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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
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LOGÍSTICA REVERSA NO SÉCULO XXI
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Por: César Augusto Filho
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Orientador
Prof. Francisco Carrera
Rio de Janeiro
2013
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
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LOGÍSTICA REVERSA NO SÉCULO XXI
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Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em.Direito Ambiental...
Por: .César Augusto Filho
3
AGRADECIMENTOS
Ao Senhor Deus, doador da vida. A
minha mãe, minha maior fortaleza. A
minha família, meu apoio em todo
tempo.
4
DEDICATÓRIA
Dedico esse trabalho a minha família e
todos aqueles que colaboraram para a
sua execução.
5
RESUMO
Atualmente existem diversas discussões a respeito dos problemas da
humanidade causados por um crescimento desordenado que causa a
necessidade de uma expansão industrial em larga escala acarretando em
produção exacerbada de lixo, com isso vem trazendo um grande problema
ambiental. Este trabalho tem o escopo de introduzir nas empresas da área
pneumática uma conscientização da sociedade através da educação ambiental
e logística reversa nas séries iniciais nas escolas públicas, como forma de
conscientizar e tornar comum o hábito de preocupação com o ambiente e a
destinação de nossos detritos, mais exatamente, os pneus. Este trabalho de
pesquisa vem analisar os temas de educação ambiental e logística reversa que
estão se iniciando e sendo discutidos no meio empresarial brasileiro (Michelin /
Bridgestone Firestone / Goodyear / Pirelli), como já vem ocorrendo nas
mesmas cabendo assim as sanções legais caso não sejam respeitadas. Vale
ressaltar que a preocupação na redução de custos, com a reutilização da
matéria prima utilizada e aperfeiçoamento nos bens industrializados vendidos,
que após sua utilização haja o retorno para o centro de produção das
empresas da área pneumática, para que sejam reutilizados e não descartados
de qualquer forma em lixões. Um ponto relevante é que os referidos temas já
estão positivados em nosso ordenamento jurídico. Portanto tendo amparo legal
na lei para obrigar que todas as empresas produtoras devam proceder com a
responsabilidade de retorno dos produtos. A lei ainda é muito recente em
nosso ordenamento jurídico e são existentes falhas em sua aplicabilidade visto
que toda a movimentação das matérias primas e mercadorias finais das
empresas, onde apenas as empresas produtoras, comerciantes ou
distribuidores dos produtos e das embalagens são incluídos no rol do sistema
de logística reversa sendo os únicos responsáveis para que o mecanismo
funcione. Ocorre uma falha grave em que o consumidor final não tem nenhuma
responsabilidade de ter uma metodologia de separação dos resíduos sólidos,
além de que não é existente ainda uma forma de multa pela não introdução
das mesmas, o que torna ineficaz as referidas leis.
6
METODOLOGIA
A metodologia da pesquisa realizada foi do tipo bibliográfica, recorrendo
à análise de textos científicos, revistas, internet e livros, com o objetivo de
produzir uma obra que tivesse o caráter de objetividade e riqueza de dados,
que possam ajudar na compreensão da educação ambiental e
consequentemente na introdução da logística reversa.
Os estudos metodológicos utilizados foram: a leitura de textos, reunião
de tópicos relevantes, revisão e elaboração final deste estudo de acordo com
as normas metodológicas da ABNT.
De acordo com (Köche, 1997), o objetivo da pesquisa bibliográfica “é o
de conhecer e analisar as principais contribuições teóricas existentes sobre um
determinado tema ou problema”.
7
SUMÁRIO
LISTAS DE FIGURAS
08
INTRODUÇÃO
09
CAPÍTULO I – Dignidade da Pessoa Humana
13
CAPÍTULO II – Um breve Histórico do Pneu
17
CAPÍTULO III – Formas de Reaproveitamento e reutilização dos Pneus
19
CAPÍTULO IV – Histórico Evolutivo da Educação Ambiental e da
Logística Reversa
24
CAPÍTULO V – Política de Resíduos sólidos
33
CONCLUSÃO
39
BIBLIOGRAFIA
42
ÍNDICE 46
8
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Evolução do Pneu
16
Figura 2 – Pneu fabricado no início do século passado
17
Figura 3 – Representação Esquemática dos Processos Logísticos Direto
e Reverso
32
9
INTRODUÇÃO
Este trabalho de pesquisa tem como finalidade apresentar nas
empresas da área pneumática a Educação Ambiental integrada com a
Logística Reversa aos alunos das séries iniciais para que os mesmos
desenvolvam naturalmente uma consciência da necessidade da preservação
do meio ambiente, buscando novos meios e processos de sustentabilidade e
qualidade de vida que com novas informações serão dadas às futuras
gerações que já estarão agregadas à política verde.
Existem algumas formas de reintroduzir os pneus para prolongar sua
vida útil, são elas: a recapagem, a recauchutagem e a remoldagem, pois ainda
não foram classificados como inservíveis.
A população mundial sempre sofreu com a dificuldade de destinação de
seus pneumáticos, através dos anos ela vem tentando formular maneiras
inteligentes e sustentáveis para dar finalidade aos mesmos. Na RESOLUÇÃO
258/99 do CONAMA (Conselho Nacional de Meio Ambiente), está
fundamentado:
Determina que as empresas fabricantes e as importadoras de pneumáticos
ficam obrigadas a coletar e dar destinação final ambientalmente adequada aos
pneus inservíveis.( RESOLUÇÃO CONAMA nº 258, de 26 de agosto de 1999)
Também em nossa constituição em seu artigo 225, onde já estabelecera
a obrigação do poder Publico de “promover a educação ambiental em todos os
níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio
ambiente” (artigo 225, parágrafo primeiro, § VI, CRFB/88). No tocante a política
nacional do meio ambiente prescreve a “educação ambiental a todos os níveis
do ensino, inclusive a educação da comunidade, objetivando capacitá-la para
participação ativa na defesa do meio ambiente”.
10
A Lei nº 9.795 de 27 de Abril de 1999, regula a Lei da educação
ambiental e em seu artigo 2º afirma “A educação ambiental é um componente
essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de
forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em
caráter formal e não formal”.
Para que funcione o processo de reciclagem é necessário que a
logística reversa esteja bem estruturada para que todos os pneus inservíveis
retornem para as empresas produtoras. Com isso será utilizada menos matéria
prima bruta, além de manter a preservação do meio ambiente.
O ser humano sempre acreditou ser o centro do mundo, mas o decorrer
dos anos vem despertando a sua consciência de que ele é parte integrante do
meio ambiente, além de ter-se conscientizado que suas reservas naturais não
são inesgotáveis como se pensava. Os resíduos pneumáticos criados pelas
empresas estão resultando em problemas ambientais que vem poluindo os
lençóis freáticos, a terra, o ar, o mar, e todo o ecossistema terrestre.
Com todo esse contexto podemos empreender a “cidadania ambiental”
para que em todos os aspectos, não se reduza a individual e sim para que
chegue a um objetivo em comum deve-se criar uma conscientização da
“cidadania coletiva”, que corresponderá aos deveres e direitos de uma
associação, uma pessoa jurídica ou instituição.
Pode parecer no começo um pouco estranho essa denominação de
cidadania coletiva, porém no enredo do Direito do Ambiente é feito uma
analogia na Lei de crimes ambientais, onde pode cometer um delito ambiental
uma instituição, podendo ser penalizada administrativamente, demonstrando
assim que a mesma pode formular maneiras positivadas em relação ao meio
ambiente, portanto uma instituição ou empresa acabam transcorrendo de
forma que procedam como uma cidadania coletiva.
11
O caráter do ser humano começa a se formar na educação escolar
garantindo diversos aspectos: psíquico, físico, cognitivo e social. Desta forma a
internalização da ideia de proteção, conservação e educação ambiental são
transmitidas de forma gradual e natural. Para que essa consciência se alastre
entre presente e futuras gerações, é necessário que se trabalhe a educação
ambiental e a logística reversa dentro e fora das escolas, para que os
pneumáticos integrem esta consciência.
O governo juntamente com as empresas da área pneumática, podem e
devem ser os principais responsáveis por programas de incentivo a educação
ambiental, como: palestras em escolas, programas educacionais televisivos,
folders, campanhas educativas, etc..., visto que a sociedade em que vivemos
não foi educada com a consciência de tratamento de seus pneumáticos, assim
demonstrando que os pneus tornaram-se um grave problema ambiental. O
governo tem que disponibilizar redução de taxas das empresas pneumáticas
como incentivo a destinação final dos pneumáticos inservíveis.
A população mundial vem cada vez mais se preocupando com a
questão do fim das reservas naturais, meio ambiente e poluição.
Consequentemente e devido a esses problemas as empresas produtoras de
pneus vêm agregando a seus custos o aumento considerável das matérias
primas, devido a esses problemas sucessórios.
Na atualidade as empresas estão investindo pesado em logística de
custos, assim a necessidade de minimizar os mesmos, melhor padrão de
prestação dos serviços e o aperfeiçoamento do processo da logística reversa.
No que tange a empresa se preocupar do que vem do ponto inicial de
consumo até o ponto de origem, demonstrando a real preocupação do retorno
de seus produtos ou materiais ao seu centro de produção, para que os
mesmos possam ser reaproveitados, na sua totalidade ou parcialmente e o
que não houver como reaproveitar dar a finalidade, afim de que não agrida o
12
meio ambiente e que os mesmos não possam acabar gerando futuras
sanções.
...Em conformidade com Lacerda (apud CEL, 2002), o processo de
logística reversa reduz custos, através do reaproveitamento de materiais e
economia com embalagens retornáveis, e, consequentemente, gerando
retornos consideráveis para as empresas, de modo que ações como iniciativas
inovadoras, esforços em desenvolvimento e melhorias dos processos são
estimuladas...
... O notório crescimento na oferta de bens provoca a aceleração do
processo de distribuição. Portanto, o fornecimento de um produto em tempo e
local ideal torna-se, para as empresas, um diferencial no mercado competitivo.
Assim, na visão de Felizardo e Hatakeyama (2005), as organizações que
programam os processos reversos na cadeia produtiva, agregarão valor à sua
imagem frente a sociedade, beneficiando o meio ambiente e estabelecendo
novas oportunidades de negócios, novos postos de trabalho, entre outros...
Através da educação ambiental e introdução da logística reversa na
área pneumática sendo implementada nas bases escolares, os alunos poderão
entender os caminhos a serem seguidos a fim de prevenir que todos os pneus
utilizados pelo ser humano em seus meios de transporte não sejam agregados
a lixões de forma desordenada, ajudando assim com a coleta seletiva e
evitando a degradação e o desperdício. Com essas preocupações e soluções
ambientais toda a sociedade estará buscando alternativas que não
comprometam ainda mais a saúde do planeta.
13
CAPÍTULO I
TÍTULO DO CAPÍTULO
DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA
A Dignidade da Pessoa Humana (DPH) é um princípio que foi se
construindo no decorrer da história que consagra e visa proteger o ser humano
contra tudo que possa levá-lo ao menosprezo e a depreciação. Trata-se para
maioria dos autores não como um direito pois não esta conferida por qualquer
ordenamento jurídico. Claramente todo ser humano o possui
independentemente de requisitos ou condições, não importando sua
nacionalidade, sexo, religião, condições financeiras, etc... É tido como o
supremo valor constitucional
Na realidade é existente na Dignidade da Pessoa Humana o conceito
dos direitos fundamentais ( Direitos Humanos positivados em nível interno ) e
Direitos Humanos ( no plano de declarações e convenções internacionais ),
determinando uma unificação criteriosa de todos os direitos aos quais o
homem se reporta.
Conclui-se que a Dignidade da Pessoa Humana não é um direito
absoluto, trata-se de um princípio que identifica um espaço de integridade
moral que é assegurado a todos apenas por sua existência no mundo. O
Princípio tem relação com os valores do espírito com a liberdade e as
condições materiais de subsistência. Nas decisões judiciais tem gerado uma
agressiva porém fundamentadas decisões para uma dimensão ética e
abstrata.
14
Com esse contexto e com os princípios a partir de certo ponto
funcionam como regra sustentando no tocante ao princípio da Dignidade da
Pessoa Humana sendo um mínimo existencial, mesmo que existam outras
visões ambiciosas querendo elencar tal princípio é racional o consenso de que
o mesmo inclui os direitos mínimos à renda, saúde básica, educação
fundamental e acesso a justiça.
De acordo com a visão antropológica de Leonardo Boff, quando do
ultraje da dignidade:
Nada mais violento que impedir o ser humano de se relacionar com a natureza,
com seus semelhantes, com os mais próximos e queridos, consigo mesmo e
com Deus. Significa reduzi-lo a um objeto inanimado e morto. Pela participação,
ele se torna responsável pelo outro e con-cria continuamente o mundo, como
um jogo de relações, como permanente dialogação¹. (BOFF, 2009, p.87)
Constituição da República de 1988 consagrou a dignidade da pessoa
humana como fundamento do Estado democrático de direito (artigo 1º, III,
CRFB/88), complementando temos o artigo 225 caput que descreve o
seguinte: “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado,
bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-
se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para
as presentes e futuras gerações”.
Fica evidenciado que o ser humano tem direito inerente ao meio
ambiente como um direito fundamental, ficando claro que para presentes e
futuras gerações o mesmo deve ser garantido pela União e por todas as
pessoas da sociedade.
A análise do estudo do Direito Constitucional Ambiental em suas várias
dimensões abordam os direitos: individual (direito individual a uma vida digna e
sadia); social (meio ambiente como um bem difuso e integrante do patrimônio 1-OLIVEIRA, Pedro A. Ribeiro. Fé e Política: fundamentos. São Paulo: Idéias e Letras, 2005
15
coletivo da humanidade) e intergeracional (dever de preservação
ambiental para gerações futuras).
Essas três dimensões variadas visam a identificar a natureza de suas
normas constitucionais que dimensionam a proteção do meio ambiente como
um direito essencial da pessoa humana.
O princípio da dignidade da pessoa humana obriga ao inafastável
compromisso com o absoluto e irrestrito respeito à identidade e à integridade
de todo o ser humano.
O princípio da dignidade da pessoa humana, tem como cunho,
identificar um espaço de integridade moral a ser assegurado a todas as
pessoas por sua só existência no mundo. Tal princípio relaciona-se tanto com
liberdade, meio em que vivemos e valores do espírito quanto às condições
materiais de subsistência.
Os direitos da personalidade inerentes à dignidade da pessoa humana,
de acordo com corrente doutrinária, separa-se em dois grupos:
1) direitos à integridade física, englobando o direito à vida, o direito ao
próprio corpo e o direito ao cadáver; 2) direito à integridade moral, onde estão
inseridos os direitos à honra, à liberdade, à intimidade, ao nome e o direito
moral do autor, ao meio ambiente dentre outros.
De um modo geral, é a dignidade humana um atributo da pessoa, não
podendo ser medida por um único fator, pois nela intervém a combinação de
aspectos morais, econômicos, ambientais, sociais e políticos, entre outros.
Como princípio fundamental do Estado Democrático brasileiro, a dignidade da
pessoa humana, juntamente com a o direito à vida, direito a ter um mínimo de
condições ambientais e à liberdade, são garantias individuais asseguradas
pela Constituição Federal de 1988, e servem como fundamento e princípios
16
informadores que legitimam as manipulações sobre a vida humana e qualidade
de vida.
De acordo com o estudo da história é existente um marco principal do
texto constitucional alemão, a constitucionalização da dignidade da pessoa
humana enquanto princípio firmou-se a várias constituições contemporâneas.
O direito a uma existência digna passou a ser considerada condição
indissociável ao ser humano, como leciona Eugênio Pacelli de Oliveira:
É a partir da Revolução Francesa (1789) e da Declaração dos Direitos do
Homem e do Cidadão, no mesmo ano, que os direitos humanos, entendidos
como o mínimo ético necessário para a realização do homem, na sua dignidade
humana, reassumem posição de destaque nos estados ocidentais, passando
também a ocupar o preâmbulo de diversas ordens constitucionais, como é o
caso, por exemplo, das Constituições da Alemanha (Arts. 1º e 19), da Áustria
(Arts. 9º, que recebe as disposições do Direito Internacional), da Espanha (Art.
1º, e arts. 15 ao 29), da de Portugal (Art. 2º), sem falar na Constituição da
França, que incorpora a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão² .
( OLIVEIRA, 2004, p.12)
E para que a vida humana tenha condições mínimas de subsistência a
própria constituição resguardou o direito ao meio ambiente, o qual vem sendo
a cada dia discutido e sendo demonstrado que se não houver soluções que
mantenham o mínimo do meio ambiente em que vivemos, irá tornar-se
insustentável a vida, como por exemplo, temos a recente Lei florestal.
2 OLIVEIRA, Eugênio Pacelli de. Processo e Hermenêutica na Tutela Penal dos Direitos Fundamentais. Belo Horizonte: Del Rey, 2004, p. 12
17
CAPÍTULO II
TÍTULO DO CAPÍTULO
UM BREVE HISTÓRICO DO PNEU
O pneu sempre foi e sempre será uma forma imprescindível para
rodagem dos veículos, passou por diversas transformações desde sua origem,
mas no Século XIX atingiu a sua tecnologia atual.
Figura 1 – Evolução do pneu. Fonte: (www.revistacaminhoneiro.com.br)
No início da descoberta da sua matéria prima houve diversas tentativas
que levaram vários empresários à falência, pois a borracha não passava de
uma goma inconsistente, que derretia quando era exposta ao calor e a
umidade.
18
Por volta de 1830 o americano Charles Goodyear acidentalmente em
um de seus experimentos descobriu que a borracha cozida a altas
temperaturas juntamente com o enxofre conseguia manter a sua elasticidade
no frio ou no calor, com isso fora descoberta o processo de vulcanização que
mantinha a forma do pneu, aumentando a segurança nas freadas e diminuindo
as trepidações.
Na borracha vulcanizada, os átomos de enxofre unem as fibras de
borracha, por meio das chamadas pontes de enxofre. A adição de 1% a 3% de
enxofre torna a borracha mais dura e resistente às várias variações de
temperatura. No entanto, isso não impede que a borracha vulcanizada
continue com um ótimo grau de elasticidade. Em 1845, os irmãos Michelin
foram os primeiros a patentear o pneu para automóvel.
Figura 2: Pneu fabricado no início do século passado.
Fonte: ( www.nobresdogrid.com.br)
O Inglês Robert Thompson em 1847 introduziu uma câmara cheia de ar
dentro dos pneus de borracha maciça, tornando os pneus mais duráveis e
resolvendo o problema da falta de conforto. A partir de 1888 iniciou-se a
fabricação em larga escala do pneu.
19
CAPÍTULO III
TÍTULO DO CAPÍTULO
FORMAS DE REAPROVEITAMENTO E
REUTILAZAÇÃO DO PNEU
Até bem pouco tempo, os pneus descartados no Brasil eram dispostos
sem controle e de forma inapropriada no meio ambiente, tornando-se assim
um grande problema e crescente problema para a humanidade.
O grande problema era que estes pneus estavam em locais impróprios
para o seu descarte como em residências particulares, nas lojas de revenda,
nas recauchutadoras e principalmente espalhadas em lixões e na própria
natureza. Esse panorama começou a se modificar a partir da resolução
CONAMA 258/99, de 26 de agosto de 1999, pois a partir desta resolução o
fabricante tornou-se responsável direto pelo seu produto, desde a fabricação
até o descarte dos seus resíduos.
Para que o mercado de pneus se torne sustentável, é necessário um
esforço conjunto das partes envolvidas na coleta, armazenamento e descarte e
alianças políticas governamentais com o desenvolvimento de tecnologias
inovadoras. Desta forma, é possível viabilizar a fabricação a partir de produtos
reciclados com desempenho igual ou superior ao original e que sejam
ambientalmente seguros.
A reutilização consiste no aproveitamento do produto ou parte, no
mesmo ou em outro, a fim de cumprir funções idênticas ou similares. O produto
a ser reutilizado entra quase no final da cadeia produtiva, na montagem ou
acabamento do produto. Entretanto a parte a ser aproveitada deve estar em
20
perfeito estado de conservação e praticamente pronta para ser novamente
usada. No caso de reutilização de pneus, onde a segurança é importante,
testes não destrutivos devem ser realizados para comprovar o estado de
integridade do material selecionado. (OKIDA, 2006).
Sendo assim, algumas das formas de reaproveitamento e/ou
reutilização dos dejetos de pneus provenientes de descarte serão
apresentadas a seguir.
3.1 - Recauchutagem
Caracteriza-se por recompor a camada externa de borracha da banda
de rolamento, sendo assim, a forma mais utilizada de reutilização de pneus. Na
recauchutagem aproveita-se a parte estrutural ( CARCAÇA: é a parte do pneu,
constituída de lona(s) de poliéster, nylon ou aço. A carcaça retém o ar sob
pressão que suporta o peso total do veículo; FLANCO: protegem a carcaça
das lonas. São dotados de uma mistura especial de borracha com alto grau de
flexibilidade e TALÕES: são constituídos internamente de arames de aço de
grande resistência e têm por finalidade manter o pneu acoplado do aro)
(Fonte: www.guiadotrc.com.br, acesso em 09/01/2013), partes estas que tem
um desgaste menor. Esta tecnologia prolonga a vida útil dos pneus em até
40% e economiza 80% de energia e matéria prima em relação à produção de
pneus novos.
Para que este processo aconteça é necessário que a estrutura geral do
pneu esteja conservada, não apresentando cortes ou deformações, e a banda
de rolagem ainda apresente os sulcos e saliências que permitem sua
aderência ao solo.
21
3.2 – Remoldagem
É semelhante à recauchutagem, entretanto, além da camada adicional
de borracha na banda de rolagem, o pneu recebe uma nova camada nos
ombros e flancos sendo reconstruídos e vulcanizados sem qualquer emenda.
Porém esses pneus não são considerados novos, mas sim novo produto feito a
partir de pneus usados mesmo sendo dada por parte das empresas
remoldadoras garantia de 80 mil quilômetros rodados ou cinco anos sem
defeitos de fabricação. ( ANDRADE, 2007)
3.3 – Trituração
Dois processos podem ser efetuados na trituração de pneus que são o
mecânico e o criogênico.
O processo mecânico consiste na simples trituração dos pneus (que
pode ser feita de diversos tamanhos dependendo da utilização a que se
destina) e moagem dos resíduos, reduzidos a pó fino.
A borracha recuperada e triturada, por já se encontrar no estado
vulcanizado, não pode ser utilizada como substituto da borracha crua na
produção de artefatos. Entretanto, devido ao seu custo reduzido e baixo peso
específico, pode ser empregado como elemento de carga na produção de
saltos e solados de calçados, mangueiras, tapetes para automóveis, entre
outros. (ANDRIETTA, 2002)
Já o processo criogênico baseia-se no congelamento seguido do
tratamento mecânico, com a imersão da borracha dos pneus em nitrogênio
líquido (-80 ºc a -200 ºc), que provoca o congelamento que permite macerar
22
facilmente a borracha. Este procedimento torna a borracha muito frágil, o que
facilita a mesma ser triturada em um moinho de impacto que reduz o tamanho
da partícula.
3.4 – Desvulcanização ou Regeneração
A vulcanização é o termo usado para descrever o processo pelo qual a
borracha reage com o enxofre para produzir uma rede de ligações cruzadas
entre as cadeias poliméricas que possibilitam que o artefato adquira uma forma
fixa, não mais moldável, porém flexível e elástica.
Na desvulcanização, a borracha é submetida à digestão em vapor
d’água e produtos químicos e o produto obtido pode ser refinado em moinho
até a obtenção de uma manta uniforme ou, então, ser extrudado para
formação de grânulos de borracha. O produto apresenta características
inferiores ao composto original, uma vez que não é possível efetuar uma
desvulcanização total, além disso, nem todas as borrachas podem ser
regeneradas, um exemplo são as borrachas saturadas, ou quase saturadas,
que devido possuir a característica de não oxidável ou dificilmente oxidável não
podem ser desvulcanizadas. ( GOBBI, 2002)
3. 5 – Processo de Pirólise
A pirólise é o processo de aquecimento dos pneus a uma temperatura
superior a 1000ºC, em um ambiente com teor de oxigênio ou muito baixo ou
muito alto e com pressão abaixo da atmosfera. Neste processo, apesar do
superaquecimento da borracha, a mesma não entra em combustão. “Sob
temperaturas e pressão apropriadas a fração de óleo existente em algumas
23
associações orgânicas são liberadas na forma líquida enquanto outras frações
são liberadas na forma de gases voláteis” (SALINI, 2000).
O óleo obtido após condensação e decantação é usado na indústria
química ou serve como substituto do petróleo em algumas petroquímicas. “O
gás que é um combustível por excelência, é consumido dentro da própria
indústria. Uma vez gerado, aquece a caldeira onde ocorre a pirólise, gerando
mais gás para reaquecê-la” (SANDRONI, PACHECO, 2005).
3.6 – Outra Disposição para Pneus
3.6.1 - Pavimentação Asfáltica
Atualmente no Brasil esta tecnologia vem sendo agregada com sucesso
para os pneus que já tenham chegado linear de inservíveis. São existente dois
processos: O ÚMIDO e o SECO ( KAMIMURA, 2004).
No processo úmido a borracha é previamente misturada ao ligante
modificando-o permanentemente. Nesta modalidade ocorre transferência mais
efetiva das características de elasticidade e resistência ao envelhecimento
para o ligante original. No processo seco a borracha natural é introduzida
diretamente no misturador da usina de asfalto. Assim, a borracha entra como
um agregado na mistura com ligante asfáltico, prejudicando a transferência de
propriedades da mesma.
24
CAPÍTULO IV
HISTÓRICO EVOLUTIVO DA EDUCAÇÃO
AMBIENTAL E DA LOGÍSTICA REVERSA:
Este tema vem demonstrar as necessidades e falta de estímulos pelos
órgãos competentes que não seguem a legislação vigente (Lei nº 9.795 de 27
de Abril de 1999) que formula que Educação Ambiental deve ser introduzida
como matéria essencial, para que nosso futuro seja sustentável e a resolução
CONAMA 258/99, de 26 de agosto de 1999 que visa dar finalidade para os
pneus, após sua utilização.
4.1 - Educação Ambiental
As escolas são locais onde as crianças dão início ao aprendizado e a
socialização. Assim o que for transmitido pelos professores de forma didática
ou complementar significará a forma como a sociedade se apresentará e se
comportará. A socialização e a educação ambiental devem ser introduzidas no
cotidiano da vida escolar, tornando a sua internalização fácil e garantindo que
as crianças de hoje se tornem os cidadãos responsáveis de amanhã com a
conservação do ambiente, que neste caso saberá dar finalidade aos resíduos
sólidos de suas residências e do tema em questão dos pneus.
O que vem ocorrendo no meio em que vivemos com a falta de
informação ou com a total despreocupação com a saúde e o futuro do planeta
são as diversas formas de contaminação e destruição do mesmo das
25
seguintes formas: POLUIÇÃO SONORA; causada pelos carros, máquinas e
etc, muito comuns nos grandes centros urbanos em que o homem acabou se
acostumando, não significando que não seja prejudicial. De acordo com a
OMS (Organização Mundial de Saúde) o limite tolerável para a saúde humana
é de 65 dB; POLUIÇÃO VISUAL: Fica caracterizada através de imagens de
outdoors, cartazes e outros meios de comunicação que servem para transmitir
informações, mas o uso indiscriminado e excessivo destes recursos são
considerados poluição pois os mesmos podem trazer problemas como stress,
desconforto visual, distração para os motoristas e etc; POLUIÇÃO
ATMOSFÉRICA: É aquela que afeta as condições do ar que respiramos. Os
principais causadores são as indústrias e os automóveis que lançam diversos
gases na atmosfera. Estes gases podem causar danos à saúde humana como
doenças respiratórias e alergias; POLUIÇÃO DAS ÁGUAS: Talvez seja a mais
comum de todas as poluições, poluindo corpos hídricos (rios, lagos, etc). Este
tipo de poluição sempre foi o mais comum e existente até a atualidade, pois
durante toda história o homem sempre se fixou próximo a cursos d’ água
comprometendo a qualidade das mesmas ao lançar esgotos de indústrias,
residências, atualmente existem leis que proíbem este tipo de destinação para
os esgotos, mas devido à falta de fiscalização eficiente e à falta de capitação e
tratamento dos esgotos, os mesmos acabam por poluir o planeta; POLUIÇÃO
DO SOLO: é todo resíduo criado pelo homem e que é despejado no solo sem
tratamento ao invés de serem levados para aterros sanitários que hoje em dia
são conhecidos como “lixões” e que são ilegais devido à nova lei de resíduos
sólidos, constitui uma fonte de poluição do solo assim como os agrotóxicos e
defensivos agrícolas que usados indiscriminadamente podem provocar a
contaminação do solo; POLUIÇÃO NUCLEAR é causada normalmente pela
destinação incorreta ou vazamento de resíduos radioativos provenientes de
diversas fontes que utilizam a energia nuclear, como por exemplo, usinas
nucleares ou aparelhos de raio x; DESMATAMENTO DE FLORESTAS: que
reduz a biodiversidade, causa erosão dos solos, degrada áreas de bacias
hidrográficas, libera gás carbônico para a atmosfera, reduz a umidade do ar e
causa desequilíbrio social, econômico e ambiental; MATANÇA
26
INDISCRIMINADA DOS ANIMAIS o que vem levando à extinção de algumas
espécies ainda desconhecidas para o homem que poderiam vir a ser possíveis
tratamentos para doenças futuras. ( infoescola.com/meio-ambiente/tipos-de-
poluicao )
Todas as formas acima citadas vêm contribuindo para a degradação do
planeta, mas nem todas são de conhecimento da sociedade e nem das bases
escolares devido o governo tentar manter seus problemas ambientais em
segredo para que a sociedade não venha a pleitear seus direitos essenciais,
como está descrito na Constituição Federal, que cada indivíduo tem o direito
ao mínimo ambiente saudável para sua subsistência.
“Qualquer viagem começa sempre com o primeiro passo”. Todos os esforços
para salvar o planeta devem começar em casa de cada um, a um nível pessoal
em cada escolha em que fazemos. Cada um de nos pode fazer a diferença é
necessária uma nova consciência de que a nossa relação com o ambiente é
uma questão de moralidade social, e é responsabilidade de cada geração
deixar aos seus sucessores um mundo melhor. Para salvar o planeta e seus
hospedes é necessária a construção de sociedades baseadas na educação
para a sustentabilidade e na educação para o futuro, que tenham um papel
importante na transformação da sociedade, que assente na mudança de
valores e atitudes. (KRISNAMURTI, 2009, p.11)
Demonstrada a importância da conservação do meio ambiente pela
visão mundial, a escola será um meio efetivo para desenvolver a consciência
dos fenômenos naturais onde o homem é o principal conservador ou agressor
do meio em que vive. Vislumbrada a importância de um ambiente saudável
com o passar do tempo às aulas de educação ambiental que no princípio
podem ser vistas como uma imposição, se tornarão um hábito saudável de
cada criança que passar pela escola. Assim os indivíduos assumirão posturas
pessoais e sociais de uma forma natural para a transformação de uma
27
sociedade responsável para manter um ambiente saudável e livres dos pneus
que contribuem ainda mais para poluir o planeta
Tendo em vista que a educação ambiental é um processo contínuo não
podemos esquecer que não adianta apenas mitigar esforços para as bases
escolares mantendo o mesmo processo para toda a vida escolar do indivíduo.
Atualmente o que se entende por uma sociedade sustentável está
fundamentado no princípio integrado ao conceito da educação ambiental.
Ao se falar de educação ambiental atualmente buscamos a mudança do
paradigma comportamental da sociedade de hoje. Nesta mudança também
queremos novos valores e concepções do homem em sua relação com o meio
ambiente e com seus iguais. Logo, um dos maiores desafios no dia de hoje é
fazer com que todas as nações do planeta adotem uma nova concepção que
proteja o mesmo da degradação e do esgotamento das reservas naturais.
“É uma metodologia de análise que surge a partir do crescente interesse do
homem em assuntos como o ambiente devido às grades catástrofes naturais
que tem assolado o mundo nas últimas décadas”. (TOZONI-REIS, 2008, p.12)
Com todo o esclarecimento prestado acima, acerca do tema da
educação ambiental, voltada para a questão dos pneus como um estorvo,
podemos afirmar que com a base escolar sendo educada nos moldes em
que o ambiente é e será o meio em que vivemos, teremos a certeza de que
formaremos futuros cidadãos conscientes e responsáveis com o planeta em
que vivemos. Sabemos que existe a dependência da plenitude saudável do
planeta e que todas as suas reservas naturais devem ser resguardadas,
gerando assim consciências em todas as áreas sociais, a fim de subsistir de
maneira sustentável.
28
4.2 - Logística Reversa
Para podermos iniciar a logística reversa, voltada para a área
pneumática, teremos que entender primeiramente a logística, pois para um
bom aproveitamento dos resíduos precisamos utilizar a maior parte de todos os
seus setores, como a armazenagem, transporte, pedidos, informações, etc.
A logística direta é a capacidade de planejar, controlar e implementar de
forma eficaz e eficiente os serviços, mercadorias e informações do ponto inicial
até o seu consumo final, suportando todas as exigências dos consumidores.
Em melhor entendimento à logística são as formas pelas quais uma
mercadoria passa até chegar ao consumidor final.
Como o tema é muito recente para maioria da sociedade o mesmo é
confundido com a logística verde ou ambiental, que só se diferenciam para
estudar meios para planejar e minimizar os impactos ambientais da logística
direta e utilizam a logística reversa como meio de conservação para a
reutilização dos pneus.
Segundo BIAZZI:
Logística reversa é o fluxo dos materiais que vai do usuário final do processo
original (ou de outro ponto anterior nessa cadeia, caso o produto não tenha
chegado a esse “final”), até um novo ponto de consumo, reaproveitando ou
destinação final segura. (BIAZZI, 2008, p. 03)
Segundo a PNRS (Política Nacional de Resíduos Sólidos), Logística
Reversa define-se como: “instrumento de desenvolvimento econômico e social
caracterizado por conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a
viabilizar a coleta e a destituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial,
29
para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra
destinação final ambientalmente adequada”.
Conforme o entendimento dos ilustres escritores e estudiosos entende-
se que a logística reversa é a forma de gerenciar os meios e informações do
retorno ao ciclo produtivo, dos resíduos do inicio do consumo ou dos negócios
de produtos iniciando de sua origem até sua deterioração para melhor
reaproveitamento ou destinação ambiental sustentável, de todos os materiais
utilizados na produção dos pneus.
Antes mesmo da PNRS (Política Nacional de resíduos Sólidos) entrar
em vigor, alguns seguimentos empresariais já utilizavam a logística reversa
como forma de reaproveitamento das sucatas, diminuição de custos e dar
finalidade aos resíduos sólidos.
O documento “Nosso Futuro Comum” (Relatório Brundtland) chamava
a atenção para os riscos do modo como o mundo vinha se desenvolvendo. O
ano era 1987 os efeitos das mudanças climáticas ainda não estavam tão
evidentes. Mesmo assim, o relatório trazia um apelo para que fosse formada
uma aliança global para planejar um futuro em que o crescimento econômico
não representasse o esgotamento dos recursos naturais, o comprometimento
do meio ambiente e um fosso ainda maior entre ricos e pobres.
Entretanto, quase 30 anos depois podemos concluir que a
humanidade está avançando, mas ainda está longe de fazer o que é
necessário uma vez que apenas agora esta sendo introduzida na área
pneumática, mas que ainda precisa ser muito mais utilizada e agregada é o
que a realidade nos impõe, vez que ainda tem muito a amadurecer nas
questões ambientais.
30
Em um mundo globalizado é preciso que haja cooperação
internacional, com os pneus e sua destinação final, pois estamos todos
interconectados. Caso contrário, muito em breve os ricos estarão vulneráveis
às ameaças que atualmente atingem os pobres e os fortes estão vulneráveis
aos perigos que atingem os fracos (como pobreza, miséria, escassez de
recursos naturais e até de recursos básicos de saúde).
Dessa forma, a nossa segurança será ainda mais prejudicada porque
não haverá paz global sem direitos humanos, desenvolvimento sustentável,
educação ambiental, logística reversa e redução das distâncias entre os ricos e
os pobres. Nosso futuro comum depende do entendimento e do senso de
responsabilidade em relação ao direito de oportunidade para todos.
Existe um vínculo estreito entre a segurança mundial e as questões
da sustentabilidade mundial, que inclusive, fez com que o Prêmio Nobel da Paz
tenha sido entregue, nos últimos anos, a pessoas que se destacaram na luta
contra a pobreza e em prol do meio ambiente.
Em 2007 foi premiado o ativista ecológico Al Gore, ex-vice-presidente
dos Estados Unidos, que lançou o livro “Uma Verdade Inconveniente”,
documentário sobre mudanças climáticas, mais especificamente sobre o
aquecimento global, o qual se sagrou vencedor do Oscar de melhor
documentário em 2007.
Enfim, todos sabem que a velocidade das mudanças climáticas e
suas consequências reforçam a urgência de um novo modelo de cooperação
internacional. Não podemos nos permitir escolher. Precisamos responder à
31
Aids, à pobreza e às ameaças ambientais tão robustamente quanto fazemos
com o terrorismo e a proliferação nuclear.
E para que possamos obter tais respostas será necessária uma maior
colaboração entre países ricos e pobres. Os industrializados, principais
responsáveis pelo agravamento do efeito estufa, precisam assumir suas
responsabilidades na redução das emissões de gases e detritos sólidos. E ir
além, oferecendo assistência tecnológica e financeira para ajudar as nações
pobres a se adaptarem às mudanças climáticas e caminharem na direção do
desenvolvimento sustentável, a fim de evitar os mesmos erros que as mesmas
cometeram.
Cabendo ressaltar as questões da logística reversa, uma vez que os
países ricos não se preocupam com as matérias primas, vez que em sua
maioria as buscam com valores irrisórios. Como é o caso da borracha e do
minério de ferro que são adquiridos em sua maioria em empresas brasileiras e
tão pouco se preocupam com seus resíduos após a transformação dos
mesmos em matéria manufaturada, pronta para venda. Estas sim deveriam
responder com um grau elevado ainda maior, vez que são as que lucram de
forma exorbitante com as matérias de forma manufaturada, após a
transformação e sem responsabilidade final.
32
MATERIAIS NOVOS
Processo Logístico Direto
SUPRIMENTO
PRODUÇÃO
DISTRIBUIÇÃO
Figura 3 - Representação Esquemática dos Processos
Logísticos Direto e Reverso
A preocupação com as consequências econômicas faz com que
alguns países relutem em assumir tais compromissos, para com os pneus
inservíveis, o que tem retardado a adoção de políticas para o clima, reciclagem
e a energia.
É claro que um pacto global envolve, também, compromissos a serem
assumidos pelas nações pobres, mas ninguém pode pedir que elas reduzam
seu avanço rumo à prosperidade. O direito ao desenvolvimento é tão crucial
quanto o direito a um ambiente limpo. Cabe às nações ricas darem o suporte
para que esse desenvolvimento aconteça sem que a saúde do planeta seja
ainda mais comprometida.
MATERIAIS REAPROVEITADOS
33
CAPÍTULO V
TÍTULO DO CAPÍTULO
POLÍTICA DE RESÍDUOS SÓLIDOS
Somente há pouquíssimo tempo é que se começou a falar em logística
reversa na área pneumática, área esta pouco estudada e mencionada pelos
meios de divulgação, entretanto atualmente é um dos temas mais falados,
estudados e trabalhados no Brasil e no mundo.
Em estudos recentes sobre a população mundial ficou constatado a
recente e absurda cifra de sete bilhões de habitantes no planeta Terra, ficando
formalizado que uma significante parcela desta população mundial se encontra
nas grandes cidades e que assim houve a necessidade de um aumento dos
meios de transporte, fazendo assim com que o consumo de pneus cresce-se
absurdamente.
Com todo esse crescimento, forma-se uma exacerbada competição
empresarial por fatias cada vez maiores de um mercado sempre em
desenvolvimento. Mercado este que busca sempre produtos mais modernos e
de melhor qualidade fazendo assim que haja maior necessidade da utilização
de matérias primas, para torná-las manufaturadas e serem consumidas em
uma escala alarmante, o que vem acontecendo na área pneumática. O que é
esquecido é que toda esta produção resulta em uma grande quantidade de
dejetos (pneus velhos) que na maioria das vezes não estão preparados para
serem despejados de maneira correta e sustentável. Assim podemos entrar
com a Política de Resíduos Sólidos (PNRS) que visa a reutilização dos
34
produtos manufaturados através da logística reversa e os que não puderem ser
introduzidos, terem uma finalidade sem depreciar o meio ambiente.
5.1 - Regulamentação da Lei
Regulamentada a LEI Nº 12.305, DE 02 DE AGOSTO DE 2010,
combinada com a resolução CONAMA 258/99, de 26 de agosto de 1999, que
institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, cria o Comitê Interministerial
da Política Nacional de Resíduos Sólidos e o Comitê Orientador para a
Implantação dos Sistemas de Logística Reversa, e dá outras providências.
A política de resíduos sólidos foi um dos grandes avanços a fim de se
enquadrar as empresas, na política da logística reversa e mecanismos
sustentáveis, vez que vem demonstrando toda a responsabilidade das mesmas
junto a seus produtos, não se esquecendo das sanções, mas o que vem
ocorrendo apenas em empresas de grande porte e não na totalidade, pois
como nunca houve tal preocupação, as empresas não têm setores preparados
para receber seus produtos deteriorados e tão pouco mecanismos que deêm
destinação para os mesmos.
Para que haja integral comprometimento deve ser criada uma lei
específica com sanções mais pesadas, vez que na atualidade é mais barato
pagar as multas pertinentes do que criar setores responsáveis para evitar
descuidos e desperdícios das matérias primas que já foram manufaturadas
pela empresa, devido a não existência da fiscalização adequada.
Atualmente os órgãos competentes de forma Estadual e Federal são:
CETEB (ÓRGÃO DA TECNOLÓGIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL) e
35
IBAMA (INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS
NATURAIS RENOVÁVEIS). Cabendo ressaltar a Resolução CONAMA
301/CONAMA 258 e ISSO 14.000, o qual oferece a certificação necessária a
cada perfil de empresa.
Valendo frisar que estes órgãos foram criados de forma desordenada,
devido às necessidades que foram se criando, eles são despreparados de
forma material, não tendo veículos e nem tecnologia suficientes para
fiscalização, demanda de pessoal e treinamento específico dos mesmos.
Ocorre que o governo deve dar mais atenção e importância a esses
órgãos, dando o necessário em recursos, para que os mesmos possam ser
eficientes e não apenas órgãos aleijados, que só funcionem no ímpeto do
clamor Público.
5.2 - Coleta seletiva
Por definição, estabelece a coleta de resíduos sólidos previamente
separados, conforme sua constituição ou composição (art. 3º, inciso V), como
já vem ocorrendo em algumas localidades, através de associações de
catadores que separam os resíduos de plástico (garrafas pet, garrafas de
óleo, potes de iogurtes, etc), papel (jornais, revistas, cadernos, papel toalha,
etc), vidro (garrafas, potes, copos, etc), metal (latas, chapas, pedaços de
ferro, etc) pneus e orgânicos (todo e qualquer material orgânico).
Em pesquisas realizadas pelo IBGE em 2011, cada brasileiro gera em
média 690 gramas de lixo por dia, podendo chegar até 01 kg, dependendo do
poder aquisitivo do individuo e local em que mora.
36
Sabe-se que em algumas cidades brasileiras, quase a metade do lixo
gerado não é coletado, além dos pneus sendo despejados de qualquer
maneira nas ruas, em terrenos baldios, em rios, lagos, no mar. A preocupação
na atualidade com a finalidade do lixo é uma das grandes preocupações na
organização urbana e mundial. Em pesquisas preocupadas com o ambiente,
fora descoberto números exorbitantes sobre o lixo e como os mesmos estão se
tornando um estorvo.
A separação e a coleta seletiva dos dejetos produzidos pelo homem,
não só aumentam o seu valor agregado como permite reduzir os custos dos
processos de manufatura da matéria prima no seu reaproveitamento.
Com a coleta seletiva dos pneus torna-se possível dar um destino final
adequado. Sendo assim, não só a sua reciclagem é possível, como também a
sua reutilização, recuperação, aproveitamento energético. Outro beneficio
neste tipo de coleta é a identificação dos dejetos não passíveis de tratamento e
recuperação por processos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis
e, como também, o destino final dos mesmos em aterros sanitários.
Esta disposto na integra da lei em seu artigo 54, que a partir de
03.08.2010, será contado o prazo de 04 (quatro) anos, para ser implantado
o sistema adequado de coleta seletiva, como também extinguir a utilização
de qualquer resíduo em lixões.
Acontece que o problema dos resíduos sólidos esta na forma em que
pensamos, acreditando que tudo que eliminamos consideramos como lixo,
esta concepção precisa ser trabalhada e modificada, pois o lixo pode e deve
ser transformado em nova matéria prima a ser reutilizada ou transformada em
energia.
Está claro que é dispendioso levar a frente estas novas formas de
reciclagem, mas no decorrer do tempo será provado que este custo ficará
37
diluído no decorrer do processo, tendo em vista do que hoje é considerado lixo,
se tornará lucro, sem contar que estaremos poupando nossos recursos
naturais e a saúde do nosso planeta.
O mundo sempre foi autossustentável, sabendo aproveitar todos os
seus detritos e transformando-os em nutrientes, sem desperdiçar os mesmos.
A sociedade deve e pode seguir o exemplo através de avanços tecnológicos,
para que possamos aprender a reciclar nossos materiais, a fim de que sejam
reutilizados 100%.
5.3 – Destinação Final dos Resíduos
As formas mais comuns de destinação de resíduos sólidos são as
seguintes: Aterros, lixões, aterros sanitários, reciclagem e incineração. Sendo
que, os aterros e os lixões são formas já ultrapassadas e serão banidas de
acordo com o artigo 54 da Lei 12305 de 2 de agosto de 2010 em 4 anos.
O ATERRO SANITÁRIO é uma das formas menos custosa de ser
implantada de disposição final de resíduos sólidos, não sendo utilizada para a
destinação final dos pneus. O que regulamenta a formação do aterro sanitário
é a Norma Técnica NBR (ABNT, 1984). O mesmo não pode ser construído em
áreas que possam ser inundadas, deve haver entre a parte inferior e o nível
mais alto do lençol freático uma espessura mínima de 1,5 m de solo
insaturado. Deve haver medição na época de maior período de chuvas na
região e o solo deve ser argiloso.
Este tipo despende de uma grande área para que possa haver sua
instalação e operação, onde especificamente o lixo domiciliar pode ser
confinado seguramente, com rigorosa postura técnica, minimizando ou
evitando os impactos ambientais na área utilizada.
38
A RECICLAGEM é a forma mais adequada para finalidade dos pneus e
alguns materiais que se tornariam lixo, através de coletas são separados e
processados para sua reutilização como matéria prima de bens antes
manufaturados como matéria prima virgem. Retornando os mesmos para o
ciclo produtivo, o que aumenta a vida útil dos locais que existem disposição
fina, diminuindo a exploração de novos materiais.
A INCINERAÇÃO é o processo de queima controlada, regularmente
mais indicada para a maior parte dos resíduos industriais, para os
combustíveis inertes e podendo também ser utilizada para o lixo domiciliar.
Reduz significativamente o volume dos dejetos municipais, a diminuição do
potencial tóxico dos detritos podendo utilizar a energia liberada com a queima.
Tendo como desvantagem a transferência dos resíduos incinerados à
atmosfera com emissão de gases devido o mau controle e monitoramento do
próprio incinerador e o alto custo do seu processo.
Os RESÍDUOS NÃO PASSÍVEIS DE RECICLAGEM são os seguintes:
Resíduos organoclorados, organofosforado, radioativos, hospitalares,
pesticidas e explosivos. Estes resíduos devido ao grande e elevado índice de
contaminação por agentes químicos e radioativos, devem e são armazenados
de forma especial e específica, a fim de que não venham a prejudicar o meio
ambiente com contaminações que podem causar danos graves à saúde
humana.
39
CONCLUSÃO
Apesar das dificuldades, acreditamos que é possível estabelecer uma
economia "verde", eficiente em energia, controle das emissões de gases e com
reciclagem total dos pneus e outros resíduos, que possa livrar o mundo da
pobreza, da auto destruição e salvar o planeta. Atualmente a questão
ambiental no Brasil tem sido discutida como aconteceu recentemente no RIO +
20, com diversos assuntos que reuniram vários países, como os aspectos do
crescimento sustentável, conservação das reservas de Mata Atlântica, do
aumento da geração do gás carbônico, desmatamento, crédito de carbono e
diversos outros temas. Precisamos ser sensíveis às preocupações atuais e
tentar solucioná-las enquanto avançamos rumo ao desenvolvimento
sustentável, a Educação Ambiental e a Logística Reversa na área pneumática
serão grandes aliadas nesse combate, entretanto não devemos perder a
confiança.
Com a força das decisões políticas, da engenharia e da tecnologia
podemos resolver muitos problemas ambientais criados pela industrialização
do pneu, basta haver investimento e comprometimento dos governos e da
industria. Como exemplo de decisão política podemos citar a taxação de
impostos de produtos que poluem o meio ambiente, as empresas que não
trabalharem nos padrões da Educação Ambiental e da Logística Reversa e não
tiverem o comprometimento de reciclar seus produtos descartados, como as
empresas eletrônicas, empresas plásticas, petrolíferas, pneumáticas por
exemplo, todas elas sofrerão sanções, a fim de se atualizar e trabalharem em
padrões aceitáveis. Assim, apesar das reclamações, poderemos reduzir as
emissões de gases do efeito estufa, poluição através dos resíduos sólidos e
evitar o aquecimento global. No Brasil o tema ambiental, vem sendo alvo de
diversas discussões, para a tentativa plausível que realmente tragam soluções
para os resíduos que são criados pela população de forma desordenada, uma
40
vez que cada vez que as empresas não tem responsabilidade pelos produtos
gerados, após sua utilização.
O escopo principal da Educação Ambiental e da Logística Reversa na
área pneumática surgiu na década de 90, como forma de conciliar o interesse
de administração de materiais, quando os profissionais começaram a
reconhecer que as matérias primas, componentes e suprimentos, representam
um elevado custo que deve ser acompanhado e bem administrado, pois caso
não seja respeitado o elevado custo dos materiais, com o passar do tempo
acabará tornando o negócio inviável, além dos mesmos acabarem por se
extinguirem devido as reservas serem esgotáveis.
Não se trata, portanto, de abandonar a exploração das matérias
primas brutas e sim reciclar já as existentes não esquecendo o uso do
petróleo, borracha, carvão e gás, mas de fazer isso da melhor maneira. E ao
mesmo tempo, desenvolver mecanismos que consigam retornar as matérias
primas manufaturadas para a sua origem, não esquecendo outras fontes
energéticas renováveis e menos poluentes. Vale lembrar que, historicamente,
a luta pelo acesso e controle de recursos naturais tem resultado em conflitos
armados (guerras).
O risco de proliferação desses conflitos acontecerá se permitirmos
que a deterioração ambiental continue. Claramente, precisamos de mudanças
fundamentais na maneira como usamos a crosta terrestre e como distribuímos
os benefícios do crescimento. Nossa segurança também depende do bem-
estar econômico e da estabilidade ecológica. Para isso, a saída é que todos,
governos, setor privado, comunidade científica, ricos e pobres, trabalhem
juntos na busca de soluções. Antes se dizia: deixe que o Estado e os políticos
cuidem de seus negócios que cuidamos dos nossos. Com o avanço da
41
globalização, a necessidade de criar parcerias se torna mais e mais óbvia, pois
faremos o melhor para a sociedade se ouvirmos e aprendermos uns com os
outros.
Aproveitando ainda, que com a adequação das empresas ao
funcionamento da Educação Ambiental e da Logística Reversa na área
pneumática, as mesmas além de estarem se resguardando de um grande
prejuízo de forma material ou até mesmo a escassez das matérias primas
necessárias, estarão retornando com seus produtos uma vez vendidos para
seus pátios, a fim de reutilizar os mesmos materiais de forma mais barata e
sabedora da qualidade da matéria prima, a qual retornará ao mercado
consumidor, além de evitar o crescimento de resíduos desordenadamente.
Assim, as empresas estarão evitando uma lesão ao meio ambiente,
pois os bens não mais utilizáveis pelo consumidor final, retornarão para linha
de produção, vindo a gerar uma nova linha de faturamento para o empresário e
não havendo mais a necessidade da exploração das reservas das matérias
primas brutas ou pelo menos na diminuição das mesmas e dar finalidade aos
resíduos não reutilizáveis.
Cabe ressaltar que de nada adiantará se o governo criar leis que
sancionem os poluidores, uma vez que a verdadeira solução deve andar junto
na conscientização e educação ambiental em todos os setores.
.
42
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46
ÍNDICE
LISTAS DE FIGURAS
08
FOLHA DE ROSTO
02
AGRADECIMENTOS
03
DEDICATÓRIA
04
RESUMO
05
METODOLOGIA
06
SUMÁRIO
07
INTRODUÇÃO
09
CAPÍTULO I
DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA
13
CAPÍTULO II
UM BREVE HISTÓRICO DO PNEU
16
CAPÍTULO III
FORMAS DE REAPROVEITAMENTO E REUTILIZAÇÃO DOS PNEUS
3.1- Recauchutagem
3.2- Remoldagem
3.3- Trituração
3.4- Desvulcanização ou Regeneração
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3.5- Processo de Pirólise
3.6- Outra Disposição para Pneus
3.6.1- Pavimentação Asfáltica
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23
CAPÍTULO IV
HISTÓRICO EVOLUTIVO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL E DA
LOGÍSTICA REVERSA
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CAPÍTULO V
POLÍTICA DE RESÍDUOS SÓLDOS
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CONCLUSÃO
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BIBLIOGRAFIA
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ÍNDICE 46