42
Disciplina: Manejo de Fauna Professor ANTÔNIO L. RUAS NETO Tema: AMBIENTE ANTRÓPICO, SINANTROPIA E SAÚDE HUMANA

Disciplina: Manejo de Faunaprofessor-ruas.yolasite.com/resources/Aula_especial (2).pdf• Situação comum no Rio Grande do Sul: alagados abandonados e poluídos com risco de esquistossomose

  • Upload
    others

  • View
    0

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Disciplina: Manejo de Faunaprofessor-ruas.yolasite.com/resources/Aula_especial (2).pdf• Situação comum no Rio Grande do Sul: alagados abandonados e poluídos com risco de esquistossomose

Disciplina: Manejo de Fauna Professor ANTÔNIO L. RUAS NETO

Tema:

AMBIENTE ANTRÓPICO, SINANTROPIA E SAÚDE HUMANA

Page 2: Disciplina: Manejo de Faunaprofessor-ruas.yolasite.com/resources/Aula_especial (2).pdf• Situação comum no Rio Grande do Sul: alagados abandonados e poluídos com risco de esquistossomose

• Roteiro da aula

• 1. Conceitos básicos.

• 1.1 Ambiente antrópico, sinantropia, animais sinantrópicos.

• 3. Fluxograma ecológico ambiente-doenças infecciosas.

• 4. Exemplos e conclusões

• 5. Exercício em grupo: escolher um exemplo de espécie

sinantrópica de distribuição cosmopolita e analisar: origem da

espécie, processo de sinantropização e possibilidade de controle

biológico. Por exemplo, Rattus rattus, R. norvergicus, Mus

musculus, Periplaneta americana, Musca domestica, Columba

livia, etc.

Page 3: Disciplina: Manejo de Faunaprofessor-ruas.yolasite.com/resources/Aula_especial (2).pdf• Situação comum no Rio Grande do Sul: alagados abandonados e poluídos com risco de esquistossomose

• 1. Fluxograma ecológico ambiente-agente

infeccioso/parasitário -hospedeiro

Ambiente

Agente Hospedeiro

• No caso das doenças humanas, o ambiente antrópico, modificado, propiciou a adaptação de inúmeros agentes, hospedeiros e outros elos relacionados à sua transmissão. O ambiente antrópico é onde a sinantropia ocorre.

Page 4: Disciplina: Manejo de Faunaprofessor-ruas.yolasite.com/resources/Aula_especial (2).pdf• Situação comum no Rio Grande do Sul: alagados abandonados e poluídos com risco de esquistossomose

Ambiente

Agente Hospedeiro

• O ambiente antrópico é influenciado pelo modo de vida das sociedades, suas produções econômicas e suas culturas. As doenças humanas endêmicas e epidêmicas resultam desta adaptação.

• 1. Fluxograma ecológico ambiente-doenças infecciosas

Page 5: Disciplina: Manejo de Faunaprofessor-ruas.yolasite.com/resources/Aula_especial (2).pdf• Situação comum no Rio Grande do Sul: alagados abandonados e poluídos com risco de esquistossomose

• 2. Zoonoses.

• Vimos na disciplina de Saúde Coletiva que a Epidemiologia

Ambiental e várias outras disciplinas na área da saúde tem

uma interface direta com a maioria das doenças infecciosas

que são consideradas zoonoses atuais ou passadas. Outros

elos destas doenças são vetores e reservatórios animais.

• Estas doenças relacionam-se diretamente a processos

ecológicos de adaptação dos vários elos envolvidos.

• Exemplos: Dengue, Doença de Chagas, leptospirose, etc.

Page 6: Disciplina: Manejo de Faunaprofessor-ruas.yolasite.com/resources/Aula_especial (2).pdf• Situação comum no Rio Grande do Sul: alagados abandonados e poluídos com risco de esquistossomose

• Zoonoses são doenças infecciosas comuns a humanos e

animais vertebrados.

• Nas zoonoses os animais vertebrados cumprem o mesmo

papel epidemiológico humano, são hospedeiros dos agentes

infecciosos e são chamados de reservatórios animais.

Qualquer doença causada por macro ou microrganismo

parasitário pode ser uma zoonose.

• Doenças infecciosas em que não há ou não se conhecem

reservatórios animais são chamadas de antroponoses.

• Zoonoses ou antroponoses pode ser transmitidas por

invertebrados, chamados genericamente de vetores.

• 2. Zoonoses

Page 7: Disciplina: Manejo de Faunaprofessor-ruas.yolasite.com/resources/Aula_especial (2).pdf• Situação comum no Rio Grande do Sul: alagados abandonados e poluídos com risco de esquistossomose

• Nem sempre a denominação de vetores é aplicável. É

correta apenas quando indicar um invertebrado que faz uma

ponte direta entre dois hospedeiros. Neste caso subdividem-

se em vetores mecânicos (sem reprodução do agente) ou

biológicos (com reprodução do agente).

• Outros elos das doenças relacionadas a animais e suas

denominações são:

• a) Animais peçonhentos; b) Insetos hematófagos que causam

alergias e dermatites (mosquitos, borrachudos, carrapatos,

etc.); c) Insetos disseminadores (moscas e baratas); d) Insetos

ou ácaros ectoparasitos escavadores, causadores de miíases

(Sarcoptes scabiei, Tunga penetrans, Dermatobia hominis,

Cochlyomyia hominivorax, etc.).

• Animais que são hospedeiros intermediários e não se

enquadram nas categorias anteriores, como moluscos e outros.

• 3. Vetores e outros elos.

Page 8: Disciplina: Manejo de Faunaprofessor-ruas.yolasite.com/resources/Aula_especial (2).pdf• Situação comum no Rio Grande do Sul: alagados abandonados e poluídos com risco de esquistossomose

• 4. Animais sinantropicos.

• Vimos que o ambiente antrópico é aquele modificado pelas atividades humanas, organizadas nas sociedades. Esta modificação ambiental impulsiona uma seleção natural nos organismos em geral. Este é o fenômeno da sinantropia e a consequência mais importante desta invasão e proliferação no ambiente antrópico são as agressões na saúde humana.

• • Sinantropia significa viver junto com o homem. É o fenômeno

da sinantropia, uma condição de especiação via seleção natural.

• A sinantropia é classicamente a adaptação ao ambiente contruído, urbanizado e é quase um sinônimo de adaptação evolutiva às urbes. Pode haver sinantropia em ambientes não urbanos?

• Como diferenciar-se sinantropia do parasitismo? Debater.

Page 9: Disciplina: Manejo de Faunaprofessor-ruas.yolasite.com/resources/Aula_especial (2).pdf• Situação comum no Rio Grande do Sul: alagados abandonados e poluídos com risco de esquistossomose

• 6. Animais e organismos parasitos.

• O parasitismo é uma interação interespecífica do tipo simbiose antagônica. O hospedeiro é prejudicado com a interação, podendo apresentar quadros de doença de várias gravidades ou morrer.

• No parasitismo o ambiente é o próprio corpo do hospedeiro. Portanto, teoricamente, não depende diretamente do ambiente externo. Isto é mais claro nos casos de endoparasitismo e ectoparasitismo permanentes.

• Nos casos de parasitos com fases externas, as modificações antrópicas são importantes e a condição confunde-se com a sinantropia.

• Um vetor clássico, o Aedes aegypti, é ao mesmo tempo um animal sinantrópico, um vetor e um ectoparasito temporário!

• No outro lado, roedores e baratas sinantrópicas, por exemplo, não são animais de interação parasitária e sim sinantrópicos!

Page 10: Disciplina: Manejo de Faunaprofessor-ruas.yolasite.com/resources/Aula_especial (2).pdf• Situação comum no Rio Grande do Sul: alagados abandonados e poluídos com risco de esquistossomose

• 6. Animais e organismos parasitos.

• No outro lado, roedores e baratas sinantrópicas, por exemplo, não são animais de interação parasitária e sim sinantrópicos!

Page 11: Disciplina: Manejo de Faunaprofessor-ruas.yolasite.com/resources/Aula_especial (2).pdf• Situação comum no Rio Grande do Sul: alagados abandonados e poluídos com risco de esquistossomose

• 7. Parasitismo.

• Os tipos de parasitos quanto à localização no hospedeiro

são: •

i) Ectoparasitos: vivem na pele do hospedeiro, superficialmente ou em suas camadas profundas. Exemplos: Sarcoptes scabiei; ii) Endoparasitos: vivem em órgãos ou tecidos profundos do hospedeiros: exemplo: Echinococcus granulosus.

Page 12: Disciplina: Manejo de Faunaprofessor-ruas.yolasite.com/resources/Aula_especial (2).pdf• Situação comum no Rio Grande do Sul: alagados abandonados e poluídos com risco de esquistossomose

• 7. Parasitismo.

• Os tipos de parasitos quanto à exigência de hospedeiro

intermediário são:

• i) Monoxênicos: exigem apenas um único hospedeiro para completar o seu ciclo vital, como no caso da Entamoeba hitolytica. ii) Heteroxênicos: exigem dois ou mais hospedeiros para completar o seu ciclo vital, sendo o hospedeiro definitivo aquele onde o parasito completa o seu ciclo de reprodução sexual e o intermediário aquele onde o parasito se desenvolve mas não se reproduz, ou se reproduz de forma assexual. Por exemplo, Taenia solium se desenvolve sem reproduzir-se nos suínos e reproduz-se sexuadamente nos humanos.

Page 13: Disciplina: Manejo de Faunaprofessor-ruas.yolasite.com/resources/Aula_especial (2).pdf• Situação comum no Rio Grande do Sul: alagados abandonados e poluídos com risco de esquistossomose

• 7. Parasitismo.

• Os hospedeiros classificam-se como:

• i) Hospedeiro definitivo : alberga a forma adulta do parasito,

aplicável para parasitos heteroxênicos.

• ii) Hospedeiro intermediário: alberga a forma larval do parasito, que se desenvolveu neste, sendo esta definida como pré-sexuada; também aplicável somente a parasitos heteroxênicos.

• iii) Hospedeiro paratênico: adquire e mantém a forma larval, mas esta não se desenvolve. Ver exemplos em ciclos complexos como o do Diocthophyme renale.

• A seguir vários exemplos. Debater as categorias de cada um.

Page 14: Disciplina: Manejo de Faunaprofessor-ruas.yolasite.com/resources/Aula_especial (2).pdf• Situação comum no Rio Grande do Sul: alagados abandonados e poluídos com risco de esquistossomose

• Ectoparasitos e vetores

Sarcoptes scabiei e escabiose

Barbeiros: Triatoma

infestans e Panstrongylus

megistus

Tunga penetrans e tungíase

Page 16: Disciplina: Manejo de Faunaprofessor-ruas.yolasite.com/resources/Aula_especial (2).pdf• Situação comum no Rio Grande do Sul: alagados abandonados e poluídos com risco de esquistossomose

•Figs. 1-5 : Tunga penetrans e tungíase.

Page 18: Disciplina: Manejo de Faunaprofessor-ruas.yolasite.com/resources/Aula_especial (2).pdf• Situação comum no Rio Grande do Sul: alagados abandonados e poluídos com risco de esquistossomose

Musca domestica: inseto sinantrópico clássico

Page 19: Disciplina: Manejo de Faunaprofessor-ruas.yolasite.com/resources/Aula_especial (2).pdf• Situação comum no Rio Grande do Sul: alagados abandonados e poluídos com risco de esquistossomose

Muscídeos diversos reproduzem em ambiente degradado

Page 20: Disciplina: Manejo de Faunaprofessor-ruas.yolasite.com/resources/Aula_especial (2).pdf• Situação comum no Rio Grande do Sul: alagados abandonados e poluídos com risco de esquistossomose

Lixões: ambiente insalubre propício a animais sinantrópicos

Page 21: Disciplina: Manejo de Faunaprofessor-ruas.yolasite.com/resources/Aula_especial (2).pdf• Situação comum no Rio Grande do Sul: alagados abandonados e poluídos com risco de esquistossomose

Periplaneta americana: outro inseto

sinantrópico clássico

Page 22: Disciplina: Manejo de Faunaprofessor-ruas.yolasite.com/resources/Aula_especial (2).pdf• Situação comum no Rio Grande do Sul: alagados abandonados e poluídos com risco de esquistossomose
Page 23: Disciplina: Manejo de Faunaprofessor-ruas.yolasite.com/resources/Aula_especial (2).pdf• Situação comum no Rio Grande do Sul: alagados abandonados e poluídos com risco de esquistossomose
Page 24: Disciplina: Manejo de Faunaprofessor-ruas.yolasite.com/resources/Aula_especial (2).pdf• Situação comum no Rio Grande do Sul: alagados abandonados e poluídos com risco de esquistossomose

• Exemplos de doenças infecciosas associadas à falta de saneamento

D o e n ç a A g e n te c a u s a d o r F o rm a d e c o n tá g io

A m e b ía se o u d ise n te ria a m e b ia n a

P ro to zo á rio E n ta m o e b a h is to ly tica In g e s tã o d e á g u a o u a lim e n to s co n ta m in a d o s p o r c is to s

A sca rid ía se o u lo m b rig a

N e m a tó id e A sca ris lu m b rico id e s In g e s tã o d e a g u a o u a lim e n to s co n ta m in a d o s p o r o vo s

A n c ilo s to m o se O vo d e N e ca to r a m e rica n u s e d o A n cy lo s to m a d u o d e n a le

A la rva p e n e tra n a p e le (p é s d e sca lço s ) o u o vo s p e la s m ã o s su ja s e m co n ta to co m a b o ca

C ó le ra B a c té ria V ib rio ch o le ra e In g e s tã o d e á g u a co n ta m in a d a

D ise n te ria b a c ila r B a c té ria S h ig e lla sp In g e s tã o d e á g u a , le ite e a lim e n to s co n ta m in a d o s

E sq u is to sso m o se A sq u e lm in to S ch is to sso m a m a n so n i In g e s tã o d e á g u a co n ta m in a d a , a tra vé s d a p e le

F e b re a m a re la V íru s F la v iv iru s sp P ica d a d o m o sq u ito A e d e s a e g yp ti

F e b re p a ra tifó id e B a c té ria s S a lm o n e lla p a ra typ h i, S . sch o ttm u e lle r i e S . h irsh je d i

In g e s tã o d e á g u a e a lim e n to s co n ta m in a d o s , e m o sca s ta m b é m p o d e m tra n sm itir

F e b re tifó id e B a c té ria S a lm o n e lla typ h i In g e s tã o d e á g u a e a lim e n to s co n ta m in a d o s

H e p a tite A V íru s d a H e p a tite A In g e s tã o d e a lim e n to s co n ta m in a d o s , co n ta to fe ca l -o ra l

M a lá ria P ro to zo á rio P la sm o d iu m ssp P ica d a d a fê m e a d o m o sq u ito A n o p h e le s sp

P e s te b u b ô n ica B a c té ria Y e rs in ia p e s tis P ica d a d e p u lg a s

P o lio m ie lite V íru s E n te ro v iru s C o n ta to fe ca l-o ra l, fa lta d e h ig ie n e

S a lm o n e lo se B a c té ria S a lm o n e lla sp A n im a is d o m é s tico s o u s ilve s tre s in fe c ta d o s

T e n ía se o u so litá r ia

P la te lm in to T a e n ia so liu m e T a e n ia sa g in a ta

In g e s tã o d e ca rn e d e p o rco e g a d o in fe c ta d o s

Page 25: Disciplina: Manejo de Faunaprofessor-ruas.yolasite.com/resources/Aula_especial (2).pdf• Situação comum no Rio Grande do Sul: alagados abandonados e poluídos com risco de esquistossomose

Doenças causadas pela falta de Saneamento

D o e n ç a A g e n te c a u s a d o r F o rm a d e c o n tá g io

A m e b ía se o u d ise n te ria a m e b ia n a

P ro to zo á rio E n ta m o e b a h is to ly tica In g e s tã o d e á g u a o u a lim e n to s co n ta m in a d o s p o r c is to s

A sca rid ía se o u lo m b rig a

N e m a tó id e A sca ris lu m b rico id e s In g e s tã o d e a g u a o u a lim e n to s co n ta m in a d o s p o r o vo s

A n c ilo s to m o se O vo d e N e ca to r a m e rica n u s e d o A n cy lo s to m a d u o d e n a le

A la rva p e n e tra n a p e le (p é s d e sca lço s ) o u o vo s p e la s m ã o s su ja s e m co n ta to co m a b o ca

C ó le ra B a c té ria V ib rio ch o le ra e In g e s tã o d e á g u a co n ta m in a d a

D ise n te ria b a c ila r B a c té ria S h ig e lla sp In g e s tã o d e á g u a , le ite e a lim e n to s co n ta m in a d o s

E sq u is to sso m o se A sq u e lm in to S ch is to sso m a m a n so n i In g e s tã o d e á g u a co n ta m in a d a , a tra vé s d a p e le

F e b re a m a re la V íru s F la v iv iru s sp P ica d a d o m o sq u ito A e d e s a e g yp ti

F e b re p a ra tifó id e B a c té ria s S a lm o n e lla p a ra typ h i, S . sch o ttm u e lle r i e S . h irsh je d i

In g e s tã o d e á g u a e a lim e n to s co n ta m in a d o s , e m o sca s ta m b é m p o d e m tra n sm itir

F e b re tifó id e B a c té ria S a lm o n e lla typ h i In g e s tã o d e á g u a e a lim e n to s co n ta m in a d o s

H e p a tite A V íru s d a H e p a tite A In g e s tã o d e a lim e n to s co n ta m in a d o s , co n ta to fe ca l -o ra l

M a lá ria P ro to zo á rio P la sm o d iu m ssp P ica d a d a fê m e a d o m o sq u ito A n o p h e le s sp

P e s te b u b ô n ica B a c té ria Y e rs in ia p e s tis P ica d a d e p u lg a s

P o lio m ie lite V íru s E n te ro v iru s C o n ta to fe ca l-o ra l, fa lta d e h ig ie n e

S a lm o n e lo se B a c té ria S a lm o n e lla sp A n im a is d o m é s tico s o u s ilve s tre s in fe c ta d o s

T e n ía se o u so litá r ia

P la te lm in to T a e n ia so liu m e T a e n ia sa g in a ta

In g e s tã o d e ca rn e d e p o rco e g a d o in fe c ta d o s

Page 26: Disciplina: Manejo de Faunaprofessor-ruas.yolasite.com/resources/Aula_especial (2).pdf• Situação comum no Rio Grande do Sul: alagados abandonados e poluídos com risco de esquistossomose

• Falta de saneamento e doenças de veiculação hídrica. Exemplo 1: Ascaridíase

• Causa principal: presença de

ovos na água de consumo;

penetração oral;

• Causas predisponentes:

manutenção do ciclo fecal- oro -

aquático.

• Ação saneante de maior impacto:

educação sanitária, instalação e

uso de banheiros; monitoramento

participativo.

• Ação complementar: tratamento

medicamentoso da verminose.

Page 27: Disciplina: Manejo de Faunaprofessor-ruas.yolasite.com/resources/Aula_especial (2).pdf• Situação comum no Rio Grande do Sul: alagados abandonados e poluídos com risco de esquistossomose

• Exemplo 2: Esquistossomose. • Causa principal: presença de cercárias na

água; penetração cutânea;

• Causas predisponentes: manutenção do ciclo

fecal-aquático.

• Ações saneantes de maior impacto: educação

sanitária, instalação e uso de banheiros;

monitoramento participativo.

• Ação de baixo impacto: controle dos

planorbídeos.

Page 28: Disciplina: Manejo de Faunaprofessor-ruas.yolasite.com/resources/Aula_especial (2).pdf• Situação comum no Rio Grande do Sul: alagados abandonados e poluídos com risco de esquistossomose

Valas abertas: manancial contaminado, risco de leptospirose, criadouro de mosquitos urbanos e abrigo de roedores.

Alagados abandonados e poluídos: risco de esquistossomose.

Page 29: Disciplina: Manejo de Faunaprofessor-ruas.yolasite.com/resources/Aula_especial (2).pdf• Situação comum no Rio Grande do Sul: alagados abandonados e poluídos com risco de esquistossomose

• Situação comum no Rio Grande do Sul: alagados abandonados e poluídos com risco de esquistossomose.

• Valas abertas e mananciais costeiros poluídos com lixo e esgoto, com risco de transmissão de leptospirose.

• Lixões expostos

Page 30: Disciplina: Manejo de Faunaprofessor-ruas.yolasite.com/resources/Aula_especial (2).pdf• Situação comum no Rio Grande do Sul: alagados abandonados e poluídos com risco de esquistossomose

• Situação comum no Rio Grande do Sul: alagados abandonados e poluídos com risco de esquistossomose.

Page 31: Disciplina: Manejo de Faunaprofessor-ruas.yolasite.com/resources/Aula_especial (2).pdf• Situação comum no Rio Grande do Sul: alagados abandonados e poluídos com risco de esquistossomose

Risco de esquistossomose no RGS: banhado do Azeite em Esteio. Notar a placa de advertência destruída.

Page 32: Disciplina: Manejo de Faunaprofessor-ruas.yolasite.com/resources/Aula_especial (2).pdf• Situação comum no Rio Grande do Sul: alagados abandonados e poluídos com risco de esquistossomose

• Ação saneante: organização de aterro

• Situação comum no RGS: lixões expostos

Page 33: Disciplina: Manejo de Faunaprofessor-ruas.yolasite.com/resources/Aula_especial (2).pdf• Situação comum no Rio Grande do Sul: alagados abandonados e poluídos com risco de esquistossomose
Page 34: Disciplina: Manejo de Faunaprofessor-ruas.yolasite.com/resources/Aula_especial (2).pdf• Situação comum no Rio Grande do Sul: alagados abandonados e poluídos com risco de esquistossomose

• Falta de saneamento e doenças associadas aos depósitos irregulares

de lixo. Exemplo 1: Leptospirose.

• Causa principal: presença de leptospiras na água, liberadas por mamíferos

infectados, como os roedores; penetração cutânea; Causas predisponentes:

atividades humanas no ambiente contaminado; contato com a água parada;

• Ação saneante de maior impacto: eliminação de lixões; Ações

complementares: educação sanitária; saúde dos trabalhadore, equipamentos de

proteção individual.

Page 35: Disciplina: Manejo de Faunaprofessor-ruas.yolasite.com/resources/Aula_especial (2).pdf• Situação comum no Rio Grande do Sul: alagados abandonados e poluídos com risco de esquistossomose

• Teníase por T. solium e cisticercose

Ingestão de lixo com fezes e ovos

Ingestão de suínos contaminados e não inspecionados

• Causa principal da teníase: ingestão de suínos contaminados; transmissão oral.

Causas predisponentes: criação de suínos nos lixões.

• Causa principal da cisticercose: alimentos e água contaminados com fezes

humanas de pessoas com teníase; transmissão oral.

• Ações saneantes de maior

impacto: eliminação das

criações suínas e bovinas

anti-higiênicas; saneamento

básico nas comunidades;

diagnóstico e tratamento

dos pacientes infectados;

• Ações complementares:

educação sanitária;

eliminação dos lixões;

inspeção rigorosa da carne

consumida.

Page 36: Disciplina: Manejo de Faunaprofessor-ruas.yolasite.com/resources/Aula_especial (2).pdf• Situação comum no Rio Grande do Sul: alagados abandonados e poluídos com risco de esquistossomose

• Cisticercose presente na carcaça suína.

Page 37: Disciplina: Manejo de Faunaprofessor-ruas.yolasite.com/resources/Aula_especial (2).pdf• Situação comum no Rio Grande do Sul: alagados abandonados e poluídos com risco de esquistossomose

• Culicídeos (mosquitos) sinantrópicos proliferam largamente e depósitos de água parada nos lixões. A espécie mais importante atualmente é o Aedes aegypti, vetor do dengue clássico e hemorrágico.

• O A. aegypti e seu similar A. albopictus proliferam em coleções de água da chuva eutrofizadas, como em vasos, latas, tampas, etc.

• Falta de saneamento e doenças associadas aos depósitos

irregulares de lixo de veiculação alimentar: Exemplo 2:

Dengue.

Page 38: Disciplina: Manejo de Faunaprofessor-ruas.yolasite.com/resources/Aula_especial (2).pdf• Situação comum no Rio Grande do Sul: alagados abandonados e poluídos com risco de esquistossomose

• Situação comum no RGS: depósitos diversos de água da chuva, formando locais de proliferação do A. aegypti.

Page 39: Disciplina: Manejo de Faunaprofessor-ruas.yolasite.com/resources/Aula_especial (2).pdf• Situação comum no Rio Grande do Sul: alagados abandonados e poluídos com risco de esquistossomose

• Os simulídeos sinantrópicos no RGS pertencem principalmente à espécie Simulium pertinax. Ao proliferarem localmente atingem densidades elevadíssimas, causando incômodo permanente, impossibilidade de trabalho agrícola e dermato-alergias severas.

• A relação da sua proliferação e a contaminação de mananciais rurais por esgoto é menos conhecida. Ocorre que eles aproveitam grandemente a eutrofização dos cursos aquáticos a partir dos despejos de esgoto doméstico de fonte humana ou de criações domésticas como a dos suínos.

• Falta de saneamento e doenças relacionadas à poluição

ambiental pelos esgotos domésticos em zonas rurais.

Exemplo: simulídeos sinantrópicos

Page 40: Disciplina: Manejo de Faunaprofessor-ruas.yolasite.com/resources/Aula_especial (2).pdf• Situação comum no Rio Grande do Sul: alagados abandonados e poluídos com risco de esquistossomose

Riachos com poluição orgânica por esgoto, com proliferação de simulídeos.

Page 41: Disciplina: Manejo de Faunaprofessor-ruas.yolasite.com/resources/Aula_especial (2).pdf• Situação comum no Rio Grande do Sul: alagados abandonados e poluídos com risco de esquistossomose

• A relação do ambiente antrópico alterado, observado na falta

de saneamento e as doenças humanas é clara.

• A importância do saneamento e sua associação à saúde

humana remonta às mais antigas culturas. Hipócrates, quase 500

anos A. C., já salientava a relação de doenças com “ares, água e

lugares”, marcados com a insalubridade da visão da época.

• Água de consumo isenta de patógenos, soluções salubres para

o lixo doméstico e esgoto são direitos básicos em qualquer

sociedade. Da mesma forma, inclui-se habitações adequadas e

restauração ambiental dos ambientes antrópicos, que busque um

equilíbrio entre o construído e o natural.

• São desafios para os pesquisadores e pensadores em geral

das ciências naturais, em especial da Biologia como recorte

científico.

• Conclusões.

Page 42: Disciplina: Manejo de Faunaprofessor-ruas.yolasite.com/resources/Aula_especial (2).pdf• Situação comum no Rio Grande do Sul: alagados abandonados e poluídos com risco de esquistossomose

• Ávila-Pires, F. D. de. Princípios de ecologia médica.

Florianópolis, Editora da UFSC, 2000.

• Forattini, O. P. Ecologia, epidemiologia e sociedade. Artes

Médicas, São Paulo, 1992.

• Marcondes, C. B. Entomologia médica e veterinária. Editora

Atheneu, São Paulo, 2001.

• Ministério da Saúde. Manual de saneamento. 3. ed. Fundação

Nacional de Saúde, 2004.

• Ministério da Saúde. Manual do agente indígena de

saneamento. 2. ed. Fundação Nacional de Saúde, 2006.

• Neves, D. P.; Melo, A. L. de; Genaro, O. & Linardi, P. M.

Parasitologia humana. 9 ed. São Paulo, Editora Atheneu, 1995.

• Organización Panamericana de la Salud. Zoonosis y

enfermedades transmisibles comunes al hombre y a los animales.

2ª ed. Publicación Científica 503, 1986.

• Robinson, W. H. Urban entomology. Insect and mite pests in the

human environment. Chapman & Hall, Londres, 1996.

• Bibliografia.