Docslide.com.Br Aula de Lingua Portuguesa Eja IV

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AULA DE LINGUA PORTUGUESA EJA IV

TEMA: LEITURA E CRIAO DE TEXTOS POTICO

Dados da Aula

O que o aluno poder aprender com esta aula

ler, compreender e interpretar textos poticos;

distinguir o ritmo das palavrasnos versos;

criar textos poticos e organiz-los em forma de poema.

Durao das atividades

5 aulas de 50 minutos cada

Conhecimentos prvios trabalhados pelo professor com o aluno

distinguir texto literrio de no-literrio;

fazer distino entre autor e eu- potico ou eu- lrico.

Estratgias e recursos da aula

apresentao de vdeos;

atividades em pequenos grupos em sala de aula.

AULA 1ATIVIDADE 1Como motivao, o professor poder levar os alunos ao laboratrio de informtica para assistir a alguns vdeos, disponveis na internet, em que poetas, artistas e alguns autores interpretam e declamam poesias de Fernando Pessoa, Ceclia Meireles, Vinicius de Moraes e Manuel Bandeira. Vdeos disponveis em:a. Autopsicografia - Fernando Pessoa:

http://www.youtube.com/watch?v=wZqcv7Wm7yY

b. Motivo - Ceclia Meireles:

http://www.youtube.com/watch?v=BpMl_Ln-x2s&feature=related

c. Retrato - Ceclia Meireles:

http://newswrecker.com/news-bloopers/video/hYEMQ0Gbe38/Retrato-Cecilia-Meireles.html

http://www.youtube.com/watch?v=hYEMQ0Gbe38d. Soneto da Fidelidade - Vincius de Moraes:

http://www.youtube.com/watch?v=9QoKw3eSUTM&feature=related

e. Desencanto - Manuel Bandeira:

http://www.youtube.com/watch?v=55q3gzERJNI&feature=relatedf. Potica (1) - Vincius de Moraes:http://www.youtube.com/watch?v=4TZOpDrRdck&feature=related

AULA 2ATIVIDADE 1Em sala de aula, o professor dever entregar uma cpia dos poemas aos alunos e mostrar eles a diferena entre autor e eu-potico ou eu lrico. Pedir a eles que observem o lirismo presente nos textos, em que o eu-potico/ eu-lrico exprime suas emoes em relao ao mundo exterior.

Importante:O professor dever: fazer a leitura expressiva de cada um dos poemas. Observar aos alunos que o eu-potico ou eu-lrico a voz que fala no poema e nem sempre corresponde do autor, pois ao escrever um poema, o poeta no fala necessariamente de sua vida, de seus momentos de dor e de prazer. Ele fala da vida humana e, para isso, escreve muitas vezes fingindo ser uma outra pessoa ou fingindo sentir uma emoo no vivida.

Textos:

1. Autopsicografia (Fernando Pessoa)

O poeta um fingidor.Finge to completamenteQue chega a sentir que dorA dor que deveras sente.

E os que lem o que escreve,Na dor lida sentem bem,No as duas que ele teve,Mas s a que eles no tm.

E assim nas calhas de rodaGira, a entreter a razo,Esse comboio de cordaQue se chama o corao.

Texto disponvel em:

http://www.releituras.comfpessoa_psicografia.asp/

2. Motivo ( Ceclia Meireles)

Eu canto porque o instante existee a minha vida est completa.No sou alegre nem sou triste:sou poeta.

Irmo das coisas fugidias,no sinto gozo nem tormento.Atravesso noites e diasno vento.

Se desmorono ou se edifico,se permaneo ou se desfao,- No sei, no sei. No sei se ficoou passo.

Sei que canto. E a cano tudo.Tem sangue eterno e asa ritmada.E um dia sei que es tarei mudo:- mais nada.

Texto disponvel em:

http://www.geocities.com/fedrasp/motivo.html

3. Retrato (Ceclia Meireles)

Eu no tinha este rosto de hoje, assim calmo, assim triste, assim magro,nem estes olhos to vazios,nem o lbio amargo.

Eu no tinha estas mos sem fora,to paradas e frias e mortas;eu no tinha este corao que nem se mostra.Eu no dei por esta mudana,to simples, to certa, to fcil:- Em que espelho ficou perdida a minha face?

Texto disponvel em:

http://www.geocities.com/fedrasp/retrato.html

4. Desencanto ( Manuel Bandeira)

Eu fao versos como quem choraDe desalento...de desencanto...Fecha o meu livro, se por agoraNo tens motivo nenhum de pranto.

Meu verso sangue. Volpia ardente...Tristeza esparsa..remorso vo..Doi-me nas veias. Amargo e quente,Cai, gota a gota, do corao.

E nestes versos de angstia roucaAssim dos lbios a vida corre,Deixando um acre saber na boca.

- Eu fao versos como quem morre.

Texto disponvel em:

http://www.luso-poemas.net/modules/news03/article.php?storyid=708

5. Potica (1) (Vincius de Moraes)

De manh escureoDe dia tardoDe tarde anoiteoDe noite ardo.

A oeste a morteContra quem vivoDo sul cativoO este meu norte.

Outros que contemPasso por passo:Eu morro ontem

Naso amanhAndo onde h espao-Meu tempo quando

Texto disponvel em:

http://vagalume.uol.com.br/vinicius-de-moraes/poetica-i.html

ATIVIDADE 2O professor pedir aos alunos que trabalhem em grupo ( quatro pessoas).Cada grupo dever analisar um dos poemas, observando os seguintes aspectos de sua estrutura organizacional: a) nmero versos ou linhas;b) nmero de estrofes ou grupos de versos c) se h rimas - sons que se repetem no final de certas palavras, responsveis pela criao no texto de um efeito de eco ou musicalidade entre as palavras;d) a presena de recursos sonoros, tais como repetio de letras, de palavras, de versos ou grupos de versos;e) figuras de linguagem que geram expressividade, tais como metfora, comparao, etc.f) as idias, os sentimentos, as emoes do eu-potico / eu-lrico que so apresentadas no poema.Aps a anlise dos poemas, os alunos devero preparar o poema para se declamado, pelo grupo, parte do grupo ou individualmente.

AULA 3

ATIVIDADE

Expresso oralAps a anlise dos textos, os alunos devero se preparar para fazer a declamao do poema analisado por eles (Autopsicografia, Retrato, Motivo, Retrato, Desencanto e Potica (1)). A declamao poder ser feita individualmente ou em grupo. Caso seja feita em grupo, todos podem ler ao mesmo tempo; alguns versos podem ser lidos pelos meninos, outros pelas meninas, etc. Lembrar aos alunos para ficarem atentos ao ritmo do poema, pois um poema escrito para ser declamado.No momento da apresentao do trabalho, o grupo dever expor a anlise realizada, finalizando a atividade com a declamao da poesia.

Importante:Para a declamao das poesias, os alunos devero observar as seguintes orientaes: ler o poema, ensaiando vrias possibilidades de entonao e expresso para estrofe ou verso; procurar memorizar o texto; ensaiar a declamao vrias vezes; definir a postura corpo ral no momento da declamao: olhar diretamente para o pblico, movimentar o corpo para dar mais expressividade declamao.

AULA 4

ATIVIDADEProduo de textoPropor aos alunos que criem um poema. Para isso, o professor dever apresentar a eles um roteiro oralmente ou por escrito para orient-los nesse processo, qual seja:Antes de comear a escrever a sua poesia: pense em diferentes sentimentos que qualquer pessoa, por qualquer motivo, possa estar sentindo: amor, saudade, medo, desejo, desiluso, revolta, cime, prazer, dio, paz, etc. Escolha um desses sentimentos e comece a anotar tudo o que voc sente em relao a ele. busque imagens que possam sugerir o que voc pretende comunicar. Escreva seu texto procurando exprimir o que voc sente; leia e releia o que voc est escrevendo, de preferncia em voz alta. Isso pode ajud-lo a perceber o ritmo das palavras e dos versos: leia e sinta as palavras. Deixe se guiar pelo ritmo delas. altere, substitua palavras, versos, expresses e ao poucos ver surgir um poema organizado.Assim que os alunos terminarem esta atividade, o professor dever pedir a eles que troquem os poemas entre si, para leitura e apreciao do trabalho do colega.Caso os alunos manifestem o desejo de recitar os poemas criados por eles, aps a preparao, o professor poder propor uma roda de poemas, na sala de aula: os alunos formaro um nico crculo, para declamar e assistir a apresentao dos colegas no centro da sala. O professor dever sugerir aos alunos que coloquem um fundo musical adequado ao tema do poema que se vai recitar.

Recursos Complementares

Apresentar aos alunos o vdeo/recital de poesia:

http://www.youtube.com/watch?v=-85G68oMZaM&feature=relatedhttp://www.youtube.com/watch?v=HBsZJI_2Ja0/

Avaliao

A atividade de declamao de poesia poder ser avaliada, de acordo com os seguintes critrios: entonao adequada aos sentimentos/ idias expressos no poema; dico clara e audvel; memorizao do poema; postura corporal.Os textos escritosdevero ser entregues ao professor para correo. Aps a correo, se fizer necessrio, os alunos os reescrevero para que, posteriormente, sejam expostos no mural da sala.