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UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO PROGRAMA DE MESTRADO EM ORTODONTIA JULIANA VOLPATO CURI PACCINI Comparação da Eficiência de Intrusão de Primeiros Molares Superiores com correção ortodôntica de acordo com dois protocolos: ancoragem em dois e três mini- implantes. São Paulo 2012

Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

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Page 1: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO

PROGRAMA DE MESTRADO EM ORTODONTIA

JULIANA VOLPATO CURI PACCINI

Comparação da Eficiência de Intrusão de Primeiros

Molares Superiores com correção ortodôntica de acordo

com dois protocolos: ancoragem em dois e três mini-

implantes.

São Paulo

2012

Page 2: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

JULIANA VOLPATO CURI PACCINI

Comparação da Eficiência de Intrusão de Primeiros

Molares Superiores com correção ortodôntica de acordo

com dois protocolos: ancoragem em dois e três mini-

implantes.

Dissertação apresentada ao Programa de Mestrado

em Ortodontia da Universidade Cidade de São

Paulo, como requisito exigido para obtenção do

título de Mestre.

Orientador: Prof. Dr. Flávio Cotrim-Ferreira

Co-Orientador: Prof. Dr. Fabrício Pinelli Valarelli

São Paulo

2012

Page 3: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

Ficha elaborada pela Biblioteca Prof. Lúcio de Souza. UNICID

P114c

Paccini, Juliana Volpato Curi

Comparação da eficiência de intrusão de primeiros molares superiores com correção ortodôntica de acordo com dois protocolos: ancoragem em dois e três mini-implantes / Juliana Volpato Curi Paccini --- São Paulo, 2012.

98 p.

Bibliografia

Dissertação (Mestrado) - Universidade Cidade de São Paulo. Orientador do Prof. Dr. Flávio Cotrim Ferreira, co-orientador Prof. Dr. Fabrício Pinelli Valarelli

1. Movimentação dentária. 2. Procedimentos de ancoragem ortodôntica. 3. Ortodontia corretiva. I. Ferreira, Flávio Cotrim. II. Valarelli, Fabrício Pinelli. III. Titulo.

D4

AUTORIZO A REPRODUÇÃO E DIVULGAÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE TRABALHO, POR QUALQUER MEIO CONVENCIONAL OU ELETRÔNICO, PARA FINS DE ESTUDO E PESQUISA, DESDE QUE CITADA A FONTE E COMUNICADA AO AUTOR A REFERÊNCIA DA CITAÇÃO. São Paulo, ____ / ____/ _____ Assinatura: _____________________________ e-mail: [email protected]

Page 4: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

JULIANA VOLPATO CURI PACCINI

Comparação da Eficiência de Intrusão de Primeiros

Molares Superiores com correção ortodôntica de acordo

com dois protocolos: ancoragem em dois e três mini-

implantes.

Dissertação apresentada ao Programa de Mestrado

em Ortodontia da Universidade Cidade de São

Paulo, como requisito exigido para obtenção do

título de Mestre.

Área de concentração: Ortodontia

Data da defesa: 19 de junho de 2012

Resultado:___________________________

Banca Examinadora 1) Prof. Dr. Flávio Augusto Cotrim-Ferreira ______________________________ Universidade Cidade de São Paulo 2) Profa. Dra. Karyna Martins do Valle-Corotti ______________________________ Universidade Cidade de São Paulo 3) Prof. Dr. Fabrício Pinelli Valarelli ______________________________ Universidade Ingá - Maringá

Page 5: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato
Page 6: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

Dedico esse trabalho

Ao meu marido Danilo e aos meus filhos Júlia e Pedro Henrique , de quem

muitas horas de carinho foram roubadas. Com amor e paciência, entenderam

minha ausência, tornando esse trabalho possível.

Aos meus pais Wiliam e Rosa, pelas palavras de incentivo e reconhecimento e

por acreditarem na importância de investir na educação dos filhos.

A Deus, pois tudo que eu tenho veio Dele.

Page 7: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

Agradecimentos Especiais

Ao meu cunhado Guilherme e à minha irmã Isadora por me acolherem em São Paulo sempre com a alegria genuína da generosidade.

A minha cunhada Patrícia e ao meu irmão Paulo que na minha ausência ajudaram a cuidar de uma das coisas mais preciosas da minha vida, minha filha Júlia.

Aos meus queridos afilhados Beatriz e Guilherme que enchem meu coração de alegria.

Ao meu cunhado Gabriel , à minha irmã Melissa e aos meus sobrinhos lindos Clara e Ravi, pela torcida e pelo incentivo.

Aos meus sogros Urubatan e Margareth que são meus pais por afinidade.

À minha querida prima Paula e à minha tia Raquel por estarem sempre prontas para colaborar com sugestões importantes para este trabalho.

A toda minha família Volpato Curi Kanthack Paccini.

Page 8: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

Agradecimentos Especiais

A todos os professores do departamento de Ortodontia, Dra. Ana Carla Raphaelli Nahás, Dra. Rívea Inês Ferreira, Dr. Danilo Furquim

Siqueira, Dr. Helio Scavone Junior, Dra. Karyna Martins do Valle-Corotti, Dr. Paulo Eduardo Guedes Carvalho, Dr. Acácio Fuziy,e especialmente o professor

dr. Flávio Vellini Ferreira, um grande exemplo a ser seguido.

Ao professor dr. Flávio Augusto Contrim-Ferreira, meu querido orientador, pelo apoio nos momentos difíceis, pelas palavras de incentivo e por todos os

ensinamentos e orientações transmitidas.

Ao professor Fabrício Pinelli Valarelli, meu grande amigo, por sua generosidade e dedicação em ensinar.

Aos meus amigos de Virgílio de Miranda Camargo, Ricardo Lincoln Fernandes Silva e Daniela Ferrari carvalho por me ajudarem a colher a amostra deste

trabalho.

Ao professor Eduardo Álvares Dainesi, pelas dicas preciosas dispensadas a este trabalho.

A todos os meus colegas de Mestrado, pela amizade, apoio e conhecimentos compartilhados.

Aos funcionários da Clínica de Ortodontia da UNICID, principalmente à Sra

Arlinda Galeano Miron, por toda ajuda na clínica.

Page 9: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

Epígrafe

Com licença poética

Quando nasci um anjo esbelto, desses que tocam trombeta, anunciou:

vai carregar bandeira. Cargo muito pesado pra mulher, esta espécie ainda envergonhada.

Aceito os subterfúgios que me cabem, sem precisar mentir.

Não sou tão feia que não possa casar, acho o Rio de Janeiro uma beleza e

ora sim, ora não, creio em parto sem dor. Mas o que sinto escrevo. Cumpro a sina.

Inauguro linhagens, fundo reinos dor não é amargura.

Minha tristeza não tem pedigree, já a minha vontade de alegria, sua raiz vai ao meu mil avô.

Vai ser coxo na vida é maldição pra homem. Mulher é desdobrável. Eu sou.

Adélia Prado

Page 10: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

Resumo

PACCINI, JVC. Comparação da eficiência de intrusão de primeiros molares

superiores, por dois protocolos, com correção ortodôntica ancorada em mini-

implantes. Dissertação (Mestrado). 2012. 126f

O objetivo deste estudo foi comparar as alterações dentárias e esqueléticas da

intrusão de primeiros molares superiores, por meio de correção ortodôntica

ancorada em mini-implantes, de acordo com dois protocolos distintos. Para isso

foram selecionados 19 pacientes adultos que representavam 25 primeiros molares

superiores extruídos por perda de dentes antagonistas. Estes pacientes foram

submetidos aos procedimentos de instalação de mini-implantes e posterior intrusão

dos molares, simultaneamente ao tratamento com aparelho fixo. A amostra foi

dividida em dois grupos, de acordo com a quantidade de mini-implantes utilizados. O

Grupo 1 consistia de 15 primeiros molares que sofreram intrusão ancorados em

dois mini-implantes. O Grupo 2, de 10 primeiros molares que sofreram intrusão

ancorados em três mini-implantes. As alterações, durante o tratamento, foram

analisadas pelas variáveis cefalométricas e dentárias em telerradiografia em norma

lateral no início (T1) e ao final da intrusão (T2) dos primeiros molares superiores.

Para a análise das características demográficas (gênero e idade) dos pacientes e do

tipo de má oclusão no início do estudo foram aplicados os testes T independente e

Exato de Fisher. Os resultados das alterações dento-esqueléticas entre os tempos

T1 e T2 em cada grupo de estudo foram comparados pelo teste T pareado. As

alterações dento-esqueléticas e o tempo de intrusão foram comparados entre os

métodos utilizados pelo teste T independente. Os resultados mostraram que não

houve diferença nas alterações dento-esqueléticas, com exceção da Li-linha E, entre

os dois protocolos e que ambos foram igualmente eficientes.

Palavras-chave: Movimentação Dentária, Procedimentos de Ancoragem

Ortodôntica, Ortodontia Corretiva.

Page 11: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

Abstract

The aim of the present study was to investigate the dentoalveolar and skeletal

cephalometric changes produced by the intrusion of maxillary first molars through

mini-implant for orthodontic anchorage. Nineteen patients with a total of 25 extruded

upper first molars were selected and managed with mini-implants combined with

orthodontic treatment. The patients were divided into two groups concerning the

number of mini-implants used: Group 1 was formed by 15 first molars intruded by two

mini-implants, while Group 2 was formed by 10 first molars intruded by three mini-

implants. The dentoalveolar and skeletal cephalometric changes was evaluated by

lateral cephalometric analysis performed at the beginning (T1) and after the intrusion

of the teeth (T2). According to the results, both protocols were effective for the

intrusion of maxillary first molars, with no significant differences between them.

Considering the skeletal changes, there was a significant decrease in FMA values

between the start and end of the trial, indicating a counter-clockwise rotation of the

mandible. It was concluded that the intrusion of extruded maxillary first molars

through mini-implant for orthodontic anchorage has an efficient orthodontic

mechanics, with no significant differences between the protocols evaluated.

Keywords: Tooth Movement; Orthodontic Anchorage Procedures; Orthodontics

Corrective.

Page 12: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

Lista de Figuras

Figura 1: Fotos intrabucais de um caso clínico do grupo 1 com um mini-implante por vestibular e um por palatino................................................................................

43

Figura 2: Fotos intrabucais de um caso clínico do grupo 2 com dois mini-implantes por vestibular e 1 por palatino..................................................................

43

Figura 3: Telerradiografia em norma lateral escaneada (observar as duas réguas para determinação do fator de magnificação)..........................................................

44

Figura 4: Marcação dos pontos cefalométricos....................................................... 50

Figura 5: Traçado das linhas e planos cefalométricos.................................. 52

Figura 6: Traçado das medidas cefalométricas esqueléticas.................................. 54

Figura 7: Traçado das medidas cefalométricas dentárias e tegumentares............. 56

Figura 8: Traçado das medições relativas aos primeiros molares superiores......... 58

Page 13: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

Lista de Tabelas

Tabela 1: Médias, desvios-padrão, mínimo e máximo das idades do Grupo 1 no início, final e tempo total do período estudado.............................................................

43

Tabela 2: Médias, desvios-padrão, mínimo e máximo das idades do Grupo 2 no início, final e tempo total do período estudado.............................................................

43

Tabela 3: Análise do erro intra-examinador. Apresentação das médias, dos desvios-padrão, dos erros casuais (Dahlberg) e nível de significância estatística dos erros sistemáticos (p), entre os traçados repetidos após 30 dias.................................

63

Tabela 4: Resultados do teste “t” independente, aplicado à variável Idade I (idade inicial) para verificar a compatibilidade entre os Grupos 1 e 2 ao início do período estudado........................................................................................................................

64

Tabela 5: Resultados do teste Exato de Fisher para avaliar a compatibilidade dos grupos 1 e 2 em relação ao gênero no início do período estudado..............................

64

Tabela 6: Resultados do teste Exato de Fisher para avaliar a compatibilidade dos grupos 1 e 2 em relação ao tipo de má oclusão no início do período estudado...........

65

Tabela 7: Resultado do teste “t” dependente, médias e desvios-padrão do GRUPO 1 ao início e final do período estudado.........................................................................

66

Tabela 8: Resultado do teste “t” dependente, médias e desvios-padrão do GRUPO 2 ao início e final do período estudado.........................................................................

67

Tabela 9: Resultado do teste “t” independente, médias e desvios-padrão da comparação entre as variáveis do Grupo 1 e 2 ao início do período estudado............

68

Tabela 10: Resultado do teste “t” independente, médias e desvios-padrão da comparação entre as alterações das variáveis do Grupo 1 e 2, durante o período estudado........................................................................................................................

69

Tabela 11: Resultado do teste “t” independente, médias e desvios-padrão da comparação entre as variáveis do Grupo 1 e 2, ao final do período estudado.............

70

Tabela 12: Análise descritiva, médias, mínimos, máximos e desvios-padrão da intrusão do primeiro molar superior (6-PP) dos Grupos estudados..............................

71

Tabela 13: Resultado do teste “t” independente, médias e desvios-padrão da comparação entre as variáveis Tempo Intrusão e Eficiência Intrusão dos primeiros molares superiores entre os Grupo 1 e 2, durante o período estudado......................

71

Page 14: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

Sumário

RESUMO......................................................................................................................... 08

ABSTRACT..................................................................................................................... 09

1 INTRODUÇÃO............................................................................................................. 15

2 REVISÃO DE LITERATURA........................................................................................ 18

2.1 Ancoragem absoluta na ortodontia............................................................................ 18 2.2 Intrusão de molar empregando mecânica ortodôntica convencional........................ 27 2.3 Intrusão de molar utilizando mini-implante como ancoragem esquelética................ 30 2.3.1 Tipos de mini-implantes e métodos utilizados para intrusão de molar................. 30

3 PROPOSIÇÃO............................................................................................................. 38

4 MATERIAL E MÉTODOS............................................................................................. 40

4.1 Material...................................................................................................................... 40 4.1.1 Obtenção da amostra............................................................................................. 40 4.2 Métodos..................................................................................................................... 43 4.2.1 Obtenção das telerradiografias em norma lateral................................................... 43 4.2.2 Elaboração do Cefalograma................................................................................... 45 4.2.3 Desenho anatômico................................................................................................ 45 4.2.4 Demarcação dos pontos cefalométricos................................................................. 46 4.2.5 Traçado das linhas e planos................................................................................... 51 4.2.5.1 Horizontais......................................................................................................... 51 4.2.5.2 Verticais............................................................................................................. 51 4.2.6 Mensuração das grandezas cefalométricas .......................................................... 52 4.2.6.1 Componente maxilar......................................................................................... 52 4.2.6.2 Componente mandibular .................................................................................. 53 4.2.6.3 Relação maxilomandibular................................................................................ 53 4.2.6.4 Componente Vertical......................................................................................... 53 4.2.6.5 Componente dentoalveolar superior................................................................. 54 4.2.6.6 Componente dentoalveolar inferior................................................................... 55 4.2.6.7 Relações dentárias............................................................................................ 55 4.2.6.8 Perfil tegumentar............................................................................................... 55 4.2.7. Mensuração das alterações relativas aos primeiros molares superiores........................................................................................................................

56

4.2.8 Obtenção da Eficiência......................................................................................... 59 4.3 Análise estatística...................................................................................................... 60 4.3.1 Erro do método....................................................................................................... 60

Page 15: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

Sumário

4.3.2 Método Estatístico.................................................................................................. 60

5 RESULTADOS............................................................................................................. 63

6 DISCUSSÃO................................................................................................................ 73

6.1 A Amostra.................................................................................................................. 73 6.1.2 Selação da Amostra............................................................................................... 73 6.2 Metodologia............................................................................................................... 75 6.3 Medidas Cefalométricas............................................................................................ 76 6.3.1 Precisão da Metodologia........................................................................................ 76 6.4 Discussão dos resultados.......................................................................................... 77 6.4.1 Componentes Maxilar e Mandibular....................................................................... 77 6.4.2 Componente Vertical.............................................................................................. 78 6.4.3 Componente Dentoalveolar Superior..................................................................... 79 6.4.3.1 Primeiros Molares.............................................................................................. 80 6.4.4 Componente Dentoalveolar Inferior........................................................................ 81 6.4.5 Relações Dentárias................................................................................................ 82 6.4.6 Perfil Tegumentar................................................................................................... 82 6.5 Considerações Clínicas ............................................................................................ 83

7 CONCLUSÃO................................................................................................... 86

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................... 88

APÊNDICE............................................................................................................ 98

Page 16: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

IntroduçãoIntroduçãoIntroduçãoIntrodução

Page 17: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

15

Introdução

1 INTRODUÇÃO

Um dos movimentos mais difíceis na mecânica ortodôntica e que

necessita de uma ancoragem eficiente para se obter sucesso é a intrusão dentária.

Normalmente esse movimento é necessário quando um dente sofreu extrusão,

especialmente, pela falta do dente antagonista. A extrusão pode causar diversos

problemas como interferências oclusais e consequentes distúrbios funcionais

(MELSEN, 1991; SUYA H, 1991, CHENG, 2004; YAO, 2005a; 2005b).

É necessário, portanto, reparar essa condição para posteriormente

promover a reabilitação protética do dente antagonista. Existem vários recursos

intra e extrabucais a serem utilizados como ancoragem. Os métodos convencionais

apresentam uma série de problemas, incluindo implicações estéticas, movimentação

da unidade de ancoragem e necessidade de colaboração do paciente, dificultando

sobremaneira o sucesso da mecânica intrusiva proposta (MELSEN et al., 1991;

CHUN et al., 2000; ARAUJO et al., 2006; NG et al., 2006 ).

Os mini-implantes, bem como a possibilidade de se obter uma ancoragem

absoluta, abriram novas perspectivas para a ortodontia. Criou-se um ponto estável

dentro da cavidade bucal, para que sejam realizados movimentos de forma mais

controlada e previsível, com a mínima necessidade da colaboração do paciente

(COSTA, et al, 1983; CREEKMORE; EKLUND, 1983; KANOMI, et al, 1997; YAO et

al., 2005a; 2005b).

Os mini - implantes ortodônticos oferecem uma alta versatilidade de

aplicação clínica desde a escolha do local de instalação, do formato do parafuso,

bem como da variabilidade do ponto de aplicação da força no dente. Isso possibilita

um maior controle sobre o tratamento ortodôntico, minimizando os efeitos colaterais

como forças indesejáveis nos dentes adjacentes (FRITZ et al., 2004; MIYAWAKI et

al., 2003).

Page 18: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

16

Introdução

Existem alguns trabalhos científicos na literatura que demonstram a

intrusão real de molares superiores com a utilização dos mini-implantes como

ancoragem. Entretanto, dos trabalhos existentes, a maioria se refere a relatos de

casos clínicos, trabalhos experimentais em animais ou ainda trabalhos científicos

que, embora importantes, apresentam uma amostra relativamente pequena. É

extremamente necessário diferenciar a intrusão do primeiro molar superior da

extrusão dos dentes adjacentes a ele, que pode ocorrer caso não seja utilizado um

sistema de ancoragem adequado, representando uma intrusão relativa e não uma

intrusão verdadeira (BONETTI et al, 1996; CHUN et al, 2000; ENACAR et al, 2003;

ARMBRUSTER et al, 2003).

Este trabalho avaliou a movimentação dentária dos primeiros molares

superiores previamente extruídos pela perda do dente antagonista, que foram

submetidos aos procedimentos de intrusão, ancorados em mini-implantes e a

eficiência dos dois métodos descritos, de acordo com os protocolos analisados.

Page 19: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

Revisão de literaturaRevisão de literaturaRevisão de literaturaRevisão de literatura

Page 20: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

18

Revisão de literatura

2 REVISÃO DE LITERATURA

Os conceitos atuais vigentes para obtenção de uma ancoragem absoluta

necessitam de muitos estudos e comprovações para que os ortodontistas consigam

utilizá-los com o máximo de segurança e sucesso.

A presente revisão de literatura foi desenvolvida de forma a abranger os

principais assuntos relacionados à intrusão de molares superiores.

2.1 Ancoragem absoluta na ortodontia

Edward Angle, em 1900, foi um dos primeiros a defender o uso de

aplicação de forças iguais e opostas para o controle de ancoragem (ANGLE, 1900).

A ideia de se utilizar parafusos fixados em tecido ósseo para se obter

ancoragem absoluta surgiu em 1945, quando Gainsforth e Higley (GAINSFORTH;

HIGLEY, 1945) inseriram parafusos de vitálio (Dentsply) no ramo ascendente da

mandíbula de seis cães. Nestes animais, foram aplicados elásticos que se

estendiam do parafuso de gancho do arco maxilar para distalização dos caninos,

durante o período de 16 a 31 dias. A utilização do osso basal para movimentação

dentária foi bem sucedida. Entretanto, os autores observaram que uma força efetiva

só poderia ser mantida por no máximo 31 dias. Os mesmos atribuíram a perda de

todos os parafusos à infecção advinda da comunicação entre o parafuso de vitálio e

a cavidade bucal. Porém, apesar de tudo, os autores concluíram que “a ancoragem

poderia ser obtida para movimentos ortodônticos futuros”.

Após os estudos de Gainsforth e Higley em 1945, somente Linkow, em

1970, reportou novamente a utilização de implantes mandibulares, de finalidade

protética, como recurso de ancoragem ortodôntica. Esses autores foram os primeiros

a sugerirem o uso de implantes em forma de lâminas vazadas para receber os

elásticos de classe II (LINKOU, 1970).

Page 21: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

19

Revisão de literatura

Branemark, em 1969, após ter descoberto um fenômeno biológico,

chamado osseointegração, gerado em regiões de íntimo contato entre o osso e a

superfície do titânio, introduziu os implantes dentários para substituição de dentes e

reabilitação protética (BRANEMARK et al., 1969; BRANEMARK; ALBREKTSSON,

1982). Os autores observaram que estes implantes de titânio puro apresentavam

características mecânicas e bioquímicas adequadas para garantir uma coexistência

estrutural e funcional com os mecanismos biológicos sem provocar rejeição. Desta

forma, os implantes ósseo-integrados apresentavam a capacidade de permanecer

estáveis quando submetidos a forças funcionais. Desde a década de 1980, com o

progressivo desenvolvimento destes implantes dentários, seu uso como recurso de

ancoragem ortodôntica tem expandido os recursos do tratamento ortodôntico

(ROBERTS et al.,1989; HIGUCHI; SLACK,1991).

Porém, ainda era necessário o desenvolvimento de implantes com

diâmetros e comprimentos menores que pudessem ser utilizados em qualquer

região e atrair definitivamente o interesse dos ortodontistas, e até mesmo dos

pacientes. Em 1983, Creekmore e Eklund, já tentavam responder a estas

expectativas, pois avaliaram a utilização de parafusos cirúrgicos comumente

utilizados em cirurgia ortognática para osteosíntese e fixação intermaxilar

(CREEKMORE; EKLUND, 1983). Em seu relato, os autores implantaram um

parafuso cirúrgico de vitálio logo abaixo da espinha nasal anterior, em que, após dez

dias da sua inserção, uma liga elástica leve foi utilizada com a intenção de corrigir a

sobremordida. Durante o tratamento houve a intrusão de 6 mm dos incisivos centrais

superiores, sem que ocorresse movimentação do parafuso. Estes autores já

demonstraram, desde 1983, ser este um recurso viável de ancoragem ortodôntica,

mas eles relataram que, apesar do sucesso, este procedimento requeria

investigações mais amplas e detalhadas antes de ser rotineiramente aplicado. No

entanto, a utilização destes mini - parafusos não foi imediatamente adotada como

um novo recurso de ancoragem ortodôntica. Após sua pesquisa, a literatura se

concentrou em estudos com implantes dentários (DOUGLASS; KILLIANY, 1987;

ROBERTS et al., 1989; ROBERTS; MARSHALL; MOZSARY, 1990), onplants

(BLOCK; HOFFMAN, 1995), e implantes palatinos (WEHRBEIH et al., 1996) e,

Page 22: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

20

Revisão de literatura

somente alguns anos depois, teve início o interesse dos pesquisadores nos mini-

parafusos cirúrgicos.

O termo ancoragem absoluta ou infinita é definido como ausência de

movimento da unidade de ancoragem, ou seja, quando inexiste perda de ancoragem

como consequência das forças de reação (DASKALOGIANNAKIS, 2000). Este

conceito de ancoragem esquelética não é recente, pois a ancoragem em osso basal

foi sugerida há mais de 60 anos, como um método alternativo de se obter um

aumento da ancoragem ortodôntica (LEE et al., 2007).

Em 1988, Smalley e colaboradores, realizaram um estudo de modelo

animal e demonstraram a possibilidade de se utilizar implantes de titânio

osseointegrados pra controlar a protração maxilar (SMALLEY et al., 1988). Dois

anos após, em 1990, Roberts; Marshall; Mozsary reportaram o uso de implante

endósseo, inserido na região retromolar, como ancoragem para mesializar dois

molares e fechar um espaço de extração atrófico (ROBERTS; MARSHALL;

MOZSARY, 1990). Os pacientes cuja ancoragem dentária era contra-indicada

tornaram-se objeto de estudo dos pesquisadores, evidenciando que, nestes casos,

os implantes dentários apresentavam-se como ótimo recurso de ancoragem, como

demonstrou Haanaes et al, em 1991 (HAANAES et al., 1991).

Entretanto, as dimensões destes implantes convencionais exigiam locais

de inserção com grande quantidade de tecido ósseo para acomodá-los. Por esta

razão, a região retromolar ou áreas edêntulas acabaram se tornando os poucos

locais indicados para implantação. Além disso, o alto custo dos implantes dentários,

a implantação e remoção por meio de procedimentos cirúrgicos muito invasivos e o

tempo despedido nas fases de cicatrização e osseointegração, restringiram ainda

mais a aplicabilidade destes implantes na clínica ortodôntica (ROBERTS,WE;

NELSON; GOODACRE,1994; ROBERTS; ARBUCKLER; ANALOUI, 1996;

WEHRBEIN et al., 1996; CHEN; ESTERLE; ROBERTS; 1999; BAE et al., 2002a;

2002b; HENRIKSEN et al., 2003; KELES; EVERDI; SEZEN, 2003; LIN, LIOU, 2003;

SCHNELLE et al., 2004; HUANG; SCHOTWELL; WNAG, 2005).

Page 23: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

21

Revisão de literatura

Diante deste fato, Block e Hoffman, em 1995 introduziram o onplant, um

disco de titânio com 2 mm de altura e 10 mm de diâmetro, tratado com

hidroxiapatita. Este disco foi inserido no palato de cães como recurso de ancoragem

ortodôntica, apresentando-se estáveis durante todo o tratamento.

A literatura científica tem concentrado enormes esforços nesta nova área

da ortodontia, já que há um enorme potencial de aplicação de conhecimentos e

necessidade de testar a aplicação clínica destes dispositivos.

Em 1996, Wehrbein et al. (WEHRBEIN et al., 1996), também buscaram

encontrar formas de viabilizar o uso dos mini-implantes osseointegrados em

Ortodontia. Estes autores avaliaram a possibilidade de se utilizar a área sagital do

palato como sítio de inserção para implantes dentários reduzidos, de 3,3mm de

diâmetro e 4 ou 6 mm de comprimento. Os autores uniram o implante palatino aos

segundos pré-molares como reforço de ancoragem para realizar 8mm de retração

anterior. Os implantes instalados no palato não apresentaram mobilidade e houve

apenas 0,5mm de movimentação dos pré-molares implanto-ancorados. Foi desta

forma que Wehrbein et al introduziram o Orthosysten (Straumann).

As investigações a respeito de microparafusos só vieram em 1997 com

Kanoni (KANONI, 1997) que descreveu um sistema de micro - implante com

desenho específico para uso na ortodontia, com um protocolo cirúrgico de um

implante com medidas de 1,2mm de diâmetro por 6 mm de comprimento que

oferecia ancoragem suficiente para intrusão de incisivos inferiores,com resultado de

cerca de 6 mm de intrusão em quatro meses.

As pesquisas que se seguiram buscaram aperfeiçoar a técnica e os

materiais com intuito de aumentar a aplicabilidade, a estabilidade e a aceitação

deste novo sistema de ancoragem ortodôntica. Costa, Raffaini e Melsen, em 1998

(COSTA; RAFFAINI; MELSEN, 1998), apresentaram um miniparafuso de titânio com

cabeça semelhante a um bráquete, o qual poderia ser inserido na região retromolar,

na espinha nasal anterior, na sutura palatina, na crista infrazigomática, na sínfise

mandibular e entre as regiões de pré-molares e molares. Além disso, poderia ser

inseridos com chave manual diretamente na mucosa, sem retalho, e ser submetido a

Page 24: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

22

Revisão de literatura

cargas imediatas. Foram utilizados, em seu experimento clínico, 16 miniparafusos,

dos quais apenas dois apresentaram-se com mobilidade e foram perdidos durante o

tratamento (COSTA; RAFFAINL; MELSEN, 1998).

Além disso, durante a última década, outros métodos de ancoragem

esquelética foram propostos, incluindo as ligaduras zigomáticas (MELSEN;

PETERSEN; COSTA, 1998), mini-placas (UMEMORI, et. al., 1999) e ancoragem

zigomática (DE CLERCK; GEERINCKX; SICILIANO, 2002).

As ligaduras zigomáticas foram introduzidas em 1998 por Melsen,

Petersen e Costa como recurso de ancoragem em pacientes parcialmente edêntulos

para intrusão e retração dos incisivos superiores. Este método era realizado por

meio de duas perfurações na região superior da crista infra zigomática, em que um

fio de aço inoxidável (0,012”) duplamente trançado era ligado e conectado ao

aparelho ortodôntico por meio de molas fechadas de níquel-titânio (MELSEN;

PETERSON; COSTA, 1998). Já em 1990, Melsen e Verna (MELSEN; VERNA,

1990), utilizando mini-implantes, concluem que os locais que oferecem melhores

condições para instalar os mini-implantes na maxila são: a espinha nasal anterior, a

crista infra-zigomática e o palato. Sendo que a sutura palatina mediana, formada por

osso contical mais denso, pode ser considerada o melhor local para instalação

desse dispositivo de ancoragem temporária na maxila. Na mandídula, os melhores

locais são: na região retromolar, no processo alveolar mandibular e na sínfise.

As mini-placas cirúrgicas foram reportadas como ancoragem ortodôntica

por Sugawara (SUGAWARA, 1999) e Umemori (UMEMORI et al., 1999), os quais as

utilizaram, em formato de L, para intruir molares no tratamento da mordida aberta

anterior. Eles obtiveram sucesso na mecânica com intrusão verdadeira dos molares

e fechamento da mordida aberta anterior.

Um estudo de Sherwood e colaboradores, 2002 (SHERWOOD et al.,

2002), propôs estudar se houve intrusão verdadeira dos molares em adultos e testar

a estabilidade das mini-placas como ancoragem para intrusão de dentes posteriores

na maxila. Para isso, tratou quatro pacientes que possuíam mordida aberta anterior

com intrusão posterior dos molares, utilizando mini-placas como ancoragem. A

Page 25: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

23

Revisão de literatura

média de intrusão foi de 1,45 mm a 3,32 mm. Não houve nenhum movimento das

mini-placas. O fechamento da mordida aberta anterior foi obtido em todos os quatro

pacientes. A média de fechamento de incisivos foi de 3,62 mm com fechamento do

plano mandibular de 2,62 mm e plano oclusal diminuiu em 2,25 mm.

Everdi e colaboradores em 2004 (EVERDI et al., 2004), analisaram dez

pacientes entre 17 a 23 anos com mordida aberta anterior e excesso de crescimento

posterior de maxila. Inseriram mini - placas nos ossos zigomáticos bilateralmente.

Todos os pacientes receberam barra transpalatina. Foi aplicada uma força com o

objetivo de intrusão desses molares às mini-placas e os resultados demonstram que,

com a ajuda da ancoragem esquelética, todos os molares sofreram intrusão efetiva,

corrigindo a mordida aberta anterior com rotação de mandíbula no sentido anti-

horário. O plano oclusal rotacionou no sentido horário, confirmado pela sobreposição

da radiografia panorâmica e telerradiografia iniciais e finais.

Pode-se dizer que os mini-implantes são miniparafusos cirúrgicos

modificados para se adaptarem às diferentes situações ortodônticas. As principais

modificações dizem respeito à presença de uma área lisa para atravessar e

acomodar o tecido mole circunjacente (o perfil transmucoso) e uma extremidade

apropriada para instalação do fio de amarrilho ou módulos elásticos (a cabeça do

mini-implante). Atualmente, pode-se encontrar mini-implantes com extremidade

externa própria para encaixe de arcos retangulares e com uma grande variedade de

tamanhos, o que possibilita a sua inserção em diversos locais da maxila e da

mandíbula (CHEN et al., 2006).

Yamamoto, Kuroda em 2007 (YAMAMOTO; KURODA, 2007), trataram

dois pacientes que apresentavam grave assimetria facial e desvio de plano oclusal,

que teriam que ser submetidos à cirurgia de LeFort I associado com a cirurgia de

mandíbula. Trataram o primeiro com mini-placa no zigomático e o segundo com

mini-implante no osso alveolar da maxila, entre o primeiro e segundo molar, com o

objetivo de intrusão unilateral dos molares superiores. Em ambos, os molares foram

intruídos 3 mm, melhorando o plano oclusal e, após seis meses, foi necessário

Page 26: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

24

Revisão de literatura

operar apenas as mandíbulas. Esse procedimento diminui o risco operatório, o

desconforto, os custos com medicamento e o tempo de cirurgia.

Foram os mini-implantes que se sobressaíram no mercado odontológico,

já que apresentavam várias vantagens sobre as mini-placas, como a ausência de

procedimento cirúrgico complexo, tanto na sua inserção como na sua remoção,

menor custo, maior aceitação pelo paciente, além da sua magnitude máxima de

aplicação de força ser menor do que aquela necessária para mini-placa (SUNG et

al., 2007).

Um trabalho experimental em cães avaliou o período de osseointegração

e estabilidade de mini-mplantes de 6 e 10mm de comprimento. O índice de sucesso

do mini-implante de 6 mm foi de 66,67% e o de 10mm de 88,89%. Todas as perdas

foram associadas à inflamação peri-implantar em razão da impacção alimentar em

áreas de tecido não queratinizado (FREIRE et al, 2007).

Os mini-implantes também acompanharam a evolução dos parafusos de

fixação cirúrgica no que diz respeito ao tipo de rosca. No início, os mini-parafusos

eram autorrosqueantes e necessitavam de perfuração prévia do tecido ósseo para

sua inserção. Posteriormente, foram realizadas modificações na rosca destes

parafusos que conferiram a eles a capacidade de perfurar o tecido ósseo sem a

necessidade de uso da broca piloto. Esses parafusos autoperfurantes demonstraram

obter maior interface osso-metal, menor tempo cirúrgico, menor risco de causar

danos a estruturas adjacentes e provocar superaquecimento do tecido ósseo, uma

vez que dispensam o uso de brocas. Atualmente, os mini-implantes autoperfurantes

são considerados a mais nova evolução destes dispositivos de ancoragem

esquelética e tem demonstrado resultados extremamente favoráveis (HEIDEMANN;

TERHEYDEN; GERLACH, 2001; WANG; LIOU, 2008).

O sistema de ancoragem absoluta para ser considerado ideal, deve

possuir as seguintes características: fácil instalação, resistente às forças

ortodônticas, de simples remoção, tamanho reduzido e pronto para ativação precoce

para minimizar o tempo e aumentar a eficiência do tratamento (BAE et al., 2002;

Page 27: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

25

Revisão de literatura

BEZERRA et al., 2004; KYUNG et al., 2003; LABOISSIERE, 2005; PARK et al.,

2001).

Um estudo de Kanzai e colaboradores, 2007, buscou avaliar a influência

das fibras supra-alveolares e a remodelação do osso alveolar, na região interdental,

quando os molares são submetidos a forças de intrusão com utilização de um

sistema de ancoragem absoluta com mini-placas. O estudo foi realizado em 10 cães

Beagles. Apenas em um lado, foi realizada fibrectomia, no outro não. Os dois lados

foram comparados entre si. Os resultados foram que a quantidade de intrusão foi

maior no grupo que foi realizada a fibrectomia. O estado de saúde da unidade

dentogengival do grupo que não sofreu fibrectomia permaneceu inalterado e houve

maior quantidade de osteoclastos. Conclui-se que a pressão das fibras supra-

alveolares durante a fase de intrusão da unidade dentoalveolar, utilizando

ancoragem absoluta, promoveu remodelação dentoalveolar induzindo a reabsorção

e remodelação óssea na região interdental, e melhora do nível de inserção óssea,

comparando o pré-tratamento com os pós tratamento (KANZAI et al., 2007).

Um estudo publicado em 2009 por Viwattanatipa et al, objetivou analisar a

taxa de sobrevida dos miniparafusos cirúrgicos de titânio como ancoragem

ortodôntica e os parâmetros clínicos que apresentavam os maiores riscos para o

fracasso. Eles avaliaram 97 miniparafusos (1,2mm de diâmetro e 8-12mm de

comprimento), instalados na maxila em áreas queratinizadas e não queratinizadas.

Foram analisadas três variáveis: 1- Fase cirúrgica, 2- Posicionamento, 3- Resposta

tecidual. Os resultados mostraram uma taxa de sobrevida do parafuso de 85% em

seis meses e 57% em um ano. Os fatores de risco avaliados indicaram que a fase

cirúrgica dois (parafuso totalmente coberto pela mucosa) foi mais susceptível ao

fracasso, seguido do posicionamento mais alto, em mucosa não queratinizada e, por

último a resposta tecidual hipertrófica.

Uma revisão sistemática foi realizada por alguns autores para avaliar os

fatores críticos para o sucesso dos mini-implantes ortodônticos. Os dados foram

coletados a partir de trabalhos clínicos randomizados, prospectivos e

retrospectivos.Os trabalhos foram avaliados seguindo uma lista de exigência

Page 28: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

26

Revisão de literatura

metodológica. Foram encontrados 126 artigos e após o critério de seleção da

amostra apenas 16 permaneceram. A conclusão e os resultados foram que os mini-

implantes são eficazes como ancoragem e o sucesso depende principalmente da

sua estabilidade mecânica inicial e da quantidade e qualidade da força empregada.

(Chen, et al.; 2009).

Outro estudo publicado em 2009 por Lim e colaboradores (LIM et al.,

2009), teve como objetivo investigar os vários fatores associados à estabilidade

inicial dos mini -implantes para tratamento ortodôntico e a previsão da taxa de

sucesso relacionado com as variáveis: idade, sexo, local de colocação, mobilidade

do tecido e comprimento e diâmetro dos mini - implantes. O resultado foi uma taxa

de sucesso global foi de 83,6% para todos os mini - implantes (316 de 378). A taxa

de sucesso na mandíbula foi 0,48 vezes maior do que na maxila porém, tanto esta

variável como todos as demais não foram estatisticamente significante . Estes

resultados sugerem que a estabilidade inicial não pode ser garantida ou prevista.

Por esta razão qualquer plano de tratamento deve considerar a possibilidade de

falha.

Ainda sobre a estabilidade dos mini - implantes quando utilizados durante

um tratamento ortodôntico, em 2010 foi publicado um trabalho de revisão

sistemática, que teve como objetivo avaliar os efeitos relacionados ao paciente (sexo

e idade), parafuso, método de colocação e a força empregada com a estabilidade

dos mini - implantes. A taxa de sucesso geral foi de 83,8%. A variável sexo dos

pacientes não apresentou significância estatística. Pacientes com mais de 30 anos

apresentaram maior estabilidade do parafuso. O diâmetro do parafuso de 1 a 1,1mm

produziu taxas de sucesso significantemente mais baixos que os de 1,5 a 2,3mm. O

mesmo aconteceu com os parafusos de 6mm comparado com os de 8mm (72% x

90%). A forma de colocação dos parafusos apresentou resultados contraditórios.

Houve uma taxa de sucesso maior para a maxila em relação à mandíbula. Em

relação a força empregada não houve diferença, podendo ser utilizado uma força de

até 200g (CRISMANI et al.; 2010).

Page 29: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

27

Revisão de literatura

Com o objetivo de avaliar as áreas de maior segurança para implantação

dos mini-implantes, Chaimanee e colaboradores, em 2011 (CHAIMANNE et al.,

2011), publicaram um trabalho levando em consideração os diferentes padrões

dentoesqueléticos e a disponibilidade de espaços interradiculares. Sessenta

indivíduos com padrão esquelético classe I, II e III foram examinados. Para cada

espaço interradicular a distância da crista alveolar foi medida. Os resultados

apontaram que para todos os padrões esqueléticos, o maior espaço interradicular na

maxila foi entre o segundo pré-molar e o primeiro molar. Na mandíbula, o maior

espaço foi entre os primeiros e segundos molares, seguido dos primeiros e

segundos pré-molares.

Podemos concluir com esses artigos que a técnica de utilização de mini-

implantes com ancoragem no tratamento ortodôntico é bastante eficiente e segura,

pois os mini-implantes se mantêm na sua grande maioria estáveis no seu local de

implantação, permitindo que a ancoragem seja realizada com grande sucesso.

2.2 Intrusão de molar empregando mecânica ortodôntica convencional

O termo ancoragem pode ser definido como resistência a um movimento

dentário indesejado (TURLEY et al.,1988; DASKALOGIANNAKIS, 2000) e segue o

princípio de ação de forças da Terceira Lei de Newton. Esse princípio estabelece

que qualquer força é dividida em componentes de ação e reação, os quais são

iguais e opostos entre si. Desta forma, quando aplicamos uma força a um dente ou

um grupo de dentes, as unidades dentárias utilizadas como apoio de ancoragem

recebem uma força de reação com igual intensidade, porém em sentido contrário,

ocasionando assim, magnitudes de movimentações semelhantes entre os dentes

que se deseja movimentar e suas respectivas unidades de ancoragem (ANDREWS,

1975; LOTZOF; FINE; CISNEROS, 1996).

O controle de ancoragem na mecânica convencional evita que ocorram

movimentos dentários indesejáveis, porém não impede que ocorra a movimentação

da unidade de ancoragem frente à mecânica ortodôntica. Portanto é possível

Page 30: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

28

Revisão de literatura

observar o quanto uma ancoragem absoluta é almejada pelos ortodontistas

(PROFFIT, 1978; PILLON; KUIJPERS-JAGTMAN; MALTHA, 1996).

Diversos são os fatores causadores da perda de ancoragem, sendo esta

considerada multifatorial. Entretanto, a mecânica, a característica de cada má

oclusão e sua severidade, além da quantidade do osso alveolar de suporte, sua

densidade, o metabolismo ósseo e o turnover do ligamento periodontal são apenas

alguns destes fatores. Os demais fatores são associados à cooperação do paciente,

tornando o tratamento altamente dependente do paciente e de pouco controle por

parte do profissional. Estes fatores fazem da perda de ancoragem algo que

compromete, com muita frequência, o resultado do tratamento ortodôntico (PILON;

KUIJPERS-JAGTMAN, MALTHA, 1996; WEHRBEIN et al., 1996; GERON et al.,

2003).

Existe estabilidade suficiente dos mini-implantes quando submetidos às

forças ortodônticas impostas pela mecânica, porém os mesmos não se mantêm

estáticos, segundo o trabalho de Liou e colaboradores, 2004, que analisaram

dezesseis pacientes adultos, submetidos à inserção de mini-implantes como ponto

de ancoragem na retração de dentes anteriores. Os mini-implantes tinham o

diâmetro de 2 mm por 17 mm de comprimento. Após duas semanas da implantação,

foram submetidos a forças ortodônticas de 150 gf, fixadas entre o implante e o

canino, e de 250 gf, entre o mini-implante e um gancho fixado no fio principal. Na

avaliação cefalométrica por sobreposição de telerradiografias, nove meses após o

inicio da aplicação de força, a movimentação dos mini-implantes foi de 0,4 mm em

média, sendo que em sete dos pacientes este deslocamento foi de 1,0 a 1,5 mm.

Concluiu-se que os mini-implantes ortodônticos são estáveis, porém não são

absolutamente estáticos frente a forças ortodônticas e que se deve tomar cuidado

em manter distância de estruturas importantes como artérias, nervos e veias e raízes

dentárias (LIOU; PAI; LIN, 2004).

A resistência à movimentação dentária requer um método que equilibre a

biomecânica ortodôntica exigindo, desta forma, recursos adicionais de ancoragem

para que este componente de reação seja diminuído ou até mesmo excluído. Esta

Page 31: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

29

Revisão de literatura

ancoragem, geralmente é promovida pelo dente que resiste às forças geradas pelos

componentes ativos do aparelho (CHEN et al.,2006).

São descritas na literatura diversas formas de ancoragem como a barra-

lingual e transpalatina, o botão de Nance, os elásticos intermaxilares e o aparelho

extrabucal. Estes dispositivos são considerados eficientes em muitos casos,

entretanto, permitem que ocorra algum grau de movimentação da unidade de

ancoragem. São dependentes do nível de colaboração do paciente para que o

resultado possa ser alcançado. Além disso, muitos destes aparelhos são

desconfortáveis e anti-higiênicos. Isso pode comprometer o andamento do

tratamento ortodôntico, podendo muitas vezes extrapolar o tempo de tratamento ou

prejudicar a obtenção dos resultados almejados. (CELENZA; HOCHMAN, 2000;

SCHNELLE et al., 2004; ARAÚJO et al.,2006).

Além desses aparelhos, existem ainda protocolos diferenciados de

extrações dentárias, mecânicas ortodônticas difíceis e complexas, além de

procedimentos cirúrgicos bastante invasivos, como distração osteogênica para

retração dos caninos, que também buscam evitar a movimentação indesejada das

unidades de ancoragem, ou seja, a perda de ancoragem. Porém, a reduzida

eficiência, a necessidade de cooperação, a complexidade e o risco cirúrgico

envolvido são fatores que, frequentemente, limitam a aplicação e o sucesso da

maioria destes recursos (CREEKMORE; EKLUND,1983; ZURIARRAIN et al.; 1996;

STEYN; PREEZ; HARRIS, 1997; GIANELLY, 1988; MCSHERRY; BRADLEY, 2000;

KISNISCI et al., 2002; ISERI et al., 2005; MAH; BERGSTRAND, 2005).

A intrusão verdadeira é muito difícil de ser obtida com os recursos de

ancoragens na mecânica convencional. Segundo um trabalho de revisão

sistemática, 2006, apenas trinta trabalhos foram selecionados segundo critério

estabelecido pela autora no qual visava avaliar se houve intrusão verdadeira.

Desses trinta, vinte e nove não provaram haver uma intrusão real. Apenas um

trabalho conseguiu provar intrusão verdadeira. Neste trabalho, os autores (FIROUZ,

1992, et al.) examinaram os efeitos do AEB tração alta na Classe II divisão I.

Compararam 12 adolescentes de 9,5 a 12,5 anos que utilizaram AEB por seis meses

12h por dia e compararam com outros 12 pacientes que serviram de controle.

Page 32: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

30

Revisão de literatura

Utilizando uma força de 500g passando pelo centro de resistência, notaram que os

molares conseguiram uma intrusão de 0,96mm (NG; MAJOR; FLORES-MIR, 2006).

A utilização de técnicas de ancoragem iniciou-se juntamente com a

própria mecânica ortodôntica, constituindo-se em um passo fundamental para o seu

sucesso. Para que isso ocorra é necessário que se faça um planejamento prévio de

ancoragem que evite os efeitos colaterais tão conhecidos pelos ortodontistas (Lee et

al., 2007).

Todos esses trabalhos citados comprovam a grande dificuldade de

promover a intrusão verdadeira dos molares por meio dos aparelhos convencionais

e o quanto o sucesso da mecânica ortodôntica ficava comprometido quando ainda

não existia a técnica dos mini-implantes, como recurso de ancoragem esquelética.

Atualmente, esta perda de ancoragem já não constitui preocupação aos

profissionais da ortodontia, visto que a prevenção dos movimentos indesejáveis se

tornou possível e muito simplificada com o surgimento de dispositivos de ancoragem

esquelética.

2.3 Intrusão de molar utilizando mini-implante como ancoragem esquelética

2.3.1 Tipos de mini-implantes e métodos utilizados para intrusão de molar

Todos os trabalhos que serão demonstrados neste tópico mostram

respostas favoráveis da intrusão real dos molares, quando submetidos a forças

intrusivas, com mini-implantes como ancoragem ortodôntica.

Na literatura, encontram-se várias formas de se obter ancoragem

absoluta, mas a que tem demonstrado maior aplicabilidade clínica é a técnica de

utilização de mini-parafusos ortodônticos, quando comparada com outros sistemas

de ancoragem absoluta, como os implantes osteo integráveis ou as mini-placas. O

mini-implante é um método confiável de ancoragem em ortodontia, eliminando em

grande parte a necessidade de cooperação dos pacientes (BEZERRA et al., 2004).

Page 33: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

31

Revisão de literatura

Ohmae e colaboradores estudaram a avaliação clínica e histológica de 36

mini-implantes de titânio como ancoragem no movimento de intrusão ortodôntica, em

cães da raça Beagle. Após 12 a 18 semanas de intrusão os animais foram

sacrificados e suas mandíbulas foram dissecadas para observação histológica. Os

dentes foram intruídos em média 4,5mm e, na avaliação histológica, foi observada

pequena reabsorção na área de furca e ápice radicular. Todos os mini - implantes

permaneceram estáveis durante o movimento dentário. Os mini-implantes

apresentaram calcificações ósseas periimplantares iguais ao do grupo controle

(OHMAE et al, 2001).

Park e colaboradores, 2003, relataram dois casos clínicos de intrusão de

molares em pacientes adultos, que perderam os dentes antagonistas, utilizando uma

força de 200 a 300g, utilizando mini-implantes como ancoragem. Obtiveram sucesso

com intrusão de 0,5 a 1 mm por mês. Não foi notado nenhum dano radicular ou

perda de vitalidade pulpar (PARK et al., 2001).

Em um relato de caso clínico, uma paciente adulta, com mordida aberta

anterior e altura facial aumentada foi tratada com intrusão dos molares superiores e

inferiores durante 19 meses. Foi utilizado parafuso de 2,3x14mm aliado à barra

transpalatina na maxila e arco lingual na mandíbula para compensar o torque

vestibular causado pela força de intrusão. O tratamento resultou em intrusão dos

molares em 3 mm, fechamento da mordida aberta anterior, giro da mandíbula no

sentido anti-horário e melhora do perfil convexo (KURODA et al., 2004).

Alguns autores demonstraram sucesso na intrusão de molar por perda

dos dentes antagonistas. Neste contexto, Chung-Chen e colaboradores (YAO et al.,

2004) relataram um caso clínico de intrusão de primeiro e segundo molar superior

esquerdo utilizando mini-implante e mini-placa como ancoragem esquelética.

A combinação de osteotomia do ramo mandibular para corrigir a

assimetria facial, associada à intrusão dos molares para corrigir o desnível do plano

oclusal foi demonstrado neste trabalho. Yamamoto e colaboradores trataram dois

pacientes, um do gênero feminino e outro do gênero masculino que possuíam

assimetria facial e desnível do plano oclusal Ambos receberam o seguinte

Page 34: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

32

Revisão de literatura

tratamento: foram submetidos a uma osteotomia do ramo mandibular para corrigir a

assimetria facial e, durante a cirurgia, foi instalado um mini-implante no processo

zigomático do lado que era necessário intruir o molar para corrigir o desnível do

plano oclusal. Foi instalada barra transpalatina nos mesmos, aplicada uma força de

200g por seis meses e, após análise radiográfica, verificou-se uma intrusão de 3 mm

corrigindo assim o plano oclusal dos pacientes, que não necessitaram de

intervenção cirúrgica LeFort I, como normalmente é feito para pacientes com essas

características. Esse trabalho demonstrou que a ancoragem com os mini-implantes

inseridos no processo zigomático como ancoragem ortodôntica para intruir os

molares possibilitou corrigir, nos dois casos apresentados, o que antes só era

possível com procedimento cirúrgico (YAMAMOTO; KURODA, 2007).

Um estudo de Yao e colaboradores demonstrou a intrusão de molar

superior em 22 pacientes com aparelho Edgewise parcial e total, utilizando mini-

implantes como ancoragem. Os autores utilizaram tomografia computadorizada para

analisar a quantidade de intrusão após a mecânica ortodôntica. Houve sucesso em

todos os casos. Todos os molares foram intruídos. A intrusão também foi notada nos

dentes adjacentes ao primeiro molar. O primeiro pré-molar superior teve uma média

de intrusão de 1 mm e o segundo pré-molar de 2mm. A média de intrusão do

primeiro molar superior foi de 3-4 mm e do segundo molar superior de 2,0 a 2,5mm

(YAO et al., 2005).

Através de análise em 3D no trabalho de Moon e colaboradores foi notada

intrusão de 5 mm do segundo molar, 4 mm o primeiro molar, 2mm o segundo pré-

molar e 1 mm o primeiro pré-molar. Houve também um movimento para distal em

todos esses dentes. Os autores notaram ainda integridade periodontal e radicular. Já

em outro trabalho os autores também utilizaram mini-placa por vestibular associado

com mini-implante por lingual para obter ancoragem, com intuito de intrusão dos

molares esquerdos que perderam seus antagonistas. Em dois meses foi obtido

como resultado uma intrusão de 3 mm no primeiro molar e 3,5 mm no segundo

molar (MOON; WEE; LEE, 2006).

Page 35: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

33

Revisão de literatura

A intrusão de molares superiores para correção do plano oclusal foi

demonstrada em um trabalho de Jeon e colaboradores. Eles relataram o caso clínico

de um paciente adulto que possuía assimetria facial e prognatismo mandibular.

Introduziram mini-implantes na região posterior esquerda da maxila e da mandíbula

e iniciaram intrusão dos molares, trocando o elástico em cadeia a cada 2 ou 3

semanas. Foram necessários 6 meses para intrusão dos dentes superiores e 3

meses dos dentes inferiores. Como resultado houve intrusão de 2,5mm dos molares

superiores e extrusão 1 mm dos molares inferiores do lado esquerdo, sendo

suficiente para corrigir o plano oclusal. Após essa fase foi realizada cirurgia

ortognática para correção do prognatismo mandibular (JEON et al.; 2006).

Kravitz relatou o caso clínico de uma paciente de 44 anos com extrusão

de 3-4 mm do molar superior por perda do seu antagonista. Foram utilizados dois

mini-implantes de 1,4 mm de diâmetro e 8 mm de comprimento por vestibular e por

palatino. Foram introduzidos 100g de força intrusiva. Após seis meses o paciente

estava com o molar 1-2 mm aquém do plano oclusal. Por sobreposição de

radiografias inicial e final revelou-se intrusão de 4,4 mm. O molar foi medido do

centro da face oclusal ao plano palatino, usando o programa Dolphin Imaging. O raio

X digital mostrou lâmina dura intacta e ausência de reabsorção radicular (KRAVITZ

et al., 2006)

Não existe relação entre a intrusão de dentes com mini-implantes e

reabsorção radicular, segundo um estudo experimental em oito cães da raça Beagle,

de 20 a 24 meses com evolução radiográfica, intruindo dentes uni e multirradiculares

com mini-implantes, como ancoragem ortodôntica para avaliar reabsorção radicular

destes dentes após a intrusão. Os autores utilizaram forças de 50 a 200 g e

constataram, ao final do tratamento, que houve uma intrusão real desses dentes e

que não houve reabsorção radicular clínica e nem radiograficamente importante

depois da aplicação dessas forças variadas (CARRILO et al., 2007).

Ainda no ano de 2007, Moon e colaboradores, publicaram um artigo de

relato de um caso clínico que descreve um tratamento de intrusão de primeiro e

segundo molares superiores, do lado esquerdo, extruídos em uma paciente de 26

Page 36: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

34

Revisão de literatura

anos de idade. Os autores utilizaram uma mini-placa por vestibular e dois mini-

implantes por palatina, para serem utilizados como ancoragem na mecânica de

intrusão dos molares. Com essa abordagem, o resultado foi de intrusão de 3mm

para o primeiro molar e 3,5mm para o segundo molar em um período de 2 meses. A

fase de contenção foi de 11 meses até a reabilitação protética inferior.

A mordida aberta anterior foi discutida em um trabalho clínico de Xun e

colaboradores, com doze pacientes com idade entre 14,3 e 27,2 anos, que

apresentavam mordida aberta anterior, má oclusão de Classe II e excessivo

crescimento posterior. Foram instalados mini-implantes na região de molares por

vestibular na maxila e na mandíbula, associado à barra transpalatina no arco

superior e arco lingual no arco inferior para compensar os torques vestibulares da

força de intrusão. Os resultados mostraram a correção da mordida aberta anterior

nos doze pacientes numa média de tempo de 6,8 meses, demonstrando, desta

forma, que a intrusão dos molares com ancoragem em mini-implantes, se bem

indicado, corrige a mordida aberta anterior (XUN et al.; 2007).

Um trabalho de relato de caso clínico foi discutido por Freitas e Vaz, em

2008, no qual foram intruídos três dentes posteriores (primeiro e segundo pré-molar

e primeiro molar) do lado esquerdo. Para isso, foram instalados três mini-implantes

por vestibular e três por lingual e utilizado uma força que variou de 150 a 200g e

troca de elástico em cadeia a cada três semanas. Após 17 meses foi avaliada a

quantidade de intrusão por radiografias panorâmicas inicial e final, utilizando o ápice

da raiz do primeiro molar e a lâmina do palato duro, demonstrando uma intrusão de

6,33mm (FREITAS; VAZ).

Valarelli e colaboradores, em 2010, publicaram um artigo de relato de

caso clínico de uma paciente de 42 anos que possuía extrusão do primeiro molar

superior direito. Foram instalados três mini - implantes, sendo dois pela vestibular e

um pela palatina. Utilizaram uma força intrusiva de 150 a 200g durante 4 meses.

Para avaliação da quantidade de intrusão, os autores utilizaram a telerradiografia

antes e após o período ativo da mecânica intrusiva. O resultado foi a diferença entre

o ponto centroide do molar ao plano palatino. Ao início do tratamento essa medida

Page 37: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

35

Revisão de literatura

era de 23 mm e ao final de 20 mm. Desta forma os autores concluíram que o molar

sofreu uma intrusão de 3 mm e que o uso de mini-implante foi eficaz no tratamento

da intrusão de molares.

Alguns autores realizaram um estudo que tem como objetivo avaliar o

sucesso clínico do tratamento de intrusão de molares superiores com ancoragem em

mini-implantes, levando também em consideração os possíveis efeitos colaterais

desta mecânica no que diz respeito à reabsorção radicular. Para esse estudo foram

selecionadas 10 pacientes com média de idade de 43,6 anos, do gênero feminino

que possuíam pelo menos um primeiro molar superior extruído. Nenhum dos casos

apresentava tratamento ortodôntico prévio e doença periodontal ativa. Os mini-

implantes possuíam 1,3mm de diâmetro e 7mm de comprimento. Os molares foram

bandados e foi soldado um bráquete por vestibular e por lingual do molar. Foi

construída uma alça com fio de TMA (.017x.025) para unir com fio de amarrilho os

bráquetes aos mini-implantes posicionados por mésiovestibular e mésiopalatino.

Quando ativa, esta alça oferecia uma força de intrusão de 50g de cada lado. As

pacientes eram avaliadas a cada 4 semanas. Foram utilizadas radiografias

periapicais para avaliar tanto a quantidade de intrusão quanto o grau de reabsorção

radicular. As radiografias foram realizadas antes de iniciar o tratamento (T0),

imediatamente após o tratamento finalizado (T1), e após 6 meses de contenção

(T2). A referência para medir a quantidade de intrusão foi a união de dois pontos nos

dentes adjacentes (ponta de cúspide) através de uma linha. Foram então traçadas

duas perpendiculares à essa linha passando pelo longo eixo das raízes. O programa

mediu a intrusão das duas raízes e foi levada em consideração apenas a maior

intrusão como sendo a do dente. Para medida da quantidade de reabsorção

radicular, foi traçada uma linha na bifurcação radicular, paralelamente à linha de

referência, e foi medida a distância perpendicular desta linha ao ápice de cada raiz.

Como resultado deste trabalho observamos que, durante a fase ativa de tratamento

(T0-T1), houve uma intrusão de 2,1mm. Após o período de contenção (T1-T2),

houve uma recidiva de 0,4 mm resultando numa intrusão remanescente de 1,7mm.

Todos os resultados foram estatisticamente significantes. A quantidade de

reabsorção radicular foi de 0,3mm na raiz mésiopalatina e 0,4 mm nas raízes

Page 38: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

36

Revisão de literatura

mésiovestibular e distovestibular. Todas foram estatisticamente significantes mas

não clinicamente significantes (HERAVI et al. ; 2011).

Muitos trabalhos relatados nesta revisão de literatura demonstram que o

método de intrusão de molares superiores por meio de ancoragem como mini-

implantes é eficiente, pois minimiza os efeitos colaterais que a mecânica de intrusão

com ancoragem convencional produz, impedindo o sucesso do tratamento

ortodôntico. .

Page 39: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

ProposiçãoProposiçãoProposiçãoProposição

Page 40: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

38

Proposição

3 PROPOSIÇÃO

Este trabalho tem como objetivo:

1- Comparar as alterações esqueléticas e dentárias da intrusão de

primeiros molares superiores, por meio da correção ortodôntica,

ancorados em mini-implantes de acordo com dois protocolos distintos.

2- Avaliar a eficiência desses protocolos, baseada na relação entre a

quantidade de intrusão e o tempo utilizado em cada um deles.

Page 41: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

Material e métodosMaterial e métodosMaterial e métodosMaterial e métodos

Page 42: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

40

Material e Métodos

4 MATERIAL E MÉTODOS

4.1 Material

4.1.1 Obtenção da amostra

A amostra utilizada neste estudo retrospectivo foi selecionada a partir de

1.300 documentações ortodônticas de pacientes tratados no Curso de Pós

Graduação em Ortodontia da SOEP – Sistema Odontológico de Estudo e Pesquisa.

Obedecendo aos critérios de seleção da amostra, foram selecionadas 38

telerradiografias iniciais e finais de 19 pacientes, sendo 4 do gênero masculino e 15

do gênero feminino, que apresentavam extrusão dos primeiros molares superiores.

Destes indivíduos, 13 apresentavam extrusão unilateral e 6 apresentavam extrusões

bilaterais, totalizando 25 primeiros molares superiores estudados que haviam sido

submetidos à mecânica de intrusão, ancorada em mini-implantes e associação de

aparelho fixo.

Os critérios para a seleção da amostra foram:

1. Presença de, pelo menos, um primeiro molar superior extruído por

perda de dente antagonista há mais de um ano;

2. Pacientes que não apresentavam mais potencial de crescimento;

3. Ausência de problemas sistêmicos crônicos;

4. Presença de telerradiografias em norma lateral ao início do tratamento

ortodôntico e ao final do período de intrusão;

5. Presença das fichas de procedimentos devidamente preenchidas com

as informações relativas ao procedimento de intrusão dos primeiros molares

superiores;

6. Ausência de tratamento endodôntico no molar que sofreu a intrusão.

Como os pacientes apresentavam características clínicas e radiográficas

próprias, os mini-implantes foram posicionados de duas formas diferentes para que,

Page 43: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

41

Material e Métodos

em todos os casos, a mecânica fosse realizada com segurança e estabilidade

(VIWATTANATIPA et al.; 2009). As formas estão relacionadas nos grupos a seguir:

- GRUPO 1 (G1) : Constituído por quinze primeiros molares superiores, os

quais receberam dois mini-implantes sendo um por vestibular e um por palatino.

- GRUPO 2 (G2) : Constituído por dez primeiros molares superiores, os

quais receberam três mini-implantes sendo dois por vestibular e um por palatino.

As figuras abaixo mostram dois casos da amostra. A figura 1 mostra um

caso do G1 em que a intrusão foi realizada com dois mini-implantes, um por

vestibular e um por palatino. A figura 2 mostra um caso do G2 em que a intrusão foi

realizada com três mini-implantes, sendo dois por vestibular e um por palatino.

Figura 1: Fotos intrabucais de um caso clínico do grupo 1 com um mini-implante

por vestibular e um por palatino.

Page 44: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

42

Material e Métodos

Figura 2: Fotos intrabucais de um caso clínico do grupo 2 com dois mini-implantes por

vestibular e 1 por palatino.

Em todos os pacientes do G1 os elásticos em cadeia, da marca Morelli

(Dental Morelli LTDA, Sorocaba, São Paulo, Brasil), foram posicionados ancorados

nos mini-implantes, passando pela face oclusal da coroa dos primeiros molares

superiores (Figura 1). Em todos os pacientes do G2 os elásticos, da mesma marca,

foram posicionados da seguinte maneira por vestibular: dos mini-implantes

vestibulares ao tubo vestibular soldado à banda do primeiro molar; e por lingual: do

mini-implante por palatino ao botão lingual soldado à banda (Figura 2). A mecânica

de intrusão foi aplicada imediatamente após a instalação dos mini-implantes,

utilizando uma força de 150g, de acordo com as orientações de aplicação de carga

imediata para o sucesso mecânico da interdigitação entre o parafuso e o osso

alveolar, desde que a força não ultrapasse 200g (PARK et al, 2001; BAE et al, 2002;

LIN; LIOU, 2003). Essa força foi mensurada por meio de um tensiômetro (50-

500gramas) da marca Morelli (Dental Morelli LTDA, Sorocaba, São Paulo, Brasil). Os

elásticos em cadeia foram trocados a cada quatro semanas. A contenção dos

molares intruídos foi realizada com fios de amarrilhos ( 0,25mm x .010”) da marca

Morelli (Dental Morelli LTDA, Sorocaba, São Paulo, Brasil).

Simultaneamente à intrusão dos primeiros molares superiores, os casos

foram tratados com bráquetes pré-ajustados prescrição Roth, canaleta 0,022”x

0,028”. Os pacientes receberam mini-implantes autoperfurantes da marca Conexão

(Conexão Sistema de Prótese LTDA, Arujá, São Paulo, Brasil), com as dimensões

1.5 x 6 x 1mm por vestibular e 1.5 x 8 x 3mm por palatino (CRISMANI, et al.; 2010).

Page 45: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

43

Material e Métodos

Os mesmos foram estrategicamente posicionados levando em consideração não

apenas o aspecto biomecânico, mas também os aspectos cirúrgicos como estruturas

anatômicas, proximidade das raízes, qualidade óssea e do tecido gengival

(VILLELLA, et al. 2006). Como o objetivo era a intrusão de molares, os mini-

implantes foram instalados os mais apical possível, aumentando a possibilidade de

ativação (ARAÚJO et al.; 2006).

Todos os pacientes dos dois grupos eram adultos. As tabelas abaixo

mostram as médias de idade dos grupos 1 e 2 no início e ao final do tratamento.

Tabela 1: Médias, desvios-padrão, mínimo e máximo das idades do Grupo 1 no início, final e tempo total do período estudado.

Idade (anos) Grupo 1

Média Desvio Padrão Mínimo Máximo

Início 34,25 8,22 22,66 46,99

Final 35,06 8,19 23,53 47,50

Tempo de

tratamento 0,81 0,35 0,41 1,64

Tabela 2: Médias, desvios-padrão, mínimo e máximo das idades do Grupo 2 no início, final e tempo total do período estudado.

Idade Grupo 2

Média Desvio Padrão Mínimo Máximo

Início 39,47 8,12 21,07 47,44

Final 40,64 8,33 21,83 48,52

Tempo de

tratamento 1,17 0,48 0,75 2,14

Page 46: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

44

Material e Métodos

4.2 Métodos

4.2.1 Obtenção das telerradiografias em norma lateral

Todas as telerradiografias iniciais e finais da amostra foram realizadas em

sete diferentes aparelhos. Para aumentar a confiabilidade dos resultados desse

estudo foi realizada a determinação da magnificação de cada radiografia

individualmente. Todas as telerradiografias apresentavam uma régua posicionada à

frente do osso frontal para determinação do fator de magnificação da imagem. No

momento em que as radiografias foram escaneadas, foi posicionada uma nova

régua na lateral direita da telerradiografia, conforme mostra a figura abaixo.

Page 47: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

45

Material e Métodos

Figura 3: Telerradiografia em norma lateral escaneada (observar as duas réguas para

determinação do fator de magnificação).

Através da medida comparativa entre as duas réguas identificou-se o grau

de magnificação de cada telerradiografia e este valor foi corrigido para cada

telerradiografia, antes da realização do traçado cefalométrico.

Todos os aparelhos foram regulados para uma exposição de 80Kva e 10

mA com uma distância focal de 1,52 metros e tempo de exposição de 1,3 segundos.

A cabeça do paciente foi posicionada no cefalostato e este foi orientado para ficar

em posição de repouso e em máxima intercuspidação habitual.

4.2.2 Elaboração do Cefalograma

As telerradiografias foram escaneadas com o escâner de mesa Microtek

ScanMaker i800 (9600 x 4800 dpi, da Microtek International, Inc., Carson, CA, USA),

acoplado a um microcomputador Compaq Pavilion B6000BR placa Intel Dual Core

E5300 2.6 GHz, 2 GB memória RAM. As imagens foram transferidas ao programa

Dolphin Imaging Premium 10.5 (Dolphin Imaging & Manegement Solutions,

Chatsworth, CA, USA), através do qual foram marcados os pontos e processadas as

mensurações envolvendo os planos e as linhas.

Para melhor identificação dos primeiros molares superiores nas

telerradiografias, foram associadas características clínicas e cefalométricas como:

presença de restaurações, nível de extrusão, angulação da coroa e características

gerais dos primeiros molares superiores assim como dos adjacentes e dos

antagonistas.

Os pacientes que apresentaram extrusões bilaterais foram medidos em dois

tempos, ou seja, separadamente.

4.2.3 Desenho anatômico

Foram delimitadas as seguintes estruturas anatômicas

Page 48: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

46

Material e Métodos

• Perfil mole;

• Base do crânio;

• Asa maior do esfenóide;

• Sela túrcica;

• Perfil anterior do osso frontal e ossos próprios do nariz;

• Borda inferior das órbitas;

• Fissura pterigomaxilar;

• Meato acústico externo;

• Maxila: linha do assoalho da fossa nasal, espinha nasal anterior e

posterior, rebordo alveolar anterior e palato ósseo;

• Mandíbula: rebordo alveolar anterior, cortical externa na região da

sínfise, borda inferior do corpo mandibular, borda posterior do ramo, processo

condilar, incisura sigmóide, processo coronóide e borda anterior do ramo;

• Primeiros molares permanentes superiores;

• Segundos pré-molares superiores e inferiores;

• Segundos molares superiores e inferiores;

• Incisivos centrais permanentes superiores e inferiores.

As imagens duplas de estruturas bilaterais foram traçadas a partir de uma

média das mesmas para se aproximar à magnificação do plano sagital mediano

(Sandler, 1988; Baumrind, 1971). Essa regra não foi aplicada aos dentes posteriores

cujo traçado foi realizado individualmente.

4.2.4 Demarcação dos pontos cefalométricos

Demarcaram-se os pontos de referência anatômicos de acordo com as

especificações de Downs (DOWNS, 1948), Steiner (1953), Riedel (RIEDEL, 1952;

RIEDEL, 1957), Rickets (RICKETS, 1960), Mcnamara Jr. (McNamara, 1984), Steiner

(STEINER, 1953) e Burstone (BURSTONE, 1958) Krogman e Sassouni (KROGMAN;

SASSOUNI, 1957), Holdaway (HOLDAWAY, 1983; 1984).

1. Po (pório anatômico): ponto mais superior do meato acústico externo;

Page 49: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

47

Material e Métodos

2. Or (orbitário): a média dos pontos mais inferiores das margens

inferiores das órbitas;

3. Pt (pterigóideo): o ponto localizado na interseção das paredes posterior

e superior da fissura pterigomaxilar;

4. S (sela túrcica): ponto mais central da sela túrcica;

5. N (Násio): ponto mais anterior da sutura fronto-nasal;

6. Ba (básio): ponto localizado na região póstero-inferior do osso occipital

na margem anterior do forâme magno;

7. G – Glabela tegumentar: ponto mais anterior localizado no perfil mole,

acima da órbita;

8. Dorso do nariz: Ponto médio do nariz delimitado na parte superior pelos

ossos nasais e pelas cartilagens triangulares e septo na parte média e inferior.

9. Pr – Prónasal: ponto mais anterior da ponta do nariz;

10. Sn (Subnasal): ponto em que a columela intersecta-se com o

lábio superior no plano médio sagital;

11. Filtro: o ponto mais posterior localizado na concavidade do lábio

superior;

12. Ls: ponto localizado na junção pele- mucosa entre o lábio

superior e o filtro;

13. Estômio superior: o ponto mais inferior do vermelhão do lábio

superior;

14. Estômio inferior: o ponto mais superior do vermelhão do lábio

inferior;

15. Li: ponto localizado na junção pele-mucosa entre o lábio inferior

e a concavidade do queixo;

Page 50: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

48

Material e Métodos

16. Ponto B’- Ponto B tegumentar: projeção do Ponto B no tecido

mole

17. Pog’ - Pogônio tegumentar: projeção do Pogônio no tecido mole;

18. Gn’ - gnátio tegumentar: projeção do Gn no tecido mole;

19. Me’ - mento tegumentar: projeção do Me no tecido mole;

20. Cervical; ponto localizado na junção da região submental e do

pescoço;

21. Ponto B (supra-mentoniano): ponto mais profundo da

concavidade da sínfise mentoniana;

22. Pog (Pogônio): ponto mais anterior do contorno do mento ósseo;

23. Gn (gnátio): ponto mais inferior e anterior do contorno do mento

ósseo, determinado pela bissetriz das linhas NPog e o plano mandibular (GoMe);

24. Me (mentoniano): o ponto mais inferior da sínfise mentoniana;

25. Go (gônio): o ponto do ângulo goníaco determinado pela

intersecção da bissetriz formado pelas tangentes às bordas posterior e inferior da

mandíbula;

26. Ramo posterior: ponto situado na metade da distância entre os

pontos Go e Ar;

27. Ar (articular): ponto localizado na intersecção do ramo da

mandíbula com a base do crânio;

28. Co (condílio): ponto mais posterior e superior do côndilo

mandibular;

29. Ponto A (subespinhal): ponto mais profundo da concavidade do

contorno anterior da maxila;

30. ENA (espinha nasal anterior): ponto mais anterior da espinha

nasal anterior;

Page 51: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

49

Material e Métodos

31. ENP (espinha nasal posterior): ponto mais posterior da espinha

nasal posterior;

32. SOPMS (superfície oclusal do primeiro molar superior) Ponto

localizado na oclusal do primeiro molar superior;

33. SOSMI (superfície oclusal do segundo molar inferior) Ponto

localizado na oclusal do segundo molar inferior;

34. SMPMS (superfície mesial do primeiro molar superior): o ponto

mais anterior da superfície mesial da coroa do primeiro molar permanente superior;

35. SDPMS (superfície distal do primeiro molar superior): o ponto

mais posterior da distal do primeiro molar permanente superior;

36. SMSMI (superfície mesial do segundo molar inferior): o ponto

mais anterior da superfície mesial da coroa do segundo molar permanente inferior;

37. SDSMI (superfície distal do segundo molar inferior): o ponto

mais posterior da superfície distal do segundo molar permanente inferior;

38. BGII (borda gengival do incisivo inferior): ponto mais gengival da

coroa do incisivo central inferior;

39. BII (borda incisivo inferior): ponto mais superior da borda incisal

do incisivo central inferior;

40. AII (ápice incisivo inferior): a extremidade do ápice radicular do

incisivo central inferior;

41. BIS (borda do incisivo superior): ponto mais inferior da borda

incisal do incisivo central superior;

42. AIS (ápice do incisivo superior): a extremidade do ápice radicular

do incisivo central superior;

43. BGIS (borda gengival do incisivo superior): ponto mais gengival

da coroa do incisivo central superior;

Page 52: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

50

Material e Métodos

44. CPMS (cúspide do segundo pré-molar superior): ponto

localizado na ponta da cúspide do segundo pré-molar superior;

45. CPMI (cúspide do segundo pré-molar inferior): ponto localizado

na ponta da cúspide do segundo pré-molar inferior.

46. Centróide – o centróide é um ponto construído à partir da média

da maior distância mesiodistal do primeiro molar superior e da menor distância

oclusocervical do mesmo dente. O meio das médias é o ponto centróide.

Na figura 4 observam-se os traçados dos pontos cefalométricos.

Page 53: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

51

Material e Métodos

Figura 4: Marcação dos pontos cefalométricos.

Page 54: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

52

Material e Métodos

4.2.5 Traçado das linhas e planos

4.2.5.1 Horizontais

A. Linha SN: linha formada da união do ponto sela ao Násio;

B. FH (plano horizontal de Frankfurt): plano formado da união do ponto

Pório ao Orbitário;

C. PP (plano palatino): plano formado pela união do ponto ENA ao ENP

D. PO (plano oclusal): plano formado pela união do ponto de contato da

superfície oclusal dos segundos pré-molares superior até a borda incisal do incisivo

inferior

E. GoGn (plano mandibular): plano formado pela uinão do ponto gônio ao

gnátio;

F. GoMe (plano mandibular) plano formado pela união do ponto gônio ao

mentoniano.

4.2.5.2 Verticais

G. Linha NA: plano que une o ponto Násio ao ponto A;

H. Linha NB: plano que une o ponto Násio ao ponto B;

I. Linha BIS-AIS (longo eixo do incisivo superior): plano que une os

pontos correspondentes da borda incisal ao ápice dos incisivos centrais superiores;

J. Linha BII-AII (longo eixo do incisivo inferior): plano que une os pontos

correspondentes da borda incisal ao ápice dos incisivos centrais inferiores;

K. Linha E: plano que une os pontos Ponta do Nariz ao Pogônio

tegumentar;

L. Linha PT vertical: linha vertical que passa pelo ponto PT perpendicular

ao plano de Frankfurt

Page 55: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

53

Material e Métodos

M. Linha LEM 6S (longo eixo primeiro molar superior): linha que passa

pelo ponto médio entre a face mesial e distal da coroa do primeiro molar superior e o

ponto médio entre os ápices das raízes vestibulares desse mesmo dente

Abaixo a figura dos traçados das linhas e planos cefalométricos.

Figura 5: Traçado das linhas e planos cefalométricos.

4.2.6 Mensuração das grandezas cefalométricas

4.2.6.1 Componente maxilar

1. SNA: ângulo formado pelas linhas SN e NA. Indica a relação sagital da

maxila em relação à base do crânio (seu aumento indica aumento da protrusão

maxilar);

Page 56: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

54

Material e Métodos

2. Co-A (mm): distância entre os pontos Condílio e A. Representa o

comprimento efetivo da face média (maxila);

4.2.6.2 Componente mandibular

3. SNB: ângulo formado pelas linhas SN e NB. Indica a relação sagital da

mandíbula, em relação à base do crânio, e seu aumento indica um aumento da

protrusão mandibular;

4. Co-Gn (mm): distância entre os pontos Condílio e Gnátio. Define o

comprimento efetivo mandibular;

4.2.6.3 Relação maxilomandibular

5. ANB (º): ângulo entre as linhas NA e NB. Representa o grau de

discrepância sagital entre a maxila e mandíbula; sua diminuição indica um melhor

relacionamento intermaxilar;

4.2.6.4 Componente Vertical

6. SN.GoGN (º): define a orientação do padrão de crescimento facial;

7. FMA (º): ângulo formado pelos planos horizontal de Frankfurt e

mandibular;

8. SN.PO (º): ângulo formado entre a linha SN e o plano oclusal.

Relaciona a inclinação do plano oclusal com a base do crânio;

9. AFAI (mm): distância entre os pontos espinha nasal anterior e

mentoniano. Indica a altura do terço inferior da face;

Conforme a figura 6 que demonstra as medidas cefalométricas

esqueléticas.

Page 57: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

55

Material e Métodos

Figura 6: Traçado das medidas cefalométricas esqueléticas.

4.2.6.5 Componente dentoalveolar superior

10. 1. NA (º): ângulo entre o longo eixo do incisivo central superior e

a linha NA. Define o grau de inclinação do incisivo central em relação à maxila e ao

Násio;

11. 1-NA (mm): menor distância entre a incisal da coroa do incisivo

central superior e a linha NA

12. 1- PP (mm): distância entre a borda incisal do incisivo central

superior e o plano palatino medido perpendicularmente.

13. 5 – PP (mm): distância entre a cúspide do segundo pré-molar

superior ao plano palatino

14. 6 – PP (mm): distância entre o ponto centróide ao plano palatino

15. 6 – PT Vertical (mm): a menor distância entre a face mais distal

do primeiro molar superior à linha PT vertical.

Page 58: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

56

Material e Métodos

16. 6. SN (º): o ângulo formado entre o longo eixo do molar superior

a linha SN

4.2.6.6 Componente dentoalveolar inferior

17. 1. NB (º): ângulo entre o longo eixo do incisivo inferior e a linha

NB.

18. 1-NB (mm): menor distância entre a incisal do incisivo central

inferior e a linha NB

19. 1-GoGn (mm): distância da borda incisal do incisivo inferior ao

plano mandibular GoGn, medido de forma perpendicular a este plano

4.2.6.7 Relações dentárias

20. Sobressaliência: é a distância entre as bordas dos incisivos

superiores e inferiores, medida perpendicularmente ao plano oclusal no sentido

sagital.

21. Sobremordida: é a distância entre as bordas dos incisivos

superiores e inferiores, medida perpendicularmente ao plano oclusal no sentido

vertical.

4.2.6.8 Perfil tegumentar

22. ANL – ângulo nasolabial (º): ângulo formado pelas linhas

columela ao Subnasal e do Subnasal ao lábio superior;

23. Ls-linha E- (mm): distância do lábio superior à linha Prónasal

Pogônio tegumentar

24. Li - linha E- (mm): distância do lábio inferior à linha Prónasal

Pogônio tegumentar

Page 59: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

57

Material e Métodos

A figura abaixo demonstra o traçado das medidas cefalométricas

dentárias e tegumentares.

Figura 7: Traçado das medidas cefalométricas dentárias e tegumentares.

4.2.7. Mensuração das alterações relativas aos primeiros molares superiores

Com o propósito de observar as alterações sofridas pelos primeiros

molares superiores e, evidenciando-se que isto faz parte do objetivo principal do

trabalho, foi detalhada a construção das seguintes variáveis:

14 - 6 – PP (mm): distância entre o ponto centróide ao plano palatino.

Page 60: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

58

Material e Métodos

Nas telerradiografias iniciais e finais, foi construído o ponto centróide na

coroa dos primeiros molares que sofreram intrusão com mini-implante. Uma linha

vertical foi traçada perpendicularmente ao plano palatino unindo o mesmo ao ponto

centróide. Desta forma pode-se medir a quantidade de intrusão do primeiro molar

superior. O centróide foi o ponto escolhido nos molares para que a quantidade de

intrusão pudesse ser medida sem sofrer influência de movimentos indesejávies

como angulação e inclinação, ocasionando uma falsa idéia de intrusão. O ponto

centróide representa o ponto dentário que menos sofre influência de possíveis

efeitos colaterais por se tratar de um ponto sobre o eixo longitidinal do dente. Além

disso, utilizou-se o plano palatino como referência para medir a intrusão de dentes

superiores (NG et al; 2006).

15 - 6 – PT Vertical (mm): a menor distância entre a face mais distal do

primeiro molar superior à linha PT vertical.

Uma medida linear que une a face mais distal do primeiro molar superior

perpendicularmente à linha Pt vertical, forneceu informações sobre o

posicionamento ântero-posterior do primeiro molar superior antes a após a mecânica

de intrusão.

16 - 6. SN (º): o ângulo formado entre o longo eixo do molar

superior e a linha SN.

Para avaliação de possíveis angulações dentárias, traçou-se uma linha

passando pelo longo eixo do primeiro molar superior (LEM6S) formando um ângulo

com a linha SN. O valor deste ângulo, medido nas telerradiografias iniciais e finais,

permitiu identificar se o primeiro molar superior sofreu angulação durante a

mecânica de intrusão.

Page 61: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

59

Material e Métodos

A figura 8 mostra as três variávies relativas aos primeiros molares

superiores.

Figura 8: Traçado das medições relativas aos primeiros molares superiores.

4.2.8 Obtenção da Eficiência

Para avaliação do tempo levou-se em consideração as datas do início e

do final da mecânica de intrusão.

Para avaliar a eficiência dos métodos, utilizou-se a seguinte fómula:

Quantidade de Intrusão (Final – Inicial)

Eficiência = ___________________________________

Tempo de intrusão (Final – Inicial)

Page 62: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

60

Material e Métodos

Com essa fórmula, obteve-se como resultado um valor relativo de

eficiência para os dois grupos separadamente.

4.3 Análise estatística

4.3.1 Erro do método

Para a avaliação do erro intra-examinador, foram traçadas e mensuradas

novamente 15 telerradiografias selecionadas aleatoriamente, após um intervalo de 4

semanas. Foi aplicado o teste t dependente com o objetivo de estimar o erro

sistemático. Para a avaliação do erro casual, empregou-se o teste de Dahlberg

(Dahlberg, 1940), por meio da seguinte fórmula: Se2 = ∑d2/2n, onde Se2 representa

o erro de Dahlberg (DAHLBERG, 1940); Σd2 corresponde ao somatório dos

quadrados das diferenças entre as primeiras e segundas medições e 2n representa

o dobro do número de casos em que as medidas foram repetidas.

4.3.2 Método Estatístico

Para verificar compatibilidade entre os grupos 1 e 2 com relação à idade

inicial, foi aplicado o teste t independente. Foi utilizado o teste Exato de Fisher para

avaliar a compatibilidade dos grupos 1 e 2, em relação ao gênero e tipo de má

oclusão, no início do período estudado.

Para verificar as alterações decorrentes entre as fases inicial e final do

tratamento dos pacientes do grupo 1 e 2, foi realizado o teste “t” dependente

aplicado às variáveis cefalométricas estudadas. O teste “t” independente foi utilizado

para avaliar comparativamente as variáveis entre os grupos 1 e 2 no início, durante

e no final do período estudado. O mesmo teste foi utilizado para comparar o tempo

de intrusão entre os grupos assim como sua eficiência.

Page 63: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

61

Material e Métodos

Toda a análise estatística foi obtida através do programa Statistica for

Windows1. Foram considerados estatisticamente significantes os resultados com

valor de p<0,05.

1- Statistica for Windows – Release 7.0 - Copyright Statsoft, Inc. 2005

Page 64: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

ResultadosResultadosResultadosResultados

Page 65: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

63

Resultados

5 RESULTADOS

Os resultados estão apresentados nas tabelas seguintes.

Na tabela 3 foi realizada a avaliação do erro intra-examinador com

apresentação das médias, dos desvios-padrão, dos erros casuais (Dahlberg) e nível

de siginificância estatística dos erros sistemáticos (p), entre os traçados repetidos

após 30 dias. Não houve erro casual. Houve erro sistemático na variável Li-linha E.

Tabela 3: Análise do erro intra-examinador. Apresentação das médias, dos desvios-padrão, dos erros casuais (Dahlberg) e nível de significância estatística dos erros sistemáticos (p), entre os traçados repetidos após 30 dias.

1a MEDIÇÃO (n=15) 2a MEDIÇÃO (n=15) VARIÁVEIS

MÉDIA D. P. MÉDIA D. P. Dahlberg p

SNA 84,27 3,25 84,45 3,74 0,78918 0,65307 Co-A 79,12 4,63 79,22 4,68 0,29430 0,34557 SNB 81,94 3,75 82,38 3,51 0,26061 0,07027 Co-Gn 105,80 4,45 105,69 4,30 0,47631 0,67052 ANB 3,67 2,32 3,61 2,418 0,95717 0,40788 FMA 28,07 4,87 28,27 4,74 0,21525 0,39622 SN.GoGn 29,02 5,63 29,39 5,84 0,57036 0,49376 SN.Plocl 6,08 7,29 6,42 6,83 0,29843 0,86556 AFAI 63,37 5,36 63,85 5,53 0,27361 0,22905 1.NA 26,98 8,34 27,31 8,02 0,29907 0,47232 1-NA 4,12 2,87 3,96 2,71 0,26600 0,06822 1-PP 27,56 3,32 27,59 3,56 0,46937 0,12590 5-PP 23,24 2,65 23,31 2,48 0,26911 0,11261 6-PTV 19,76 2,96 19,82 3,09 0,47028 0,13817 6-PP 21,01 2,87 20,89 2,64 0,18638 0,61038 6.SN 80,74 5,34 80,42 5,28 0,42230 0,19778 1.NB 27,35 5,79 27,43 5,75 0,21132 0,21646 1-NB 5,89 2,23 5,81 2,09 0,19837 0,22951 1-GoGn 37,12 2,47 36,92 2,56 0,24124 0,14338 TRESP. H. 3,89 1,32 4,06 1,27 0,19122 0,52049 TRESP. V. 3,03 0,76 2,95 0,79 0,26101 0,60421 Ls-Linha E -3,62 2,44 -3,77 2,28 0,18449 0,28572 Li-Linha E -1,35 2,23 -1,73 1,98 0,19274 0,01098* Nasolabial 101,97 7,76 102,31 7,93 0,20619 0,10051 Significante para p<0,05

Page 66: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

64

Resultados

A tabela 4 apresenta os resultados do teste “t” independente, aplicável à

variável Idade Inicial para verificar a compatibilidade entre os Grupos 1 e 2 ao início

do período estudado. Os grupos eram compatíveis com relação á idade.

Tabela 4: Resultados do teste “t” independente, aplicado à variável Idade I (idade inicial) para verificar a compatibilidade entre os Grupos 1 e 2 ao início do período estudado.

GRUPO 1 (T1) GRUPO 2 (T1) VARIÁVEIS

MÉDIA D. P. MÉDIA D. P.

p

IDADE I 34,25 8,22 39,47 8,12 0,1319

Significante para p<0,05

A tabela 5 apresenta os resultados do teste Exato de Fisher para avaliar a

compatibilidade dos grupos 1 e 2 em relação ao gênero no início do período

estudado. Os grupos eram compatíveis com relação ao gênero.

Tabela 5: Resultados do teste Exato de Fisher para avaliar a compatibilidade dos grupos 1 e 2 em relação ao gênero no início do período estudado.

Gênero Grupo

Feminino Masculino Total

Grupo 1 12 3 15

Grupo 2 8 2 10

Total 20 5 25

Teste Exato de Fisher GL=1 P=1,0000

Significante para p<0,05

Page 67: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

65

Resultados

A tabela 6 apresenta os resultados do teste Exato de Fisher para avaliar a

compatibilidade dos grupos 1 e 2 em relação ao tipo de má oclusão no início do

período estudado. Os grupos eram compatíveis com relação às má oclusões.

Tabela 6: Resultados do teste Exato de Fisher para avaliar a compatibilidade dos grupos 1 e 2 em relação ao tipo de má oclusão no início do período estudado.

Tipo de Má oclusão Grupo 1 (n=15) Grupo 2 (n=10)

Classe I 8 3

Classe II 7 7

Teste Exato de Fisher GL = 1 p = 0,4139 Significante para p<0,05

A tabela 7 apresenta os resultados dento-esqueléticos do Grupo 1

comparando o início e final do período estudado. Houve aumento estatisticamente

significante do comprimento efetivo da mandíbula e da maxila, diminuição do FMA,

aumento do Sn-Plocl, intrusão dos incisivos superiores, segundos pré-molares

superiores e primeiros molares superiores. Os incisivos inferiores vestibularizaram e

intuíram e o trespasse vertical diminuiu.

A tabela 8 apresenta os resultados dento-esqueléticos do Grupo 2

comparando o início e o final do período estudado. Houve diferença estatisticamente

significante em algumas variáveis com diminuição do FMA, aumento do Sn-Plocl,

intrusão dos segundos pré-molares superiores e primeiros molares superiores.

Page 68: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

66

Resultados

Tabela 7: Resultado do teste “t” dependente, médias e desvios-padrão do GRUPO 1 ao início e final do período estudado.

INÍCIO (T1) FINAL (T2) VARIÁVEIS G1 MÉDIA D. P. MÉDIA D. P.

P

COMPONENTE MAXILAR

SNA 85,18 3,20 85,24 2,76 0,5267 Co-A 79,58 4,18 80,17 4,30 0,0240*

COMPONENTE MANDIBULAR

SNB 81,43 3,75 81,33 3,75 0,5598 Co-Gn 106,05 4,73 106,42 4,95 0,0093*

RELAÇÃO ENTRE MAXILA E MANDÍBULA

ANB 3,77 2,41 3,90 2,72 0,8870 COMPONENTE VERTICAL

FMA 27,51 4,96 27,05 5,48 0,0114* SN.GoGn 29,98 5,63 30,32 5,89 0,9272 SN.Plocl 6,08 7,05 10,89 6,80 0,0000*

AFAI 63,24 5,32 63,08 5,82 0,9356 COMPONENTE DENTOALVEOLAR SUPERIOR

1.NA 26,01 8,00 28,34 8,67 0,0766

1-NA 4,80 2,77 5,32 2,85 0,4944 1-PP 26,98 3,26 26,45 3,39 0,0173* 5-PP 23,82 2,68 22,43 2,49 0,0008*

6-PTV 19,65 2,75 19,57 4,46 0,7730 6-PP 21,58 2,83 19,79 2,65 0,0000*

6.SN 80,81 5,30 81,98 3,90 0,5143 COMPONENTE DENTOALVEOLAR INFERIOR

1.NB 27,33 5,94 29,84 5,87 0,0312*

1-NB 5,83 2,22 6,15 2,22 0,2150 1-GoGn 37,45 2,47 36,70 2,53 0,0271*

RELAÇÕES DENTÁRIAS

TRESP. H. 3,84 1,11 4,39 1,39 0,7299 TRESP. V. 2,99 0,94 1,51 1,06 0,0003*

PERFIL TEGUMENTAR

Ls-Linha E -3,75 2,43 -3,45 2,39 0,7582 Li-Linha E -1,21 2,40 -0,09 2,79 0,3180 Nasolabial 100,56 7,45 99,49 13,50 0,1837

Significante para p<0,05

Page 69: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

67

Resultados

Tabela 8: Resultado do teste “t” dependente, médias e desvios-padrão do GRUPO 2 ao início e final do período estudado.

INÍCIO (T1) FINAL (T2) VARIÁVEIS G2 MÉDIA D. P. MÉDIA D. P.

P

COMPONENTE MAXILAR SNA 85,56 3,81 85,92 3,58 0,4459

Co-A 80,30 3,30 80,72 3,96 0,2540

COMPONENTE MANDIBULAR SNB 81,48 2,20 81,96 2,26 0,1256

Co-Gn 105,54 9,94 106,00 9,64 0,0781

RELAÇÃO ENTRE MAXILA E MANDÍBULA ANB 4,08 4,75 3,97 4,61 0,7991

COMPONENTE VERTICAL FMA 27,76 6,03 26,52 6,19 0,0031* SN.GoGn 30,60 4,55 30,03 4,30 0,1664

SN.Plocl 7,96 3,67 11,40 4,57 0,0106* AFAI 60,12 6,98 60,28 6,57 0,7847

COMPONENTE DENTOALVEOLAR SUPERIOR

1.NA 23,61 8,19 25,74 12,26 0,4077

1-NA 3,15 2,76 3,03 3,52 0,8512

1-PP 24,88 3,06 23,98 2,98 0,1463

5-PP 22,11 4,10 20,80 3,58 0,0348* 6-PTV 19,47 3,53 19,97 3,26 0,5606

6-PP 19,79 3,17 17,67 3,22 0,0004* 6.SN 81,00 6,92 80,58 5,45 0,7971

COMPONENTE DENTOALVEOLAR INFERIOR

1.NB 22,34 5,94 22,55 6,56 0,8738

1-NB 3,98 2,26 4,13 2,18 0,6833

1-GoGn 37,11 3,94 36,74 4,49 0,4323

RELAÇÕES DENTÁRIAS TRESP. H. 4,32 2,71 3,81 1,36 0,4876

TRESP. V. 3,49 2,38 1,92 1,10 0,0743

PERFIL TEGUMENTAR Ls-Linha E -4,24 3,84 -4,37 2,72 0,8584

Li-Linha E -1,65 2,96 -2,30 1,78 0,4570

Nasolabial 103,48 11,60 99,04 12,15 0,1422

Significante para p<0,05

A tabela 9 demonstra a comparação entre os grupos 1 e 2 no início do

período estudado. Não houve diferença estatisticamente significante em nenhuma

variável.

Page 70: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

68

Resultados

Tabela 9: Resultado do teste “t” independente, médias e desvios-padrão da comparação entre as variáveis do Grupo 1 e 2 ao início do período estudado.

GRUPO 1 (T1) GRUPO 2 (T1) VARIÁVEIS

MÉDIA D. P. MÉDIA D. P. P

COMPONENTE MAXILAR SNA 85,18 3,20 85,56 3,81 0,7897 Co-A 79,58 4,18 80,30 3,30 0,6520

COMPONENTE MANDIBULAR SNB 81,43 3,75 81,48 2,20 0,9681 Co-Gn 106,05 4,73 105,54 9,94 0,8653

RELAÇÃO ENTRE MAXILA E MANDÍBULA ANB 3,77 2,41 4,08 4,75 0,8328

COMPONENTE VERTICAL FMA 27,51 4,96 27,76 6,03 0,9119 SN.GoGn 29,98 5,63 30,60 4,55 0,7744

SN.Plocl 6,08 7,05 7,96 3,67 0,4477 AFAI 63,24 5,32 60,12 6,98 0,2174

COMPONENTE DENTOALVEOLAR SUPERIOR

1.NA 26,01 8,00 23,61 8,19 0,4747 1-NA 4,80 2,77 3,15 2,76 0,1572 1-PP 26,98 3,26 24,88 3,06 0,1196

5-PP 23,82 2,68 22,11 4,10 0,2177 6-PTV 19,65 2,75 19,47 3,53 0,8853

6-PP 21,58 2,83 19,79 3,17 0,1530 6.SN 80,81 5,30 81,00 6,92 0,9376

COMPONENTE DENTOALVEOLAR INFERIOR

1.NB 27,33 5,94 22,34 5,94 0,0514 1-NB 5,83 2,22 3,98 2,26 0,0548 1-GoGn 37,45 2,47 37,11 3,94 0,7944

RELAÇÕES DENTÁRIAS TRESP. H. 3,84 1,11 4,32 2,71 0,5437 TRESP. V. 2,99 0,94 3,49 2,38 0,4717

PERFIL TEGUMENTAR Ls-Linha E -3,75 2,43 -4,24 3,84 0,6965

Li-Linha E -1,21 2,40 -1,65 2,96 0,6835 Nasolabial 100,56 7,45 103,48 11,60 0,4495

Significante para p<0,05

A tabela 10 apresenta os resultados comparativos entre os grupos 1 e 2

durante o período estudado. Houve diferença estatisticamente significante na Li-

linha E.

Page 71: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

69

Resultados

Tabela 10: Resultado do teste “t” independente, médias e desvios-padrão da comparação entre as alterações das variáveis do Grupo 1 e 2, durante o período estudado.

GRUPO 1 (T2-T1) GRUPO 2 (T2-T1) VARIÁVEIS

MÉDIA D. P. MÉDIA D. P. P

COMPONENTE MAXILAR SNA 0,06 1,42 0,36 1,43 0,6104 Co-A 0,59 1,12 0,42 1,09 0,7049

COMPONENTE MANDIBULAR SNB -0,09 1,27 0,48 0,90 0,2295 Co-Gn 0,37 0,74 0,46 0,73 0,7754

RELAÇÃO ENTRE MAXILA E MANDÍBULA ANB 0,13 0,99 -0,11 1,33 0,6134

COMPONENTE VERTICAL FMA -0,47 1,60 -1,24 0,98 0,1863 SN.GoGn 0,34 1,27 -0,57 1,20 0,0864

SN.Plocl 4,81 3,66 3,44 3,39 0,3539 AFAI -0,16 2,11 0,16 1,80 0,6978

COMPONENTE DENTOALVEOLAR SUPERIOR

1.NA 2,33 4,98 2,13 7,76 0,9368 1-NA 0,52 1,88 -0,12 1,97 0,4215 1-PP -0,59 3,23 1,73 9,32 0,3808

5-PP -1,39 1,90 -1,31 1,67 0,9183 6-PTV -0,08 2,66 0,50 2,62 0,5963

6-PP -1,79 1,28 -2,12 1,25 0,5253 6.SN 1,17 3,29 -0,42 5,02 0,3458

COMPONENTE DENTOALVEOLAR INFERIOR

1.NB 2,51 2,80 0,21 4,07 0,1059 1-NB 0,33 0,95 0,15 1,13 0,6761 1-GoGn -0,75 1,18 -0,37 1,42 0,4780

RELAÇÕES DENTÁRIAS TRESP. H. 0,55 1,32 -0,51 2,23 0,1484 TRESP. V. -1,49 1,24 -1,57 2,46 0,9117

PERFIL TEGUMENTAR Ls-Linha E 0,30 1,98 -0,13 2,24 0,6188

Li-Linha E 1,11 1,02 -0,65 2,65 0,0275* Nasolabial -1,07 8,92 -4,44 8,73 0,3601

Significante para p<0,05

A tabela 11 representa os resultados comparativos entre os grupos 1 e 2,

ao final do período estudado. Houve diferença estatisticamente significante entre as

variáveis 1.NB, 1-NB e Li-Linha E.

Page 72: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

70

Resultados

Tabela 11: Resultado do teste “t” independente, médias e desvios-padrão da comparação entre as variáveis do Grupo 1 e 2, ao final do período estudado.

GRUPO 1 (T2) GRUPO 2 (T2) VARIÁVEIS

MÉDIA D. P. MÉDIA D. P. P

COMPONENTE MAXILAR SNA 85,24 2,76 85,92 3,58 0,5966 Co-A 80,17 4,30 80,72 3,96 0,7509

COMPONENTE MANDIBULAR SNB 81,33 3,75 81,96 2,26 0,6413 Co-Gn 106,42 4,95 106,00 9,64 0,8870

RELAÇÃO ENTRE MAXILA E MANDÍBULA ANB 3,90 2,72 3,97 4,61 0,9622

COMPONENTE VERTICAL FMA 27,05 5,48 26,52 6,19 0,8251 SN.GoGn 30,32 5,89 30,03 4,30 0,8950

SN.Plocl 10,89 6,80 11,40 4,57 0,8387 AFAI 63,08 5,82 60,28 6,57 0,2743

COMPONENTE DENTOALVEOLAR SUPERIOR

1.NA 28,34 8,67 25,74 12,26 0,5395 1-NA 5,32 2,85 3,03 3,52 0,0860 1-PP 26,45 3,39 23,98 2,98 0,0747

5-PP 22,43 2,49 20,80 3,58 0,1900 6-PTV 19,57 4,46 19,97 3,26 0,8116

6-PP 19,79 2,65 17,67 3,22 0,0850 6.SN 81,98 3,90 80,58 5,45 0,4607

COMPONENTE DENTOALVEOLAR INFERIOR

1.NB 29,84 5,87 22,55 6,56 0,0080* 1-NB 6,15 2,22 4,13 2,18 0,0346* 1-GoGn 36,70 2,53 36,74 4,49 0,9775

RELAÇÕES DENTÁRIAS TRESP. H. 4,39 1,39 3,81 1,36 0,3164 TRESP. V. 1,51 1,06 1,92 1,10 0,3575

PERFIL TEGUMENTAR Ls-Linha E -3,45 2,39 -4,37 2,72 0,3800

Li-Linha E -0,09 2,79 -2,30 1,78 0,0372* Nasolabial 99,49 13,50 99,04 12,15 0,9326

Significante para p<0,05

A tabela 12 demonstra a média dos resultados relativos à quantidade de

intrusão dos primeiros molares superiores nos grupos 1 e 2.

Page 73: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

71

Resultados

Tabela 12: Análise descritiva, médias, mínimos, máximos e desvios-padrão da intrusão do primeiro molar superior (6-PP) dos Grupos estudados.

INTRUSÃO DO PRIMEIRO MOLAR SUPERIOR VARIÁVEL

6-PP (T2-T1) Média Mínimo Máximo Desvio padrão

G1 -1,79 -0,40 -5,00 1,27

G2 -2,12 -0,60 -4,60 1,25

A tabela 13 demonstra a comparação entres as variáveis tempo de

intrusão e eficiência da intrusão nos grupos 1 e 2. Houve diferença estatisticamente

significante com relação ao tempo de intrusão entre os dois grupos.

Tabela 13: Resultado do teste “t” independente, médias e desvios-padrão da comparação entre as variáveis Tempo Intrusão e Eficiência Intrusão dos primeiros molares superiores entre os Grupo 1 e 2, durante o período estudado.

GRUPO 1 (T2-T1) GRUPO 2 (T2-T1) VARIÁVEIS

MÉDIA D. P. MÉDIA D. P.

P

Tempo Intrusão 0,81 0,35 1,17 0,48 0,0459*

Eficiência Intrusão -2,18 1,14 -1,86 1,07 0,4896

Significante para p<0,05

Page 74: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

DiscussãoDiscussãoDiscussãoDiscussão

Page 75: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

73

Discussão

6 DISCUSSÃO

Com o objetivo de facilitar a discussão dos resultados obtidos neste

trabalho, foram apresentados inicialmente os aspectos referentes à seleção da

amostra. Logo após, os fatores pertinentes à metodologia utilizada, com

considerações sobre a precisão da metodologia e a forma de mensuração das

variáveis cefalométricas. Posteriormente, realizou-se a interpretação dos resultados

obtidos na análise das telerradiografias em norma lateral, dando um enfoque

especial para os primeiros molares superiores. Por último foram abordados os

aspectos clínicos da mecânica de intrusão utilizando mini-implantes como

ancoragem absoluta.

6.1 A Amostra

6.1.2 Seleção da Amostra

Os critérios para a seleção da amostra foram:

1. Presença de, pelo menos, um primeiro molar superior extruído por

perda de dente antagonista há mais de um ano;

Considerando que o objetivo do trabalho foi avaliar as alterações relativas

à intrusão do primeiro molar superior ancorada em mini-implante, a presença dos

primeiros molares extruídos por perda dos dentes antagonistas foi requisito básico

para inclusão na amostra.

2. Pacientes que não apresentavam mais potencial de crescimento;

Outro requisito importante foi selecionar apenas os pacientes que não

mais apresentavam potencial de crescimento de acordo com a idade cronológica de

cada um (vide tabela 4 dos resultados). Caso houvesse algum paciente em fase de

crescimento, o crescimeto vertical da maxila poderia resultar numa possível intrusão

relativa do molar, ou seja, haveria dúvidas do quanto seria uma intrusão real e o

Page 76: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

74

Discussão

quanto seria resultado do crescimento do processo alveolar (BAUMRIND et al.;

1979; TEUSCHER, 1986; TULLOCH et al, 1997; ASHMORE et al, 2002).

A média de idade do Grupo 1 (G1) no início do tratamento foi de 34,25

anos e no Grupo 2 (G2) foi de 39,47 anos. Foi aplicado o teste “t” independente para

verificar a compatibilidade entre os dois grupos ao início do tratamento. A diferença

entre os mesmos não mostrou significância estatística (P= 0,1319). Isso demonstra

que tanto o G1 quanto o G2 eram compatíveis com relação à idade e em ambos os

grupos foram avaliados apenas pacientes adultos, já que a idade mínima inicial do

G1 foi de 22,6 anos e do G2 de 21,07 anos. Com relação ao gênero e ao tipo de má

oclusão também houve compatibilidade entre os dois grupos.

3. Ausência de problemas sistêmicos crônicos;

Pacientes que apresentavam problemas sistêmicos como diabetes,

osteoporose, cardiopatias, problemas de coagulação, distúrbios metabólicos do osso

foram excluídos da amostra, já que esses fatores poderiam influir na estabilidade do

parafuso e consequentemente no tempo do tratamento (SOARES; TORTAMANO,

2005).

4. Presença de telerradiografias em norma lateral ao início do tratamento

ortodôntico e ao final do período de intrusão;

A presença de telerradiografias em norma lateral antes e após a intrusão

do molar foi um requisito fundamental para avaliação da quantidade de intrusão, já

que o estudo se baseia em análise das variávies cefalométricas, comparando as

alterações dento esqueléticas entre as teles iniciais (T1) e finais (T2).

5. Presença das fichas de procedimentos devidamente preenchidas com

as informações relativas ao procedimento de intrusão dos primeiros molares

superiores;

Foram selecionados apenas aqueles pacientes que possuiam suas fichas

de procedimento devidamente preenchidas com todas as informações relativas ao

procedimento de intrusão do primeiro molar superior.

Page 77: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

75

Discussão

O tempo de tratamento de intrusão foi calculado levando em consideração

a data do início e do final da intrusão. As telerradiografias iniciais foram obtidas

anteriormente ao início da intrusão, na documentação inicial do paciente. No

momento em que o aparelho fixo foi instalado e passado o primeiro fio de

nivelamento, foram posicionados os mini-implantes e dado início ao procedimento de

intrusão dos primeiros molares. Após a finalização da mecânica, foram feitas as

telerradiografias finais. Todos os dados como: espessura, tamanho, quantidade e

local de instalação dos mini-implantes, data de início e final da mecânica de intrusão,

assim como a força aplicada, deveriam estar anotados na ficha clínica do paciente.

Na eventualidade de falta de registro de algum desses dados, o paciente foi extraído

da amostra.

6. Ausência de tratamento endodôntico no molar que sofreu a intrusão.

Por último, estabeleceu-se como um critério para seleção da amostra,

pacientes portadores de primeiros molares que não apresentavam tratamento

endodôntico. Dentes com tratamento endodôntico poderiam apresentar uma lesão

em processo de cicatrização ou reabsorção radicular e esses fatores poderiam

influenciar na quantidade de intrusão dos molares (SOARES; TORTAMANO, 2005).

6.2 Metodologia

O material de estudo constituiu-se de duas telerradiografias em norma

lateral para cada paciente estudado. Uma no início e outra ao final da mecânica de

intrusão. A utilização de telerradiografias no processo de avaliação das alterações

dentárias e esqueléticas, produzidas pela mecânica de intrusão, mostra-se

amplamente apresentada na literatura com o objetivo de avaliar intrusão de molares

superiores (EVERDI; KELES; NANDA 2004; YAO et al, 2004; MOON; WEE; LEE

2007; KRAVITZ, et al, 2007; VALARELLI et al, 2010).

O método computadorizado também minimizou a probabilidade de erros

na obtenção dos valores das variáveis cefalométricas, assim como, na fase de

mensuração dos resultados (THURZO et al. 2010). Diversos autores já utilizaram

Page 78: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

76

Discussão

esse programa em outros trabalhos, assegurando assim, sua confiabilidade

(ERDINIC, NANDA, DANDAJENA, 2007; SAYINSU et al 2007; POLAT-OZSOY;

GOKCELIK; TOYGARMEMIKOGLU, 2009; THURZO et al. 2010).

Além disto, procurou-se minimizar todas as variávies que pudessem influir

nos resultados obtidos nas telerradiografias com realização de testes para verificar o

erro intra-examinador.

6.3 Medidas Cefalométricas

Para avaliar cefalometricamente cada grupo, compararam-se as variáveis

estudadas nas fases pré e pós-tratamento dos mesmos. Além disso, todas as

medidas cefalométricas iniciais e finais do G1 foram comparadas com as medidas

cefalométricas iniciais e finais do G2. Isso permitiu verificar as alterações dento-

esqueléticas dos pacientes ao início e ao final do período de intrusão.

6.3.1 Precisão da Metodologia

No intuito de garantir maior confiabilidade dos resultados apresentados,

procurou-se minimizar os erros dos métodos de mensuração empregados, além da

determinação da precisão dos erros intra-examinador, casual e sistemático

(BRAVO, 1994; 1997).

O erro casual refere-se à dificuldade encontrada pelo examinador em

identificar e definir certos pontos radiográficos utilizados nas medições

cefalométricas (HOUSTON, 1983). Não foi encontrado erro casual em nenhuma

variável cefamétrica deste estudo.

Segundo Houston (1983) o erro sistemático reflete uma falta de

padronização do método, uma vez que o examinador tende a sub ou superestimar

os valores de suas medidas de maneira inconsciente, de modo a direcionar os

resultados de acordo com suas expectativas em relação às conclusões do estudo

(BRAUMRIND, 1971a, 1971b; GRAVELY; BENZIES, 1974; RICHARDSON, 1981;

HOUSTON, 1983). Dentre todas as medidas realizadas, apenas a Li-Linha E, uma

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77

Discussão

variável que avalia o perfil tegumentar, apresentou erro sistemático. Entretanto, essa

variável em nada compromete o objetivo principal do presente trabalho.

6.4 Discussão dos resultados

Todas as variáveis cefalométricas do presente estudo foram avaliadas da

seguinte forma:

1- Avaliação das variáveis cefalométricas do G1 ao início e final do

período estudado.

2- Avaliação das variávies cefalométricas do G2 ao início e final do

período estudado.

3- Comparação entre as variávies cefalométricas do G1 e G2 ao início,

durante e final do período estudado.

4- Avaliação da quantidade de intrusão dos primeiros molares.

5- Avaliação do tempo de intrusão e da eficiência entre os dois grupos

estudados.

Deste modo pode-se fazer uma separação entre os resultados dentários e

esqueléticos.

6.4.1 Componentes Maxilar e Mandibular

Com relação ao componete maxilar e mandibular no sentido ântero-

posterior, comparando-se os dados cefalométricos iniciais entre o dois grupos, os

dados finais e as variáveis dos grupos durante o período estudado, pode-se verificar

que não houve diferença estatisticamente significante em relação ao posicionamento

da maxila com a base do crânio (SNA) e seu comprimento efetivo (Co-A) e nem na

posição da mandíbula em relação à base do crânio (SNB) e seu comprimento

efetivo(Co-Gn) . Não houve ainda variação entre a relação maxilo-mandíbular (ANB),

comparando os dois grupos.

Page 80: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

78

Discussão

Comparando o G1 no início e ao final do período estudado, nota-se que

apenas o comprimeto efetivo da maxila (Co-A) e o comprimento efetivo da

mandíbula (Co-Gn) teve um aumento estatisticamente significante (tabela 7). Já no

G2 não houve diferença entre os componentes maxilar e mandibular

estatisticamente significante.

Apesar de os pacientes não mais apresentarem potencial de crescimento

já que a idade mínima do G1 foi de 22,66 anos, esse aumento do comprimento

efetivo da maxila e da mandíbula pode ter ocorrido por causa de um crescimento

remanescente do complexo crânio-facial e não pela mecânica de intrusão. O

tratamento ortodôntico em pacientes adultos não produzem alterações esqueléticas

ântero-posteriores (SINGER, 1980; BISHARA et al, 1984; PROFFIT, 2000).

6.4.2 Componente Vertical

Comparando o G1 e G2 no início, durante a ao final do período estudado,

nota-se que não houve nehuma diferença estatisticamente significante em todas as

medidas que se relacionam com o padrão de crescimento facial, ou seja,

independentemente do protocolo de intrusão, as alterações esqueléticas foram

semelhantes.

Quando analisados individualmente os grupos G1 e G2 no início (tabela

9) e ao final (tabela 11) do período estudado, nota-se que houve uma diminuição

estatisticamente significante do FMA e um aumento também estatisticamente

significante do SN. Plocl nos dois grupos. Provavelmente a diminuição do FMA e o

aumento do SN. Plocl deveu-se ao fato da mecânica intrusiva ter possibilitado o giro

da mandíbula no sentido anti-horário e do plano oclusal no sentido horário. Estes

resultados corroboram os resultados apresentados por Everdi, Keles e Nanda.

(EVERDI; KELES; NANDA 2004).

Já na mecânica de intrusão por outros métodos, a literatura mostra que

ocorre o oposto, havendo extrusão dos dentes adjacentes por falta de um sistema

de ancoragem eficiente, ocasionando uma rotação no sentido horário da mandíbula

Page 81: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

79

Discussão

e criando uma mordida aberta anterior (BONETTI, et al, 1996; CHUN, et al, 2000;

ENACAR, et al, 2003; ARMBRUSTER, et al, 2003).

Atualmente, esta perda de ancoragem não mais provoca preocupação

aos profissionais da ortodontia, visto que a prevenção do movimento indesejado se

tornou possível e simplificada com o surgimento de dispositivos de ancoragem

esquelética. Com o advento destes dispositivos, os mini-implantes ortodônticos, os

componentes de ação de forças inexistem, em virtude de estes estarem ancorados

em um tecido imóvel, o tecido ósseo.

6.4.3 Componente Dentoalveolar Superior

Comparando o G1 e G2 no início, durante a ao final do período estudado,

nota-se que não houve nenhuma diferença estatisticamente significante na posição

dos incisivos superiores, tanto no sentido ântero-posterior (1.NA e 1-NA), quanto no

sentido vertical(1-PP). Não houve ainda alteração na posição vertical do segundo

pré-molar (5-PP) e primeiro molar, tanto no sentido horizontal (6-PTV), quanto no

sentido vertical e inclinação (6-PP e 6.SN respectivamente).

Comparando o G1 ao início e final do período estudado (tabela 7) houve

uma diminuição estatisticamente siginificante na posição vertical do incisivo ,

segundo pré-molar e primeiro molar (1-PP , 5-PP e 6-PP respectivamente), ou seja,

esses dentes sofreram intrusão.

Já o G2, comparado ao início e final do período estudado (tabela 8),

apresentou uma diminuição estatisticamente significante na posição vertical do

segundo pré-molar e primeiro molar ( 5-PP e 6-PP respectivamente).

Especula-se que a intrusão do incisivos superiores deveu-se à mecânica

de alinhamento e nivelamento com a correção da sobremordida. Entretanto, a

intrusão dos pré-molares e molares foi ocasionada pela mecânica de intrusão

ancorada em mini-implantes. Como havia um arco de nivelamento unindo pré-molar

e molar, esse resultado era esperado. Se apenas mecânica de alinhamento e

nivelamento estivesse sendo realizada, sem a força intrusiva na região dos primeiros

molares, possivelmente os pré-molares sofreriam extrusão.

No trabalho de Yao e colaboradores, houve uma intrusão média dos

primeiros molares de 3mm e dos segundos pré-molares de 2mm. Esses resultados

Page 82: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

80

Discussão

corroboram o presente trabalho uma vez que demonstram que a mecânica de

intrusão nos primeiros molares proporciona intrusão também nos segundos pré-

molares. No citado estudo, a média de intrusão dos molares e pré-molares foi maior,

porém o estudo avaliou pacientes com idade entre 15 e 42 anos, ou seja, a amostra

possuia pacientes ainda em fase de crescimento.

6.4.3.1 Primeiros Molares

De acordo com as medidas avaliadas especificamente relacionadas ao

promeiro molar superior, ou seja, 6-PTV, 6-PP e 6.SN, observou-se que no G1

houve uma diminuição significativa da medida 6-PP entre T2 e T1, demonstrando

uma grande eficiência da mecânica intrusiva do molar superior (tabela 7). O mesmo

pode ser observado avaliando-se as mesmas medidas no G2 (tabela 8). Não houve,

em ambos os grupos, variação estatisticamente significante das medidas 6-PTV e

6.SN evidenciando uma mecânica puramente intrusiva, não ocorrendo assim

angulação do molar que pudesse mascarar os valores do posicionamento vertical

dos molares.

Alguns trabalhos demonstram quantidades de intrusões maiores porém

não levam em consideração a possível angulação sofrida no molar pela mecânica

intrusiva.

Para avaliação do tempo levou-se em consideração as datas do início e

do final da mecânica de intrusão e não das telerradiografias iniciais e finais pois isso

alteraria sobremaneira o tempo de tratamento uma vez que, alguns pacientes

demoravam alguns meses após o final da mecânica de intrusão para fazer a

telerradografia final. Comparando os grupos G1 e G2 houve uma diferença

estatisticamente significante relacionado ao tempo de intrusão, evidenciando um

menor tempo para G1. Contudo, esses resultados sofreram interferência da maior

ou menos necessidade de movimento de intrusão em cada caso.

Para avaliar a eficiência do método utilizou-se a seguinte fómula:

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81

Discussão

Quantidade de Intrusão (Final – Inicial)

Eficiência = ___________________________________

Tempo de intrusão (Final – Inicial)

Com essa fórmula, obteve-se como resultado um valor relativo de

eficiência para os dois grupos separadamente. Comparando G1 e G2 com relação à

eficiência não houve diferença estatisticamente significante mesmo o tempo tendo

sido maior no G2.

6.4.4 Componente Dentoalveolar Inferior

Comparando-se o G1 e G2 ao início e durante o período estudado não

houve nenhuma diferença estatisticamente significante no componente

dentoalveolar inferior. Entretanto, comparando o G1 e G2 ao final do período

estudado (tabela 11) notou-se uma diferença estatisticamente significante no sentido

ântero-posterior dos incisivos inferiores (1.NB e 1-NB), sendo que o G2 apresentou-

se mais lingualizado e retruído que o G1.

Já comparando o início e o final do G1 (tabela 7), houve um aumento

estatisticamente significante na inclinação dos incisivos inferiores (1.NB) e uma

diminuição da sua posição no sentido vertical (1-GoGn). Especula-se que a

mecânica de alinhamento e nivelamento proporcionou vestibularização e intrusão

dos incisivos.

No G2 ao início e final do período estudado não houve nenhuma

alteração estatisticamente significante nos componentes dento-alveolares inferiores.

Page 84: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

82

Discussão

6.4.5 Relações Dentárias

Comparando o G1 e G2 no início, durante a ao final do período estudado,

nota-se que não houve nenhuma diferença estatisticamente significante no

trespasse vertical e horizontal dos pacientes.

Comparando o G1 no início e ao final do período estudado (figura 7),

nota-se que houve uma diminuição estatisticamente significante do trespasse

vertical. Esse resultado era esperado, uma vez que os incisivos superiores e

inferiores sofreram intrusão com a mecânica de alinhamento e nivelamento. Já

comparando o G2 ao início e final do tratamento não houve alteração

estatisticamente significante com relação ao trespasse vertical e horizontal.

6.4.6 Perfil Tegumentar

Comparando-se o G1, ao início e final do período estudado, não houve

alteração estatisticamente significante em relação ao perfil tegumentar. O mesmo

ocorreu com o G2.

Também não se notou nos grupos 1 e 2 quando comparados ao início do

período estudado, alterações estatisticamente significantes. Já os dois grupos,

quando comparados durante (tabela 10) e ao final do período estudado (tabela 11),

demonstram uma diferença estatisticamente significante da distância do lábio inferior

à linha Prónasal Pogônio Tegumentar ( Li-Linha E). Isto ocorreu porque no G1 o

lábio inferior protruiu e no G2 o lábio inferior retruiu em relação a linha E, já que no

G2 os incisivos inferiores apresentaram-se mais lingualizados e retruídos que o G1.

Page 85: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

83

Discussão

6.5 Considerações Clínicas

O presente trabalho demonstra a eficiência da mecânica de intrusão do

primeiro molar superior utilizando os mini-implantes como ancoragem absoluta. Os

efeitos colaterais provocados pelos métodos convencionais não mais são motivos de

preocupação na clínica ortodôntica. Existem outros métodos de ancoragem absoluta

que produzem resultados semelhantes, como as mini-placas. Entretanto, necessitam

de técnica cirúrgica invasiva para sua instalação e remoção, além de terem um custo

maior. Em todos os casos, independentemente do protocolo utilizado, obteve-se

intrusão dos molares mesmo que a quantidade de intrusão necessária para

reabilitação do molar inferior fosse grande. No G1, obteve-se intrusão máxima de

5mm e no G2 de 4,6mm. Isso demonstra que mesmo nos molares extremamente

extruídos a mecânica de intrusão ancorada em mini-implante é eficiente. Em casos

como estes, sem esse recurso de ancoragem absoluta, o primeiro molar

provavelmente teria que ser submetido ao tratamento endodôntico e confecção de

coroa dentária para que fosse possível criar espaço para a reabilitação do molar

inferior perdido. É importante que a mecânica de intrusão seja realizada desde o

início, no momento da instalação do aparelho ortodôntico e utilização do primeiro fio

de alinhamento. Desta forma, obtêm-se menos efeitos extrusivos nos dentes

adjacentes ao primeiro molar, uma vez que é possível a utilização de uma

ancoragem absoluta para contrapor essas forças. A mecânica de intrusão dos

molares resultou em intrusão dos segundos pré-molares nos dois protocolos. Como

os primeiros molares estavam extruídos pela falta do dente antagonista, os mesmos

não apresentavam contato oclusal com nenhum dente inferior. A diminuição do FMA

resultando num giro mandibular no sentido anti-horário provavelmente ocorreu pelo

efeito intrusivo nos segundos pré-molares superiores que apresentavam contato

oclusal com dentes inferiores. Especula-se que a mecânica de intrusão apresentada

neste trabalho pode auxiliar no fechamento da mordida aberta anterior. A forma

como os elásticos em cadeia foram posicionados nos dois métodos foi

extremamente eficiente, pois produziu uma intrusão verdadeira dos molares. Não foi

observado nenhum efeito indesejado de angulação nestes dentes. Discute-se

bastante na literatura sobre a força ideal para a mecânica de intrusão dentária.

Neste trabalho, 150g de força foi suficiente para se obter a intrusão desejada. A

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84

Discussão

utilização de um número maior de mini-implantes não aumenta necessariamente a

eficiência da mecânica intrusiva.

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ConclusãoConclusãoConclusãoConclusão

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86

Conclusão

7 Conclusão

De acordo com a amostra avaliada e a metodologia utilizada conclui-se:

1- Não houve diferença entre os grupos das alteracões dento-

esqueléticas provocada pela intrusão do primeiro molar superior por meio

da correção ortodôntica , com exceção da Li-Linha E.

2- Não houve diferença estatisticamente significante em relação a

eficiência, entre os protocolos utilizados.

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Referências bibliográficasReferências bibliográficasReferências bibliográficasReferências bibliográficas

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ApêndiceApêndiceApêndiceApêndice

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98

Apêndice

As tabelas A-1 até A-29 referem-se aos valores individuais de cada variável, para

cada paciente, para os grupos 1 e 2

Tabela A-1

Pacientes grupo genero nascimento1 - A. S. C. 1 F 17/02/19762 - C. A. F. S. 1 F 23/07/19863 - C. A. B. 1 F 14/03/19674 - C. A. B. 1 F 14/03/19675 - E. R. B. 1 M 09/06/19626 - L. J. S. F. 1 M 24/12/19867 - L. J. S. F. 1 M 24/12/19868 - M. B. S. 1 F 06/12/19729 - M. B. S. 1 F 06/12/197210 - M. M. 1 F 02/03/198411 - N. A. B. S. 1 F 04/07/196812- N. A. B. S. 1 F 04/07/196813 - R. C. R. 1 F 07/05/197514 - S. F. S. 1 F 20/10/198215 - V. M. 1 F 25/01/196916 - E. J. N. 2 F 21/04/197717 - F. A. S. 2 F 30/01/196518 - F. F. A. N. 2 M 08/05/197219 - J. L. R. M. 2 F 14/04/196520 - J. L. R. M. 2 F 14/04/196521 - M. N. O . 2 F 22/03/196622 - Q. H. C. 2 F 24/10/198823 - R. F. S. 2 F 13/02/196124 - R. F. S. 2 F 13/02/196125 - V. C. O. 2 M 22/05/1970

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99

Apêndice

TABELA A-2

Pacientes idade ao início idade ao final1 - A. S. C. 32,04 33,692 - C. A. F. S. 22,66 23,533 - C. A. B. 43,27 43,724 - C. A. B. 43,27 43,725 - E. R. B. 46,99 47,516 - L. J. S. F. 23,48 23,907 - L. J. S. F. 23,48 23,908 - M. B. S. 35,8 36,799 - M. B. S. 35,8 36,7910 - M. M. 25,05 25,9511 - N. A. B. S. 40,39 41,4712- N. A. B. S. 40,39 41,4713 - R. C. R. 35,05 35,5414 - S. F. S. 26,61 27,7615 - V. M. 39,46 40,3116 - E. J. N. 30,87 31.7917 - F. A. S. 42,8 43,8818 - F. F. A. N. 36,74 37,7519 - J. L. R. M. 43,05 45,1920 - J. L. R. M. 43,2 45,1921 - M. N. O . 42,52 43,4422 - Q. H. C. 21,07 21,8323 - R. F. S. 47,45 48,5324 - R. F. S. 47,45 48,5325 - V. C. O. 39,59 40,34

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100

Apêndice

Tabela A-3

Pacientes Centro Pan-tele T1 Centro Pan-tele T21 - A. S. C. crio crio2 - C. A. F. S. crio crio3 - C. A. B. radiodonto d radiodonto d4 - C. A. B. radiodonto radiodonto d5 - E. R. B. cordial crio 6 - L. J. S. F. crio crio digital7 - L. J. S. F. crio crio digital8 - M. B. S. Oral x crio 9 - M. B. S. Oral x crio 10 - M. M. crio crio digital11 - N. A. B. S. crio crio digital12- N. A. B. S. crio crio digital13 - R. C. R. crio crio digital14 - S. F. S. cordial crio15 - V. M. Cebeu SDO16 - E. J. N. jim crio17 - F. A. S. SCRP SCRP18 - F. F. A. N. crio crio19 - J. L. R. M. radiodonto crio digital20 - J. L. R. M. radiodonto crio digital21 - M. N. O . crio crio22 - Q. H. C. crio crio23 - R. F. S. crio crio24 - R. F. S. crio crio25 - V. C. O. crio crio digital

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Apêndice

Tabela A-4

Pacientes Tele T1 Tele T2 dif Tele T1-T2 Pan T1 Pan T21 - A. S. C. 08/05/2007 17/08/2009 2,28 08/05/2007 17/08/20092 - C. A. F. S. 20/10/2008 16/03/2010 1,40 20/10/2008 16/03/20103 - C. A. B. 11/03/2010 06/01/2011 0,82 11/03/2010 06/01/20114 - C. A. B. 11/03/2010 06/01/2011 0,82 11/03/2010 06/01/20115 - E. R. B. 25/03/2008 30/11/2009 1,68 25/03/2008 30/11/20096 - L. J. S. F. 10/01/2008 11/11/2010 2,84 10/01/2008 11/11/20107 - L. J. S. F. 10/01/2008 11/11/2010 2,84 10/01/2008 11/11/20108 - M. B. S. 02/02/2008 28/11/2009 1,82 02/02/2008 28/11/20099 - M. B. S. 02/02/2008 28/11/2009 1,82 02/02/2008 28/11/200910 - M. M. 27/08/2008 06/07/2010 1,86 23/05/2008 06/07/201011 - N. A. B. S. 17/07/2008 12/11/2010 2,32 17/07/2008 12/11/201012- N. A. B. S. 17/07/2008 12/11/2010 2,32 17/07/2008 12/11/201013 - R. C. R. 04/05/2009 11/11/2010 1,52 04/05/2009 11/11/201014 - S. F. S. 24/07/2008 06/10/2010 2,20 24/07/2008 06/10/201015 - V. M. 12/06/2008 13/01/2009 0,59 12/06/2008 13/01/200916 - E. J. N. 16/11/2004 10/03/2009 4,32 16/11/2004 10/03/200917 - F. A. S. 19/06/2007 16/01/2009 1,58 19/06/2007 16/01/200918 - F. F. A. N. 01/08/2008 16/03/2010 1,62 01/08/2008 16/03/201019 - J. L. R. M. 22/03/2005 11/11/2010 5,64 22/03/2005 11/11/201020 - J. L. R. M. 22/03/2005 11/11/2010 5,64 22/03/2005 11/11/201021 - M. N. O . 03/01/2008 12/09/2009 1,69 03/01/2008 12/09/200922 - Q. H. C. 18/08/2007 09/12/2010 3,31 18/08/2007 10/09/201023 - R. F. S. 23/02/2007 16/11/2009 2,73 23/02/2007 16/11/200924 - R. F. S. 23/02/2007 16/11/2009 2,73 23/02/2007 16/11/200925 - V. C. O. 28/02/2009 16/11/2010 1,72 28/02/2009 16/11/2010

Page 104: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

102

Apêndice

Tabela A-5

Pacientes dente intruído nº mini-implante1 - A. S. C. 16 1v 1p2 - C. A. F. S. 26 1v 1p3 - C. A. B. 26 1v 1p4 - C. A. B. 16 1v 1p5 - E. R. B. 16 1v 1p6 - L. J. S. F. 16 1v 1p7 - L. J. S. F. 26 1v 1p8 - M. B. S. 16 1v 1p 9 - M. B. S. 26 1v 1p 10 - M. M. 16 1v 1p11 - N. A. B. S. 16 1v 1p12- N. A. B. S. 26 1v 1p13 - R. C. R. 26 1v 1p14 - S. F. S. 16 1v 1p 15 - V. M. 16 1v 1p16 - E. J. N. 16 2v 1p17 - F. A. S. 16 2v 1p18 - F. F. A. N. 16 2v 1p19 - J. L. R. M. 16 2v 1p

20 - J. L. R. M. 26 2v 1p 21 - M. N. O . 16 2v 1p22 - Q. H. C. 16 2v 1p23 - R. F. S. 16 2v 1p

24 - R. F. S. 26 2v 1p

25 - V. C. O. 16 2v 1p

Page 105: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

103

Apêndice

TABELA A-6

Pacientes início da intrusão final da intrusão dif inicio/final1 - A. S. C. 25/02/2008 19/10/2009 1,652 - C. A. F. S. 15/03/2009 28/01/2010 0,873 - C. A. B. 11/06/2010 20/11/2010 0,444 - C. A. B. 11/06/2010 20/11/2010 0,445 - E. R. B. 25/05/2009 30/11/2009 0,526 - L. J. S. F. 11/06/2010 10/11/2010 0,427 - L. J. S. F. 11/06/2010 10/11/2010 0,428 - M. B. S. 16/09/2008 10/09/2009 0,989 - M. B. S. 16/09/2008 10/09/2009 0,9810 - M. M. 13/03/2009 04/02/2010 0,9011 - N. A. B. S. 15/11/2008 12/12/2009 1,0712- N. A. B. S. 15/11/2008 12/12/2009 1,0713 - R. C. R. 17/05/2010 10/11/2010 0,4814 - S. F. S. 23/05/2009 17/07/2010 1,1515 - V. M. 03/07/2008 08/05/2009 0,8516 - E. J. N. 24/02/2008 26/01/2009 0,9217 - F. A. S. 07/11/2007 05/12/2008 1,0818 - F. F. A. N. 24/01/2009 28/01/2010 1,0119 - J. L. R. M. 20/04/2008 12/06/2010 2,1520 - J. L. R. M. 15/06/2008 12/06/2010 1,9921 - M. N. O . 15/09/2008 17/08/2009 0,9222 - Q. H. C. 14/11/2009 18/08/2010 0,7623 - R. F. S. 14/07/2008 12/08/2009 1,0824 - R. F. S. 14/07/2008 12/08/2009 1,0825 - V. C. O. 14/12/2009 14/09/2010 0,75

Page 106: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

104

Apêndice

Tabela A-7

Pacientes relação canino e prémolar SNA Inicial SNA Final SNA (F-I)1 - A. S. C. cl II d - cl I e 90,8 90,9 0,102 - C. A. F. S. Classe I 88,1 89 0,903 - C. A. B. classe I 86,1 85,8 -0,304 - C. A. B. classe I 82,7 85 2,305 - E. R. B. classe I 86,2 84,4 -1,806 - L. J. S. F. cl II d - cl I e 85,5 85,1 -0,407 - L. J. S. F. cl II d - cl I e 85 87,3 2,308 - M. B. S. cl I d - cl II e 81,4 83,3 1,909 - M. B. S. cl I d - cl II e 81,8 82,2 0,4010 - M. M. classe II 85,6 85,4 -0,2011 - N. A. B. S. classe I 87,4 85,6 -1,8012- N. A. B. S. classe I 87,5 86 -1,5013 - R. C. R. classe I 82,1 82 -0,1014 - S. F. S. classe II 88,5 86,7 -1,8015 - V. M. classe I 79 79,9 0,9016 - E. J. N. classe II 80,5 80,5 0,0017 - F. A. S. Classe I 85,6 84,7 -0,9018 - F. F. A. N. classe I 84,9 86,4 1,5019 - J. L. R. M. classe II 89,7 90,3 0,6020 - J. L. R. M. classe II 90,8 89,3 -1,5021 - M. N. O . classe II 90,6 89,9 -0,7022 - Q. H. C. classe II 85,6 87,5 1,9023 - R. F. S. classe II 84,9 83,4 -1,5024 - R. F. S. classe II 82,2 82,4 0,2025 - V. C. O. classe I 80,8 83,6 2,80

Page 107: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

105

Apêndice

TABELA A-8

Pacientes CoA Inicial CoA Final CoA (F-I) SNB Inicial SNB Final SNB (F-I)1 - A. S. C. 87,8 88 0,2 83,4 84,2 0,82 - C. A. F. S. 82,6 83,1 0,5 87,4 88,6 1,23 - C. A. B. 77,3 77,1 -0,2 82 81,5 -0,54 - C. A. B. 77,9 77,4 -0,5 80,1 80 -0,15 - E. R. B. 88 89,6 1,6 81,2 79,9 -1,36 - L. J. S. F. 80,6 81,3 0,7 82,7 81,6 -1,17 - L. J. S. F. 80,5 82,5 2 81,5 83,1 1,68 - M. B. S. 79,8 80,7 0,9 76,3 77,1 0,89 - M. B. S. 77,8 78,6 0,8 77,2 78,1 0,910 - M. M. 79,7 78,9 -0,8 78,4 79 0,611 - N. A. B. S. 75,8 76,1 0,3 86,8 85,4 -1,412- N. A. B. S. 75,5 74,9 -0,6 87,4 87,4 013 - R. C. R. 75,2 75,8 0,6 80,3 80,3 014 - S. F. S. 74 77,5 3,5 81,1 77,8 -3,315 - V. M. 81,2 81,1 -0,1 75,6 76 0,416 - E. J. N. 79,4 79,1 -0,3 78,3 77,9 -0,417 - F. A. S. 83,7 83,8 0,1 83,6 82,7 -0,918 - F. F. A. N. 86,7 89,4 2,7 83,6 83,9 0,319 - J. L. R. M. 77,1 77,5 0,4 79,5 81,2 1,720 - J. L. R. M. 77,6 78,3 0,7 79,8 79,9 0,121 - M. N. O . 83,3 80,5 -2,8 79,6 79,9 0,322 - Q. H. C. 81,4 82,6 1,2 82,1 82,3 0,223 - R. F. S. 77,7 77,5 -0,2 84,9 85,1 0,224 - R. F. S. 78,1 76,8 -1,3 82,7 84,4 1,725 - V. C. O. 78 79,1 1,1 80,7 82,3 1,6

Page 108: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

106

Apêndice

Tabela A-9

Pacientes Co-Gn Inicial Co-Gn Final Co-Gn (F-I)1 - A. S. C. 107,4 108,1 0,72 - C. A. F. S. 108,8 109,1 0,33 - C. A. B. 104,7 105,7 14 - C. A. B. 105,5 105,5 05 - E. R. B. 116,1 116,6 0,56 - L. J. S. F. 112,7 113,3 0,67 - L. J. S. F. 113,4 114 0,68 - M. B. S. 104 104,9 0,99 - M. B. S. 104,2 105,9 1,710 - M. M. 101,2 102,1 0,911 - N. A. B. S. 103,8 103,5 -0,312- N. A. B. S. 103,6 102,5 -1,113 - R. C. R. 103,5 103,8 0,314 - S. F. S. 100,2 99,2 -115 - V. M. 101,6 102,1 0,516 - E. J. N. 102 102,4 0,417 - F. A. S. 112,3 112,2 -0,118 - F. F. A. N. 127,2 126,9 -0,319 - J. L. R. M. 93,1 93,9 0,820 - J. L. R. M. 93,4 94,2 0,821 - M. N. O . 101,1 101,1 022 - Q. H. C. 104,9 105,2 0,323 - R. F. S. 104,6 104,1 -0,524 - R. F. S. 105 105,1 0,125 - V. C. O. 111,8 113 1,2

Page 109: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

107

Apêndice

TABELA A-10

Pacientes ANB Inicial ANB FInal ANB (F-I)1 - A. S. C. 7,4 6,6 -0,82 - C. A. F. S. 0,7 0,5 -0,23 - C. A. B. 4,1 4,4 0,34 - C. A. B. 2,7 4,9 2,25 - E. R. B. 5 4,4 -0,66 - L. J. S. F. 2,8 3,5 0,77 - L. J. S. F. 3,6 4,2 0,68 - M. B. S. 5,1 6,2 1,19 - M. B. S. 4,6 4 -0,610 - M. M. 7,2 6,4 -0,811 - N. A. B. S. 0,6 0,2 -0,412- N. A. B. S. 0,1 -1,4 -1,513 - R. C. R. 1,8 1,8 014 - S. F. S. 7,4 8,9 1,515 - V. M. 3,5 3,9 0,416 - E. J. N. 2,2 2,6 0,417 - F. A. S. 2 2,1 0,118 - F. F. A. N. 1,3 2,6 1,319 - J. L. R. M. 10,2 9,1 -1,120 - J. L. R. M. 11 9,3 -1,721 - M. N. O . 11 10 -122 - Q. H. C. 3,6 5,2 1,623 - R. F. S. 0 -1,7 -1,724 - R. F. S. -0,5 -2,1 -1,625 - V. C. O. 0 1,4 1,4

Page 110: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

108

Apêndice

TABELA A-11

Pacientes FMA Inicial FMA Final FMA (F-I)1 - A. S. C. 23,5 26,4 2,92 - C. A. F. S. 22,7 20,9 -1,83 - C. A. B. 32,5 34,7 2,24 - C. A. B. 34,5 36,1 1,65 - E. R. B. 22,4 20 -2,46 - L. J. S. F. 25,1 24,6 -0,57 - L. J. S. F. 24,1 23,5 -0,68 - M. B. S. 33,9 33 -0,99 - M. B. S. 32,8 31,5 -1,310 - M. M. 34,6 33 -1,611 - N. A. B. S. 22,7 21,8 -0,912- N. A. B. S. 21,8 21 -0,813 - R. C. R. 25,4 23,1 -2,314 - S. F. S. 30,2 29 -1,215 - V. M. 26,5 27,1 0,616 - E. J. N. 21,4 19,6 -1,817 - F. A. S. 14,5 13,9 -0,618 - F. F. A. N. 33,9 31,9 -219 - J. L. R. M. 31,6 30,9 -0,720 - J. L. R. M. 32,2 31,7 -0,521 - M. N. O . 31,9 32,4 0,522 - Q. H. C. 26,8 25,3 -1,523 - R. F. S. 26,5 25,2 -1,324 - R. F. S. 26,8 23,7 -3,125 - V. C. O. 32 30,6 -1,4

Page 111: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

109

Apêndice

TABELA A-12

Pacientes SN.GoGn Inicial SN.GoGn Final SN.GoGn (F-I)1 - A. S. C. 27,1 27,4 0,32 - C. A. F. S. 21,9 21,8 -0,13 - C. A. B. 34,3 36,3 24 - C. A. B. 37,3 38,3 15 - E. R. B. 26 26,5 0,56 - L. J. S. F. 25,9 29 3,17 - L. J. S. F. 27,3 26,9 -0,48 - M. B. S. 36,4 37,3 0,99 - M. B. S. 37,2 36,1 -1,110 - M. M. 34,9 35,2 0,311 - N. A. B. S. 23 23,5 0,512- N. A. B. S. 21,5 20,1 -1,413 - R. C. R. 30,7 30 -0,714 - S. F. S. 33,4 32 -1,415 - V. M. 32,8 34,4 1,616 - E. J. N. 26,1 27,2 1,117 - F. A. S. 25,1 25,6 0,518 - F. F. A. N. 36,9 35,4 -1,519 - J. L. R. M. 34,1 32,3 -1,820 - J. L. R. M. 33 34,3 1,321 - M. N. O . 34,5 34,4 -0,122 - Q. H. C. 26,5 25,9 -0,623 - R. F. S. 26,9 25,6 -1,324 - R. F. S. 27,5 25,9 -1,625 - V. C. O. 35,4 33,7 -1,7

Page 112: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

110

Apêndice

TABELA A-13

Pacientes SN.Plocl Inicial SN.Plocl Final SN.Plocl (F-I)1 - A. S. C. 9,5 8,9 -0,62 - C. A. F. S. 2,1 5,5 3,43 - C. A. B. 3,6 7,5 3,94 - C. A. B. 11,1 16,7 5,65 - E. R. B. 10,5 13,2 2,76 - L. J. S. F. 4,6 12,5 7,97 - L. J. S. F. 4,2 8,5 4,38 - M. B. S. 13,2 15,3 2,19 - M. B. S. 15 20,7 5,710 - M. M. 9,3 14,3 511 - N. A. B. S. -6 -1,5 4,512- N. A. B. S. -9,2 -2,9 6,313 - R. C. R. 7,2 10 2,814 - S. F. S. 2,3 18 15,715 - V. M. 14,6 16,7 2,116 - E. J. N. 4,1 11,7 7,617 - F. A. S. 6,9 14,7 7,818 - F. F. A. N. 3,9 4,1 0,219 - J. L. R. M. 10,6 12,9 2,320 - J. L. R. M. 15,1 15,4 0,321 - M. N. O . 10,8 16,8 622 - Q. H. C. 9,3 8,4 -0,923 - R. F. S. 4,7 5,3 0,624 - R. F. S. 9,2 16,1 6,925 - V. C. O. 5 8,6 3,6

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111

Apêndice

TABELA A-14

Pacientes AFAI Inicial AFAI Final AFAI (F-I)1 - A. S. C. 60,9 60,8 -0,12 - C. A. F. S. 59,9 58,4 -1,53 - C. A. B. 61,6 65,3 3,74 - C. A. B. 62,5 65 2,55 - E. R. B. 68,6 67,6 -16 - L. J. S. F. 72,7 70,8 -1,97 - L. J. S. F. 71,4 70,3 -1,18 - M. B. S. 66,6 67,1 0,59 - M. B. S. 66,5 68,3 1,810 - M. M. 66,2 66,8 0,611 - N. A. B. S. 56,8 52,7 -4,112- N. A. B. S. 55,5 52,7 -2,813 - R. C. R. 60,2 59,7 -0,514 - S. F. S. 63,1 62,3 -0,815 - V. M. 56,1 58,4 2,316 - E. J. N. 58,1 59,1 117 - F. A. S. 55,5 59 3,518 - F. F. A. N. 76,8 74 -2,819 - J. L. R. M. 54,6 54,5 -0,120 - J. L. R. M. 56 55,1 -0,921 - M. N. O . 65,4 66 0,622 - Q. H. C. 57,7 58,1 0,423 - R. F. S. 55,9 54,6 -1,324 - R. F. S. 56,4 55,5 -0,925 - V. C. O. 64,8 66,9 2,1

Page 114: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

112

Apêndice

TABELA A-15

Pacientes IS.NA Inicial IS.NA Final IS.NA (F-I)1 - A. S. C. 31,2 29,2 -22 - C. A. F. S. 29,8 38,2 8,43 - C. A. B. 23,9 32,8 8,94 - C. A. B. 33 33 05 - E. R. B. 17,6 30,7 13,16 - L. J. S. F. 26,2 29,8 3,67 - L. J. S. F. 27,4 26,5 -0,98 - M. B. S. 19,2 18 -1,29 - M. B. S. 18,3 21,5 3,210 - M. M. 31,4 30,9 -0,511 - N. A. B. S. 40 39,4 -0,612- N. A. B. S. 39,5 42,7 3,213 - R. C. R. 16,6 20,5 3,914 - S. F. S. 18 20,6 2,615 - V. M. 18 11,3 -6,716 - E. J. N. 32,5 29 -3,517 - F. A. S. 20 29,2 9,218 - F. F. A. N. 26,8 35,4 8,619 - J. L. R. M. 15,7 10,3 -5,420 - J. L. R. M. 12,1 9,2 -2,921 - M. N. O . 16,5 6,6 -9,922 - Q. H. C. 18,3 28,7 10,423 - R. F. S. 27,7 36,6 8,924 - R. F. S. 29,7 38,8 9,125 - V. C. O. 36,8 33,6 -3,2

Page 115: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

113

Apêndice

TABELA A-16

Pacientes IS-NA Inicial IS-NA Final IS-NA (F-I)1 - A. S. C. 3,2 3,6 0,42 - C. A. F. S. 6,8 7,7 0,93 - C. A. B. 4,5 6,8 2,34 - C. A. B. 6,6 5,8 -0,85 - E. R. B. 1,5 7,1 5,66 - L. J. S. F. 8,8 8,1 -0,77 - L. J. S. F. 8,6 8,2 -0,48 - M. B. S. 2,6 1 -1,69 - M. B. S. 3,1 3,5 0,410 - M. M. 3,4 5,1 1,711 - N. A. B. S. 8 7,8 -0,212- N. A. B. S. 8,5 8,9 0,413 - R. C. R. 2,9 4 1,114 - S. F. S. 1,5 2,7 1,215 - V. M. 2 -0,5 -2,516 - E. J. N. 5,3 3,2 -2,117 - F. A. S. 0,4 1,6 1,218 - F. F. A. N. 4,5 5,7 1,219 - J. L. R. M. 0,6 -1,2 -1,820 - J. L. R. M. -1,1 -1,6 -0,521 - M. N. O . 2,2 0 -2,222 - Q. H. C. 1,7 1,7 023 - R. F. S. 5,1 7,8 2,724 - R. F. S. 5,4 8 2,625 - V. C. O. 7,4 5,1 -2,3

Page 116: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

114

Apêndice

TABELA A-17

Pacientes 1 - PP Inicial 1 - PP Final 1 - PP (F-I)1 - A. S. C. 25,5 25 0,82 - C. A. F. S. 24,2 22,4 -3,73 - C. A. B. 26,1 27,3 0,84 - C. A. B. 26,5 26,2 -4,25 - E. R. B. 30,4 28,6 -4,76 - L. J. S. F. 33,3 32,4 -0,67 - L. J. S. F. 33 31,9 3,58 - M. B. S. 28,4 27,7 -0,29 - M. B. S. 27,9 28,2 0,610 - M. M. 27,6 28,1 5,211 - N. A. B. S. 22,9 22,3 -0,712- N. A. B. S. 23 21,5 -4,913 - R. C. R. 26,4 26,8 0,714 - S. F. S. 26,1 26,6 3,215 - V. M. 23,4 21,7 -4,616 - E. J. N. 26,3 25,8 3,217 - F. A. S. 22,6 24,3 -6,818 - F. F. A. N. 31,1 28,8 4,919 - J. L. R. M. 23,9 20 -320 - J. L. R. M. 23 21,2 -8,221 - M. N. O . 29,4 28,2 4,722 - Q. H. C. 23,5 21,5 -0,723 - R. F. S. 22,2 22,3 -1,324 - R. F. S. 23,6 22,6 -0,625 - V. C. O. 23,2 25,1 25,1

Page 117: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

115

Apêndice

TABELA A-18

Pacientes 5 - PP Inicial 5 - PP Final 5 - PP (F-I)1 - A. S. C. 22,6 22 -0,62 - C. A. F. S. 23,1 21,7 -1,43 - C. A. B. 23,4 24,5 1,14 - C. A. B. 22,7 21,8 -0,95 - E. R. B. 28,3 24,4 -3,96 - L. J. S. F. 29,3 26,5 -2,87 - L. J. S. F. 26,7 27 0,38 - M. B. S. 22,6 20,7 -1,99 - M. B. S. 22,2 21,3 -0,910 - M. M. 21,5 23,7 2,211 - N. A. B. S. 24,4 20,2 -4,212- N. A. B. S. 24,3 20,9 -3,413 - R. C. R. 24 23,7 -0,314 - S. F. S. 23,7 20,1 -3,615 - V. M. 18,5 18 -0,516 - E. J. N. 20,6 21,7 1,117 - F. A. S. 22,4 21,8 -0,618 - F. F. A. N. 32,1 28,3 -3,819 - J. L. R. M. 17,9 15,9 -220 - J. L. R. M. 20,2 18,7 -1,521 - M. N. O . 25,1 21,4 -3,722 - Q. H. C. 19,9 19,4 -0,523 - R. F. S. 19,9 19,4 -0,524 - R. F. S. 19,5 17,2 -2,325 - V. C. O. 23,5 24,2 0,7

Page 118: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

116

Apêndice

TABELA A-19

Pacientes 6 - PT V Inicial 6 - PT V Final 6 - PT V (F-I)1 - A. S. C. 23,8 21,7 -2,12 - C. A. F. S. 22,5 21,8 -0,73 - C. A. B. 20,9 22,2 1,34 - C. A. B. 20,5 18,8 -1,75 - E. R. B. 18,1 17,5 -0,66 - L. J. S. F. 23,5 25,7 2,27 - L. J. S. F. 24,1 28,7 4,68 - M. B. S. 15,9 17,8 1,99 - M. B. S. 16,3 16,3 010 - M. M. 18,4 17,7 -0,711 - N. A. B. S. 16,8 13,8 -312- N. A. B. S. 17,8 12,7 -5,113 - R. C. R. 19,3 22,2 2,914 - S. F. S. 17,4 14,6 -2,815 - V. M. 19,8 22,1 2,316 - E. J. N. 15,7 17,3 1,617 - F. A. S. 21,8 21,4 -0,418 - F. F. A. N. 26,9 26,6 -0,319 - J. L. R. M. 21,7 18,1 -3,620 - J. L. R. M. 20,6 18,6 -221 - M. N. O . 16,1 20,7 4,622 - Q. H. C. 15,4 17,3 1,923 - R. F. S. 17,8 15,6 -2,224 - R. F. S. 18,8 21,2 2,425 - V. C. O. 19,9 22,9 3

Page 119: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

117

Apêndice

TABELA A-20

Pacientes 6 - PP Inicial 6 - PP Final 6 - PP (F-I)1 - A. S. C. 19,8 17,3 -2,52 - C. A. F. S. 21,1 18,9 -2,23 - C. A. B. 22,6 22 -0,64 - C. A. B. 20 16,8 -3,25 - E. R. B. 24,4 22,8 -1,66 - L. J. S. F. 25,9 23,4 -2,57 - L. J. S. F. 23,6 25 1,48 - M. B. S. 21,9 18,6 -3,39 - M. B. S. 17,9 17,9 010 - M. M. 20 18,2 -1,811 - N. A. B. S. 23,1 20,1 -312- N. A. B. S. 25,9 20,9 -513 - R. C. R. 19,9 19,5 -0,414 - S. F. S. 21,2 17,8 -3,415 - V. M. 16,7 15,7 -116 - E. J. N. 18,1 18,5 0,417 - F. A. S. 19,7 18,6 -1,118 - F. F. A. N. 28 25,8 -2,219 - J. L. R. M. 19,5 16,1 -3,420 - J. L. R. M. 15,8 16,1 0,321 - M. N. O . 20,1 17,9 -2,222 - Q. H. C. 18,6 18 -0,623 - R. F. S. 21 18 -324 - R. F. S. 18,8 14,2 -4,625 - V. C. O. 17,7 17,9 0,2

Page 120: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

118

Apêndice

TABELA A-21

Pacientes 6 . SN Inicial 6 . SN Final 6 . SN (F-I)1 - A. S. C. 79,6 80,3 0,7

2 - C. A. F. S. 83,2 82,9 -0,33 - C. A. B. 84,8 84,1 -0,74 - C. A. B. 84,8 83,3 -1,55 - E. R. B. 75,5 82,3 6,86 - L. J. S. F. 81,7 81 -0,77 - L. J. S. F. 79,7 85,5 5,88 - M. B. S. 76 78,2 2,29 - M. B. S. 75,5 78,2 2,710 - M. M. 73,9 78 4,1

11 - N. A. B. S. 88,2 87,7 -0,512- N. A. B. S. 90,9 91 0,113 - R. C. R. 72,8 78,9 6,114 - S. F. S. 81,5 90,8 9,315 - V. M. 83,1 77,5 -5,616 - E. J. N. 86,9 79,9 -717 - F. A. S. 76,9 81,2 4,3

18 - F. F. A. N. 71,5 70,9 -0,619 - J. L. R. M. 82,1 82 -0,120 - J. L. R. M. 93,2 81,6 -11,621 - M. N. O . 74,3 83,7 9,422 - Q. H. C. 79,6 81,4 1,823 - R. F. S. 85,5 78,5 -724 - R. F. S. 85,9 81,8 -4,125 - V. C. O. 74,1 74,8 0,7

Page 121: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

119

Apêndice

TABELA A-22

Pacientes 1 . NB Inicial 1 . NB Final 1 . NB (F-I)1 - A. S. C. 39,8 40,5 0,72 - C. A. F. S. 23,9 28,6 4,73 - C. A. B. 28 31 34 - C. A. B. 30,5 34,1 3,65 - E. R. B. 24,7 26 1,36 - L. J. S. F. 35,4 37,1 1,77 - L. J. S. F. 33,9 33,6 -0,38 - M. B. S. 24,5 27,6 3,19 - M. B. S. 26,6 28,1 1,510 - M. M. 27,5 26,8 -0,711 - N. A. B. S. 27,6 27,3 -0,312- N. A. B. S. 22,5 30,2 7,713 - R. C. R. 23,9 25,7 1,814 - S. F. S. 26,3 35,2 8,915 - V. M. 14,8 15,8 116 - E. J. N. 25 31,6 6,617 - F. A. S. 11,7 13,1 1,418 - F. F. A. N. 20,4 17,2 -3,219 - J. L. R. M. 23,6 22,7 -0,920 - J. L. R. M. 26,5 24,3 -2,221 - M. N. O . 34,5 31,6 -2,922 - Q. H. C. 21 29,2 8,223 - R. F. S. 22,2 21,3 -0,924 - R. F. S. 17,5 16,8 -0,725 - V. C. O. 21 17,7 -3,3

Page 122: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

120

Apêndice

TABELA A-23

Pacientes 1 - NB Inicial 1 - NB Final 1 - NB (F-I)1 - A. S. C. 7,9 7,2 -0,72 - C. A. F. S. 4,4 4,9 0,53 - C. A. B. 7,1 8,2 1,14 - C. A. B. 6,6 8,8 2,25 - E. R. B. 5 6,9 1,96 - L. J. S. F. 9,5 8,5 -17 - L. J. S. F. 9,6 9 -0,68 - M. B. S. 5,8 5,3 -0,59 - M. B. S. 6 6 010 - M. M. 5,6 6,5 0,911 - N. A. B. S. 4,5 4,1 -0,412- N. A. B. S. 3,3 3,8 0,513 - R. C. R. 2,5 2,6 0,114 - S. F. S. 7,1 8,1 115 - V. M. 2,5 2,4 -0,116 - E. J. N. 3,4 4,5 1,117 - F. A. S. -0,2 0,3 0,518 - F. F. A. N. 4,5 4,5 019 - J. L. R. M. 4,4 4,2 -0,220 - J. L. R. M. 5,9 4,7 -1,221 - M. N. O . 7,9 8,1 0,222 - Q. H. C. 3 5,7 2,723 - R. F. S. 3,3 2,3 -124 - R. F. S. 1,9 1,9 025 - V. C. O. 5,7 5,1 -0,6

Page 123: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

121

Apêndice

TABELA A-24

Pacientes 1 - GoGn Inicial 1 - GoGn Final 1 - GoGn (F-I)1 - A. S. C. 35,1 35,6 0,52 - C. A. F. S. 37,9 36 -1,93 - C. A. B. 36,4 36,4 04 - C. A. B. 36,4 36,8 0,45 - E. R. B. 38,3 38,3 06 - L. J. S. F. 42,1 39,4 -2,77 - L. J. S. F. 42 40,7 -1,38 - M. B. S. 38,7 39,1 0,49 - M. B. S. 39,2 39,1 -0,110 - M. M. 38,8 38,9 0,111 - N. A. B. S. 34,8 32,5 -2,312- N. A. B. S. 35,6 33,2 -2,413 - R. C. R. 34,1 33 -1,114 - S. F. S. 37,4 36 -1,415 - V. M. 34,9 35,5 0,616 - E. J. N. 34,6 30,9 -3,717 - F. A. S. 35,6 35,6 018 - F. F. A. N. 46,4 46,7 0,319 - J. L. R. M. 35,1 34 -1,120 - J. L. R. M. 34,9 34 -0,921 - M. N. O . 37,6 37,5 -0,122 - Q. H. C. 37,1 38,9 1,823 - R. F. S. 34,2 34,4 0,224 - R. F. S. 34,2 34,6 0,425 - V. C. O. 41,4 40,8 -0,6

Page 124: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

122

Apêndice

TABELA A-25

Pacientes Tresp H. Inicial Tresp H. Final Tresp H. (F-I)1 - A. S. C. 4,7 4,9 0,22 - C. A. F. S. 3,3 3,3 03 - C. A. B. 2,4 4,2 1,84 - C. A. B. 3,5 3,3 -0,25 - E. R. B. 3,6 6,3 2,76 - L. J. S. F. 3,1 4,7 1,67 - L. J. S. F. 3,8 5,2 1,48 - M. B. S. 3,8 4,3 0,59 - M. B. S. 3,4 3,2 -0,210 - M. M. 7,2 7,1 -0,111 - N. A. B. S. 4,1 3,8 -0,312- N. A. B. S. 4,5 3,3 -1,213 - R. C. R. 2,6 3,7 1,114 - S. F. S. 3,7 6,4 2,715 - V. M. 3,9 2,1 -1,816 - E. J. N. 4 1,8 -2,217 - F. A. S. 3,2 4,2 118 - F. F. A. N. 2 5,1 3,119 - J. L. R. M. 8,9 5,5 -3,420 - J. L. R. M. 6,8 5,1 -1,721 - M. N. O . 8,4 4,7 -3,722 - Q. H. C. 3,4 2,7 -0,723 - R. F. S. 1,8 3,4 1,624 - R. F. S. 3 3,8 0,825 - V. C. O. 1,7 1,8 0,1

Page 125: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

123

Apêndice

TABELA A-26

Pacientes Tresp. V. Inicial Tresp. V. Final Tresp. V. (F-I)1 - A. S. C. 2,1 2,7 0,62 - C. A. F. S. 2,9 0,1 -2,83 - C. A. B. 2,6 0 -2,64 - C. A. B. 1,8 -0,5 -2,35 - E. R. B. 2 1,1 -0,96 - L. J. S. F. 3,5 1,4 -2,17 - L. J. S. F. 4 2,5 -1,58 - M. B. S. 3,1 2,7 -0,49 - M. B. S. 3,4 1,2 -2,210 - M. M. 3,7 2,1 -1,611 - N. A. B. S. 2,1 2,8 0,712- N. A. B. S. 4,4 2,3 -2,113 - R. C. R. 1,8 1,1 -0,714 - S. F. S. 2,8 2,1 -0,715 - V. M. 4,7 1 -3,716 - E. J. N. 4,6 0 -4,617 - F. A. S. 3,6 1,7 -1,918 - F. F. A. N. 1,3 2,5 1,219 - J. L. R. M. 8,2 2 -6,220 - J. L. R. M. 5,6 3,2 -2,421 - M. N. O . 4,5 2 -2,522 - Q. H. C. 3,7 3,5 -0,223 - R. F. S. 0,9 2,4 1,524 - R. F. S. 1,8 1,5 -0,325 - V. C. O. 0,7 0,4 -0,3

Page 126: Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato

124

Apêndice

TABELA A-27

Pacientes Ls-Linha E Inicial Ls-Linha E Final Ls-Linha E (F-I)1 - A. S. C. -1,8 0,1 1,92 - C. A. F. S. -3,6 -3,9 -0,33 - C. A. B. -5,9 -2,3 3,64 - C. A. B. -5,1 -6,8 -1,75 - E. R. B. -8 -3,5 4,56 - L. J. S. F. 0,1 -1,6 -1,77 - L. J. S. F. 0,5 -0,9 -1,48 - M. B. S. -4,2 -3,1 1,19 - M. B. S. -3,2 -4,5 -1,310 - M. M. -3,2 -1,8 1,411 - N. A. B. S. -5,5 -4,9 0,612- N. A. B. S. -5,5 -5,4 0,113 - R. C. R. -5,3 -5,9 -0,614 - S. F. S. -0,5 0,2 0,715 - V. M. -5 -7,4 -2,416 - E. J. N. -6,2 -6,4 -0,217 - F. A. S. -7,9 -7,1 0,818 - F. F. A. N. -5,6 -6,2 -0,619 - J. L. R. M. -0,8 -2,7 -1,920 - J. L. R. M. 0,6 -3,3 -3,921 - M. N. O . 2,3 0,8 -1,522 - Q. H. C. -3 -3,9 -0,923 - R. F. S. -5,4 -2,9 2,524 - R. F. S. -7,4 -3,4 4

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125

Apêndice

TABELA A-28

Pacientes Li-Linha E Inicial Li-Linha E Final Li-Linha E (F-I)1 - A. S. C. -0,3 2,1 2,42 - C. A. F. S. 1 1,8 0,83 - C. A. B. -1,3 1,9 3,24 - C. A. B. -1,3 1 2,35 - E. R. B. -2,9 -1,1 1,86 - L. J. S. F. 0,9 1,9 17 - L. J. S. F. 0,9 2,4 1,58 - M. B. S. -0,9 -0,8 0,19 - M. B. S. -0,4 -0,6 -0,210 - M. M. 0,3 1,4 1,111 - N. A. B. S. -4 -4 012- N. A. B. S. -4,8 -3,7 1,113 - R. C. R. -5,4 -4,8 0,614 - S. F. S. 3,1 4,4 1,315 - V. M. -3 -3,3 -0,316 - E. J. N. -3,9 -4,3 -0,417 - F. A. S. -3,8 -3,3 0,518 - F. F. A. N. 0,6 1,3 0,719 - J. L. R. M. 0,8 -2,7 -3,520 - J. L. R. M. 0,3 -4,4 -4,721 - M. N. O . 3,7 -0,3 -422 - Q. H. C. -2 -1,1 0,923 - R. F. S. -5 -2,7 2,324 - R. F. S. -5,4 -2,5 2,925 - V. C. O. -1,8 -3 -1,2

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126

Apêndice

TABELA A-29

Pacientes Nasolabial Inicial Nasolabial Final Nasolabial (F-I)1 - A. S. C. 93 92,6 -0,42 - C. A. F. S. 97,9 92,4 -5,53 - C. A. B. 101,1 99,5 -1,64 - C. A. B. 100,8 111,3 10,55 - E. R. B. 104,1 90,1 -146 - L. J. S. F. 99,5 103 3,57 - L. J. S. F. 103,9 119,8 15,98 - M. B. S. 101,1 109,1 89 - M. B. S. 100,4 99,1 -1,310 - M. M. 104,3 102 -2,311 - N. A. B. S. 94,3 77,6 -16,712- N. A. B. S. 86,3 73,7 -12,613 - R. C. R. 97,5 94,4 -3,114 - S. F. S. 103,3 106,2 2,915 - V. M. 120,9 121,6 0,716 - E. J. N. 90,7 84,8 -5,917 - F. A. S. 98,9 91,2 -7,718 - F. F. A. N. 91,2 91,9 0,719 - J. L. R. M. 104,3 106,4 2,120 - J. L. R. M. 99,5 108,3 8,821 - M. N. O . 92,2 90,9 -1,322 - Q. H. C. 111,2 101,7 -9,523 - R. F. S. 104,5 95,5 -924 - R. F. S. 116,3 93,2 -23,125 - V. C. O. 126 126,5 0,5