Dissertação - camara municipal, relacao entre poderes e producao legislativa

8/17/2019 Dissertação - camara municipal, relacao entre poderes e producao legislativa

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PAULO MAGALHÃES ARAÚJO

INSTITUIÇÕES POLÍTICAS E DEMOCRACIA:PROCESSO E PRODUÇÃO LEGISLATIVOS

NA CÂMARA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE1989-1996

Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado emCin!ia Po"#ti!a da $a!u"dade de $i"oso%ia e Cin!iasHumanas da Uni&ersidade $edera" de Minas Gerais'!omo re(uisito par!ia" ) o*tenção do t#tu"o de Mestre+

,rea de !on!entração- Cin!ia Po"#ti!a

Orientadora-Pro%a+ Dra+ Maria de $.tima Jun/o AnastasiaDepartamento de Cin!ia Po"#ti!aUni&ersidade $edera" de Minas Gerais

B!" H"#$%"&'()*+!,), , ($!"".$) C$/&*$) H+0)&) ,) U(MG

221


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Dissertação de%endida e apro&ada' em 01 de março de 2330' pe"a *an!a e4aminadora!onstitu#da pe"os pro%essores-

555555555555555555555555555555555555555555555555555555 Pro%a+ Dra+ Maria de $.tima Jun/o Anastasia 6 Orientadora

55555555555555555555555555555555555555555555555555555555 Pro%+ Dr+ Car"os Ranu"%o $e"i4 de Me"o

55555555555555555555555555555555555555555555555555555555

Pro%+ Dr+ C".udio Gonça"&es Couto


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A Cida' Maria' Marta e Pau"o-Min/as trs mães e meu pai+


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AGRADECIMENTOS

Esta pes(uisa não teria sido poss#&e" nem tão pra7erosa sem a !o"a*oração de pessoas e

instituiç8es+

A9radeço a Maria de $.tima Jun/o Anastasia pe"a orientação !ompetente e pe"a atenção e

respeito sempre dedi!ados a mim e ao meu tra*a"/o+

: pro%essora e ami9a Ma9na ;n.!io e aos ami9os (ue %i7 na 9raduação' Ana Ra(ue"' Car"a'

C

todos a(ue"es (ue a !urta mem?ria' por&entura' me ten/a %eito es(ue!er inustamente+

: $apemi9 pe"a !on!essão de *o"sa de pes(uisa' ) $a%i!/ e ao Departamento de Cin!ia

Po"#ti!a pe"o apoio institu!iona"+

Por %im' a9radeço ) min/a %am#"ia pe"o apoio de sempre+


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SUM3RIO

I&'#",+45" 03

C)7'+!" I: S"# ) R)*$"&)!$,), ) A45" C"!'$) ) I&'$'+$4; ) E')$!$,), ,) E*"!0)#) M+&$*$)! , B!" H"#$%"&' KK

0+ Le9is"ati&os- uma proposta de estudo e !omparação K

2+ Mode"o Or9ani7a!iona" e Pro!esso Le9is"ati&o na Literatura BorteAmeri!ana K

I+ Pro!esso Le9is"ati&o e Mode"os Or9ani7a!ionais no rasi" I

+ Pro!esso Le9is"ati&o nos Go&ernos Estaduais- Assem*"


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C)7'+!" III : R)*$"&)!$,), I&,$$,+)! M",!" , I&'#)45" E?*+'$"--L=$!)'$": ()'"# E?!$*)'$" ,) P#",+45" L=$!)'$) &) CMBH02

0+ Ra!iona"idade e Patrona9em- Coment.rios ;ni!iais 021

2+ Produção Le9a" e Con%"ito Po"#ti!o- Uma ipo"o9ia das Po"#ti!as P@*"i!as

02

I+ Mode"os de ;nteração E4e!uti&oLe9is"ati&o e Produção Le9is"ati&ana CMH

0I1

+ Ra!iona"idade' ;nstituiç8es e Patrona9em na ;nteração E4e!uti&o Le9is"ati&o no rasi"0I

1+ Produção Le9a" Ordin.ria- $isio"o9ismo e Autonomia na Re"ação entre os Poderes E4e!uti&o e Le9is"ati&o013

K+ A Produção Le9a" na CMH entre 0F e 0K- ;ndi!adores de A"teração na Dinmi!a Le9is"ati&a0K2

C"&*!+5" 01

R.#/&*$) B$!$"=#@.$*) 0F0

A&?" 0F


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LISTA DE UADROS E TABELAS

+),#"

0- O pro!esso "e9is"ati&o na CMH02I

2+ ipos de "ei' por nature7a e a*ran9n!ia dos *ene%#!ios 02F

I+ Mode"os de interação E4e!uti&oLe9is"ati&o 0

T)!)

0+ B@mero de "eis e tempo m


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ori9em e destino 023

+ empo m


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RESUMO

Esta dissertação apresenta uma pes(uisa te?ri!a e emp#ri!a !uos temas 9en


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INTRODUÇÃO


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1 S$'0) D*$#$" P#",+45" L=$!)'$) &" B#)$!

Esta dissertação trata de dois temas em desta(ue nas atuais dis!uss8es so*re o sistema

po"#ti!o *rasi"eiro+ Um de"es re%erese ao pro!esso e ) produção "e9is"ati&os orientados pe"a

or9ani7ação interna da Cmara dos Deputados =CD>' o outro trata do re"a!ionamento entre

os poderes E4e!uti&o e Le9is"ati&o no interior do sistema presiden!ia"ista mu"tipartid.rio

&i9ente no pa#s+ Esses temas estão estreitamente "i9ados um ao outro+

A preo!upação do !/amado no&o institu!iona"ismo !om o %un!ionamento intramuros dos

par"amentos' e4pressa pe"a re!ente e amp"a *i*"io9ra%ia re"ati&a ao tema' de!orre da

per!epção de (ue os me!anismos internos das !maras "e9is"ati&as distri*uem direitos e

de&eres par"amentares e esta*e"e!em' assim' uma !orre"ação de %orças !ua !onsideração <

importante para a an."ise das estrat


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!ompetição e a parti!ipação po"#ti!as e en!amin/am re!ursos p@*"i!os para os indiduos'

os 9rupos so!iais ou toda a so!iedade+

Sa*ese' ademais' (ue os resu"tados da produção "e9a" serão tanto mais demo!r.ti!os

(uanto mais /ou&er e(ui"#*rio no !ontro"e de re!ursos pe"os a9entes do pro!esso de!is?rio+

Em !ontrapartida' a !on!entração de %orças e o !ontro"e desi9ua" desse pro!esso tende a

resu"tar em "eis (ue in!idem de %orma dis!ri!ion.ria so*re os 9rupos so!iais+ A an."ise da

interação dos men!ionados poderes permite !aptar a "?9i!a dos interesses em o9o e' por

de!orrn!ia' entender me"/or a produção "e9a" e os !on%"itos (ue e"a en!erra+

Bo sistema presiden!ia"ista *rasi"eiro' dadas as e4tensas prerro9ati&as do E4e!uti&o e a

importn!ia estrat


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edu!ação' transporte' p"aneamento ur*ano' sa@de' empre9o' !u"tura+ Essa < a instn!ia de

9o&erno mais pr?4ima do !idadão e' portanto' "ida diretamente !om os pro*"emas da &ida

!otidiana+

Em !onsonn!ia !om as (uest8es apresentadas' esta pes(uisa pretendeu identi%i!ar o

mode"o de or9ani7ação da produção "e9is"ati&a da Cmara Muni!ipa" de e"o Hori7onte

=CMH> em dois mandatos !onse!uti&os 6 0F02 e 0I0K 6 e o*ser&ar as

!ara!ter#sti!as %undamentais da interação E4e!uti&oLe9is"ati&o na muni!ipa"idade+ Com

isso' pro!urouse entender a produção "e9a" do muni!#pio' (ue < a !apita" de um estado

po"#ti!a e e!onomi!amente importante' e (ue representa um !aso re"e&ante da &ida po"#ti!a

muni!ipa" no rasi"+

Uti"i7ando mode"os te?ri!os a serem apresentados' o*eti&ouse- identi%i!ar' em !ada uma

das administraç8es' as !ara!ter#sti!as do mode"o or9ani7a!iona" &eri%i!ar (ue !oa"i78es ou

ne9o!iaç8es deram sustentação a !ada um dos 9o&ernos !"assi%i!ar a produção "e9is"ati&a'

se9undo !ate9orias (ue permitam a9rupar as "eis produ7idas ana"isar a produção

"e9is"ati&a' asso!iandoa ao mode"o or9ani7a!iona" e' por %im' ana"isar a produção "e9a"

ordin.ria' asso!iandoa ) nature7a da interação E4e!uti&oLe9is"ati&o+

As /ip?teses "e&antadas são as de (ue- no m*ito muni!ipa" 6 di%erentemente da a%irmação'em !erta "iteratura' de (ue /. %orte in%"un!ia partid.ria no Con9resso Ba!iona" 6 os

partidos e as !omiss8es tem.ti!as !edem "u9ar' ) atuação do "e9is"ador indi&idua" o

mode"o de or9ani7ação "e9is"ati&a da CMH' em am*as as "e9is"aturas' %omenta' em

maiQ,0I s !ap#tu"os ordenados da %orma apresentada a se9uir+

1 C)7'+!" I: S"# ) R)*$"&)!$,), ) A45" C"!'$) ) I&'$'+$4; )

E')$!$,), ,) E*"!


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a*orda9em dos %enmenos so!iais (ue' por sua e%i!in!ia ana"#ti!a' se disseminou nas

Cin!ias So!iais e tem' atua"mente' amp"a a!eitação a!admi!a+

Um dos %rutos do m


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Con!"uise assim a apresentação do instrumenta" te?ri!o (ue orientar. a an."ise emp#ri!a

tanto da re"ação entre instituiç8es po"#ti!as' "e9is"adores e E4e!uti&o na CMH' (uanto da

produção "e9is"ati&a de!orrente dessa interação+

C)7'+!" II: M",!" O#=)&$%)*$"&)$ C"0"#')0&'" P)#!)0&')#: "

C"&=#" N)*$"&)! ) A0!F$) E'),+)$ ) C>0)#) M+&$*$)! , B!"

H"#$%"&'

Ba primeira parte deste !ap#tu"o serão apresentados os trs mode"os NideaisN de

or9ani7ação "e9is"ati&a o*ser&ados em estudos so*re a Casa dos Representantes nos

Estados Unidos+ Werse. (ue !ada um dos mode"os' distri*uti&o' in%orma!iona" e partid.rio' !orresponde a !om*inaç8es distintas dos me!anismos institu!ionais (ue tm

!omo %unção &ia*i"i7ar' respe!ti&amente' a ma4imi7ação dos 9an/os de tro!a' a produção e

disseminação da in%ormação e a rea"i7ação dos interesses partid.rios+

Em*ora' se9undo os espe!ia"istas' nen/um dos Ntipos ideaisN !itados se auste !om

per%eição ao !aso *rasi"eiro' e"es são @teis ) an."ise do %un!ionamento do "e9is"ati&o no

rasi" nos p"anos %edera"' estadua" e muni!ipa"+

Ba se9unda parte do !ap#tu"o' a "iteratura neoinstitu!iona"ista re"ati&a )s instituiç8es

"e9is"ati&as *rasi"eiras ser. ana"isada !om &istas ao entendimento do decision making e da

produção "e9a" no Con9resso Ba!iona"+ Ba oportunidade' serão %eitos *re&es !oment.rios

a!er!a do %un!ionamento interno das assem*"


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C)7'+!" III: M",!" , I&'#)45" E?*+'$"-L=$!)'$" P#",+45" L=$!)'$):

U0) C"0)#)45" E&'# ) II ) III L=$!)'+#) ,) CMBH

Este @"timo !ap#tu"o atende ao o*eti&o de ana"isar' separadamente' por mandato' a

produção "e9is"ati&a da CMH+ As di%erenças o*ser&adas entre as produç8es "e9ais dos

dois mandatos estudados serão interpretadas ) "u7 de pes(uisas so*re a re"ação entre Poder

E4e!uti&o e Poder Le9is"ati&o no rasi"+ Besse !ampo' desta!ase o tra*a"/o desen&o"&ido

por C".udio G+ Couto so*re o pro!esso de 9o&erno da !idade de São Pau"o' no (ua" o autor

apresenta uma tipo"o9ia pertinente ) an."ise a(ui pretendida+

A interpretação do per%i" da interação pre%eito!mara em e"o Hori7onte' no per#odo em

%o!o' a partir das !ate9orias ana"#ti!as uti"i7adas no estudo do !aso de São Pau"o' permitir.entender os di"emas (ue mar!aram !ada "e9is"atura e as a"teraç8es o!orridas no

!omportamento dos "e9is"adores' !om a !onse(ente mudança nos outputs do Le9is"ati&o

muni!ipa"+

:s an."ises te?ri!as e emp#ri!as se9uirseão as !on!"us8es do tra*a"/o+


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CAPÍTULO I

SOBRE A RACIONALIDADE A AÇÃO COLETIVA

AS INSTITUIÇÕES E A ESTABILIDADE DAS ESCOLHAS SOCIAIS

1 A#&')45"

Beste !ap#tu"o' serão apresentados os di"emas ana"#ti!os %undamentais e os a&anços

te?ri!os (ue permitiram suas superaç8es+ ;ni!ia"mente' duas 9randes &ertentes te?ri!as das

Cin!ias So!iais' a behaviourista e a individualista ' serão apresentadas !om o o*eti&o

de de%ender a importn!ia ana"#ti!a da ação indi&idua" ra!iona"+ A importn!ia do

indi&idua"ismo metodo"?9i!o !omo instrumento de an."ise so!ia" =e po"#ti!a> usti%i!a sua

es!o"/a para a an."ise do o*eto ora em %o!o+

O passo se9uinte ser. dar es!"are!imentos so*re o !on!eito de es!o"/a ra!iona"+ Supor o

!omportamento indi&idua" autnomo e dotado de prop?sito não imp"i!a e4i9ir uma

ra!iona"idade in%a"#&e" 6 "imitaç8es na !apa!idade inte"e!tua" ou a (uantidade de

in%ormação pode "e&ar o a9ente a es!o"/as e(ui&o!adas' mas não ne!essariamente

irra!ionais+ Bo uni&erso da po"#ti!a par"amentar' por e4emp"o' !ertos atores monopo"i7am e

usam de %orma estrat


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!."!u"os errados ou es!o"/as pou!o e%i!ientes+ Entretanto' !ontinua /a&endo

inten!iona"idade na ação' (ue < o (ue importa no mode"o de an."ise em (uestão+

Para sistemati7ar as e4i9n!ias e os "imites da ra!iona"idade' serão !itados autores !omo

Geor9 se*e"is' Gordon u""o!X' J+ u!/anan e Jon E"ster' entre outros+ Esses autores

!ontri*uirão para (ue se entenda' (uando da an."ise emp#ri!a' não apenas as es!o"/as

indi&iduais so* as instituiç8es "e9is"ati&as muni!ipais' mas as ra78es pe"as (uais os

indiduos 6 no !aso' os representantes 6 es!o"/em !erto !onunto instituiç8es e não outro+

Es!"are!idos esses pontos' outra (uestão ser. !onsiderada- a dos di"emas da ação !o"eti&a

de!orrentes da id


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O I&'#+0&')! T#$*"-M'","!=$*"

Bas pes(uisas so!iais' so*retudo nas @"timas d

instrumenta" te?ri!o a ser ap"i!ado na an."ise das es!o"/as "e9is"ati&as na CMH+ Em*ora

a a*orda9em indi&idua"ista sea' ta"&e7' dominante nas Cin!ias So!iais /oe' e"a se

a%irmou em !ontraponto a outra' (ue propun/a entender o %un!ionamento das so!iedades

não por meio de seus indiduos mas de sua estrutura de !"i&a9ens+

Podese di7er' 9rosso modo' (ue são dois os m


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pa"a&ras' nas aç8es /umanas \so!io"o9i!amente] orientadas' o espaço da autonomia <

m#nimo ou ine4istente' e o /omem !orrespondente atua se9undo padr8es normati&os

esta*e"e!idos' mais preo!upado !om a ade(uação =appropriateness> da sua ação do (ue

!om os poss#&eis N"u!rosN ou *ene%#!ios parti!u"ares de!orrentes de"a+ Uma &e7 (ue a ação

/umana < &ista !omo mero resu"tado de est#mu"os e4ternos' a identidade =e

!onse(entemente a &ontade> propriamente indi&idua" !ede "u9ar aos o*eti&os

estrutura"mente esta*e"e!idos por !o"eti&idades so!iais tais !omo !"asses' etnias' re9i8es'

et!+' das (uais os indiduos %a7em parte+

Bessa perspe!ti&a' < espe!ia"mente re"e&ante o*ser&ar as clivagens sociais' !onsideradas

nesta &ertente te?ri!a !omo unidades de an'lise (ue' por suas imp"i!aç8es ideo"?9i!as e

!u"turais' são &istas !omo &ari.&eis determinantes do !omportamento indi&idua"+ A an."ise

das so!iedades 6 %re(entemente !omp"e4as 6 a partir da sua estrutura de !"i&a9ens < (ue

permite in%ern!ias so*re' por e4emp"o' a demo!ra!ia' o %un!ionamento dos sistemas

po"#ti!os e partid.rios' os pro!essos de state-building e nation-building ' et!I+

Ba primeira metade do s

metodo"o9ia uti"i7ada nas di&ersas' e mutuamente in%"uen!iadas' dis!ip"inas o!upadas !om

a produção do sa*er so!ia"+ A !in!ia po"#ti!a era' por de!orrn!ia' mar!ada por %orte

inspiração dessa &ertente ana"#ti!a+ Con%orme Ude/n =0K-30>' at< o %im da d

!onsider.&e"' uma importação da so!io"o9ia ou de seu ramo empiri!ista =Ude/n' 0K-32>+

=2> Os tra*a"/os (ue a*orda&am 9rupos po"#ti!os' %irmados na teoria dos 9rupos 6 group

theory 6' em %unção dessa Nonda *e/a&iouristaN' tam*+


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and political science ' e (ue esse %enmeno pode ser !onstatado tam*+

=I> Outra %onte de in%"un!ia na !in!ia po"#ti!a' tam*


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scienti(ic or, at least, more explanatory )***+* 9ehind these hopes lay an importantdevelopment o( the economic approach itsel( * =Ude/n' 0K-3I>

Por outro "ado' a !rise dos mode"os Nso!io"?9i!osN te&e impa!to importante nessa

mudança' por(ue %e7 !res!er o interesse de espe!ia"istas em e!onomia por temas "i9ados )

so!io"o9ia e ) po"#ti!a1+

O %ato < (ue os mode"os so!io"?9i!os ou !o"eti&istas de an."ise passaram a ser duramente

(uestionados' e a di%usão do instrumenta" e!onmi!o de an."ise permitiu uma so%isti!ação

dos mode"os at< então adotados na !in!ia po"#ti!a+ Portanto'

here is no doubt that the use o( economic models has meant a revitali both by the

positive contributions o( economic theory itsel( and by the changes incurred onother theories =Ude/n' 0K-IK2>+

Con& to thedoctrines o( the so(ists and Epicurus* ?t as part o( the @enaissance and as at its

strongest during the Enlightenment* 9e(ore the nineteenth century, individualismas e!ual to the theory o( the social contract +

Ba Cin!ia So!ia" moderna essa %orma de an."ise re!e*eu o nome de indi&idua"ismo

metodo"?9i!o+ O termo %oi !un/ado pe"o e!onomista Jose% S!/umpeter' (ue o de%iniu

!omo o m


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Dentre os maiores de%ensores do indi&idua"ismo metodo"?9i!o neste s

pes(uisa so!ia"+

En%im' a preo!upação de e!onomistas !om (uest8es da !in!ia po"#ti!a e temas a%ins teria

"e&ado ) apro4imação produti&a =e po"mi!a> entre a e!onomia e demais dis!ip"inas das

!in!ias so!iaisK+ A teoria da es!o"/a ra!iona" pode ser !onsiderada uma "in/a de pes(uisa

%e!unda resu"tante dessa no&a tendn!ia interdis!ip"inar' e' !omo ta"' in!orpora !ertos

pressupostos te?ri!ometodo"?9i!os ori9in.rios da e!onomia+

I&,$7,+" A45" R)*$"&)!: P#+"'" A&)!7'$*" (+&,)0&')$

Uma mudança !ru!ia" de!orrente da di%usão dos mode"os indi&idua"istase!onmi!os de

an."ise o!orreu na de%inição das unidades ana"#ti!as *.si!as adotadas nas pes(uisas em

!in!ia po"#ti!a+ Os estudos nessa .rea passaram a dispensar a e4!"usi&idade no uso de

!ate9orias a!ima apresentadas !omo Nso!io"?9i!asN' re"a!ionadas a entidades !o"eti&as 6 as

!"i&a9ens so!iais 6' para *us!ar interpretar os %enmenos po"#ti!os a partir de seusmi!ro%undamentos' os indiduos+

Con%orme se presume nessa perspe!ti&a' as !"i&a9ens de determinada so!iedade não podem

ser !onsideradas a9entes po"#ti!os 6 não antes (ue se reso"&a o pro*"ema *.si!o de

!oordenação da ação !o"eti&a+ Se9undo os no&os postu"ados' todo %enmeno po"#ti!oso!ia"

< !onsiderado !onse(n!ia de es!o"/as atomi7adas' por isso a!reditase (ue os di"emas

en&o"&idos na ação !o"eti&a s? são so"u!ion.&eis (uando se pressup8e (ue os 9rupos

so!iais e a pr?pria so!iedade são a9re9ados de atores indi&iduais+ Em outras pa"a&ras' a

unidade e"ementar da &ida so!ia" < a ação /umana indi&idua"- para se e4p"i!arem as

instituiç8es so!iais e a mudança so!ia" < pre!iso mostrar !omo e"as resu"tam da ação e da

interação dos indiduos =E"ster 0-2>+

Esses indiduos 6 unidades e"ementares 6 são !on!e*idos !omo seres dotados de ra7ão e

&ontade (ue' independentemente de !"asse so!ia"' status' "o!a"i7ação 9eo9r.%i!a e


24/188

(ue "/es %a"ta e *us!ando trans%ormar um determinado estado de !oisas em a"9o mais

pr?4imo de seus deseos =M!Ten7ie Z u""o!X' 0K>+ Os indiduos tm pre%ern!ias e

*us!am rea"i7."as para aumentar seu *emestar+ ;n%erese da# (ue os postu"ados da

e!onomia são e%i!a7es' por(ue indiduos ma4imi7am' e a ma4imi7ação ' o !usto da opção pre%erida < i9ua" ao *ene%#!io

asso!iado ) me"/or a"ternati&a não adotada+ Con!"uise então (ue' numa situação onde não

se pode adotar todas as a"ternati&as' o !usto ne!essariamente se imp8e+ Per!e*endo os

!ustos !omo ine&it.&eis' o indiduo ra!iona" se !omportar. de ta" %orma (ue os *ene%#!ios

esperados da opção %eita e4!edam os *ene%#!ios asso!iados ) me"/or a"ternati&a

a*andonada+ Em suma' di7er (ue uma pessoa *us!a ma4imi7ar a uti"idade de suas de!is8es

< di7er (ue e"a pro!ura esta*e"e!er a me"/or re"ação !usto*ene%#!io em suas es!o"/as ou'

ainda' (ue *us!a a me"/or !om*inação entre meios e %ins+

A !apa!idade de adaptar de maneira ?tima os meios dispon#&eis e !on/e!idos aos %ins

a"meados < a !ara!ter#sti!a mais 9era" da ra!iona"idade+ Se9undo M!Ten7ie e u""o!X'

este enun!iado imp"i!a trs proposiç8es %undamentais-

=a> o indiduo ra!iona" < !apa7' ainda (ue de %orma "imitada' de identi%i!ar as pr?prias

&ontades' ou sea' o !omportamento ra!iona" imp"i!a pre%ern!ia

=*> as pre%ern!ias' ou a"ternati&as' de&em ser !onsistentemente ordenadas da mais

pre%erida ) menos pre%erida' e os indiduos são !apa7es de orden."as

oa parte da !r#ti!a de teorias Nri&aisN ) teoria da es!o"/a ra!iona" de&ese ) de%inição supostamente estreitada nature7a /umana %eita por te?ri!os de%ensores da ra!iona"idade indi&idua"+ Se9undo tais !r#ti!as' a

presunção do !omportamento indi&idua" pautado e4!"usi&amente pe"o interesse < in!ompat#&e" !om umain%inidade de aç8es' nas di&ersas arenas so!iais' de pessoas reais imersas na /ist?ria' nas normas e na !u"turadas !omunidades em (ue &i&em+ Entretanto' /. (ue se o*ser&ar (ue o indiduo ra!iona" postu"ado pe"arational choice não se "imita ao /omem a*strato e des!onte4tua"i7ado =homo economicus> ima9inado pe"ose!onomistas e !riti!ado pe"os Nantira!iona"istasN+ Essa dis!ussão ser. me"/or !ondu7ida adiante a(ui'

importa desta!ar os m


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=!> (uando da es!o"/a' o indiduo optar. pe"a a"ternati&a mais pre%erida de maneira a

ma4imi7ar sua satis%ação+

Estas trs propriedades !omp8em a ra!iona"idade e o indiduo ra!iona" ne!essariamente

as in!orpora a suas aç8es !otidianas+

^ !on&eniente %risar (ue o !omportamento ma4imi7ador não se restrin9e )s es!o"/as

indi&iduais na es%era e!onmi!a 6 por isso tem tanta re"e&n!ia nas an."ises po"#ti!as+ Bão

o*stante possa pare!er' ) primeira &ista' (ue apenas uma par!e"a das aç8es /umanas' (ua"

sea' a *us!a de satis%aç8es materiais' pode ser ana"isada ) "u7 desses postu"ados

ori9in.rios da e!onomia' dada a a*ran9n!ia do !omportamento indi&idua" ra!iona"

estrat so*re essa (uestão+ Se9undo O"son' a e!onomia' en(uanto dis!ip"ina !ient#%i!a' não

se o!upa de uma espF

F Ba mesma o*ra' Reis re&e"a N9rande simpatia ) a*orda9em e!onmi!a do pro*"ema da teoria po"#ti!a'apesar do sa*or de imperia"ismo de parte dos e!onomistas' . (ue _+++` pare!e (ue a re%ern!ia ) es!asse7 6 e'

portanto' ) ra!iona"idade 6 pro& e%eti&amente uma !/a&e uni%i!adora para a !in!ia so!ia" em 9era"+N =Reis'


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1 D) ?$=/&*$) N5"-E?$=/&*$) I0"#'>&*$) ," C"&*$'" , R)*$"&)!$,),

At< a(ui se a%irmou (ue a !ontri*uição da teoria e!onmi!a )s demais Cin!ias So!iaisest. re"a!ionada a pe"o menos dois postu"ados %undamentais+ São e"es- a> o indiduo < a

unidade ana"#ti!a pri&i"e9iada' por meio da (ua" < poss#&e" interpretar os %enmenos

so!iais *> o indiduo < ra!iona" e a9e estrate9i!amente' &isando a resu"tados tão e%i!ientes

(uanto poss#&e"+ Am*os os postu"ados são de espe!ia" re"e&n!ia ana"#ti!a' so*retudo em

am*ientes de interação pautada por re9ras so!iais ra!iona"i7adas' demo!r.ti!as' e pe"a

autonomia de ação indi&idua"+

^ *astante !on&in!ente a a%irmação de (ue a me"/or maneira de interpretar o output desistemas demo!r.ti!os !onsiste em entender os o*eti&os dos indiduos (ue !omp8em tais

sistemas e os %a7em %un!ionar 6 tanto mais (uando se sup8e (ue esses indiduos são

ra!ionais e' portanto' !apa7es de a9ir de %orma dire!ionada ao asso!iar 9an/os a estrat Se9undo E"ster' di7er (ue uma pessoa Na9e para ma4imi7ar a uti"idadeN' ou o *emestar' < apenas umamaneira !on&eniente de a%irmar (ue e"a %a7 o (ue pre%ere+ NBão /. imp"i!ação de /edonismo+ Ba &erdade'sua opção pre%erida poderia ser uma (ue d. pra7er aos outros e nen/um a si mesmaN+ Lo9i!amente' esse atoa"tru#sta tem um %im em si mesmo' e o indiduo de&e sentirse me"/or por prati!."o+03Essa proposição 9erou um 9rande de*ate entre te?ri!os indi&idua"istas e nãoindi&idua"istas+ A po"mi!aresu"tou do !on%ronto entre adeptos do indi&idua"ismo e te?ri!os Nri&aisN (ue minimi7am e4!essi&amente'(uando não ne9am tota"mente' a %orça e4p"i!ati&a da ação indi&idua" 6 e' por e4tensão' da ra!iona"idade+M!Ten7ie e u""o!X !itam !ertas !orrentes de pensamento !omportamenta"istas e deterministas so!iais

=se9undo os autores' essen!ia"mente a mesma &isão> (ue reeitam a possi*i"idade de ação ma4imi7adora poisne9am a dimensão autnoma =a possi*i"idade de es!o"/as> das aç8es indi&iduais+ Essas &ertentes te?ri!asa%irmam (ue o !omportamento indi&idua" < determinado' não simp"esmente in%"uen!iado' por sua %ormação


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A %im de re%orçar a importn!ia dessas a%irmaç8es para os o*eti&os da pes(uisa proposta'

!on&+ Se um o9ador de %ute*o" to!a a *o"a !om a mão no interior da .rea' &isto pe"o

ui7' de&er. ser pena"i7ado imediatamente+ Besse !aso' /. e&idn!ia de (ue a punição %oi

resu"tado direto da estrat


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orientar seu !omportamento de a!ordo !om as re9ras (ue !omp8em o am*iente

institu!iona" no (ua" estão imersos+

A e4posição anterior &isou a in%ormar e usti%i!ar o %undamento indi&idua"istara!iona" da

a*orda9em a(ui adotada+ Para e&iden!iar a "i9ação entre o !omportamento indi&idua"

ra!iona" e o %un!ionamento das instituiç8es demo!r.ti!as' apresentouse um ar9umento

resumido no (ua" estão imp"#!itos a"9uns pro*"emas (ue ainda pre!isam ser !onsiderados-

a> e!onomia e po"#ti!a são arenas distintas de ação' mas o !omportamento ra!iona" %a7

sentido em am*as *> da ra!iona"idade indi&idua" não se pode automati!amente depreender

a ação !o"eti&a00 < pre!iso entender então por (ue' a%ina"' a ação !o"eti&a o!orre !> a

es!o"/a !o"eti&a' uma &e7 %eita' !o"o!a o pro*"ema da sua esta*i"idade < ne!ess.rio

in&esti9ar !omo esta < 9arantida' e ta" intento "e&ar. a uma dis!ussão so*re os e%eitos das

instituiç8es e seus mi!ro%undamentos ra!ionais+ As so"uç8es para tais pro*"emas . e4istem

na teoria' e serão apresentadas no %ina" deste !ap#tu"o+ Antes' por


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ser e4p"i!.&eis pressupondose e4!"usi&amente a ra!iona"idade =no sentido a*strato do

!on!eito nos estudos e!onomi!istas>+

Em se9undo "u9ar' os "imites do a9ente tam*+0 E"ster de%ine !rença !omo a pro*a*i"idade su*eti&a atri*u#da por um indiduo ) o!orrn!ia de um e&ento(ua"(uer' a partir das in%ormaç8es de (ue disp8e+


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=*> As pre%ern!ias não podem ser intransiti&as- essa premissa ne9a a possi*i"idade de

pre%ern!ias !#!"i!as entre as a"ternati&as dispon#&eis em um momento dado' ou sea'

9arante a esta*i"idade e !onsistn!ia das es!o"/as no m*ito indi&idua"+ Se' no tempo t '

o indiduo i pre%ere a a b e b a c' e"e ne!essariamente pre%ere a a c+ A &io"ação dessa

e4i9n!ia e"imina a possi*i"idade da es!o"/a ra!iona" por(ue es!o"/as *aseadas em

pre%ern!ias intransiti&as são in!onsistentes e podem "e&ar a perdas no status !uo

indi&idua"' em*ora o indiduo ima9ine estar *us!ando a ma4imi7ação+ Essa

propriedade pode pare!er tri&ia"' mas não ≥ 3

• a pro*a*i"idade de (ue um e&ento ine&it.&e" o!orra < 0' "o9o' nen/uma

pro*a*i"idade < maior (ue 0 6 em termos %ormais % =e>b0

• se i e = são dois e&entos mutuamente e4!"udentes' a pro*a*i"idade de (ue o!orra i

ou =' < i9ua" ) pro*a*i"idade de o!orrer i mais a de o!orrer =+ O!orrendo um' a

pro*a*i"idade de (ue o outro o!orra < i9ua" a 7ero 6 em termos %ormais-

% =i ou => b % =i>c % = =>+

;ndiduos ra!ionais !onsideram essas propriedades matem.ti!as' ainda (ue possam não

estar !ons!ientes de"as nos termos a(ui propostos+ Em*ora pareça ser um ra!io!#nio

e4!essi&amente %orma"' esse


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O*ser&ese (ue nada %oi dito a!er!a das %re(n!ias o*eti&as ou das possi*i"idades reais

de (ue !erto e&ento o!orra+ O indiduo pode ser otimista ou pessimista e superestimar ou

su*estimar suas !/an!es e%eti&as' mas' uma &e7 (ue e"e atri*ui uma pro*a*i"idade a um

e&ento' suas es!o"/as de&em ser !onsistentes !om o seu !."!u"o' e isso s? ser. poss#&e" se

e"e o*ede!er aos a4iomas a!ima !itados' !aso !ontr.rio' poder. ter a sua situação piorada0K+

Wa"e ressa"tar (ue as e4i9n!ias apresentadas são puramente normati&as 6 e"as di7em !omo

os indiduos de&em se !omportar se são ra!ionais 6 e' por isso' não imp"i!am a &a"idação

emp#ri!a do postu"ado da ra!iona"idade+

A e4istn!ia de !orrespondn!ia e4terna' empiri!amente o*ser&.&e"' entre !renças e

!omportamentos tam*


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estrat

P"&,#)4; S"# " C"0"#')0&'" R)*$"&)! A!=+0) N5"-E?$=/&*$) ,"

C"&*$'"

a> Ra!iona"idade não < onis!in!ia' portanto' es!o"/as ra!ionais nem sempre ma4imi7am

uti"idade ou *emestar- aç8es ra!ionais podem apresentar e%eitos ne9ati&os' por(ue o

indiduo a9e %undamentado no (ue e"e espera (ue a!onteça' não no (ue e%eti&amente

a!onte!er.+ Dados os "imites de in%ormação' erros de !."!u"o de %ato o!orrem mas isso

não !ompromete a id A9ir ra!iona"mente não si9ni%i!a a9ir de modo e9o#sta- nem todas as aç8es indi&iduais

&isam a interesses parti!u"ares nem o a"tru#smo < a"9o !ontr.rio ao !omportamento

ra!iona"+ A teoria da rational choice de%ende um !on!eito %orma" e não su*stanti&o de


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ação ra!iona"' ou sea' o (ue de%ine a ra!iona"idade de uma ação < a ade(uação dos

meios uti"i7ados na !onse!ução de !erto %im e não ) nature7a desse %im+ Di%erentes

indiduos tm di%erentes &is8es de mundo e *us!am !oisas di%erentes' e' ademais' os

o*eti&os indi&iduais =os %ins> podem &ariar ) medida (ue muda o am*iente so!ia" em

(ue se d. a ação+ E"ementos tais !omo !u"tura' /ist?ria' tradição' et!+ a%etam o

!omportamento indi&idua"' tanto no (ue di7 respeito a estrat dos %ins pretendidos 6 esses e"ementos

in%"uem na de%inição do N9rauN de so"idariedade' a"tru#smo ou mora"idade de um

!omportamento' mas não a%etam a id Em a"9umas situaç8es' indiduos ra!ionais podem a9ir de %orma aparentemente

irra!iona"' ou sea' !ontra os pr?prios interesses- o pro*"ema a(ui pode ser de

o*ser&ação ou de a&a"iação+ Em am*os os !asos' o dia9n?sti!o de irra!iona"idade

de!orre de e(u#&o!o do ana"ista =o*ser&ador>+ Bo primeiro' es!o"/as supostamente

irra!ionais podem' na &erdade' ser ra!ionais (uando se !onsidera (ue o indiduo atua

orientado pe"o tota" dos payo((s dispon#&eis em di&ersas arenas e' por isso' pode atuar

de maneira su*?tima em uma arena espe!#%i!a para ser me"/or re!ompensado em outra

=se*e"is' 03>+ Bo se9undo' as !r#ti!as ) ra!iona"idade se %undamentam

normati&amente para u"9ar o !omportamento+ Se o o*ser&ador !ompara o

!omportamento ra!iona" !om o (ue e"e !onsidera N*omN !omportamento' muito

%a!i"mente demonstrar. (ue muitos !omportamentos são irra!ionais+ =M!Ten7ie Z

u""o!X' 0>

A"em dessas o*ser&aç8es 6 (ue de&em ser !onsideradas para (ue a teoria não sea

superestimada 6 !on&' Reis =0FK>'E"ster =0F>+ Mais adiante' esses ar9umentos serão !onsiderados !om mais deta"/es+


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atores os internos' !on%orme !itado a!ima' podem ser !ausa de es!o"/as su*?timas ou' no

"imite' irra!ionais+ Essa !omp"e4idade !ontri*ui para aumentar a indeterminação (ue' por

sua &e7' di%i!u"ta tanto as es!o"/as indi&iduais (uanto o tra*a"/o do ana"ista =o*ser&ador

e4terno>+ Bas pa"a&ras de se*e"is- #s the actors8 goals become (u


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(uanto mais re"e&antes %orem os 9an/os ou as perdas em o9o =e4i9n!ia %orte da

ra!iona"idade>+ Se9undo' por(ue e4iste um e"emento Ne&o"u!ionistaN na interação ra!iona"-

pessoas (ue intera9em umas !om as outras em !onte4tos !ompetiti&os são o*ri9adas a

otimi7ar suas estrat seam

re%orçados' "e&ando os en&o"&idos a %a7erem es!o"/as !ada &e7 me"/ores =outra e4i9n!ia

%orte da ra!iona"idade>+

Por todos os Npr?s e !ontrasN' apresentados a!ima =e isso < uma re"ação !usto*ene%#!iof>' a

teoria da es!o"/a ra!iona" !onstitui um m+ Em %unção

desses pressupostos' os indiduos são !onsiderados' nesta teoria' !omo unidades ana"#ti!as

*.si!as para a e4p"i!ação de %enmenos so!iais' e toda ação so!ia"po"#ti!a < interpretada

em termos de aç8es indi&iduais+

O estudo a(ui proposto se desen&o"&er. a partir desses prin!#pios ra!ionaise!onmi!os'

para' por meio de"es' interpretar o !omportamento de atores po"#ti!os em situaç8es de

interaç8es estruturadas e para e4p"i!ar por (ue !ertos padr8es de produção "e9is"ati&a

podem sur9ir de instituiç8es demo!r.ti!as' !omo o Le9is"ati&o e o E4e!uti&o+

R)*$"&)!$,), &) P"!7'$*) P#"!0) ,) A45" C"!'$)

Beste t?pi!o ser. dis!utida uma (uestão !ru!ia" na teoria da es!o"/a ra!iona"- nem sempre

a me"/or estrat


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$re(entemente' o 9rande pro*"ema dos sueitos ra!ionais < o de e&itar (ue a *us!a de

interesses parti!u"ares apresente !onse(n!ias a9re9adas per&ersas e se &o"te' por isso'

!ontra a rea"i7ação dos o*eti&os de !ada um+

Bo !ampo do o*eto (ue se pretende ana"isar' podese "em*rar (ue os "e9is"adores'

indi&idua"mente' não tm in!enti&os para "imitar a proposição de "eis (ue trans%erem

re!ursos para suas *ases e"eitorais' pois' (uanto mais !onse9uirem apro&ar po"#ti!as

*ene%i!iando sua !"iente"a' maiores serão suas !/an!es de ree"eição+ Contudo' a apro&ação

e imp"ementação desordenada de proetos dessa nature7a imp"i!am o es9otamento do

orçamento p@*"i!o e' por de!orrn!ia' o pior resu"tado para todos+ Besse !aso' o

des!ontro"e das !ontas p@*"i!as imp"i!ar. a impossi*i"idade da e4e!ução das "eis apro&adas

e a !onse(ente insatis%ação do e"eitorado+ Bo rasi"' por e4emp"o' as ne9o!iaç8es

in%ormais entre os "e9is"adores e a imposição de o*st.!u"os "e9ais ) apresentação de

propostas (ue a"terem os &a"ores %inais dos orçamentos são tentati&as de 9arantir a"9uma

ra!iona"idade ao %ina" do pro!esso de de%inição orçament.ria+

Podese a%irmar (ue' (uando a rea"i7ação de interesses parti!u"ares se torna um pro*"ema

!o"eti&o' a ra!iona"idade e!onmi!a !ontinua presente' mas a ação a*andona o uni&erso da

e!onomia e passa ao !ampo da po"#ti!a+ uando os atores per!e*em (ue estrat


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A%irmouse (ue' nas aç8es !otidianas' o indiduo ra!iona" reso"&e pro*"emas

Ne!onmi!osN de toda ordem+ H. (ue se "em*rar' !ontudo' a espe!i%i!idade dos pro*"emas

da arena po"#ti!a' re!on/e!idamente distintos das (uest8es (ue o!upam a es%era e!onmi!a+

Desde (ue Adam Smit/ des!o*riu o prin!#pio da Nmão in&is#&e"N (ue re9u"a o mer!ado'

entendese (ue nesta arena a *us!a indi&idua" de interesses "e&a ) rea"i7ação do *emestar

9era"+ O mer!ado < !ara!teri7ado por uma in%inidade de aç8es des!entra"i7adas'

mutuamente &antaosas' e tais aç8es' !onsideradas iso"adamente' não tm senão um e%eito

mar9ina" no resu"tado a9re9ado das tro!as en9endradas pe"os indiduos de uma

determinada so!iedade+ Assim' as ne9o!iaç8es rea"i7adas por indiduos espe!#%i!os não

inter%erem nas aç8es de outros' senão na medida em (ue !ontri*uem mar9ina"mente na

os!i"ação da o%erta e da demanda de determinado *em ou ser&iço+ A "ição *.si!a dos

e!onomistas < a de (ue' dada a ra!iona"idade dos indiduos e seus !onse(entes impu"sos

ma4imi7adores =!omprar mais (uando o preço !ai e menos (uando o preço so*e>' o

resu"tado %ina" < um e(ui"#*rio =*emestar> entre a produção e o !onsumo de *ens e

ser&iços+ O pro*"ema da irra!iona"idade !o"eti&a + Ba o*ra !itada os autores apresentam uma

demonstração %orma" desse ar9umento+23 Adam Smit/ atentou para o %ato de (ue' *us!ando rea"i7ar interesses pri&ados' orientados pe"as "eis domer!ado' os indiduos ma4imi7am o *emestar so!ia"+


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!omportamento indi&idua" so* determinadas re9ras' mas tam*


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essencialmente privadas )***+* ais pre(erFncias privadas são, em geral, de poucarelevGncia para a política, embora de relevGncia crucial para a ciFnciaecon"mica* )***+ Hutras pre(erFncias, porBm, são essencialmente pIblicas, no

sentido de !ue sua reali a ação de

outros indiduos ou 9rupos i9ua"mente preo!upados em rea"i7ar os pr?prios o*eti&os+ A

so"ução para ta" pro*"ema tender. a ser *us!ada !o"eti&amente se os !ustos esperados do

pro!esso de de!isão !o"eti&a %or menor (ue os ris!os ante&istos das aç8es des!entra"i7adas+

Wa"e ressa"tar (ue essa inter%ern!ia m@tua das es!o"/as des!entra"i7adas re!o"o!a o

pro*"ema dos resu"tados a9re9ados irra!ionais de!orrentes do !omportamento indi&idua"

=pro*"ema esse reso"&ido no mer!ado>' por(ue' nesse !aso' em*ora os indiduos'

or9ani7ados em 9rupos20 ou não' se !omportem ra!iona"mente' nen/um prin!#pio' ou N"eiN'

9arante (ue o e%eito a9re9ado de tais aç8es sea !o"eti&amente *en


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pode 9erar !onse(n!ias per&ersas (ue !omprometem o *emestar =a ra!iona"idade>

9"o*a"22+

R)*$"&)!$,), A45" C"!'$) ) N)'+#%) ," B&.7*$"

uando um indiduo reso"&e se unir a outros para rea"i7ar !erto o*eti&o !omum' o %a7

por(ue espera (ue a ação !o"eti&a promo&a' me"/or (ue a ação indi&idua"' um aumento no

*emestar a9re9ado e' !onse(entemente' no seu pr?prio *emestar =Ntodos estarão me"/or'

in!"usi&e euN>+ A ação !o"eti&a < &ista' então' !omo o meio mais e%i!iente para a"!ançar

!ertos %ins+ Se a ra!iona"idade < a !apa!idade de es!o"/er os me"/ores meios !on/e!idos

dispon#&eis para a o*tenção de %ins pretendidos' pare!e poss#&e" !on!"uir (ue indiduosra!ionais parti!iparão da ação !o"eti&a pe"o simp"es moti&o de ser essa a me"/or' e muitas

&e7es a @ni!a' %orma de ma4imi7ar seu *emestar+ Mas' em (ue pese pare!er tran(i"a a

passa9em da ação pri&ada ) !o"eti&a' sa*ese' desde O"son2I' (ue essa passa9em en&o"&e

di"emas importantes' %rutos da asso!iação entre o tipo de ação' indi&idua" ou !o"eti&a' e a

nature7a dos *ens produ7idos' pri&ados ou p@*"i!os+

De%inese !omo *em pri&ado NpuroN a(ue"e !uo !onsumo < mar!ado pe"as se9uintes

propriedades-

a> e4!"usi&idade. os *ene%#!ios apresentados pe"o *em pri&ado são se"eti&os' ou sea' são

e4!"usi&amente da pessoa (ue o produ7iu eou (ue tem a propriedade de"e

*> di&isi*i"idade. os *ene%#!ios produ7idos são es!assos' "o9o' o seu uso por um ou mais

indiduos imp"i!a a diminuição da (uantidade da(ue"e mesmo *em dispon#&e" aos

outros !onsumidores em uma mesma !omunidade

!> ri&a"idade. a uti"idade' ou a (uantidade de pra7er' propor!ionada pe"o *em diminui namedida em (ue mais indiduos !onsomem esse mesmo *em+

22 Situaç8es (ue en&o"&em o di"ema do prisioneiro' e4austi&amente dis!utido na "iteratura (ue trata da teoriados o9os' são e4emp"os t#pi!os de resu"tados !o"eti&os irra!ionais de!orrentes de es!o"/as indi&iduaisra!ionais+2I Orenstein' em Jogos da ação coletiva' !ita tre!/os de o*ras de autores !omo Arist?te"es' /omas Ho**es'Da&id Hume e JeanJa!(ues Rousseau' entre outros' para mostrar (ue o pro*"ema de entendimento da ação!o"eti&a < Ntão anti9o (uanto se (ueiraN+ Mas ainda assim' "em*ra Orenstein' no pensamento so!ia" era tida!omo tran(i"a a suposição de (ue a mera e4istn!ia de interesses !omparti"/ados e o*eti&os !omuns "e&aria

os indiduos a a9irem !omo um a9ente ra!iona" @ni!o+ As in&estidas mais !ontundentes e in%"uentes !ontraesse Naparente tru#smoN %oram %eitas por Man!ur O"son em seu he logic o( collective action =Orestein'02>+


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J. um *em p@*"i!o NpuroN < de%inido !omo a(ue"e !uas propriedades são opostas' ou sea'

o *em !uos *ene%#!ios são nãoe4!"usi&os' nãodi&is#&eis e nãori&ais+ Dessas' a não

e4!"usi&idade < a propriedade (ue mais !ompromete a !ooperação' por(ue imp"i!a (ue os

*ene%#!ios produ7idos são !omparti"/ados por todo o 9rupo' ainda (ue sea pro&ido por

(ua"(uer =(uais(uer> pessoa=s>' %ato este (ue redu7 os in!enti&os ) parti!ipação na ação

!o"eti&a+

Sa*ese (ue e4emp"os NpurosN di%i!i"mente são en!ontrados no mundo rea"+ Mas' em*ora

/aa em (uase todos os *ens uma !om*inação de !ara!ter#sti!as p@*"i!as e pri&adas' <

poss#&e" identi%i!ar as !ara!ter#sti!as predominantes de um *em (uando se distin9ue !omo

pri&ado a(ui"o (ue e"e a!res!enta de %orma e4!"usi&a' di&is#&e" e ri&a" ao *emestar de

(uem o det


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demais poss#&eis *ene%i!iados para a"!ançar e%i!ientemente o %im+ Bo entanto' o !."!u"o

ra!iona" indu7 o indiduo a não parti!ipar' por(ue o *em p@*"i!o' uma &e7 pro&ido' ser.

!omparti"/ado por todos+

De!orre da# (ue os !omportamentos indi&iduais apresentam um resu"tado preudi!ia" )

!o"eti&idade- os mem*ros do 9rupo 9ostariam de ter o *em e me"/or seria para todos se

todos o ti&essem' mas as estrat estendido a uma situação !om n pessoas+ De a!ordo !om a teoria dos o9os' di%i!i"mente esse ponto de e(ui"#*rio ser. a"!ançado sem uma !oordenação !entra"i7ada+ So*re teoriados o9os' &er Orenstein =02>' Rapoport =0KK e 0F3>+


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*re&e es*oço do de*ate re%erente ) or9ani7ação da ação !o"eti&a %rente aos di"emas postos

pe"a ra!iona"idade indi&idua"+

S"!+4; I&,$*),) )#) " P#"!0) ,) E*"!


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!ooperar na primeira rodada e' a partir de então' se !omportar ta" !omo o outro o9ador na

o9ada anterior+ uando os indiduos per!e*em (ue os payo((s produ7idos ao "on9o do

tempo por essa estrat os ganhos da nãocooperação unilateral, não demasiadamente grandes> e a perda da cooperaçãounilateral, pe!uena* Kinalmente, cada indivíduo deve estar plenamente con(iantede !ue os outros indivíduos são racionais e estão plenamente in(ormados da

situação* ma ve< !ue não h' estratBgia dominante, ele não adotar' Cpagar namesma moeda a não ser !ue este=a certo de !ue os outros (arão isso tambBm* Em

grupos grandes, com muitas pessoas !ue não conhecem umas Ms outras, essaIltima condição B de reali

Outra !r#ti!a importante )s so"uç8es propostas por A4e"rod < en!ontrada em Orestein=02>+ O autor o*ser&a (ue para o su!esso da estrat+

Outra !orrente de e4p"i!aç8es atri*ui 9rande re"e&n!ia ao !onte4to so!ia"' %undamentando

ar9umentos di%erentes das =ou mesmo !ontr.rios )s> proposiç8es de Man!ur O"son e

te?ri!os a%ins2+ Essas teorias pare!em o%ere!er e4p"i!aç8es mais !omp"etas e satis%at?rias

(ue as apresentadas por A4e"rod+

2 AntonV Dons pode ser um *om e4emp"o a(ui+ Em seu #n economic theory o( democracy =01K>' e"eana"isa o pro!esso po"#ti!o em um sistema demo!r.ti!o *ipartid.rio a partir das tentati&as dos 9o&ernantes

para ma4imi7ar apoio e"eitora"+ Os e"eitores' por sua &e7' seriam a9entes e!onmi!os %a7endo es!o"/as entre

os pa!otes de *ens p@*"i!os+ Bessa situação não pare!e /a&er !on&i!ç8es ide?"o9i!as' !u"turais' morais oua"9o seme"/ante em o9o' mas apenas indiduos es!o"/endo os me"/ores entre os produtos o%ertados=pro9ramas po"#ti!os mais &antaosos>+


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As o*ras de $.*io [+ Reis e Jon E"ster apresentam !r#ti!as importantes )s "imitaç8es da

teoria o"soniana e são *ons e4emp"os dos !ontraar9umentos so!io"?9i!os ao

e!onomi!ismo estrito da public choice+ Reis e E"ster se asseme"/am aos pensadores

!riti!ados na medida em (ue adotam a premissa do indi&idua"ismo metodo"?9i!o' ou sea'

a!reditam (ue a unidade e"ementar da &ida so!ia" < o indiduo' (ue os %enmenos so!iais

resu"tam da ação e da interação entre indiduos ra!ionais' e' por %im' (ue esses %enmenos

podem ser e4p"i!ados por meio do !omportamento indi&idua"+ Contudo' /. uma distinção

entre os Ne!onomi!istas e4tremadosN' representados a(ui por O"son' e seus !r#ti!os' Reis e

E"ster+ Estes de%endem (ue os traços psi!o"?9i!os' a /ist?ria dos indiduos' as !renças' as

normas so!iais e outros e"ementos /ist?ri!oso!io"?9i!os tm in%"un!ias de!isi&as nos

interesses e no !omportamento indi&iduais2F+

Se9undo Reis =0F>' os e(u#&o!os das id

prop8e uma ne9ação (uase tota" de (ua"(uer e"emento so!io"?9i!o ou !onte4tua"+ A teoria

de Man!ur O"son não admite' por e4emp"o' (ue as normas so!iais ou as !ara!ter#sti!as

+Entendendo o no&o institu!iona"ismo' 9eneri!amente' !omo uma a*orda9em (ue asso!ia a ra!iona"idadea*strata das teorias e!onmi!as a am*ientes /ist?ri!o!u"turais espe!#%i!os' podese apro4imar E"ster e Reisdessa &ertente' uma &e7 (ue esses autores de%endem pre!isamente a id "em*ra' por e4emp"o' (ue E"sterNexamines many o( these kinds o( situations )!ue sugerem um panorama pessimista devido M impossibilidade4lógica4 da cooperação+ as ell as those here a narro interpretation o( rational choice leads theorists to predict highly undesirable outcomes* Elster4s e((ort is to sho ho rules and norms enable rationalindividuals to cope more e((ectively ith these situation + Bo (ue respeita a $.*io [+ Reis' a de%esa da

importn!ia da ra!iona"idade indi&idua" e da sua &in!u"ação !om e"ementos psi!o"?9i!os' !u"turais e so!io/ist?ri!os < e4p"i!itamente de%endida em &.rios de seus "i&ros e te4tos+ So*re tais id


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a rea"i7ação do *em !o"eti&o mas a o*tenção de um *ene%#!io ainda interpret.&e" !omo

indi&idua"+ =Reis' 0F> Em suma' o pro*"ema da public choice theory < o postu"ado' ao

menos imp"#!ito' de

)***+ um 4estado de nature


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Jon E"ster' !omo $.*io Reis' atenta para a !omp"e4idade do !omportamento indi&idua" e da

sua im*ri!ada re"ação !om &ari.&eis psi!o"?9i!as' /ist?ri!as e so!iais+ Se9undo E"ster' as

so"uç8es des!entra"i7adas podem o!orrer por uma &ariedade de moti&aç8es indi&iduais-

autointeresse' a"tru#smo' sus!eti*i"idade )s normas so!iais ou a"9uma !om*inação de"as+ ^

e(u#&o!o' "em*ra o autor' tentar e4p"i!ar o !omportamento !ooperati&o' sea !om *ase em

uma moti&ação pri&i"e9iada =autointeresse por e4+> (ue e4p"i(ue todas as instn!ias da

!ooperação' sea *us!ando e4p"i!ar a !ooperação em !ada instn!ia por uma @ni!a

moti&ação+ A !ooperação o!orre (uando e por(ue di%erentes moti&aç8es se re%orçam entre

si em di&ersas instn!ias da ação !o"eti&a+ De&ido ) re"ação entre traços psi!o"?9i!os

indi&iduais e o meio so!ia"' os indiduos podem ser' por e4emp"o' e9o#stas ou

!o"a*oradores in!ondi!ionais' Xantianos' uti"itaristas' !o"eti&istas' et!+ A !ada tipo deindiduo !orresponderia !erto !omportamento (ue' !om*inado !om os demais' poderia

"e&ar ao su!esso da ação !o"eti&a+

O m


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Xantianos' assim !omo os e9o#stas' tm uma estrat Os uti"itaristas' em %unção do uti"itarismo e4presso !."!u"o do *emestar' !ooperam se

sua !ontri*uição imp"i!a o aumento do *emestar m+

Ao a&entar a possi*i"idade de os 9rupos so!iais apresentarem essa &ariedade de tipos'

E"ster supre as ne!essidades da !ooperação determinada pe"a Nte!no"o9ia da ação !o"eti&aN'

sem des!onsiderar a dimensão ra!iona"estrat


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irrational R that produce it* Sotivations that take separately ould not getcollective action o(( the ground may interact, snoball and build upon each other

so that the hole exceeds the sum o( its parts* =E"ster 0F- 0FK0F apudOrenstein' 02- 10>32

Lo9o' em (ue pese o re!on/e!imento de (ue at< mesmo aç8es irra!ionais podem o!orrer' o

!on!eito de ra!iona"idade indi&idua" ainda pode ser !onsiderado um instrumento

%undamenta" ) e4p"i!ação da ação !o"eti&a 6 sea e"a e4p"i!.&e" pe"os in!enti&os

parti!u"ares' !omo os mo&imentos sindi!ais e o !omportamento de !on9ressistas' ou não'

!omo os mo&imentos e!o"?9i!os' de 9nero e outras rei&indi!aç8es p?smateriais+ As

determinaç8es !onte4tuais e o !omportamento ra!iona" não mais se !ontrap8em mas se

!omp"ementam' o (ue' !omo a%irma Ostrom =00>' < um a&anço !onsider.&e"+

O ar9umento e4posto a!ima &isa apenas a uma e4posição' ainda in!ipiente mas de toda

%orma i"ustradora' da re"e&n!ia do !on!eito de ação ra!iona" no entendimento do su!esso

da ação !o"eti&a' mesmo em situaç8es onde a N"?9i!a o"sonianaN "e&a a esperar o !ontr.rio+

Mas' neste ponto' < pre!iso en%ati7ar a distinção %undamenta" !omentada por E"ster =0>+

E4istem dois tipos de so"ução para o pro*"ema da ação !o"eti&a 6 a so"ução des!entra"i7ada

e a !entra"i7ada+ A primeira pode ser 9arantida por moti&aç8es &ariadas 6 autointeresse'

normas so!iais' !on&i!ç8es morais' a"tru#smo' et!+' !on%orme se mostrou a!ima+ A se9undaen&o"&e re9ras e' natura"mente' punição para os re%rat.rios e sup8e a prima7ia do auto

interesse+

Se9undo E"ster' as so"uç8es des!entra"i7adas são mais importantes (ue as !entra"i7adas'

por(ue asse9uram o a!ordo ini!ia" para a %ormação de uma instituição !entra" (ue or9ani7e

a !ooperação' e isso


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ou in%ormais' (ue ini*em a deserção+ Muitas pes(uisas re!entes na .rea do no&o

institu!iona"ismo 6 !uos espe!ia"istas dispensam atenção espe!ia" ao !omportamento

indi&idua" e ) sua re"ação !om o !onte4to institu!iona" 6 !ompro&am empiri!amente (ue'

em !asos !omo este' o !on!eito de ra!iona"idade < espe!ia"mente e"u!idati&o' por(ue di7

respeito ao entendimento de so"uç8es !oordenadas por a"9um tipo de poder !entra"'

!oer!iti&o+

A an."ise da !om*inação entre !omportamento ra!iona"' normas e instituiç8es re&e"a por

(ue o su!esso da ação !o"eti&a e' prin!ipa"mente' a esta*i"idade das es!o"/as são

e%eti&amente 9arantidos no interior desses espaços %e!/ados !om interação repetida+

De%endese (ue a ação !o"eti&a pode ser ini!iada e !ontinuada de&ido ) atuação de re9ras e

normas (ue imp8em !ustos eou *ene%#!ios !on%orme os indiduos desertam ou

!ooperamII+ Ba pr?4ima parte' pretendese dis!utir o impa!to das normas e das re9ras do

o9o no !omportamento indi&idua" e na or9ani7ação da ação !o"eti&a' ou sea' a

!ontri*uição de am*os na !on%i9uração %ina" e na esta*i"idade da es!o"/a so!ia"+

J R=#) ," K"=" C""#)45" D$!0) ,) E*"!


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p"ano te?ri!o os resu"tados esperados são som*rios' o (ue se &eri%i!a no mundo rea" < (ue

nos espaços de de"i*eração demo!r.ti!a a maioria "e9is"ati&a norma"mente rea"i7a seus

interesses' e as suas de!is8es são !onsidera&e"mente est.&eis+

Se do ponto de &ista puramente "?9i!o nada 9arante a esta*i"idade de medidas po"#ti!as

apro&adas por !erto 9rupo de "e9is"adores' !omo então seria poss#&e" entender' por

e4emp"o' a imp"ementação sistem.ti!a de p"anos de 9o&erno (ue "e&am &.rios anos para

serem e4e!utadosY Os estudos emp#ri!os permitiram a superação de mais esse di"ema

te?ri!o e as !ontri*uiç8es ) pes(uisa so!ia" da# de!orrentes en!erram este !ap#tu"o e

!omp"etam o ar!a*ouço ana"#ti!o (ue permitir. interpretar o !omportamento dos

&ereadores da Cmara Muni!ipa" de e"o Hori7onte' o %un!ionamento desta Casa e

"e9is"ação (ue e"a produ7+

J1 &&'< A##" R$* ra!iona"idade- o pro!esso de es!o"/a so!ia" de&e permitir o ordenamento das

a"ternati&as indi&iduais' e !ada ordenação de&e o*ede!er ao a4ioma da transiti&idade

*> dom#nio irrestrito- o pro!esso de es!o"/a so!ia" de&e a*ar!ar todas as !om*inaç8es

poss#&eis de ordenação de pre%ern!ias indi&iduais a!er!a das a"ternati&as dispon#&eisI1 Essas !ondiç8es estão assim sistemati7adas em Bo9ueira Z Si(ueira' 0F+


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!> independn!ia de a"ternati&as irre"e&antes- a es!o"/a entre duas a"ternati&as (uais(uer

est. sueita uni!amente ) !onsideração indi&idua" dessas duas a"ternati&as

d> nãoditadura- nen/um indiduo pode ter o poder de %a7er' !ontra a &ontade da maioria'

(ue a sua pre%ern!ia sempre pre&a"eça dentro do pro!esso de es!o"/a so!ia"

e1 prin!#pio de Pareto- se uma dada a"ternati&a x < pre%erida pe"a maioria dos indiduos a

uma outra y' o me!anismo de es!o"/a so!ia" de&er resu"tar em x pre%erido a y+

Garantidas essas !ondiç8es' o di"ema resu"tante < (ue' se9undo Arro' !erta distri*uição

de pre%ern!ias indi&iduais em torno das a"ternati&as dispon#&eis =por e4emp"o- x' y e '

não possi*i"itaria a o*tenção de uma es!o"/a so!ia" !onsistente+ Depois de es!o"/ida uma

a"ternati&a = x> por uma maioria' sempre /a&eria a possi*i"idade da !omposição de umano&a !oa"i7ão maorit.ria em %a&or de uma outra a"ternati&a dispon#&e" =no !aso' y ou e

assim' em !#r!u"os' inde%inidamente36 + Beste !aso' a nature7a transit?ria da maioria

impediria o a"!an!e de um resu"tado ?timo' ou sea' ainda (ue as pre%ern!ias indi&iduais

seam !on/e!idas e so"idamente ordenadas' seria imposs#&e" manter a esta*i"idade da

de!isão !o"eti&a+

Ri!/ard D+ M!Te"&eV =0K> apresentou no&as (uest8es en&o"&endo a esta*i"idade da

es!o"/a so!ia"+ Com a %orma"i7ação do !/amado teorema do caos' %oi demonstrado (ue amera o*ser&ação das pre%ern!ias indi&iduais não permite !on!"us8es se9uras nem

otimistas so*re os resu"tados !o"eti&os+ Ba &erdade' as id


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#s premissas corri!ueiras sobre as pre(erFncias são (eitas de tal sorte !ue arelação de pre(erFncia dos indivíduos pelas alternativas pode ser a(erida peladistGncia entre a alternativa )(actível+ e seu ponto ideal* &omparando duasalternativas, o indivíduo escolher' a!uela mais próxima do seu ponto ideal,

independentemente da direção* =Limon9i' 0-K>+Por de!orrn!ia' a !on!"usão a (ue !/e9a M!Te"&eV re%orça o teorema da impossi*i"idade

de Tennet/ Arro+

A nature7a intransiti&a da es!o"/a so!ia" em Arro imp"i!a a possi*i"idade da manipu"ação

do resu"tado por meio da ordem das &otaç8es+ Se trs a"ternati&as de&em ser es!o"/idas

duas a duas' !on%orme a re9ra da maioria' por trs indiduos' 0, 2 e 3, !uas pre%ern!ias

são respe!ti&amente x, y e


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%orma" do ar9umento "e&a ) !on!"usão de (ue um e(ui"#*rio ser. a"!ançado' mas não ser.

satis%at?rio no se9undo' as in%ern!ias "?9i!as produ7em uma !erte7a tam*35+ oa parte desses estudos < re"ati&a ao

IF Positi&a' ou des!riti&a' em oposição a normati&a' ou pres!riti&a+ A teoria da es!o"/a ra!iona" hard ' !omseus ar9umentos %ormais e suas pretens8es de par!imnia' < normati&a e di7 !omo as !oisas de&ema!onte!er' 9arantidas !ertas premissas da teoria+ E4p"i!aç8es da es!o"/a ra!iona" so(t ' (ue primam pe"aa!uidade' !omo as do no&o institu!iona"ismo' %a7em uma a*orda9em positi&a dos %enmenos' ou sea'&eri%i!am !omo as !oisas e%eti&amente a!onte!em no mundo rea" e então *us!am entender o por(u+I Limon9i =0> !omenta (ue e4iste atua"mente !erta !on%usão (ue impossi*i"ita a de%inição do (ue seriamos no&os insititu!iona"istas 9enu#nos+ A !on%usão de&ese ao %ato de (ue o 9rupo pioneiro de espe!ia"istasautodenominados no&os institu!iona"istas perdeu a sua identidade ini!ia"' e /oe muitos 9rupos re!"amam

para si o t#tu"o de autnti!os+ O autor' então' distin9ue a"9uns =!uos estudos serão !omentados no !ap#tu"ose9uinte> pe"a adesão !omum' em*ora não e4!"usi&a' ao indi&idua"ismo metodo"?9i!o+ Toe"*"e =01>' porsua &e7' per!e*e e aponta nessa di%usa "iteratura trs 9randes &ertentes so* as (uais se !o"o!am a(ue"es (ue&em nas instituiç8es =e não apenas na ra!iona"idade indi&idua"> a e4p"i!ação para os %enmenos po"#ti!os e

so!iais+ São e"as- a> O no&o instititu!iona"ismo so!io"?9i!o' (ue minimi7a o poten!ia" do !on!eito dera!iona"idade' a"e9ando (ue os indiduos &i&em imersos em uma amp"a rede de re"aç8es so!iais'e!onmi!as e po"#ti!as (ue estão a"


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%un!ionamento do Con9resso ameri!ano e re&e"a (ue as estruturas or9ani7a!ionais do

Le9is"ati&o são !ompostas por me!anismos (ue 9arantem a !ooperação' a esta*i"idade das

es!o"/as !o"eti&as' a minimi7ação da in!erte7a e dos !ustos de transação' permitindo'

assim' (ue os indiduos ma4imi7em suas pre%ern!ias+

Em se tratando de representante demo!rati!amente e"eito 6 para o E4e!uti&o ou o

Le9is"ati&o 6' podese !onsiderar de seu interesse %undamenta" tudo a(ui"o (ue si9ni%i(ue

retorno e"eitora" positi&o e (ue sir&a de 9arantia ) sua so*re&i&n!ia po"#ti!a+ Se9undo

Monteiro =00>' os po"#ti!os são orientados pe"a ra!iona"idade de suas oportunidades

e"eitorais' e' !onse(entemente' pe"a ne!essidade de atender a demandas ori9inadas em

suas respe!ti&as *ases de apoio e"eitora"T7+ Esses atores' ra!ionais (ue são' entendem (ue

para isso < pre!iso 9arantir um m#nimo de estruturação na interação !otidiana !om seus

pares+ A in!erte7a (uanto ) esta*i"idade das de!is8es tomadas e mesmo a insta*i"idade

e%eti&a de!orrente de uma e&entua" ap"i!ação e4tremada da re9ra da maioria !omprometem

a rea"i7ação dos interesses dos e"eitores e o %uturo dos representantes+ Entendendo isso' os

po"#ti!os não s? a!eitam a imposição de "imites ) pr?pria es!o"/a' !omo pro!uram

esta*e"e!er !erta pre&isi*i"idade na interação dos a9entes' o (ue si9ni%i!a impor restriç8es

ao uso da re9ra maorit.ria+

As restriç8es ) re9ra da maioria estão imp"#!itas no !onsenso !om re"ação ao !onunto de

me!anismos (ue estrutura o !omportamento dos indiduos em espaços de!is?rios !omo as

estão re"a!ionadas )s ma!roestruturas so!iais e não aos interesses indi&iduais' e os indiduos são'9era"mente' N&ari.&eis dependentes e pou!o importantesN+ Por isso' < (uase a*surdo atri*uir taman/aimportn!ia a um suposto !omportamento ra!iona" ma4imi7ador de uti"idade+ *> O no&o institui!iona"ismo/ist?ri!o' (ue a!eita o !."!u"o nas aç8es indi&iduais' mas não & autonomia nas pre%ern!ias dos indiduos 6estas são determinadas pe"o !onte4to institu!iona" de ta" %orma (ue o produto das aç8es indi&iduais não <!ontro"ado pe"os atores' mas resu"ta da interação /ist?ri!a entre 9rupos de interesses' id+ !> O no&o institu!iona"ismo de es!o"/a ra!iona"' (ue sustenta (ue osindiduos e seus !."!u"os são !entrais na e4p"i!ação de %enmenos po"#ti!os e so!iais' de modo (ue as

instituiç8es são &ari.&eis inter&enientes 6 ou dependentes' !aso em (ue são !onsideradas !omo end?9enas=se*e"is' 03> 6' por(ue esta*e"e!em' para as es!o"/as indi&iduais' sem as determinarem tota"mente' re9rase "imites =Toe"*"e' 01>+ Cada uma dessas &ertentes apresenta (ua"idades e "imitaç8es e < me"/or su!edida

para e4p"i!ar um !onunto espe!#%i!o de e&entos+ A opção pe"o no&o institu!iona"ismo de es!o"/a ra!iona"de!orre do %ato de se a!reditar (ue a re"ação entre os atores e as instituiç8es a serem estudados < me"/ore4p"i!ada por e"a+ De a!ordo !om Toe"*"e' e "em*rando se*e"is' se os parmetros !u"turais e institu!ionaisestão !"aros' podese supor (ue tem "u9ar a interação ra!iona" portanto' (uando se pretende ana"isar re"aç8esde *ar9an/a e tro!a dentro de *uro!ra!ias e or9ani7aç8es' os institu!iona"istas de es!o"/a ra!iona" o%ere!eminstrumentos mais @teis+3 Partese do pressuposto de (ue os po"#ti!os são indiduos ra!ionais' ra7oa&e"mente !ons!ientes dos

pr?prios interesses' e a9em em um !en.rio de in!erte7as ine&it.&eis *us!ando ma4imi7ar 9an/os pessoais=Santos- 0K Andrade- 0F>+ Esses interesses !onsistem *asi!amente em poder' prest#9io e renda+ uasesempre' a rea"i7ação de tais interesses passa pe"a !ontinuidade da !arreira po"#ti!a' e isso' 9era"mente' s? <

poss#&e" &ia =re>e"eição 6 o (ue imp"i!a ter de a9radar ao e"eitor+ A de%inição dos o*eti&os (ue orientam aação dos po"#ti!os < *em %re(ente na "iteratura+ Muitas teses so*re a "?9i!a da ação po"#ti!a partem dessa

premissa =&er estudos so*re o rasi"- Santos' 0 Ames' 0FK>+


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!maras "e9is"ati&as+ Essa estrutura de!is?ria restriti&a &isa ao pro!essamento das es!o"/as

indi&iduais' de %orma a minimi7ar a in!erte7a pr?pria de uma esp

nature7a' em (ue a maioria pode tudo e' portanto' o ris!o de !oa"i78es e po"#ti!as p@*"i!as

\mo&ediças] < a"to e a uti"idade esperada das es!o"/as indi&iduais < m#nima' ou ne9ati&a+

^ sa*ido (ue' em !onte4to de interação estrat+ Assim' (uando

indiduos !on!ordam !om !erto !onunto de re9ras' e"es entendem' ainda (ue esteam em

posição in%erior' (ue situaç8es em (ue se pri&i"e9ia o status !uo são pre%er#&eis a situaç8es

inse9uras' em (ue a interação' "i&re de (ua"(uer !onstran9imento' tende a produ7ir

resu"tados indeseados para todos+ Desse modo' instituiç8es e normas podem ser

entendidas !omo me!anismos !riados para e&itar a impre&isi*i"idade e4trema' ou sea' para

tornar mais e%i!ientes as es!o"/as indi&idua" e so!ia" e para 9arantir a"9uma !erte7a (uanto

ao %uturo+

0Di7em (ue o sapo' determinado a não perder a %esta no !


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E"eitores o*ser&am resu"tados =Arno"d' 03>+ Em prin!#pio' e"es não estão interessados

nos me!anismos institu!ionais (ue produ7em estas ou a(ue"as !onse(n!ias' mas deseam

simp"esmente (ue os e%eitos per&ersos das de!is8es po"#ti!as seam *re&es e (ue os

*en e a "imitar os moti&os pe"os (uais possam ser imput.&eisT2+

Os me!anismos institu!ionais (ue or9ani7am os tra*a"/os par"amentares e estruturam a

re"ação entre os o!upantes de !ar9os no Le9is"ati&o' no E4e!uti&o e na *uro!ra!ia estata"

representam uma %orma e%i!iente de di&isão e de"e9ação de %unç8es e responsa*i"idades+

Esses me!anismos !omp8em um intrin!ado sistema (ue-

a> torna !omp"e4a a responsa*i"i7ação pe"as de!is8es tomadas e !ria di%i!u"dades para (ue

o e"eitor a&a"ie e puna os atos e&entua"mente danosos de seus representantes 6 se uma

po"#ti!a !ausa reação popu"ar ad&ersa' as a!usaç8es re!#pro!as entre os representantes

!on%undem os !idadãos menos in%ormados' não "/es permitindo sa*er ao !erto a (uem

responsa*i"i7ar

*> &ia*i"i7a as tro!as e ne9o!iaç8es entre os de!isores' minimi7ando os !ustos de!is?rios

(ue' de outra %orma' seriam astronmi!os 6 !ada ator de&eria in%ormarse so*re tudo e

ne9o!iar !om todos os demais

!> o%ere!e instrumentos de ne9o!iação indispens.&eis' (ue permitem in!orporar ao

pro!esso de *ar9an/a as &ariaç8es na intensidade das pre%ern!ias indi&iduais =Sartori'

0>' %a!i"itando as *ar9an/as e a tomada de de!is8es+

Por todas essas propriedades' esses me!anismos representam uma maneira e%i!iente de

esta*i"i7ar as de!is8es da maioria em !onte4to demo!r.ti!o+

Em*ora *oa parte da "iteratura so*re a es!o"/a ra!iona" pri&i"e9ie as re9ras %ormais' sa*ese

(ue as normas so!iais in%ormais' ao "ado das instituiç8es' tam*


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re9ras %ormais' mas sur9em !omo e4i9n!ia da ra!iona"idade em !onte4tos de interação

repetida+ Em espaços %e!/ados de ne9o!iação !ont#nua' !omo as !maras "e9is"ati&as'

(uando os indiduos atri*uem su%i!iente importn!ia )s ne9o!iaç8es %uturas e !rem na

pro*a*i"idade de (ue e"as o!orram' a!ordos ex ante muitas &e7es são esta*e"e!idos )

mar9em das re9ras institu!ionais stricto sensuT3+ Besse !aso' atri*utos indi&iduais' !omo

/onra' estima' !on&i!ç8es ideo"?9i!as' /onestidade' !arisma' et!+' são e"ementos

importantes ) ini!iação e manutenção da !ooperação+ Compromissos do tipo \não opor

o*st.!u"os] ) tramitação de !ertos proetos de "ei ou \apoiar in!ondi!iona"mente]

determinada ini!iati&a "e9is"ati&a são !onstantes entre "e9is"adores e' muitas &e7es' se

%irmam nos atri*utos a!ima !itados' ou sea' na !redi*i"idade de !ada um %rente aos outros+

Mar9aret/ Le&i =00- F1> a%irma (ue N sem dIvida, os arran=os institucionais mais

e(icientes incorporam um sistema normativo de regras in(ormais internali' !om *ase na teoria dos o9os'apresenta uma an."ise a9uda das di&ersas situaç8es (ue podem emer9ir da interação po"#ti!a no "e9is"ati&o

*rasi"eiro+ A !ada situação !orresponde !erto e(ui"#*rio 6 !ooperação ou deserção 6 (ue < a"!ançado !om *ase em !."!u"os indi&iduais estritamente uti"it.rios+ Esses !."!u"os !onsiderariam e"ementos institu!ionais%ormais' o*eti&os' tais !omo o partido do po"#ti!o' sua .rea de atuação' seus re!ursos po"#ti!os' suasoportunidades' e outros' su*eti&os' tais !omo a !rença na pro*a*i"idade de interação %utura entre os pares e o&a"or (ue o "e9is"ador atri*ui a essa interação' et!+ Contudo' tanto as normas restritas ao am*iente em(uestão' !omo' por e4emp"o' a re!ipro!idade' (uanto a(ue"as mais amp"as' !omo a %ide"idade e4i9ida pe"aami7ade ou pe"a /onra' podem ser&ir !omo "astro aos !ompromissos esta*e"e!idos+ Se9undo Le&i =00>'

mesmo %ormas imponder.&eis de re!ompensa e punição' tais !omo a !on!essão ou a perda de estima're%orçam o 9rau de !onsentimento !om re"ação aos a!ordos+ Em tradução de $a*iano Mendes dos Santos+


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Em suma' se interaç8es repetidas são esta*e"e!idas entre indiduos ra!ionais' instituiç8es

podem ser entendidas !omo me!anismos proetados para &ia*i"i7ar a!ordos' e as normas

podem ser !riadas eou in&o!adas para re%orç."os+ ;nstituiç8es e normas' !onuntamente'

minimi7am os !ustos de transação entre as partes' esta*i"i7am as re"aç8es de tro!a'

indu7em indiduos autointeressados ao !omportamento !ooperati&o e' por !onse(n!ia'

aumentam os 9an/os indi&iduais e diminuem a inse9urança (uanto ao %uturo+ A

!on%"un!ia de todos esses %atores "e&a ao !onsenso (uanto )s re9ras e )s normas' o (ue

produ7 esta*i"idade nas de!is8es tomadas+

Bo pr?4imo !ap#tu"o serão mostradas e&idn!ias emp#ri!as dessas id


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CAPÍTULO II

MODELOS ORGANIZACIONAIS E COMPORTAMENTO

PARLAMENTAR: O CONGRESSO NACIONAL


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E A CÂMARA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE

1 L=$!)'$": P#""') , E'+," C"0)#)45"

Bo !ap#tu"o anterior %oram e4p"i!itados os %undamentos te?ri!os (ue orientaram esta

pes(uisa' assim !omo as ra78es pe"as (uais se a%irmou serem e"es apropriados ao o*eti&o

(ue se tem em &ista+ Beste !ap#tu"o' o mode"o te?ri!o ser. uti"i7ado !omo instrumento de

an."ise do !omportamento de atores po"#ti!os !uas es!o"/as são ade(uadas ) estrutura

or9ani7a!iona" do Le9is"ati&o+

Adiante' serão apresentadas trs perspe!ti&as de an."ise do !omportamento par"amentar'

(ue %oram empre9adas em estudos so*re a Casa dos Representantes dos Estados Unidos+

Em se9uida' essas teorias serão uti"i7adas para o estudo do Le9is"ati&o *rasi"eiro 6 a

Cmara dos Deputados =CD>' !on%orme identi%i!ada em pes(uisas re!entes' e a Cmara

Muni!ipa" de e"o Hori7onte =CMH>' o*ser&ada espe!ia"mente para este estudo+ Ao %ina"

do !ap#tu"o' depois de !omparada a or9ani7ação interna da Cmara Muni!ipa" !om a dos

"e9is"ati&os %ederais ameri!ano e *rasi"eiro' *us!arse. !omparar as prediç8es do mode"o

)s in%ormaç8es emp#ri!as' !o"etadas e or9ani7adas de %orma tão sistem.ti!a (uanto

poss#&e"' a!er!a do pro!esso de!is?rio e da produção "e9is"ati&a da CMH+

Entendese !omo produção "e9is"ati&a o resu"tado a9re9ado' o output ' da interação dos

"e9is"adores no e4er!#!io de suas %unç8es+ As %unç8es "e9is"ati&as a*ar!am uma &asta 9ama

de ati&idades (ue &ão desde a !omposição da Mesa Diretora e das !omiss8es tem.ti!as at<

a an."ise das !ontas do E4e!uti&o+ A"teraç8es nas !onstituiç8es ou "eis or9ni!as' moç8es'

reso"uç8es' re(uerimentos e /omena9ens' entre outros' %i9uram entre os atos rotineiros dos


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"e9is"adores+ Contudo' a "iteratura a!er!a da produção "e9is"ati&a !ostuma dar espe!ia"

desta(ue ) produção de "eis 6 ou sea' ) tramitação e ) de"i*eração de legislação ordin'ria

6' asso!iandoa )s re9ras (ue esta*e"e!em os parmetros para essa produção1+

Batura"mente' isso o!orre por(ue a "e9is"ação ordin.ria re%"ete de %orma e%i!iente os

di"emas en&o"&idos nas *ar9an/as entre os "e9is"adores e entre e"es e o E4e!uti&o' !om

&istas ) apro&ação de po"#ti!as p@*"i!as+ Em outras pa"a&ras' o pro!esso de produção

"e9is"ati&a ordin.ria retrata ade(uadamente o padrão das disputas entre os decision-makers

pe"a apro&ação de medidas (ue *ene%i!iem a e"es mesmos e a suas respe!ti&as !"iente"as+

Os dados emp#ri!os a serem ana"isados %oram !o"etados por meio de pes(uisa do!umenta"

e de entre&istas !om &ereadores e %un!ion.rios da Casa+ Esses dados se re%erem a duas

"e9is"aturas !onse!uti&as =0F020I0K> e di7em respeito ) produção "e9is"ati&a e

aos me!anismos institu!ionais (ue medeiam a interação po"#ti!a na Cmara Muni!ipa" de

e"o Hori7onte+ E"ementos re"e&antes e&entua"mente presentes na tramitação dos proetos

6 tais !omo emendas' so"i!itação de ur9n!ia na tramitação' &otaç8es nominais' &etos' et!+

6 serão !onsideradosK+ O mesmo não o!orrer. !om outros re!ursos e ati&idades

par"amentares não re"a!ionados ) produção "e9a" ordin.ria+ Ba in&esti9ação a(ui proposta'

pretendese identi%i!ar as !ara!ter#sti!as *.si!as do Le9is"ati&o muni!ipa" em e"o

Hori7onte' para então o*ser&ar poss#&eis asso!iaç8es entre o mode"o or9ani7a!iona" e a

par!e"a do seu output !orrespondente ) produção "e9is"ati&a ordin.ria+ us!arse.'

tam*


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e"emento e4p"i!ati&o autnomo e %undamenta" ao entendimento da produção po"#ti!a+ Esses

estudos postu"am a espe!i%i!idade dos e%eitos da or9ani7ação "e9is"ati&a !om re"ação

)(ue"es de!orrentes dos prin!#pios da representação po"#ti!a e da nature7a dos n!u"os

e"eitorais entre os po"#ti!os e suas *ases' tão !aros ) "iteratura po"#ti!a at< então produ7ida+

As pes(uisas emp#ri!as so*re o Con9resso dos Estados Unidos 6 se9undo !onsta' o mais

estudado do mundo 6 são a"9uns dos mais !on/e!idos estudos na "in/a do no&o

institu!iona"ismo e apresentam o mode"o de or9ani7ação interna das ati&idades "e9is"ati&as

!omo a e4pressão institu!iona" dos di&ersos interesses indi&iduais em e(ui"#*rio+ A partir

dos estudos %eitos na(ue"a Casa' espe!ia"istas !onstataram (ue a estrutura or9ani7a!iona"

do Le9is"ati&o 9uarda estreita re"ação !om os interesses dos par"amentares indi&iduais e'

portanto' !om a produção "e9is"ati&a+

Se as re9ras (ue orientam o pro!esso "e9is"ati&o e%eti&amente !ondi!ionam a atuação dos

"e9is"adores' suas !onse(n!ias não de&em ser !on%undidas !om a(ue"as de!orrentes da

"e9is"ação po"#ti!oe"eitora" =Limon9i Z $i9ueiredo 01>+ Assim' em (ue pese a

"e9itimidade e importn!ia da preo!upação !om as "eis e"eitorais e suas imp"i!aç8es na

representação po"#ti!a' nen/uma an."ise do desempen/o dos par"amentares pode i9norar as

re9ras de!is?rias (ue &i9em no interior do Par"amento+ As instituiç8es (ue !on%ormam a

produção de "eis' ao de%inir os parmetros para a re"ação dos par"amentares entre si e destes

!om 9o&erno' e4er!em in%"un!ia direta no !omportamento e na produção "e9is"ati&os+

Esses estudos so*re o !on9resso ameri!ano se a9rupam em trs &ertentes ana"#ti!as'

!orrespondentes a trs di%erentes mode"os "e9is"ati&os (ue são !on/e!idos na "iteratura

re%erente ao tema !omo distri*uti&ista' in%orma!iona" e partid.ria+ O primeiro'

distri*uti&ista' assume (ue os me!anismos institu!ionais internos ao Le9is"ati&o %a&ore!em

o logrolling ' ou 9an/os de tro!a' entre os "e9is"adores (ue &isam a atender sua *ase o

se9undo' in%orma!iona"' !on!"ui (ue os de!isores proetam me!anismos (ue indu7em )

espe!ia"i7ação e ) so!ia"i7ação das in%ormaç8es de modo a minimi7ar as in!erte7as

inerentes ao pro!esso de!is?rio . os espe!ia"istas da ter!eira !orrente' a partid.ria'

entendem (ue as re9ras "e9is"ati&as %a&ore!em os interesses partid.rios representados no

Le9is"ati&o' sendo os partidos !onsiderados !omo %undamentais ao atendimento dos

interesses 6 poder' prest#9io' esta*i"idade na !arreira' et!+ 6 dos po"#ti!os indi&iduais+

Cada um dos trs mode"os or9ani7a!ionais ser. !omentado a se9uir' !on%orme ane!essidade de os !omparar !om as !ara!ter#sti!as do Con9resso Ba!iona"' (ue %oram


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identi%i!adas por pes(uisadores *rasi"eiros+ Uma &e7 (ue esses mode"os se re%erem )s

instituiç8es "e9is"ati&as norteameri!anas' não se de&e esperar (ue representem !om

%ide"idade os "e9is"ati&os *rasi"eiros+ Por isso' s? serão uti"i7ados a(ui !omo tipos ideais'

no sentido atri*u#do por [e*er+

1 L=$!)'$" B)#=)&' re&e"ando a estreitare"ação' de%endida no !ap#tu"o anterior' entre os interesses e aç8es indi&iduais e as instituiç8es po"#ti!as+


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dos mem*ros pe"a ree"eição' podem ser re&ertidos em *ene%#!ios para as respe!ti&as *ases

e"eitorais+

Uma &e7 (ue !ada par"amentar se o!upa dos temas de seu interesse na !omissão de (ue

parti!ipa' esse mode"o or9ani7a!iona" representa uma so"ução *astante satis%at?ria' pois

&ia*i"i7a o logroll ' dissemina os 9an/os distri*uti&os' permite o atendimento das demandas

!"iente"istas dos e"eitores e mant

or9ani7ar in%ormaç8es' tornamse de %undamenta" importn!ia no pro!esso "e9is"ati&o+ Os

"e9is"adores' distri*u#dos pe"as di&ersas !omiss8es' de&em se espe!ia"i7ar nos temas

respe!ti&os' ad(uirindo a prerro9ati&a e a responsa*i"idade de de"i*erar so*re (uest8es a

e"as re"a!ionadas+ Bo mode"o in%orma!iona"' o sistema de !omiss8es' !om*inado !om outros me!anismos do

pro!esso de produção "e9a"' %un!iona de %orma a produ7ir 9an/os de espe!ia"i7ação'

disseminar a in%ormação e in!enti&ar a de"i*eração demo!r.ti!a+ Bessa perspe!ti&a' (uanto

mais in%ormaç8es um decision-maker ti&er so*re uma po"#ti!a (ue est. sendo proposta e

so*re a opinião dos seus pares a respeito de"a' menores os es%orços demandados na

apro&ação da "ei' menores os ris!os en&o"&idos na sua ap"i!ação e maior a pro*a*i"idade de

a9radar a seus e"eitores+ O mode"o in%orma!iona" tende a 9arantir esses *ene%#!ios+ Beste'!omo nos outros dois mode"os' o sistema de !omiss8es o!upa um "u9ar de re"e&o nas

ati&idades par"amentares' mas esta perspe!ti&a se di%eren!ia das outras em a"9uns pontos

%undamentais+

a> A premissa %undamenta" < a de (ue não e4iste in%ormação per%eita+ Bo pro!esso

po"#ti!o' *em !omo em outras .reas da &ida so!ia"' a in!erte7a < ine&it.&e"+

*> As instituiç8es são &istas' por um "ado' !omo pre%ern!ias !rista"i7adas e' por outro'

!omo end?9enas+ Bo primeiro !aso' e"as tendem a manter o status !uo no se9undo'


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são !onsideradas o*etos de ne9o!iação e podem ser a"teradas+ Em !aso de mudança

institu!iona"' a distri*uição dos payo((s entre os o9adores tam* As mudanças institu!ionais são orientadas por instituiç8es superiores+ A re9ra

%undamenta" da maioria permite a"teração de outras re9ras NmenoresN' (ue !omp8em o

mode"o or9ani7a!iona" e (ue re9u"am' a posteriori' o !omportamento dos "e9is"adores+

d> A autoindi!ação' se /ou&er' não !ompromete a /etero9eneidade das pre%ern!ias nas

!omiss8es+ Po"#ti!os i9ua"mente interessados em determinado tema podem ter opini8es

di%erentes e mesmo opostas so*re e"e+ Be!essariamente' as !omiss8es serão

/etero9neas' um mi!ro!osmo do p"en.rio e' portanto' representati&as dos interesses

9erais dosdecision-makers

+e> O p"en.rio det

!omiss8es+ =Limon9i' 0>

Em suma' &isando a redu7ir as in!erte7as (ue en&o"&em as de!is8es "e9is"ati&as 6

in!erte7as não apenas (uanto ) esta*i"idade dos a!ordos entre par"amentares' mas'

so*retudo' (uanto aos e%eitos das de!is8es po"#ti!as 6 os !on9ressistas instituem no

pro!esso "e9is"ati&o a"9uns me!anismos (ue indu7em ) di%usão de in%ormaç8es'

%omentando o de*ate e a de"i*eração demo!r.ti!a no par"amento+ A demo!rati7ação

in%orma!iona" apro4ima a pre%ern!ia m


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=Tre/*ie"' 00>' da# a satis%ação dos interesses maorit.rios e não apenas dos interesses de

9rupos ideo"o9i!amente /omo9neos (ue det ar9umentam (ue a

estrutura or9ani7a!iona" do Le9is"ati&o tem a %unção !entra" de &ia*i"i7ar a rea"i7ação dos

interesses partid.rios+ O mode"o partid.rio não tem nas !omiss8es o ei4o prin!ipa" da

or9ani7ação "e9is"ati&a+ Os no&os institu!iona"istas \partid.rios] a%irmam (ue os partidos

po"#ti!os inter%erem %ortemente nos tra*a"/os dos "e9is"adores' por(ue são !apa7es de

produ7ir *ene%#!ios tais !omo a 9arantia da reputação dos po"#ti!os' a diminuição dos!ustos de!is?rios para o e"eitor por meio da disseminação de in%ormaç8es a !usto 7ero' a

esta*i"idade da es!o"/a so!ia" atra&


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sea' os me!anismos institu!ionais (ue !omp8em o "e9is"ati&o na!iona" são uma esp

/#*rido or9ani7a!iona" (ue !om*ina me!anismos institu!ionais in%orma!ionais'

distritu*i&os e partid.rios+ Mas' ser. mostrado (ue o Co"+

Essa < uma o*ser&ação !ontundente' mas não se de&e' por isso' i9norar ou su*estimar o

aspe!to distri*uti&ista do Le9is"ati&o *rasi"eiro+ ^ in(uestion.&e" o poder das "ideranças e o


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!onse(ente arre%e!imento da %orça das !omiss8es e do p"en.rio+ ^ &erdade tam*+ Besse !aso' não /.

uti"i7ação de oportunidades ou re!ursos po"#ti!os e' portanto' não /. a pr.ti!a do logroll +

Mas nem todas as aç8es "e9is"ati&as indi&iduais são !ontro"adas pe"o Co"' /oe' as emendas ao orçamento são'

por e4!e"n!ia' o me!anismo de &ia*i"i7ação da po"#ti!a pork barrel F*

Bo interre9no demo!r.ti!o (ue perdurou de 0K a 0K' os deputados %ederais podiam

propor po"#ti!as (ue 9era&am despesas sem indi!ar a %onte imediata de re!ursos para a sua

e4e!ução+ Santos =0> !ompro&ou (ue nesse !onte4to institu!iona" a maioria das "eis

apro&adas pe"a Cmara dos Deputados !orrespondeu a propostas (ue aumenta&am as

despesas orçament.rias 6 mais pre!isamente' "eis a"o!ati&as de impa!to !on!entrado+ A

partir da Constituição de 0FF' !ontudo' somente ao E4e!uti&o < permitido apro&ar

medidas (ue 9eram 9astos+ Desde então' o direito de apresentar emendas ao orçamento 6

rea"o!ando &er*as entre ru*ri!as' mas sem a"terar os &a"ores orçament.rios %inais 6 passou

a ser o @ni!o me!anismo %orma" (ue permite ao "e9is"ador en!amin/ar re!ursos para sua

F A prop?sito' !on&

8/17/2019 Dissertação - camara municipal, relacao entre poderes e producao leg

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Dissertação - camara municipal, relacao entre poderes e producao legislativa