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DO MATERIAL AO IMATERIAL: A SALVAGUARDA DO PATRIMÔNIO
CULTURAL NO MERCADÃO DE MADUREIRA - RJ
Alyne Fernanda Cardoso Reis
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Karla Cristina Gomes Carvalho
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
A partir das relações socioespaciais existentes, o presente artigo busca discutir a dimensão
do paralelismo entre a materialidade e a imaterialidade pertencente ao edifício do
“Mercadão de Madureira”, localizado no bairro de mesmo nome na zona norte do Rio de
Janeiro. A imagem do edifício que abriga o mercado se constrói, inicialmente, a partir
dos seus aspectos tangíveis, isto é, uma arquitetura destinada a um uso exclusivo
historicamente relevante para o bairro, sendo por isso, ao longo do século XX,
transformado num dos maiores polos de comércio, não só da própria região, mas como
de outros territórios que dependiam economicamente do comércio do bairro. Devido a
isso, o bairro de Madureira ficou conhecido como a "capital do subúrbio". No que diz
repeito sua imaterialidade, o “Mercadão de Madureira” é um dos exemplares mais
importantes da comercialização de artigos religiosos de matriz africana na cidade do Rio
de Janeiro, o que vem a ser um aspecto que resgata à memória do bairro em que está
inserido, por se tratar de um território de significativa ocupação de africanos e seus
descendentes, desde a escravidão. Com isso a pesquisa busca discorrer sobre a
importância cultural deste bem como patrimônio cultural e como estratégias para sua
preservação são instrumentos para salvaguarda. Por meio dessas ações alinhadas a um
plano de gestão o objetivo é a proteção do bem para que continue sendo um objeto
valoroso para a identidade social e também para a memória do lugar.
Palavras chave: Patrimônio Cultural, Gestão, Memória, Salvaguarda, Mercadão de
Madureira.
INTRODUÇÃO:
O presente trabalho busca refletir sobre o Mercadão de Madureira e um olhar sobre
os conceitos de identidade para construção da memória e seu patrimônio cultural. A partir
da turistificação existente buscamos refletir como elaboração de ferramentas ligadas a
este campo aliadas a uma gestão patrimonial podem auxiliar na preservação do
patrimônio. A gênese e descrição de cada um deles evidenciam a complexidade de pensá-
los e compreendê-los em separado, pois no contexto social apresentam-se em forma de
processos que revelam construções sociais envolvendo representações e significados,
partilhados e reproduzidos de forma coletiva ao longo do tempo (GEERTZ, 2008).
Desta maneira, podemos definir memória em seu aspecto social, como processos
sociais e históricos manifestados através de narrativas acerca de acontecimentos e
experiências vividas e nos quais estão abrigados valores do grupo que seleciona o que
deve ou não ser guardado enquanto memórias coletivas. Tais narrativas estabelecem,
reforçam, legitimam e reproduzem a identidade cultural do grupo (OLIVEIRA, 2018).
O Mercadão de Madureira é de grande relevância para o bairro de Madureira,
sobretudo ao subúrbio, protegido em seu âmbito pelo patrimônio cultural imaterial.
Entretanto o incêndio nos anos 2000, que destrói tanto a materialidade como
imaterialidade exemplificam como tais categorias não devem se sobrepor uma a outra e
devemos tratar as falsas dicotomias existentes dentro desse campo semântico. Pois em
uma síntese do que é a ambiência do Mercadão, a materialidade delimita aquele espaço
cheios de signos e a imaterialidade o denota como singular.
Dentre o objetivo geral, destaca-se a preocupação em analisar os processos de
patrimonialização e mercantilização do Mercadão de Madureira por meio de gestão que
mantenha a preservação do Bem. Assim como compreender a importância da construção
da memória e o legado deixado para a população e como esses processos têm contribuído
à produção do espaço desse bairro. Como objetivos específicos, tivemos a identificação
dos agentes dos processos de turistificação no bairro, a análise de suas estratégias de
apropriação e uso do espaço e despertar um conhecimento de preservação de seu
patrimônio cultural.
Este trabalho é importante enquanto contribuição para o debate teórico e prático
para políticas do patrimônio cultural e para a elaboração de alternativas de modelos de
desenvolvimento e de apropriação desse patrimônio. A pesquisa, que apresenta caráter
exploratório, baseou-se em dados primários, mediante coleta de dados e realização de
entrevistas, assim como dados secundários, que foram coletados em pesquisas
bibliográfica e documental. Para sua operacionalização, realizou-se entrevista
semiestruturada com o Sr. Horácio, que faz parte do departamento de Marketing do
Mercadão de Madureira, sendo que o mesmo optou por falar espontaneamente, sem ater-
se ao roteiro previamente estabelecido.
Adotou-se, também, a pesquisa descritiva, mediante a observação sistemática e
participante sobre a operacionalidade do evento sob a forma de levantamento, ou seja, a
observação direta de seu cotidiano nas práticas e fazeres desenvolvidos e demonstrados
no projeto, além da captação de imagens. A análise dos dados foi realizada de forma
qualitativa.
1. O MERCADÃO DE MADUREIRA
A história do Mercadão de Madureira se confunde com a história do bairro, que
em referência ao fazendeiro, Localizada na zona norte do Rio de Janeiro, seu nome faz
referência ao boiadeiro e arrendatário da fazenda Campinho, Lourenço Madureira. No
século XIX, a região rural, se encontrava tal fazenda que estava situada na Freguesia do
Irajá que compreendia boa parte das terras do sertão carioca, na antiga sesmaria, que era
ocupada por várias fazendas, a maior delas eram produtoras de cana de açúcar, com
destinação a produção de aguardente e cana de açúcar, cujo proprietário era o capitão
Francisco Ignácio, onde após sua morte em 1851 houve uma disputa judicial para decisão
de quem ficaria com a terra, a viúva, Rosa Maria dos Santos ou Lourenço Madureira, no
qual o segundo saiu vitorioso. Após a briga na justiça, aconteceu o loteamento da fazenda,
gerando assim futuramente o bairro de Madureira.
Figura 1: Mapa da região do bairro de Madureira. Fonte: Google, 2019.
Entretanto foi no ano de 1890 com a chegada da Rede ferroviária que o bairro
tornou-se popular. Seu comércio foi inaugurado em 1914, com produtos agrícolas que
permaneceu até a abertura do Ceasa em 1960. A partir de então é tida a existência do
Mercadão, entretanto não é a mesma concepção de mercado que temos no presente.
Figura 2: O mercado ainda como uma pequena feira livre, venda de
produtos agropecuários. Cerca de 1914. Fonte: Diário do Rio.
O desenvolvimento acelerado do espaço – que, a cada dia, acumulava novos
comerciantes saídos de feiras menores – motivou o então prefeito da cidade, Antônio
Prado Júnior, a construir um pavilhão de boxes na área central do mercado, em 1929 e
estas obras de ampliação transformaram o local no maior centro de distribuição de
alimentos do subúrbio.
Ao longo de todos esses
anos, o Mercadão cresceu e expandiu sua clientela, passando a comercializar mercadorias
diversas além dos gêneros alimentícios, como artigos decorativos e de festas, material
escolar, artigos religiosos e até animais.
No início do ano 2000, após as vendas de fim de ano, um grande incêndio destruiu
as lojas do prédio principal e 50% do anexo. Cerca de 300 proprietários perderam seus
patrimônios na tragédia.
Figura 3: Mercado de Madureira – Pavilhão de Boxes,
1937. Fonte: Martins, Ronaldo. Mercadão de Madureira, 2009
Figura 4: A Evolução do Mercado 1982
Fonte: Jornal O Globo, 2014
A noção que se tinha de quão valoroso era a inserção deste prédio não só para o
bairro mas toda região como parte integrante da memória do bairro e da cultura da cidade
fez com que agentes competentes se organizassem e criasse estratégias para reconstrução
do Mercadão.
O projeto que respeitava a distribuição total das lojas originais e a inserção de
elementos arquitetônicos modernos foram exigidos pelas atuais legislações de segurança.
E assim, foi colocado em prática na construção do novo Mercadão. Com pisos modernos,
ventilação controlada, escadas rolantes e total reestruturação dos sistemas hidráulicos e
elétricos, o reformulado Mercadão de Madureira reabria as portas em outubro de 2001.
2. O MERCADÃO COMO PATRIMÔMIO CULTURAL
Declarado Patrimônio Cultural Carioca, por meio da lei nº 5679 de 02 de janeiro
de 2014. O Mercadão de Madureira é um dos exemplares mais importantes da
comercialização de artigos religiosos de matriz africana no Rio de Janeiro.
A implantação do Edifício tem uma relevada importância devido ao longo do
século XX foi um dos maiores polos de comércio não só da própria região, mas como
outros territórios que dependiam do comércio do bairro, sendo assim tendo um
reconhecimento como da “capital do subúrbio”.
Apesar de não ser um patrimônio tangível, a sua materialidade é a garantia do
abrigo do patrimônio imaterial encontrado nele. É o que podemos definir conceitualmente
o Patrimônio Cultural, composto tanto da materialidade quanto da imaterialidade é o que
o torna único, que possui aspectos de interesse para levar a sua preservação. Segunda
definição de Carlos Lemos (1981):
Nem só de cidades e monumentos é formado o patrimônio histórico: quadros,
livros ou mesmo fotografias que documentem a memória e os costumes de uma
época também fazem parte do acervo cultural e artístico. Devem ser
preservados. Não importa a forma: se através de coleções particulares, do mercado de arte ou da proteção de entidades governamentais. O necessário é
preservar, já que o que não é patrimônio histórico desaparece com o tempo.
No que diz respeito ao patrimônio cultural, o Mercadão de Madureira é um dos
exemplares mais importantes da comercialização de artigos religiosos de matriz africana
na cidade do Rio de Janeiro. Por isso foi declarado Patrimônio Cultural Carioca de
Natureza Imaterial, Através da lei nº 5679 de 02 de janeiro de 2014, onde segundo a lei
afirma ser um dos últimos grandes mercados na cidade do Rio de Janeiro, e esta situado
em um território suburbano, vem a ser de uma grande relevância para construção histórica
e social desse bairro. Através de um dos trechos do compositor Arlindo Cruz, é possível
visualizar a essência dessa territorialidade que está sendo debatida no presente artigo.
Ah meu lugar, /tem mil coisas pra gente dizer, Em cada esquina um pagode um
bar, /em Madureira. /Império e Portela também são de lá, /Em Madureira. /E
no Mercadão você pode comprar, /por uma pechincha você vai levar, /um
dengo, um sonho pra quem quer sonhar, /Em Madureira. /e quem se habilita
até pode chegar, /tem jogo de ronda, caipira e bilhar, /buraco sueca pro tempo
passar, /Em Madureira. [...]” (CRUZ,2009).
Os patrimônios expressam a cultura e a identidade de um povo configurando-se d
e acordo com as camadas históricas, citada na carta de Nairóbi: "Considerando que os co
njuntos históricos ou tradicionais fazem parte do ambiente cotidiano dos seres humanos
em todos os países, constituem a presença viva do passado que lhes deu forma, assegura
o quadro da vida a variedade necessária para responder a diversidade da sociedade e, por
isso, adquirem um valor e uma dimensão humanos suplementares".
Para tanto, a carta vai abordar métodos que devem ser constituído esses conjunto
s e como devem ser caracterizados, por meio da ambiência e da salvaguarda. A inserção
de um conjunto urbano diferentemente dos sítios históricos somente com bens de pedra e
cal amplia o debate e possibilita meios urbanos dotados de signos que são passiveis de p
reservação,
(...) Entre esses conjuntos, que são muitos variados, podem se distinguir espe
cialmente os sítios pré-históricos, as cidades históricas, os bairros urbanos ant
igos, as aldeias lugarejos, assim como os conjuntos monumentais homogêneos, ficando entendido que estes últimos deverão, em regra ser conservados em s
ua integridade. (RECOMENDAÇÃO DE NAIROBI, 1976)
Assim, a configuração da territorialidade a partir desses pontos de relevância se c
onstrói entorno de uma ambiência, definida na carta como: "Um quadro natural ou const
ruído que influi na percepção estática ou dinâmica desses conjuntos, ou a eles se vincula
de maneira imediata no espaço, ou por laços sociais, econômicos ou culturais".
Observando a relevância do território que construiu laços identitários ancestrais,
que se realizam por meio das expressões culturais, assim como bens edificados que ao
demarcarem da sua materialidade nesse lugar constitui-se a uma pertença também social.
Para tanto, realizar instrumentos que mapeiam esses bens tangíveis e intangíveis e a
criação de meios para salvaguarda é valorizar a memória e salvaguardá-las para
continuidade. Sendo assim, essas cartas são portadoras de práticas que visam ancorar
bases para que sejam realizadas ações de preservação desses bens.
Figura 5: Bens imateriais salvaguardados como patrimônio imaterial.
Fonte: autora, 2019.
3. A MEMÓRIA DE UM MERCADO
A preservação cultural no bairro de Madureira contribui para valorização da
memória de um território de maioria afrodescendente, e que abrigou africanos que foram
escravizados. Sendo assim, deixou suas tradições culturais como legado dessa resistência
a um dos períodos mais trágicos da história.
O prédio tem uma grande identificação tanto por parte dos moradores como dos
comerciantes locais, que não o assimila como um elemento constituinte de um
patrimônio. Com isso, alerta-nos à respeito da falta de conhecimento por parte da
população em geral do que é um patrimônio cultural, e do quanto é importante conhecer
para preservar. Entretanto, o reconhece como parte integrante da sua própria história, a
partir de lembranças vividas dentro do contexto, o que é dado como memória. A partir
dela o indivíduo é capaz de distinguir os aspectos mais relevantes para a construção do
próprio ser.
Sendo assim, o bem cultural tem uma perspectiva identitária que está atrelada a
região em que está inserido. Sendo assim, declarado como Patrimônio Carioca Imaterial
por agregar sobretudo as memórias e a identidade local, das culturas e da memória
coletiva que ali estão enraizadas há mais de 50 anos. A partir da Constituição de 1988
começou a se pensar o Patrimônio não somente como material. Por meio da lei Federal
3551 de 2000, que legitima os bens culturais de natureza imaterial, portanto devemos ver
o patrimônio como um Bem cultural, logo de natureza material e imaterial sem haver
dicotomia.
Figura 6: Comércio diversificado do Mercadão de Madureira
Fonte: autora, 2019.
4. PLANO DE GESTÃO E PERSPECTIVA TURÍSTICA
O edifício foi um dos maiores polos comerciais para economia nacional durante o
século XX, a partir disso tendo um reconhecimento do Mercadão é um exemplo que a
patrimonialização pode ser um viés econômico se utilizado da forma correta e sua atração
financeira para manter em uso, ajudar na sua conservação que atrai não só moradores,
mas pessoas das mais diversas regiões. Segundo Hall (2001, p92) O planejamento
turístico dá início ao processo de turistifcação, ocorre quando um espaço é apropriado
pelo turismo, fazendo com que haja um direcionamento das atividades para o atendimento
dos que vem de fora, alterando a configuração em função de interesses mercadológicos
Segundo, Cruz (2003; 2007) o processo de turistificação do espaço como processo
de apropriação e uso do espaço pelo e para o turismo, e ressalta que, no processo de
turistificação, não ocorrem apenas intervenções no sistema de objetos, por meio de
mudanças físicas no espaço, mas também o sistema de ações recebe intervenções, através,
por exemplo, de programas de qualificação profissional e de marketing turístico. A autora
demonstra, assim, que não há turistificação apenas do campo material, mas também no
campo imaterial da sociedade. Portanto, a turistificação deixa, no espaço, suas marcas e
evidências, a esse direcionamento para a recepção de visitantes e turistas, considerando
principalmente os paradigmas mercadológicos de mediação desta atividade. E neste
sentido, associamos o Mercadão de Madureira por ser patrimônio cultural pelo seu
comércio de artigos religiosos de matriz africana e de relevância para a população local e
de outras regiões e estados também
.
Figura 7: Apropriação social do Espaço do Mercadão de
Madureira. Fonte: Riotur, sem data.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A historicidade de um bem edificado que foi apresentado no presente trabalho
mostrou que a materialidade e a imaterialidade de um objeto estão interligadas. Através
desse estudo foi possível verificar que há uma falsa dicotomia em que por muitas vezes
os patrimônios culturais são categorizados.
A pesquisa a respeito do Mercadão de Madureira que é protegido devido a sua
imaterialidade, como vem ao longo do trabalho, por representar uma grande importância
na preservação das tradições culturais e religiosas afro-brasileiras, segundo lei nº 5679 de
02 de janeiro de 2014. Apesar de ser protegido segundo a natureza de um bem imaterial,
o incêndio a sua estrutura nos anos 2000, mostra como a materialidade não sobrepõe a
imaterialidade e vice-versa, e somente a partir de um plano de gestão consistente foi
possível sua reconstrução.
A estética arquitetônica não representa certa relevância que possa servir de
subsidio a construção de instrumentos legais para sua proteção. Apesar disso quando a
sua estrutura é abalada devido ao incêndio, em que há tanto a perda da materialidade
quanto a imaterialidade do patrimônio, ambas essências se perdem. A reconstrução
seguindo os preceitos originários, em que se mantém a logística da comercialização de
artigos religiosos e no mesmo espaço, é capaz de criar uma atmosfera única em que o
patrimônio traz.
Além dessa comercialização em que representa o quanto o patrimônio voltado
para o viés financeiro pode auxiliar a manter sua conservação, assim como a
turistificação. Ambos são instrumentos que podem ajudar na preservação do bem e atrair
interessados para conhecer, já que é inerente ao ser humano conhecer para preservar.
Portanto desassociar a materialidade da imaterialidade e reforçar a falsa dicotomia
é uma falácia que deve ser discutida no campo patrimonial. A partir de exemplos como
esses reforçamos o quanto as categorias não se estruturam uma sem a outra. Então ao falar
de patrimônio cultural estamos lidando com a materialidade e a imaterialidade dentro de
um mesmo contexto, pois só assim conseguiremos de fato a preservação de um bem
cultural.
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