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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA
TECLANDO NA TERCEIRA IDADE:
DESAFIOS E POSSIBILIDADES
Por: Luciana de Jesus Costa
Orientador:
Prof. Dr. Vilson Sérgio de Carvalho
Rio de Janeiro,
Dezembro/2008
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2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA
Monografia apresentada ao curso de Graduação, como requisito parcial para a obtenção do Título de Pedagogo.
TECLANDO NA TERCEIRA IDADE:
DESAFIOS E POSSIBILIDADES
Por: Luciana de Jesus Costa
3
AGRADECIMENTOS
A Deus que é fonte de luz, equilíbrio, fé e paz para todos os momentos da minha caminhada. Aos meus pais pelo amor, carinho e orações. Ao meu querido marido Rosalvo, um exemplo de homem pela sua determinação e caráter, agradeço sua compreensão, incentivo e participação em todos os momentos da minha vida. A todos os mais de 500 alunos de informática para Terceira Idade objeto dessa monografia. E ao Professor Vilson Sérgio, por sua atenção, dedicação e seu pronto atendimento a todas as minhas consultas.
4
DEDICATÓRIA
A Deus , sempre presente na minha vida e ao meu avô João Lopes de Jesus pelo seu amor, ensinamentos, orações e constante presença.
5
SUMÁRIO
RESUMO 06
METODOLOGIA 07
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I – O ENSINO DA INFORMÁTICA 09
CAPÍTULO II – TERCEIRA IDADE 16
CAPÍTULO III – INFORMÁTICA NA TERCEIRA IDADE 32
CONCLUSÃO 40
BIBLIOGRAFIA 42
WEBGRAFIA 43
ÍNDICE 44
FOLHA DE AVALIAÇÃO 46
6
RESUMO
O presente trabalho apresenta os desafios na aprendizagem da
informática na Terceira Idade, mostrando um breve histórico sobre as
contribuições da informática para a sociedade e para a educação e a
metodologia utilizada no ensino da informática.
Apresenta também as conquistas legais da Terceira Idade,
caracteristicas e condições de vida do idoso no Brasil, além de um assunto
bastante novo que é o ensino da informática para a Terceira Idade,
características da aprendizagem, metodologia de ensino e os benefícios da
informática para a Terceira Idade, visando contribuir para um ensino da
informática na Terceira Idade fundamentado e mais pontual.
7
METODOLOGIA
Para o desenvolvimento desse trabalho utilizei de pesquisas em livros,
internet e principalmente da minha experiência de mais de seis anos no ensino
da Informática para a Terceira Idade.
O objeto de estudo é o Ensino da Informática para Terceira Idade –
Desafios e Possibilidades, objetivando uma contribuição para o processo
ensino aprendizagem da informática nessa faixa etária que apresenta
características distintas e específicas.
Todas as fontes utilizadas na elaboração da monografia foram citadas
na bibliografia.
8
INTRODUÇÃO
Vivemos a tecnologia e as novas mídias em nossas atividades diárias e
estas se tornaram necessárias no mundo atual. Estamos vivendo na era da
informação e do conhecimento, o que exige de nós uma nova forma de pensar
e agir para lidar com a rapidez, a quantidade de informações e com o
dinamismo do conhecimento.
Com o aumento da população idosa nos últimos tempos, devido à
elevação da qualidade de vida, decorrente principalmente aos avanços da
medicina e na redução na taxa de natalidade, e geração dos idosos de hoje
tem relevado suas dificuldades em entender a nova linguagem e em lidar com
os avanços tecnológicos até mesmo nas questões mais básicas do cotidiano,
consequentemente, aumento também o número de idosos iletrados em
informática, ou analfabetos digitais.
A aquisição dos conhecimentos de informática da Terceira Idade possui
características e desafios distintos e específicos.
O trabalho apresentado é dividido em três capítulos objetivando
compreender os desafios na aprendizagem da informática na Terceira Idade.
O primeiro capítulo destaca o ensino da informática no Brasil. Apresenta
um breve histórico, contribuições da informática para a sociedade e para a
educação e a metodologia utilizada no ensono da informática.
O segundo capítulo elenca as conquistas legais da Terceira Idade,
características e condições de vida do idoso no Brasil.
O terceiro capítulo apresenta um assunto ainda bastante novo que é o
ensino da informática para a Terceira Idade, características da aprendizagem,
metodologia de ensino e os benefícios da informática para a Terceira Idade.
9
CAPÍTULO I
O ENSINO DA INFORMÁTICA
1.1. Breve Visão Histórica da Informática Educativa no Brasil
Do mesmo modo como a educação no Brasil, a informática na educação
brasileira também recebeu influência da educação de outras culturas. No
Brasil, o uso do computador na educação teve início com algumas experiências
em universidades, no princípio da década de 70. Onde destacamos no Brasil:
As experiências do Laboratório de Estudos Cognitivos do Instituto de
Psicologia – LEC, da UFRGS, apoiadas nas teorias de Piaget e Papert,
com público-alvo de crianças com dificuldades de aprendizagem de
leitura, escrita e cálculo;
A Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP, em 1975, iniciou
cooperação técnica – ainda existente – com a Media Lab do
Massachissets Institute of Technology – MIT, criando um grupo
interdisciplinar para pesquisar o uso de computadores com linguagem
LOGO na educação de crianças;
Na UFRJ, em 1973, o Núcleo de Tecnologia Educacional para a Saúde e
o Centro Latino-Americano de Tecnologia Educacional
(NUTES/CLATES) usou software de simulação no ensino de Química;
Na UFRGS, em 1973, realizaram-se algumas experiências, usando
simulação de fenômenos de Física com alunos de graduação;
Foi criada em 1980, a Comissão Especial no 1: Educação (CEE-1) com a
finalidade de ser um segmento de apoio ao Ministério da Educação e
Cultura (MEC) e a Secretaria Especial de Informática (SEI);
Centro da Educação Aberta, Continuada e a Distância (CEAD),
envolvendo professores da UNB em 1989;
10
Em 1997 o Ministério da Educação lança do Programa Nacional de
Informática na Educação-PROINFO, tendo como objetivos utilizar a
informática na escola pública brasileira. Ambiente Colaborativo de
Aprendizagem que utiliza a Internet para que haja o desenvolvimento de
atividades à distância;
Ações do MEC/SEED (Secretaria de Educação a Distância), a partir de
2000:
o Regulamentação da EAD no Brasil – No Brasil, as bases legais
para a modalidade de educação à distância foram estabelecidas
pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei no
9.394, de 20 de dezembro de 1996) que foi regulamentada pelo
Decreto n.o 5.622, publicado no D.O.U de 20/12/05 (que revogou
o Decreto n.o 2.494, de 10 de fevereiro de 1998, e o Decreto n.o
2.561, de 27 de abril de 1998) com normatização definida na
Portaria Ministerial n.o 4.361, de 2004 (que revogou a Portaria
Ministerial n.o 301, de 07 de abril de 1998). Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/seed/index.php?option=content&task=vie
w&id=61<emid=190
o PROINFO – Programa Nacional de Informática na Educação:
desde que foi criado, em 1997, o PROINFO instalou 53.895
computadores em 4,5 mil escolas públicas de 1.750 municípios.
Foram atendidos 5,8 milhões de alunos e capacitados 210 mil
professores. Disponível em:
http://portal.webaula.com.br/noticia.aspx?sm=noticias&codnoticia
=13
o TV Escola – é um programa da Secretaria de Educação à
Distância, do Ministério da Educação – MEC, dirigido a
capacitação e valorização de professores de Ensino Fundamental
11
e Ensino Médio da rede pública. Operando em caráter definitivo
desde março de 1996, a TV transmite hoje, quatro horas diárias
de programação inédita. Disponível em:
http://mecsrv04.mec.gov.br/seed/tvescola/tvescola/default.shtm
o Rádio Escola – O Programa Rádio Escola desenvolve ações que
utilizam a linguagem radiofônica para o aprimoramento
pedagógico de comunidades escolares, o desenvolvimento de
protagonismos cidadãos e o treinamento de grupos profissionais.
Disponível em:
http://portal.mec.gov/ssed/index.php?option=content&task=view&i
d=155<emid=292
o RIVED – O Projeto RIVED/ Fábrica Virtual foi criado em 2004 e
tem como propósitos intensificar e transferir o processo de
desenvolvimento e produção de recursos. Disponível em:
http://www.rived.mec.gov.br/fabrica.php
o PROFORMAÇÃO – Programa da Secretaria de Educação à
Distância é um curso em nível médio, com habilitação para o
magistério na modalidade Normal, realizado pelo MEC em
parceria com os estados e municípios. Destina-se aos
professores que, sem formação específica, encontram-se
lecionando nas quadro séries iniciais, classes de alfabetização ou
Educação de Jovens e Adultos – EJA das redes públicas de
ensino do país. Disponível em:
<http://proformacao.proinfo.mec.gov.br/apresentacao.asp>
O artigo 39 da LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira),
Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, propõe uma prática educacional
12
adequada à realidade do mundo, ao mercado de trabalho e à integração do
conhecimento.
Art. 39º. A educação, integrada às diferentes formas de educação, ao
trabalho, à ciência e à tecnologia, conduz ao permanente desenvolvimento de
aptidões para a vida produtiva.
A tecnologia está inserida no nosso cotidiano e na maioria das vezes
acaba otimizando muito a vida das pessoas, que hoje sequer imaginam como
seria ficar sem a praticidade de um telefone ou uma geladeira. Estamos
vivendo na era da informação e do conhecimento, que exige de nós uma nova
forma de pensar e agir para lidar com a rapidez e quantidade de informações e
com o dinamismo do conhecimento.
1.2. A informática na sociedade e na escola
São inúmeras as contribuições da Informática para o desenvolvimento
do país, gerando novos conhecimentos, através de inúmeras pesquisas
aplicadas e na construção e transmissão de novos conhecimentos.
Diferentemente de algum tempo atrás, onde o acesso a informação estava
restrita a poucos, hoje temos acesso direto a notícias, dados e fatos em tempo
real.
As novas tecnologias e o acesso as informações impõem a sociedade e,
principalmente, ao ambiente educacional um permanente processo de
transformação, adequação e inovação em alta velocidade, pois os alunos já
chegam às escolas submersos pelas informações, provenientes das mídias e
tecnologias.
Nesse contexto, a mudança é fundamental e todos somos sujeitos
dessa mudança. São diversas as reestruturações e novas propostas
pedagógicas. Objetivando fazem com que a educação acompanhe o ritmo da
evolução e atenda melhor os alunos. Como dizia Paulo Freire (2000) “temos de
13
ser homens e mulheres de nosso tempo e empregar todos os recursos
disponíveis para promover a grande mudança que nossa escola está a exigir”.
Pedagogia da indignação: cartas pedagógicas e outros escritos (p. 53-54)
A tecnologia faz “parte do natural desenvolvimento dos seres humanos”
(FREIRE, 1968a, p. 98) e “é elemento para a afirmação de uma sociedade”
(FREIRE, 1993a, p. 53).
O grande desafio é o de construir o conhecimento, a partir de tantas
informações disponíveis nesta sociedade da informação e do conhecimento. A
educação deve ser permanente, contínua, integrando as mídias e tecnologias
na construção do conhecimento na escola.
Segundo LESOURE (1988):
“para que a Informática penetre na escola, uma
condição local essencial deve ser cumprida: a
existência de uma equipe de professores motivados,
capazes de dedicar tempo a um projeto pedagógico
preciso, e dispondo de meios que lhes permitam
adquirir ou adaptar os programas, garantir a
manutenção e estocagem do material e organizar os
locais necessários”. (p. 21)
A escola deve ser um espaço democrático no acesso às novas
tecnologias de informação e comunicação. Nessa perspectiva, é fundamental o
professor conhecer e compreender criticamente as especificidades e
possibilidades de cada um dos recursos tecnológicos disponíveis.
Existem dois aspectos que devem ser considerados nesse contexto do
ensino da informática: a educação informatizada e a educação para a
informatização. O primeiro caracteriza-se pelo uso do computador como
ferramenta pedagógica e facilitadora do processo ensino-aprendizagem. O
14
segundo caracteriza-se pela preparação do cidadão para viver e conviver ba
sociedade da informação.
1.3. Metodologia de Ensino da Informática
Segundo LEPÍSCOPO (1992), “o ensino da informática carece de uma
coisa muito importante que é a metodologia”. (p. 16)
Conforme supracitado, o ensino da informática ainda é algo novo no
Brasil, portanto, necessita de muitos estudos nesse sentido com a criação de
metodologia e didática próprias, envolvendo conteúdos, planejamento,
objetivos, ou seja, uma seqüência didática, superando a fragmentação dos
conteúdos, objetivando a interdisciplinaridade.
Segundo DIMESNTEIN (1999) “Ensinar é orientar, estimular, relacionar,
mais que informar. Mas só orienta aquele que conhece, que tem uma boa base
teórica e que sabe comunicar-se. O professor terá que se atualizar
continuamente, precisará se abrir para as informações que o aluno trará,
aprenderá com ele, em uma constante interação professor-aluno”. (p. 37)
Para que a afirmação supracitada aconteça é fundamental ter as
ferramentas, ter acesso, saber lidar, possuir as habilidades técnicas
necessárias, sentir à vontade usando e estar em constante busca do
conhecimento. O processo ensino-aprendizagem requer o uso competente e
real da tecnologia na construção de conhecimento.
A Didática ocupa-se das estratégias de ensino, das questões práticas
relativas à metodologia e das estratégias de aprendizagem, assumindo um
papel significativo na formação do educador, não devendo reduzir-se e dedicar-
se somente ao ensino de meios e mecanismos para desenvolver um processo
de ensino-aprendizagem eficaz, e sim, sendo meio crítico de desenvolver uma
prática educativa coletiva, feita pelo educador em conjunto com o educando e
outros membros dos diversos setores da sociedade.
15
Portanto, a falta dessa metodologia, que contempla essa prática
educativa, acaba refletindo num ensino não-sistematizado, não-programado, o
que dificulta o processo ensino-aprendizagem. Outro fator observado é que na
maioria dos cursos de licenciatura não existem em seus currículos disciplinas
que auxiliem os futuros professores e profissionais de educação a utilizar a
tecnologia na sala de aula.
Diante da realidade constatada é fundamental saber aproveitar as
tecnologias e mídias existentes, mas ao mesmo tempo, é fundamental
aprender a definir os limites, exercitar a consciência crítica, reafirmar os valores
e fortalecer a identidade das pessoas e dos grupos.
Por isso, educar para as tecnologias é educar para a cidadania, onde a
tecnologia irá permear os processos de ensino e aprendizagem.
16
CAPÍTULO II
TERCEIRA IDADE
“Envelhecer é saber dosar com harmonia os
seus afazeres, não subestimado a sua idade”.
(Augusto João da Silva, 2004)
2.1. O envelhecimento da população mundial
O termo “Terceira Idade” – criado pelo gerontologista francês Huet
(GOLDMAN, 2000) – surgiu para expressar novos padrões de comportamento
de uma geração que se aposenta e envelhece ativamente. No Brasil, esse
termo foi empregado inicialmente pelo SESC de São Paulo, quando de criaram
as “Escolas Abertas para a Terceira Idade”. O termo apresenta a velhice como
uma nova etapa da vida, expressa pela prática de novas práticas sociais e
culturais (MAZO; LOPES e BENEDETTI, 2001).
De acordo com Mazo; Lopes e Benedetti (2001), a Organização Mundial
da Saúde (OMS) considera idoso todo indivíduo com 65 anos de idade ou
mais, que reside em países desenvolvidos e, com 60 anos ou mais, os
residentes em países subdesenvolvidos.
17
Os países selecionados para efeito de comparações internacionais são
aqueles denominados BRICS, ou seja, os principais países emergentes da
atualidade: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, que possuem juntos
cerca de 2736 milhões de pessoas de 60 anos ou mais de idade,
correspondendo a 40,6% da população idosa mundial, segundo estimativas
das Nações Unidas para o ano de 2005. Destes, apenas a África do Sul não se
encontra no grupo dos 10 países com maior população idosa em termos
absolutos (Gráfico 7.1)
18
O envelhecimento da população é um fato relativamente novo nos
países latino americanos, que até 20 anos atrás tinham uma pirâmide etária
dominada por jovens. Esse processo é decorrente da redução na taxa de
natalidade, do aumento da expectativa de vida, avanços na medicina,
proporcionando condições para que o envelhecimento aconteça de forma
saudável, ocasionando um grande impacto na economia e no sistema de
saúde, influenciando o consumo, impostos, pensões, mercado de trabalho, a
saúde e assistência médica, a composição e organização da família.
Embora muitas habilidades (físicas, psíquicas, culturais e sociais)
decorrentes do envelhecimento diminuam nessa fase, muitos idosos desfrutam
de boa saúde física, mental e intelectual. Diante dessa realidade, torna-se
necessário reavaliar e questionar os aspectos sociais, emocionais e
profissionais em relação à Terceira Idade.
19
2.2. Terceira Idade no Brasil
No Brasil a trajetória social que a Terceira Idade vem percorrendo
aponta alguns avanços mais efetivos a partir de 1988, no processo de
redemocratização do país, com a promulgação da Constituição. Em 1994 foi
instituída a Política Nacional do Idoso, de acordo com o que preceitua a lei de
número 8.842 de 04/01/1994, reivindicada pela sociedade, sendo resultado de
inúmeras discussões e consultas ocorridas nos estados, nas quais participaram
idosos ativos, aposentados, professores universitários, profissionais da área de
gerontologia e geriatria e várias entidades representativas desse segmento,
que elaboraram um documento que se transformou no texto base da lei. Outro
documento importante é o Relatório Nacional sobre o Envelhecimento da
População Brasileira elaborado pelo Itamaraty com ampla participação de
diferentes órgãos do Estado e entidades da sociedade civil, após a Assembléia
Mundial sobre Envelhecimento em Viena.
E finalmente em 2003, o Senado Federal aprovou no dia 23 de outubro
de 2003, o Estatuto do Idoso, Lei n. 10.741, que garante direitos e estipula
deveres para melhorar a vida de pessoas com mais de 60 anos no país. O
projeto regulamenta os direitos dos idosos, determina obrigações das
entidades assistenciais e estabelece penalidades para uma série de situações
de desrespeito aos idosos.
2.3. Características e condições da população idosa no Brasil
2.3.1. Participação do idoso na população brasileira
Em 1940 apenas 4% da população tinha mais de 60 anos de idade. A
população brasileira, no período de 1997 a 2007, apresentou um crescimento
relativo da ordem de 21,6%. É interessante notar que o incremento relativo ao
contingente de 60 anos ou mais de idade foi bem mais acelerado: 47,8%. O
segmento populacional de 80 anos ou mais de idade possui um valor ainda
superior: 86,1%. Estes resultados se devem, principalmente, ao adiamento da
20
mortalidade em função dos avanços da medicina e dos meios de comunicação
(Gráfico 7.3).
De acordo com o Instituto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE),
existem mais de 20 milhões de idosos no Brasil, aproximadamente 10,5% do
total da população. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS),
até 2025, o Brasil será o sexto país do mundo com o maior número de pessoas
idosas, totalizando 15% da população inserida (gráfico 1).
21
2.3.2. Distribuição percentual das pessoas em domicílios com pelo
menos um morador de 60 anos ou mais de idade, por grupos de idade,
segundo as grandes regiões.
O convívio dos idosos com filhos ou parentes tem sido destacado como
uma situação saudável e positiva para o bem-estar do idoso. No Brasil, 45%
dos idosos viviam com seus filhos na condição de chefe do domicilio, sendo
que nas Regiões Norte e Nordeste estes percentuais chegam a 50%.
2.3.3. Participação e contribuição do idoso na renda familiar
Em 2002, nas famílias com idosos, 52,5% da renda familiar provinham
da renda pessoal dos idosos. O gráfico a seguir reflete a importância dessa
contribuição no conjunto do orçamento monetário familiar.
22
2.3.4. Distribuição percentual das pessoas de 60 anos ou mais de idade,
por tipo de arranjo domiciliar – Brasil – 1997/2007
23
Entre 1997 e 2007, observa-se uma tendência de crescimento do
percentual de domicílios unipessoais (11,2% para 13,5%) e de casais sem
filhos (19,2% para 22,1%), denominados ninhos vazios, o que corresponde a
35,6% dos domicílios. Ressalta-se que este fenômeno na região Sul representa
44,7%, superando em muito o número de domicílios onde os idosos vivem com
parentes.
2.3.5. Mortalidade
A redução da mortalidade foi um fator considerável nos últimos anos,
não só para a população idosa, mas para todas as faixas etárias. A população
feminina teve um aumento expressivo na esperança de vida ao nascer superior
em 7,5 anos à da masculina. A tabela abaixo apresenta as estimativas de vida
ao nascer e de sobrevida da população de 60 anos, por sexo.
24
Relativamente, o aumento da expectativa de vida da população idosa foi
maior do que a da população como um todo. O aumento da sobrevida da
população idosa deveu-se a uma redução das taxas de mortalidade desse
segmento, esse índice segundo a OMS (organização Mundial de Saúde) pode
ser explicado pelo impacto positivo da tecnologia médica na faixa mais idosa
da população, que viu, assim, reduzida sua taxa de mortalidade. Uma das
conseqüências é o envelhecimento da população idosa.
2.3.6. Principais causas de morte entre as pessoas idosas
Conforme gráfico a seguir, entre as causas de morte declaradas,
observa-se que as doenças do aparelho circulatório aparecem como o principal
grupo de causas de morte entre a população idosa.
25
2.3.7. O estado de saúde da população brasileira
Para chegar aos dados abaixo, sobre o estado de saúde dos idosos
brasileiros, a OMS (Organização Mundial da Saúde) utilizou informações
coletadas pelos dois suplementos especiais da PNAD e uma pesquisa sobre
como a população brasileira considerava o seu estado de saúde.
Aproximadamente 83% dos idosos avaliaram seu estado como regular
ou bom.
26
A Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio (PNAD) possibilita
constatar a proporção de pessoas que deixaram de fazer alguma de suas
atividades habituais por motivos de saúde. O gráfico abaixo apresenta essas
proporções por sexo e idade.
27
2.3.8. O Idoso e o mercado de trabalho
No gráfico destaca-se participação da População Economicamente Ativa
(PEA) idosa na PEA brasileira total, onde se observa maior participação dos
homens em relação às mulheres no mercado de trabalho.
28
2.3.9. O Idoso e sua ocupação no mercado de trabalho
Os gráficos a seguir apresentam a maioria dos idosos (homens e
mulheres) exercendo atividades por conta-própria, o que facilita sua
inserção/retomada ao mercado de trabalho e na sua maioria desenvolvendo
atividades relacionadas ao setor agropecuário, seguindo pelo setor de serviços.
30
Os gráficos supracitados apresentam a composição percentual da renda
de homens e mulheres idosos, onde o maior percentual de mulheres apresenta
renda originaria da aposentadoria, enquanto nos homens esse percentual é
mais equilibrado, apresentando uma divisão entre aposentadoria e o trabalho.
2.4. Resumo e análise dos resultados
Os dados supracitados apontam consideravelmente uma melhoria nas
condições de vida do idoso na Brasil, como a queda da mortalidade, melhor
qualidade de vida, maiôs expectativa de vida, contribuição considerável na
renda familiar e maior participação no mercado de trabalho.
Os idosos estão assumindo papéis não esperados, tornando-se também
importantes agentes de mudança social. Diante dessa realidade, pode-se
considerar que a velhice é um fenômeno social.
“Cabe à sociedade a responsabilidade de redefinir, sócio e
culturalmente, o significado da velhice, possibilitando a restauração da
dignidade para esse grupo etário. Cabe a cada idoso o compromisso de lutar,
31
pois se a sociedade inventou a velhice devem os idosos reinventar a
sociedade”. Marcelo Salgado (Especialista Superior em Gerontologia Social).
O impacto econômico e social é considerável, porém as políticas
devem, conforme o Estatuto do Idoso, oferecer todas as oportunidades e
facilidades, para preservação de sua saúde física, mental e seu
aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de
liberdade e dignidade.
32
CAPÍTULO III
INFORMÁTICA PARA A TERCEIRA IDADE
3.1. Características da Inclusão Digital no Brasil
Segundo Cabral (2004),
“Incluir na perspectiva tecnológica envolve
apreender o discurso da tecnologia, não apenas
os comandos de determinados programas para a
execução de determinados fins, não apenas
qualificar melhor as pessoas para o mundo do
trabalho, mas sim a capacidade de influir na
decisão sobre a importância e as finalidades da
tecnologia digital, o que em si é uma postura que
está diretamente relacionada a uma perspectiva
de inclusão/alfabetização digital, de política
pública e de construção de cidadania, não apenas
de quem consome e assimila um conhecimento já
estruturado e direcionado para determinados fins.
(p. 2)”.
Analisando a citação de Cabral, a inclusão digital compreende uma
percepção mais crítica sobre essas tecnologias, suas finalidades e caminhos
na construção da cidadania.
Segundo dados do IBOPE/NetRatings, o número de pessoas com
acesso à Internet no Brasil ultrapassou a barreira de 40 milhões de pessoas no
primeiro semestre de 2008.
33
3.2. Inclusão Digital na Terceira Idade
O tema “inclusão digital” é um entre tantos outros que ainda estão
distantes de fazer parte da vida da maioria dos idosos brasileiros.
Segundo dados do Ibope e Ratings, os usuários de Internet com 65 anos
ou mais já somam 350 mil. Foi o grupo que mais cresceu percentualmente de
fevereiro para março de 2008 (17%), de acordo com o Ibope NatRatings, o que
representa 1,6% dos 40 milhões de internautas residenciais no Brasil. Nos
EUA, a porcentagem ainda é maior, dos idosos totalizam 7,01% dos 80,8
milhões de usuários domésticos. No Brasil, porém, os internautas da Terceira
Idade permanecem mais tempo conectados do que os norte-americanos. Os
brasileiros ficam em média, cinco horas e 58 minutos por mês, contra três
horas e 40 minutos dos americanos.
34
3.3. Exclusão Digital
[...] se o meu compromisso é realmente com o homem
concreto, com a causa de sua humanização, de sua libertação,
não posso por isso mesmo prescindir de ciência, nem da
tecnologia, com as quais me vou instrumentando para melhor
lutar por esta causa (FREIRE, 1976, p. 22-23)
Para Pretto (1996:99), o analfabetismo do futuro será aquele que não
souber ler as imagens geradas pelos meios eletrônicos de comunicação.
As pessoas que não conseguirem utilizar as tecnologias terão cada vez
mais dificuldades para participar dos processos pessoais e sociais, por essa
perspectiva a exclusão digital se apresenta como um dos mais desafiadores e
discutíveis problemas deste início de século. A ONU resolveu eleger a exclusão
digital como um dos piores estigmas da sociedade atual ao lado da fome, do
desemprego e do analfabetismo.
Apesar do percentual supracitado de idosos que acessam a Internet, a
grande maioria dos idosos de hoje tem revelado suas dificuldades em entender
a nova linguagem e em lidar com os avanços tecnológicos até mesmo nas
questões mais básicas como eletrodomésticos, celulares e caixas eletrônicos.
Conseqüentemente, aumenta o número de idosos iletrados em informática, ou
analfabetismo digitais, em todas as áreas da sociedade.
A distância entre os providos e os desprovidos digitais – também
conhecidos como brecha digital – resulta da “distribuição desigual dos recursos
associados às tecnologias de informação e da comunicação”. (SORJ, 2003, p.
13)
Para inserir-se na sociedade tecnologizada, ele precisa ter acesso à
linguagem da informática, dispondo dela para liberar-se do fardo de ser visto
como alguém que está ultrapassado e descontextualizado do mundo atual.
35
3.4. Ensino da Informática para a Terceira Idade
“§ Os cursos especiais para idosos incluirão conteúdo relativo às técnicas de
comunicação, computação e demais avanços tecnológicos, para sua
integração à vida moderna”. (Estatuto do Idoso. Capítulo V – Art. 21)
Conforme previsto no Estatuto do Idoso, são necessários cursos
específicos para o ensino de tecnologias direcionadas para a Terceira Idade,
integrando o cidadão sênior ao uso de novas tecnologias de informação e
comunicação. É preciso criar condições para o idoso construir uma nova leitura
desta sociedade do conhecimento e integrar-se a essa realidade, o mantendo
socialmente ativo, como um cidadão que pode apresentar múltiplas
possibilidades de desenvolvimento pessoal.
“As alterações filosóficas do envelhecimento decorrentes da
senescência em alguns aspectos são significativas na vida do indivíduo e na
sua relação com o computador. O declínio de algumas atividades não
inviabiliza a apropriação e o domínio do recurso tecnológico, mas exige um
contexto educacional específico que atenda às condições de aprender sobre a
máquina e por meio dela explorar outras possibilidades de desenvolvimento do
indivíduo”. (KACHAR, 2003, p. 47)
Cabe aos educadores a responsabilidade de pesquisar e criar espaços e
metodologias de ensino-aprendizagem que insiram os idosos na dinâmica
participativa da sociedade e atendam ao desejo do ser humano de aprender
continuamente e projetar-se no vir a ser.
Kachar (2003) chama a atenção para o fato de que, no ambiente
educacional, o aluno da Terceira Idade tem a possibilidade de, além de prover
seu potencial de produção e reconstruir sua auto-imagem e imagem pública,
exercitar a cidadania.
36
3.5. Características da aprendizagem na Terceira Idade
Aprendizagem é um processo de mudança de comportamento obtido
através da experiência construída por fatores emocionais, neurológicos,
relacionados e ambientais.
O processo de aquisição do conhecimento requer interação, portanto,
conhecer é sempre um ato dialógico, que envolve sujeitos ativos.
Segundo Paulo Freire, o processo de construção do conhecimento
envolve: “Ler o mundo, apropriar-se do conhecimento, objetivando mudanças de
atitudes, saber pensar, estabelecer relações, criar vínculos, pois conhecer não
é acumular conhecimentos, e informações”.
O processo de construção do conhecimento parte do pressuposto de
que todo ser humano é detentor de conhecimentos significativos, independente
da idade, raça, escolaridade, posição social. Portanto, uma educação que
possibilita a construção dos conhecimentos, respeita e valoriza as experiências
pessoais e comunitárias, um fazer na ação e reflexão. Educação comprometida
com a emancipação do indivíduo, na qual ele seja autônomo no seu pensar e
cooperativo no seu agir.
De acordo com a Professora Doutora da Escola de Enfermagem da
Universidade de São Paulo (USP), Yeda Aparecida de Oliveira Duarte o
cérebro humano saudável é capaz de absorver informações até morrer, mas
com o passar do tempo ocorre um processo de lentificação no aprendizado,
compensada por outras facilidades, como uma maior flexibilidade de
pensamento. Portanto, o aluno da Terceira Idade requer de uma metodologia
diferenciada e especifica que atenda suas necessidades.
“Educar é sempre impregnar de sentido todos os atos de nossa vida
cotidiana”. (Moacir Gadotti, 2004)
O ponto fundamental para que o aprendizado aconteça é o aluno da
terceira idade perceber que a informática esta inserida no seu cotidiano e a
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possibilidade de fazer dela um aliado para facilitar seu dia-a-dia, ou seja, a
aprendizagem tem que ser significativa para o aluno, além de reconquistar a
confiança em sua capacidade de aprender coisas novas.
3.6. Método de ensino
Segundo Cachioni (2003), os programas para a Terceira Idade devem
levar em consideração as características específicas desse grupo e as
experiências acumuladas ao longo do curso de vida que conferem aos idosos a
autonomia para decidir como e o que aprender.
Portanto, é necessária uma metodologia de ensino que vise privilegiar o
idoso como agente de seu próprio processo de aprendizagem priorizando as
atividades teóricas-práticas.
Para Cachioni (2003), a necessidade de aprender apresenta um
significado próprio em cada fase da vida que se expressa de forma
característica e por meio da busca de novos projetos.
Os alunos da Terceira Idade se sentem mais a vontade em turmas de
informática específicas para a idade, onde encontrarão pessoas com os
mesmos interesses e vivencias semelhantes.
Segundo Palma (2000) a metodologia utilizada deve possibilitar a
autonomia do grupo e a resolução de conflitos e contradições da vida cotidiana
coletiva. Deve-se destacar ainda a importância do ambiente de aprendizagem
que deve ser encorajador e positivo para que o idoso sinta-se a vontade para
expressar criticas e fazer avaliações.
A necessidade de uma metodologia específica é fundamental. As
principais dificuldades apresentadas pelos idosos é a adaptação ao mouse, os
termos utilizados e a grande quantidade de informações relacionadas à
informática.
38
Percebe-se que os alunos constroem o conhecimento primeiramente
através de exercícios práticos, seguida da fundamentação teórica, tudo
explicado numa linguagem simples, utilizando e relacionando situações do
cotidiano.
Vale ressaltar, que a relação professor-aluno (da Terceira Idade) é
permeada pelo respeito, carinho e muita gratidão.
3.7. Benefícios da informática para terceira idade
Vivemos diariamente profundas transformações nos ambientes sociais,
políticos e econômicos. Essas mudanças são resultados da evolução no
mundo da comunicação, da tecnologia e da globalização. A cada instante mais
e mais informações são utilizadas e novos conhecimentos se consolidam.
Bernhard (2002, apud BELLUZZO, et al. 2004) esclarece que as
tecnologias, o acesso à informação, a compreensão, o conhecimento das
fontes de informação, bem como a capacidade de interpretação, síntese,
reformulação e comunicação, são processos apoiados em uma perspectiva de
solução de problemas, o qual está sendo denominado de competência
informacional (information literacy).
Portanto, o uso e o domínio das mídias e tecnologias em qualquer idade
são fundamentais para as pessoas viverem na sociedade da informação e do
conhecimento.
A informática traz benefícios para toda a sociedade agilizando a
comunicação, o acesso a informações e dados em tempo real, facilitando a
vida de pessoas de todas as idades, com aparelhos e equipamentos cada vez
mais modernos.
Segundo estudos feitos nos EUA, o envelhecimento dificulta a memória
secundária, responsável por novos conhecimentos, caracterizada pela lentidão
39
e não pela impossibilidade. A informática funciona como um estímulo ao
exercício mental, pois desperta a atividade intelectual, amplia horizontes, eleva
a auto-estima. Portanto, seu conhecimento é fator de redução de preconceitos
e solidão.
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CONCLUSÃO
Na sociedade da informação e do conhecimento em que vivemos
multiplicam-se as possibilidades de acesso a dados e a fatos. As novas
tecnologias e o acesso as informações impõem aos cidadãos um permanente
processo de transformação, adequação e inovação em altíssima velocidade.
A geração nascida no ambiente de ícones e teclas transita com
desenvoltura nesse universo, porem a geração dos idosos de hoje tem
revelado suas dificuldades em entender a nova linguagem e lidar com os
avanços tecnológicos até mesmo nas questões mais básicas do cotidiano.
O aumento da longevidade da população brasileira é um fato revelado
ano após ano nas pesquisas do IBGE, ou seja, o número de idosos está
crescendo e a expectativa de vida (idade média de anos de vida) também.
O envelhecimento é um processo natural do ser humano. A Terceira
Idade possui características distintas de vida e consequentemente
especificidades no processo ensino-aprendizagem.
Os idosos são sujeitos cognitivamente ativos e a educação é um
processo contínuo, que não ocorre somente na infância e na juventude, mas da
infância à vida adulta e à velhice.
O ensino da informática para a Terceira Idade necessita de
metodologias especificas, que viabilizem estratégias para a inserção do idoso
neste universo, promovendo a auto-motivação do idoso, fazendo com que ele
se sinta capaz e reconquista a confiança em sua capacidade de aprender
coisas novas.
Segundo Villela (2005) “Em qualquer faixa etária a inclusão digital traz
benefícios, tais como, informação rápida, aquisição de novos conhecimentos,
41
atualização de conhecimentos gerais, ampliação das redes de relações,
sociabilidade, conectividade com a contemporaneidade, melhoria da auto-
estima e auto-eficácia”. (p. 2)
O mesmo autor denuncia ainda que “O acesso da população idosa na
era digital possibilita a manutenção de seus papéis sociais, do exercício de
cidadania, a autonomia, o acesso a uma sociedade dinâmica e complexa,
mantendo a mente ativa”. (Id. p. 2)
São inúmeros os benefícios do uso do computador pelas pessoas da
Terceira Idade, como o aumento da auto-estima, estímulo a memória e ao
raciocínio, aumento da agilidade, além da possibilidade de se manterem mais
atualizados, percebendo no computador um novo aliado para viver bem e até
uma oportunidade para que se mantenham economicamente ativos, ampliando
sua participação na sociedade e na família. O conhecimento proporcionado
pela informática é um elemento determinante para uma Terceira Idade mais
saudável e produtiva.
42
BIBLIOGRAFIA
BRASIL/MEC – Lei de Diretrizes e Bases da Educação. no 9.394/96.
BRASIL/MEC – Parâmetros Curriculares Nacionais, 1996.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Indignação: Cartas pedagógicas e outros
escritos. São Paulo: UNESP, 2000 a.
NERI, M. C. (Coord.) Mapa da exclusão digital. Rio de Janeiro: FGV/IBRE,
2003. 143 p.
LEVY, Pierre. Cybercultura. São Paulo: 34, 1999.
CABRAL, Artigo “Sociedade e Tecnologia Digital, 2004.
PRETTO, Nelson de Luca. Uma escola com/sem futuro, 1996.
KACHAR, Vitória Hernandes. Terceira Idade Informática: Aprender
Revelado Potencialidades, 2003.
GADOTTI, Moacir. Cidade Educadora, 2004.
CACHIONI, Meire. Artigo Envelhecimento Bem-Sucedido e Participação
numa Universidade para a Terceira Idade, 2003.
PALMA, Artigo Ciência & Saúde Coletiva, 2000.
MAZO, Giovana Zarpellon; LOPES, Marize Amorim; BENEDETTI, Tânia
Bertoldo. Atividade física e o idoso-concepção gerontológica. Porto Alegre:
Sulina, 2001.
43
WEBGRAFIA
SCHWARTZ, Gilson. Paulo Freire digital: interação, comunicação,
informalidade. São Paulo: USP, 2001. Disponível em:
http://www.cidade.usp.br/arquivo/artigos/index0101.php Acesso em: 14 jul.
2005.
IBGE, PNAD, 2007.
NERI, M. C. (Coord.) Mapa da exclusão digital. Rio de Janeiro: FGV/IBRE,
2003.
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ÍNDICE
Folha de rosto 02
Agradecimento 03
Dedicatória 04
Sumário 05
Resumo 06
Metodologia 07
Introdução 08
Capítulo I
O Ensino da Informática 09
1.1. Breve Visão Histórica da Informática Educativa no Brasil 09
1.2. A informática na sociedade e na escola 12
1.3. Metodologia de Ensino da Informática 14
Capítulo II
Terceira Idade 16
2.1. O envelhecimento da população mundial 16
2.2. Terceira Idade no Brasil 19
2.3. Características e condições da população idosa no Brasil 19
2.3.1. Participação do idoso na população brasileira 19
2.3.2. Distribuição percentual das pessoas em domicílios com pelo menos
um morador de 60 anos ou mais de idade, por grupos de idade, segundo as
Grandes Regiões 21
2.3.3. Participação e contribuição do idoso na renda familiar 21
2.3.4. Distribuição percentual das pessoas de 60 anos ou mais de idade,
por tipo de arranjo domiciliar – Brasil – 1997/2007 22
2.3.5. Mortalidade 23
2.3.6. Principais causas de morte entre as pessoas idosas 24
2.3.7. O estado de saúde da população idosa brasileira 26
2.3.8. O idoso e o mercado de trabalho 27
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2.3.9. O idoso e sua ocupação no mercado de trabalho 28
2.3.10. Rendimentos 29
2.4. Resumo e análise dos resultados 31
Capítulo III
Informática na Terceira Idade 32
3.1. Características da Inclusão Digital no Brasil 32
3.2. Inclusão Digital na Terceira Idade 33
3.3. Exclusão Digital 34
3.4. Ensino da informática para a Terceira Idade 35
3.5. Características da aprendizagem na Terceira Idade 36
3.6. Métodos de ensino 36
3.7. Benefícios da informática para a Terceira Idade 38
Conclusão 40
Bibliografia 42
Webgrafia 43
46
FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome da Instituição: Universidade Candido Mendes
Instituto A Vez do Mestre
Curso: Graduação em Pedagogia
Título da Monografia: Teclando na Terceira Idade – Desafios e Possibilidades
Autor: Luciana de Jesus da Costa
Orientador: Vilson Sérgio de Carvalho
Data de entrega: 07/12/2008.
Avaliador:
Conceito:
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Conceito:
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Conceito Final: