Níveis sonoros de atividade de lazer. Ruídos contínuos. Fonte Axelsson, A. et al.
Os equipamentos com fones de ouvidos, também podem alcançar potências muito altas em seus micro alto-falantes
Usuários elevam a intensidade para encobrir sons externos como conversação, ruídos de trânsito ou outros ruídos ambientais.
Indivíduos que utilizam estes equipamentos (walkman) apreciam um nível de intensidade sonora que geralmente está entre 70 e 100 dBA (KURAS, 1974)
MP3, iPod 100 / 110dB
ALERTA!!!!!
Jovens mesmo antes de iniciarem as fases produtivas de suas vidas, já podem
apresentar uma lesão do órgão auditivo.
DISCUSSÃO Estariam os jovens correndo riscos de lesão
auditiva ao freqüentarem “baladas” ou usarem aparelhos de amplificação sonora com fones de ouvidos? Os limiares auditivos estariam se modificando em face a crescente "poluição sonora" a que estes sujeitos estão expostos desde a infância?
A Organização Panamericana da Saúde (1983)
Recomenda limites de exposição a ruídos, classificando os diversos ambientes.
Ambiente de trabalho não existirá risco identificável de problema auditivo se os níveis de ruído não atingirem a 75 dB (A), por 8 horas de serviço.
Recomenda ainda que os ruídos externos diurnos, em geral, não sejam superiores a 55 dB (A) e noturnos não superiores a 45 dB (A). têm uma conotação de bem estar geral, além de levar em conta a comunicação oral.
Apesar de considerar a possibilidade de lesão auditiva induzida por música eletrônica, não impõe limites ou sugere normas para controle desta atividade.
Portaria número 92 de 19 de Junho de 1980 do Ministério do Interior (Brasil)
dispõe sobre a emissão de sons e ruídos em decorrência de quaisquer atividades industriais, comerciais, sociais ou recreativas e resolve:
"Parágrafo II: consideram-se prejudiciais à saúde e ao sossego público os sons e ruídos que:
a) atingem no ambiente exterior do recinto em que têm origem nível de mais de 10 dB (A) acima do ruído de fundo existente no local sem tráfego;
b) independente do ruído de fundo, atinjam no ambiente exterior do recinto em que tem origem, mais de 70 dB (A) durante o dia 60 dB (A) durante a noite;
A Prefeitura do município de São Paulo tem como referência a chamada "Lei do Silêncio" cujas normas estão estabelecidas no decreto número
11.467 de 30 de Outubro de 1974 e na lei número 8.106 de 30 de Agosto de 1974.
Estas normas dispõem sobre ruídos exteriores e determinam limites de ruídos, considerando o horário diurno e noturno e respeitando a lei de zoneamento da cidade. Não há referência ou
limites para ruídos de estabelecimentos musicais.
FLUGRATH et al. (1971) 118 jovens entre 13 e 20 anos realizando testes audiométricos antes e após 10 a 600
minutos da exposição à música "rock".
Observou que o TTS ocorreu mais freqüentemente em homens,
principalmente nos 10 primeiros minutos.
A freqüência mais atingida era a de 6000 Hz e em segundo lugar a de 3000 Hz
FEARN, em 1981 audiometria em crianças entre 9 e 12 anos e entre 13 e
16 anos, das zonas rural e urbana e que se expõem ou não a música "pop" amplificada.
aparentemente as crianças da zona rural têm limiares melhores que as urbanas. Já aos 12 anos, 44% dos jovens aderem ao hábito e portanto a exposição à
música amplificada começa muito cedo e envolve um grande número de crianças.
Conclui que as diferenças de limiares auditivos entre freqüentadores e não freqüentadores são mínimas na idade de 9 a 12 anos e são maiores e nas freqüências
mais altas, no grupo de 13 a 16 anos.
RICE et al. (1987)
Analisaram em dois estudos o nível de intensidade sonora que os usuários de "walkman" costumam ouvir .
Primeiro estudo apresentaram a um grupo um aparelho balanceado e verificaram que os níveis preferenciais em média eram de 80.7 dB (A) e quando expostos a um ruído de fundo, simulando ruído de trânsito de automóveis, o aumento das intensidades passou em média para 85.1 dB (A).
RICE et al. (1987)
Segundo estudo foi realizado nas ruas da cidade em indivíduos escolhidos ao acaso;
Não encontraram neste caso diferenças significativas dos hábitos em relação a intensidades aplicadas aos aparelhos;
Consideram que 25% dos ouvintes usavam intensidades de 90 dB (A) e 5% acima de 100 dB (A);
Concluíram que além destes dados o tempo de exposição é também importante fator de risco;
os 5% dos indivíduos que se expõem a intensidades acima de 100 dB (A) estão muito mais sujeitos a lesão.
Não existe entre nós legislação que especifique limites máximos de ruídos no
interior dos recintos onde são apresentadas músicas eletronicamente amplificadas,
limitando-se apenas a regulamentar ruídos produzidos nestes ambientes e que
incomodariam a vizinhança. Portanto, cabe ao indivíduo a decisão de se expor mais ou
menos a estes ruídos.
O QUE FAZER?
PROTEGER-SE
Protetores Auriculares
Exposição a música em NPS elevadosAtividades automobilísticas
Tiro ao alvoCaça
Protetores auriculares
Universais
Personalizados
Protetores auricularesNRR (Noise reduction rating)
É uma medida em deciBels de quanto um protetor auricular reduz o ruído, de acordo com as normas da agência de proteção ambiental;
Quanto maior o NRR, maior será a redução do ruído;
Quando dois protetores forem utilizados combinados a NRR será de aproximadamente 5dB acima da eficácia do protetor com maior atenuaçãoPor ex.: Ear Plug NRR 29 + Concha (NRR 29) = NRR
34dB
NRR deve ser descrita em cada protetor auricular - CA
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Protetores auricularesUniversais
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Protetores auricularesUniversais - atenuação
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Redução maior nas altas freqüências
Protetores auricularesUniversais - atenuação
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Protetores auricularesUniversais – alta fidelidade
Protetores que preservam a qualidade sonora e reduzem a intensidade sonora em torno de 20dB (ER-20) para todas as freqüências
Não gera distorção distorção da fala e música
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Protetores auricularesUniversais – alta fidelidade
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Protetores auricularesPersonalizados – alta fidelidade –
músicos
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Protetores auricularesPersonalizados – alta fidelidade –
músicos
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Som de um violino com o protetor ER personalizado
Personalizados – alta fidelidade – músicos
Inserção
Para evitar efeito de oclusão (falar, cantar, tocar instrumentos de sopro)
passar a segunda curva
Fones com redução de ruído
ER-6 isolator earphonesUsado acoplado nos fones de ipod, MP3Boa qualidade sonora com ótimo
isolamentoacústico
Fones com redução de ruído
Efetividade protetor
Orientação (conscientização)
Colocação
OBRIGADA!!!!