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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU AVM FACULDADE INTEGRADA A UTILIZAÇÃO DA LICITAÇÃO COMO INSTRUMENTO DE GESTÃO DOS RECURSOS FINANCEIROS NO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DE GOIÂNIA. Por: Weslainy Ferreira de Oliveira Borges Orientadora Prof.ª Msc. Maria da Conceição Maggione Poppe Goiânia 2013 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · A pesquisa bibliográfica deste trabalho foi baseada em livros de diversos autores de obras reconhecidas, na Lei Nº 8.666/93 que

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

AVM FACULDADE INTEGRADA

A UTILIZAÇÃO DA LICITAÇÃO COMO INSTRUMENTO DE

GESTÃO DOS RECURSOS FINANCEIROS NO HOSPITAL DAS

CLÍNICAS DE GOIÂNIA.

Por: Weslainy Ferreira de Oliveira Borges

Orientadora

Prof.ª Msc. Maria da Conceição Maggione Poppe

Goiânia

2013

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

AVM FACULDADE INTEGRADA

A UTILIZAÇÃO DA LICITAÇÃO COMO INSTRUMENTO DE

GESTÃO DOS RECURSOS FINANCEIROS NO HOSPITAL DAS

CLÍNICAS DE GOIÂNIA.

Apresentação de monografia à AVM

Faculdade Integrada – Universidade

Cândido Mendes como requisito parcial

para obtenção do grau de especialista

em Gestão em Saúde.

Por: Weslainy Ferreira de Oliveira

Borges

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AGRADECIMENTOS

Gostaria de agradecer a todos que

contribuíram de forma direta ou

indireta para a realização desse

trabalho. Em especial, à direção do

Hospital das Clínicas de Goiânia por

ter-me concedido esta oportunidade,

à AVM Faculdade Integrada, à

Universidade Cândido Mendes e,

em especial, à Prof.ª Msc. Maria da

Conceição Maggione Poppe pela

orientação, ao Marcos Dias –

Gerente de Planejamento de

Compras do Hospital das Clínicas,

aos amigos que acreditaram que a

realização desse trabalho seria

possível e à família pela

compreensão e incentivo.

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“Para muitos daqueles

pode ser feita para mu

pode ser feito, precisam

DEDICATÓRIA

ueles em que o mundo parece fora de contro

ra mudar. Mas, enquanto existir pelo menos

cisamos continuar fazendo.”

RUSS

Gostaria de dedicar

primeiramente a Deus

fortalecido e capacitad

familiares pela co

motivaçao.

4

controle, pouca coisa

enos um pouco que

RUSSEL L. ACROFF

icar esse trabalho

eus que tem me

acitado, aos meus

compreensão e

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RESUMO

A presente monografia tem como objetivo principal analisar como o Hospital das Clínicas de Goiânia utiliza a licitação como Instrumento de Gestão considerando o fato de ser uma instituição pública de saúde e com base nas determinações legais expressas da Constituição Federal de 1.988 sobre o assunto e da legislação referente às licitações. Foi enfatizada a Gestão dos Recursos Financeiros do SUS (Sistema Único de Saúde) desde o planejamento até os instrumentos de controle, dos quais a licitação é parte integrante. Para tanto, foi necessário verificar os conceitos sobre gestão e a legislação pertinente ao assunto. De maneira geral, pretendeu-se analisar como os recursos financeiros destinados à saúde pública são controlados à luz de um instrumento específico, em uma renomada instituição. A conclusão é uma avaliação sucinta na qual o Hospital das Clínicas é notado como instituição séria, que utiliza com eficiência a Licitação como instrumento de gestão, dentro das determinações legais, possui estrutura, sistema de informação e funcionários devidamente treinados para a realização dos processos. Palavras chave: Licitação, instrumento de gestão.

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ABSTRACT

This thesis have as a main objective to analyze how the Hospital of Clinical from Goiania uses the bidding as a Management Instrument considering the fact that it is a public health institution and based on legal determinations expressed of the Constitution of 1988 on the subject and legislation referring to biddings. It emphasized Management of Financial Resources of the SUS (Unified Health System) from the planning to the instruments of control, which the bidding is an integral part. Therefore, it was necessary to verify the concepts of management and the relevant legislation about the subject. Overall, was intend to analyze how financial resources for public health are examined in light of a specific instrument in a renowned institution. The conclusion is a brief assessment in which the Hospital of Clinical is noticed as a serious institution, which utilizes with efficiency the bidding as a management instrument, within the legal determinations, has structure, information system and trained staff to carry out the processes. Keywords: Bidding, management instrument.

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METODOLOGIA

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

1. Metodologia

Esse trabalho trata-se de um estudo de caso o qual apresenta natureza

exploratória, pois visa investigar como o Hospital das Clínicas de Goiânia

gerencia os recursos financeiros e o suprimento de materiais utilizando a

licitação como instrumento de gestão.

Para a realização desse estudo de caso foram utilizados os seguintes métodos:

1.1. Pesquisa bibliográfica

A pesquisa bibliográfica deste trabalho foi baseada em livros de diversos

autores de obras reconhecidas, na Lei Nº 8.666/93 que trata da Lei de

Licitações e em sites com informações pertinentes ao tema.

Os autores mais citados foram Chiavenato (7ª ed. 2003), Lacombe (1ª

ed. 2006), Cury (8ª ed. 2006) entre outros e, os sites mais explorados foram o

Portal da Saúde do Ministério da Saúde e os sites da Presidência da República

(www.planalto.gov.br), entre outros.

1.2. Pesquisa de campo

Para ter acesso ao campo (objeto de pesquisa), foram realizados

contatos com as lideranças locais (coordenação administrativa, gerentes), com

a intenção de conseguir apoio e pessoas aliadas, as quais demonstraram

interesse neste estudo e forneceram as informações que constituem esse

trabalho.

1.3. Instrumentos de coleta de dados

1.3.1 Observação

A observação foi feita de maneira atenta e imparcial.

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1.3.2. Entrevista Informal

Para obtenção dos dados para esse estudo de caso, as entrevistas foram

realizadas informalmente, estabelecendo-se diálogos com pessoas envolvidas

no processo, especialmente, com gerentes das seções envolvidas no processo

de licitação, a fim de coletar as informações necessárias e possíveis, e também

com funcionários de nível técnico atuantes nos setores. As entrevistas foram

feitas isoladamente.

1.3.3. Análise de documentos

Os documentos analisados consistiram de relatórios, protocolos, manuais e

processos, todos pertencentes ao arquivo documental do Hospital das Clínicas.

1.4. Análise de dados

Neste estudo de caso, os dados obtidos através das pesquisas e dos

instrumentos de coleta foram analisados utilizando uma abordagem qualitativa,

uma vez que o desejo era de analisar e anotar aspectos referentes à qualidade

gerada pela efetivação da gestão dos processos de licitação realizados pelo

Hospital das Clínicas de Goiânia, desencadeados pela necessidade de suprir a

instituição com os materiais necessários ao seu funcionamento. As

informações foram descritas da forma mais detalhada possível, enfocando os

aspectos e ações relacionadas à gestão dos processos de licitação realizados

pelo Hospital das Clinicas de Goiânia, indo de encontro aos objetivos

específicos propostos nesse trabalho.

1.5. Relatório de Conclusão

A conclusão desse estudo de caso foi realizada em forma de relatório,

de maneira sucinta, de acordo com a análise dos dados.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

SIMBOLOS:

Nº - Número

nos – Números

§ - Parágrafo

I – um (algarismo romano)

II – dois (algarismo romano)

III – três (algarismo romano)

IV – quatro (algarismo romano)

V – cinco (algarismo romano)

VI – seis (algarismo romano)

XXI – vinte e um (algarismo romano)

XXVII – vinte e sete (algarismo romano)

XXXIII – trinta e três (algarismo romano)

SIGLAS E ABREVIAÇOES:

AF – Autorização de Fornecimento

Art. – Artigo

BSC – Balanced Scorecard

BID – Banco Internacional para Desenvolvimento

BIRD – Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento

CES – Conselho Estadual de Saúde

CF – Constituição Federal

CGU – Controladoria Geral da União

COMPRASNET – Portal de Compras do Governo Federal

CMS – Conselho Municipal de Saúde

CNS – Conselho Nacional de Saúde

CPMF – Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras

DATASUS – Departamento de Informática do SUS

DENASUS – Departamento Nacional de Auditoria

DETRAN – Departamento Nacional de Trânsito

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DPVAT – Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores

EC – Emenda Constitucional

FES – Fundo Estadual de Saúde

FMS – Fundo Municipal de Saúde

FNS – Fundo Nacional de Saúde

GEPLAN – Gerencia de Planejamento

GM – Gabinete do Ministro

HC – Hospital das Clínicas

LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias

LOA – Lei Orçamentária Anual

MP – Ministério do Planejamento

MS – Ministério da Saúde

NOAS – Norma Operacional da Assistência à Saúde

NOB – Normas Operacionais Básicas

PLANEJASUS – Sistema de Planejamento do Sistema Único de Saúde

PPA – Plano Plurianual

SAMNET – Sistema de Administração de Materiais

SEAPRO – Serviço Federal de Processamento de Dados

SIAFI – Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal

SIASG – Sistema Integrado de Administração de Serviços Gerais

SICAF – Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores

SIDEC – Sistema de Divulgação Eletrônica de Compras e Contratações

SIOPS – Sistema de Informação sobre Orçamentos Públicos em Saúde

SISG – Sistema de Serviços Gerais

STJ – Superior Tribunal de Justiça

STN – Secretaria do Tesouro Nacional

SUS – Sistema Único de Saúde

UFG – Universidade Federal de Goiás

FIGURAS:

3.1. Tabela de Grupos de Compras

3.2. Tabela de Quantidade de itens por grupo de materiais

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 13

CAPÍTULO I

Gestão dos Recursos Financeiros do SUS

1.1. Gestão da saúde pública no Brasil a partir da criação do SUS 16

1.2. Formas de gestão do SUS 18

1.3. Planejamento da saúde pública 20

1.4. Financiamento da saúde pública 29

1.5. Aplicação dos recursos financeiros do SUS 32

1.6. Prestação de contas 34

CAPÍTULO II

Conceitos relacionados à gestão dos recursos financeiros do SUS

2.1. Conceitos 38

2.2. Funções do gestor/administrador 40

2.3. Indicadores de desempenho 49

2.4. Gestão de controle de estoque 50

2.5. Tecnologia da informação (TI) 51

2.6. Licitação 54

2.7. Princípios constitucionais 59

2.8. Fluxogramas 60

2.9. Organogramas 61

CAPÍTULO III

Estudo de Caso – Desenvolvimento

3.1. Sobre o Hospital das Clínicas 64

3.2. Sobre a coordenação de suprimentos 65

3.3. Sobre o processo licitatório do Hospital das Clínicas

de Goiânia 74

3.4. Benefícios e limitações incorridas ao Hospital das

Clínicas de Goiânia pelos processos Licitatórios. 80

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CONCLUSÃO 83

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 86

ANEXOS 92

ÍNDICE 205

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INTRODUÇÃO

A história da saúde pública no Brasil é marcada por um longo período de

descaso e desinteresse por este setor por parte dos governantes. As ações

implantadas na saúde eram puramente reativas (medicina curativa) diante das

necessidades que eram apresentadas, como por exemplo, as epidemias

consequentes da falta de saneamento básico que só se tornaram preocupação

pública quando as transações comerciais com outros países começaram a ser

afetadas.

No início, as ações eram impostas à população, o que gerou revolta e

descontentamento. Anos mais tarde, outras manifestações começaram a surgir

de forma mais organizada. Estas manifestações geraram ações que concediam

aos trabalhadores urbanos e suas famílias acesso à saúde, no entanto, o

restante da população que não fazia parte do sistema trabalhista e os

trabalhadores rurais continuaram sem o benefício. Somente a partir de 1.988 a

população em geral passou a ter o direito à saúde pública, com a implantação

do SUS – Sistema Único de Saúde – através da Constituição Federal (CF).

A gestão em saúde, desde a implantação do SUS, é um assunto que

ganhou destaque. Muitas ações foram definidas para que essa gestão pudesse

ser otimizada e mais eficiente, como a Descentralização, por exemplo. Outra

ação importante é o Pacto pela Saúde, implantado em 2006, que é um conjunto

de reformas institucionais do SUS pactuado entre as três esferas de gestão

(União, Estados e Municípios) com o objetivo de promover inovações nos

processos e instrumentos de gestão, visando alcançar maior eficiência e

qualidade das respostas do Sistema Único de Saúde.

A saúde hoje é planejada, programada, organizada e controlada por

meio de diversos instrumentos e mecanismos de controle que permitem

analisar os resultados das ações implantadas e realizar as devidas correções e

modificações quando necessário. Entre os vários desafios enfrentados pelo

Poder Público em seu dever de controlar e fiscalizar, está o de garantir que os

recursos públicos financeiros sejam aplicados de forma adequada, eficiente e

lícita. Nesse sentido, a Licitação é um instrumento que garante eficiência e

transparência no controle e fiscalização das compras, alienações e

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contratações de obras e serviços realizadas pelos órgãos públicos dos entes

federativos: União, Estados, Municípios e Distrito Federal, independente do

setor de atuação. É um instrumento de gestão nacional de controle financeiro e

está expresso na Constituição Federal no art. 37, inciso XXI, regulamentado e

normatizado basicamente pela Lei Nº 8.666, de 21 de junho de 1.993.

O tema proposto desta monografia é: Licitação como instrumento de

Gestão dos recursos financeiros em instituições públicas de saúde.

A presente pesquisa delimita-se à análise da gestão dos processos de

licitações realizados pelo Hospital das Clínicas de Goiânia, em todas as suas

etapas, através de pesquisa de campo, documental e bibliográfica, assim como

de entrevistas informais com funcionários envolvidos nesse processo.

A problematização levantada é saber como a instituição citada realiza a

gestão de suprimentos dos materiais necessários para seu funcionamento

utilizando a licitação como instrumento de gestão.

O objetivo geral é analisar como o Hospital das Clínicas de Goiânia

utiliza a licitação como instrumento de Gestão.

Os objetivos específicos são realizar levantamento bibliográfico sobre o

assunto para proporcionar conhecimento e melhor compreensão, descrever

como são realizados os processos de licitações e analisar quais são os

benefícios e as limitações incorridas a esta instituição por estes processos.

No início deste trabalho foram consideradas as hipóteses de que o

Hospital das Clínicas possuiria um eficiente sistema de gestão de suprimentos,

o que possibilitaria a utilização da licitação como instrumento de gestão dos

recursos financeiros disponíveis de maneira eficiente, atendendo a demanda

exigida pela instituição dentro das determinações legais, ou poderiam existir

falhas nesse sistema, o que prejudica o fornecimento dos insumos necessários

para o funcionamento da instituição, causando transtornos e comprometendo o

desenvolvimento das atividades e o atendimento aos usuários, considerando

que os prazos exigidos para os processos licitatórios são longos devido à

complexidade dos processos.

Este estudo justifica-se devido ao fato da Licitação ser um instrumento

que garante eficiência e transparência no controle e fiscalização das compras,

alienações e contratações de obras e serviços realizadas pelos órgãos públicos

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dos entes federativos: União, estados, municípios e Distrito Federal,

independente do setor de atuação, e todas as instituições públicas estão à ela

subordinadas. Para chegar ao processo licitatório propriamente dito, uma série

de outros processos precisam ser desenvolvidos. O planejamento, a

organização, a coordenação e o controle das ações e atividades desenvolvidas

na instituição são imprescindíveis para que o processo licitatório seja realizado

com eficiência e em tempo hábil, garantindo o suprimento necessário para

funcionamento adequado do hospital.

Portanto, esse estudo é importante para entender como os processos de

licitações são desenvolvidos dentro dessa instituição de modo a garantir o

suprimento dos bens necessários para seu funcionamento. É um estudo

complexo que envolve várias etapas e departamentos que irá possibilitar uma

avaliação dos processos que são desenvolvidos e a oportunidade de corrigir

falhas, caso existam.

Esta monografia é constituída por três capítulos, sendo que o primeiro

trata-se da Gestão dos Recursos Financeiros do SUS, o qual apresenta de

forma sucinta e de fácil compreensão como o planejamento da saúde pública é

realizado, considerando os recursos financeiros. O segundo capítulo traz

conceitos e termos que abordam os assuntos pertinentes para a compreensão

do trabalho, baseado em livros, artigos, leis e sites, todos devidamente citados

e, o terceiro é o desenvolvimento do trabalho propriamente dito que traz a

transcrição dos dados obtidos durante a pesquisa, os quais descrevem a

estruturação da instituição relacionada à gestão de suprimentos e como a

licitação é desenvolvida em suas várias etapas.

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CAPÍTULO I

GESTÃO DOS RECURSOS FINANCEIROS DO SUS

A ênfase deste capítulo é elucidar de forma sucinta como o

planejamento das ações que envolvem os recursos financeiros do SUS é

desenvolvido, quais são as diretrizes, a legislação e as formas de controle

utilizadas para garantir que esses recursos sejam aplicados adequadamente

aos fins a que são destinados.

1.1. Gestão da Saúde Pública no Brasil a partir da criação do

SUS

O Sistema de Saúde Pública do Brasil, denominado SUS (Sistema Único

de Saúde), foi criado pela Constituição da República Federativa do Brasil em

1.988 e regulamentado pelas Leis 8.080/90 e 8.142/90, com a finalidade de

alterar a situação de desigualdade na assistência à Saúde Pública, tornando

obrigatório o atendimento público a qualquer cidadão, sendo proibidas

cobranças de dinheiro sob qualquer pretexto. É fruto de muitas lutas e

mobilização popular envolvendo o contexto da saúde e é considerado um dos

maiores e mais complexos sistemas de saúde pública do mundo. Está

estruturado em uma ampla legislação que regulamenta e normatiza todas as

ações relacionadas ao SUS, desde as ações que visam a promoção da saúde

e a prevenção de doenças até as ações de cunho administrativo, como as

formas de financiamento, gestão, organização, fiscalização, controle, etc.

Os princípios sobre os quais o SUS foi criado são:

- Descentralização: o Município passa a atuar como ente da Federação

responsável pela população local, estando mais próximo da realidade local; é a

redistribuição das responsabilidades quanto à promoção da saúde, ficando

cada ente da Federação responsável, conforme o grau de abrangência, pela

intervenção necessária;

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- Eqüidade: esse princípio define que a provisão de ações e serviços de

saúde deve considerar as disparidades sociais e regionais existentes em nosso

país e tentar reduzir essas diferenças através de políticas de saúde

estratégicas e prioritárias, conforme necessidade percebida;

- Hierarquização e Regionalização: de acordo com esses princípios, o

serviço de saúde deve ser organizado conforme o grau de complexidade sendo

a rede básica a responsável por acolher os indivíduos e promover o máximo de

resolutividade quanto possível e, caso o problema deles não possa ser

resolvido, referenciá-los a serviços equipados com mais tecnologia e

adequados para atender problemas de maior complexidade, em uma área

regionalizada, ou seja, geograficamente delimitada e com população definida;

- Integralidade: esse princípio demonstra que a atenção à saúde deve

considerar as necessidades específicas de cada pessoa ou grupo de pessoas:

homens, mulheres, jovens, crianças, idosos. Considera-se também a incidência

de doenças, fatores socioeconômicos e culturais, etnias, etc.

- Participação Popular: esse princípio garante, constitucionalmente, a

participação da população na formulação das políticas de saúde e controle de

sua execução, através de suas entidades representativas, em nível municipal,

estadual e federal;

- Universalização: de acordo com esse princípio, a saúde é um direito

de todos e é dever do Estado (Poder Público) prover serviços e ações que

garantam esse direito. A Universalidade promove serviços e ações com ênfase

na prevenção de doenças e redução do tratamento de agravos.

O SUS está amparado em uma vasta legislação, baseada em três

pilares: a Constituição Federal de 1.988, a Lei 8.080, de 19 de setembro de

1.990 e a Lei 8.142, de 28 de setembro de 1.990. Complementarmente,

existem as Normas Operacionais Básicas do SUS, que, através de portarias,

têm normatizado o processo de produção social da saúde, com o objetivo de

torná-lo eficiente, igualitário e de qualidade. O SUS é destinado a todos os

cidadãos e é financiado com recursos arrecadados através de impostos e

contribuições sociais pagos pela população e compõem os recursos do

governo federal, estadual e municipal.

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Gestão em Saúde é um trabalho bastante específico porque a saúde

não é um produto acabado que possa ser rotulado, estocado, distribuído,

exposto em prateleiras ou vitrines, vendido ou fornecido aos clientes quando

esses o desejarem, com opcionais de cor, marca, tamanho, modelo etc.. Pode

sim ser considerada uma prestação de serviço que somente se concretiza

quando é entregue ao cliente individual (paciente) ou coletivo (comunidade) na

forma de programas para promover a saúde, atendimento ambulatorial ou

hospitalar, realização de exames, cuidados variados com diferentes graus de

complexidade, que envolvem um grande número de profissionais da saúde

como médicos, biomédicos, equipe de enfermagem, nutricionistas,

fisioterapeutas e técnicos especializados em diversas áreas da saúde e

também de outros profissionais como recepcionistas, técnicos administrativos,

higienizadores etc., que compõem o quadro dos recursos humanos. Também

são necessários outros insumos: equipamentos, instalações e tecnologia para

operá-los. No caso do SUS, essa prestação de serviços não constitui ônus para

o usuário, porém tem um custo que é financiado pelos cofres públicos: União,

Estados e Municípios, os quais participam com percentuais definidos pela EC

(Emenda Constitucional) 29 aprovada em 2.000 e cujos percentuais são:

10%,12% e 15% para União, Estados e Municípios, respectivamente.

1.2. Formas de gestão do SUS

O processo de gestão do SUS se dá a partir das definições legais

explícitas da Constituição Federal de 1.988 e das Leis 8.080/90 e 8.142/90 e é

orientado pelas Normas Operacionais do SUS instituídas por meio de portarias

ministeriais, as quais estabelecem as competências e demais definições.

Desde o início do processo, foram publicadas três Normas Operacionais

Básicas (NOB/SUS 01/91, NOB/SUS 01/93 e NOB/SUS 01/96). Em 2.001 foi

publicada a primeira Norma Operacional da Assistência a Saúde (NOAS/SUS

01/01), que foi revista e publicada em 2.002, a qual se encontra atualmente em

vigor (NOAS/SUS 01/02). O Pacto pela Saúde, aprovado pelo Conselho

Nacional de Saúde em 09 de fevereiro de 2.006 e publicado através da

Portaria/GM № 399 em 22 de fevereiro de 2.006, o qual está estruturado em

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três pilares: Pacto pela Vida, Pacto em Defesa do SUS e Pacto de Gestão,

constitui um importante avanço na adoção das melhores práticas, inclusive em

relação à forma de gestão. O Pacto pela Saúde é um conjunto de reformas

institucionais do SUS pactuado entre as três esferas de gestão (União, Estados

e Municípios) com o objetivo de promover inovações nos processos e

instrumentos de gestão, visando alcançar maior eficiência e qualidade das

respostas do Sistema Único de Saúde. Ao mesmo tempo, o Pacto pela Saúde

redefine as responsabilidades de cada gestor em função da necessidade de

saúde da população e na busca da eqüidade social.

No Pacto pela Vida, estão enumeradas prioridades básicas em saúde

que os três entes federados devem perseguir, com metas e indicadores para

avaliação anual.

Já o Pacto em Defesa do SUS visa iniciar um movimento de

repolitização da saúde, nos moldes da Reforma Sanitária, em defesa do caráter

público e universal do sistema de saúde brasileiro.

No Pacto de Gestão, União, Estados, Municípios e Distrito Federal

acordaram um conjunto de responsabilidades comuns e específicas em relação

à descentralização, à regionalização, ao financiamento, ao planejamento, à

programação pactuada e integrada, à regulação, à gestão do trabalho, à

educação na saúde, à participação e ao controle social.

O SUS é um sistema de saúde, regionalizado e hierarquizado, que integra o conjunto das ações de saúde da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, onde cada parte cumpre funções e competências específicas, porém articuladas entre si, o que caracteriza os níveis de gestão do SUS nas três esferas governamentais. (BRASIL, 2003).

O gerenciamento do setor da saúde tem sido alvo de grande

preocupação, inclusive na área financeira. O SUS é um sistema que está em

constante desenvolvimento procurando ampliar suas ações e agregar novos

conceitos e conhecimentos com o intuito de superar novos desafios. Uma

dessas ações é o processo de Descentralização do SUS que começou a ser

implantado em 1.990 após regulamentação com as Leis 8.080/90 e 8.142/90,

com o objetivo de ter o município como base. Esse processo se desencadeou

devido à complexidade do sistema, às diferenças regionais, considerando a

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extensão do território brasileiro. A idéia de descentralização é que o Município

pode assumir e atuar como base da Federação, com maior agilidade e

eficiência estando mais próximo da sua própria realidade. O processo de

descentralização é direcionado através de Normas Operacionais Básicas do

SUS, estabelecidas pelo Ministério da Saúde.

A descentralização faz com que as decisões sejam pulverizadas nos níveis mais baixos da organização. A tendência moderna é no intuito de descentralizar para proporcionar melhor utilização dos recursos humanos. O principio que rege a descentralização é assim definido: a autoridade para tomar ou iniciar a ação deve ser delegada tão próxima da cena quanto possível (CHIAVENATO, 2003, p. 162).

Outra ação foi a elaboração do Manual de Gestão de Recursos

Financeiros (COUTTOLENC, BERNARD FRANÇOIS, 1998) elaborado para

Gestores Municipais de Saúde o qual traz várias abordagens sobre o

gerenciamento dos recursos financeiros na saúde pública e ressalta a

importancia de ter profissionais e instituições capacitadas para desempenhar

essa função. Segundo o Manual, o gestor de saúde deve ser um profissional

que domine uma gama de conhecimentos e habilidades das áreas de saúde e

administração, assim como ter uma visão holística do contexto em que elas

estão inseridas e ter um forte compromisso social. O Manual também ressalta

que tanto a instituição quanto as pessoas que nela atuam precisam

desenvolver uma dinâmica de aprendizagem e inovação que possibilitem

adaptação às mudanças do mundo atual, capacite as pessoas para a realidade

presente e prepare-as para acompanhar as transformações futuras. Vários

outros manuais foram elaborados e disponibilizados para os gestores, nos três

níveis de atuação, com o objetivo de orientar o desenvolvimento das ações,

dentro dos parâmentros legais.

1.3. Planejamento da Saúde Pública

No planejamento público a abordagem centra-se na análise da compatibilização do Plano Plurianual com a Lei de Diretrizes Orçamentárias, Lei Orçamentária Anual e execução da despesa, evidenciando-se as metas, cumprimento e

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financiamento, de modo que se possa avaliar a aplicação de recursos nos parâmetros de excelência de como gastar bem, com transparência e controle, para que se tenha economicidade, eficiência e eficácia, com vistas à qualidade de atendimento ao usuário do SUS. (MANUAL DE AUDITORIA NA GESTÃO DOS RECURSOS FINANCEIROS DO SUS, 2004, pag. 6).

O processo de gerir ou administrar é composto de quatro funções:

planejamento, organização, direção e controle. Após a implementação da ação

essas quatro funções tornam-se cíclicas.

De acordo com o Manual Básico sobre Gestão Financeira do Sistema

Único de Saúde, desenvolvido pelo Ministério da Saúde e Fundo Nacional de

Saúde em 2003, pág. 48, “o Planejamento é o trabalho de preparação para

qualquer empreendimento. Pode ser entendido também como o processo que

leva ao estabelecimento de um conjunto coordenado de ações visando à

consecução de determinados objetivos. Nesse sentido, consiste na elaboração

de planos ou programas governamentais”. Segundo o Ministério da Saúde, o

planejamento em Saúde Pública é feito através de Programas que busquem

soluções para os problemas identificados a partir de diagnóstico realizado. Os

programas expressam as Políticas de Saúde as quais objetivam uma mudança

na atual situação. “Os Programas contém objetivos, metas (objetivos

quantificados) e indicadores que permitem acompanhar, controlar e avaliar a

sua execução” (BRASIL, 2003, pág.48).

Em relação ao planejamento do SUS, a Lei Nº 8.080/90, Capítulo III, art.

36 dá a seguinte orientação: “O processo de planejamento e orçamento do

Sistema Único de Saúde (SUS) será ascendente, do nível local até o federal,

ouvidos seus órgãos deliberativos, compatibilizando-se as necessidades da

política de saúde com a disponibilidade de recursos em planos de saúde dos

Municípios, dos Estados, do Distrito Federal e da União”.

Mais recentemente foi criado o Planejasus (Sistema de Planejamento do

Sistema Único de Saúde) que é representado pela atuação contínua,

articulada, integrada e solidária do planejamento das três esferas de gestão do

SUS. Ele é regulamentado pela Portaria Nº 3.085, de 1º de dezembro de 2006

a qual considera que “o planejamento constitui instrumento estratégico para a

gestão do SUS nas três esferas de governo e que sua atuação sistêmica

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contribuirá, oportuna e efetivamente, para a resolubilidade e a qualidade da

gestão, das ações e dos serviços prestados à população brasileira”. A mesma

Portaria também institui três instrumentos básicos para o processo de

planejamento do SUS, a saber:

• Plano de Saúde

É o instrumento que, a partir de uma análise situacional, apresenta as

intenções e os resultados a serem buscados no período de quatro anos,

os quais são expressos em objetivos, diretrizes e metas. É a definição

das políticas de saúde numa determinada esfera de gestão. É a base

para a execução, o acompanhamento, a avaliação e a gestão do sistema

de saúde.

• Programação Anual de Saúde

É o instrumento que operacionaliza as intenções expressas no Plano de

Saúde. Nela são detalhadas as ações, as metas e os recursos

financeiros que operacionalizam o respectivo Plano, assim como

apresentados os indicadores para a avaliação (a partir dos objetivos, das

diretrizes e das metas do Plano de Saúde).

• Relatório Anual de Gestão

É o instrumento que apresenta os resultados alcançados, apurados com

base no conjunto de indicadores, que foram indicados na Programação

para acompanhar o cumprimento das metas nela fixadas e orienta

eventuais redirecionamentos que se fizerem necessários (PORTARIA Nº

3.085, 01/12/06, art.4º, § 4º).

A Portaria Nº 3.085, art.4º, § 2º ressalta que estes instrumentos, em

cada esfera de gestão do SUS, deverão ser compatíveis com os respectivos

Planos Pluarianuais (PPA), a Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) e a Lei

Orçamentária Anual (LOA), conforme dispositivos constitucionais e legais

acerca destes instrumentos.

O Planejasus possui atualmente nove (09) volumes com temas

pertinentes ao planejamento do SUS como, por exemplo, Organização e

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Funcionamento (vol. 01), Estudo sobre o arcabouço legislativo do planejamento

(vol. 03) entre outros. Todos os volumes estão disponíveis no Portal da Saúde

no site:

http://portal.saude.gov.br/portal/saude/profissional/area.cfm?id_area=1098.

1.3.1. Instrumentos do Planejamento Público na Saúde

Os instrumentos de Planejamento da Saúde Pública são:

• Plano Plurianual – PPA

• Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO

• Lei Orçamentária Anual – LOA

• Agenda de Saúde

• Plano de Saúde

- Plano Plurianual – PPA

O PPA é instituído por lei, estabelecendo, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da Administração Pública para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para aquelas referentes a programas de duração continuada. Os investimentos cuja execução seja levada a efeito por períodos superiores a um exercício financeiro, só poderão ser iniciados se previamente incluídos no PPA ou se nele incluídos por autorização legal. A não observância deste preceito caracteriza crime de responsabilidade. (MANUAL DE AUDITORIA NA GESTÃO DOS RECURSOS FINANCEIROS DO SUS, 2004, pag. 8).

De acordo com o Manual Básico de Gestão Financeira do Sistema Único

de Saúde, o PPA é elaborado no primeiro ano de mandato do governante

(Chefe do Poder Executivo) e encaminhado para a aprovação do Poder

Legislativo até 31 de agosto, para viger no 2º, 3º e 4º anos do seu mandato. O

sucessor governará no primeiro ano do seu mandato com o PPA elaborado

pelo governo anterior. É com base no PPA que é elaborado a LDO.

O Poder Executivo deve elaborar o PPA até o dia 30 de agosto do

primeiro ano de governo, cabendo ao Poder Legislativo a sua aprovação até o

dia 15 de dezembro do mesmo ano.

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- Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO

De acordo com o Manual de Auditoria na gestão dos recursos

financeiros do SUS, 2004, pag. 8, a Lei de Diretrizes Orçamentárias é a Lei que

antecede a Lei Orçamentária Anual, que irá prever as diretrizes a serem

executadas no exercício seguinte não só nos programas de saúde como

também em todos os programas de governo. Esta Lei é a base para

elaboração pelas Secretarias de Saúde do Plano Municipal de Saúde, para o

exercício seguinte à vigência a esta lei.

O § 2º do art. 165 da Constituição Federal estabelece que a “Lei de

Diretrizes Orçamentárias compreenderá metas e prioridades da administração

pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro

subsequente, orientará a elaboração da Lei Orçamentária Anual, disporá sobre

as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das

agências financeiras oficiais de fomento”.

A LDO – deve ser apresentada, anualmente, pelo Governo, até o dia 30

de abril.

- Lei Orçamentária Anual – LOA

“A LOA define recursos, para o próximo exercício financeiro, estimando

receitas e fixando despesas, relativas aos três poderes (Legislativo, Judiciário e

Executivo). Inclui todos os órgãos da administração direta e indireta, os fundos

especiais (inclusive os fundos de saúde), fundações e demais instituições

mantidas pelo poder público” (BRASIL, 2003, pág. 52).

O Manual de Auditoria na Gestão dos Recursos Financeiros do SUS,

2004, pág. 11, afirma que a LOA contém a discriminação da receita e da

despesa pública, de forma a evidenciar a política econômica, financeira, e o

programa de trabalho do governo, obedecidos os princípios de unidade,

universalidade e anualidade.

O Plano Plurianual, a Lei de Diretrizes Orçamentárias e a Lei

Orçamentária Anual são de natureza constitucional, estão expressas no art.

165 da Constituição Federal.

De acordo com o § 5º do art. 165 da Constituição Federal, a LOA

compreenderá:

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• Orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e

entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações

instituídas e mantidas pelo Poder Público;

• Orçamento de investimento das empresas em que a União direta ou

indiretamente detenha a maioria do capital social com direito a voto;

• Orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e

órgãos a ela vinculados, da administração direta e indireta, bem como os

fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.

A LOA – deve ser apresentada, anualmente, pelo Executivo Federal ao

Legislativo, até o dia 30 de agosto; estados e municípios devem fazê-lo até 30

de setembro.

Os instrumentos orçamentários – PPA, LDO e LOA – são leis que exprimem, em termos financeiros, a destinação de recursos públicos para as necessidades, diretas ou indiretas, de atendimento ao cidadão. Tais documentos não se constituem apenas em um conjunto organizado de receitas e despesas aprovadas com a finalidade de dar cumprimento formal e legal à matéria. Ao contrário, espelham decisões políticas. (BRASIL, 2003, pág. 52).

- Agenda de Saúde

De acordo com o Manual de Auditoria na Gestão dos Recursos

Financeiros do SUS, 2004, pag. 12, a Agenda de Saúde estabelece os eixos

referenciais prioritários no processo de planejamento em saúde. O Manual

afirma que as agendas orientam a elaboração dos planos de saúde dos

respectivos níveis de governo, contemplando quadro de metas quantificáveis e

passíveis de acompanhamento, servindo de base para a elaboração dos

futuros relatórios de gestão, correlacionando os resultados obtidos com os

recursos aplicados para o período de quatro anos de gestão. Segundo a

mesma fonte, a definição das prioridades do nível nacional para o estadual e

municipal estabelece, entre os gestores, um entendimento em torno dos

objetivos fundamentais para a melhoria da situação de saúde e da qualidade

da atenção oferecida à população, gerando a Agenda de Saúde.

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- Plano de Saúde

“Os planos de saúde serão a base das atividades e programações de

cada nível de direção do Sistema Único de Saúde (SUS), e seu financiamento

será previsto na respectiva proposta orçamentária” (LEI Nº 8.080/90, art. 36, §

1º).

“O Plano de Saúde é o instrumento básico que, em cada esfera, norteia

a definição da Programação Anual das ações e serviços de saúde prestados,

assim como da gestão do SUS” (PORTARIA Nº 3.085, 01/12/06, art. 4, § 3º).

De acordo com O NOME DO DOCUMENTO (BRASIL, 2003, pág. 50), o

Plano de Saúde explicita o diagnóstico da situação social e sanitária, os

objetivos, metas e prioridades da ação de governo em saúde. Ressalta também

que o Plano de Saúde deve conter e compatibilizar em cada esfera, de forma

clara, o quadro de metas, a programação pactuada e integrada, os resultados

físicos e financeiros.

O Plano de Saúde é revisado, anualmente, em função de novas metas

de gestão e adequação à dinâmica da política de saúde.

A Agenda de Saúde e o Plano de Saúde devem ser submetidos, pelos

Órgãos Gestores, aos respectivos Conselhos de Saúde.

Os programas previstos no Plano e na Agenda de Saúde constituem a base para a elaboração dos instrumentos do processo orçamentário – Plano Plurianual (PPA), Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA). (BRASIL, 2003, pág. 52).

1.3.2. Fundos de Saúde

O Fundo de Saúde é considerado um fundo especial como está explicito

na Lei nº 4.320, de 17/03/64, a qual dispõe no art. 71 que “constitui fundo

especial o produto de receitas especificadas que, por lei, se vinculam à

realização de determinados objetivos ou serviços, facultada adoção de normas

peculiares de aplicação”.

De acordo com o Manual de Auditoria na Gestão dos Recursos

Financeiros do SUS, 2004, pag. 40, a Lei Orgânica da Saúde nº 8.080, de

19/09/90 (art.9°, § 2°art. 32, art. 33) juntamente com a Lei nº 8.142, de

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28/12/90 (art. 4°), estabeleceram que os Estados, o Distrito Federal e os

Municípios, para receberem os recursos do SUS, devem ter Fundo de Saúde.

Existe um Fundo de Saúde para cada esfera de governo: Federal,

Estadual e Municipal.

O Fundo Nacional de Saúde (FNS) é o gestor financeiro, na esfera

federal, dos recursos do Sistema Único de Saúde (SUS). Tem como missão

"contribuir para o fortalecimento da cidadania, mediante a melhoria contínua do

financiamento das ações de saúde". De acordo com a Lei 8.142/90, art. 2º,

Parágrafo Único, “os recursos referidos no inciso IV deste artigo destinar-se-ão

a investimentos na rede de serviços, à cobertura assistencial ambulatorial e

hospitalar e às demais ações de saúde” e no art. 4º, inciso I, a Lei afirma que

para receber os recursos os Estados, Municípios e Distrito Federal deverão

contar com Fundo de Saúde. O art. 33 da Lei 8.080/90 institui que os recursos

financeiros do Sistema Único de Saúde – SUS serão depositados em conta

especial, em cada esfera de atuação, e movimentados sob fiscalização dos

respectivos Conselhos de Saúde, ou seja, serão administradas pelo Ministério

da Saúde, Secretarias Estaduais de Saúde e Secretarias Municipais de Saúde

através de seus respectivos Fundos.

O Fundo Estadual de Saúde (FES) é o gestor financeiro na esfera

estadual, seus recursos foram instituídos pela Lei nº 6.575, de 05 de julho de

1.973, regulamentados pelo Decreto nº 33.845, de 04 de fevereiro de 1.991 e

destinam-se a apoiar, em caráter supletivo, os programas de trabalho

relacionados com a saúde individual e coletiva, desenvolvidos ou coordenados

pela Secretaria Estadual da Saúde. O FES deve, entre outras atribuições,

prestar contas ao FNS fornecendo relatórios, documentos e prestação de

informações sobre Convênios, Portarias, Acordos, Contratos, Termos de

Cooperação entre outros.

O Fundo Municipal de Saúde (FMS) é o gestor financeiro na esfera

municipal. Suas atribuições são realizar o Planejamento Orçamentário e

Financeiro, Execução Orçamentária e Financeira, Execução Contábil,

Monitoramento, Avaliação e Controle, entre outras, na esfera Municipal.

Os recursos públicos destinados às ações e serviços de saúde devem ser aplicados, obrigatoriamente, por meio dos Fundos

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de Saúde, sendo acompanhados na sua destinação e utilização pelos respectivos Conselhos de Saúde, tanto da União quanto dos Estados, Distrito Federal e Municípios, o que garante a participação da comunidade no controle dos recursos destinados à área da saúde. (BRASIL, 2003, pág.16)

1.3.3. Conselhos de Saúde

O Conselho de Saúde possui caráter permanente e deliberativo, órgão colegiado composto por representantes do governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários, atua na formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde na instância correspondente, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, cujas decisões serão homologadas pelo chefe do poder legalmente constituído em cada esfera do governo. (Lei Nº 8.142/90, art. 1º, § 2º).

- Conselho Nacional de Saúde (CNS) – instância máxima de deliberação do

Sistema Único de Saúde – SUS - de caráter permanente e deliberativo, tem

como missão a deliberação, fiscalização, acompanhamento e monitoramento

das políticas públicas de saúde.

O CNS é um órgão vinculado ao Ministério da Saúde composto por

representantes de entidades e movimentos representativos de usuários,

entidades representativas de trabalhadores da área da saúde, governo e

prestadores de serviços de saúde, sendo o seu Presidente eleito entre os

membros do Conselho.

É competência do Conselho, dentre outras, aprovar o Orçamento da

Saúde assim como, acompanhar a sua execução orçamentária. Também cabe

ao pleno do CNS a responsabilidade de aprovar a cada quatro anos o Plano

Nacional de Saúde.

Fonte: <http://conselho.saude.gov.br>. Acesso em 08/02/13.

- Conselho Estadual de Saúde (CES) – é um órgão colegiado, ou seja, tem

diversas representações e as decisões são tomadas em grupo, com o

aproveitamento de várias experiências. É regulamentado pela Lei Federal de

Nº 8.142/90, pelo Decreto Estadual Nº 3.887/92 e foi reestruturado pelo

Decreto Nº 4.566/95. De acordo com o art. 1º deste último decreto, o CES tem

composição paritária e de caráter permanente, delibera propostas e pode ser

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consultado pela sociedade e é corresponsável pela elaboração e atualização

das políticas estaduais de saúde. Também possui a atribuição de fiscalizar e

controlar as ações e serviços de saúde de qualquer natureza, bem como os

aspectos econômicos, financeiros, recursos humanos e vigilância sanitária nos

serviços de saúde do Estado.

O Conselho Estadual de Saúde é formado por representantes do

governo, dos prestadores de serviços, dos profissionais de saúde e dos

usuários do sistema, sendo: 25% de trabalhadores do Sistema Único de

Saúde (SUS), 25% de gestores/prestadores e 50% de usuários. A

representação dos usuários é paritária, em relação ao conjunto dos demais

segmentos, é diversificada, de modo a permitir que as decisões tenham

influência em todos os setores da sociedade. Assim, movimentos sociais,

sindicatos e associações apresentam suas necessidades e fazem avaliações

sobre a política de saúde desenvolvida pelo Estado.

Fonte: <http://www.saude.go.gov.br>. Acesso em 08/02/13.

- Conselho Municipal de Saúde

Os Conselhos Municipais de Saúde (CMS) são órgãos permanentes e

deliberativos com representantes do Governo, dos prestadores de serviço,

profissionais de saúde e usuários. Atuam na formulação de estratégias e no

controle da execução da política de saúde, inclusive nos aspectos econômicos

e financeiros no município.

Fonte: <http://portal.saude.gov.br/portal/saude>. Acesso em 08/02/13.

1.4. Financiamento da Saúde Pública

A Lei Nº 8.212, de 24 de julho de 1.991, (Lei Orgânica da Seguridade

Social) art. 1º, conceitua Seguridade Social e define os princípios

constitucionais a ela aplicados, a saber:

Art. 1º A Seguridade Social compreende um conjunto integrado de ações de

iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, destinado a assegurar o direito

relativo à saúde, à previdência e à assistência social.

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Parágrafo único. A Seguridade Social obedecerá aos seguintes princípios e

diretrizes:

a) universalidade da cobertura e do atendimento;

b) uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações

urbanas e rurais;

c) seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços;

d) irredutibilidade do valor dos benefícios;

e) eqüidade na forma de participação no custeio;

f) diversidade da base de financiamento;

g) caráter democrático e descentralizado da gestão administrativa com a

participação da comunidade, em especial de trabalhadores, empresários e

aposentados.

De acordo com o art. 195 da Constituição Federal de 1.988 a seguridade

social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos

termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos

Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições

sociais:

I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei,

incidentes sobre:

a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou

creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço,

mesmo sem vínculo empregatício;

b) a receita ou o faturamento;

c) o lucro;

II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo

contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de

previdência social de que trata o art. 201;

III - sobre a receita de concursos de prognósticos.

IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele

equiparar.

Os parágrafos seguintes desse mesmo artigo instituem como será

elaborada a proposta de orçamento da seguridade social e os critérios de

transferência dos recursos da União para os outros entes federativos:

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§ 2º A proposta de orçamento da seguridade social será elaborada de forma

integrada pelos órgãos responsáveis pela saúde, previdência social e

assistência social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na lei

de diretrizes orçamentárias, assegurada a cada área a gestão de seus

recursos.

§ 10. A lei definirá os critérios de transferência de recursos para o sistema

único de saúde e ações de assistência social da União para os Estados, o

Distrito Federal e os Municípios, e dos Estados para os Municípios, observada

a respectiva contrapartida de recursos.

A Lei 8.080/90 institui no art. 31 que “o orçamento da seguridade social destinará ao Sistema Único de Saúde (SUS) de acordo com a receita estimada, os recursos necessários à realização de suas finalidades, previstos em proposta elaborada pela sua direção nacional, com a participação dos órgãos da Previdência Social e da Assistência Social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na Lei de Diretrizes Orçamentárias”. Fonte:<http://www.planalto.gov.br >. Acesso em 12/02/13.

1.4.1. Origem dos Recursos do SUS

De acordo com o Manual de Auditoria na Gestão dos Recursos

Financeiros do SUS, 2004, pag. 30 os recursos destinados à saúde provêm de:

a) Transferências do Ministério da Saúde.

b) Emenda Constitucional Nº 29/00.

c) Contrapartida do Tesouro Municipal/Estadual (convênios e Lei Nº 8.142/90,

art. 4º, inciso V).

d) Outras fontes como doações, alienações patrimoniais, rendimentos de

capital, etc.

Segundo a mesma fonte, págs. 29 e 30, os recursos provenientes de

Transferências do Ministério da Saúde (a), são originados da seguinte forma:

a) Recursos Internos (Tesouro)

b) Recursos Internacionais

c) Arrecadação Direta (DPVAT)

O Manual ressalta que os recursos destacados no item “a“ são

repassados ao Ministério da Saúde pela Secretaria do Tesouro Nacional,

originam-se das seguintes fontes, dentre outras:

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150 – Recursos diretamente arrecadados.

151 – Contribuição Social sobre o Lucro das Pessoas Jurídicas.

153 – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social.

155 – Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF-

66,67%)

Os recursos do item “b“ são aqueles que se originam de contratos

firmados com organizações internacionais de crédito, tais como o Banco

Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento – BIRD e o Banco

Interamericano para o Desenvolvimento – BID.

Os recursos do item “c” determinados no Decreto Nº 2.867, de 14/12/98

o qual especifica a sistemática de arrecadação do seguro obrigatório de Danos

Pessoais Causados por Veículos Automotores – DPVAT e estabelece que o

repasse do prêmio de seguro deve ser feito diretamente ao Fundo Nacional de

Saúde – FNS, obedecendo à seguinte distribuição:

a) para crédito no FNS – 45% do valor bruto recolhido;

b) para o DETRAN – 5% para aplicação exclusiva em programa de

prevenção de acidentes de trânsito, e

c) para as companhias seguradoras - 50%.

1.5. Aplicação dos Recursos Financeiros do SUS.

Os recursos destinam-se a prover, nos termos do art. 2° da Lei N°

8.142/90, as despesas do Ministério da Saúde, de seus órgãos e entidades da

administração indireta, bem como as despesas de transferência para a

cobertura de ações e serviços de saúde a serem executados pelos Municípios,

Estados e Distrito Federal.

A transferência Fundo a Fundo consiste no repasse de valores, regular e

automático, diretamente do FNS para os Estados e Municípios,

independentemente de convênio ou instrumento similar, de acordo com as

condições de gestão do beneficiário, estabelecidas na NOB 01/96 e NOAS

01/2001. Destina-se ao financiamento dos programas do SUS e abrange

recursos para a Atenção Básica (PAB fixo e PAB variável) e para os

procedimentos de Média e Alta Complexidade.

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De acordo com a Lei Complementar Nº 141, de 13 de janeiro de 2.012,

Art. 5º a União aplicará, anualmente, em ações e serviços públicos de saúde, o

montante correspondente ao valor empenhado no exercício financeiro anterior,

apurado nos termos desta Lei Complementar, acrescido de, no mínimo, o

percentual correspondente à variação nominal do Produto Interno Bruto (PIB)

ocorrida no ano anterior ao da lei orçamentária anual. O § 2o desse mesmo

artigo ressalva que “em caso de variação negativa do PIB, o valor de que trata

o caput não poderá ser reduzido, em termos nominais, de um exercício

financeiro para o outro”.

O art. 6º define que os Estados e Distrito Federal aplicarão, anualmente,

em ações e serviços públicos de saúde, no mínimo 12% (doze por cento) da

arrecadação de impostos a que se refere o art. 155 e dos recursos de que

tratam o art. 157, a alínea “a” do inciso I e o inciso II do caput do art. 159, todos

da Constituição Federal, deduzidas as parcelas que forem transferidas aos

respectivos Municípios.

O art. 7º define que os Municípios e o Distrito Federal aplicarão

anualmente em ações e serviços públicos de saúde, no mínimo, 15% (quinze

por cento) da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 156 e dos

recursos de que tratam o art. 158 e a alínea “b” do inciso I do caput e o § 3º do

art. 159, todos da Constituição Federal.

Conforme o Ministério da Saúde, os recursos federais repassados para

Estados e Municípios através dos respectivos Fundos de Saúde devem

utilizados exclusivamente na execução de ações e serviços de saúde previstos

no Plano de Saúde (Lei 8.080/90) aprovado pelo Conselho de Saúde. Deve-se

elaborar um Plano de Aplicação dos recursos e submetê-lo ao Conselho de

Saúde. Os recursos devem ser utilizados somente em despesas das unidades

de saúde.

O Ministério da Saúde ressalva que os recursos não podem ser

utilizados em despesas das atividades administrativas das Secretarias de

Saúde, bem como para aquisição, ampliação e reforma de imóveis e aquisição

de equipamentos que não sejam destinados às ações finalísticas de saúde.

Fonte: <http://www.mp.go.gov.br>. Acesso em 08/02/13.

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1.6. Prestação de Contas

De acordo com a Lei Nº 8.689, de 27 de julho de 1.993 art. 12, “o gestor

do Sistema Único de Saúde em cada esfera de governo apresentará,

trimestralmente, ao conselho de saúde correspondente e em audiência pública

nas câmaras de vereadores e nas assembléias legislativas respectivas, para

análise e ampla divulgação, relatório detalhado contendo, dentre outros, dados

sobre o montante e a fonte de recursos aplicados, as auditorias concluídas ou

iniciadas no período, bem como sobre a oferta e produção de serviços na rede

assistencial própria, contratada ou conveniada”.

1.6.1. Instrumentos de Controle

- SIOPS - Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde -

instrumento de acompanhamento, fiscalização e controle da aplicação dos

recursos vinculados em ações e serviços públicos de saúde, formalizado pela

Portaria Interministerial N° 1.163 de 10/2003. Tem por objetivo apurar as

receitas totais e os gastos em ações e serviços públicos de saúde através de

um banco de dados que é alimentado pelos Estados, pelo Distrito Federal e

pelos Municípios, por meio do preenchimento de uma planilha disponível em

um programa desenvolvido pelo Departamento de Informática do SUS /

Ministério da Saúde (DATASUS/MS).

A informação é fundamental para a democratização da Saúde e o aprimoramento de sua gestão. A informatização das atividades do Sistema Único de Saúde (SUS), dentro de diretrizes tecnológicas adequadas, é essencial para a descentralização das atividades de saúde e viabilização do Controle Social sobre a utilização dos recursos disponíveis. Fonte: < http://www2.datasus.gov.br>. Acesso em 12/02/13.

- Relatório de Gestão – O Relatório de Gestão constitui-se da prestação de

contas dessa modalidade de transferência financeira, e serve também para

comprovar junto ao Ministério da Saúde a aplicação dos recursos transferidos

fundo a fundo para Estados, Distrito Federal e Municípios (Decreto Nº

1.651/1995, art. 3º e 6º).

O Relatório de Gestão compõe-se dos seguintes elementos:

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a) Programação e execução física e financeira do orçamento;

b) Comprovação dos resultados alcançados quanto à execução do Plano de

Saúde;

c) Demonstração do quantitativo de recursos financeiros próprios aplicados no

setor saúde, bem como das transferências recebidas de outras instâncias do

SUS;

d) Documentos adicionais avaliados pelos órgãos colegiados de deliberação

própria do SUS.

- Portal da Transparência – é um canal pelo qual o cidadão pode acompanhar

a execução financeira dos programas de governo, em âmbito federal. Estão

disponíveis informações sobre os recursos públicos federais transferidos pelo

Governo Federal a estados, municípios e Distrito Federal e diretamente ao

cidadão, bem como dados sobre os gastos realizados pelo próprio Governo

Federal em compras ou contratação de obras e serviços. Regulamentado pela

Lei Nº 12.527, de 18 de novembro de 2.011, a qual dispõe sobre o acesso à

informação, reforçando um direito já previsto na Constituição Federal de 1.988

previsto no inciso XXXIII do art. 5º, no inciso II do § 3º do art. 37 e no § 2º do

art. 216.

Fonte: Controladoria-Geral da União. Disponível em: <http://www.cgu.gov.br>. Acesso em 14/02/13.

Cada Estado possui seu Portal da Transparência onde estão disponíveis

informações que podem ser acompanhadas e fiscalizadas em relação à correta

e regular aplicação dos recursos públicos por qualquer cidadão. O Portal da

Transparência do Distrito Federal, por exemplo, disponibiliza informações sobre

Compras, Receitas Públicas, Despesas Públicas, Planejamento e Orçamento,

entre outras, através do site: http://www.transparencia.df.gov.br/. Na opção

“Compras” estão disponíveis dados das licitações dos órgãos do Governo do

Distrito Federal: Editais de Licitações – Resultados das Licitações – Consultas

a Pregões, Registros de Preços, Processos e grupos de materiais e serviços. A

Licitação está expressa na Constituição Federal no art. 37, inciso XXI,

regulamentada e normatizada pela Lei Nº 8.666, de 21 de junho de 1.993 e por

uma série de outras leis e decretos. É um instrumento nacional de gestão e

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controle financeiro. A finalidade da licitação é garantir a observância do

princípio constitucional da isonomia e a selecionar a proposta mais vantajosa

para a Administração e será processada e julgada em estrita conformidade

com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da

igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao

instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.

(Lei 8.666/93, art. 3).

- SIAFI - É o Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo

Federal que consiste no principal instrumento utilizado para registro,

acompanhamento e controle da execução orçamentária, financeira e

patrimonial do Governo Federal. Foi definido e desenvolvido pela Secretaria do

Tesouro Nacional (STN) em conjunto com o Serviço Federal de Processamento

de Dados (SERPRO), implantado em janeiro de 1.987, para suprir o Governo

Federal de um instrumento moderno e eficaz no controle e acompanhamento

dos gastos públicos, “o SIAFI é o principal instrumento utilizado para registro,

acompanhamento e controle da execução orçamentária, financeira e

patrimonial do Governo Federal”.

Seus principais objetivos são:

a) prover mecanismos adequados ao controle diário da execução orçamentária,

financeira e patrimonial aos órgãos da Administração Pública;

b) fornecer meios para agilizar a programação financeira, otimizando a

utilização dos recursos do Tesouro Nacional, através da unificação dos

recursos de caixa do Governo Federal;

c) permitir que a contabilidade pública seja fonte segura e tempestiva de

informações gerenciais destinadas a todos os níveis da Administração Pública

Federal;

d) padronizar métodos e rotinas de trabalho relativas à gestão dos recursos

públicos, sem implicar rigidez ou restrição a essa atividade, uma vez que ele

permanece sob total controle do ordenador de despesa de cada unidade

gestora;

e) permitir o registro contábil dos balancetes dos estados e municípios e de

suas supervisionadas;

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f) permitir o controle da dívida interna e externa, bem como o das

transferências negociadas;

g) integrar e compatibilizar as informações no âmbito do Governo Federal;

h) permitir o acompanhamento e a avaliação do uso dos recursos públicos; e

i) proporcionar a transparência dos gastos do Governo Federal.

O SIAFI “trata-se de uma ferramenta poderosa para executar,

acompanhar e controlar com eficiência e eficácia a correta utilização dos

recursos da União”.

Fonte: Secretaria do Tesouro Nacional. Disponível em: < https://www.tesouro.fazenda.gov.br>. Acesso em 14/02/13.

O SIAFI representou tão grande avanço para a contabilidade pública da União que hoje é reconhecido no mundo inteiro e recomendado inclusive pelo Fundo Monetário Internacional. Sua performance transcendeu as fronteiras brasileiras e despertou a atenção no cenário nacional e internacional. Vários países, além de alguns organismos internacionais, têm enviado delegações à Secretaria do Tesouro Nacional, com o propósito de absorver tecnologia para a implantação de sistemas similares. Fonte: <https://www.tesouro.fazenda.gov.br>. Acesso em 14/02/13.

Para que uma organização, empresa ou sistema funcione é necessário

que haja planejamento, organização, direção e controle das ações. O SUS em

mais de vinte anos de existência tem utilizado amplamente esses princípios

administrativos na busca da excelência na qualidade do atendimento ao público

e da eficiência em gerir os recursos a ele destinados, sejam eles materiais,

humanos, tecnológicos, financeiros etc.

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CAPÍTULO II

CONCEITOS RELACIONADOS À GESTÃO DOS RECURSOS

FINANCEIROS DO SUS

O objetivo deste capítulo é apresentar conceitos relacionados à gestão

dos recursos financeiros do SUS, com o intuito de trazer informações e

conhecimentos para melhor compreensão desta monografia.

2.1. Conceitos

Gestão significa gerenciamento, administração, onde existe uma

instituição, uma empresa, uma entidade social de pessoas, a ser gerida ou

administrada. É um ramo das ciências humanas porque tratam com grupo de

pessoas, procurando manter a sinergia entre elas, a estrutura da empresa e os

recursos existentes.

Disponível em: <http://www.significados.com.br/gestao/>. Acesso em 29/06/12.

Embora muitos autores e artigos sobre o assunto sugerem que gestão e

administração são sinônimas, e que, por conseguinte o conceito de ambas

também o é, no entanto, há referencias que sugerem diferença entre os dois

conceitos. De acordo com um dicionário online de Português, gestão é o ato de

gerir derivado da administração, palavra do português europeu, diferente de

administrar, pois quem planeja, coordena, controla e organiza é o

administrador. O ato de gerir é um ato de execução de ações pré-determinadas

por um administrador, ou seja, ações exercidas por um gerente. A palavra

"gerir" pode ser definida por gerente.

Disponível em: <http://www.dicionarioinformal.com.br>. Acesso em 29/06/12.

De acordo com o administrador André Luís Lima de Paula, em

português, o termo administração parece carregar algo de arcaico e pesado,

enquanto que o termo gestão soa como algo moderno e flexível, e acrescenta

que alguns intuem que gestão é algo superior à administração e isto é

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verdadeiro no sentido que o termo gestão vem sendo mais utilizado por

envolver mais técnica, habilidade, engenhosidade. Entretanto, enquanto

hierarquia dentro das organizações, a administração permanece acima da

gestão.

O administrador André Luís Lima de Paula ressalta que na

administração, o administrador tem a função de tratar dos aspectos gerais da

organização e que é preciso que ele tenha ampla visão de recursos humanos,

recursos financeiros, mercado, concorrência, produção, marketing, entre

outros. Desta forma a administração pode ser vista de uma forma macro,

levando em conta a empresa como um todo, bem como os rumos que

organização deverá seguir. Já a gerência é setorial, isto é, ela cuida de setores

ou departamentos específicos da empresa. O gerente exerce funções limitadas

ao seu campo de atuação ou departamento. Desta forma um gerente de

marketing não tem responsabilidades sobre a administração da tecnologia da

informação ou dos recursos financeiros, cabendo aos seus respectivos

gerentes a administração desses departamentos. O gerente é então um

comandante departamental, podendo, é claro, acumular funções de gerências

em outros setores, algo possível para pequenas e médias empresas. Disponível

em: <http://www.luis.blog.br>. Acesso em 29/06/12.

Administração é a maneira de governar organizações ou parte delas. É o

processo de planejar, organizar, dirigir e controlar o uso de recursos

organizacionais para alcançar determinados objetivos de maneira eficiente e

eficaz (CHIAVENATO, 2003).

Administração é o processo de planejar, organizar, liderar e controlar o

trabalho dos membros da organização, e de usar todos os recursos disponíveis

da organização para alcançar objetivos estabelecidos (STONER, 1999).

Administração é um tipo de esforço humano cooperativo que possui um

alto grau de racionalidade, segundo Waldo, 1964. (CURY, 2006)

Para Cury, as expressões mais importantes do conceito de Waldo são:

“cooperativo” e “alto grau de racionalidade”. Cooperatividade produz resultados

que, na ausência desta ação de cooperação não seriam obtidos ou alcançados.

A racionalidade está relacionada à ação de pensar, refletir e traçar os meios

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para atingir os fins de forma integrada, envolvendo todos os níveis dentro de

uma organização.

2.2. Funções do gestor/administrador

2.2.1. Funções do Gestor

As funções do gestor são em princípio fixar as metas a alcançar através

do planejamento, analisar e conhecer os problemas a enfrentar, solucionar os

problemas, organizar recursos financeiros, tecnológicos, ser um comunicador,

um líder, ao dirigir e motivar as pessoas, tomar decisões precisas e avaliar,

controlar o conjunto todo. Disponível em: <http://www.significados.com.br/gestao/>.

Acesso em 29/06/12.

Seja em pequenas, médias ou em grandes empresas, o principal papel do gestor é assegurar o desenvolvimento da empresa, através da geração sustentada de lucros. Para atingir este objetivo primordial, o gestor tem de exercer a autoridade que lhe foi conferida, dirigindo, coordenando e controlando os membros da sua equipe. Disponível em: <http://www.portal-gestao.com >. Acesso em 01/07/12.

Segundo Cordeiro, a evolução das organizações em termos de modelos

estruturais e tecnológicos, tendo as mudanças e o conhecimento como novos

paradigmas, tem exigido uma nova postura nos estilos pessoais e gerenciais

voltados para uma realidade diferenciada e emergente. Cordeiro ressalta que o

gestor hoje está exposto a uma gama muito mais abrangente e diversificada de

atividades do que no passado e que, consequentemente, ele precisa estar apto

a perceber, refletir, decidir e agir em condições totalmente diferentes das de

antes. De acordo com Cordeiro o gestor precisa estar preparado para lidar com

uma realidade complexa que envolve vários fatores como:

- Interdisciplinaridade - os processos de negócio envolvem equipes de

diferentes áreas, perfis profissionais e linguagens;

- Complexidade - as situações carregam cada vez um número maior de

variáveis;

- Exigüidade - o processo decisório está cada vez mais espremido em janelas

curtas de tempo, e os prazos de ação/reação são cada vez mais exíguos;

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- Multiculturalidade - o gestor está exposto a situações de trabalho com

elementos externos ao seu ambiente nativo, e, por conseguinte com outras

culturas: clientes, fornecedores, parceiros, terceiros, equipes de outras

unidades organizacionais, inclusive do estrangeiro;

- Inovação - tanto as formas de gestão, quanto a tecnologia da informação e

da comunicação, estão a oferecer constantemente novas oportunidades e

ameaças;

- Competitividade - o ambiente de mercado é cada vez mais competitivo, não

só em relação aos competidores tradicionais, mas principalmente pelos novos

entrantes e produtos substitutos.

2.2.2. Funções do administrador

Fayol define o ato de administrar como: prever, organizar, comandar,

coordenar e controlar. As funções administrativas envolvem os elementos da

Administração definidos por Fayol, ou seja, segundo ele, as funções do

administrador são:

1. Previsão – avalia o futuro e o aprovisionamento dos recursos em função

dele.

2. Organização – proporciona tudo o que é útil ao funcionamento da

empresa e pode ser dividida em organização social e material.

⇒⇒⇒⇒ Organização como uma entidade social – as pessoas interagem

entre si para alcançar objetivos específicos. É um

empreendimento humano intencionalmente moldado para atingir

determinados objetivos.

⇒⇒⇒⇒ Organização material – é o ato de organizar, estruturar e alocar

recursos, definir os órgãos incumbidos de sua administração,

estabelecer suas atribuições e relações entre eles.

3. Comando – leva a organização a funcionar. Seu objetivo é alcançar o

máximo retorno de todos os empregados no interesse dos aspectos

globais da empresa.

Segundo Silva, “parece que o comando se realiza muito mais por efeito

da integridade moral e idoneidade profissional, indispensáveis ao comandante,

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do que por efeito da aplicação metódica de regras empíricas ou disposições

legais” (1987, p. 75).

4. Coordenação – harmoniza todas as atividades do negócio, facilitando

seu trabalho e sucesso. Sincroniza coisas e ações em proporções certas

e adapta meios aos fins visados.

5. Controle – consiste na verificação para certificar se tudo ocorre em

conformidade com o plano adotado, as instruções transmitidas e os

princípios estabelecidos. O objetivo é localizar as fraquezas e erros no

intuito de retificá-los e prevenir recorrência.

Para Fayol, “a função administrativa não se concentra exclusivamente

no topo da empresa, nem é privilégio dos diretores, mas é distribuída

proporcionalmente entre os níveis hierárquicos” (CHIAVENATO, 2003, p.82).

Para Urwick, um dos seguidores de Fayol, as funções do administrados

são sete: Investigação, Previsão, Planejamento, Organização, Coordenação,

Comando e Controle.

Na verdade, Urwick apenas desdobrou a Previsão (primeiro elemento de

Fayol) em três distintos (investigação, previsão e planejamento). Para ele, os

elementos da Administração constituem a base da boa organização, uma vez

que a empresa não pode ser desenvolvida em torno de pessoas, mas de sua

organização.

Gulick, outro seguidor de Fayol, também propõe sete elementos da

Administração. São eles: Planejamento, Organização, Assessoria, Direção,

Coordenação, Informação e Orçamento. Os elementos Assessoria, Informação

e Orçamentos se diferenciam do proposto por Fayol e são amplamente aceitos

na atualidade.

“A essência do trabalho do administrador é obter resultados por meio

das pessoas que ele coordena” (LACOMBE, 2003, p.4).

A partir da Teoria Neoclássica, as funções básicas do administrador

correspondem aos elementos que Fayol definiu no seu tempo, porém, com

uma roupagem nova, atualizada.

Hoje, de modo geral, as funções do administrador aceitas são:

planejamento, organização, direção e controle. Essas quatro funções formam

um processo seqüencial que vai sendo continuamente corrigido e ajustado à

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medida que se repete, por meio da retroação, é o ciclo administrativo. Na

verdade, é mais que um processo cíclico, é também dinâmico e interativo.

Essas funções, quando consideradas isoladamente, o planejamento, a

organização, a direção e o controle constituem as funções administrativas, mas

quando consideradas de modo integrado, as funções administrativas formam o

processo administrativo, no qual as funções estão continuamente comunicando

entre si, o que permite a formação constante de informações essenciais para

avaliação, correção ou ajustamento do processo.

2.2.2.1. Planejamento

"O planejamento não diz respeito a decisões futuras, mas às implicações

futuras de decisões presentes" - Peter Drucker.

Planejamento é a função administrativa que determina antecipadamente

quais são os objetivos a serem atingidos e como se deve fazer para alcançá-

los. Segundo Lacombe, “o planejamento é um processo administrativo que visa

determinar a direção a ser seguida para alcançar um resultado desejado”

(2003, p.162).

Essa função serve de base para as demais funções. O planejamento é

um modelo teórico para uma ação futura, que define onde se pretende chegar,

o que deve ser feito, quando, como e em que seqüência. Os passos do

planejamento são:

a) Estabelecimento de objetivos

O planejamento começa com o estabelecimento dos objetivos e detalha

os planos necessários para atingi-los da melhor maneira possível. Os objetivos

são estabelecidos de forma hierárquica, ou seja, os objetivos da empresa ou

globais predominam sobre todos os demais objetivos, enquanto os objetivos de

cada divisão predominam sobre os objetivos de cada tarefa;

b) Desdobramento dos objetivos

Os objetivos maiores impõem-se aos objetivos específicos. Os objetivos

gerais são amplos e genéricos e, à medida que desce na hierarquia, a

focalização se torna cada vez mais restrita e detalhada. A partir dos objetivos

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organizacionais a empresa pode fixar suas políticas, diretrizes, metas,

programas, procedimentos, métodos e normas, que são os desdobramentos

dos objetivos;

c) Abrangência do planejamento

O planejamento, assim como os objetivos, é organizado de forma

hierárquica, comportando três níveis distintos: planejamento estratégico, o

tático e o operacional.

O planejamento estratégico tem conteúdo mais genérico, abrangente e

sintético. Aborda a empresa como um todo e sua visão é em longo prazo;

O planejamento tático é menos genérico e mais detalhado. Aborda cada

unidade da empresa separadamente e sua visão é em médio prazo;

O planejamento operacional é bem detalhado, especifico e analítico.

Aborda cada tarefa ou operação apenas e sua visão é em curto prazo;

d) Tipos de planos

O plano de ação é, ao mesmo tempo, o resultado visado, a linha de conduta a seguir, as etapas a vencer, os meios a empregar. É uma espécie de quadro do futuro, em que os acontecimentos próximos figuram com certa nitidez, segundo a idéia que deles se forme e em que os acontecimentos remotos aparecem gradualmente mais vagos. É a marcha da empresa, prevista e preparada para um período de tempo (FAYOL, 1950 apud SILVA, 1987, p. 78).

O plano é o resultado que o planejamento produz, de forma imediata.

Constitui um evento intermediário entre a elaboração do planejamento e sua

implementação. O propósito comum a qualquer plano é alcançar os objetivos

que o comanda, através da previsão, da programação e da coordenação de

uma seqüência lógica de eventos. Nesse sentido, “o plano é um curso

predeterminado de ação sobre um período específico que representa uma

resposta a uma antecipação ao tempo no sentido de alcançar um objetivo

formulado” (CHIAVENATO, 2003, p. 171).

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O plano descreve um curso de ação de forma tal que responde às

questões: o que, por quem, quando, como e onde. Existem quatro tipos de

planos:

1. Procedimentos – são os planos relacionados com métodos de trabalho

ou de execução. Quase sempre esses planos são operacionais e são

representados por fluxogramas;

2. Orçamentos – são os planos relacionados com dinheiro, receita ou

despesa, dentro de um determinado espaço de tempo. São planos

estratégicos quando abrangem a empresa como um todo, por um

período longo, como é o caso do planejamento estratégico financeiro;

são planos táticos quando se referem a uma determinada unidade ou

departamento por médio prazo como, por exemplo, os orçamentos com

o exercício anual, despesas com propagandas, cursos de capacitação

para funcionários, brindes etc. e são planos operacionais quando sua

dimensão é local e de curto prazo como fluxo de caixa, manutenções

etc.;

3. Programas ou programações – são os planos relacionados com tempo e

atividades que devem ser executadas; o cronograma é o programa mais

simples. É um gráfico composto de duas entradas, sendo as linhas a

representatividade das tarefas e as colunas a definição do tempo em

que as tarefas devem ser executadas;

4. Normas ou regulamentos – são os planos relacionados com

comportamento solicitado às pessoas. Quase sempre são planos

operacionais e visam substituir o processo decisorial individual,

restringindo o grau de liberdade das pessoas em determinadas

situações anteriormente previstas.

Em resumo, o plano de ação facilita a utilização dos recursos da empresa e a escolha dos melhores meios para chegar ao fim; suprime ou reduz as hesitações, as manobras falsas, as mudanças injustificadas de orientação; contribui para melhorar o pessoal. É um precioso instrumento de governo. Cabe indagar por que tal instrumento não é geralmente usado e geralmente levado a seu grau mais alto de perfeição. A razão provável é a seguinte: a elaboração de um plano de ação exige dos dirigentes certas qualidades e condições muito difíceis de ser reunidas (FAYOL, 1950 apud SILVA, 1987, p. 79).

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2.2.2.2. Organização

Uma organização é uma combinação de esforços individuais que tem por finalidade realizar propósitos coletivos. Por meio de uma organização torna-se possível perseguir e alcançar objetivos que seriam inatingíveis para uma pessoa. Uma grande empresa ou uma pequena oficina, um laboratório ou o corpo de bombeiros, um hospital ou uma escola são todos exemplos de organizações (MAXIMIANO, 1991, p. 38).

A organização é a função administrativa que determina e agrupa, em

uma estrutura lógica, as atividades específicas necessárias ao alcance dos

objetivos planejados e as atribui às respectivas posições e pessoas.

A organização pode ser estrutura em três níveis diferentes:

1. Nível global – abrange a empresa como um todo. É chamado de

desenho organizacional e pode assumir três tipos: organização linear,

organização funcional e organização do tipo linha-staff;

2. Nível departamental – abrange cada departamento da empresa. É

chamado de desenho departamental ou departamentalização;

3. Nível das tarefas e operações – focaliza cada tarefa, atividade ou

operação de forma especifica. É chamado de desenho dos cargos e

tarefas. É feita por meio da descrição e análise dos cargos.

2.2.2.3. Direção

A função da direção é acionar, impulsionar, dinamizar, motivar e liderar.

Esta diretamente relacionada com os recursos humanos da empresa. Constitui

uma das mais complexas funções administrativas pelo fato de envolver

pessoas, orientação, assistência à execução, comunicação, motivação,

liderança. Através desses processos, o administrador procura influenciar seus

subordinados para que se comportem dentro das expectativas e consigam

alcançar os objetivos da organização. Para que o planejamento e a

organização possam ser eficazes, é preciso que sejam dinamizados e

complementados pela orientação dada às pessoas através de comunicação

adequada e habilidade de liderar e motivar pessoas de forma que elas

entendam e se envolvam com os objetivos a serem atingidos.

A direção pode se dar em três níveis distintos:

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1. Nível global – abrange a empresa como um todo. É a direção

propriamente dita e se refere ao nível estratégico de responsabilidade do

presidente da empresa e de cada diretor em sua respectiva área;

2. Nível departamental – abrange cada departamento. É chamado de

gerencia. Correspondo ao nível tático da organização;

3. Nível operacional – abrange cada grupo de pessoas ou de tarefas. É

chamada de supervisão. Corresponde ao nível operacional da

organização.

2.2.2.4. Controle

O controle pode ser definido como uma função do processo administrativo que, mediante a comparação com padrões previamente estabelecidos, procura medir e avaliar o desempenho e o resultado das ações, com a finalidade de realimentar os tomadores de decisões, de forma que possam corrigir ou reforçar esse desempenho ou interferir em funções do processo administrativo, para assegurar que os resultados satisfaçam às metas, aos desafios e aos objetivos estabelecidos (OLIVEIRA, 2004, p. 265).

Segundo Oliveira “controlar é comparar o resultado das ações com

padrões previamente estabelecidos, com a finalidade de corrigí-las se

necessário” (2005, p.427).

É a função administrativa que serve para assegurar que os resultados do

que foi planejado, organizado e dirigido se ajustem o máximo possível aos

objetivos estabelecidos. É um processo cíclico composto de quatro fases:

1. Estabelecimento de padrões ou critérios – os padrões representam o

desempenho desejado e podem ser expressos em tempo, dinheiro,

qualidade, unidades físicas, custos ou por meio de índices. Os critérios

representam as normas que guiam as decisões;

2. Observação do desempenho – para controlar um desempenho é

necessário ter conhecimento sobre ele. A observação ou verificação do

desempenho visa obter informação precisa a respeito daquilo que está

sendo controlado;

3. Comparação do desempenho com o padrão estabelecido – o

desempenho deve ser comparado com o padrão para verificar

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eventuais desvios ou variações. Geralmente essa comparação é feita

através de gráficos, relatórios, índices, porcentagens etc.;

4. Ação corretiva – visa adequar as operações com o objetivo de ajustá-las

aos padrões estabelecidos.

A abrangência do controle, da mesma forma que nas outras funções do

processo administrativo, também pode se feita nos níveis global, departamental

e operacional, respectivamente dentro dos planos estratégico, tático e

operacional. Essa função serve de fechamento para o processo administrativo.

2.2.3. Modelos de Gestão

Gerir a aplicação dos recursos é crucial, sejam recursos materiais, financeiros, de informação, humanos, de comunicação ou tecnológicos. A ênfase na gestão vem da necessidade de aperfeiçoar continuamente os processos de negócio, pelo aprendizado e inovação permanentes. Novos métodos de gestão, novas ferramentas de apoio, novos sistemas de informação, tudo isso representa o esforço por aperfeiçoar a gestão. (Cordeiro, 2002, pág. 3).

Cordeiro apresenta quatro modelos de gestão e ressalta que cada

organização deve escolher o modelo que melhor encaixe nas necessidades da

empresa ou organização. São eles:

2.2.3.1. Gestão Estratégica - modelo de gestão estratégica leva a empresa a

realizar um diagnóstico situacional, destacando oportunidades e ameaças, bem

como forças e fraquezas, a fim de cruzar estas realidades e descobrir suas

inter-relações. A gestão estratégica atua no sentido de levar a empresa a se

adequar à realidade de mercado, descobrir oportunidades e projetar um futuro.

Dessa forma, os processos e os investimentos serão realizados de maneira

mais organizada, racional e profissional, contribuindo para redução do grau de

incerteza e para o alcance de melhores resultados.

2.2.3.2. Gestão Participativa - A Gestão Participativa é o modelo de gestão

que mais se adapta ao novo homem da sociedade do conhecimento, indivíduo

este que tem como característica marcante o inconformismo diante de

respostas vagas e atitudes sem sentido. A Gestão Participativa necessita de

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um modelo cultural extremamente democrático e aberto, onde impere a

confiança em todos os níveis. Um conjunto de valores baseados em princípios

com os quais todos concordam.

2.2.3.3. Gestão Holística - gerenciamento holístico resgata a idéia de

entrelaçamento, de interligação, de todas as partes do meio ambiente em um

sistema, para que a abordagem do meio ambiente possa incluir todas as

variáveis, históricas, políticas, econômicas, socioculturais etc., necessárias

para se compreender e administrar adequadamente a relação de se melhorar a

sorte da humanidade.

2.2.3.4. Gestão Empreendedora – é um modelo de gestão que busca

transformar desafios em oportunidades, o que não se caracteriza em tarefa

fácil e depende muito do gestor ou empreendedor para obter sucesso, ou seja,

ele deve ser aquela pessoa que busca a solução para os problemas, que

transforma sonhos em realidade, decide por si e pela empresa a melhor

estratégia de penetração e posicionamento no mercado, determina o produto e

o público-alvo e arregaça as mangas para alcançar os objetivos e metas

traçados. Segundo Cordeiro, esse modelo de gestão exige muito disciplina,

busca continua de aperfeiçoamento e atualização sobre o mercado e

tendências através da leitura, vontade de trabalhar além do habitual,

dedicação, paixão, comunicação com as pessoas e empresas, visão holística,

criatividade, vontade de vencer, persistência para aprender cada vez mais e

não hesitar nos erros, pois eles serão fatores que tornarão o empreendimento

mais sólido e facilitarão a prosperidade do trabalho.

2.3. Indicadores de desempenho

“Os indicadores funcionam como ferramentas que conduzem ao

comportamento desejado e devem dar aos indivíduos o direcionamento que

precisam para atingir os objetivos da organização” (SÁ, 2005, p. 72). O autor

ressalta que os indicadores devem ser estabelecidos para demonstrar como a

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organização se encontra em relação à suas metas, definidas para o

cumprimento de suas estratégias e objetivos.

“Os indicadores de desempenho são os sinais vitais de uma

organização, pois permitem mostrar o que ela está fazendo e quais são os

resultados de suas ações” (CHIAVENATO, 2003, p. 454). O autor ressalta que

um sistema de medição funciona como um painel de controle para que a

organização ou cada departamento possa avaliar seu desempenho.

“São instrumentos utilizados para avaliar a performance de qualquer

atividade logística. Podem ser relatórios, auditorias, etc. Não se pode melhorar

aquilo que não mensuramos”.

Disponível em: <http://www.proimports.com.br>. Acesso em 09/07/12.

Segundo Cordeiro, a medição do desempenho é algo fundamental para

que uma empresa saiba se o caminho escolhido está sendo adequado e possa

garantir sua sobrevivência e crescimento no longo prazo.

2.4. Gestão de controle de estoque

Segundo Matsubayashi (2002), a gestão de estoque é fundamental para

a sobrevivência de qualquer tipo de empresa (industrias, varejistas, centros de

distribuição). “Presente no dia-a-dia das empresas, a gestão de estoques

suscita importantes ganhos: eficiência, redução de falhas e custos, rapidez,

confiabilidade e capacidade de rastreabilidade”, ressalta o autor. Conforme o

mesmo autor, a gestão de controle de estoque é vital e traz equilíbrio para a

organização nos critérios de disponibilidade de produto e custo, ou seja, a

disponibilidade de produto deve ser na medida certa para não gerar custo de

estocagem com excedentes e também não pode incorrer no risco de faltar o

produto, o que acarretaria prejuízo ao bom funcionamento das atividades e,

consequentemente, afetaria o resultado do negócio.

A gestão de controle de estoque é realiza através de sistemas de

controle, computadores, scanners, softwares e outros equipamentos

disponíveis no mercado, desenvolvidos exclusivamente para essa finalidade.

A gestão de controle de estoques pode ser dividida em dois grupos de

atividades: operacionais e estratégicas:

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• Operacionais – envolve uma serie de atividades como: captura e registro

de todas as movimentações físicas, recebimento, conferência,

armazenagem, movimentação interna, expedição e passagem pelo

ponto-de-venda, as quais têm como objetivo a busca pela eficiência dos

controles relativos à movimentação de produtos;

• Estratégicas - os objetivos desse tipo de gestão são os modelos de

reposição baseados em informações mais avançadas, que visam

compartilhar dados de vendas e estoques, para que a ação de reposição

seja mais eficiente e ágil. É um sistema baseado na automação.

A automação, sem dúvida, é uma ferramenta preciosa e necessária. Ela nos possibilita ter confiança total nas informações sobre os produtos já no ato do recebimento, entre "n" benefícios diretos advindos do bom controle de estoque. Dizer que a automação é um salto para a eficiência de forma alguma é um exagero. A cada dia, mais empresas e indústrias comprovaram seus benefícios: satisfação do cliente pela melhor disponibilidade de produtos; maior receita; produtos de melhor qualidade (mais frescos e apresentáveis); redução nas perdas por obsolescência ou produtos impróprios para consumo; otimização da mão-de-obra, com a automação que propicia menores taxas de erros nos processos de registro e controle das informações, bem como o melhor aproveitamento das áreas físicas. (MATSUBAYASHI, 2002).

2.5. Tecnologia da informação (TI)

Segundo Chiavenato, tecnologia da informação “são processos, práticas

ou sistemas que facilitam o processamento e o transporte de dados e

informações” (2003, p. 630).

O volume crescente de informações cruzando o planeta na velocidade da luz

serve para organizar a vida humana em todos os setores. O sucesso da

informática reside no espetacular aumento da eficácia em todas as operações

que dependem dela. A informática é um poderoso instrumento de produção e

dinamização das informações (CHIAVENATO, 2003, p.436).

O marco inicial da TI foi a Cibernética – ciência interdisciplinar que

surgiu para relacionar todas as ciências, preencher os espaços vazios não

pesquisados por nenhuma delas e permitir que cada ciência utilizasse os

conhecimentos desenvolvidos pelas outras – assim como o computador, que

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também teve sua origem nesse mesmo ponto. A cibernética integrou os

conhecimentos de diferentes áreas e especialidades da ciência – matemática,

engenharia, medicina, eletrônica, física etc. – para construir uma máquina

complexa que teria o funcionamento parecido com o cérebro humano. Essa

máquina foi chamada de Cérebro Eletrônico. Esse foi o primeiro nome dado ao

computador. Essa máquina foi sendo aperfeiçoada, compactada e

popularizada, disponibilizando a tecnologia da informação, tanto para

organizações, como para uso individual ou doméstico.

No mundo dos negócios a tecnologia é conhecida como Informática e

aparece sob a forma de centros de processamentos de dados ou de redes

descentralizadas e integradas de computadores. Por meio da informática, as

organizações implementam bancos de dados, sistemas de informação e redes

de comunicações integradas (CHIAVENATO, 2003, p.426).

“A informática é a disciplina que lida com o tratamento racional e

sistemático da informação por meios automáticos” (CHIAVENATO, 2003, p.

425). Informática não deve ser confundida com computadores. Na verdade, a

informática existe porte existem os computadores. A informação é passada ou

retida. O computador lê, registra e processa informações, guardando os

resultados desse processamento em uma memória, acessível por dispositivos

de entrada e saída.

“A TI proporcionou a Internet, a rede mundial de computadores, a

chamada infovia global ou superestrada de informação, cuja capacidade de

trafego permite que o mundo se torne uma verdadeira aldeia global”

(CHIAVENATO, 2003, p. 434).

Segundo Chiavenato, a TI modifica o trabalho dentro das organizações e

fora delas. A ligação com a Internet e a adoção de redes internas de

comunicação a partir da Intranet e da Extranet intensificam a globalização da

economia por meio da globalização da informação.

Quanto mais poderosa a tecnologia da informação, tanto mais informado e poderoso se torna o seu usuário, seja ele uma pessoa, uma organização ou um país. A informação torna-se a principal fonte de energia da organização: seu principal combustível e o mais importante recurso ou insumo (CHIAVENATO, 2003, p. 430).

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Atualmente, a Internet faz parte de todas as atividades humanas desde

as mais simples e pessoais até as mais complexas que envolvem negócios,

estrutura empresarial, comunicação globalizada, ciências etc. O mercado da

tecnologia tem oferecido produtos cada vez mais sofisticados, rápidos e de

tamanhos variados nos quais as informações virtuais podem ser facilmente

acessadas.

Alguns mecanismos têm sido implantados para disponibilizar

informações com rapidez, com o objetivo de desburocratizar os processos,

tanto quanto possível. Um exemplo disso é o Portal da Transparência que

permite aos cidadãos ter acesso à Gestão Pública e acompanhar como o

dinheiro público está sendo utilizado. É uma iniciativa da Controladoria Geral

da União (CGU), lançada em novembro de 2004, para assegurar a boa e

correta aplicação dos recursos públicos. O governo brasileiro entende que esse

mecanismo “é o melhor antidoto contra a corrupção”. Esse mecanismo pode

ser acessado através do site: www.portaltransparencia.gov.br e pode encontrar

informações sobre transferência de recursos, gastos diretos do Governo

Federal entre outras. O Portal da Transparência possui legislação própria a

qual pode ser acessada através do site citado acima. Outro mecanismo

utilizado exclusivamente para facilitar as negociações de compras do governo é

o Comprasnet, disponível no site: www.comprasnet.gov.br, que é o Portal de

Compras do Governo Federal. Esse portal disponibiliza vários serviços que

facilitam e viabilizam melhor acesso às negociações de compras, como por

exemplo, o SICAF - Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores –

no qual os fornecedores podem se cadastrar gratuitamente e terem acesso às

publicações dos editais licitatórios, enviar suas propostas entre muitas outras

opções. Tem também o SIASG – Sistema Integrado de Administração de

Serviços Gerais – que “é um conjunto informatizado de ferramentas para

operacionalizar internamente o funcionamento sistêmico das atividades

inerentes ao Sistema de Serviços Gerais - SISG, quais sejam: gestão de

materiais, edificações públicas, veículos oficiais, comunicações administrativas,

licitações e contratos, do qual o Ministério do Planejamento, Orçamento e

Gestão – MP é órgão central normativo” (MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO,

2012). A modalidade de licitação ‘Pregão Eletrônico’ é realizada através desse

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site, seguindo todas as normatizações instituídas pela legislação pertinente.

Através do site do Comprasnet é possível acessar o Manual do Pregoeiro

elaborado pelo Ministério do Planejamento, no qual consta ,passo a passo,

como proceder para participar do Pregão Eletrônico.

De acordo com as palavras do então Presidente da Republica, Luís

Inácio Lula da Silva “É preciso revestir as licitações e contratos públicos de

total transparência, mediante a universalização das tecnologias da informação

e comunicação e possibilitar à sociedade o acesso a todos os atos dos

procedimentos licitatórios." (BRASIL, 2005, p.5).

2.6. Licitação

2.6.1 Conceito:

“Licitação é o procedimento administrativo formal em que a

Administração Pública convoca, mediante condições estabelecidas em ato

próprio (edital ou convite), empresas interessadas na apresentação de

propostas para o oferecimento de bens e serviços.” Fonte: Tribunal de Contas da

União.

Hely Lopes Meirelles assim conceitua a licitação:

(...) procedimento administrativo mediante o qual a Administração Pública seleciona a proposta mais vantajosa para o contrato de seu interesse. Como procedimento, desenvolve-se através de uma sucessão ordenada de atos vinculantes para a Administração e para os licitantes, o que propicia igual oportunidade a todos os interessados e atua como fator de eficiência e moralidade nos negócios administrativos.

2.6.2. Fundamento Constitucional da Licitação Art. 37, inciso XXI e art. 175

da Constituição Federal de 1988.

De acordo com a Constituição Federal de 1988, art. 37, inciso XXI,

ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras

e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que

assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que

estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da

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proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de

qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento

das obrigações.

Conforme o art. 175, Incumbe ao Poder Público, na forma da lei,

diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de

licitação, a prestação de serviços públicos.

2.6.3. Legislação relaciona à Licitação

A licitação é um instrumento de gestão nacional de controle financeiro.

Está expressa na Constituição Federal no art. 37, inciso XXI, regulamentada e

normatizada pela Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993 e por uma série de

outras leis e decretos, os quais fazem alterações, trazem outras

regulamentações específicas para algumas modalidades de licitação, como

pregão, por exemplo, que necessitam ser conhecidas, pois são aplicadas em

todos os processos de licitações. Algumas das leis e decretos que compõem

essa ampla e complexa legislação serão citadas abaixo em síntese, mas

poderão ser examinadas na íntegra nos ANEXOS dessa monografia:

1. LEI Nº 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993.

Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui

normas para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras

providências. Essa é a Lei básica da Licitação.

2. LEI Nº 9.854, DE 27 DE OUTUBRO DE 1999.

Altera dispositivos da Lei nº 8.666 de 21 de junho de 1993, que regula o

art. 37, inciso XXI da Constituição Federal, institui normas para licitações e

contratos da Administração Pública e dá outras providencias.

3. DECRETO Nº 3.555, DE 08 DE AGOSTO DE 2000.

Aprova o Regulamento para a modalidade de licitação denominada

pregão, para aquisição de bens e serviços comuns.

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4. DECRETO Nº 3.722, DE 09 DE JANEIRO DE 2001.

Regulamenta o art. 34 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, e dispõe

sobre o Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores – SICAF.

5. PORTARIA NORMATIVA N.º 04, DE 29 DE JANEIRO DE 2001.

Dispõe sobre a divulgação no Portal de Compras do Governo Federal –

COMPRASNET, dos editais de licitação nas modalidades de tomada de preços

e concorrência.

6. DECRETO Nº 3.931, DE 19 DE SETEMBRO DE 2001.

Regulamenta o Sistema de Registro de Preços previsto no art. 15 da Lei

nº 8.666, de 21 de junho de 1993, e dá outras providencias.

7. PORTARIA N.º 306, DE 31 DE DEZEMBRO DE 2001.

Aprova implantação do Sistema de Cotação Eletrônica de Preços, fornece

instruções para utilização do sistema e estabelece condições gerais de

contratação.

8. LEI Nº 10.520, DE 17 DE JULHO DE 2002.

Institui, no âmbito da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, nos

termos do art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, modalidade de licitação

denominada pregão, para aquisição de bens e serviços comuns, e dá outras

providências.

9. INSTRUÇÃO NORMATIVA N.º 01, DE 08 DE AGOSTO DE 2002.

Estabelece procedimentos destinados à operacionalização dos módulos

que menciona, para o Sistema Integrado de Administração de Serviços Gerais

– SIASG.

10. DECRETO N.º 4.342, DE 23 DE AGOSTO DE 2002.

Altera dispositivos do Decreto n.º 3931, de 19 de setembro de 2001, que

regulamenta o Sistema de Registro de Preços previsto no art. 15 da Lei n.º

8.666, de 21 de junho de 1993, e dá outras providências.

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11. DECRETO N.º 4.485, DE 25 DE NOVEMBRO DE 2002.

Dá nova redação a dispositivos do Decreto n.º 3.722, de 09 de janeiro de

2001, que regulamenta o art. n.º 34 da Lei n.º 8.666, de 21 de junho de 1993, e

dispõe sobre o Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores –

SICAF.

12. PORTARIA NORMATIVA N.º 57, DE 09 DE MAIO DE 2003.

Atualização de dados no Sistema de Administração de Serviços Gerais –

SIASG, pelos órgãos e entidades integrantes do Sistema de Serviços Gerais –

SISG, no âmbito da Administração Pública Federal, para efeito de subsidiar

políticas de contratações de serviços.

13. DECRETO Nº 5.450, DE 31 DE MAIO DE 2005.

Regulamenta o pregão, na forma eletrônica, para aquisição de bens e

serviços comuns, e dá outras providências.

14. DECRETO Nº 5.504, DE 05 DE AGOSTO DE 2005.

Estabelece a exigência da utilização do pregão, preferencialmente na

forma eletrônica, para entes públicos ou privados, nas contratações de bens e

serviços comuns, realizadas em decorrência de transferências voluntárias de

recursos públicos da União, decorrentes de convênios ou instrumentos

congêneres, ou consórcios públicos.

15. DECRETO Nº 6.204, DE 05 DE SETEMBRO DE 2007.

Regulamenta o tratamento favorecido, diferenciado e simplificado para

as microempresas e empresas de pequeno porte nas contratações públicas de

bens, serviços e obras, no âmbito da administração pública federal.

16. LEI Nº 12.349, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2010.

Altera as Leis nos 8.666, de 21 de junho de 1993, 8.958, de 20 de

dezembro de 1994, e 10.973, de 2 de dezembro de 2004; e revoga o § 1o do

art. 2o da Lei no 11.273, de 6 de fevereiro de 2006.

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2.6.4. Finalidade da Licitação

A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia e a selecionar a proposta mais vantajosa para a Administração e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos. (Lei Nº 8.666/93, art. 3).

2.6.5. Fases da Licitação

“O procedimento da licitação será iniciado com a abertura de processo

administrativo, devidamente autuado, protocolado e numerado, contendo a

autorização respectiva, a indicação sucinta de seu objeto e do recurso próprio

para a despesa (...)” (Lei Nº 8.666/93, art. 38).

A licitação é composta de duas fases: interna e externa. A fase interna

consiste de procedimentos formais como elaboração do edital e definição da

modalidade de licitação. Esses procedimentos são realizados por uma

comissão de licitação.

A fase externa inicia-se com abertura do Edital (instrumento

convocatório) ao público a qual é sucedida pelas fases da habilitação,

julgamento objetivo das propostas, homologação e adjudicação.

A elaboração do Edital é uma tarefa bastante complexa, sua forma de

elaboração e o conteúdo estão descriminadas no art. 40 da Lei Nº 8.666/93 e

nos incisos de I a XVII e § 1º a 4º deste artigo.

2.6.6. Modalidades de Licitação

Inicialmente foram instituídas pela Lei Nº 8.666/93 cinco (05)

modalidades de licitação:

1. Concorrência

2. Tomada de preços

3. Convite

4. Concurso

5. Leilão

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Posteriormente, através do Decreto Nº 3.555/2000 foi aprovado o

regulamento para a modalidade de licitação denominada Pregão, para

aquisição de bens e serviços comuns. Este Decreto também determina os

limites e formas de publicação para esta modalidade e pode ser examinado na

íntegra no ANEXO 03 desta monografia.

A Lei Nº 10.520/2002 faculta a utilização do pregão no âmbito das

esferas da União, Estados, Distrito Federal e Municípios (ANEXO 08).

O Decreto Federal Nº 5.450, de 31 de maio de 2005, estabelece a

exigência da utilização do pregão, preferencialmente na forma eletrônica, para

entes públicos ou privados, nas contratações de bens e serviços comuns

(ANEXO 13).

2.6.7. Tipos de Licitação

De acordo com a Lei Nº 8.666/93, art. 45, § 1º, incisos I, II, III, IV,

constituem tipos de licitação, exceto na modalidade concurso: a de menor

preço, a de melhor técnica, a de técnica e preço e a de maior lance ou

oferta, respectivamente.

2.7. Princípios constitucionais aplicados à Licitação

De acordo com o art. 37 da Constituição Federal de 1.988 a

Administração Pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos

Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de

legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.

Segundo o art. 3º da Lei Nº 8.666/93, a qual institui as normas para

licitações, a licitação destina-se a garantir a observância do princípio

constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a

administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será

processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da

legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da

probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do

julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos. Esse artigo define que além

dos princípios constitucionais que norteiam todos os atos da Administração

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Pública, os quais incidem sobre a Licitação que é um procedimento

administrativo, existem outros princípios que são específicos à esse

procedimento os quais estão explícitos e implícitos (correlatos à outros

princípios) nas leis que regulamentam a Licitação, sobretudo na Lei Nº

8.666/93.

2.8. Fluxogramas

Fluxogramas são gráficos que representam o fluxo ou seqüência de

procedimentos e rotinas e possuem a vantagem de facilitar a análise do

trabalho e a sua simplificação e permitem compreender melhor a rotina. Os

fluxogramas seguem os passos dos processos e rotinas acompanhando-os na

passagem de um órgão para outro, por isso, eles permitem um tipo de análise

diferente do que é proporcionado pelas descrições de funções, pois estas se

concentram em posições da estrutura organizacional e em órgãos (LACOMBE,

2006, p. 185).

Segundo Oliveira, “fluxograma é a representação gráfica que apresenta

a seqüência de um trabalho de forma analítica, caracterizando as operações,

os responsáveis e/ou unidades organizacionais envolvidas no processo” (2000,

p. 245).

O objetivo do fluxograma é evidenciar a seqüência de um trabalho,

permitindo a visualização dos movimentos ilógicos e a dispersão de recursos

materiais e humanos. Constitui o fundamento básico de todo trabalho

racionalizado, pois somente fazer sua divisão não é suficiente, sendo

necessário também fazer sua disposição no tempo e no espaço. “Os

fluxogramas procuram mostrar o modo pelo qual as coisas são feitas, de

maneira real, de acordo como o manual de normas e procedimentos manda

que elas sejam feitas” (OLIVEIRA, 2000, p. 245).

“Os símbolos utilizados no fluxograma têm por finalidade colocar em

evidencia a origem, processamento e destino da informação” (CURY, 2006, p.

340).

“Existe uma tendência, cada vez mais generalizada, para a

padronização dos símbolos convencionais que representam elementos ou

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situações correntes”, (OLIVEIRA, 2000, p. 248). O autor segue esclarecendo

que é possível utilizar símbolos diferentes dos convencionais desde que eles

não dificultem a compreensão do fluxograma e que também tenham sido

definidos previamente.

2.9. Organogramas

A produtividade é afetada de maneira vital pela estrutura de organização e pelo equilíbrio entre as diversas atividades abrangidas pelo negócio. Se pela falta de organização definida, os gerentes perdem tempo procurando encontrar o que devem fazer, em lugar de fazê-lo, estará sendo desperdiçado o mais escasso recurso da empresa (DRUCKER, 1954, p. 45 apud LACOMBE, 2006, p.116).

Segundo Lacombe, “organograma é uma representação gráfica

simplificada da estrutura organizacional de uma instituição, especificando os

seus órgãos, seus níveis hierárquicos e as principais relações formais entre

eles” (2006, p. 103). “O organograma é o instrumento mais usado para

representar a formalização da estrutura, contudo, o fato de uma empresa

possuí-los não significa necessariamente que seja bem organizada”, afirma

Lacombe. Para o autor, o organograma “não é um fim em si mesmo, mas um

meio para ajudar administradores a visualizar o posicionamento e as relações

entre os subsistemas de um sistema organizacional”.

Organograma é conceituado por Cury como “a representação gráfica e

abreviada da estrutura da organização” (2006, p. 219).

De acordo com o autor, o organograma é utilizado com a finalidade de

ter uma visualização rápida da forma como a empresa está organizada.

Normalmente representa os órgãos componentes da empresa; as funções

desenvolvidas pelos órgãos, de forma genérica; tanto quanto possível; as

vinculações e/ou relações de interdependência entre os órgãos; os níveis

administrativos que compõem a organização; a via hierárquica, entre outras.

2.9.1 Vantagens do Organograma

Segundo Lacombe, as principais vantagens que os organogramas

apresentam são as conseqüências da explicitação da estrutura organizacional,

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que facilita a identificação de deficiências como: superposições e duplicações

de atividades, atividades que não são executadas (lacunas), subordinações

múltiplas e níveis hierárquicos em demasia. “Facilitar a identificação das

deficiências induz à sua correção” (2006, P. 115).

O autor conclui que mesmo com todas as mudanças recentes, os

organogramas ainda são bastante importantes porque através deles é possível

analisar:

Ø Deficiências da estrutura;

Ø Superposição, duplicações e lacunas de atribuições;

Ø Excesso de níveis hierárquicos;

Ø Excesso de subordinados para um mesmo chefe;

Ø Subordinações inadequadas;

Ø Subordinações múltiplas.

A organização é mais do que um organograma, é o mecanismo por meio do qual os administradores lideram, coordenam e controlam o negócio. É a base da administração. Se o plano organizacional é malfeito, se é um mero arranjo de ocasião, a administração se tornará difícil e ineficaz. Se ele é lógico, simples e claro para atender às necessidades presentes da empresa, o primeiro requisito para uma boa administração foi conseguido (FISH, 1958, p. 62 apud LACOMBE, 2006, p. 116).

Os conceitos apresentados neste capítulo são bastante conhecidos nas

organizações, sejam elas industriais, comerciais ou empresariais, públicas ou

privadas, em todas as áreas de atuação, exceto a Licitação que é voltada para

órgãos públicos. O planejamento é a base para qualquer negócio. Ele deve ser

desenvolvido de forma organizada, as ações precisam ser implementadas e,

constantemente avaliadas para que o desenvolvimento seja satisfatório e o

sucesso seja alcançado. Para tanto, são adotados modelos de gestão para

nortear a forma que se pretende conduzir uma administração ou gestão,

ferramentas são utilizadas para otimizar e controlar o desenvolvimento dos

trabalhos, a eficiência e eficácia na aplicação dos recursos sejam eles

financeiros, humanos, etc. A tecnologia é um recurso que tem sido

exaustivamente utilizado o qual tem proporcionado um grande avanço em

todas as áreas do desenvolvimento, inclusive na saúde. Para o SUS a

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tecnologia é uma forte aliada, considerando o tamanho do território brasileiro e

as disparidades existentes entre as regiões, como por exemplo, a dificuldade

de acesso a alguns locais da Região Norte, pois proporciona facilidade,

agilidade e rapidez, sobretudo das informações. Vários programas já foram

desenvolvidos no SUS os quais são utilizados como ferramentas de controle

dos recursos financeiros como, por exemplo, o SIOPS, o DATASUS, o

COMPRASNET, entre outros.

Outros conceitos como Fluxogramas e Organogramas foram

apresentados por serem utilizados para representar a estruturação das

organizações e os fluxos dos processos.

A Licitação é um assunto peculiar às organizações públicas, objeto

desse estudo. A legislação pertinente a este assunto encontra-se em ANEXO

nesta monografia e pode ser examinada na íntegra.

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CAPITULO III

ESTUDO DE CASO – DESENVOLVIMENTO

Esta fase do trabalho compreende a disposição e análise dos dados

obtidos através de entrevistas informais, pesquisa de campo, observação e

análise de documentos, com o objetivo de demonstrar como o Hospital das

Clínicas de Goiânia utiliza a Licitação como instrumento de gestão e analisar

quais são os benefícios e as dificuldades ou limitações impostas à instituição

por esse processo. É importante ressaltar que o processo de licitação

compreende duas fases: interna e externa e que, na fase interna, a

Coordenação de Suprimentos está diretamente envolvida nos processos de

licitação e ocupa papel importante e imprescindível, juntamente com a Diretoria

Administrativa e demais agentes administrativos para a montagem do Edital, o

qual se torna lei entre as partes envolvidas, após publicação.

3.1. Sobre o Hospital das Clínicas

O Hospital das Clínicas é uma Instituição de Ensino da área de saúde,

situado à 1ª Avenida, s/nº - Setor Leste Universitário – CEP 74.605-020 –

Goiânia – Goiás, telefone: (62) 3269-8497. Tem por objetivos a Assistência, o

Ensino, a Pesquisa e Extensão. Sua Missão é: “Promover assistência

humanizada e de excelência à saúde do cidadão, integrando-se às políticas

públicas de saúde, servindo de campo moderno e dinâmico para ensino,

pesquisa e extensão”. Sua Visão é: “Ser reconhecido como hospital de

referência no atendimento integral à saúde, com excelência tecnológica e

humana”.

O Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás foi fundado

em 23 de Janeiro de 1.962, com 60 leitos e 67 funcionários, que assumiram,

juntamente com o corpo docente da Faculdade de Medicina, a formação de 33

acadêmicos e a prestação de serviços a um público não pagante, procedente

do Estado de Goiás e circunvizinhos. Em 23 de março de 1.984, desvinculou-

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se da Faculdade de Medicina e ficou subordinado hierarquicamente à Reitoria,

como órgão suplementar da UFG, conforme Portaria Nº 111, de 23 de março

de 1.984, do Ministério de Educação, quando passou a ser designado como

‘Hospital das Clínicas (HC)’ e classificado como Hospital Próprio da Rede

Federal, conforme regimento da Instituição. É composto por uma Diretoria e um

Conselho Diretor próprio, com poder consultivo e deliberativo.

Após a promulgação da Constituição de 1.988, que assegura a Saúde

como direito de todos e dever do Estado, o Hospital das Clínicas manteve seu

caráter público e tem contribuído ativamente na implantação do SUS no Estado

de Goiás e no Município de Goiânia, mesmo com todas as dificuldades, em

especial a financeira, decorrentes das políticas econômicas adotadas pelo País

nos últimos 20 anos do século passado, as quais demonstraram grande

descaso com as Políticas Sociais, em especial a Saúde e a Educação. Durante

esse período, o HC sofreu sucateamento de sua estrutura física e humana e,

apesar disso, sua missão institucional e o seu papel social nunca deixaram de

ser cumpridos, fato pelo qual o Hospital das Clínicas está entre os principais

hospitais do Estado de Goiás, atendendo usuários de diversas regiões

brasileiras, em especial, Centro-Oeste, Norte e Nordeste.

3.2. Sobre a Coordenação de Suprimentos

A Coordenação de Suprimentos coordena todas as atividades de

planejamento, compra, conferência, guarda e distribuição dos materiais

utilizados pelo Hospital das Clínicas em seus diversos setores.

3.2.1. Missão

Atuar como agente administrativo participante do desenvolvimento do

Hospital das Clínicas, otimizando os processos administrativos, contribuindo

com eficiência e eficácia no planejamento, na aquisição, suprimento e seleção

de materiais, promovendo mecanismos de controle e racionamento e criando

meios para evitar a faltas dos materiais necessários para o funcionamento da

Instituição.

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3.2.2. Objetivo Geral

Planejar, dirigir, controlar, coordenar e supervisionar todas as atividades

inerentes às Seções de Planejamento de Compras, Compras e Almoxarifado.

3.2.3. Objetivos Específicos

• Controlar o estoque de materiais;

• Agilizar os processos de compras, evitando a falta de materiais;

• Racionar, evitando desperdícios;

• Padronizar materiais de qualidade;

• Baixar custos; e

• Humanizar o atendimento dando cobertura às clínicas e setores que

dependem dos serviços desenvolvidos pelas Seções da Coordenação

de Suprimentos.

3.2.4. Estrutura

De acordo com o Regimento da Instituição, art. 77, alínea “b”, a

Coordenação de Suprimentos está subordinada à Diretoria Administrativa e

possui três Seções e seis serviços:

1. Seção de Planejamento de Compras

1.1. Serviço de Controle e Qualidade;

1.2. Serviço de Controle de Estoque.

2. Seção de Compras

2.1. Serviço de Diligenciamento de Contratos;

3. Seção de Almoxarifado

3.1. Serviço de Registro de Notas

3.2. Serviço de Recebimento de Material e Conferência.

* O Serviço de Licitação está diretamente subordinado à Coordenação de

Suprimentos.

3.2.4.1. Seção de Planejamento de Compras

Como já mencionado acima, a Coordenação de Suprimentos é

composta de três segmentos básicos: Planejamento, Compra e

Armazenamento e Distribuição de materiais, os quais possuem funções

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distintas mas são interdependentes. A Seção de Planejamento, também

conhecida como Gestão de Estoques, é o segmento da Coordenação de

Suprimentos que indica o que, quando e quanto comprar.

A Seção de Planejamento tem por objetivo coletar, selecionar e fornecer

dados estatísticos pertinentes à administração de materiais, para fins de

subsidiar a Diretoria Administrativa e Gestão de Materiais e Compras do HC-

UFG. O planejamento de compras é feito anualmente, baseado na media de

consumo dos dois últimos anos, acrescido de um percentual de 25% como

margem de segurança.

Compete à Seção de Planejamento de Compras:

• Fixar limites de compra para os materiais;

• Prever tendências de consumo de materiais;

• Indicar medidas corretivas ao plano administrativo;

• Evitar desvios, perdas e excesso de consumo, colaborando dessa forma

com a redução de custos.

A Seção de Planejamento de Compras é composta de três atividades

básicas: classificação de materiais, previsão de estoques e controle de

estoques.

• Classificação de materiais – é um conjunto de atividades de

identificação, codificação e catalogação de materiais com o objetivo de

caracterizar e individualizar materiais a fim de divulga-los entre os

usuários do sistema;

• Previsão de estoque – é o conjunto de atividades que objetiva definir

modelos necessários à formação de estoques, através de técnicas

estatísticas, a fim de estabelecer parâmetros para controle e

acompanhamento desses estoques;

• Controle de estoques – é o conjunto de atividades responsável pela

atualização e controle dos itens passíveis de estoque, zelando pela

qualidade das informações sobre a movimentação de materiais.

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3.2.4.2. Seção de Compras

A Seção de Compras tem por finalidade garantir o suprimento

permanente e contínuo de todo tipo de material e serviço, necessários ao bom

funcionamento da instituição, observando os melhores fornecedores, ou seja,

aqueles que oferecem a qualidade adequada do material/serviço, associado ao

menor preço de mercado.

As compras de materiais e contratação de serviços são divididas em

grupos de acordo com a utilidade (material de escritório, material de limpeza,

etc.), as quais são executadas por três compradores. Cada comprador é

responsável por determinados grupos de materiais e há um fiscal e um gestor

para cada processo de compra.

Tabela 3.1. Grupos de Compras. Grupos Compradores

• Expediente • Informática • Laboratório • Saneante • Serviços

Comprador 1

• Descartáveis • Nutrição • Medicamentos • Permanente • Manutenção • Gases medicinais

Comprador 2

• Medico hospitalar • Raios-X • Órteses e próteses • Gás liquefeito • Odontológico

Comprador 3

Fonte: acervo documental do HC- UFG, com adaptações da autora.

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Tabela 3.2. Quantidade de itens por grupo de material.

Grupo Estocável Direto 3 COMBUSTIVEIS E LUBRIFICANTES P/ OUTROS FINS 0 1 4 GASES ENGARRAFADOS 0 27 7 GENEROS ALIMENTICIOS 83 182 9 MATERIAL FARMACOLOGICO 616 76 10 MATERIAL ODONTOLOGICO 2 24 11 MATERIAL QUIMICO E REAGENTES PARA DIAGNOSTICOS 317 149 16 MATERIAL DE EXPEDIENTE 189 92 17 MATERIAL DE LIMPEZA E PRODUTOS DE HIGIENIZACAO 43 19 17 MATERIAL PARA PROC. DADOS/INFORMATICA 66 73 19 MATERIAL DE ACONDICIONAMENTO E EMBALAGEM 25 21 20 MATERIAL DE CAMA E MESA 20 6 21 MATERIAL DE COPA E COZINHA 26 31 23 TECIDOS, AVIAMENTOS E UNIFORMES 12 10 24 MATERIAL P/ MANUTENCAO DE BENS IMOVEIS/OBRAS E REFORMAS 363 217 25 MATERIAL P/ MANUTENCAO DE BENS MOVEIS/EQUIPAMENTOS 185 332 26 MATERIAL P/ INSTALACAO ELETRICA 381 92 28 MATERIAL DE PROTECAO E SEGURANCA 19 12 29 MATERIAL PARA AUDIO, VIDEO, FOTO E RAIOS-X 20 16 35 MATERIAL LABORATORIAL/VIDRARIAS 71 58 36 MATERIAL MÉDICO HOSPITALAR 834 461 39 MATERIAL P/ MANUTENCAO DE VEICULOS 1 0 42 FERRAMENTAS 0 15 43 MATERIAL P/ REABILITACAO (ORTESE E PROTESE) 0 417 47 SOFTWARE 0 1 87 MATERIAL DE CONSUMO DE USO DURADOURO 0 3 98 MATERIAL PERMANENTE (PATRIMONIO) 0 8 99 SERVICOS 0 7 TOTAL DE ITENS 3.273 2.350

Fonte: acervo documental do HC- UFG, com adaptações da autora.

3.2.4.3. Seção de Almoxarifado

O setor de Almoxarifado tem como objetivo o recebimento, a guarda, o

controle e a distribuição dos materiais de consumo utilizados pelo Hospital das

Clínicas. É composto pelo Serviço de Registro de Notas e pelo Serviço de

Recebimento de Materiais e Conferência.

3.2.4.4. Secretaria

A Coordenação de Suprimentos possui uma secretaria que atende às

solicitações de todas as seções que a compõe. Ocupa a função de assessoria

e possui várias atribuições, entre elas:

• Recepcionar usuários internos e externos;

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• Receber e registrar todos os pedidos de compras e em seguida passar

para a Coordenação de Suprimentos para dar encaminhamento;

• Emitir atestado de Capacidade Técnica de acordo com o produto

ofertada pela empresa;

• Redigir memorandos e ofícios;

• Verificar assinaturas, data, enumeração e rubrica dos processos, dar

baixa na planilha de controle interno de processos, registrar no caderno

e encaminhar para o Setor de Protocolo;

• Localizar processos que são solicitados à secretaria;

• Providenciar requisições de materiais;

• Receber correspondências entregues pelo Setor de Protocolo, separar e

encaminhar às pessoas de direito;

• Recepcionar ligações telefônicas de usuários internos e externos e

transferi-las a que for pertinente;

• Receber as Notas de Empenho (Autorização de Fornecimento – AF) do

Setor de Protocolo e encaminhar à GEPLAN (Gerência de

Planejamento);

• Encaminhar os processos em fiscalização com contrato para o Serviço

de Protocolo para serem arquivados. Caso a AF não esteja efetivada,

retornar o processo para o Serviço de Diligenciamento de Contrato.

• Conferir diariamente os pontos dos funcionários e providenciar escala

mensal;

• Enviar fax relacionados com as atividades da Coordenação de Suprimentos.

3.2.5. Sistema de Informação da Coordenação de Suprimentos

O Sistema de Informação utilizado pela Coordenação de Suprimentos foi

desenvolvido pela Seção de Tecnologia da Informação (TI) do Hospital das

Clínicas baseado em programas existente no mercado (benchmarking). Esse

Sistema de Informação entrou em vigor em janeiro de 2008 e engloba todas as

seções que compõe a Coordenação de Suprimentos: Planejamento de

Compras, Compras e Almoxarifado. O Sistema de Informação é denominado

SAMNET – Sistema de Administração de Materiais. O SAMNET é

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sistematicamente alimentado pelas três seções com informações pertinentes

ao desenvolvimento das atividades e funções de cada seção, como por

exemplo, entrada e saída de materiais e medicamentos (estoque), andamento

de processos de compras, etc. O Sistema de Informação integra as seções

citadas acima, as quais são interdependentes, de forma eficiente, o que

possibilita o bom funcionamento de toda a instituição, considerando que o

desenvolvimento das atividades de todo Hospital depende de suprimentos e a

falta desses afetaria o atendimento. O SAMNET é um sistema em formação e

está sempre sendo adequado às novas tecnologias, como por exemplo, o

controle de estoque automático o qual irá emitir solicitações de compras

automaticamente, dependendo do estoque mínimo programado. Essa

tecnologia ainda está em desenvolvimento. Atualmente, o controle é feito

mecanicamente, o que exige um alto grau de observação e eficiência para

garantir o adequado abastecimento e o bom funcionamento da instituição.

3.2.6. Orientações sobre como proceder para emitir uma solicitação de

compra

A Coordenação de Suprimentos preocupada em orientar e esclarecer os

usuários internos e externos sobre o funcionamento de suas atividades

disponibilizou no site www.hc.ufg.br algumas informações, baseadas na

legislação federal vigente, sobre como proceder para emitir uma solicitação de

compra e outras relacionadas, as quais podem ser visualizadas no link:

Profissionais - Compras.

De acordo com essas informações, a maioria das compras do HC é

planejada pela Coordenação de Suprimentos (Seção de Planejamento) para o

ano todo. Todos os pedidos de aquisição de materiais de consumo devem ser

encaminhados à Coordenação de Suprimentos para verificação da descrição

do produto, coleta de preços através de pesquisa de mercado e,

posteriormente para aprovação da Diretoria Administrativa. No caso de pedidos

de medicamentos, deve primeiro passar pela Seção de Farmácia para devida

avaliação e aprovação e depois encaminhado para a Coordenação de

Suprimentos para seguir os mesmos trâmites já citados acima, inclusive os

emergenciais e não padronizados.

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As informações esclarecem que os produtos solicitados devem ser

minunciosamente descritos com as reais necessidades do solicitante, pois, o

processo de compra é realizado atendendo as especificações contidas no

pedido de compras, assim sendo, a especificação técnica do produto deve ser

completa, mesmo que muitas vezes pareça obvio.

Existem dois tipos de compras: a estimada ou planejada e a direta

(quando há necessidade por parte do usuário, devidamente justificada). As

compras estimadas são programadas ao passo que as compras diretas são

realizadas perante uma real necessidade, a qual deve ser justificada, pois a lei

determina que todas as compras tenham uma motivação. É vetada a escolha

de marcas, por lei, pois a escolha restringe a concorrência. Segundo as

informações, na compra direta são consultadas pelo menos três (3) empresas,

sendo contratada a que apresentar o menor valor para o produto ou serviço

pretendido. O limite para a aquisição direta é de R$ 8.000,00, estabelecido em

lei, desde 1993.

Conforme as informações, a compra na administração pública depende

de muitos fatores e o prazo de compra pode variar entre um (1) mês a um (1)

ano e algumas compras acabam não sendo efetivadas. A demora excessiva

ou a não efetivação da compra pode ser influenciada por vários fatores, como

por exemplo:

• Solicitação mal formulada

1. Descrição incompleta ou inconsistente – pode provocar uma serie

de problemas, como por exemplo, os fornecedores podem cotar

errado, não cotar ou pedir maiores esclarecimentos, o que

demanda tempo, pois, nesses casos a Coordenação de

Suprimentos precisa devolver o processo ao solicitante para que

sejam realizados os devidos esclarecimentos;

2. Falta de informações ou dificuldade de acessá-las – além de

efetuar as cotações, a Coordenação de Suprimentos tem que

solicitar o empenho da despesa, dependendo de diversas

informações, tais como a fonte de recursos, autorização dos

órgãos competentes, entre outras.

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• Cotação de Preços

Pode ser um processo demorado, pois depende da

disponibilidade de pessoal das empresas solicitadas, dependendo da

quantidade ou das características dos materiais a cotação pode demorar

semanas para ser fornecida;

• Indisponibilidade de recursos

Basicamente pode-se dizer que a administração pública não pode

adquirir nada sem o prévio empenho, ou seja, para solicitar compras de

materiais ou contratação de serviços é preciso aguardar a

disponibilidade de recursos;

• Procedimentos licitatórios

Licitar é demorado. Em condições normais, a licitação leva cerca

de dois (2) meses para ser concluída, sem considerar os prazos de

tramitação e as cotações;

• Fornecedor

A efetivação da compra é o recebimento do produto dentro das

especificidades exigidas. O fornecedor muitas vezes não descumpre

prazos de entrega ou entrega produtos em desconformidade com o

especificado, os quais precisam ser devolvidos, atrasando a entrega e

comprometendo o abastecimento.

Portanto, a efetivação da compra depende da complexidade do item

solicitado e da própria solicitação, da disponibilidade de recursos, das regras

impostas por lei, dos trâmites do processo, do fornecedor contratado, enfim,

são vários fatores que influenciam esse processo.

Para fins de conhecimento, foram esclarecidos os significados de dois

termos utilizados em licitações os quais precisam ser compreendidos, pois a

sua utilização significa, em última análise, que o processo de compra será mais

demorado do que se esperava. Os termos são: Fracassado e Deserto.

• Fracassado – o fracasso do processo licitatório acontece quando todas

as propostas apresentadas são desclassificadas, o que ocorre quando

os preços constantes na licitação são incompatíveis com os de mercado

e o fornecedor não tem interesse em apresentar nova proposta ou

quando faz em desconformidade com o previsto no edital;

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• Deserto – o processo licitatório é considerado Deserto quando não

recebe propostas.

3.3. Sobre o Processo Licitatório do Hospital das Clínicas de

Goiânia

A modalidade de licitação utilizada pelo Hospital das Clínicas de Goiânia

é a do Pregão Eletrônico, atendendo a Lei nº 10.520, de 17 de julho de 2002, a

qual instituiu, no âmbito da União, Estados, Distrito Federal e Municípios,

modalidade de licitação, denominada pregão e ao Artigo 4º § 1º do Decreto nº

5.450, de 31 de maio de 2005, o qual regulamenta e torna obrigatória a

utilização do pregão na forma eletrônica, para aquisição de bens e serviços

comuns, salvo nos casos de comprovada inviabilidade, a ser justificada pela

autoridade competente.

Para participar do Pregão Eletrônico os pregoeiros habilitados e

estabelecidos pela instituição devem estar cadastrados no Comprasnet (Portal

de Compras do Governo Federal) através do qual se dá acesso ao SIASG –

Sistema Integrado de Administração de Serviços Gerais – que é um sistema do

Governo Federal desenvolvido exclusivamente com a finalidade de orientar,

facilitar e agilizar o processo de licitação proporcionando maior integração dos

envolvidos (compradores e fornecedores). O Ministério do Planejamento,

Orçamento e Gestão, Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação e

Departamento de Logística e Serviços Gerais desenvolveram e

disponibilizaram o Manual do Pregoeiro através do site www.comprasnet.gov.br

o qual tem por finalidade orientar, passo-a-passo, os servidores habilitados e

cadastrados a exercerem a função de pregoeiro e sua equipe de apoio, e traz

também a legislação vigente, sendo, portanto um importante instrumento de

trabalho no desenvolvimento dessas atividades. Dentro do SIASG existem

outros subsistemas que permitem a integração de todas as informações

pertinentes ao desenvolvimento do processo de licitação como, por exemplo, o

SIDEC – Sistema de Divulgação Eletrônica de Compras e Contratações

através do qual é realizada a Transferência do Edital que será publicado junto à

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Imprensa Nacional – Diário Oficial da União e também o SICAF – Sistema de

Cadastramento Unificado de Fornecedores através do qual os interessados

podem se cadastrar mediante a apresentação das documentações conforme

especificado na Lei 8.666/93 nos art. 28 29, 30 e 31 (ANEXO 01). O sistema

disponibiliza o Manual do Fornecedor com todas as orientações necessárias

para o cadastramento. Através do Comprasnet todas as informações geradas

por cada processo licitatório é registrado e, ao final de cada processo é gerada

a Ata a qual deve ser anexada ao processo.

O Hospital das Clínicas realiza dois tipos de compras utilizando a

licitação: Estimativa ou Planejada e Direta. Os processos para as compras

estimadas são aqueles realizados de forma planejada, de acordo com os

materiais já cadastrados, de uso frequente, como por exemplo, material de

escritório, medicamentos etc. A compra Direta é realizada a partir da

necessidade identificada pelo usuário, devidamente justificada.

O Hospital das Clínicas de Goiânia possui 3.273 (três mil, duzentos e

setenta e três) itens cadastrados até o momento, distribuídos em 19

(dezenove) grupos. A compra desses itens é Estimada ou programada, a qual

é planejada com base na média de consumo de 02 (dois) anos anteriores. Os

Editais são feitos com no máximo 50 (cinquenta) itens, conforme determinação

da diretoria do Hospital para otimizar o processo, ou seja, entende-se que

contendo menor número de itens o processo tramita em menos tempo e, no

caso de impugnação do Edital todos os itens ficam comprometidos podendo

causar transtornos à instituição em termos de falta de material, sendo assim, o

transtorno torna-se menor em se tratando de 50 itens. A Lei não limita a

quantidade de itens que pode conter o Edital.

O processo licitatório possui duas fases: interna e externa. Na fase

interna, no caso das compras Estimadas, o processo obedece ao seguinte

fluxo:

Ø É feita a solicitação de compra para a Seção de Compras para que seja

feita a pesquisa de preços;

Ø É feito um Termo de Referência do produto com todas as especificações

e o resultado da pesquisa de preços;

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Ø É feito um documento para a Diretoria Administrativa solicitando a

disponibilidade de recurso;

Ø Após a verificação da disponibilidade de recursos o Diretor Geral

(Ordenador de Despesa) assina o Termo de Referência autorizando a

compra e envia um despacho para a Seção de Protocolos, autorizando a

abertura do processo;

Ø A Seção de Protocolos faz a Autuação, ou seja, protocola através de um

número o processo de abertura de compra;

Ø O processo é enviado para a Coordenação de Suprimentos. O

coordenador envia um despacho autorizando os pregoeiros para

elaboração do Edital;

Ø Após a elaboração do Edital o processo segue para a Diretoria

Administrativa;

Ø A Diretoria Administrativa encaminha o processo para o Controle Interno

(Setor Jurídico) para vistoria e apresentação de sugestões, caso

necessário;

Ø Após a vistoria o processo retorna para a Diretoria Administrativa. Se

não houver nenhuma ressalva a divulgação do Edital através do

Comprasnet é autorizada e, caso haja alguma ressalva o processo é

encaminhado para a Coordenação de Suprimentos para correção;

Ø Após correção o processo volta para a Diretoria Administrativa que

autoriza a Publicação do Edital.

Com a publicação do Edital finda-se a fase interna do processo começa

a fase externa que é o Pregão propriamente dito. No ato da publicação são

agendados dia e hora da realização do Pregão Eletrônico obedecendo aos

prazos previstos pelo sistema, constituindo o Ato Convocatório. O horário de

referência é o horário de Brasília. Normalmente, esse agendamento é realizado

com prazo de 08 (oito) dias a contar da data da publicação. O ato convocatório

do Pregão Eletrônico poderá ser impugnado por qualquer pessoa até dois dias

úteis antes da data fixada para a abertura da sessão pública, cabendo ao

pregoeiro, respeitando os prazos legais, examinar e decidir as impugnações.

Durante todo o processo licitatório o pregoeiro poderá enviar avisos referentes

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ao processo licitatório. A pessoa que fica a frente das negociações é o

pregoeiro, devidamente habilitado e cadastrado no sistema, e sua equipe de

apoio.

A partir do horário previsto no edital, tem início a Sessão Pública, com a

análise, classificação e desclassificação das propostas para cada item. Em

seguida o item é aberto para lances. É disponibilizado chat de comunicação

com os fornecedores para mensagem de abertura da Sessão Pública. De

acordo com o Manual do Pregoeiro, a realização da sessão pública do Pregão

Eletrônico compreende as seguintes fases:

1. Classificação de propostas – as propostas são analisadas pelo pregoeiro e

são classificadas as que atendem as especificações definidas no edital;

2. Fase de lances – permite o envio de lances por parte dos licitantes. O

licitante somente poderá oferecer lance inferior ao último por ele ofertado;

3. Visualização de propostas – permite ao pregoeiro acompanhar planilha da

proposta atualizada, enviada pelo fornecedor, após o encerramento da etapa

de lances;

4. Aceitação das propostas – Nesta fase, o pregoeiro analisa as propostas de

melhor lance, relativamente ao objeto e o valor, decidindo por sua aceitação ou

recusa;

5. Habilitação de fornecedores – destina-se a fornecedores que tiveram suas

propostas aceitas para o item;

6. Abrir/fechar prazo para intenção de recurso – Nesta funcionalidade o

pregoeiro informa o prazo para os fornecedores manifestarem a intenção de

recurso;

7. Juízo de admissibilidade – Nesta fase o pregoeiro deve acatar ou recusar

a intenção de recurso do licitante. Havendo intenção de recurso aceita, o

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sistema disponibiliza tela própria para que o pregoeiro informe os prazos para

registro da razão, da contra-razão e da decisão do recurso;

8. Encerramento da Sessão Pública – O sistema eletrônico gera a Ata da

Sessão Pública do pregão, com indicação do lance vencedor e demais

informações relativas à Sessão Pública.

Após o encerramento da Sessão Pública o sistema gera uma ATA que

pode ser impressa e visualizada posteriormente. A Ata impressa deve ser

anexada ao processo. Os passos seguintes são a Adjudicação e a

Homologação do Pregão. No âmbito do Hospital das Clínicas de Goiânia são

signatários o fornecedor, o Diretor Geral e o Reitor da Universidade Federal de

Goiás. Somente após as três assinaturas poderá haver início da prestação de

serviços ou do fornecimento. A Homologação deve ser informada ao sistema

que irá gerar o Termo de Homologação e publicar o contrato assinado no Diário

Oficial da União, na forma prevista no § único, art. 61 da Lei 8.666/93, sem a

qual o ato é desprovido da indispensável eficácia, encerrando assim, o

processo licitatório.

Para as compras Diretas o fluxo das atividades é o mesmo, a diferença é

que essas compras somente são realizadas quando é identificada a

necessidade do produto ou serviço pelo usuário, devidamente justificada.

Em todos os processos de compras e contratação de serviços deve

constar de forma clara e ordenada a documentação que demonstre a

caracterização do objeto da compra ou contratação, a motivação e justificativa,

demonstração dos recursos para pagamento, pareceres técnicos, jurídicos e

despachos das autoridades competentes, em face aos princípios que norteiam

a Administração Pública (legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e

eficiência, estabelecidos no art. 37, caput, da Constituição Federal). Os pedidos

de compras ou serviços são formulados pelo Coordenador da Seção de

Suprimentos ou pela autoridade imediatamente superior e a autuação do

processo é feita somente mediante autorização da Diretoria Administrativa e

Financeira em formulário próprio.

Em geral, deve compor os processos de compras e/ou contratação de

serviços os seguintes documentos:

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Ø Solicitação (pedido de compra ou serviço) com indicação do objeto de

forma precisa, suficiente e clara;

Ø Justificativa, na qual devem ser indicadas a necessidade e a utilização

do material ou do serviço;

Ø Termo de Referência – projeto básico contendo todas as especificações;

Ø Pesquisa de preços, comprovada mediante propostas de preços de pelo

menos três empresas do ramo, ou através de outro meio disponível que

atenda a orientação legas;

Ø Indicação da dotação orçamentaria para fazer face à despesa

(disponibilidade de recurso);

Ø Despacho da Diretoria Administrativa e Financeira indicando a

modalidade de licitação e submetendo o processo à autorização do

Diretor Geral do HC;

Ø Despacho circunstanciado (justificativa resumida), do Diretor Geral do

HC autorizando a contratação da compra ou do serviço;

Ø Portaria de designação da comissão de licitação ou do pregoeiro e

equipe de apoio que conduzirá o certame;

Ø Minuta de edital;

Ø Parecer jurídico quanto às minutas de edital;

Ø Edital pronto para publicação;

Ø Comprovante da publicação do edital no Comprasnet – Portal de

Compras do Governo Federal, contendo a hora e dia da realização do

certame;

Ø Propostas de preços e documentação da(s) empresa (s);

Ø Ata de realização do certame licitatório;

Ø Termo de adjudicação;

Ø Despacho do Diretor Geral do HC homologando ou não o certame

licitatório;

Ø Nota de empenho;

Ø Portaria designando o gestor e o fiscal do contrato;

Ø Contrato devidamente assinado pelas partes;

Ø Publicação resumida do Instrumento de contrato ou de seus

adiantamentos no Diário Oficial da União.

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3.3.1. Fluxograma da fase interna dos processos de licitação no HC-UFG

3.4. Benefícios e limitações incorridas ao Hospital das Clínicas

de Goiânia pelos processos licitatórios.

Os benefícios incorridos ao Hospital das Clínicas de Goiânia assim como

as limitações serão comentadas tendo por base a modalidade de licitação por

ele praticada – o Pregão Eletrônico.

De acordo com os envolvidos nos processos de compras e contratação

de serviços a maior limitação se encontra na fase interna do processo, devido

aos trâmites exigidos e devido a falhas, principalmente, de informação. O Edital

deve ser minunciosamente elaborado, contendo as especificações do produto

ou serviço objeto do processo, para que não haja dúvidas ou duplicidade de

Solicitação de compra para a Seção

de Compras Pesquisa de Preços

Elaboração Termo de Referencia + pesquisa de

preços

Encaminha para Diretoria Administrativa

para solicitação de recursos

Diretoria Adm. Autoriza compra, envia despacho para Seção de Protocolo autorizando abertura do

processo

Seção de Protocolo faz autuação do processo

Coordenação de Suprimentos

Envia despacho autorizando elaboração

de Edital

Elaboração do Edital pelos Pregoeiros

Diretoria Administrativa para apreciação

Setor Jurídico – Controle Interno para vistoria

Edital está dentro das conformidades

Sim mm

Não o

Encaminha para Dir. Adm. para autorização da publicação do Edital

Publicação do Edital no portal Comprasnet.

Encaminha para Dir. Adm. com ressalvas das

inconsistências para serem corrigidas

Encaminha para Coordenação de Suprimentos para

correção

Corrigi o Edital conforme orientações

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interpretação. Quando alguma irregularidade é percebida pelas equipes de

auditoria o Edital precisa ser revisto e corrigido, o que demanda tempo. O

tempo também é um fator limitante e deve ser observado com cautela. Os

processos licitatórios são demorados e as compras devem ser feitas

observando a quantidade de material em estoque e a demanda apresentada

para evitar a falta deste, o que prejudicaria o funcionamento adequado da

instituição.

Em relação aos benefícios, muitos são citados na modalidade de Pregão

Eletrônico:

Ø Não existe impasse na escolha da modalidade de licitação que deve ser

adotada uma vez que o pregão, preferencialmente na forma eletrônica, é

estabelecida em Lei;

Ø Proporciona economicidade, pois trata-se de um leilão as avessas, ou

seja, os lances são cada vez menores e ganha o licitante que oferecer o

menor preço desde que o produto ou serviço atenda as especificações

do Edital;

Ø Outro beneficio é que a instituição só precisa certificar-se da habilitação

do licitante vencedor. Antes as habitações de todos os licitantes deviam

ser certificadas para posteriormente abrir os envelopes contendo as

propostas;

Ø Diminuição de papelório;

Ø Transparência dos processos licitatórios. Todas as negociações e

diálogos, assim como os recursos e demais atos pertinentes ao

processo ficam registrados no sistema e podem ser consultados a

qualquer momento;

Ø O pregão eletrônico inova, agiliza as negociações e integra compradores

e fornecedores de todo Brasil em tempo real;

Ø Permite a participação de maior número de licitantes, aumentando a

concorrência que se traduz em vantagem para os compradores;

Ø Proporciona diminuição de custos operacionais porque o sistema é

operado por um pregoeiro e não mais por uma comissão de licitação e

permite que os licitantes participem de forma virtual, diminuindo

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despesas com deslocamento e hospedagem, refletindo na redução do

preço final do produto ou serviço.

Assim como a Saúde Pública no Brasil, a Gestão da Saúde Pública, as

Instituições de Saúde e a estruturação do Sistema Único de Saúde passaram

por diversas transformações e adequações ao longo do tempo, sobretudo,

nestes mais de vinte anos desde que o SUS foi instituído.

O processo licitatório também passou por adequações à medida que as

necessidades foram surgindo. O avanço tecnológico proporcionou grande

inovação dos processos, propiciando uma serie de benefícios, citados

anteriormente, sendo que os mais expressivos são a agilidade nas

negociações, facilitação na obtenção de informações e transparência.

A Licitação é uma prática constante do Hospital das Clínicas por se

tratar de Instituição Pública. É considerado um hospital de grande porte,

oferece atendimentos de alta complexidade, possui grande número de

usuários, internos e externos e ampla estrutura. Até chegar ao processo

licitatório, propriamente dito, é necessário planejamento, organização,

coordenação e controle de todas as atividades que são desenvolvidas dentro

da instituição. Para que o Planejamento de Compras seja eficiente é

necessário saber qual é a demanda apresentada para cada item (o Hospital

possui mais de 3.000 (três mil) itens protocolados, ou seja, de uso frequente).

Isso exige alto nível de controle e organização. A legislação que regulamenta a

licitação é complexa e rigorosa. A equipe que trabalha com os processos

licitatórios é bem preparada, treinada e bem informada e a Seção responsável

por desenvolver esses processos está constantemente sujeita à nova

reestruturação para se adequar às novas exigências impostas pela legislação,

pelo mercado, pela desenvolvimento tecnológico, enfim, pela globalização.

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CONCLUSÃO

Ao finalizar este trabalho, conclui-se que a Licitação não é um fim em si

mesma, ou seja, existe um longo caminho a ser percorrido até que o processo

licitatório seja desencadeado. Usando uma analogia poderia dizer que a

Licitação é apenas a ponta do Iceberg, ou seja, as leis trazem todas as

determinações que precisam ser obedecidas, o governo disponibiliza sistemas

tecnológicos que facilitam e agilizam quase todo o processo, porém, a parte do

Iceberg que está submersa é muito maior e mais complexa – a estruturação da

Instituição.

O primeiro capítulo desta monografia evidencia que Planejar Saúde é

muito mais do que desenvolver programas e estratégias que irão proporcionar

bem estar à população, prevenir doenças e promover a saúde. É necessário

também planejar quais recursos serão utilizados, quais serão as fontes, como

esses recursos serão aplicados e estabelecer mecanismos de controle que

assegurem sua fidedigna aplicação.

O segundo capítulo traz conceitos que elucidam a compreensão da

dinâmica da administração ou gestão. Os conceitos mostram que o

planejamento é somente um princípio isolado que necessita de outros

(organização, direção e controle) para que seja implementado. Na verdade,

esses quatro princípios são interdependentes e formam um processo cíclico.

O terceiro capítulo traduz a prática vivenciada pelo Hospital das Clínicas

de Goiânia enquanto instituição pública, de grande porte e alta complexidade,

retrata a estruturação, a dinâmica das atividades e a articulação dos processos

que possibilitam que a instituição funcione adequadamente e realize as

licitações com eficiência, obedecendo às determinações legais.

Com base nas informações obtidas e observações realizadas, as quais

consideraram as hipóteses de que o Hospital das Clínicas possuiria um

eficiente sistema de gestão de suprimentos, o que possibilitaria a utilização da

licitação como instrumento de gestão dos recursos financeiros disponíveis de

maneira eficiente, atendendo a demanda exigida pela instituição dentro das

determinações legais ou, que poderia existir falhas no processo de gestão, o

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que prejudicaria o fornecimento dos insumos necessários para o

funcionamento da instituição, causando transtornos e comprometendo o

desenvolvimento das atividades e o atendimento aos usuários, considerando a

demora e a complexidade dos processos licitatórios, conclui-se que o Hospital

das Clínicas de Goiânia vinculado à Universidade Federal de Goiás é uma

instituição bem estruturada administrativamente. Suas atividades são

planejadas, organizadas, coordenadas e controladas. É uma instituição que se

preocupa com a eficiência e o desenvolvimento das melhores práticas para

melhor atender seus usuários. A instituição possui uma Seção de Tecnologia

da Informação própria que trabalha sistematicamente no desenvolvimento de

novas tecnologias que possam otimizar os processos.

Com relação à gestão dos recursos financeiros, a instituição possui uma

seção que trabalha exclusivamente na coordenação dos suprimentos

necessários para seu funcionamento denominada Coordenação de

Suprimentos a qual é responsável pelo planejamento de compras, compra,

conferência, acondicionamento e distribuição de todos os itens. Possui

estrutura organizada e profissionais competentes e devidamente treinados para

a realização de todas as atividades pertinentes à compra, guarda e distribuição

de materiais e outros itens relacionados.

A Coordenação de Suprimentos possui um eficiente sistema de

informatização próprio, o qual foi desenvolvido pela Coordenação de

Tecnologia da Informação do hospital, baseado em modelos existentes no

mercado. Esse sistema está em constante desenvolvimento, em busca das

melhores práticas, a fim de oferecer maior agilidade, segurança, controle e

eficiência na realização das atividades.

A Coordenação de Suprimentos possui uma serie de protocolos que

devem ser obedecidos e estão disponíveis para consulta a qualquer momento

que se fizer necessário. Há também uma serie de formulários os quais são

rigorosamente observados, preenchidos e assinados por duas ou mais pessoas

com o objetivo de garantir a precisão das informações e eliminar falhas, caso

existam.

A modalidade de Licitação utilizada pelo Hospital das Clínicas é o

Pregão Eletrônico, conforme determinado em Lei. De acordo com informações

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obtidas, essa modalidade proporciona vários benefícios à instituição, entre

elas, segurança e transparência das negociações, permitindo controle e maior

eficiência para a Administração Pública em relação à utilização dos recursos

financeiros. As limitações citadas foram a burocratização dos processos e os

trâmites exigidos que demandam tempo e também as falhas incorridas na

formulação dos Editais as quais, segundo a Instituição, ocorrem com pouca

frequência, pois os Editais são formulados por pregoeiros devidamente e

continuamente treinados.

Finalmente, conclui-se que o que o Hospital das Clínicas de Goiânia

vinculado à Universidade Federal de Goiás utiliza com eficiência a Licitação

como instrumento de Gestão dos recursos financeiros concedidos à instituição

para compras de bens e materiais e contratação de serviços, dentro das

determinações legais.

As informações apresentadas são baseadas em artigos, sites, obras e

autores reconhecidos, devidamente citados nas referências bibliográficas, em

dados fornecidos pela Coordenação de Suprimentos através do Gerente de

Planejamento de Compras e em entrevistas informais realizadas com

profissionais da Seção.

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ANEXOS

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LISTA DE ANEXOS

ANEXO 01. LEI Nº 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993.

ANEXO 02. LEI Nº 9.854, DE 27 DE OUTUBRO DE 1999.

ANEXO 03. DECRETO Nº 3.555, DE 08 DE AGOSTO DE 2000.

ANEXO 04. DECRETO Nº 3.722, DE 09 DE JANEIRO DE 2001.

ANEXO 05. PORTARIA NORMATIVA N.º 04, DE 29 DE JANEIRO DE 2001.

ANEXO 06. DECRETO Nº 3.931, DE 19 DE SETEMBRO DE 2001.

ANEXO 07. PORTARIA N.º 306, DE 31 DE DEZEMBRO DE 2001.

ANEXO 08. LEI Nº 10.520, DE 17 DE JULHO DE 2002.

ANEXO 09. INSTRUÇÃO NORMATIVA N.º 01, DE 08 DE AGOSTO DE 2002.

ANEXO 10. DECRETO N.º 4.342, DE 23 DE AGOSTO DE 2002.

ANEXO 11. DECRETO N.º 4.485, DE 25 DE NOVEMBRO DE 2002.

ANEXO 12. PORTARIA NORMATIVA N.º 57, DE 09 DE MAIO DE 2003.

ANEXO 13. DECRETO Nº 5.450, DE 31 DE MAIO DE 2005.

ANEXO 14. DECRETO Nº 5.504, DE 05 DE AGOSTO DE 2005.

ANEXO 15. DECRETO Nº 6.204, DE 05 DE SETEMBRO DE 2007.

ANEXO 16. LEI Nº 12.349, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2010.

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ANEXO 01: LEI Nº 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993

Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Capítulo I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Seção I Dos Princípios

Art. 1o Esta Lei estabelece normas gerais sobre licitações e contratos administrativos pertinentes a obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e locações no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta Lei, além dos órgãos da administração direta, os fundos especiais, as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios.

Art. 2o As obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações, concessões, permissões e locações da Administração Pública, quando contratadas com terceiros, serão necessariamente precedidas de licitação, ressalvadas as hipóteses previstas nesta Lei.

Parágrafo único. Para os fins desta Lei, considera-se contrato todo e qualquer ajuste entre órgãos ou entidades da Administração Pública e particulares, em que haja um acordo de vontades para a formação de vínculo e a estipulação de obrigações recíprocas, seja qual for a denominação utilizada.

Art. 3o A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia e a selecionar a proposta mais vantajosa para a Administração e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.

Art. 3o A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional, e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos. (Redação dada pela Medida Provisória nº 495, de 2010)

Art. 3o A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos. (Redação dada pela Lei nº 12.349, de 2010) (Regulamento)

§ 1o É vedado aos agentes públicos:

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I - admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos de convocação, cláusulas ou condições que comprometam, restrinjam ou frustrem o seu caráter competitivo e estabeleçam preferências ou distinções em razão da naturalidade, da sede ou domicílio dos licitantes ou de qualquer outra circunstância impertinente ou irrelevante para o específico objeto do contrato;

I - admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos de convocação, cláusulas ou condições que comprometam, restrinjam ou frustrem o seu caráter competitivo e estabeleçam preferências ou distinções em razão da naturalidade, da sede ou domicílio dos licitantes ou de qualquer outra circunstância impertinente ou irrelevante para o específico objeto do contrato, ressalvado o disposto nos §§ 5o a 12 deste artigo e no art. 3º da Lei nº 8.248, de 23 de outubro de 1991. (Redação dada pela Medida Provisória nº 495, de 2010)

I - admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos de convocação, cláusulas ou condições que comprometam, restrinjam ou frustrem o seu caráter competitivo, inclusive nos casos de sociedades cooperativas, e estabeleçam preferências ou distinções em razão da naturalidade, da sede ou domicílio dos licitantes ou de qualquer outra circunstância impertinente ou irrelevante para o específico objeto do contrato, ressalvado o disposto nos §§ 5o a 12 deste artigo e no art. 3o da Lei no 8.248, de 23 de outubro de 1991; (Redação dada pela Lei nº 12.349, de 2010)

II - estabelecer tratamento diferenciado de natureza comercial, legal, trabalhista, previdenciária ou qualquer outra, entre empresas brasileiras e estrangeiras, inclusive no que se refere a moeda, modalidade e local de pagamentos, mesmo quando envolvidos financiamentos de agências internacionais, ressalvado o disposto no parágrafo seguinte e no art. 3o da Lei no 8.248, de 23 de outubro de 1991.

§ 2o Em igualdade de condições, como critério de desempate, será assegurada preferência, sucessivamente, aos bens e serviços:

I - produzidos ou prestados por empresas brasileiras de capital nacional; (Revogado pela Lei nº 12.349, de 2010)

II - produzidos no País;

III - produzidos ou prestados por empresas brasileiras.

I - produzidos no País; (Redação dada pela Medida Provisória nº 495, de 2010) II - produzidos ou prestados por empresas brasileiras; e (Redação dada pela Medida Provisória nº 495, de 2010)

III - produzidos ou prestados por empresas que invistam em pesquisa e no desenvolvimento

de tecnologia no País. (Redação dada pela Medida Provisória nº 495, de 2010)

IV - produzidos ou prestados por empresas que invistam em pesquisa e no desenvolvimento de tecnologia no País. (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)

§ 3o A licitação não será sigilosa, sendo públicos e acessíveis ao público os atos de seu procedimento, salvo quanto ao conteúdo das propostas, até a respectiva abertura.

§ 4º (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 5o Nos processos de licitação previstos no caput, poderá ser estabelecida margem de preferência para produtos manufaturados e serviços nacionais que atendam a normas técnicas brasileiras. (Incluído pela Medida Provisória nº 495, de 2010) § 6o A margem de preferência por produto, serviço, grupo de produtos ou grupo de serviços, a que refere o § 5o, será definida pelo Poder Executivo Federal, limitada a até vinte e cinco por cento acima do preço dos produtos manufaturados e serviços estrangeiros. (Incluído pela Medida Provisória nº 495, de 2010)

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§ 7o A margem de preferência de que trata o § 6o será estabelecida com base em estudos que levem em consideração: (Incluído pela Medida Provisória nº 495, de 2010) I - geração de emprego e renda; (Incluído pela Medida Provisória nº 495, de 2010) II - efeito na arrecadação de tributos federais, estaduais e municipais; e (Incluído pela Medida Provisória nº 495, de 2010)

III - desenvolvimento e inovação tecnológica realizados no País. (Incluído pela Medida

Provisória nº 495, de 2010)

§ 8o Respeitado o limite estabelecido no § 6o, poderá ser estabelecida margem de preferência adicional para os produtos manufaturados e para os serviços nacionais resultantes de desenvolvimento e inovação tecnológica realizados no País. (Incluído pela Medida Provisória nº 495, de 2010) § 9o As disposições contidas nos §§ 5o, 6o e 8o deste artigo não se aplicam quando não houver produção suficiente de bens manufaturados ou capacidade de prestação dos serviços no País. (Incluído pela Medida Provisória nº 495, de 2010) § 10. A margem de preferência a que se refere o § 6o será estendida aos bens e serviços originários dos Estados Partes do Mercado Comum do Sul - Mercosul, após a ratificação do Protocolo de Contratações Públicas do Mercosul, celebrado em 20 de julho de 2006, e poderá ser estendida, total ou parcialmente, aos bens e serviços originários de outros países, com os quais o Brasil venha assinar acordos sobre compras governamentais. (Incluído pela Medida Provisória nº 495, de 2010) § 11. Os editais de licitação para a contratação de bens, serviços e obras poderão exigir que o contratado promova, em favor da administração pública ou daqueles por ela indicados, medidas de compensação comercial, industrial, tecnológica ou acesso a condições vantajosas de financiamento, cumulativamente ou não, na forma estabelecida pelo Poder Executivo Federal. (Incluído pela Medida Provisória nº 495, de 2010) § 12. Nas contratações destinadas à implantação, manutenção e ao aperfeiçoamento dos sistemas de tecnologia de informação e comunicação, considerados estratégicos em ato do Poder Executivo Federal, a licitação poderá ser restrita a bens e serviços com tecnologia desenvolvida no País e produzidos de acordo com o processo produtivo básico de que trata a Lei no 10.176, de 11 de janeiro de 2001. (Incluído pela Medida Provisória nº 495, de 2010)

§ 5o Nos processos de licitação previstos no caput, poderá ser estabelecido margem de preferência para produtos manufaturados e para serviços nacionais que atendam a normas técnicas brasileiras. (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)

§ 6o A margem de preferência de que trata o § 5o será estabelecida com base em estudos revistos periodicamente, em prazo não superior a 5 (cinco) anos, que levem em consideração: (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010) (Vide Decreto nº 7.713, de 2012) (Vide Decreto nº 7.709, de 2012) (Vide Decreto nº 7.756, de 2012)

I - geração de emprego e renda; (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)

II - efeito na arrecadação de tributos federais, estaduais e municipais; (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)

III - desenvolvimento e inovação tecnológica realizados no País; (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)

IV - custo adicional dos produtos e serviços; e (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)

V - em suas revisões, análise retrospectiva de resultados. (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)

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§ 7o Para os produtos manufaturados e serviços nacionais resultantes de desenvolvimento e inovação tecnológica realizados no País, poderá ser estabelecido margem de preferência adicional àquela prevista no § 5o. (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)

§ 8o As margens de preferência por produto, serviço, grupo de produtos ou grupo de serviços, a que se referem os §§ 5o e 7o, serão definidas pelo Poder Executivo federal, não podendo a soma delas ultrapassar o montante de 25% (vinte e cinco por cento) sobre o preço dos produtos manufaturados e serviços estrangeiros. (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)

§ 9o As disposições contidas nos §§ 5o e 7o deste artigo não se aplicam aos bens e aos serviços cuja capacidade de produção ou prestação no País seja inferior: (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)

I - à quantidade a ser adquirida ou contratada; ou (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)

II - ao quantitativo fixado com fundamento no § 7o do art. 23 desta Lei, quando for o caso. (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)

§ 10. A margem de preferência a que se refere o § 5o poderá ser estendida, total ou parcialmente, aos bens e serviços originários dos Estados Partes do Mercado Comum do Sul - Mercosul. (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)

§ 11. Os editais de licitação para a contratação de bens, serviços e obras poderão, mediante prévia justificativa da autoridade competente, exigir que o contratado promova, em favor de órgão ou entidade integrante da administração pública ou daqueles por ela indicados a partir de processo isonômico, medidas de compensação comercial, industrial, tecnológica ou acesso a condições vantajosas de financiamento, cumulativamente ou não, na forma estabelecida pelo Poder Executivo federal. (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)

§ 12. Nas contratações destinadas à implantação, manutenção e ao aperfeiçoamento dos sistemas de tecnologia de informação e comunicação, considerados estratégicos em ato do Poder Executivo federal, a licitação poderá ser restrita a bens e serviços com tecnologia desenvolvida no País e produzidos de acordo com o processo produtivo básico de que trata a Lei no 10.176, de 11 de janeiro de 2001. (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)

§ 13. Será divulgada na internet, a cada exercício financeiro, a relação de empresas favorecidas em decorrência do disposto nos §§ 5o, 7o, 10, 11 e 12 deste artigo, com indicação do volume de recursos destinados a cada uma delas. (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)

Art. 4o Todos quantos participem de licitação promovida pelos órgãos ou entidades a que se refere o art. 1º têm direito público subjetivo à fiel observância do pertinente procedimento estabelecido nesta lei, podendo qualquer cidadão acompanhar o seu desenvolvimento, desde que não interfira de modo a perturbar ou impedir a realização dos trabalhos.

Parágrafo único. O procedimento licitatório previsto nesta lei caracteriza ato administrativo formal, seja ele praticado em qualquer esfera da Administração Pública.

Art. 5o Todos os valores, preços e custos utilizados nas licitações terão como expressão monetária a moeda corrente nacional, ressalvado o disposto no art. 42 desta Lei, devendo cada unidade da Administração, no pagamento das obrigações relativas ao fornecimento de bens, locações, realização de obras e prestação de serviços, obedecer, para cada fonte diferenciada de recursos, a estrita ordem cronológica das datas de suas exigibilidades, salvo quando presentes relevantes razões de interesse público e mediante prévia justificativa da autoridade competente, devidamente publicada.

§ 1o Os créditos a que se refere este artigo terão seus valores corrigidos por critérios previstos no ato convocatório e que lhes preservem o valor.

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§ 2º A correção de que trata o parágrafo anterior correrá à conta das mesmas dotações orçamentárias que atenderam aos créditos a que se refere.

§ 2o A correção de que trata o parágrafo anterior cujo pagamento será feito junto com o principal, correrá à conta das mesmas dotações orçamentárias que atenderam aos créditos a que se referem. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 3o Observados o disposto no caput, os pagamentos decorrentes de despesas cujos valores não ultrapassem o limite de que trata o inciso II do art. 24, sem prejuízo do que dispõe seu parágrafo único, deverão ser efetuados no prazo de até 5 (cinco) dias úteis, contados da apresentação da fatura. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)

Seção II Das Definições

Art. 6o Para os fins desta Lei, considera-se:

I - Obra - toda construção, reforma, fabricação, recuperação ou ampliação, realizada por execução direta ou indireta;

II - Serviço - toda atividade destinada a obter determinada utilidade de interesse para a Administração, tais como: demolição, conserto, instalação, montagem, operação, conservação, reparação, adaptação, manutenção, transporte, locação de bens, publicidade, seguro ou trabalhos técnico-profissionais;

III - Compra - toda aquisição remunerada de bens para fornecimento de uma só vez ou parceladamente;

IV - Alienação - toda transferência de domínio de bens a terceiros;

V - Obras, serviços e compras de grande vulto - aquelas cujo valor estimado seja superior a 25 (vinte e cinco) vezes o limite estabelecido na alínea "c" do inciso I do art. 23 desta Lei;

VI - Seguro-Garantia - o seguro que garante o fiel cumprimento das obrigações assumidas por empresas em licitações e contratos;

VII - Execução direta - a que é feita pelos órgãos e entidades da Administração, pelos próprios meios;

VIII - Execução indireta - a que o órgão ou entidade contrata com terceiros, sob qualquer das seguintes modalidades:

VIII - Execução indireta - a que o órgão ou entidade contrata com terceiros sob qualquer dos seguintes regimes: (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

a) empreitada por preço global - quando se contrata a execução da obra ou do serviço por preço certo e total;

b) empreitada por preço unitário - quando se contrata a execução da obra ou do serviço por preço certo de unidades determinadas;

c) (VETADO)

c) (Vetado). (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

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d) tarefa - quando se ajusta mão-de-obra para pequenos trabalhos por preço certo, com ou sem fornecimento de materiais;

e) empreitada integral - quando se contrata um empreendimento em sua integralidade, compreendendo todas as etapas das obras, serviços e instalações necessárias, sob inteira responsabilidade da contratada até a sua entrega ao contratante em condições de entrada em operação, atendidos os requisitos técnicos e legais para sua utilização em condições de segurança estrutural e operacional e com as características adequadas às finalidades para que foi contratada;

IX - Projeto Básico - conjunto de elementos necessários e suficientes, com nível de precisão adequado, para caracterizar a obra ou serviço, ou complexo de obras ou serviços objeto da licitação, elaborado com base nas indicações dos estudos técnicos preliminares, que assegurem a viabilidade técnica e o adequado tratamento do impacto ambiental do empreendimento, e que possibilite a avaliação do custo da obra e a definição dos métodos e do prazo de execução, devendo conter os seguintes elementos:

a) desenvolvimento da solução escolhida de forma a fornecer visão global da obra e identificar todos os seus elementos constitutivos com clareza;

b) soluções técnicas globais e localizadas, suficientemente detalhadas, de forma a minimizar a necessidade de reformulação ou de variantes durante as fases de elaboração do projeto executivo e de realização das obras e montagem;

c) identificação dos tipos de serviços a executar e de materiais e equipamentos a incorporar à obra, bem como suas especificações que assegurem os melhores resultados para o empreendimento, sem frustrar o caráter competitivo para a sua execução;

d) informações que possibilitem o estudo e a dedução de métodos construtivos, instalações provisórias e condições organizacionais para a obra, sem frustrar o caráter competitivo para a sua execução;

e) subsídios para montagem do plano de licitação e gestão da obra, compreendendo a sua programação, a estratégia de suprimentos, as normas de fiscalização e outros dados necessários em cada caso;

f) orçamento detalhado do custo global da obra, fundamentado em quantitativos de serviços e fornecimentos propriamente avaliados;

X - Projeto Executivo - o conjunto dos elementos necessários e suficientes à execução completa da obra, de acordo com as normas pertinentes da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT;

XI - Administração Pública - a administração direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, abrangendo inclusive as entidades com personalidade jurídica de direito privado sob controle do poder público e das fundações por ele instituídas ou mantidas;

XII - Administração - órgão, entidade ou unidade administrativa pela qual a Administração Pública opera e atua concretamente;

XIII - Imprensa Oficial - veículo oficial de divulgação da Administração Pública;

XIII - Imprensa Oficial - veículo oficial de divulgação da Administração Pública, sendo para a União o Diário Oficial da União, e, para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, o que for definido nas respectivas leis; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

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XIV - Contratante - é o órgão ou entidade signatária do instrumento contratual;

XV - Contratado - a pessoa física ou jurídica signatária de contrato com a Administração Pública;

XVI - Comissão - comissão, permanente ou especial, criada pela Administração com a função de receber, examinar e julgar todos os documentos e procedimentos relativos às licitações e ao cadastramento de licitantes.

XVII - produtos manufaturados nacionais - produtos manufaturados, produzidos no território nacional de acordo com o processo produtivo básico ou regras de origem estabelecidas pelo Poder Executivo Federal; (Incluído pela Medida Provisória nº 495, de 2010)

XVIII - serviços nacionais - serviços prestados no País, nas condições estabelecidas pelo

Poder Executivo Federal; (Incluído pela Medida Provisória nº 495, de 2010)

XIX - sistemas de tecnologia de informação e comunicação estratégicos - bens e serviços de tecnologia da informação e comunicação cuja descontinuidade provoque dano significativo à administração pública e que envolvam pelo menos um dos seguintes requisitos relacionados às informações críticas: disponibilidade, confiabilidade, segurança e confidencialidade. (Incluído pela Medida Provisória nº 495, de 2010)

XVII - produtos manufaturados nacionais - produtos manufaturados, produzidos no território nacional de acordo com o processo produtivo básico ou com as regras de origem estabelecidas pelo Poder Executivo federal; (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)

XVIII - serviços nacionais - serviços prestados no País, nas condições estabelecidas pelo Poder Executivo federal; (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)

XIX - sistemas de tecnologia de informação e comunicação estratégicos - bens e serviços de tecnologia da informação e comunicação cuja descontinuidade provoque dano significativo à administração pública e que envolvam pelo menos um dos seguintes requisitos relacionados às informações críticas: disponibilidade, confiabilidade, segurança e confidencialidade. (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)

Seção III Das Obras e Serviços

Art. 7o As licitações para a execução de obras e para a prestação de serviços obedecerão ao disposto neste artigo e, em particular, à seguinte seqüência:

I - projeto básico;

II - projeto executivo;

III - execução das obras e serviços.

§ 1o A execução de cada etapa será obrigatoriamente precedida da conclusão e aprovação, pela autoridade competente, dos trabalhos relativos às etapas anteriores, à exceção do projeto executivo, o qual poderá ser desenvolvido concomitantemente com a execução das obras e serviços, desde que também autorizado pela Administração.

§ 2o As obras e os serviços somente poderão ser licitados quando:

I - houver projeto básico aprovado pela autoridade competente e disponível para exame dos interessados em participar do processo licitatório;

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II - existir orçamento detalhado em planilhas que expressem a composição de todos os seus custos unitários;

III - houver previsão de recursos orçamentários que assegurem o pagamento das obrigações decorrentes de obras ou serviços a serem executadas no exercício financeiro em curso, de acordo com o respectivo cronograma;

IV - o produto dela esperado estiver contemplado nas metas estabelecidas no Plano Plurianual de que trata o art. 165 da Constituição Federal, quando for o caso.

§ 3o É vedado incluir no objeto da licitação a obtenção de recursos financeiros para sua execução, qualquer que seja a sua origem, exceto nos casos de empreendimentos executados e explorados sob o regime de concessão, nos termos da legislação específica.

§ 4o É vedada, ainda, a inclusão, no objeto da licitação, de fornecimento de materiais e serviços sem previsão de quantidades ou cujos quantitativos não correspondam às previsões reais do projeto básico ou executivo.

§ 5o É vedada a realização de licitação cujo objeto inclua bens e serviços sem similaridade ou de marcas, características e especificações exclusivas, salvo nos casos em que for tecnicamente justificável, ou ainda quando o fornecimento de tais materiais e serviços for feito sob o regime de administração contratada, previsto e discriminado no ato convocatório.

§ 6o A infringência do disposto neste artigo implica a nulidade dos atos ou contratos realizados e a responsabilidade de quem lhes tenha dado causa.

§ 7o Não será ainda computado como valor da obra ou serviço, para fins de julgamento das propostas de preços, a atualização monetária das obrigações de pagamento, desde a data final de cada período de aferição até a do respectivo pagamento, que será calculada pelos mesmos critérios estabelecidos obrigatoriamente no ato convocatório.

§ 8o Qualquer cidadão poderá requerer à Administração Pública os quantitativos das obras e preços unitários de determinada obra executada.

§ 9o O disposto neste artigo aplica-se também, no que couber, aos casos de dispensa e de inexigibilidade de licitação.

Art. 8o A execução das obras e dos serviços deve programar-se, sempre, em sua totalidade, previstos seus custos atual e final e considerados os prazos de sua execução.

§ 1º As obras, serviços e fornecimentos serão divididos em tantas parcelas quantas se comprovarem técnica e economicamente viáveis, a critério e por conveniência da Administração, procedendo-se à licitação com vistas ao melhor aproveitamento dos recursos disponíveis no mercado e à ampliação da competitividade, sem perda da economia de escala.

§ 2º É proibido o retardamento imotivado da execução de parcela de obra ou serviço, se existente previsão orçamentária para sua execução total, salvo insuficiência financeira de recursos ou comprovado motivo de ordem técnica, justificados em despacho circunstanciado das autoridades a que se refere o art. 26 desta lei.

§ 3º Na execução parcelada, inclusive nos casos admitidos neste artigo, a cada etapa ou conjunto de etapas da obra, serviço ou fornecimento, há de corresponder licitação distinta, preservada a modalidade pertinente para a execução total do objeto da licitação.

§ 4º Em qualquer caso, a autorização da despesa será feita para o custo final da obra ou serviço projetados.

Parágrafo único. É proibido o retardamento imotivado da execução de obra ou serviço, ou de suas parcelas, se existente previsão orçamentária para sua execução total, salvo insuficiência financeira ou comprovado motivo de ordem técnica, justificados em despacho

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circunstanciado da autoridade a que se refere o art. 26 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

Art. 9o Não poderá participar, direta ou indiretamente, da licitação ou da execução de obra ou serviço e do fornecimento de bens a eles necessários:

I - o autor do projeto, básico ou executivo, pessoa física ou jurídica;

II - empresa, isoladamente ou em consórcio, responsável pela elaboração do projeto básico ou executivo ou da qual o autor do projeto seja dirigente, gerente, acionista ou detentor de mais de 5% (cinco por cento) do capital com direito a voto ou controlador, responsável técnico ou subcontratado;

III - servidor ou dirigente de órgão ou entidade contratante ou responsável pela licitação.

§ 1o É permitida a participação do autor do projeto ou da empresa a que se refere o inciso II deste artigo, na licitação de obra ou serviço, ou na execução, como consultor ou técnico, nas funções de fiscalização, supervisão ou gerenciamento, exclusivamente a serviço da Administração interessada.

§ 2o O disposto neste artigo não impede a licitação ou contratação de obra ou serviço que inclua a elaboração de projeto executivo como encargo do contratado ou pelo preço previamente fixado pela Administração.

§ 3o Considera-se participação indireta, para fins do disposto neste artigo, a existência de qualquer vínculo de natureza técnica, comercial, econômica, financeira ou trabalhista entre o autor do projeto, pessoa física ou jurídica, e o licitante ou responsável pelos serviços, fornecimentos e obras, incluindo-se os fornecimentos de bens e serviços a estes necessários.

§ 4o O disposto no parágrafo anterior aplica-se aos membros da comissão de licitação.

Art. 10. As obras e serviços poderão ser executados nos seguintes regimes:

Art. 10. As obras e serviços poderão ser executados nas seguintes formas: (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

I - execução direta;

II - execução indireta, nas seguintes modalidades:

II - execução indireta, nos seguintes regimes: (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

a) empreitada por preço global;

b) empreitada por preço unitário;

c) (VETADO)

c) (Vetado). (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

d) tarefa;

e) empreitada integral.

Parágrafo único. (VETADO)

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Parágrafo único. (Vetado). (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

Art. 11. As obras e serviços destinados aos mesmos fins terão projetos padronizados por tipos, categorias ou classes, exceto quando o projeto-padrão não atender às condições peculiares do local ou às exigências específicas do empreendimento.

Art. 12. Nos projetos básicos e projetos executivos de obras e serviços serão considerados principalmente os seguintes requisitos:

Art. 12. Nos projetos básicos e projetos executivos de obras e serviços serão considerados principalmente os seguintes requisitos: (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

I - segurança;

II - funcionalidade e adequação ao interesse público;

III - economia na execução, conservação e operação;

IV - possibilidade de emprego de mão-de-obra, materiais, tecnologia e matérias-primas existentes no local para execução, conservação e operação;

V - facilidade na execução, conservação e operação, sem prejuízo da durabilidade da obra ou do serviço;

VI - adoção das normas técnicas adequadas;

VI - adoção das normas técnicas, de saúde e de segurança do trabalho adequadas; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

VII - impacto ambiental.

Seção IV Dos Serviços Técnicos Profissionais Especializados

Art. 13. Para os fins desta Lei, consideram-se serviços técnicos profissionais especializados os trabalhos relativos a:

I - estudos técnicos, planejamentos e projetos básicos ou executivos;

II - pareceres, perícias e avaliações em geral;

III - assessorias ou consultorias técnicas e auditorias financeiras;

III - assessorias ou consultorias técnicas e auditorias financeiras ou tributárias; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

IV - fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras ou serviços;

V - patrocínio ou defesa de causas judiciais ou administrativas;

VI - treinamento e aperfeiçoamento de pessoal;

VII - restauração de obras de arte e bens de valor histórico.

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VIII - (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 1o Ressalvados os casos de inexigibilidade de licitação, os contratos para a prestação de serviços técnicos profissionais especializados deverão, preferencialmente, ser celebrados mediante a realização de concurso, com estipulação prévia de prêmio ou remuneração.

§ 2o Aos serviços técnicos previstos neste artigo aplica-se, no que couber, o disposto no art. 111 desta Lei.

§ 3o A empresa de prestação de serviços técnicos especializados que apresente relação de integrantes de seu corpo técnico em procedimento licitatório ou como elemento de justificação de dispensa ou inexigibilidade de licitação, ficará obrigada a garantir que os referidos integrantes realizem pessoal e diretamente os serviços objeto do contrato.

Seção V Das Compras

Art. 14. Nenhuma compra será feita sem a adequada caracterização de seu objeto e indicação dos recursos orçamentários para seu pagamento, sob pena de nulidade do ato e responsabilidade de quem lhe tiver dado causa.

Art. 15. As compras, sempre que possível, deverão: (Regulamento)

I - atender ao princípio da padronização, que imponha compatibilidade de especificações técnicas e de desempenho, observadas, quando for o caso, as condições de manutenção, assistência técnica e garantia oferecidas;

II - ser processadas através de sistema de registro de preços;

III - submeter-se às condições de aquisição e pagamento semelhantes às do setor privado;

IV - ser subdivididas em tantas parcelas quantas necessárias para aproveitar as peculiaridades do mercado, visando economicidade;

V - balizar-se pelos preços praticados no âmbito dos órgãos e entidades da Administração Pública.

§ 1o O registro de preços será precedido de ampla pesquisa de mercado.

§ 2o Os preços registrados serão publicados trimestralmente para orientação da Administração, na imprensa oficial.

§ 3o O sistema de registro de preços será regulamentado por decreto, atendidas as peculiaridades regionais, observadas as seguintes condições:

I - seleção feita mediante concorrência;

II - estipulação prévia do sistema de controle e atualização dos preços registrados;

III - validade do registro não superior a um ano.

§ 4o A existência de preços registrados não obriga a Administração a firmar as contratações que deles poderão advir, ficando-lhe facultada a utilização de outros meios,

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respeitada a legislação relativa às licitações, sendo assegurado ao beneficiário do registro preferência em igualdade de condições.

§ 5o O sistema de controle originado no quadro geral de preços, quando possível, deverá ser informatizado.

§ 6o Qualquer cidadão é parte legítima para impugnar preço constante do quadro geral em razão de incompatibilidade desse com o preço vigente no mercado.

§ 7o Nas compras deverão ser observadas, ainda:

I - a especificação completa do bem a ser adquirido sem indicação de marca;

II - a definição das unidades e das quantidades a serem adquiridas em função do consumo e utilização prováveis, cuja estimativa será obtida, sempre que possível, mediante adequadas técnicas quantitativas de estimação;

III - as condições de guarda e armazenamento que não permitam a deterioração do material.

§ 8o O recebimento de material de valor superior ao limite estabelecido no art. 23 desta Lei, para a modalidade de convite, deverá ser confiado a uma comissão de, no mínimo, 3 (três) membros.

Art. 16. Fechado o negócio, será publicada a relação de todas as compras feitas pela Administração Direta ou Indireta, de maneira a clarificar a identificação do bem comprado, seu preço unitário, a quantidade adquirida, o nome do vendedor e o valor total da operação.

Art. 16. Será dada publicidade, mensalmente, em órgão de divulgação oficial ou em quadro de avisos de amplo acesso público, à relação de todas as compras feitas pela Administração Direta ou Indireta, de maneira a clarificar a identificação do bem comprado, seu preço unitário, a quantidade adquirida, o nome do vendedor e o valor total da operação, podendo ser aglutinadas por itens as compras feitas com dispensa e inexigibilidade de licitação. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica aos casos de dispensa de licitação previstos no inciso IX do art. 24. (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

Seção VI Das Alienações

Art. 17. A alienação de bens da Administração Pública, subordinada à existência de interesse público devidamente justificado, será precedida de avaliação e obedecerá às seguintes normas:

I - quando imóveis, dependerá de autorização legislativa para órgãos da administração direta e entidades autárquicas e fundacionais, e, para todos, inclusive as entidades paraestatais, dependerá de avaliação prévia e de licitação na modalidade de concorrência, dispensada esta nos seguintes casos:

a) dação em pagamento;

b) doação, permitida exclusivamente para outro órgão ou entidade da Administração Pública, de qualquer esfera de governo; (Vide Medida Provisória nº 335, de 2006) b) doação, permitida exclusivamente para outro órgão ou entidade da administração pública, de qualquer esfera de governo, ressalvado o disposto nas alíneas f e h; (Redação dada pela Lei nº

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11.481, de 2007) b) doação, permitida exclusivamente para outro órgão ou entidade da administração pública, de qualquer esfera de governo, ressalvado o disposto nas alíneas “f”, “h” e “i”; (Redação dada pela Medida Provisória nº 458, de 2009)

b) doação, permitida exclusivamente para outro órgão ou entidade da administração pública, de qualquer esfera de governo, ressalvado o disposto nas alíneas f, h e i; (Redação dada pela Lei nº 11.952, de 2009)

c) permuta, por outro imóvel que atenda aos requisitos constantes do inciso X do art. 24 desta Lei;

d) investidura;

e) venda a outro órgão ou entidade da administração pública, de qualquer esfera de governo; (Incluída pela Lei nº 8.883, de 1994)

f) alienação, concessão de direito real de uso, locação ou permissão de uso de bens imóveis construídos e destinados ou efetivamente utilizados no âmbito de programas habitacionais de interesse social, por órgãos ou entidades da administração pública especificamente criados para esse fim; (Incluída pela Lei nº 8.883, de 1994) (Vide Medida Provisória nº 292, de 2006) (Vide Medida Provisória nº 335, de 2006)

f) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de direito real de uso, locação ou permissão de uso de bens imóveis residenciais construídos, destinados ou efetivamente utilizados no âmbito de programas habitacionais ou de regularização fundiária de interesse social desenvolvidos por órgãos ou entidades da administração pública; (Redação dada pela Lei nº 11.481, de 2007)

g) procedimentos de legitimação de posse de que trata o art. 29 da Lei no 6.383, de 7 de dezembro de 1976, mediante iniciativa e deliberação dos órgãos da Administração Pública em cuja competência legal inclua-se tal atribuição; (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)

g) procedimentos de regularização fundiária de que trata o art. 29 da Lei no 6.383, de 7 de dezembro de 1976; (Redação dada pela Medida Provisória nº 458, de 2009)

g) procedimentos de legitimação de posse de que trata o art. 29 da Lei no 6.383, de 7 de dezembro de 1976, mediante iniciativa e deliberação dos órgãos da Administração Pública em cuja competência legal inclua-se tal atribuição; (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)

h) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de direito real de uso, locação ou permissão de uso de bens imóveis de uso comercial de âmbito local com área de até 250 m² (duzentos e cinqüenta metros quadrados) e inseridos no âmbito de programas de regularização fundiária de interesse social desenvolvidos por órgãos ou entidades da administração pública; (Incluído pela Lei nº 11.481, de 2007)

i) alienação e concessão de direito real de uso, gratuita ou onerosa, de terras públicas rurais da União na Amazônia Legal onde incidam ocupações até o limite de quinze módulos fiscais ou mil e quinhentos hectares, para fins de regularização fundiária, atendidos os requisitos legais; (Incluído pela Medida Provisória nº 458, de 2009)

i) alienação e concessão de direito real de uso, gratuita ou onerosa, de terras públicas rurais da União na Amazônia Legal onde incidam ocupações até o limite de 15 (quinze) módulos fiscais ou 1.500ha (mil e quinhentos hectares), para fins de regularização fundiária, atendidos os requisitos legais; (Incluído pela Lei nº 11.952, de 2009)

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II - quando móveis, dependerá de avaliação prévia e de licitação, dispensada esta nos seguintes casos:

a) doação, permitida exclusivamente para fins e uso de interesse social, após avaliação de sua oportunidade e conveniência sócio-econômica, relativamente à escolha de outra forma de alienação;

b) permuta, permitida exclusivamente entre órgãos ou entidades da Administração Pública;

c) venda de ações, que poderão ser negociadas em bolsa, observada a legislação específica;

d) venda de títulos, na forma da legislação pertinente;

e) venda de bens produzidos ou comercializados por órgãos ou entidades da Administração Pública, em virtude de suas finalidades;

f) venda de materiais e equipamentos para outros órgãos ou entidades da Administração Pública, sem utilização previsível por quem deles dispõe.

§ 1o Os imóveis doados com base na alínea "b" do inciso I deste artigo, cessadas as razões que justificaram a sua doação, reverterão ao patrimônio da pessoa jurídica doadora, vedada a sua alienação pelo beneficiário.

§ 2o A Administração poderá conceder direito real de uso de bens imóveis, dispensada licitação, quando o uso se destina a outro órgão ou entidade da Administração Pública.

§ 2o A Administração também poderá conceder título de propriedade ou de direito real de uso de imóveis, dispensada licitação, quando o uso destinar-se: (Redação dada pela Lei nº 11.196, de 2005)

I - a outro órgão ou entidade da Administração Pública, qualquer que seja a localização do imóvel; (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)

II - a pessoa física que, nos termos de lei, regulamento ou ato normativo do órgão competente, haja implementado os requisitos mínimos de cultura e moradia sobre área rural situada na região da Amazônia Legal, definida no art. 2o da Lei no 5.173, de 27 de outubro de 1966, superior à legalmente passível de legitimação de posse referida na alínea g do inciso I do caput deste artigo, atendidos os limites de área definidos por ato normativo do Poder Executivo. (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005) (Regulamento) II - a pessoa física que, nos termos da lei, regulamento ou ato normativo do órgão competente, haja implementado os requisitos mínimos de cultura, ocupação mansa e pacífica e exploração direta sobre área rural situada na região da Amazônia Legal, definida no art. 1o, § 2o, inciso VI, da Lei no 4.771, de 22 de setembro de 1965, superior a um módulo fiscal e limitada a áreas de até quinze módulos fiscais, desde que não exceda mil e quinhentos hectares; (Redação dada pela Medida Provisória nº 458, de 2009)

II - a pessoa natural que, nos termos da lei, regulamento ou ato normativo do órgão competente, haja implementado os requisitos mínimos de cultura, ocupação mansa e pacífica e exploração direta sobre área rural situada na Amazônia Legal, superior a 1 (um) módulo fiscal e limitada a 15 (quinze) módulos fiscais, desde que não exceda 1.500ha (mil e quinhentos hectares); (Redação dada pela Lei nº 11.952, de 2009)

§ 2o-A. As hipóteses da alínea g do inciso I do caput e do inciso II do § 2o deste artigo ficam dispensadas de autorização legislativa, porém submetem-se aos seguintes

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condicionamentos: (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005) § 2o-A. As hipóteses do inciso II do § 2o ficam dispensadas de autorização legislativa, porém submetem-se aos seguintes condicionamentos: (Redação dada pela Medida Provisória nº 458, de 2009)

§ 2º-A. As hipóteses do inciso II do § 2o ficam dispensadas de autorização legislativa, porém submetem-se aos seguintes condicionamentos: (Redação dada pela Lei nº 11.952, de 2009)

I - aplicação exclusivamente às áreas em que a detenção por particular seja comprovadamente anterior a 1o de dezembro de 2004; (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)

II - submissão aos demais requisitos e impedimentos do regime legal e administrativo da destinação e da regularização fundiária de terras públicas; (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)

III - vedação de concessões para hipóteses de exploração não-contempladas na lei agrária, nas leis de destinação de terras públicas, ou nas normas legais ou administrativas de zoneamento ecológico-econômico; e (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)

IV - previsão de rescisão automática da concessão, dispensada notificação, em caso de declaração de utilidade, ou necessidade pública ou interesse social. (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)

§ 2o-B. A hipótese do inciso II do § 2o deste artigo: (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)

I - só se aplica a imóvel situado em zona rural, não sujeito a vedação, impedimento ou inconveniente a sua exploração mediante atividades agropecuárias; (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)

II - fica limitada a áreas de até 500 (quinhentos) hectares, vedada a dispensa de licitação para áreas superiores a esse limite; e (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)

II - fica limitada a áreas de até quinze módulos fiscais, vedada a dispensa de licitação para áreas superiores a esse limite; e (Redação dada pela Medida Provisória nº 422, de 2008).

II – fica limitada a áreas de até quinze módulos fiscais, desde que não exceda mil e quinhentos hectares, vedada a dispensa de licitação para áreas superiores a esse limite; (Redação dada pela Lei nº 11.763, de 2008)

III - pode ser cumulada com o quantitativo de área decorrente da figura prevista na alínea g do inciso I do caput deste artigo, até o limite previsto no inciso II deste parágrafo. (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)

IV – (VETADO) (Incluído pela Lei nº 11.763, de 2008)

§ 3º Entende-se por investidura, para os fins desta lei, a alienação aos proprietários de imóveis lindeiros de área remanescente ou resultante de obra pública, área esta que se tornar inaproveitável isoladamente, por preço nunca inferior ao da avaliação e desde que esse não ultrapasse a 50% (cinqüenta por cento) do valor constante da alínea a do inciso II do art. 23 desta lei.

§ 3o Entende-se por investidura, para os fins desta lei: (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)

I - a alienação aos proprietários de imóveis lindeiros de área remanescente ou resultante de obra pública, área esta que se tornar inaproveitável isoladamente, por preço nunca inferior ao da avaliação e desde que esse não ultrapasse a 50% (cinqüenta por cento) do valor constante da alínea "a" do inciso II do art. 23 desta lei; (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)

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II - a alienação, aos legítimos possuidores diretos ou, na falta destes, ao Poder Público, de imóveis para fins residenciais construídos em núcleos urbanos anexos a usinas hidrelétricas, desde que considerados dispensáveis na fase de operação dessas unidades e não integrem a categoria de bens reversíveis ao final da concessão. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)

§ 4º A doação com encargo poderá ser licitada, e de seu instrumento constarão, obrigatoriamente, os encargos, o prazo de seu cumprimento e cláusula de reversão, sob pena de nulidade do ato.

§ 4o A doação com encargo será licitada e de seu instrumento constarão, obrigatoriamente os encargos, o prazo de seu cumprimento e cláusula de reversão, sob pena de nulidade do ato, sendo dispensada a licitação no caso de interesse público devidamente justificado; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 5o Na hipótese do parágrafo anterior, caso o donatário necessite oferecer o imóvel em garantia de financiamento, a cláusula de reversão e demais obrigações serão garantidas por hipoteca em segundo grau em favor do doador. (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 6o Para a venda de bens móveis avaliados, isolada ou globalmente, em quantia não superior ao limite previsto no art. 23, inciso II, alínea "b" desta Lei, a Administração poderá permitir o leilão. (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 7o (VETADO). (Incluído pela Lei nº 11.481, de 2007)

Art. 18. Na concorrência para a venda de bens imóveis, a fase de habilitação limitar-se-á à comprovação do recolhimento de quantia correspondente a 5% (cinco por cento) da avaliação.

Parágrafo único. Para a venda de bens móveis avaliados, isolada ou globalmente, em quantia não superior ao limite previsto no art. 23, inciso II, alínea b desta lei, a Administração poderá permitir o leilão. (Revogado pela Lei nº 8.883, de 1994)

Art. 19. Os bens imóveis da Administração Pública, cuja aquisição haja derivado de procedimentos judiciais ou de dação em pagamento, poderão ser alienados por ato da autoridade competente, observadas as seguintes regras:

I - avaliação dos bens alienáveis;

II - comprovação da necessidade ou utilidade da alienação;

III - adoção do procedimento licitatório.

III - adoção do procedimento licitatório, sob a modalidade de concorrência ou leilão. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

Capítulo II Da Licitação

Seção I Das Modalidades, Limites e Dispensa

Art. 20. As licitações serão efetuadas no local onde se situar a repartição interessada, salvo por motivo de interesse público, devidamente justificado.

Parágrafo único. O disposto neste artigo não impedirá a habilitação de interessados residentes ou sediados em outros locais.

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Art. 21. Os avisos contendo os resumos dos editais das concorrências e tomadas de preços, embora realizadas no local da repartição interessada, deverão ser publicados com antecedência, durante 3 (três) dias consecutivos, obrigatória e contemporaneamente:

I - no Diário Oficial da União, quando se tratar de licitação feita por órgão da Administração Pública Federal ou do Distrito Federal e, ainda, quando se tratar de obras, compras e serviços financiados parcial ou totalmente com recursos federais ou garantidos por instituições federais;

II - no Diário Oficial do Estado onde será realizada a obra ou serviço, quando se tratar de licitação de órgãos da Administração Estadual ou Municipal;

III - em pelo menos um jornal diário de grande circulação no Estado ou, se houver, no Município onde será realizada a obra ou serviço, podendo ainda a Administração, para ambos os casos, conforme o vulto da concorrência, utilizar-se de outros meios de divulgação para ampliar a área de competição.

Art. 21. Os avisos contendo os resumos dos editais das concorrências, das tomadas de preços, dos concursos e dos leilões, embora realizados no local da repartição interessada, deverão ser publicados com antecedência, no mínimo, por uma vez: (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

I - no Diário Oficial da União, quando se tratar de licitação feita por órgão ou entidade da Administração Pública Federal e, ainda, quando se tratar de obras financiadas parcial ou totalmente com recursos federais ou garantidas por instituições federais; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

II - no Diário Oficial do Estado, ou do Distrito Federal quando se tratar, respectivamente, de licitação feita por órgão ou entidade da Administração Pública Estadual ou Municipal, ou do Distrito Federal; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

III - em jornal diário de grande circulação no Estado e também, se houver, em jornal de circulação no Município ou na região onde será realizada a obra, prestado o serviço, fornecido, alienado ou alugado o bem, podendo ainda a Administração, conforme o vulto da licitação, utilizar-se de outros meios de divulgação para ampliar a área de competição. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 1o O aviso publicado conterá a indicação do local em que os interessados poderão ler e obter o texto integral do edital e todas as informações sobre a licitação.

§ 2o O prazo mínimo até o recebimento das propostas ou da realização do evento será:

I - 30 (trinta) dias para a concorrência; II - 45 (quarenta e cinco) dias para o concurso; III - 15 (quinze) dias para a tomada de preços ou leilão; IV - 45 (quarenta e cinco) dias para a licitação do tipo melhor técnica ou técnica e preço,

ou quando o contrato a ser celebrado contemplar a modalidade de empreitada integral; V - 5 (cinco) dias úteis para o convite.

I - quarenta e cinco dias para: (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

a) concurso; (Incluída pela Lei nº 8.883, de 1994)

b) concorrência, quando o contrato a ser celebrado contemplar o regime de empreitada integral ou quando a licitação for do tipo "melhor técnica" ou "técnica e preço"; (Incluída pela Lei nº 8.883, de 1994)

II - trinta dias para: (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

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a) concorrência, nos casos não especificados na alínea "b" do inciso anterior; (Incluída pela Lei nº 8.883, de 1994)

b) tomada de preços, quando a licitação for do tipo "melhor técnica" ou "técnica e preço"; (Incluída pela Lei nº 8.883, de 1994)

III - quinze dias para a tomada de preços, nos casos não especificados na alínea "b" do inciso anterior, ou leilão; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

IV - cinco dias úteis para convite. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 3º Os prazos estabelecidos no parágrafo anterior serão contados a partir da primeira publicação do edital resumido ou da expedição do convite, ou ainda da efetiva disponibilidade do edital ou do convite e respectivos anexos, prevalecendo a data que ocorrer mais tarde.

§ 3o Os prazos estabelecidos no parágrafo anterior serão contados a partir da última publicação do edital resumido ou da expedição do convite, ou ainda da efetiva disponibilidade do edital ou do convite e respectivos anexos, prevalecendo a data que ocorrer mais tarde. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 4o Qualquer modificação no edital exige divulgação pela mesma forma que se deu o texto original, reabrindo-se o prazo inicialmente estabelecido, exceto quando, inqüestionavelmente, a alteração não afetar a formulação das propostas.

Art. 22. São modalidades de licitação:

I - concorrência;

II - tomada de preços;

III - convite;

IV - concurso;

V - leilão.

§ 1o Concorrência é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital para execução de seu objeto.

§ 2o Tomada de preços é a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação.

§ 3o Convite é a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de 3 (três) pela unidade administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento convocatório e o estenderá aos demais cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedência de até 24 (vinte e quatro) horas da apresentação das propostas.

§ 4o Concurso é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores, conforme critérios constantes de edital publicado na imprensa oficial com antecedência mínima de 45 (quarenta e cinco) dias.

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§ 5º Leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens móveis inservíveis para a Administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao da avaliação.

§ 6º Na hipótese do § 3º deste artigo, existindo na praça mais de 3 (três) possíveis interessados, é vedado repetir o convite aos mesmos escolhidos na licitação imediatamente anterior realizada para objeto idêntico ou assemelhado.

§ 5o Leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens móveis inservíveis para a administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou para a alienação de bens imóveis prevista no art. 19, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 6o Na hipótese do § 3o deste artigo, existindo na praça mais de 3 (três) possíveis interessados, a cada novo convite, realizado para objeto idêntico ou assemelhado, é obrigatório o convite a, no mínimo, mais um interessado, enquanto existirem cadastrados não convidados nas últimas licitações. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 7o Quando, por limitações do mercado ou manifesto desinteresse dos convidados, for impossível a obtenção do número mínimo de licitantes exigidos no § 3o deste artigo, essas circunstâncias deverão ser devidamente justificadas no processo, sob pena de repetição do convite.

§ 8o É vedada a criação de outras modalidades de licitação ou a combinação das referidas neste artigo.

§ 9o Na hipótese do parágrafo 2o deste artigo, a administração somente poderá exigir do licitante não cadastrado os documentos previstos nos arts. 27 a 31, que comprovem habilitação compatível com o objeto da licitação, nos termos do edital. (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

Art. 23. As modalidades de licitação a que se referem os incisos I a III do artigo anterior serão determinadas em função dos seguintes limites, tendo em vista o valor estimado da contratação:

I - para obras e serviços de engenharia: a) convite - até Cr$ 100.000.000,00 (cem milhões de cruzeiros); b) tomada de preços - até Cr$ 1.000.000.000,00 (hum bilhão de cruzeiros); c) concorrência - acima de Cr$ 1.000.000.000,00 (hum bilhão de cruzeiros); II - para compras e serviços não referidos no inciso anterior: a) convite - até Cr$ 25.000.000,00 (vinte e cinco milhões de cruzeiros); b) tomada de preços - até Cr$ 400.000.000,00 (quatrocentos milhões de cruzeiros); c) concorrência - acima de Cr$ 400.000.000,00 (quatrocentos milhões de cruzeiros).

I - para obras e serviços de engenharia: (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)

a) convite - até R$ 150.000,00 (cento e cinqüenta mil reais); (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)

b) tomada de preços - até R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais); (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)

c) concorrência: acima de R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais); (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)

II - para compras e serviços não referidos no inciso anterior:(Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)

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a) convite - até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais); (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)

b) tomada de preços - até R$ 650.000,00 (seiscentos e cinqüenta mil reais); (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)

c) concorrência - acima de R$ 650.000,00 (seiscentos e cinqüenta mil reais). (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)

§ 1º Para os Municípios, bem como para os órgãos e entidades a eles subordinados, aplicam-se os seguintes limites em relação aos valores indicados no caput deste artigo e nos incisos I e II do art. 24 desta lei:

I - 25% (vinte e cinco por cento) dos valores indicados, quando a população do município não exceder a 20.000 (vinte mil) habitantes;

II - 50% (cinqüenta por cento) dos valores indicados, quando a população do município se situar entre 20.001 (vinte mil e um) e 100.000 (cem mil) habitantes;

III - 75% (setenta e cinco por cento) dos valores indicados, quando a população do município se situar entre 100.001 (cem mil e um) e 500.000 (quinhentos mil) habitantes;

IV - 100% (cem por cento) dos valores indicados, quando a população do município exceder a 500.000 (quinhentos mil) habitantes.

§ 2º Para os fins do parágrafo anterior, adotar-se-á como parâmetro o número de habitantes em cada município segundo os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

§ 3º A concorrência é a modalidade de licitação cabível, qualquer que seja o valor de seu objeto, na compra ou alienação de bens imóveis, nas concessões de direito real de uso, bem como nas licitações internacionais, admitida, neste último caso, a tomada de preços, desde que o órgão ou entidade disponha de cadastro internacional de fornecedores e sejam observados os limites deste artigo.

§ 1o As obras, serviços e compras efetuadas pela Administração serão divididas em tantas parcelas quantas se comprovarem técnica e economicamente viáveis, procedendo-se à licitação com vistas ao melhor aproveitamento dos recursos disponíveis no mercado e à ampliação da competitividade sem perda da economia de escala. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 2o Na execução de obras e serviços e nas compras de bens, parceladas nos termos do parágrafo anterior, a cada etapa ou conjunto de etapas da obra, serviço ou compra, há de corresponder licitação distinta, preservada a modalidade pertinente para a execução do objeto em licitação. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 3o A concorrência é a modalidade de licitação cabível, qualquer que seja o valor de seu objeto, tanto na compra ou alienação de bens imóveis, ressalvado o disposto no art. 19, como nas concessões de direito real de uso e nas licitações internacionais, admitindo-se neste último caso, observados os limites deste artigo, a tomada de preços, quando o órgão ou entidade dispuser de cadastro internacional de fornecedores ou o convite, quando não houver fornecedor do bem ou serviço no País. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 4o Nos casos em que couber convite, a Administração poderá utilizar a tomada de preços e, em qualquer caso, a concorrência.

§ 5º É vedada a utilização da modalidade convite ou tomada de preços, conforme o caso, para parcelas de uma mesma obra ou serviço, ou ainda para obras ou serviços da mesma natureza que possam ser realizados simultânea ou sucessivamente, sempre que o somatório de seus valores caracterizar o caso de tomada de preços ou concorrência, respectivamente, nos termos deste artigo, exceto para as parcelas de natureza específica que possam ser executadas por pessoas ou empresas de especialidade diversa daquela do executor da obra ou serviço.

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§ 5o É vedada a utilização da modalidade "convite" ou "tomada de preços", conforme o caso, para parcelas de uma mesma obra ou serviço, ou ainda para obras e serviços da mesma natureza e no mesmo local que possam ser realizadas conjunta e concomitantemente, sempre que o somatório de seus valores caracterizar o caso de "tomada de preços" ou "concorrência", respectivamente, nos termos deste artigo, exceto para as parcelas de natureza específica que possam ser executadas por pessoas ou empresas de especialidade diversa daquela do executor da obra ou serviço. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 6o As organizações industriais da Administração Federal direta, em face de suas peculiaridades, obedecerão aos limites estabelecidos no inciso I deste artigo também para suas compras e serviços em geral, desde que para a aquisição de materiais aplicados exclusivamente na manutenção, reparo ou fabricação de meios operacionais bélicos pertencentes à União. (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 7o Na compra de bens de natureza divisível e desde que não haja prejuízo para o conjunto ou complexo, é permitida a cotação de quantidade inferior à demandada na licitação, com vistas a ampliação da competitividade, podendo o edital fixar quantitativo mínimo para preservar a economia de escala. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)

§ 8o No caso de consórcios públicos, aplicar-se-á o dobro dos valores mencionados no caput deste artigo quando formado por até 3 (três) entes da Federação, e o triplo, quando formado por maior número. (Incluído pela Lei nº 11.107, de 2005)

Art. 24. É dispensável a licitação:

I - para obras e serviços de engenharia de valor até 5% (cinco por cento) do limite previsto na alínea "a", do inciso I do artigo anterior, desde que não se refiram a parcelas de uma mesma obra ou serviço ou ainda de obras e serviços da mesma natureza que possam ser realizados simultânea ou sucessivamente;

I - para obras e serviços de engenharia de valor até cinco por cento do limite previsto na alínea a do inciso I do artigo anterior, desde que não se refiram a parcelas de uma mesma obra ou serviço ou ainda para obras e serviços da mesma natureza e no mesmo local que possam ser realizadas conjunta e concomitantemente; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

I - para obras e serviços de engenharia de valor até 10% (dez por cento) do limite previsto na alínea "a", do inciso I do artigo anterior, desde que não se refiram a parcelas de uma mesma obra ou serviço ou ainda para obras e serviços da mesma natureza e no mesmo local que possam ser realizadas conjunta e concomitantemente; (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)

II - para outros serviços e compras de valor até 5% (cinco por cento) do limite previsto na alínea a, do inciso II do artigo anterior, e para alienações, nos casos previstos nesta Lei, desde que não se refiram a parcelas de um mesmo serviço, compra ou alienação de maior vulto que possa ser realizada de uma só vez;

II - para outros serviços e compras de valor até 10% (dez por cento) do limite previsto na alínea "a", do inciso II do artigo anterior e para alienações, nos casos previstos nesta Lei, desde que não se refiram a parcelas de um mesmo serviço, compra ou alienação de maior vulto que possa ser realizada de uma só vez; (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)

III - nos casos de guerra ou grave perturbação da ordem;

IV - nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando caracterizada urgência de atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou particulares, e somente para os bens necessários ao atendimento da situação emergencial ou calamitosa e para as parcelas de obras e serviços que possam ser concluídas no prazo máximo de 180 (cento e

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oitenta) dias consecutivos e ininterruptos, contados da ocorrência da emergência ou calamidade, vedada a prorrogação dos respectivos contratos;

V - quando não acudirem interessados à licitação anterior e esta, justificadamente, não puder ser repetida sem prejuízo para a Administração, mantidas, neste caso, todas as condições preestabelecidas;

VI - quando a União tiver que intervir no domínio econômico para regular preços ou normalizar o abastecimento;

VII - quando as propostas apresentadas consignarem preços manifestamente superiores aos praticados no mercado nacional, ou forem incompatíveis com os fixados pelos órgãos oficiais competentes, casos em que, observado o parágrafo único do art. 48 desta Lei e, persistindo a situação, será admitida a adjudicação direta dos bens ou serviços, por valor não superior ao constante do registro de preços, ou dos serviços; (Vide § 3º do art. 48)

VIII - quando a operação envolver exclusivamente pessoas jurídicas de direito público interno, exceto se houver empresas privadas ou de economia mista que possam prestar ou fornecer os mesmos bens ou serviços, hipótese em que ficarão sujeitas à licitação;

VIII - para a aquisição, por pessoa jurídica de direito público interno, de bens produzidos ou serviços prestados por órgão ou entidade que integre a Administração Pública e que tenha sido criado para esse fim específico em data anterior à vigência desta Lei, desde que o preço contratado seja compatível com o praticado no mercado; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

IX - quando houver possibilidade de comprometimento da segurança nacional, nos casos estabelecidos em decreto do Presidente da República, ouvido o Conselho de Defesa Nacional; (Regulamento)

X - para a compra ou locação de imóvel destinado ao serviço público, cujas necessidades de instalação e localização condicionem a sua escolha, desde que o preço seja compatível com o valor de mercado, segundo avaliação prévia;

X - para a compra ou locação de imóvel destinado ao atendimento das finalidades precípuas da administração, cujas necessidades de instalação e localização condicionem a sua escolha, desde que o preço seja compatível com o valor de mercado, segundo avaliação prévia;(Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

XI - na contratação de remanescente de obra, serviço ou fornecimento, em conseqüência de rescisão contratual, desde que atendida a ordem de classificação da licitação anterior e aceitas as mesmas condições oferecidas pelo licitante vencedor, inclusive quanto ao preço, devidamente corrigido;

XII - nas compras eventuais de gêneros alimentícios perecíveis, em centro de abastecimento ou similar, realizadas diretamente com base no preço do dia;

XIII - na contratação de instituição nacional sem fins lucrativos, incumbida regimental ou estatutariamente da pesquisa, do ensino ou do desenvolvimento institucional, científico ou tecnológico, desde que a pretensa contratada detenha inquestionável reputação ético-profissional;

XIV - para a aquisição de bens ou serviços por intermédio de organização internacional, desde que o Brasil seja membro e nos termos de acordo específico, quando as condições ofertadas forem manifestadamente vantajosas para o Poder Público;

XII - nas compras de hortifrutigranjeiros, pão e outros gêneros perecíveis, no tempo necessário para a realização dos processos licitatórios correspondentes, realizadas diretamente com base no preço do dia; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

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XIII - na contratação de instituição brasileira incumbida regimental ou estatutariamente da pesquisa, do ensino ou do desenvolvimento institucional, ou de instituição dedicada à recuperação social do preso, desde que a contratada detenha inquestionável reputação ético-profissional e não tenha fins lucrativos;(Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

XIV - para a aquisição de bens ou serviços nos termos de acordo internacional específico aprovado pelo Congresso Nacional, quando as condições ofertadas forem manifestamente vantajosas para o Poder Público; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

XV - para a aquisição ou restauração de obras de arte e objetos históricos, de autenticidade certificada, desde que compatíveis ou inerentes às finalidades do órgão ou entidade.

XVI - para a impressão dos diários oficiais, de formulários padronizados de uso da administração, e de edições técnicas oficiais, bem como para prestação de serviços de informática a pessoa jurídica de direito público interno, por órgãos ou entidades que integrem a Administração Pública, criados para esse fim específico;(Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

XVII - para a aquisição de componentes ou peças de origem nacional ou estrangeira, necessários à manutenção de equipamentos durante o período de garantia técnica, junto ao fornecedor original desses equipamentos, quando tal condição de exclusividade for indispensável para a vigência da garantia; (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

XVIII - nas compras ou contratações de serviços para o abastecimento de navios, embarcações, unidades aéreas ou tropas e seus meios de deslocamento quando em estada eventual de curta duração em portos, aeroportos ou localidades diferentes de suas sedes, por motivo de movimentação operacional ou de adestramento, quando a exiguidade dos prazos legais puder comprometer a normalidade e os propósitos das operações e desde que seu valor não exceda ao limite previsto na alínea "a" do incico II do art. 23 desta Lei: (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

XIX - para as compras de material de uso pelas Forças Armadas, com exceção de materiais de uso pessoal e administrativo, quando houver necessidade de manter a padronização requerida pela estrutura de apoio logístico dos meios navais, aéreos e terrestres, mediante parecer de comissão instituída por decreto; (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

XX - na contratação de associação de portadores de deficiência física, sem fins lucrativos e de comprovada idoneidade, por órgãos ou entidades da Admininistração Pública, para a prestação de serviços ou fornecimento de mão-de-obra, desde que o preço contratado seja compatível com o praticado no mercado. (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

XXI - Para a aquisição de bens destinados exclusivamente a pesquisa científica e tecnológica com recursos concedidos pela CAPES, FINEP, CNPq ou outras instituições de fomento a pesquisa credenciadas pelo CNPq para esse fim específico. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)

XXI - para a aquisição de bens e insumos destinados exclusivamente à pesquisa científica e tecnológica com recursos concedidos pela Capes, pela Finep, pelo CNPq ou por outras instituições de fomento a pesquisa credenciadas pelo CNPq para esse fim específico; (Redação dada pela Lei nº 12.349, de 2010)

XXII - na contratação do fornecimento ou suprimento de energia elétrica com concessionário, permissionário ou autorizado, segundo as normas da legislação específica;(Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)

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XXII - na contratação de fornecimento ou suprimento de energia elétrica e gás natural com concessionário, permissionário ou autorizado, segundo as normas da legislação específica; (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)

XXIII - na contratação realizada por empresa pública ou sociedade de economia mista com suas subsidiárias e controladas, para a aquisição ou alienação de bens, prestação ou obtenção de serviços, desde que o preço contratado seja compatível com o praticado no mercado. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)

XXIV - para a celebração de contratos de prestação de serviços com as organizações sociais, qualificadas no âmbito das respectivas esferas de governo, para atividades contempladas no contrato de gestão. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)

XXV - na contratação realizada por Instituição Científica e Tecnológica - ICT ou por agência de fomento para a transferência de tecnologia e para o licenciamento de direito de uso ou de exploração de criação protegida. (Incluído pela Lei nº 10.973, de 2004)

XXVI – na celebração de contrato de programa com ente da Federação ou com entidade de sua administração indireta, para a prestação de serviços públicos de forma associada nos termos do autorizado em contrato de consórcio público ou em convênio de cooperação. (Incluído pela Lei nº 11.107, de 2005)

XXVII - para o fornecimento de bens e serviços, produzidos ou prestados no País, que envolvam, cumulativamente, alta complexidade tecnológica e defesa nacional, mediante parecer de comissão especialmente designada pela autoridade máxima do órgão. (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)

XXVII - na contratação da coleta, processamento e comercialização de resíduos sólidos urbanos recicláveis ou reutilizáveis, em áreas com sistema de coleta seletiva de lixo, efetuados por associações ou cooperativas formadas exclusivamente por pessoas físicas de baixa renda reconhecidas pelo poder público como catadores de materiais recicláveis, com o uso de equipamentos compatíveis com as normas técnicas, ambientais e de saúde pública. (Redação dada pela Lei nº 11.445, de 2007).

XXVIII - (Vide Medida Provisória nº 352, de 2007)

XXVIII – para o fornecimento de bens e serviços, produzidos ou prestados no País, que envolvam, cumulativamente, alta complexidade tecnológica e defesa nacional, mediante parecer de comissão especialmente designada pela autoridade máxima do órgão. (Incluído pela Lei nº 11.484, de 2007).

XXIX – na aquisição de bens e contratação de serviços para atender aos contingentes militares das Forças Singulares brasileiras empregadas em operações de paz no exterior, necessariamente justificadas quanto ao preço e à escolha do fornecedor ou executante e ratificadas pelo Comandante da Força. (Incluído pela Lei nº 11.783, de 2008).

XXX - na contratação de instituição ou organização, pública ou privada, com ou sem fins lucrativos, para a prestação de serviços de assistência técnica e extensão rural no âmbito do Programa Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural na Agricultura Familiar e na Reforma Agrária, instituído por lei federal. (Incluído pela Lei nº 12.188, de 2.010) Vigência

XXXI - nas contratações visando ao cumprimento do disposto nos arts. 3º, 4º, 5º e 20 da Lei no 10.973, de 2 de dezembro de 2004, observados os princípios gerais de contratação dela constantes. (Incluído pela Medida Provisória nº 495, de 2010)

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XXXI - nas contratações visando ao cumprimento do disposto nos arts. 3º, 4º, 5º e 20 da Lei no 10.973, de 2 de dezembro de 2004, observados os princípios gerais de contratação dela constantes. (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)

XXXII - na contratação em que houver transferência de tecnologia de produtos estratégicos para o Sistema Único de Saúde - SUS, no âmbito da Lei no 8.080, de 19 de setembro de 1990, conforme elencados em ato da direção nacional do SUS, inclusive por ocasião da aquisição destes produtos durante as etapas de absorção tecnológica. (Incluído pela Lei nº 12.715, de 2012)

Parágrafo único. Os percentuais referidos nos incisos I e II deste artigo, serão 20% (vinte por cento) para compras, obras e serviços contratados por sociedade de economia mista e empresa pública, bem assim por autarquia e fundação qualificadas, na forma da lei, como Agências Executivas. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)

Parágrafo único. Os percentuais referidos nos incisos I e II do caput deste artigo serão 20% (vinte por cento) para compras, obras e serviços contratados por consórcios públicos, sociedade de economia mista, empresa pública e por autarquia ou fundação qualificadas, na forma da lei, como Agências Executivas. (Redação dada pela Lei nº 11.107, de 2005)

§ 1o Os percentuais referidos nos incisos I e II do caput deste artigo serão 20% (vinte por cento) para compras, obras e serviços contratados por consórcios públicos, sociedade de economia mista, empresa pública e por autarquia ou fundação qualificadas, na forma da lei, como Agências Executivas. (Incluído pela Lei nº 12.715, de 2012)

§ 2o O limite temporal de criação do órgão ou entidade que integre a administração pública estabelecido no inciso VIII do caput deste artigo não se aplica aos órgãos ou entidades que produzem produtos estratégicos para o SUS, no âmbito da Lei no 8.080, de 19 de setembro de 1990, conforme elencados em ato da direção nacional do SUS. (Incluído pela Lei nº 12.715, de 2012)

Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial:

I - para aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que só possam ser fornecidos por produtor, empresa ou representante comercial exclusivo, vedada a preferência de marca, devendo a comprovação de exclusividade ser feita através de atestado fornecido pelo órgão de registro do comércio do local em que se realizaria a licitação ou a obra ou o serviço, pelo Sindicato, Federação ou Confederação Patronal, ou, ainda, pelas entidades equivalentes;

II - para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13 desta Lei, de natureza singular, com profissionais ou empresas de notória especialização, vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação;

III - para contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou através de empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública.

§ 1o Considera-se de notória especialização o profissional ou empresa cujo conceito no campo de sua especialidade, decorrente de desempenho anterior, estudos, experiências, publicações, organização, aparelhamento, equipe técnica, ou de outros requisitos relacionados com suas atividades, permita inferir que o seu trabalho é essencial e indiscutivelmente o mais adequado à plena satisfação do objeto do contrato.

§ 2o Na hipótese deste artigo e em qualquer dos casos de dispensa, se comprovado superfaturamento, respondem solidariamente pelo dano causado à Fazenda Pública o fornecedor ou o prestador de serviços e o agente público responsável, sem prejuízo de outras sanções legais cabíveis.

Art. 26. As dispensas previstas nos incisos III a XV do art. 24, as situações de inexigibilidade referidas no art. 25, necessariamente justificadas, e o retardamento previsto no

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final do § 2º do art. 8º desta lei deverão ser comunicados dentro de 3 (três) dias à autoridade superior para ratificação e publicação na imprensa oficial no prazo de 5 (cinco) dias, como condição de eficácia dos atos.

Art. 26. As dispensas previstas nos §§ 2º e 4º do art. 17 e nos incisos III a XX do art. 24, as situações de inexigibilidade referidas no art. 25, necessariamente justificadas, e o retardamento previsto no final do parágrafo único do art. 8º desta lei deverão ser comunicados dentro de três dias à autoridade superior para ratificação e publicação na imprensa oficial no prazo de cinco dias, como condição para eficácia dos atos. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

Art. 26. As dispensas previstas nos §§ 2o e 4o do art. 17 e nos incisos III a XXIV do art. 24, as situações de inexigibilidade referidas no art. 25, necessariamente justificadas, e o retardamento previsto no final do parágrafo único do art. 8o, deverão ser comunicados dentro de três dias a autoridade superior, para ratificação e publicação na imprensa oficial, no prazo de cinco dias, como condição para eficácia dos atos. (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)

Art. 26. As dispensas previstas nos §§ 2o e 4o do art. 17 e no inciso III e seguintes do art. 24, as situações de inexigibilidade referidas no art. 25, necessariamente justificadas, e o retardamento previsto no final do parágrafo único do art. 8o desta Lei deverão ser comunicados, dentro de 3 (três) dias, à autoridade superior, para ratificação e publicação na imprensa oficial, no prazo de 5 (cinco) dias, como condição para a eficácia dos atos. (Redação dada pela Lei nº 11.107, de 2005)

Parágrafo único. O processo de dispensa, de inexigibilidade ou de retardamento, previsto neste artigo, será instruído, no que couber, com os seguintes elementos:

I - caracterização da situação emergencial ou calamitosa que justifique a dispensa, quando for o caso;

II - razão da escolha do fornecedor ou executante;

III - justificativa do preço.

IV - documento de aprovação dos projetos de pesquisa aos quais os bens serão alocados. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)

Seção II Da Habilitação

Art. 27. Para a habilitação nas licitações exigir-se-á dos interessados, exclusivamente, documentação relativa a:

I - habilitação jurídica;

II - qualificação técnica;

III - qualificação econômico-financeira;

IV - regularidade fiscal.

IV – regularidade fiscal e trabalhista; (Redação dada pela Lei nº 12.440, de 2011) (Vigência)

V – cumprimento do disposto no inciso XXXIII do art. 7o da Constituição Federal. (Incluído pela Lei nº 9.854, de 1999)

Art. 28. A documentação relativa à habilitação jurídica, conforme o caso, consistirá em:

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I - cédula de identidade;

II - registro comercial, no caso de empresa individual;

III - ato constitutivo, estatuto ou contrato social em vigor, devidamente registrado, em se tratando de sociedades comerciais, e, no caso de sociedades por ações, acompanhado de documentos de eleição de seus administradores;

IV - inscrição do ato constitutivo, no caso de sociedades civis, acompanhada de prova de diretoria em exercício;

V - decreto de autorização, em se tratando de empresa ou sociedade estrangeira em funcionamento no País, e ato de registro ou autorização para funcionamento expedido pelo órgão competente, quando a atividade assim o exigir.

Art. 29. A documentação relativa à regularidade fiscal, conforme o caso, consistirá em:

Art. 29. A documentação relativa à regularidade fiscal e trabalhista, conforme o caso, consistirá em: (Redação dada pela Lei nº 12.440, de 2011) (Vigência)

I - prova de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) ou no Cadastro Geral de Contribuintes (CGC);

II - prova de inscrição no cadastro de contribuintes estadual ou municipal, se houver, relativo ao domicílio ou sede do licitante, pertinente ao seu ramo de atividade e compatível com o objeto contratual;

III - prova de regularidade para com a Fazenda Federal, Estadual e Municipal do domicílio ou sede do licitante, ou outra equivalente, na forma da lei;

IV - prova de regularidade relativa à Seguridade Social, demonstrando situação regular no cumprimento dos encargos sociais instituídos por lei.

IV - prova de regularidade relativa à Seguridade Social e ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), demonstrando situação regular no cumprimento dos encargos sociais instituídos por lei. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

V – prova de inexistência de débitos inadimplidos perante a Justiça do Trabalho, mediante a apresentação de certidão negativa, nos termos do Título VII-A da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943. (Incluído pela Lei nº 12.440, de 2011) (Vigência)

Art. 30. A documentação relativa à qualificação técnica limitar-se-á a:

I - registro ou inscrição na entidade profissional competente;

II - comprovação de aptidão para desempenho de atividade pertinente e compatível em características, quantidades e prazos com o objeto da licitação, e indicação das instalações e do aparelhamento e do pessoal técnico adequados e disponíveis para a realização do objeto da licitação, bem como da qualificação de cada um dos membros da equipe técnica que se responsabilizará pelos trabalhos;

III - comprovação, fornecida pelo órgão licitante, de que recebeu os documentos, e, quando exigido, de que tomou conhecimento de todas as informações e das condições locais para o cumprimento das obrigações objeto da licitação;

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IV - prova de atendimento de requisitos previstos em lei especial, quando for o caso.

§ 1º A comprovação de aptidão referida no inciso II deste artigo, no caso de licitações pertinentes a obras e serviços, será feita por atestados fornecidos por pessoas jurídicas de direito público ou privado, devidamente certificados pela entidade profissional competente, limitadas as exigências a:

a) quanto à capacitação técnico-profissional: comprovação do licitante de possuir em seu quadro permanente, na data da licitação, profissional de nível superior detentor de atestado de responsabilidade técnica por execução de obra ou serviço de características semelhantes, limitadas estas exclusivamente às parcelas de maior relevância e valor significativo do objeto da licitação, vedadas as exigências de quantidades mínimas ou prazos máximos;

b) (VETADO)

§ 1o A comprovação de aptidão referida no inciso II do "caput" deste artigo, no caso das licitações pertinentes a obras e serviços, será feita por atestados fornecidos por pessoas jurídicas de direito público ou privado, devidamente registrados nas entidades profissionais competentes, limitadas as exigências a: (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

I - capacitação técnico-profissional: comprovação do licitante de possuir em seu quadro permanente, na data prevista para entrega da proposta, profissional de nível superior ou outro devidamente reconhecido pela entidade competente, detentor de atestado de responsabilidade técnica por execução de obra ou serviço de características semelhantes, limitadas estas exclusivamente às parcelas de maior relevância e valor significativo do objeto da licitação, vedadas as exigências de quantidades mínimas ou prazos máximos; (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

II - (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

a) (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

b) (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 2º As parcelas de maior relevância técnica ou de valor significativo, mencionadas no parágrafo anterior, serão prévia e objetivamente definidas no instrumento convocatório.

§ 2o As parcelas de maior relevância técnica e de valor significativo, mencionadas no parágrafo anterior, serão definidas no instrumento convocatório. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 3o Será sempre admitida a comprovação de aptidão através de certidões ou atestados de obras ou serviços similares de complexidade tecnológica e operacional equivalente ou superior.

§ 4o Nas licitações para fornecimento de bens, a comprovação de aptidão, quando for o caso, será feita através de atestados fornecidos por pessoa jurídica de direito público ou privado.

§ 5o É vedada a exigência de comprovação de atividade ou de aptidão com limitações de tempo ou de época ou ainda em locais específicos, ou quaisquer outras não previstas nesta Lei, que inibam a participação na licitação.

§ 6o As exigências mínimas relativas a instalações de canteiros, máquinas, equipamentos e pessoal técnico especializado, considerados essenciais para o cumprimento do objeto da licitação, serão atendidas mediante a apresentação de relação explícita e da declaração formal da sua disponibilidade, sob as penas cabíveis, vedada as exigências de propriedade e de localização prévia.

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§ 7o (VETADO)

§ 7º (Vetado). (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

I - (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

II - (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 8o No caso de obras, serviços e compras de grande vulto, de alta complexidade técnica, poderá a Administração exigir dos licitantes a metodologia de execução, cuja avaliação, para efeito de sua aceitação ou não, antecederá sempre à análise dos preços e será efetuada exclusivamente por critérios objetivos.

§ 9o Entende-se por licitação de alta complexidade técnica aquela que envolva alta especialização, como fator de extrema relevância para garantir a execução do objeto a ser contratado, ou que possa comprometer a continuidade da prestação de serviços públicos essenciais.

§ 10. Os profissionais indicados pelo licitante para fins de comprovação da capacitação técnico-profissional de que trata o inciso I do § 1o deste artigo deverão participar da obra ou serviço objeto da licitação, admitindo-se a substituição por profissionais de experiência equivalente ou superior, desde que aprovada pela administração. (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 11. (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 12. (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

Art. 31. A documentação relativa à qualificação econômico-financeira limitar-se-á a:

I - balanço patrimonial e demonstrações contábeis do último exercício social, já exigíveis e apresentados na forma da lei, que comprovem a boa situação financeira da empresa, vedada a sua substituição por balancetes ou balanços provisórios, podendo ser atualizados por índices oficiais quando encerrado há mais de 3 (três) meses da data de apresentação da proposta;

II - certidão negativa de falência ou concordata expedida pelo distribuidor da sede da pessoa jurídica, ou de execução patrimonial, expedida no domicílio da pessoa física;

III - garantia, nas mesmas modalidades e critérios previstos no "caput" e § 1o do art. 56 desta Lei, limitada a 1% (um por cento) do valor estimado do objeto da contratação.

§ 1º A exigência de indicadores limitar-se-á à demonstração da capacidade financeira do licitante com vistas aos compromissos que terá que assumir caso lhe seja adjudicado o contrato.

§ 1o A exigência de índices limitar-se-á à demonstração da capacidade financeira do licitante com vistas aos compromissos que terá que assumir caso lhe seja adjudicado o contrato, vedada a exigência de valores mínimos de faturamento anterior, índices de rentabilidade ou lucratividade. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 2o A Administração, nas compras para entrega futura e na execução de obras e serviços, poderá estabelecer, no instrumento convocatório da licitação, a exigência de capital mínimo ou de patrimônio líquido mínimo, ou ainda as garantias previstas no § 1o do art. 56 desta Lei, como dado objetivo de comprovação da qualificação econômico-financeira dos licitantes e para efeito de garantia ao adimplemento do contrato a ser ulteriormente celebrado.

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§ 3o O capital mínimo ou o valor do patrimônio líquido a que se refere o parágrafo anterior não poderá exceder a 10% (dez por cento) do valor estimado da contratação, devendo a comprovação ser feita relativamente à data da apresentação da proposta, na forma da lei, admitida a atualização para esta data através de índices oficiais.

§ 4o Poderá ser exigida, ainda, a relação dos compromissos assumidos pelo licitante que importem diminuição da capacidade operativa ou absorção de disponibilidade financeira, calculada esta em função do patrimônio líquido atualizado e sua capacidade de rotação.

§ 5º A comprovação de boa situação financeira da empresa será feita de forma objetiva, através do cálculo de índices contábeis previstos no edital e devidamente justificados no processo administrativo que tenha dado início ao processo licitatório.

§ 5o A comprovação de boa situação financeira da empresa será feita de forma objetiva, através do cálculo de índices contábeis previstos no edital e devidamente justificados no processo administrativo da licitação que tenha dado início ao certame licitatório, vedada a exigência de índices e valores não usualmente adotados para correta avaliação de situação financeira suficiente ao cumprimento das obrigações decorrentes da licitação. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 6o (VETADO)

§ 6º (Vetado). (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

Art. 32. Os documentos necessários à habilitação poderão ser apresentados em original, por qualquer processo de cópia autenticada por tabelião de notas ou por funcionário da unidade que realiza a licitação, ou publicação em órgão de imprensa oficial.

Art. 32. Os documentos necessários à habilitação poderão ser apresentados em original, por qualquer processo de cópia autenticada por cartório competente ou por servidor da administração ou publicação em órgão da imprensa oficial. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 1o A documentação de que tratam os arts. 28 a 31 desta Lei poderá ser dispensada, no todo ou em parte, nos casos de convite, concurso, fornecimento de bens para pronta entrega e leilão.

§ 2º O certificado de registro cadastral a que se refere o § 1º do art. 36 substitui os documentos enumerados nos arts. 28 e 29, exclusive aqueles de que tratam os incisos III e IV do art. 29, obrigada a parte a declarar, sob as penalidades cabíveis, a superveniência de fato impeditivo da habilitação, e a apresentar o restante da documentação prevista nos arts. 30 e 31 desta lei.

§ 2o O certificado de registro cadastral a que se refere o § 1o do art. 36 substitui os documentos enumerados nos arts. 28 a 31, quanto às informações disponibilizadas em sistema informatizado de consulta direta indicado no edital, obrigando-se a parte a declarar, sob as penalidades legais, a superveniência de fato impeditivo da habilitação. (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)

§ 3o A documentação referida neste artigo poderá ser substituída por registro cadastral emitido por órgão ou entidade pública, desde que previsto no edital e o registro tenha sido feito em obediência ao disposto nesta Lei.

§ 4o As empresas estrangeiras que não funcionem no País, tanto quanto possível, atenderão, nas licitações internacionais, às exigências dos parágrafos anteriores mediante documentos equivalentes, autenticados pelos respectivos consulados e traduzidos por tradutor

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juramentado, devendo ter representação legal no Brasil com poderes expressos para receber citação e responder administrativa ou judicialmente.

§ 5o Não se exigirá, para a habilitação de que trata este artigo, prévio recolhimento de taxas ou emolumentos, salvo os referentes a fornecimento do edital, quando solicitado, com os seus elementos constitutivos, limitados ao valor do custo efetivo de reprodução gráfica da documentação fornecida.

§ 6o O disposto no § 4o deste artigo, no § 1o do art. 33 e no § 2o do art. 55, não se aplica às licitações internacionais para a aquisição de bens e serviços cujo pagamento seja feito com o produto de financiamento concedido por organismo financeiro internacional de que o Brasil faça parte, ou por agência estrangeira de cooperação, nem nos casos de contratação com empresa estrangeira, para a compra de equipamentos fabricados e entregues no exterior, desde que para este caso tenha havido prévia autorização do Chefe do Poder Executivo, nem nos casos de aquisição de bens e serviços realizada por unidades administrativas com sede no exterior.

Art. 33. Quando permitida na licitação a participação de empresas em consórcio, observar-se-ão as seguintes normas:

I - comprovação do compromisso público ou particular de constituição de consórcio, subscrito pelos consorciados;

II - indicação da empresa responsável pelo consórcio que deverá atender às condições de liderança, obrigatoriamente fixadas no edital;

III - apresentação dos documentos exigidos nos arts. 28 a 31 desta Lei por parte de cada consorciado, admitindo-se, para efeito de qualificação técnica, o somatório dos quantitativos de cada consorciado, e, para efeito de qualificação econômico-financeira, o somatório dos valores de cada consorciado, na proporção de sua respectiva participação, podendo a Administração estabelecer, para o consórcio, um acréscimo de até 30% (trinta por cento) dos valores exigidos para licitante individual, inexigível este acréscimo para os consórcios compostos, em sua totalidade, por micro e pequenas empresas assim definidas em lei;

IV - impedimento de participação de empresa consorciada, na mesma licitação, através de mais de um consórcio ou isoladamente;

V - responsabilidade solidária dos integrantes pelos atos praticados em consórcio, tanto na fase de licitação quanto na de execução do contrato.

§ 1o No consórcio de empresas brasileiras e estrangeiras a liderança caberá, obrigatoriamente, à empresa brasileira, observado o disposto no inciso II deste artigo.

§ 2o O licitante vencedor fica obrigado a promover, antes da celebração do contrato, a constituição e o registro do consórcio, nos termos do compromisso referido no inciso I deste artigo.

Seção III Dos Registros Cadastrais

Art. 34. Para os fins desta Lei, os órgãos e entidades da Administração Pública que realizem freqüentemente licitações manterão registros cadastrais para efeito de habilitação, na forma regulamentar, válidos por, no máximo, um ano. (Regulamento)

§ 1o O registro cadastral deverá ser amplamente divulgado e deverá estar permanentemente aberto aos interessados, obrigando-se a unidade por ele responsável a

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proceder, no mínimo anualmente, através da imprensa oficial e de jornal diário, a chamamento público para a atualização dos registros existentes e para o ingresso de novos interessados.

§ 2o É facultado às unidades administrativas utilizarem-se de registros cadastrais de outros órgãos ou entidades da Administração Pública.

Art. 35. Ao requerer inscrição no cadastro, ou atualização deste, a qualquer tempo, o interessado fornecerá os elementos necessários à satisfação das exigências do art. 27 desta Lei.

Art. 36. Os inscritos serão classificados por categorias, tendo-se em vista sua especialização, subdivididas em grupos, segundo a qualificação técnica e econômica avaliada pelos elementos constantes da documentação relacionada nos arts. 30 e 31 desta Lei.

§ 1o Aos inscritos será fornecido certificado, renovável sempre que atualizarem o registro.

§ 2o A atuação do licitante no cumprimento de obrigações assumidas será anotada no respectivo registro cadastral.

Art. 37. A qualquer tempo poderá ser alterado, suspenso ou cancelado o registro do inscrito que deixar de satisfazer as exigências do art. 27 desta Lei, ou as estabelecidas para classificação cadastral.

Seção IV Do Procedimento e Julgamento

Art. 38. O procedimento da licitação será iniciado com a abertura de processo administrativo, devidamente autuado, protocolado e numerado, contendo a autorização respectiva, a indicação sucinta de seu objeto e do recurso próprio para a despesa, e ao qual serão juntados oportunamente:

I - edital ou convite e respectivos anexos, quando for o caso;

II - comprovante das publicações do edital resumido, na forma do art. 21 desta Lei, ou da entrega do convite;

III - ato de designação da comissão de licitação, do leiloeiro administrativo ou oficial, ou do responsável pelo convite;

IV - original das propostas e dos documentos que as instruírem;

V - atas, relatórios e deliberações da Comissão Julgadora;

VI - pareceres técnicos ou jurídicos emitidos sobre a licitação, dispensa ou inexigibilidade;

VII - atos de adjudicação do objeto da licitação e da sua homologação;

VIII - recursos eventualmente apresentados pelos licitantes e respectivas manifestações e decisões;

IX - despacho de anulação ou de revogação da licitação, quando for o caso, fundamentado circunstanciadamente;

X - termo de contrato ou instrumento equivalente, conforme o caso;

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XI - outros comprovantes de publicações;

XII - demais documentos relativos à licitação.

Parágrafo único. As minutas dos editais de licitação, bem como as dos contratos, acordos, convênios ou ajustes devem ser previamente examinadas e aprovadas pelo órgão de assessoria jurídica da unidade responsável pela licitação.

Parágrafo único. As minutas de editais de licitação, bem como as dos contratos, acordos, convênios ou ajustes devem ser previamente examinadas e aprovadas por assessoria jurídica da Administração. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

Art. 39. Sempre que o valor estimado para uma licitação ou para um conjunto de licitações simultâneas ou sucessivas for superior a 100 (cem) vezes o limite previsto no art. 23, inciso I, alínea "c" desta Lei, o processo licitatório será iniciado, obrigatoriamente, com uma audiência pública concedida pela autoridade responsável com antecedência mínima de 15 (quinze) dias úteis da data prevista para a publicação do edital, e divulgada, com a antecedência mínima de 10 (dez) dias úteis de sua realização, pelos mesmos meios previstos para a publicidade da licitação, à qual terão acesso e direito a todas as informações pertinentes e a se manifestar todos os interessados.

Parágrafo único. Para os fins deste artigo, bem como para os do § 5º do art. 23 e do inciso I do art. 24 desta lei, consideram-se licitações simultâneas ou sucessivas aquelas com objeto semelhante, sendo licitações simultâneas aquelas com realização prevista para intervalos não superiores a 30 (trinta) dias e licitações sucessivas aquelas em que o edital subseqüente tenha uma data anterior a 120 (cento e vinte) dias após o término das obrigações previstas na licitação antecedente.

Parágrafo único. Para os fins deste artigo, consideram-se licitações simultâneas aquelas com objetos similares e com realização prevista para intervalos não superiores a trinta dias e licitações sucessivas aquelas em que, também com objetos similares, o edital subseqüente tenha uma data anterior a cento e vinte dias após o término do contrato resultante da licitação antecedente. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

Art. 40. O edital conterá no preâmbulo o número de ordem em série anual, o nome da repartição interessada e de seu setor, a modalidade, o regime de execução e o tipo da licitação, a menção de que será regida por esta Lei, o local, dia e hora para recebimento da documentação e proposta, bem como para início da abertura dos envelopes, e indicará, obrigatoriamente, o seguinte:

I - objeto da licitação, em descrição sucinta e clara;

II - prazo e condições para assinatura do contrato ou retirada dos instrumentos, como previsto no art. 64 desta Lei, para execução do contrato e para entrega do objeto da licitação;

III - sanções para o caso de inadimplemento;

IV - local onde poderá ser examinado e adquirido o projeto básico;

V - se há projeto executivo disponível na data da publicação do edital de licitação e o local onde possa ser examinado e adquirido;

VI - condições para participação na licitação, em conformidade com os arts. 27 a 31 desta Lei, e forma de apresentação das propostas;

VII - critério para julgamento, com disposições claras e parâmetros objetivos;

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VIII - locais, horários e códigos de acesso dos meios de comunicação à distância em que serão fornecidos elementos, informações e esclarecimentos relativos à licitação e às condições para atendimento das obrigações necessárias ao cumprimento de seu objeto;

IX - condições equivalentes de pagamento entre empresas brasileiras e estrangeiras, no caso de licitações internacionais;

X - o critério de aceitabilidade dos preços unitários e global, conforme o caso; X - critério de aceitabilidade dos preços unitários e global, conforme o caso, vedada a

fixação de preços mínimos, critérios estatísticos ou faixas de variação em relação a preços de referência; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

X - o critério de aceitabilidade dos preços unitário e global, conforme o caso, permitida a fixação de preços máximos e vedados a fixação de preços mínimos, critérios estatísticos ou faixas de variação em relação a preços de referência, ressalvado o dispossto nos parágrafos 1º e 2º do art. 48; (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)

XI - critério de reajuste, que deverá retratar a variação do custo de produção, admitida a adoção de índices específicos ou setoriais, desde a data da proposta ou do orçamento a que esta se referir até a data do adimplemento de cada parcela;

XI - critério de reajuste, que deverá retratar a variação efetiva do custo de produção, admitida a adoção de índices específicos ou setoriais, desde a data prevista para apresentação da proposta, ou do orçamento a que essa proposta se referir, até a data do adimplemento de cada parcela; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

XII - (VETADO)

XII - (Vetado). (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

XIII - limites para pagamento de instalação e mobilização para execução de obras ou serviços que serão obrigatoriamente previstos em separado das demais parcelas, etapas ou tarefas;

XIV - condições de pagamento, prevendo:

a) prazo de pagamento em relação à data final a cada período de aferição não superior a 30 (trinta) dias;

a) prazo de pagamento não superior a trinta dias, contado a partir da data final do período de adimplemento de cada parcela; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

b) cronograma de desembolso máximo por período, em conformidade com a disponibilidade de recursos financeiros;

c) critério de atualização financeira dos valores a serem pagos, desde a data a ser definida nos termos da alínea a deste inciso até a data do efetivo pagamento;

c) critério de atualização financeira dos valores a serem pagos, desde a data final do período de adimplemento de cada parcela até a data do efetivo pagamento; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

d) compensações financeiras e penalizações, por eventuais atrasos, e descontos, por eventuais antecipações de pagamentos;

e) exigência de seguros, quando for o caso;

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XV - instruções e normas para os recursos previstos nesta Lei;

XVI - condições de recebimento do objeto da licitação;

XVII - outras indicações específicas ou peculiares da licitação.

§ 1o O original do edital deverá ser datado, rubricado em todas as folhas e assinado pela autoridade que o expedir, permanecendo no processo de licitação, e dele extraindo-se cópias integrais ou resumidas, para sua divulgação e fornecimento aos interessados.

§ 2o Constituem anexos do edital, dele fazendo parte integrante:

I - o projeto básico e/ou executivo, com todas as suas partes, desenhos, especificações e outros complementos;

II - demonstrativo do orçamento estimado em planilhas de quantitativos e custos unitários;

II - orçamento estimado em planilhas de quantitativos e preços unitários; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

III - a minuta do contrato a ser firmado entre a Administração e o licitante vencedor;

IV - as especificações complementares e as normas de execução pertinentes à licitação.

§ 3o Para efeito do disposto nesta Lei, considera-se como adimplemento da obrigação contratual a prestação do serviço, a realização da obra, a entrega do bem ou de parcela destes, bem como qualquer outro evento contratual a cuja ocorrência esteja vinculada a emissão de documento de cobrança.

§ 4o Nas compras para entrega imediata, assim entendidas aquelas com prazo de entrega até trinta dias da data prevista para apresentação da proposta, poderão ser dispensadas: (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

I - o disposto no inciso XI deste artigo; (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

II - a atualização financeira a que se refere a alínea "c" do inciso XIV deste artigo, correspondente ao período compreendido entre as datas do adimplemento e a prevista para o pagamento, desde que não superior a quinze dias. (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

Art. 41. A Administração não pode descumprir as normas e condições do edital, ao qual se acha estritamente vinculada.

§ 1o Qualquer cidadão é parte legítima para impugnar edital de licitação por irregularidade na aplicação desta Lei, devendo protocolar o pedido até 5 (cinco) dias úteis antes da data fixada para a abertura dos envelopes de habilitação, devendo a Administração julgar e responder à impugnação em até 3 (três) dias úteis, sem prejuízo da faculdade prevista no § 1o do art. 113.

§ 2º Decairá do direito de impugnar os termos do edital de licitação perante a Administração o licitante que, tendo-os aceito sem objeção, venha a apontar, depois da abertura dos envelopes de habilitação, falhas ou irregularidades que o viciariam, hipótese em que tal comunicação não terá efeito de recurso.

§ 2o Decairá do direito de impugnar os termos do edital de licitação perante a administração o licitante que não o fizer até o segundo dia útil que anteceder a abertura dos

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envelopes de habilitação em concorrência, a abertura dos envelopes com as propostas em convite, tomada de preços ou concurso, ou a realização de leilão, as falhas ou irregularidades que viciariam esse edital, hipótese em que tal comunicação não terá efeito de recurso. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 3o A impugnação feita tempestivamente pelo licitante não o impedirá de participar do processo licitatório até o trânsito em julgado da decisão a ela pertinente.

§ 4o A inabilitação do licitante importa preclusão do seu direito de participar das fases subseqüentes.

Art. 42. Nas concorrências de âmbito internacional, o edital deverá ajustar-se às diretrizes da política monetária e do comércio exterior e atender às exigências dos órgãos competentes.

§ 1o Quando for permitido ao licitante estrangeiro cotar preço em moeda estrangeira, igualmente o poderá fazer o licitante brasileiro.

§ 2º O pagamento feito ao licitante brasileiro eventualmente contratado em virtude da licitação de que trata o parágrafo anterior será efetuado em moeda brasileira à taxa de câmbio vigente na data do efetivo pagamento.

§ 2o O pagamento feito ao licitante brasileiro eventualmente contratado em virtude da licitação de que trata o parágrafo anterior será efetuado em moeda brasileira, à taxa de câmbio vigente no dia útil imediatamente anterior à data do efetivo pagamento. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 3o As garantias de pagamento ao licitante brasileiro serão equivalentes àquelas oferecidas ao licitante estrangeiro.

§ 4o Para fins de julgamento da licitação, as propostas apresentadas por licitantes estrangeiros serão acrescidas dos gravames conseqüentes dos mesmos tributos que oneram exclusivamente os licitantes brasileiros quanto à operação final de venda.

§ 5º Para a realização de obras, prestação de serviços ou aquisição de bens com recursos provenientes de financiamento ou doação oriundos de agência oficial de cooperação estrangeira ou organismo financeiro multilateral de que o Brasil seja parte, poderão ser admitidas na respectiva licitação, mantidos os princípios basilares desta lei, as normas e procedimentos daquelas entidades e as condições decorrentes de acordos, protocolos, convenções ou tratados internacionais aprovados pelo Congresso Nacional.

§ 5o Para a realização de obras, prestação de serviços ou aquisição de bens com recursos provenientes de financiamento ou doação oriundos de agência oficial de cooperação estrangeira ou organismo financeiro multilateral de que o Brasil seja parte, poderão ser admitidas, na respectiva licitação, as condições decorrentes de acordos, protocolos, convenções ou tratados internacionais aprovados pelo Congresso Nacional, bem como as normas e procedimentos daquelas entidades, inclusive quanto ao critério de seleção da proposta mais vantajosa para a administração, o qual poderá contemplar, além do preço, outros fatores de avaliação, desde que por elas exigidos para a obtenção do financiamento ou da doação, e que também não conflitem com o princípio do julgamento objetivo e sejam objeto de despacho motivado do órgão executor do contrato, despacho esse ratificado pela autoridade imediatamente superior. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 6o As cotações de todos os licitantes serão para entrega no mesmo local de destino.

Art. 43. A licitação será processada e julgada com observância dos seguintes procedimentos:

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I - abertura dos envelopes contendo a documentação relativa à habilitação dos concorrentes, e sua apreciação;

II - devolução dos envelopes fechados aos concorrentes inabilitados, contendo as respectivas propostas, desde que não tenha havido recurso ou após sua denegação;

III - abertura dos envelopes contendo as propostas dos concorrentes habilitados, desde que transcorrido o prazo sem interposição de recurso, ou tenha havido desistência expressa, ou após o julgamento dos recursos interpostos;

IV - verificação da conformidade de cada proposta com os requisitos do edital e, conforme o caso, com os preços correntes no mercado ou fixados por órgão oficial competente, ou ainda com os constantes do sistema de registro de preços, os quais deverão ser devidamente registrados na ata de julgamento, promovendo-se a desclassificação das propostas desconformes ou incompatíveis;

V - julgamento e classificação das propostas de acordo com os critérios de avaliação constantes do edital;

VI - deliberação da autoridade competente quanto à homologação e adjudicação do objeto da licitação.

§ 1o A abertura dos envelopes contendo a documentação para habilitação e as propostas será realizada sempre em ato público previamente designado, do qual se lavrará ata circunstanciada, assinada pelos licitantes presentes e pela Comissão.

§ 2o Todos os documentos e propostas serão rubricados pelos licitantes presentes e pela Comissão.

§ 3o É facultada à Comissão ou autoridade superior, em qualquer fase da licitação, a promoção de diligência destinada a esclarecer ou a complementar a instrução do processo, vedada a inclusão posterior de documento ou informação que deveria constar originariamente da proposta.

§ 4º O disposto neste artigo aplica-se à concorrência e, no que couber, ao concurso, ao leilão, à tomada de preços e ao convite, facultada, quanto a este último, a publicação na imprensa oficial.

§ 4o O disposto neste artigo aplica-se à concorrência e, no que couber, ao concurso, ao leilão, à tomada de preços e ao convite. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 5o Ultrapassada a fase de habilitação dos concorrentes (incisos I e II) e abertas as propostas (inciso III), não cabe desclassificá-los por motivo relacionado com a habilitação, salvo em razão de fatos supervenientes ou só conhecidos após o julgamento.

§ 6o Após a fase de habilitação, não cabe desistência de proposta, salvo por motivo justo decorrente de fato superveniente e aceito pela Comissão.

Art. 44. No julgamento das propostas, a Comissão levará em consideração os critérios objetivos definidos no edital ou convite, os quais não devem contrariar as normas e princípios estabelecidos por esta Lei.

§ 1o É vedada a utilização de qualquer elemento, critério ou fator sigiloso, secreto, subjetivo ou reservado que possa ainda que indiretamente elidir o princípio da igualdade entre os licitantes.

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§ 2o Não se considerará qualquer oferta de vantagem não prevista no edital ou no convite, inclusive financiamentos subsidiados ou a fundo perdido, nem preço ou vantagem baseada nas ofertas dos demais licitantes.

§ 3º Não se admitirá proposta que apresente preços global ou unitários simbólicos, irrisórios ou de valor zero, incompatíveis com os preços dos insumos e salários de mercado, acrescidos dos respectivos encargos, ainda que o ato convocatório da licitação não tenha estabelecido limites mínimos.

§ 4º O disposto no parágrafo anterior se aplica também a propostas que incluam mão-de-obra estrangeira ou importação de insumos de qualquer natureza, adotando-se, como referência, os mercados nos países de origem.

§ 3o Não se admitirá proposta que apresente preços global ou unitários simbólicos, irrisórios ou de valor zero, incompatíveis com os preços dos insumos e salários de mercado, acrescidos dos respectivos encargos, ainda que o ato convocatório da licitação não tenha estabelecido limites mínimos, exceto quando se referirem a materiais e instalações de propriedade do próprio licitante, para os quais ele renuncie a parcela ou à totalidade da remuneração. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 4o O disposto no parágrafo anterior aplica-se também às propostas que incluam mão-de-obra estrangeira ou importações de qualquer natureza.(Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

Art. 45. O julgamento das propostas será objetivo, devendo a Comissão de licitação ou o responsável pelo convite realizá-lo em conformidade com os tipos de licitação, os critérios previamente estabelecidos no ato convocatório e de acordo com os fatores exclusivamente nele referidos, de maneira a possibilitar sua aferição pelos licitantes e pelos órgãos de controle.

§ 1º Para efeitos deste artigo, constituem tipos de licitação para obras, serviços e compras, exceto nas modalidades de concurso e leilão:

§ 1o Para os efeitos deste artigo, constituem tipos de licitação, exceto na modalidade concurso: (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

I - a de menor preço - quando o critério de seleção da proposta mais vantajosa para a Administração determinar que será vencedor o licitante que apresentar a proposta de acordo com as especificações do edital ou convite e ofertar o menor preço;

II - a de melhor técnica;

III - a de técnica e preço.

IV - a de maior lance ou oferta - nos casos de alienção de bens ou concessão de direito real de uso. (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 2o No caso de empate entre duas ou mais propostas, e após obedecido o disposto no § 2o do art. 3o desta Lei, a classificação se fará, obrigatoriamente, por sorteio, em ato público, para o qual todos os licitantes serão convocados, vedado qualquer outro processo.

§ 3º No caso da licitação do tipo menor preço, entre os licitantes considerados qualificados a classificação se fará pela ordem crescente dos preços propostos e aceitáveis, prevalecendo, no caso de empate, exclusivamente o critério previsto no parágrafo anterior.

§ 4º Para contratação de bens e serviços de informática, a Administração Pública observará o disposto no art. 3º da Lei nº 8.248, de 23 de outubro de 1991, levando em conta, com a adoção da licitação de técnica e preço, os fatores especificados em seu § 2º.

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§ 3o No caso da licitação do tipo "menor preço", entre os licitantes considerados qualificados a classificação se dará pela ordem crescente dos preços propostos, prevalecendo, no caso de empate, exclusivamente o critério previsto no parágrafo anterior. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 4o Para contratação de bens e serviços de informática, a administração observará o disposto no art. 3o da Lei no 8.248, de 23 de outubro de 1991, levando em conta os fatores especificados em seu parágrafo 2o e adotando obrigatoriamento o tipo de licitação "técnica e preço", permitido o emprego de outro tipo de licitação nos casos indicados em decreto do Poder Executivo. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 5o É vedada a utilização de outros tipos de licitação não previstos neste artigo.

§ 6o Na hipótese prevista no art. 23, § 7º, serão selecionadas tantas propostas quantas necessárias até que se atinja a quantidade demandada na licitação. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)

Art. 46. Os tipos de licitação melhor técnica ou técnica e preço serão utilizados exclusivamente para serviços de natureza predominantemente intelectual, em especial na elaboração de projetos, cálculos, fiscalização, supervisão e gerenciamento e de engenharia consultiva em geral, e, em particular, para a elaboração de estudos técnicos preliminares e projetos básicos e executivos.

Art. 46. Os tipos de licitação "melhor técnica" ou "técnica e preço" serão utilizados exclusivamente para serviços de natureza predominantemente intelectual, em especial na elaboração de projetos, cálculos, fiscalização, supervisão e gerenciamento e de engenharia consultiva em geral e, em particular, para a elaboração de estudos técnicos preliminares e projetos básicos e executivos, ressalvado o disposto no § 4o do artigo anterior. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 1o Nas licitações do tipo "melhor técnica" será adotado o seguinte procedimento claramente explicitado no instrumento convocatório, o qual fixará o preço máximo que a Administração se propõe a pagar:

I - serão abertos os envelopes contendo as propostas técnicas exclusivamente dos licitantes previamente qualificados e feita então a avaliação e classificação destas propostas de acordo com os critérios pertinentes e adequados ao objeto licitado, definidos com clareza e objetividade no instrumento convocatório e que considerem a capacitação e a experiência do proponente, a qualidade técnica da proposta, compreendendo metodologia, organização, tecnologias e recursos materiais a serem utilizados nos trabalhos, e a qualificação das equipes técnicas a serem mobilizadas para a sua execução;

II - uma vez classificadas as propostas técnicas, proceder-se-á à abertura das propostas de preço dos licitantes que tenham atingido a valorização mínima estabelecida no instrumento convocatório e à negociação das condições propostas, com a proponente melhor classificada, com base nos orçamentos detalhados apresentados e respectivos preços unitários e tendo como referência o limite representado pela proposta de menor preço entre os licitantes que obtiveram a valorização mínima;

III - no caso de impasse na negociação anterior, procedimento idêntico será adotado, sucessivamente, com os demais proponentes, pela ordem de classificação, até a consecução de acordo para a contratação;

IV - as propostas de preços serão devolvidas intactas aos licitantes que não forem preliminarmente habilitados ou que não obtiverem a valorização mínima estabelecida para a proposta técnica.

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§ 2o Nas licitações do tipo "técnica e preço" será adotado, adicionalmente ao inciso I do parágrafo anterior, o seguinte procedimento claramente explicitado no instrumento convocatório:

I - será feita a avaliação e a valorização das propostas de preços, de acordo com critérios objetivos preestabelecidos no instrumento convocatório;

II - a classificação dos proponentes far-se-á de acordo com a média ponderada das valorizações das propostas técnicas e de preço, de acordo com os pesos preestabelecidos no instrumento convocatório.

§ 3o Excepcionalmente, os tipos de licitação previstos neste artigo poderão ser adotados, por autorização expressa e mediante justificativa circunstanciada da maior autoridade da Administração promotora constante do ato convocatório, para fornecimento de bens e execução de obras ou prestação de serviços de grande vulto majoritariamente dependentes de tecnologia nitidamente sofisticada e de domínio restrito, atestado por autoridades técnicas de reconhecida qualificação, nos casos em que o objeto pretendido admitir soluções alternativas e variações de execução, com repercussões significativas sobre sua qualidade, produtividade, rendimento e durabilidade concretamente mensuráveis, e estas puderem ser adotadas à livre escolha dos licitantes, na conformidade dos critérios objetivamente fixados no ato convocatório.

§ 4º (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

Art. 47. Nas licitações para a execução de obras e serviços, quando for adotada a modalidade de execução de empreitada por preço global, a Administração deverá fornecer obrigatoriamente, junto com o edital, todos os elementos e informações necessários para que os licitantes possam elaborar suas propostas de preços com total e completo conhecimento do objeto da licitação.

Art. 48. Serão desclassificadas:

I - as propostas que não atendam às exigências do ato convocatório da licitação;

II - as propostas com preços excessivos ou manifestamente inexeqüíveis. Parágrafo único. Quando todas as propostas forem desclassificadas, a Administração

poderá fixar aos licitantes o prazo de 8 (oito) dias úteis para a apresentação de outras propostas escoimadas das causas referidas neste artigo.

II - propostas com valor global superior ao limite estabelecido ou com preços manifestamente inexeqüiveis, assim considerados aqueles que não venham a ter demonstrada sua viabilidade através de documentação que comprove que os custos dos insumos são coerentes com os de mercado e que os coeficientes de produtividade são compatíveis com a execução do objeto do contrato, condições estas necessariamente especificadas no ato convocatório da licitação. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

Parágrafo único. Quando todos os licitantes forem inabilitados ou todas as propostas forem desclassificadas, a administração poderá fixar aos licitantes o prazo de oito dias úteis para a apresentação de nova documentação ou de outras propostas escoimadas das causas referidas neste artigo, facultada, no caso de convite, a redução deste prazo para três dias úteis.(Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 1º Para os efeitos do disposto no inciso II deste artigo consideram-se manifestamente inexeqüíveis, no caso de licitações de menor preço para obras e serviços de engenharia, as propostas cujos valores sejam inferiores a 70% (setenta por cento) do menor dos seguintes valores: (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)

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a) média aritmética dos valores das propostas superiores a 50% (cinqüenta por cento) do valor orçado pela administração, ou (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)

b) valor orçado pela administração. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)

§ 2º Dos licitantes classificados na forma do parágrafo anterior cujo valor global da proposta for inferior a 80% (oitenta por cento) do menor valor a que se referem as alíneas "a" e "b", será exigida, para a assinatura do contrato, prestação de garantia adicional, dentre as modalidades previstas no § 1º do art. 56, igual a diferença entre o valor resultante do parágrafo anterior e o valor da correspondente proposta. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)

§ 3º Quando todos os licitantes forem inabilitados ou todas as propostas forem desclassificadas, a administração poderá fixar aos licitantes o prazo de oito dias úteis para a apresentação de nova documentação ou de outras propostas escoimadas das causas referidas neste artigo, facultada, no caso de convite, a redução deste prazo para três dias úteis. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)

Art. 49. A autoridade competente para a aprovação do procedimento somente poderá revogar a licitação por razões de interesse público decorrente de fato superveniente devidamente comprovado, pertinente e suficiente para justificar tal conduta, devendo anulá-la por ilegalidade, de ofício ou por provocação de terceiros, mediante parecer escrito e devidamente fundamentado.

§ 1o A anulação do procedimento licitatório por motivo de ilegalidade não gera obrigação de indenizar, ressalvado o disposto no parágrafo único do art. 59 desta Lei.

§ 2o A nulidade do procedimento licitatório induz à do contrato, ressalvado o disposto no parágrafo único do art. 59 desta Lei.

§ 3o No caso de desfazimento do processo licitatório, fica assegurado o contraditório e a ampla defesa.

§ 4o O disposto neste artigo e seus parágrafos aplica-se aos atos do procedimento de dispensa e de inexigibilidade de licitação.

Art. 50. A Administração não poderá celebrar o contrato com preterição da ordem de classificação das propostas ou com terceiros estranhos ao procedimento licitatório, sob pena de nulidade.

Art. 51. A habilitação preliminar, a inscrição em registro cadastral, a sua alteração ou cancelamento, e as propostas serão processadas e julgadas por comissão permanente ou especial de, no mínimo, 3 (três) membros, sendo pelo menos 2 (dois) deles servidores qualificados pertencentes aos quadros permanentes dos órgãos da Administração responsáveis pela licitação.

§ 1o No caso de convite, a Comissão de licitação, excepcionalmente, nas pequenas unidades administrativas e em face da exigüidade de pessoal disponível, poderá ser substituída por servidor formalmente designado pela autoridade competente.

§ 2o A Comissão para julgamento dos pedidos de inscrição em registro cadastral, sua alteração ou cancelamento, será integrada por profissionais legalmente habilitados no caso de obras, serviços ou aquisição de equipamentos.

§ 3o Os membros das Comissões de licitação responderão solidariamente por todos os atos praticados pela Comissão, salvo se posição individual divergente estiver devidamente fundamentada e registrada em ata lavrada na reunião em que tiver sido tomada a decisão.

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§ 4o A investidura dos membros das Comissões permanentes não excederá a 1 (um) ano, vedada a recondução da totalidade de seus membros para a mesma comissão no período subseqüente.

§ 5o No caso de concurso, o julgamento será feito por uma comissão especial integrada por pessoas de reputação ilibada e reconhecido conhecimento da matéria em exame, servidores públicos ou não.

Art. 52. O concurso a que se refere o § 4o do art. 22 desta Lei deve ser precedido de regulamento próprio, a ser obtido pelos interessados no local indicado no edital.

§ 1o O regulamento deverá indicar:

I - a qualificação exigida dos participantes;

II - as diretrizes e a forma de apresentação do trabalho;

III - as condições de realização do concurso e os prêmios a serem concedidos.

§ 2o Em se tratando de projeto, o vencedor deverá autorizar a Administração a executá-lo quando julgar conveniente.

Art. 53. O leilão pode ser cometido a leiloeiro oficial ou a servidor designado pela Administração, procedendo-se na forma da legislação pertinente.

§ 1o Todo bem a ser leiloado será previamente avaliado pela Administração para fixação do preço mínimo de arrematação.

§ 2o Os bens arrematados serão pagos à vista ou no percentual estabelecido no edital, não inferior a 5% (cinco por cento) e, após a assinatura da respectiva ata lavrada no local do leilão, imediatamente entregues ao arrematante, o qual se obrigará ao pagamento do restante no prazo estipulado no edital de convocação, sob pena de perder em favor da Administração o valor já recolhido.

§ 3º O edital de leilão deve ser amplamente divulgado, principalmente no município em que se vai realizar.

§ 3o Nos leilões internacionais, o pagamento da parcela à vista poderá ser feito em até vinte e quatro horas. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 4o O edital de leilão deve ser amplamente divulgado, principalmente no município em que se realizará. (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

Capítulo III DOS CONTRATOS

Seção I Disposições Preliminares

Art. 54. Os contratos administrativos de que trata esta Lei regulam-se pelas suas cláusulas e pelos preceitos de direito público, aplicando-se-lhes, supletivamente, os princípios da teoria geral dos contratos e as disposições de direito privado.

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§ 1o Os contratos devem estabelecer com clareza e precisão as condições para sua execução, expressas em cláusulas que definam os direitos, obrigações e responsabilidades das partes, em conformidade com os termos da licitação e da proposta a que se vinculam.

§ 2o Os contratos decorrentes de dispensa ou de inexigibilidade de licitação devem atender aos termos do ato que os autorizou e da respectiva proposta.

Art. 55. São cláusulas necessárias em todo contrato as que estabeleçam:

I - o objeto e seus elementos característicos;

II - o regime de execução ou a forma de fornecimento;

III - o preço e as condições de pagamento, os critérios, data-base e periodicidade do reajustamento de preços, os critérios de atualização monetária entre a data do adimplemento das obrigações e a do efetivo pagamento;

IV - os prazos de início de etapas de execução, de conclusão, de entrega, de observação e de recebimento definitivo, conforme o caso;

V - o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da classificação funcional programática e da categoria econômica;

VI - as garantias oferecidas para assegurar sua plena execução, quando exigidas;

VII - os direitos e as responsabilidades das partes, as penalidades cabíveis e os valores das multas;

VIII - os casos de rescisão;

IX - o reconhecimento dos direitos da Administração, em caso de rescisão administrativa prevista no art. 77 desta Lei;

X - as condições de importação, a data e a taxa de câmbio para conversão, quando for o caso;

XI - a vinculação ao edital de licitação ou ao termo que a dispensou ou a inexigiu, ao convite e à proposta do licitante vencedor;

XII - a legislação aplicável à execução do contrato e especialmente aos casos omissos;

XIII - a obrigação do contratado de manter, durante toda a execução do contrato, em compatibilidade com as obrigações por ele assumidas, todas as condições de habilitação e qualificação exigidas na licitação.

§ 1o (VETADO)

§ 1º (Vetado). (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 2o Nos contratos celebrados pela Administração Pública com pessoas físicas ou jurídicas, inclusive aquelas domiciliadas no estrangeiro, deverá constar necessariamente cláusula que declare competente o foro da sede da Administração para dirimir qualquer questão contratual, salvo o disposto no § 6o do art. 32 desta Lei.

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§ 3o No ato da liquidação da despesa, os serviços de contabilidade comunicarão, aos órgãos incumbidos da arrecadação e fiscalização de tributos da União, Estado ou Município, as características e os valores pagos, segundo o disposto no art. 63 da Lei no 4.320, de 17 de março de 1964.

Art. 56. A critério da autoridade competente, em cada caso, e desde que prevista no instrumento convocatório, poderá ser exigida prestação de garantia nas contratações de obras, serviços e compras.

§ 1º São modalidades de garantia: I - caução em dinheiro, em títulos de dívida pública ou fidejussória; II - (VETADO). III - fiança bancária.

§ 1o Caberá ao contratado optar por uma das seguintes modalidades de garantia: (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

I - caução em dinheiro ou títulos da dívida pública; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

I - caução em dinheiro ou em títulos da dívida pública, devendo estes ter sido emitidos sob a forma escritural, mediante registro em sistema centralizado de liquidação e de custódia autorizado pelo Banco Central do Brasil e avaliados pelos seus valores econômicos, conforme definido pelo Ministério da Fazenda; (Redação dada pela Lei nº 11.079, de 2004)

II - seguro-garantia; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

III - fiança bancária. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 8.6.94)

§ 2º As garantias a que se referem os incisos I e III do parágrafo anterior, quando exigidas, não excederão a 5% (cinco por cento) do valor do contrato.

§ 2o A garantia a que se refere o caput deste artigo não excederá a cinco por cento do valor do contrato e terá seu valor atualizado nas mesmas condições daquele, ressalvado o previsto no parágrafo 3o deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 3º(VETADO)

§ 3o Para obras, serviços e fornecimentos de grande vulto envolvendo alta complexidade técnica e riscos financeiros consideráveis, demonstrados através de parecer tecnicamente aprovado pela autoridade competente, o limite de garantia previsto no parágrafo anterior poderá ser elevado para até dez por cento do valor do contrato. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 4o A garantia prestada pelo contratado será liberada ou restituída após a execução do contrato e, quando em dinheiro, atualizada monetariamente.

§ 5o Nos casos de contratos que importem na entrega de bens pela Administração, dos quais o contratado ficará depositário, ao valor da garantia deverá ser acrescido o valor desses bens.

Art. 57. A duração dos contratos regidos por esta Lei ficará adstrita à vigência dos respectivos créditos orçamentários, exceto quanto aos relativos:

I - aos projetos cujos produtos estejam contemplados nas metas estabelecidas no Plano Plurianual, os quais poderão ser prorrogados se houver interesse da Administração e desde que isso tenha sido previsto no ato convocatório;

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II - à prestação de serviços a serem executados de forma contínua, os quais poderão ter a sua duração estendida por igual período;

II - à prestação de serviços a serem executados de forma contínua, que deverão ter a sua duração dimensionada com vistas à obtenção de preços e condições mais vantajosas para a administração, limitada a duração a sessenta meses. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

II - à prestação de serviços a serem executados de forma contínua, que poderão ter a sua duração prorrogada por iguais e sucessivos períodos com vistas à obtenção de preços e condições mais vantajosas para a administração, limitada a sessenta meses; (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)

III - (VETADO)

III - (Vetado). (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

IV - ao aluguel de equipamentos e à utilização de programas de informática, podendo a duração estender-se pelo prazo de até 48 (quarenta e oito) meses após o início da vigência do contrato.

V - às hipóteses previstas nos incisos IX, XIX, XXVIII e XXXI do art. 24, cujos contratos poderão ter vigência por até cento e vinte meses, caso haja interesse da administração. (Incluído pela Medida Provisória nº 495, de 2010)

V - às hipóteses previstas nos incisos IX, XIX, XXVIII e XXXI do art. 24, cujos contratos poderão ter vigência por até 120 (cento e vinte) meses, caso haja interesse da administração. (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)

§ 1o Os prazos de início de etapas de execução, de conclusão e de entrega admitem prorrogação, mantidas as demais cláusulas do contrato e assegurada a manutenção de seu equilíbrio econômico-financeiro, desde que ocorra algum dos seguintes motivos, devidamente autuados em processo:

I - alteração do projeto ou especificações, pela Administração;

II - superveniência de fato excepcional ou imprevisível, estranho à vontade das partes, que altere fundamentalmente as condições de execução do contrato;

III - interrupção da execução do contrato ou diminuição do ritmo de trabalho por ordem e no interesse da Administração;

IV - aumento das quantidades inicialmente previstas no contrato, nos limites permitidos por esta Lei;

V - impedimento de execução do contrato por fato ou ato de terceiro reconhecido pela Administração em documento contemporâneo à sua ocorrência;

VI - omissão ou atraso de providências a cargo da Administração, inclusive quanto aos pagamentos previstos de que resulte, diretamente, impedimento ou retardamento na execução do contrato, sem prejuízo das sanções legais aplicáveis aos responsáveis.

§ 2o Toda prorrogação de prazo deverá ser justificada por escrito e previamente autorizada pela autoridade competente para celebrar o contrato.

§ 3o É vedado o contrato com prazo de vigência indeterminado.

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§ 4o Em caráter excepcional, devidamente justificado e mediante autorização da autoridade superior, o prazo de que trata o inciso II do caput deste artigo poderá ser prorrogado por até doze meses. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)

Art. 58. O regime jurídico dos contratos administrativos instituído por esta Lei confere à Administração, em relação a eles, a prerrogativa de:

I - modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades de interesse público, respeitados os direitos do contratado;

II - rescindi-los, unilateralmente, nos casos especificados no inciso I do art. 79 desta Lei;

III - fiscalizar-lhes a execução;

IV - aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou parcial do ajuste;

V - nos casos de serviços essenciais, ocupar provisoriamente bens móveis, imóveis, pessoal e serviços vinculados ao objeto do contrato, na hipótese da necessidade de acautelar apuração administrativa de faltas contratuais pelo contratado, bem como na hipótese de rescisão do contrato administrativo.

§ 1o As cláusulas econômico-financeiras e monetárias dos contratos administrativos não poderão ser alteradas sem prévia concordância do contratado.

§ 2o Na hipótese do inciso I deste artigo, as cláusulas econômico-financeiras do contrato deverão ser revistas para que se mantenha o equilíbrio contratual.

Art. 59. A declaração de nulidade do contrato administrativo opera retroativamente impedindo os efeitos jurídicos que ele, ordinariamente, deveria produzir, além de desconstituir os já produzidos.

Parágrafo único. A nulidade não exonera a Administração do dever de indenizar o contratado pelo que este houver executado até a data em que ela for declarada e por outros prejuízos regularmente comprovados, contanto que não lhe seja imputável, promovendo-se a responsabilidade de quem lhe deu causa.

Seção II Da Formalização dos Contratos

Art. 60. Os contratos e seus aditamentos serão lavrados nas repartições interessadas, as quais manterão arquivo cronológico dos seus autógrafos e registro sistemático do seu extrato, salvo os relativos a direitos reais sobre imóveis, que se formalizam por instrumento lavrado em cartório de notas, de tudo juntando-se cópia no processo que lhe deu origem.

Parágrafo único. É nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a Administração, salvo o de pequenas compras de pronto pagamento, assim entendidas aquelas de valor não superior a 5% (cinco por cento) do limite estabelecido no art. 23, inciso II, alínea "a" desta Lei, feitas em regime de adiantamento.

Art. 61. Todo contrato deve mencionar os nomes das partes e os de seus representantes, a finalidade, o ato que autorizou a sua lavratura, o número do processo da licitação, da dispensa ou da inexigibilidade, a sujeição dos contratantes às normas desta Lei e às cláusulas contratuais.

§ 1º A publicação resumida do instrumento de contrato ou de seus aditamentos na imprensa oficial, que é condição indispensável para sua eficácia, será providenciada pela

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Administração na mesma data de sua assinatura para ocorrer no prazo de 20 (vinte) dias, qualquer que seja o seu valor, ainda que sem ônus.

§ 2º (VETADO). § 3º (VETADO)

Parágrafo único. A publicação resumida do instrumento de contrato ou de seus aditamentos na imprensa oficial, que é condição indispensável para sua eficácia, será providenciada pela Administração até o quinto dia útil do mês seguinte ao de sua assinatura, para ocorrer no prazo de vinte dias daquela data, qualquer que seja o seu valor, ainda que sem ônus, ressalvado o disposto no art. 26 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

Art. 62. O instrumento de contrato é obrigatório nos casos de concorrência e de tomada de preços, bem como nas dispensas e inexigibilidades cujos preços estejam compreendidos nos limites destas duas modalidades de licitação, e facultativo nos demais em que a Administração puder substituí-lo por outros instrumentos hábeis, tais como carta-contrato, nota de empenho de despesa, autorização de compra ou ordem de execução de serviço.

§ 1o A minuta do futuro contrato integrará sempre o edital ou ato convocatório da licitação.

§ 2º Em carta contrato, nota de empenho de despesa, autorização de compra, ordem de execução de serviço ou outros instrumentos hábeis aplica-se, no que couber, o disposto no art. 56 desta lei.

§ 2o Em "carta contrato", "nota de empenho de despesa", "autorização de compra", "ordem de execução de serviço" ou outros instrumentos hábeis aplica-se, no que couber, o disposto no art. 55 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 3o Aplica-se o disposto nos arts. 55 e 58 a 61 desta Lei e demais normas gerais, no que couber:

I - aos contratos de seguro, de financiamento, de locação em que o Poder Público seja locatário, e aos demais cujo conteúdo seja regido, predominantemente, por norma de direito privado;

II - aos contratos em que a Administração for parte como usuária de serviço público.

§ 4o É dispensável o "termo de contrato" e facultada a substituição prevista neste artigo, a critério da Administração e independentemente de seu valor, nos casos de compra com entrega imediata e integral dos bens adquiridos, dos quais não resultem obrigações futuras, inclusive assistência técnica.

Art. 63. É permitido a qualquer licitante o conhecimento dos termos do contrato e do respectivo processo licitatório e, a qualquer interessado, a obtenção de cópia autenticada, mediante o pagamento dos emolumentos devidos.

Art. 64. A Administração convocará regularmente o interessado para assinar o termo de contrato, aceitar ou retirar o instrumento equivalente, dentro do prazo e condições estabelecidos, sob pena de decair o direito à contratação, sem prejuízo das sanções previstas no art. 81 desta Lei.

§ 1o O prazo de convocação poderá ser prorrogado uma vez, por igual período, quando solicitado pela parte durante o seu transcurso e desde que ocorra motivo justificado aceito pela Administração.

§ 2o É facultado à Administração, quando o convocado não assinar o termo de contrato ou não aceitar ou retirar o instrumento equivalente no prazo e condições estabelecidos, convocar

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os licitantes remanescentes, na ordem de classificação, para fazê-lo em igual prazo e nas mesmas condições propostas pelo primeiro classificado, inclusive quanto aos preços atualizados de conformidade com o ato convocatório, ou revogar a licitação independentemente da cominação prevista no art. 81 desta Lei.

§ 3o Decorridos 60 (sessenta) dias da data da entrega das propostas, sem convocação para a contratação, ficam os licitantes liberados dos compromissos assumidos.

Seção III Da Alteração dos Contratos

Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, com as devidas justificativas, nos seguintes casos:

I - unilateralmente pela Administração:

a) quando houver modificação do projeto ou das especificações, para melhor adequação técnica aos seus objetivos;

b) quando necessária a modificação do valor contratual em decorrência de acréscimo ou diminuição quantitativa de seu objeto, nos limites permitidos por esta Lei;

II - por acordo das partes:

a) quando conveniente a substituição da garantia de execução;

b) quando necessária a modificação do regime de execução da obra ou serviço, bem como do modo de fornecimento, em face de verificação técnica da inaplicabilidade dos termos contratuais originários;

c) quando necessária a modificação da forma de pagamento, por imposição de circunstâncias supervenientes, mantido o valor inicial atualizado, vedada a antecipação do pagamento, com relação ao cronograma financeiro fixado, sem a correspondente contraprestação de fornecimento de bens ou execução de obra ou serviço;

d) (VETADO).

d) para restabelecer a relação que as partes pactuaram inicialmente entre os encargos do contratado e a retribuição da administração para a justa remuneração da obra, serviço ou fornecimento, objetivando a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro inicial do contrato, na hipótese de sobrevirem fatos imprevisíveis, ou previsíveis porém de conseqüências incalculáveis, retardadores ou impeditivos da execução do ajustado, ou, ainda, em caso de força maior, caso fortuito ou fato do príncipe, configurando álea econômica extraordinária e extracontratual. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 1o O contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas condições contratuais, os acréscimos ou supressões que se fizerem nas obras, serviços ou compras, até 25% (vinte e cinco por cento) do valor inicial atualizado do contrato, e, no caso particular de reforma de edifício ou de equipamento, até o limite de 50% (cinqüenta por cento) para os seus acréscimos.

§ 2º Nenhum acréscimo ou supressão poderá exceder os limites estabelecidos no parágrafo anterior.

§ 2o Nenhum acréscimo ou supressão poderá exceder os limites estabelecidos no parágrafo anterior, salvo: (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)

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I - (VETADO) (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)

II - as supressões resultantes de acordo celebrado entre os contratantes. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)

§ 3o Se no contrato não houverem sido contemplados preços unitários para obras ou serviços, esses serão fixados mediante acordo entre as partes, respeitados os limites estabelecidos no § 1o deste artigo.

§ 4o No caso de supressão de obras, bens ou serviços, se o contratado já houver adquirido os materiais e posto no local dos trabalhos, estes deverão ser pagos pela Administração pelos custos de aquisição regularmente comprovados e monetariamente corrigidos, podendo caber indenização por outros danos eventualmente decorrentes da supressão, desde que regularmente comprovados.

§ 5o Quaisquer tributos ou encargos legais criados, alterados ou extintos, bem como a superveniência de disposições legais, quando ocorridas após a data da apresentação da proposta, de comprovada repercussão nos preços contratados, implicarão a revisão destes para mais ou para menos, conforme o caso.

§ 6o Em havendo alteração unilateral do contrato que aumente os encargos do contratado, a Administração deverá restabelecer, por aditamento, o equilíbrio econômico-financeiro inicial.

§ 7o (VETADO)

§ 8o A variação do valor contratual para fazer face ao reajuste de preços previsto no próprio contrato, as atualizações, compensações ou penalizações financeiras decorrentes das condições de pagamento nele previstas, bem como o empenho de dotações orçamentárias suplementares até o limite do seu valor corrigido, não caracterizam alteração do mesmo, podendo ser registrados por simples apostila, dispensando a celebração de aditamento.

Seção IV Da Execução dos Contratos

Art. 66. O contrato deverá ser executado fielmente pelas partes, de acordo com as cláusulas avençadas e as normas desta Lei, respondendo cada uma pelas conseqüências de sua inexecução total ou parcial.

Art. 67. A execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por um representante da Administração especialmente designado, permitida a contratação de terceiros para assisti-lo e subsidiá-lo de informações pertinentes a essa atribuição.

§ 1o O representante da Administração anotará em registro próprio todas as ocorrências relacionadas com a execução do contrato, determinando o que for necessário à regularização das faltas ou defeitos observados.

§ 2o As decisões e providências que ultrapassarem a competência do representante deverão ser solicitadas a seus superiores em tempo hábil para a adoção das medidas convenientes.

Art. 68. O contratado deverá manter preposto, aceito pela Administração, no local da obra ou serviço, para representá-lo na execução do contrato.

Art. 69. O contratado é obrigado a reparar, corrigir, remover, reconstruir ou substituir, às suas expensas, no total ou em parte, o objeto do contrato em que se verificarem vícios, defeitos ou incorreções resultantes da execução ou de materiais empregados.

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Art. 70. O contratado é responsável pelos danos causados diretamente à Administração ou a terceiros, decorrentes de sua culpa ou dolo na execução do contrato, não excluindo ou reduzindo essa responsabilidade a fiscalização ou o acompanhamento pelo órgão interessado.

Art. 71. O contratado é responsável pelos encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais resultantes da execução do contrato.

§ 1º A inadimplência do contratado, com referência aos encargos estabelecidos neste artigo, não transfere à Administração Pública a responsabilidade por seu pagamento, nem poderá onerar o objeto do contrato ou restringir a regularização e o uso das obras e edificações, inclusive perante o Registro de Imóveis.

§ 2º A Administração poderá exigir, também, seguro para garantia de pessoas e bens, devendo essa exigência constar do edital da licitação ou do convite.

§ 1o A inadimplência do contratado, com referência aos encargos trabalhistas, fiscais e comerciais não transfere à Administração Pública a responsabilidade por seu pagamento, nem poderá onerar o objeto do contrato ou restringir a regularização e o uso das obras e edificações, inclusive perante o Registro de Imóveis. (Redação dada pela Lei nº 9.032, de 1995)

§ 2o A Administração Pública responde solidariamente com o contratado pelos encargos previdenciários resultantes da execução do contrato, nos termos do art. 31 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991. (Redação dada pela Lei nº 9.032, de 1995)

§ 3º (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

Art. 72. O contratado, na execução do contrato, sem prejuízo das responsabilidades contratuais e legais, poderá subcontratar partes da obra, serviço ou fornecimento, até o limite admitido, em cada caso, pela Administração.

Art. 73. Executado o contrato, o seu objeto será recebido:

I - em se tratando de obras e serviços:

a) provisoriamente, pelo responsável por seu acompanhamento e fiscalização, mediante termo circunstanciado, assinado pelas partes em até 15 (quinze) dias da comunicação escrita do contratado;

b) definitivamente, por servidor ou comissão designada pela autoridade competente, mediante termo circunstanciado, assinado pelas partes, após o decurso do prazo de observação, ou vistoria que comprove a adequação do objeto aos termos contratuais, observado o disposto no art. 69 desta Lei;

II - em se tratando de compras ou de locação de equipamentos:

a) provisoriamente, para efeito de posterior verificação da conformidade do material com a especificação;

b) definitivamente, após a verificação da qualidade e quantidade do material e conseqüente aceitação.

§ 1o Nos casos de aquisição de equipamentos de grande vulto, o recebimento far-se-á mediante termo circunstanciado e, nos demais, mediante recibo.

§ 2o O recebimento provisório ou definitivo não exclui a responsabilidade civil pela solidez e segurança da obra ou do serviço, nem ético-profissional pela perfeita execução do contrato, dentro dos limites estabelecidos pela lei ou pelo contrato.

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§ 3o O prazo a que se refere a alínea "b" do inciso I deste artigo não poderá ser superior a 90 (noventa) dias, salvo em casos excepcionais, devidamente justificados e previstos no edital.

§ 4o Na hipótese de o termo circunstanciado ou a verificação a que se refere este artigo não serem, respectivamente, lavrado ou procedida dentro dos prazos fixados, reputar-se-ão como realizados, desde que comunicados à Administração nos 15 (quinze) dias anteriores à exaustão dos mesmos.

Art. 74. Poderá ser dispensado o recebimento provisório nos seguintes casos:

I - gêneros perecíveis e alimentação preparada;

II - serviços profissionais;

III - obras e serviços de valor até o previsto no art. 23, inciso II, alínea "a", desta Lei, desde que não se componham de aparelhos, equipamentos e instalações sujeitos à verificação de funcionamento e produtividade.

Parágrafo único. Nos casos deste artigo, o recebimento será feito mediante recibo.

Art. 75. Salvo disposições em contrário constantes do edital, do convite ou de ato normativo, os ensaios, testes e demais provas exigidos por normas técnicas oficiais para a boa execução do objeto do contrato correm por conta do contratado.

Art. 76. A Administração rejeitará, no todo ou em parte, obra, serviço ou fornecimento executado em desacordo com o contrato.

Seção V Da Inexecução e da Rescisão dos Contratos

Art. 77. A inexecução total ou parcial do contrato enseja a sua rescisão, com as conseqüências contratuais e as previstas em lei ou regulamento.

Art. 78. Constituem motivo para rescisão do contrato:

I - o não cumprimento de cláusulas contratuais, especificações, projetos ou prazos;

II - o cumprimento irregular de cláusulas contratuais, especificações, projetos e prazos;

III - a lentidão do seu cumprimento, levando a Administração a comprovar a impossibilidade da conclusão da obra, do serviço ou do fornecimento, nos prazos estipulados;

IV - o atraso injustificado no início da obra, serviço ou fornecimento;

V - a paralisação da obra, do serviço ou do fornecimento, sem justa causa e prévia comunicação à Administração;

VI - a subcontratação total ou parcial do seu objeto, a associação do contratado com outrem, a cessão ou transferência, total ou parcial, bem como a fusão, cisão ou incorporação, não admitidas no edital e no contrato;

VII - o desatendimento das determinações regulares da autoridade designada para acompanhar e fiscalizar a sua execução, assim como as de seus superiores;

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VIII - o cometimento reiterado de faltas na sua execução, anotadas na forma do § 1o do art. 67 desta Lei;

IX - a decretação de falência ou a instauração de insolvência civil;

X - a dissolução da sociedade ou o falecimento do contratado;

XI - a alteração social ou a modificação da finalidade ou da estrutura da empresa, que prejudique a execução do contrato;

XII - razões de interesse público, de alta relevância e amplo conhecimento, justificadas e determinadas pela máxima autoridade da esfera administrativa a que está subordinado o contratante e exaradas no processo administrativo a que se refere o contrato;

XIII - a supressão, por parte da Administração, de obras, serviços ou compras, acarretando modificação do valor inicial do contrato além do limite permitido no § 1o do art. 65 desta Lei;

XIV - a suspensão de sua execução, por ordem escrita da Administração, por prazo superior a 120 (cento e vinte) dias, salvo em caso de calamidade pública, grave perturbação da ordem interna ou guerra, ou ainda por repetidas suspensões que totalizem o mesmo prazo, independentemente do pagamento obrigatório de indenizações pelas sucessivas e contratualmente imprevistas desmobilizações e mobilizações e outras previstas, assegurado ao contratado, nesses casos, o direito de optar pela suspensão do cumprimento das obrigações assumidas até que seja normalizada a situação;

XV - o atraso superior a 90 (noventa) dias dos pagamentos devidos pela Administração decorrentes de obras, serviços ou fornecimento, ou parcelas destes, já recebidos ou executados, salvo em caso de calamidade pública, grave perturbação da ordem interna ou guerra, assegurado ao contratado o direito de optar pela suspensão do cumprimento de suas obrigações até que seja normalizada a situação;

XVI - a não liberação, por parte da Administração, de área, local ou objeto para execução de obra, serviço ou fornecimento, nos prazos contratuais, bem como das fontes de materiais naturais especificadas no projeto;

XVII - a ocorrência de caso fortuito ou de força maior, regularmente comprovada, impeditiva da execução do contrato.

Parágrafo único. Os casos de rescisão contratual serão formalmente motivados nos autos do processo, assegurado o contraditório e a ampla defesa.

XVIII – descumprimento do disposto no inciso V do art. 27, sem prejuízo das sanções penais cabíveis. (Incluído pela Lei nº 9.854, de 1999)

Art. 79. A rescisão do contrato poderá ser:

I - determinada por ato unilateral e escrito da Administração, nos casos enumerados nos incisos I a XII e XVII do artigo anterior;

II - amigável, por acordo entre as partes, reduzida a termo no processo da licitação, desde que haja conveniência para a Administração;

III - judicial, nos termos da legislação;

IV - (VETADO)

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IV - (Vetado). (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 1o A rescisão administrativa ou amigável deverá ser precedida de autorização escrita e fundamentada da autoridade competente.

§ 2o Quando a rescisão ocorrer com base nos incisos XII a XVII do artigo anterior, sem que haja culpa do contratado, será este ressarcido dos prejuízos regularmente comprovados que houver sofrido, tendo ainda direito a:

I - devolução de garantia;

II - pagamentos devidos pela execução do contrato até a data da rescisão;

III - pagamento do custo da desmobilização.

§ 3o (VETADO) § 4o (VETADO)

§ 3º (Vetado).(Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 4º (Vetado).(Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 5o Ocorrendo impedimento, paralisação ou sustação do contrato, o cronograma de execução será prorrogado automaticamente por igual tempo.

Art. 80. A rescisão de que trata o inciso I do artigo anterior acarreta as seguintes conseqüências, sem prejuízo das sanções previstas nesta Lei:

I - assunção imediata do objeto do contrato, no estado e local em que se encontrar, por ato próprio da Administração;

II - ocupação e utilização do local, instalações, equipamentos, material e pessoal empregados na execução do contrato, necessários à sua continuidade, na forma do inciso V do art. 58 desta Lei;

III - execução da garantia contratual, para ressarcimento da Administração, e dos valores das multas e indenizações a ela devidos;

IV - retenção dos créditos decorrentes do contrato até o limite dos prejuízos causados à Administração.

§ 1o A aplicação das medidas previstas nos incisos I e II deste artigo fica a critério da Administração, que poderá dar continuidade à obra ou ao serviço por execução direta ou indireta.

§ 2o É permitido à Administração, no caso de concordata do contratado, manter o contrato, podendo assumir o controle de determinadas atividades de serviços essenciais.

§ 3o Na hipótese do inciso II deste artigo, o ato deverá ser precedido de autorização expressa do Ministro de Estado competente, ou Secretário Estadual ou Municipal, conforme o caso.

§ 4o A rescisão de que trata o inciso IV do artigo anterior permite à Administração, a seu critério, aplicar a medida prevista no inciso I deste artigo.

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Capítulo IV DAS SANÇÕES ADMINISTRATIVAS E DA TUTELA JUDICIAL

Seção I Disposições Gerais

Art. 81. A recusa injustificada do adjudicatário em assinar o contrato, aceitar ou retirar o instrumento equivalente, dentro do prazo estabelecido pela Administração, caracteriza o descumprimento total da obrigação assumida, sujeitando-o às penalidades legalmente estabelecidas.

Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica aos licitantes convocados nos termos do art. 64, § 2o desta Lei, que não aceitarem a contratação, nas mesmas condições propostas pelo primeiro adjudicatário, inclusive quanto ao prazo e preço.

Art. 82. Os agentes administrativos que praticarem atos em desacordo com os preceitos desta Lei ou visando a frustrar os objetivos da licitação sujeitam-se às sanções previstas nesta Lei e nos regulamentos próprios, sem prejuízo das responsabilidades civil e criminal que seu ato ensejar.

Art. 83. Os crimes definidos nesta Lei, ainda que simplesmente tentados, sujeitam os seus autores, quando servidores públicos, além das sanções penais, à perda do cargo, emprego, função ou mandato eletivo.

Art. 84. Considera-se servidor público, para os fins desta Lei, aquele que exerce, mesmo que transitoriamente ou sem remuneração, cargo, função ou emprego público.

§ 1o Equipara-se a servidor público, para os fins desta Lei, quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, assim consideradas, além das fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista, as demais entidades sob controle, direto ou indireto, do Poder Público.

§ 2o A pena imposta será acrescida da terça parte, quando os autores dos crimes previstos nesta Lei forem ocupantes de cargo em comissão ou de função de confiança em órgão da Administração direta, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista, fundação pública, ou outra entidade controlada direta ou indiretamente pelo Poder Público.

Art. 85. As infrações penais previstas nesta Lei pertinem às licitações e aos contratos celebrados pela União, Estados, Distrito Federal, Municípios, e respectivas autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista, fundações públicas, e quaisquer outras entidades sob seu controle direto ou indireto.

Seção II Das Sanções Administrativas

Art. 86. O atraso injustificado na execução do contrato sujeitará o contratado à multa de mora, na forma prevista no instrumento convocatório ou no contrato.

§ 1o A multa a que alude este artigo não impede que a Administração rescinda unilateralmente o contrato e aplique as outras sanções previstas nesta Lei.

§ 2o A multa, aplicada após regular processo administrativo, será descontada da garantia do respectivo contratado.

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§ 3o Se a multa for de valor superior ao valor da garantia prestada, além da perda desta, responderá o contratado pela sua diferença, a qual será descontada dos pagamentos eventualmente devidos pela Administração ou ainda, quando for o caso, cobrada judicialmente.

Art. 87. Pela inexecução total ou parcial do contrato a Administração poderá, garantida a prévia defesa, aplicar ao contratado as seguintes sanções:

I - advertência;

II - multa, na forma prevista no instrumento convocatório ou no contrato;

III - suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de contratar com a Administração, por prazo não superior a 2 (dois) anos;

IV - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração Pública enquanto perdurarem os motivos determinantes da punição ou até que seja promovida a reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a penalidade, que será concedida sempre que o contratado ressarcir a Administração pelos prejuízos resultantes e após decorrido o prazo da sanção aplicada com base no inciso anterior.

§ 1o Se a multa aplicada for superior ao valor da garantia prestada, além da perda desta, responderá o contratado pela sua diferença, que será descontada dos pagamentos eventualmente devidos pela Administração ou cobrada judicialmente.

§ 2o As sanções previstas nos incisos I, III e IV deste artigo poderão ser aplicadas juntamente com a do inciso II, facultada a defesa prévia do interessado, no respectivo processo, no prazo de 5 (cinco) dias úteis.

§ 3o A sanção estabelecida no inciso IV deste artigo é de competência exclusiva do Ministro de Estado, do Secretário Estadual ou Municipal, conforme o caso, facultada a defesa do interessado no respectivo processo, no prazo de 10 (dez) dias da abertura de vista, podendo a reabilitação ser requerida após 2 (dois) anos de sua aplicação. (Vide art 109 inciso III)

Art. 88. As sanções previstas nos incisos III e IV do artigo anterior poderão também ser aplicadas às empresas ou aos profissionais que, em razão dos contratos regidos por esta Lei:

I - tenham sofrido condenação definitiva por praticarem, por meios dolosos, fraude fiscal no recolhimento de quaisquer tributos;

II - tenham praticado atos ilícitos visando a frustrar os objetivos da licitação;

III - demonstrem não possuir idoneidade para contratar com a Administração em virtude de atos ilícitos praticados.

Seção III Dos Crimes e das Penas

Art. 89. Dispensar ou inexigir licitação fora das hipóteses previstas em lei, ou deixar de observar as formalidades pertinentes à dispensa ou à inexigibilidade:

Pena - detenção, de 3 (três) a 5 (cinco) anos, e multa.

Parágrafo único. Na mesma pena incorre aquele que, tendo comprovadamente concorrido para a consumação da ilegalidade, beneficiou-se da dispensa ou inexigibilidade ilegal, para celebrar contrato com o Poder Público.

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Art. 90. Frustrar ou fraudar, mediante ajuste, combinação ou qualquer outro expediente, o caráter competitivo do procedimento licitatório, com o intuito de obter, para si ou para outrem, vantagem decorrente da adjudicação do objeto da licitação:

Pena - detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.

Art. 91. Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a Administração, dando causa à instauração de licitação ou à celebração de contrato, cuja invalidação vier a ser decretada pelo Poder Judiciário:

Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.

Art. 92. Admitir, possibilitar ou dar causa a qualquer modificação ou vantagem, inclusive prorrogação contratual, em favor do adjudicatório, durante a execução dos contratos celebrados com o Poder Público, sem autorização em lei, no ato convocatório da licitação ou nos respectivos instrumentos contratuais, ou, ainda, pagar fatura com preterição da ordem cronológica de sua apresentação:

Pena - detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.

Art. 92. Admitir, possibilitar ou dar causa a qualquer modificação ou vantagem, inclusive prorrogação contratual, em favor do adjudicatário, durante a execução dos contratos celebrados com o Poder Público, sem autorização em lei, no ato convocatório da licitação ou nos respectivos instrumentos contratuais, ou, ainda, pagar fatura com preterição da ordem cronológica de sua exigibilidade, observado o disposto no art. 121 desta Lei: (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

Pena - detenção, de dois a quatro anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

Parágrafo único. Incide na mesma pena o contratado que, tendo comprovadamente concorrido para a consumação da ilegalidade, obtém vantagem indevida ou se beneficia, injustamente, das modificações ou prorrogações contratuais.

Art. 93. Impedir, perturbar ou fraudar a realização de qualquer ato de procedimento licitatório:

Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.

Art. 94. Devassar o sigilo de proposta apresentada em procedimento licitatório, ou proporcionar a terceiro o ensejo de devassá-lo:

Pena - detenção, de 2 (dois) a 3 (três) anos, e multa.

Art. 95. Afastar ou procura afastar licitante, por meio de violência, grave ameaça, fraude ou oferecimento de vantagem de qualquer tipo:

Pena - detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa, além da pena correspondente à violência.

Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem se abstém ou desiste de licitar, em razão da vantagem oferecida.

Art. 96. Fraudar, em prejuízo da Fazenda Pública, licitação instaurada para aquisição ou venda de bens ou mercadorias, ou contrato dela decorrente:

I - elevando arbitrariamente os preços;

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II - vendendo, como verdadeira ou perfeita, mercadoria falsificada ou deteriorada;

III - entregando uma mercadoria por outra;

IV - alterando substância, qualidade ou quantidade da mercadoria fornecida;

V - tornando, por qualquer modo, injustamente, mais onerosa a proposta ou a execução do contrato:

Pena - detenção, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.

Art. 97. Admitir à licitação ou celebrar contrato com empresa ou profissional declarado inidôneo:

Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.

Parágrafo único. Incide na mesma pena aquele que, declarado inidôneo, venha a licitar ou a contratar com a Administração.

Art. 98. Obstar, impedir ou dificultar, injustamente, a inscrição de qualquer interessado nos registros cadastrais ou promover indevidamente a alteração, suspensão ou cancelamento de registro do inscrito:

Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.

Art. 99. A pena de multa cominada nos arts. 89 a 98 desta Lei consiste no pagamento de quantia fixada na sentença e calculada em índices percentuais, cuja base corresponderá ao valor da vantagem efetivamente obtida ou potencialmente auferível pelo agente.

§ 1o Os índices a que se refere este artigo não poderão ser inferiores a 2% (dois por cento), nem superiores a 5% (cinco por cento) do valor do contrato licitado ou celebrado com dispensa ou inexigibilidade de licitação.

§ 2o O produto da arrecadação da multa reverterá, conforme o caso, à Fazenda Federal, Distrital, Estadual ou Municipal.

Seção IV Do Processo e do Procedimento Judicial

Art. 100. Os crimes definidos nesta Lei são de ação penal pública incondicionada, cabendo ao Ministério Público promovê-la.

Art. 101. Qualquer pessoa poderá provocar, para os efeitos desta Lei, a iniciativa do Ministério Público, fornecendo-lhe, por escrito, informações sobre o fato e sua autoria, bem como as circunstâncias em que se deu a ocorrência.

Parágrafo único. Quando a comunicação for verbal, mandará a autoridade reduzi-la a termo, assinado pelo apresentante e por duas testemunhas.

Art. 102. Quando em autos ou documentos de que conhecerem, os magistrados, os membros dos Tribunais ou Conselhos de Contas ou os titulares dos órgãos integrantes do sistema de controle interno de qualquer dos Poderes verificarem a existência dos crimes definidos nesta Lei, remeterão ao Ministério Público as cópias e os documentos necessários ao oferecimento da denúncia.

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Art. 103. Será admitida ação penal privada subsidiária da pública, se esta não for ajuizada no prazo legal, aplicando-se, no que couber, o disposto nos arts. 29 e 30 do Código de Processo Penal.

Art. 104. Recebida a denúncia e citado o réu, terá este o prazo de 10 (dez) dias para apresentação de defesa escrita, contado da data do seu interrogatório, podendo juntar documentos, arrolar as testemunhas que tiver, em número não superior a 5 (cinco), e indicar as demais provas que pretenda produzir.

Art. 105. Ouvidas as testemunhas da acusação e da defesa e praticadas as diligências instrutórias deferidas ou ordenadas pelo juiz, abrir-se-á, sucessivamente, o prazo de 5 (cinco) dias a cada parte para alegações finais.

Art. 106. Decorrido esse prazo, e conclusos os autos dentro de 24 (vinte e quatro) horas, terá o juiz 10 (dez) dias para proferir a sentença.

Art. 107. Da sentença cabe apelação, interponível no prazo de 5 (cinco) dias.

Art. 108. No processamento e julgamento das infrações penais definidas nesta Lei, assim como nos recursos e nas execuções que lhes digam respeito, aplicar-se-ão, subsidiariamente, o Código de Processo Penal e a Lei de Execução Penal.

Capítulo V DOS RECURSOS ADMINISTRATIVOS

Art. 109. Dos atos da Administração decorrentes da aplicação desta Lei cabem:

I - recurso, no prazo de 5 (cinco) dias úteis a contar da intimação do ato ou da lavratura da ata, nos casos de:

a) habilitação ou inabilitação do licitante;

b) julgamento das propostas;

c) anulação ou revogação da licitação;

d) indeferimento do pedido de inscrição em registro cadastral, sua alteração ou cancelamento;

e) rescisão do contrato, a que se refere o inciso I do art. 78 desta lei;

e) rescisão do contrato, a que se refere o inciso I do art. 79 desta Lei; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

f) aplicação das penas de advertência, suspensão temporária ou de multa;

II - representação, no prazo de 5 (cinco) dias úteis da intimação da decisão relacionada com o objeto da licitação ou do contrato, de que não caiba recurso hierárquico;

III - pedido de reconsideração, de decisão de Ministro de Estado, ou Secretário Estadual ou Municipal, conforme o caso, na hipótese do § 4o do art. 87 desta Lei, no prazo de 10 (dez) dias úteis da intimação do ato.

§ 1o A intimação dos atos referidos no inciso I, alíneas "a", "b", "c" e "e", deste artigo, excluídos os relativos a advertência e multa de mora, e no inciso III, será feita mediante

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publicação na imprensa oficial, salvo para os casos previstos nas alíneas "a" e "b", se presentes os prepostos dos licitantes no ato em que foi adotada a decisão, quando poderá ser feita por comunicação direta aos interessados e lavrada em ata.

§ 2o O recurso previsto nas alíneas "a" e "b" do inciso I deste artigo terá efeito suspensivo, podendo a autoridade competente, motivadamente e presentes razões de interesse público, atribuir ao recurso interposto eficácia suspensiva aos demais recursos.

§ 3o Interposto, o recurso será comunicado aos demais licitantes, que poderão impugná-lo no prazo de 5 (cinco) dias úteis.

§ 4o O recurso será dirigido à autoridade superior, por intermédio da que praticou o ato recorrido, a qual poderá reconsiderar sua decisão, no prazo de 5 (cinco) dias úteis, ou, nesse mesmo prazo, fazê-lo subir, devidamente informado, devendo, neste caso, a decisão ser proferida dentro do prazo de 5 (cinco) dias úteis, contado do recebimento do recurso, sob pena de responsabilidade.

§ 5o Nenhum prazo de recurso, representação ou pedido de reconsideração se inicia ou corre sem que os autos do processo estejam com vista franqueada ao interessado.

§ 6o Em se tratando de licitações efetuadas na modalidade de "carta convite" os prazos estabelecidos nos incisos I e II e no parágrafo 3o deste artigo serão de dois dias úteis. (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

Capítulo VI DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 110. Na contagem dos prazos estabelecidos nesta Lei, excluir-se-á o dia do início e incluir-se-á o do vencimento, e considerar-se-ão os dias consecutivos, exceto quando for explicitamente disposto em contrário.

Parágrafo único. Só se iniciam e vencem os prazos referidos neste artigo em dia de expediente no órgão ou na entidade.

Art. 111. A Administração só poderá contratar, pagar, premiar ou receber projeto ou serviço técnico especializado desde que o autor ceda os direitos patrimoniais a ele relativos e a Administração possa utilizá-lo de acordo com o previsto no regulamento de concurso ou no ajuste para sua elaboração.

Parágrafo único. Quando o projeto referir-se a obra imaterial de caráter tecnológico, insuscetível de privilégio, a cessão dos direitos incluirá o fornecimento de todos os dados, documentos e elementos de informação pertinentes à tecnologia de concepção, desenvolvimento, fixação em suporte físico de qualquer natureza e aplicação da obra.

Art. 112. Quando o objeto do contrato interessar a mais de uma entidade pública, caberá ao órgão contratante, perante a entidade interessada, responder pela sua boa execução, fiscalização e pagamento.

Parágrafo único. Fica facultado à entidade interessada o acompanhamento da execução do contrato.

§ 1o Os consórcios públicos poderão realizar licitação da qual, nos termos do edital, decorram contratos administrativos celebrados por órgãos ou entidades dos entes da Federação consorciados. (Incluído pela Lei nº 11.107, de 2005)

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§ 2o É facultado à entidade interessada o acompanhamento da licitação e da execução do contrato. (Incluído pela Lei nº 11.107, de 2005)

Art. 113. O controle das despesas decorrentes dos contratos e demais instrumentos regidos por esta Lei será feito pelo Tribunal de Contas competente, na forma da legislação pertinente, ficando os órgãos interessados da Administração responsáveis pela demonstração da legalidade e regularidade da despesa e execução, nos termos da Constituição e sem prejuízo do sistema de controle interno nela previsto.

§ 1o Qualquer licitante, contratado ou pessoa física ou jurídica poderá representar ao Tribunal de Contas ou aos órgãos integrantes do sistema de controle interno contra irregularidades na aplicação desta Lei, para os fins do disposto neste artigo.

§ 2º Os Tribunais de Contas e os órgãos integrantes do sistema de controle interno poderão solicitar para exame, antes da abertura das propostas, cópia de edital de licitação já publicado, obrigando-se os órgãos ou entidades da Administração interessada à adoção das medidas corretivas que, em função desse exame, lhes forem determinadas.

§ 2o Os Tribunais de Contas e os órgãos integrantes do sistema de controle interno poderão solicitar para exame, até o dia útil imediatamente anterior à data de recebimento das propostas, cópia de edital de licitação já publicado, obrigando-se os órgãos ou entidades da Administração interessada à adoção de medidas corretivas pertinentes que, em função desse exame, lhes forem determinadas. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

Art. 114. O sistema instituído nesta Lei não impede a pré-qualificação de licitantes nas concorrências, a ser procedida sempre que o objeto da licitação recomende análise mais detida da qualificação técnica dos interessados.

§ 1o A adoção do procedimento de pré-qualificação será feita mediante proposta da autoridade competente, aprovada pela imediatamente superior.

§ 2o Na pré-qualificação serão observadas as exigências desta Lei relativas à concorrência, à convocação dos interessados, ao procedimento e à analise da documentação.

Art. 115. Os órgãos da Administração poderão expedir normas relativas aos procedimentos operacionais a serem observados na execução das licitações, no âmbito de sua competência, observadas as disposições desta Lei.

Parágrafo único. As normas a que se refere este artigo, após aprovação da autoridade competente, deverão ser publicadas na imprensa oficial.

Art. 116. Aplicam-se as disposições desta Lei, no que couber, aos convênios, acordos, ajustes e outros instrumentos congêneres celebrados por órgãos e entidades da Administração.

§ 1o A celebração de convênio, acordo ou ajuste pelos órgãos ou entidades da Administração Pública depende de prévia aprovação de competente plano de trabalho proposto pela organização interessada, o qual deverá conter, no mínimo, as seguintes informações:

I - identificação do objeto a ser executado;

II - metas a serem atingidas;

III - etapas ou fases de execução;

IV - plano de aplicação dos recursos financeiros;

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V - cronograma de desembolso;

VI - previsão de início e fim da execução do objeto, bem assim da conclusão das etapas ou fases programadas;

VII - se o ajuste compreender obra ou serviço de engenharia, comprovação de que os recursos próprios para complementar a execução do objeto estão devidamente assegurados, salvo se o custo total do empreendimento recair sobre a entidade ou órgão descentralizador.

§ 2o Assinado o convênio, a entidade ou órgão repassador dará ciência do mesmo à Assembléia Legislativa ou à Câmara Municipal respectiva.

§ 3o As parcelas do convênio serão liberadas em estrita conformidade com o plano de aplicação aprovado, exceto nos casos a seguir, em que as mesmas ficarão retidas até o saneamento das impropriedades ocorrentes:

I - quando não tiver havido comprovação da boa e regular aplicação da parcela anteriormente recebida, na forma da legislação aplicável, inclusive mediante procedimentos de fiscalização local, realizados periodicamente pela entidade ou órgão descentralizador dos recursos ou pelo órgão competente do sistema de controle interno da Administração Pública;

II - quando verificado desvio de finalidade na aplicação dos recursos, atrasos não justificados no cumprimento das etapas ou fases programadas, práticas atentatórias aos princípios fundamentais de Administração Pública nas contratações e demais atos praticados na execução do convênio, ou o inadimplemento do executor com relação a outras cláusulas conveniais básicas;

III - quando o executor deixar de adotar as medidas saneadoras apontadas pelo partícipe repassador dos recursos ou por integrantes do respectivo sistema de controle interno.

§ 4o Os saldos de convênio, enquanto não utilizados, serão obrigatoriamente aplicados em cadernetas de poupança de instituição financeira oficial se a previsão de seu uso for igual ou superior a um mês, ou em fundo de aplicação financeira de curto prazo ou operação de mercado aberto lastreada em títulos da dívida pública, quando a utilização dos mesmos verificar-se em prazos menores que um mês.

§ 5o As receitas financeiras auferidas na forma do parágrafo anterior serão obrigatoriamente computadas a crédito do convênio e aplicadas, exclusivamente, no objeto de sua finalidade, devendo constar de demonstrativo específico que integrará as prestações de contas do ajuste.

§ 6o Quando da conclusão, denúncia, rescisão ou extinção do convênio, acordo ou ajuste, os saldos financeiros remanescentes, inclusive os provenientes das receitas obtidas das aplicações financeiras realizadas, serão devolvidos à entidade ou órgão repassador dos recursos, no prazo improrrogável de 30 (trinta) dias do evento, sob pena da imediata instauração de tomada de contas especial do responsável, providenciada pela autoridade competente do órgão ou entidade titular dos recursos.

Art. 117. As obras, serviços, compras e alienações realizados pelos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário e do Tribunal de Contas regem-se pelas normas desta Lei, no que couber, nas três esferas administrativas.

Art. 118. Os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e as entidades da administração indireta deverão adaptar suas normas sobre licitações e contratos ao disposto nesta Lei.

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Art. 119. As sociedades de economia mista, empresas e fundações públicas e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União e pelas entidades referidas no artigo anterior editarão regulamentos próprios devidamente publicados, ficando sujeitas às disposições desta Lei.

Parágrafo único. Os regulamentos a que se refere este artigo, no âmbito da Administração Pública, após aprovados pela autoridade de nível superior a que estiverem vinculados os respectivos órgãos, sociedades e entidades, deverão ser publicados na imprensa oficial.

Art. 120. Os valores fixados por esta lei serão automaticamente corrigidos na mesma periodicidade e proporção da variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), com base no índice do mês de dezembro de 1991.

Art. 120. Os valores fixados por esta lei serão automaticamente corrigidos na mesma periodicidade e proporção da variação do Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), com base no índice do mês de dezembro de 1991. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

Parágrafo único. O Poder Executivo Federal fará publicar no Diário Oficial da União os novos valores oficialmente vigentes por ocasião de cada evento citado no caput deste artigo, desprezando-se as frações inferiores a Cr$ 1.000,00 (um mil cruzeiros).

Parágrafo único. O Poder Executivo Federal fará publicar no Diário Oficial da União os novos valores oficialmente vigentes por ocasião de cada evento citado no "caput" deste artigo, desprezando-se as frações inferiores a Cr$ 1,00 (hum cruzeiro real). (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

Art. 120. Os valores fixados por esta Lei poderão ser anualmente revistos pelo Poder Executivo Federal, que os fará publicar no Diário Oficial da União, observando como limite superior a variação geral dos preços do mercado, no período. (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)

Art. 121. O disposto nesta lei não se aplica às licitações instauradas e aos contratos assinados anteriormente à sua vigência.

Art. 121. O disposto nesta Lei não se aplica às licitações instauradas e aos contratos assinados anteriormente à sua vigência, ressalvado o disposto no art. 57, nos parágrafos 1o, 2o e 8o do art. 65, no inciso XV do art. 78, bem assim o disposto no "caput" do art. 5o, com relação ao pagamento das obrigações na ordem cronológica, podendo esta ser observada, no prazo de noventa dias contados da vigência desta Lei, separadamente para as obrigações relativas aos contratos regidos por legislação anterior à Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

Parágrafo único. Os contratos relativos a imóveis do patrimônio da União continuam a reger-se pelas disposições do Decreto-lei no 9.760, de 5 de setembro de 1946, com suas alterações, e os relativos a operações de crédito interno ou externo celebrados pela União ou a concessão de garantia do Tesouro Nacional continuam regidos pela legislação pertinente, aplicando-se esta Lei, no que couber.

Art. 122. Nas concessões de linhas aéreas, observar-se-á procedimento licitatório específico, a ser estabelecido no Código Brasileiro de Aeronáutica.

Art. 123. Em suas licitações e contratações administrativas, as repartições sediadas no exterior observarão as peculiaridades locais e os princípios básicos desta Lei, na forma de regulamentação específica.

Art. 124. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 124. Aplicam-se às licitações e aos contratos para permissão ou concessão de serviços públicos os dispositivos desta Lei que não conflitem com a legislação específica sobre o assunto. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

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Parágrafo único. As exigências contidas nos incisos II a IV do § 2o do art. 7o serão dispensadas nas licitações para concessão de serviços com execução prévia de obras em que não foram previstos desembolso por parte da Administração Pública concedente. (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

Art. 125. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. (Renumerado por força do disposto no art. 3º da Lei nº 8.883, de 1994)

Art. 126. Revogam-se as disposições em contrário, especialmente os Decretos-leis nos 2.300, de 21 de novembro de 1986, 2.348, de 24 de julho de 1987, 2.360, de 16 de setembro de 1987, a Lei no 8.220, de 4 de setembro de 1991, e o art. 83 da Lei no 5.194, de 24 de dezembro de 1966.(Renumerado por força do disposto no art. 3º da Lei nº 8.883, de 1994)

Brasília, 21 de junho de 1993, 172o da Independência e 105o da República.

ITAMAR FRANCO Rubens Ricupero Romildo Canhim

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ANEXO 02: LEI No 9.854, DE 27 DE OUTUBRO DE 1999.

Altera dispositivos da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, que regula o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1o O art. 27 da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, passa a vigorar com o acréscimo do seguinte inciso V:

"V – cumprimento do disposto no inciso XXXIII do art. 7o da Constituição Federal."

Art. 2o O art. 78 da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, passa a vigorar com o acréscimo do seguinte inciso XVIII:

"XVIII – descumprimento do disposto no inciso V do art. 27, sem prejuízo das sanções penais cabíveis."

Art. 3o O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de noventa dias, a partir da data de sua publicação.

Art. 4o Esta Lei entra em vigor cento e oitenta dias após sua publicação.

Brasília, 27 de outubro de 1999; 178o da Independência e 111o da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Pedro Malan Francisco Dornelles Martus Tavares

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ANEXO 03: DECRETO Nº 3.555, DE 8 DE AGOSTO DE 2000.

Aprova o Regulamento para a modalidade de licitação denominada pregão, para aquisição de bens e serviços comuns.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, da Constituição e tendo em vista o disposto na Medida Provisória nº 2.026-3, de 28 de julho de 2000,

DECRETA:

Art. 1º Fica aprovado, na forma dos Anexos I e II a este Decreto, o Regulamento para a modalidade de licitação denominada pregão, para a aquisição de bens e serviços comuns, no âmbito da União.

Parágrafo único. Subordinam-se ao regime deste Decreto, além dos órgãos da Administração Federal direta, os fundos especiais, as autarquias, as fundações, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e as demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União.

Art. 2º Compete ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão estabelecer normas e orientações complementares sobre a matéria regulada por este Decreto.

Art. 3º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 8 de agosto de 2000; 179º da Independência e 112º da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Martus Tavares

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ANEXO 04: DECRETO Nº 3.722, DE 9 DE JANEIRO DE 2001.

Regulamenta o art. 34 da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, e dispõe sobre o Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores - SICAF.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, da Constituição,

DECRETA:

Art. 1o O Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores - SICAF constitui-se como o § 1o Para qualificação e habilitação dos fornecedores nas licitações e nos contratos administrativos pertinentes à aquisição de bens e serviços, inclusive de obras e publicidade, alienações e locações, no âmbito do Sistema de Serviços Gerais - SISG, é necessária prévia inscrição e regularidade cadastral no SICAF. § 2o As exigências do parágrafo anterior aplicam-se aos órgãos e às entidades que, embora não integrantes do SISG, venham a manifestar adesão ao SICAF. § 3o Além da verificação do atendimento ao disposto no inciso XXXIII do art. 7o da Constituição, o SICAF efetuará os registros dos interessados, levando em conta a habilitação jurídica, a regularidade fiscal e a qualificação econômico-financeira. registro cadastral da Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional e dos demais órgãos ou entidades que, expressamente, a ele aderirem. § 4o Excetuam-se das exigências para habilitação prévia no SICAF as relativas à qualificação técnica da interessada, as quais somente serão demandadas quando a situação o exigir.

Art. 1º O Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores – SICAF constitui o registro cadastral do Poder Executivo Federal, na forma definida neste Decreto, mantido pelos órgãos e entidades que compõem o Sistema de Serviços Gerais - SISG, nos termos do Decreto nº 1.094, de 13 de março de 1994.(Redação dada pelo Decreto nº 4.485, de 2002)

§ 1º A habilitação dos fornecedores em licitação, dispensa, inexigibilidade e nos contratos administrativos pertinentes à aquisição de bens e serviços, inclusive de obras e publicidade, e a alienação e locação poderá ser comprovada por meio de prévia e regular inscrição cadastral no SICAF:(Redação dada pelo Decreto nº 4.485, de 2002)

I - como condição necessária para emissão de nota de empenho, cada administração deverá realizar prévia consulta ao SICAF, para identificar possível proibição de contratar com o Poder Público; e (Incluído pelo Decreto nº 4.485, de 2002)

II - nos casos em que houver necessidade de assinatura do instrumento de contrato, e o proponente homologado não estiver inscrito no SICAF, o seu cadastramento deverá ser feito pela Administração, sem ônus para o proponente, antes da contratação, com base no reexame da documentação apresentada para habilitação, devidamente atualizada. (Incluído pelo Decreto nº 4.485, de 2002)

§ 2º O SICAF deverá conter os registros dos interessados diante da habilitação jurídica, a regularidade fiscal e qualificação econômico-financeira, bem como das sanções aplicadas pela Administração Pública relativas ao impedimento para contratar com o Poder Público, conforme previsto na legislação.(Redação dada pelo Decreto nº 4.485, de 2002)

§ 3o Excetuam-se das exigências para habilitação prévia no SICAF as relativas à qualificação técnica da interessada, as quais somente serão demandadas quando a situação o exigir.(Redação dada pelo Decreto nº 4.485, de 2002)

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Art. 2o O processamento das informações cadastrais, apresentadas pelos interessados, será realizado por meio da utilização de recursos de tecnologia da informação, para constituição de base de dados permanente e centralizada, que conterá os elementos essenciais previstos na legislação vigente.

Art. 3o Os editais de licitação para as contratações referidas no § 1o do art. 1o deste Decreto deverão conter cláusula que estipule a exigência de habilitação no SICAF, como condição para participação no certame licitatório, e que defina dia, hora e local para verificação no Sistema. § 1o Fica vedada a contratação de bens, obras ou serviços de fornecedores estabelecidos no território nacional, não inscritos ou em situação irregular no SICAF, salvo os fornecedores com sede fora do território nacional, que deverão atender aos requisitos previstos no edital de licitação internacional, na forma da legislação vigente. § 2o Para qualificação destinada à participação em certame licitatório, o interessado deverá atender a todas as condições exigidas para cadastramento no SICAF, até o terceiro dia útil anterior à data do recebimento das propostas.

Art. 3o Os editais de licitação para as contratações referidas no § 1o do art. 1o deverão conter cláusula permitindo a comprovação da regularidade fiscal, da qualificação econômico-financeira e da habilitação jurídica por meio de cadastro no SICAF, definindo dia, hora e local para verificação on line, no Sistema. (Redação dada pelo Decreto nº 4.485, de 2002)

Parágrafo único. Para a habilitação regulamentada neste Decreto, o interessado deverá atender às condições exigidas para cadastramento no SICAF, até o terceiro dia útil anterior à data prevista para recebimento das propostas. (Incluído pelo Decreto nº 4.485, de 2002)

Art. 4o O registro de fornecedor no SICAF terá vigência de um ano, ressalvado o prazo de validade da documentação apresentada para fins de atualização no Sistema, a qual deverá ser reapresentada, periodicamente, à vista de norma específica, objetivando sua regularidade cadastral.

Art. 5o Para suprir os custos de manutenção do Sistema, os interessados na inscrição cadastral pagarão importâncias a serem estipuladas pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. (Revogado pelo Decreto nº 4.485, de 2002)

Art. 6o Compete ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão a adoção das medidas que se fizerem necessárias à regulamentação, à operacionalização e à coordenação do SICAF, nos termos deste Decreto.

Art. 7o Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 9 de janeiro de 2001; 180o Independência e 113o da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Martus Tavares

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ANEXO 05: PORTARIA Nº 04, DE 29 DE OUTUBRO DE 2001.

MINISTERIO DO PLANEJAMENTO ORÇAMENTO E GESTÃO

SECRETARIA DE LOGÍSTICA E TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO PORTARIA NORMATIVA Nº 4, DE 29 DE OUTUBRO DE 2001

Dispõe sobre a divulgação no Portal de Compras do Governo Federal - COMPRASNET, dos editais de licitação nas modalidades de Tomada de Preços e Concorrência.

O SECRETÁRIO DE LOGÍSTICA E TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO, no uso das atribuições que lhe confere o Decreto n3.858, de 4 de julho de 2001 e tendo em vista o disposto no Decreto nº 1.094, de 23 de março de 1994;

Considerando a necessidade de garantir ampla publicidade aos editais de licitações realizadas pela Administração;

Considerando os recursos e facilidades oferecidos pela tecnologia da informação; e

Considerando a obrigatoriedade de divulgação, na Internet, dos editais de licitação na modalidade de pregão; resolve:

Art. 1º Os órgãos ou entidades integrantes do Sistema de Serviços Gerais - SISG, deverão divulgar no Portal de Compras do Governo Federal - COMPRASNET (site www.comprasnet.gov.br), a íntegra dos editais de licitações nas modalidades de Tomada de Preços e Concorrência, elaborados em conformidade com a Lei nº 8.666/1993 .

Art. 2º O Sistema Integrado de Administração de Serviços Gerais - SIASG, por intermédio do módulo SIDEC, no momento de cadastramento de avisos de licitação, para encaminhamento à Imprensa Nacional, exigirá a íntegra do Edital, para divulgação, pela Internet, no Portal de Compras do Governo Federal.

Parágrafo único. A partir do dia 1º de dezembro de 2001, o SIASG somente admitirá o cadastramento no SIDEC, de avisos de licitação com o correspondente encaminhamento dos editais, para divulgação no Portal.

Art. 3º Opcionalmente, a critério do órgão, os editais de licitações na modalidade Convite, poderão ser divulgados, na íntegra, no Portal de Compras do Governo Federal.

Art. 4º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

SOLON LEMOS PINTO

(Of. El. nº 212/2001)

D.O.U. , 30/10/2001

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ANEXO 06: DECRETO Nº 3.931, DE 19 DE SETEMBRO DE 2001.

Regulamenta o Sistema de Registro de Preços previsto no art. 15 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, alínea "a", da Constituição, e nos termos do disposto no art. 15 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993,

DECRETA:

Art. 1º As contratações de serviços, a locação e a aquisição de bens quando efetuadas pelo Sistema de Registro de Preços, no âmbito da Administração Federal direta, autárquica e fundacional, fundos especiais, empresas públicas, sociedade de economia mista e demais entidades controladas, direta ou indiretamente pela União, obedecerão ao disposto neste Decreto.

Art. 1º As contratações de serviços e a aquisição de bens, quando efetuadas pelo Sistema de Registro de Preços, no âmbito da Administração Federal direta, autárquica e fundacional, fundos especiais, empresas públicas, sociedades de economia mista e demais entidades controladas, direta ou indiretamente pela União, obedecerão ao disposto neste Decreto.(Redação dada pelo Decreto nº 4.342, de 23.8.2002)

Parágrafo único. Para os efeitos deste Decreto, são adotadas as seguintes definições:

I - Sistema de Registro de Preços - SRP - conjunto de procedimentos para registro formal de preços relativos à prestação de serviços, aquisição e locação de bens, para contratações futuras;

I - Sistema de Registro de Preços - SRP - conjunto de procedimentos para registro formal de preços relativos à prestação de serviços e aquisição de bens, para contratações futuras;(Redação dada pelo Decreto nº 4.342, de 23.8.2002)

II - Ata de Registro de Preços - documento vinculativo, obrigacional, com característica de compromisso para futura contratação, onde se registram os preços, fornecedores, órgãos participantes e condições a serem praticadas, conforme as disposições contidas no instrumento convocatório e propostas apresentadas;

III - Órgão Gerenciador - órgão ou entidade da Administração Pública responsável pela condução do conjunto de procedimentos do certame para registro de preços e gerenciamento da Ata de Registro de Preços dele decorrente; e

IV - Órgão Participante - órgão ou entidade que participa dos procedimentos iniciais do SRP e integra a Ata de Registro de Preços.

Art. 2º Será adotado, preferencialmente, o SRP nas seguintes hipóteses:

I - quando, pelas características do bem ou serviço, houver necessidade de contratações freqüentes;

II - quando for mais conveniente a aquisição de bens com previsão de entregas parceladas ou contratação de serviços necessários à Administração para o desempenho de suas atribuições;

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III - quando for conveniente a aquisição de bens ou a contratação de serviços para atendimento a mais de um órgão ou entidade, ou a programas de governo; e

IV - quando pela natureza do objeto não for possível definir previamente o quantitativo a ser demandado pela Administração.

Parágrafo único. Poderá ser realizado registro de preços para contratação de bens e serviços de informática, obedecida a legislação vigente, desde que devidamente justificada e caracterizada a vantagem econômica.

Art. 3º A licitação para registro de preços será realizada na modalidade concorrência, do tipo menor preço, nos termos da Lei nº 8.666, de 1993, e será precedida de ampla pesquisa de mercado. § 1º Excepcionalmente poderá ser adotado o tipo técnica e preço, a critério do órgão gerenciador e mediante despacho devidamente fundamentado da autoridade máxima do órgão ou entidade.

Art. 3º A licitação para registro de preços será realizada na modalidade de concorrência ou de pregão, do tipo menor preço, nos termos das Leis nos 8.666, de 21 de julho de 1993, e 10.520, de 17 de julho de 2002, e será precedida de ampla pesquisa de mercado.(Redação dada pelo Decreto nº 4.342, de 23.8.2002)

§ 1º Excepcionalmente poderá ser adotado, na modalidade de concorrência, o tipo técnica e preço, a critério do órgão gerenciador e mediante despacho devidamente fundamentado da autoridade máxima do órgão ou entidade.(Redação dada pelo Decreto nº 4.342, de 23.8.2002)

§ 2º Caberá ao órgão gerenciador a prática de todos os atos de controle e administração do SRP, e ainda o seguinte:

I - convidar, mediante correspondência eletrônica ou outro meio eficaz, os órgãos e entidades para participarem do registro de preços;

II - consolidar todas as informações relativas à estimativa individual e total de consumo, promovendo a adequação dos respectivos projetos básicos encaminhados para atender aos requisitos de padronização e racionalização;

III - promover todos os atos necessários à instrução processual para a realização do procedimento licitatório pertinente, inclusive a documentação das justificativas nos casos em que a restrição à competição for admissível pela lei;

IV - realizar a necessária pesquisa de mercado com vistas à identificação dos valores a serem licitados;

V - confirmar junto aos órgãos participantes a sua concordância com o objeto a ser licitado, inclusive quanto aos quantitativos e projeto básico;

VI - realizar todo o procedimento licitatório, bem como os atos dele decorrentes, tais como a assinatura da Ata e o encaminhamento de sua cópia aos demais órgãos participantes;

VII - gerenciar a Ata de Registro de Preços, providenciando a indicação, sempre que solicitado, dos fornecedores, para atendimento às necessidades da Administração, obedecendo a ordem de classificação e os quantitativos de contratação definidos pelos participantes da Ata;

VIII - conduzir os procedimentos relativos a eventuais renegociações dos preços registrados e a aplicação de penalidades por descumprimento do pactuado na Ata de Registro de Preços; e

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IX - realizar, quando necessário, prévia reunião com licitantes, visando informá-los das peculiaridades do SRP e coordenar, com os órgãos participantes, a qualificação mínima dos respectivos gestores indicados.

§ 3º O órgão participante do registro de preços será responsável pela manifestação de interesse em participar do registro de preços, providenciando o encaminhamento, ao órgão gerenciador, de sua estimativa de consumo, cronograma de contratação e respectivas especificações ou projeto básico, nos termos da Lei nº 8.666, de 1993, adequado ao registro de preço do qual pretende fazer parte, devendo ainda:

I - garantir que todos os atos inerentes ao procedimento para sua inclusão no registro de preços a ser realizado estejam devidamente formalizados e aprovados pela autoridade competente;

II - manifestar, junto ao órgão gerenciador, sua concordância com o objeto a ser licitado, antes da realização do procedimento licitatório; e

III - tomar conhecimento da Ata de Registros de Preços, inclusive as respectivas alterações porventura ocorridas, com o objetivo de assegurar, quando de seu uso, o correto cumprimento de suas disposições, logo após concluído o procedimento licitatório.

§ 4º Cabe ao órgão participante indicar o gestor do contrato, ao qual, além das atribuições previstas no art. 67 da Lei nº 8.666, de 1993, compete:

I - promover consulta prévia junto ao órgão gerenciador, quando da necessidade de contratação, a fim de obter a indicação do fornecedor, os respectivos quantitativos e os valores a serem praticados, encaminhando, posteriormente, as informações sobre a contratação efetivamente realizada;

II - assegurar-se, quando do uso da Ata de Registro de Preços, que a contratação a ser procedida atenda aos seus interesses, sobretudo quanto aos valores praticados, informando ao órgão gerenciador eventual desvantagem, quanto à sua utilização;

III - zelar, após receber a indicação do fornecedor, pelos demais atos relativos ao cumprimento, pelo mesmo, das obrigações contratualmente assumidas, e também, em coordenação com o órgão gerenciador, pela aplicação de eventuais penalidades decorrentes do descumprimento de cláusulas contratuais; e

IV - informar ao órgão gerenciador, quando de sua ocorrência, a recusa do fornecedor em atender às condições estabelecidas em edital, firmadas na Ata de Registro de Preços, as divergências relativas à entrega, as características e origem dos bens licitados e a recusa do mesmo em assinar contrato para fornecimento ou prestação de serviços.

Art. 4º O prazo de validade da Ata de Registro de Preço não poderá ser superior a um ano, computadas neste as eventuais prorrogações.

§ 1º Os contratos decorrentes do SRP terão sua vigência conforme as disposições contidas nos respectivos instrumentos convocatórios e respectivos contratos decorrentes, obedecido o disposto no art. 57 da Lei nº 8.666, de 1993.

§ 1º Os contratos decorrentes do SRP terão sua vigência conforme as disposições contidas nos instrumentos convocatórios e respectivos contratos, obedecido o disposto no art. 57 da Lei no 8.666, de 1993. (Redação dada pelo Decreto nº 4.342, de 23.8.2002)

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§ 2º É admitida a prorrogação da vigência da Ata, nos termos do art. 57, § 4º, da Lei nº 8.666, de 1993, quando a proposta continuar se mostrando mais vantajosa, satisfeitos os demais requisitos desta norma.

Art. 5º A Administração, quando da aquisição de bens ou contratação de serviços, poderá subdividir a quantidade total do item em lotes, sempre que comprovado técnica e economicamente viável, de forma a possibilitar maior competitividade, observado, neste caso, dentre outros, a quantidade mínima, o prazo e o local de entrega ou de prestação dos serviços.

Parágrafo único. No caso de serviços, a subdivisão se dará em função da unidade de medida adotada para aferição dos produtos e resultados esperados, e será observada a demanda específica de cada órgão ou entidade participante do certame. Nestes casos, deverá ser evitada a contratação, num mesmo órgão e entidade, de mais de uma empresa para a execução de um mesmo serviço em uma mesma localidade, com vistas a assegurar a responsabilidade contratual e o princípio da padronização.

Art. 6º Ao preço do primeiro colocado poderão ser registrados tantos fornecedores quantos necessários para que, em função das propostas apresentadas, seja atingida a quantidade total estimada para o item ou lote, observando-se o seguinte:

I - o preço registrado e a indicação dos respectivos fornecedores serão divulgados em órgão oficial da Administração e ficarão disponibilizados durante a vigência da Ata de Registro de Preços;

II - quando das contratações decorrentes do registro de preços deverá ser respeitada a ordem de classificação das empresas constantes da Ata; e

III - os órgãos participantes do registro de preços deverão, quando da necessidade de contratação, recorrerem ao órgão gerenciador da Ata de Registro de Preços, para que este proceda a indicação do fornecedor e respectivos preços a serem praticados.

Parágrafo único. Excepcionalmente, a critério do órgão gerenciador, quando a quantidade do primeiro colocado não for suficiente para as demandas estimadas, desde que se trate de objetos de qualidade ou desempenho superior, devidamente justificada e comprovada a vantagem, e as ofertas sejam em valor inferior ao máximo admitido, poderão ser registrados outros preços.

Art. 7º A existência de preços registrados não obriga a Administração a firmar as contratações que deles poderão advir, facultando-se a realização de licitação específica para a aquisição pretendida, sendo assegurado ao beneficiário do registro a preferência de fornecimento em igualdade de condições.

Art. 8º A Ata de Registro de Preços, durante sua vigência, poderá ser utilizada por qualquer órgão ou entidade da Administração que não tenha participado do certame licitatório, mediante prévia consulta ao órgão gerenciador, desde que devidamente comprovada a vantagem.

§ 1º Os órgãos e entidades que não participaram do registro de preços, quando desejarem fazer uso da Ata de Registro de Preços, deverão manifestar seu interesse junto ao órgão gerenciador da Ata, para que este indique os possíveis fornecedores e respectivos preços a serem praticados, obedecida a ordem de classificação.

§ 2º Caberá ao fornecedor beneficiário da Ata de Registro de Preços, observadas as condições nela estabelecidas, optar pela aceitação ou não do fornecimento, independentemente dos quantitativos registrados em Ata, desde que este fornecimento não prejudique as obrigações anteriormente assumidas.

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§ 3o As aquisições ou contratações adicionais a que se refere este artigo não poderão exceder, por órgão ou entidade, a cem por cento dos quantitativos registrados na Ata de Registro de Preços.(Incluído pelo Decreto nº 4.342, de 23.8.2002)

Art. 9º O edital de Concorrência para Registro de Preços contemplará, pelo menos:

Art. 9º O edital de licitação para registro de preços contemplará, no mínimo: (Redação dada pelo Decreto nº 4.342, de 23.8.2002)

I - a especificação/descrição do objeto, explicitando o conjunto de elementos necessários e suficientes, com nível de precisão adequado, para a caracterização do bem ou serviço, inclusive definindo as respectivas unidades de medida usualmente adotadas;

II - a estimativa de quantidades a serem adquiridas no prazo de validade do registro;

III - o preço unitário máximo que a Administração se dispõe a pagar, por contratação, consideradas as regiões e as estimativas de quantidades a serem adquiridas;

IV - a quantidade mínima de unidades a ser cotada, por item, no caso de bens;

V - as condições quanto aos locais, prazos de entrega, forma de pagamento e, complementarmente, nos casos de serviços, quando cabíveis, a freqüência, periodicidade, características do pessoal, materiais e equipamentos a serem fornecidos e utilizados, procedimentos a serem seguidos, cuidados, deveres, disciplina e controles a serem adotados;

VI - o prazo de validade do registro de preço;

VII - os órgãos e entidades participantes do respectivo registro de preço;

VIII - os modelos de planilhas de custo, quando cabíveis, e as respectivas minutas de contratos, no caso de prestação de serviços; e

IX - as penalidades a serem aplicadas por descumprimento das condições estabelecidas.

§ 1º O edital poderá admitir, como critério de adjudicação, a oferta de desconto sobre tabela de preços praticados no mercado, nos casos de peças de veículos, medicamentos, passagens aéreas, manutenções e outros similares.

§ 2º Quando o edital prever o fornecimento de bens ou prestação de serviços em locais diferentes, é facultada a exigência de apresentação de proposta diferenciada por região, de modo que aos preços sejam acrescidos os respectivos custos, variáveis por região.

Art. 10. Homologado o resultado da licitação, o órgão gerenciador, respeitada a ordem de classificação e a quantidade de fornecedores a serem registrados, convocará os interessados para assinatura da Ata de Registro de Preços que, após cumpridos os requisitos de publicidade, terá efeito de compromisso de fornecimento nas condições estabelecidas.

Art. 11. A contratação com os fornecedores registrados, após a indicação pelo órgão gerenciador do registro de preços, será formalizada pelo órgão interessado, por intermédio de instrumento contratual, emissão de nota de empenho de despesa, autorização de compra ou outro instrumento similar, conforme o disposto no art. 62 da Lei nº 8.666, de 1993.

Art. 12. A Ata de Registro de Preços poderá sofrer alterações, obedecidas as disposições contidas no art. 65 da Lei nº 8.666, de 1993.

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§ 1º O preço registrado poderá ser revisto em decorrência de eventual redução daqueles praticados no mercado, ou de fato que eleve o custo dos serviços ou bens registrados, cabendo ao órgão gerenciador da Ata promover as necessárias negociações junto aos fornecedores.

§ 2º Quando o preço inicialmente registrado, por motivo superveniente, tornar-se superior ao preço praticado no mercado o órgão gerenciador deverá:

I - convocar o fornecedor visando a negociação para redução de preços e sua adequação ao praticado pelo mercado;

II - frustrada a negociação, o fornecedor será liberado do compromisso assumido; e

III - convocar os demais fornecedores visando igual oportunidade de negociação.

§ 3º Quando o preço de mercado tornar-se superior aos preços registrados e o fornecedor, mediante requerimento devidamente comprovado, não puder cumprir o compromisso, o órgão gerenciador poderá:

I - liberar o fornecedor do compromisso assumido, sem aplicação da penalidade, confirmando a veracidade dos motivos e comprovantes apresentados, e se a comunicação ocorrer antes do pedido de fornecimento; e

II - convocar os demais fornecedores visando igual oportunidade de negociação.

§ 4º Não havendo êxito nas negociações, o órgão gerenciador deverá proceder à revogação da Ata de Registro de Preços, adotando as medidas cabíveis para obtenção da contratação mais vantajosa.

Art. 13. O fornecedor terá seu registro cancelado quando:

I - descumprir as condições da Ata de Registro de Preços;

II - não retirar a respectiva nota de empenho ou instrumento equivalente, no prazo estabelecido pela Administração, sem justificativa aceitável;

III - não aceitar reduzir o seu preço registrado, na hipótese de este se tornar superior àqueles praticados no mercado; e

IV - tiver presentes razões de interesse público.

§ 1º O cancelamento de registro, nas hipóteses previstas, assegurados o contraditório e a ampla defesa, será formalizado por despacho da autoridade competente do órgão gerenciador.

§ 2º O fornecedor poderá solicitar o cancelamento do seu registro de preço na ocorrência de fato superveniente que venha comprometer a perfeita execução contratual, decorrentes de caso fortuito ou de força maior devidamente comprovados.

Art. 14. Poderá ser utilizado recursos de tecnologia da informação nos procedimentos e atribuições de que trata este Decreto, na forma prevista em regulamentação específica.

Art. 14. Poderão ser utilizados recursos de tecnologia da informação na operacionalização das disposições de que trata este Decreto, bem assim na automatização dos procedimentos inerentes aos controles e atribuições dos órgãos gerenciador e participante.(Redação dada pelo Decreto nº 4.342, de 23.8.2002)

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Art. 15. O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão poderá editar normas complementares a este Decreto.

Art. 16. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 17. Revoga-se o Decreto nº 2.743, de 21 de agosto de 1998.

Brasília, 19 de setembro de 2001; 180º da Independência e 113º da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Martus Tavares

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ANEXO 07: PORTARIA Nº 306, DE 13 DE DEZEMBRO DE 2001.

MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO

GABINETE DO MINISTRO

O MINISTRO DE ESTADO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO, no uso das atribuições que lhe confere o Decreto nº 3.858, de 4 de julho de 2001 e tendo em vista o disposto no Decreto nº 1.094, de 23 de março de 1994,

Considerando a necessidade de dotar de maior transparência os processos de aquisição de bens de pequeno valor, por dispensa de licitação, com fundamento no Inciso II do Art. 24 da Lei nº 8.666, de 21 junho de 1993;

Considerando a necessidade de se buscar a redução de custos, em função do aumento da competitividade; e

Considerando a necessidade de racionalizar procedimentos, propiciando maior agilidade aos referidos processos de aquisição;

RESOLVE:

Art. 1º Aprovar a implantação do Sistema de Cotação Eletrônica de Preços - módulo do Sistema Integrado de Administração de Serviços Gerais - SIASG - cujo funcionamento será regido pelo disposto no Anexo I - "Instruções Gerais e Procedimentos para Utilização do Sistema de Cotação Eletrônica de Preços" e no Anexo II - "Condições Gerais da Contratação", com vistas a ampliar a competitividade e racionalizar os procedimentos de aquisição de bens de pequeno valor, por dispensa de licitação, com fundamento do Inciso II do Art. 24 da Lei nº 8.666, de 1993.

Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

MARTUS TAVARES

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ANEXO 08: LEI No 10.520, DE 17 DE JULHO DE 2002.

Institui, no âmbito da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, nos termos do art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, modalidade de licitação denominada pregão, para aquisição de bens e serviços comuns, e dá outras providências

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º Para aquisição de bens e serviços comuns, poderá ser adotada a licitação na modalidade de pregão, que será regida por esta Lei.

Parágrafo único. Consideram-se bens e serviços comuns, para os fins e efeitos deste artigo, aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações usuais no mercado.

Art. 2º (VETADO)

§ 1º Poderá ser realizado o pregão por meio da utilização de recursos de tecnologia da informação, nos termos de regulamentação específica.

§ 2º Será facultado, nos termos de regulamentos próprios da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, a participação de bolsas de mercadorias no apoio técnico e operacional aos órgãos e entidades promotores da modalidade de pregão, utilizando-se de recursos de tecnologia da informação.

§ 3º As bolsas a que se referem o § 2o deverão estar organizadas sob a forma de sociedades civis sem fins lucrativos e com a participação plural de corretoras que operem sistemas eletrônicos unificados de pregões.

Art. 3º A fase preparatória do pregão observará o seguinte:

I - a autoridade competente justificará a necessidade de contratação e definirá o objeto do certame, as exigências de habilitação, os critérios de aceitação das propostas, as sanções por inadimplemento e as cláusulas do contrato, inclusive com fixação dos prazos para fornecimento;

II - a definição do objeto deverá ser precisa, suficiente e clara, vedadas especificações que, por excessivas, irrelevantes ou desnecessárias, limitem a competição;

III - dos autos do procedimento constarão a justificativa das definições referidas no inciso I deste artigo e os indispensáveis elementos técnicos sobre os quais estiverem apoiados, bem como o orçamento, elaborado pelo órgão ou entidade promotora da licitação, dos bens ou serviços a serem licitados; e

IV - a autoridade competente designará, dentre os servidores do órgão ou entidade promotora da licitação, o pregoeiro e respectiva equipe de apoio, cuja atribuição inclui, dentre outras, o recebimento das propostas e lances, a análise de sua aceitabilidade e sua classificação, bem como a habilitação e a adjudicação do objeto do certame ao licitante vencedor.

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§ 1º A equipe de apoio deverá ser integrada em sua maioria por servidores ocupantes de cargo efetivo ou emprego da administração, preferencialmente pertencentes ao quadro permanente do órgão ou entidade promotora do evento.

§ 2º No âmbito do Ministério da Defesa, as funções de pregoeiro e de membro da equipe de apoio poderão ser desempenhadas por militares

Art. 4º A fase externa do pregão será iniciada com a convocação dos interessados e observará as seguintes regras:

I - a convocação dos interessados será efetuada por meio de publicação de aviso em diário oficial do respectivo ente federado ou, não existindo, em jornal de circulação local, e facultativamente, por meios eletrônicos e conforme o vulto da licitação, em jornal de grande circulação, nos termos do regulamento de que trata o art. 2º;

II - do aviso constarão a definição do objeto da licitação, a indicação do local, dias e horários em que poderá ser lida ou obtida a íntegra do edital;

III - do edital constarão todos os elementos definidos na forma do inciso I do art. 3º, as normas que disciplinarem o procedimento e a minuta do contrato, quando for o caso;

IV - cópias do edital e do respectivo aviso serão colocadas à disposição de qualquer pessoa para consulta e divulgadas na forma da Lei no 9.755, de 16 de dezembro de 1998;

V - o prazo fixado para a apresentação das propostas, contado a partir da publicação do aviso, não será inferior a 8 (oito) dias úteis;

VI - no dia, hora e local designados, será realizada sessão pública para recebimento das propostas, devendo o interessado, ou seu representante, identificar-se e, se for o caso, comprovar a existência dos necessários poderes para formulação de propostas e para a prática de todos os demais atos inerentes ao certame;

VII - aberta a sessão, os interessados ou seus representantes, apresentarão declaração dando ciência de que cumprem plenamente os requisitos de habilitação e entregarão os envelopes contendo a indicação do objeto e do preço oferecidos, procedendo-se à sua imediata abertura e à verificação da conformidade das propostas com os requisitos estabelecidos no instrumento convocatório;

VIII - no curso da sessão, o autor da oferta de valor mais baixo e os das ofertas com preços até 10% (dez por cento) superiores àquela poderão fazer novos lances verbais e sucessivos, até a proclamação do vencedor;

IX - não havendo pelo menos 3 (três) ofertas nas condições definidas no inciso anterior, poderão os autores das melhores propostas, até o máximo de 3 (três), oferecer novos lances verbais e sucessivos, quaisquer que sejam os preços oferecidos;

X - para julgamento e classificação das propostas, será adotado o critério de menor preço, observados os prazos máximos para fornecimento, as especificações técnicas e parâmetros mínimos de desempenho e qualidade definidos no edital;

XI - examinada a proposta classificada em primeiro lugar, quanto ao objeto e valor, caberá ao pregoeiro decidir motivadamente a respeito da sua aceitabilidade;

XII - encerrada a etapa competitiva e ordenadas as ofertas, o pregoeiro procederá à abertura do invólucro contendo os documentos de habilitação do licitante que apresentou a melhor proposta, para verificação do atendimento das condições fixadas no edital;

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XIII - a habilitação far-se-á com a verificação de que o licitante está em situação regular perante a Fazenda Nacional, a Seguridade Social e o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS, e as Fazendas Estaduais e Municipais, quando for o caso, com a comprovação de que atende às exigências do edital quanto à habilitação jurídica e qualificações técnica e econômico-financeira;

XIV - os licitantes poderão deixar de apresentar os documentos de habilitação que já constem do Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores – Sicaf e sistemas semelhantes mantidos por Estados, Distrito Federal ou Municípios, assegurado aos demais licitantes o direito de acesso aos dados nele constantes;

XV - verificado o atendimento das exigências fixadas no edital, o licitante será declarado vencedor;

XVI - se a oferta não for aceitável ou se o licitante desatender às exigências habilitatórias, o pregoeiro examinará as ofertas subseqüentes e a qualificação dos licitantes, na ordem de classificação, e assim sucessivamente, até a apuração de uma que atenda ao edital, sendo o respectivo licitante declarado vencedor;

XVII - nas situações previstas nos incisos XI e XVI, o pregoeiro poderá negociar diretamente com o proponente para que seja obtido preço melhor;

XVIII - declarado o vencedor, qualquer licitante poderá manifestar imediata e motivadamente a intenção de recorrer, quando lhe será concedido o prazo de 3 (três) dias para apresentação das razões do recurso, ficando os demais licitantes desde logo intimados para apresentar contra-razões em igual número de dias, que começarão a correr do término do prazo do recorrente, sendo-lhes assegurada vista imediata dos autos;

XIX - o acolhimento de recurso importará a invalidação apenas dos atos insuscetíveis de aproveitamento;

XX - a falta de manifestação imediata e motivada do licitante importará a decadência do direito de recurso e a adjudicação do objeto da licitação pelo pregoeiro ao vencedor;

XXI - decididos os recursos, a autoridade competente fará a adjudicação do objeto da licitação ao licitante vencedor;

XXII - homologada a licitação pela autoridade competente, o adjudicatário será convocado para assinar o contrato no prazo definido em edital; e

XXIII - se o licitante vencedor, convocado dentro do prazo de validade da sua proposta, não celebrar o contrato, aplicar-se-á o disposto no inciso XVI.

Art. 5º É vedada a exigência de:

I - garantia de proposta;

II - aquisição do edital pelos licitantes, como condição para participação no certame; e

III - pagamento de taxas e emolumentos, salvo os referentes a fornecimento do edital, que não serão superiores ao custo de sua reprodução gráfica, e aos custos de utilização de recursos de tecnologia da informação, quando for o caso.

Art. 6º O prazo de validade das propostas será de 60 (sessenta) dias, se outro não estiver fixado no edital.

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Art. 7º Quem, convocado dentro do prazo de validade da sua proposta, não celebrar o contrato, deixar de entregar ou apresentar documentação falsa exigida para o certame, ensejar o retardamento da execução de seu objeto, não mantiver a proposta, falhar ou fraudar na execução do contrato, comportar-se de modo inidôneo ou cometer fraude fiscal, ficará impedido de licitar e contratar com a União, Estados, Distrito Federal ou Municípios e, será descredenciado no Sicaf, ou nos sistemas de cadastramento de fornecedores a que se refere o inciso XIV do art. 4o desta Lei, pelo prazo de até 5 (cinco) anos, sem prejuízo das multas previstas em edital e no contrato e das demais cominações legais.

Art. 8º Os atos essenciais do pregão, inclusive os decorrentes de meios eletrônicos, serão documentados no processo respectivo, com vistas à aferição de sua regularidade pelos agentes de controle, nos termos do regulamento previsto no art. 2º.

Art. 9º Aplicam-se subsidiariamente, para a modalidade de pregão, as normas da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993.

Art. 10. Ficam convalidados os atos praticados com base na Medida Provisória nº 2.182-18, de 23 de agosto de 2001.

Art. 11. As compras e contratações de bens e serviços comuns, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, quando efetuadas pelo sistema de registro de preços previsto no art. 15 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, poderão adotar a modalidade de pregão, conforme regulamento específico.

Art. 12. A Lei nº 10.191, de 14 de fevereiro de 2001, passa a vigorar acrescida do seguinte artigo:

“Art. 2-A. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão adotar, nas licitações de registro de preços destinadas à aquisição de bens e serviços comuns da área da saúde, a modalidade do pregão, inclusive por meio eletrônico, observando-se o seguinte:

I - são considerados bens e serviços comuns da área da saúde, aqueles necessários ao atendimento dos órgãos que integram o Sistema Único de Saúde, cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos no edital, por meio de especificações usuais do mercado.

II - quando o quantitativo total estimado para a contratação ou fornecimento não puder ser atendido pelo licitante vencedor, admitir-se-á a convocação de tantos licitantes quantos forem necessários para o atingimento da totalidade do quantitativo, respeitada a ordem de classificação, desde que os referidos licitantes aceitem praticar o mesmo preço da proposta vencedora.

III - na impossibilidade do atendimento ao disposto no inciso II, excepcionalmente, poderão ser registrados outros preços diferentes da proposta vencedora, desde que se trate de objetos de qualidade ou desempenho superior, devidamente justificada e comprovada a vantagem, e que as ofertas sejam em valor inferior ao limite máximo admitido.”

Art. 13. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 17 de julho de 2002; 181º da Independência e 114º da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Pedro Malan Guilherme Gomes Dias

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ANEXO 09: INSTRUÇÃO NORMATIVA N° 01, DE 08 DE AGOSTO DE 2002.

Estabelece procedimentos destinados à operacionalização dos módulos que menciona, para o Sistema Integrado de Administração de Serviços Gerais - SIASG, nos órgãos da Presidência da República, nos Ministérios, nas Autarquias e nas Fundações que integram o Sistema de Serviços Gerais - SISG, assim como os demais órgãos e entidades que utilizam o SIASG.

MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO SECRETARIA DE LOGÍSTICA E TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

O SECRETÁRIO DE LOGÍSTICA E TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO DO MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO, no uso das atribuições que lhe confere o Decreto nº 3.858, de 4 de julho de 2001 e tendo em vista o disposto no art. 3º do Decreto nº 1.094, de 23 de março de 1994 e nos arts. 3º, 21 e 115, todos da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, resolve:

Art. 1º Expedir a presente Instrução Normativa, com objetivo de estabelecer procedimentos destinados à operacionalização dos módulos do Sistema Integrado de Administração de Serviços Gerais - SIASG, nos seguintes termos:

I - Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores - SICAF: Registro cadastral único, cujo objetivo é habilitar pessoas físicas e jurídicas cadastradas no Sistema, mediante a apresentação da documentação estipulada nos incisos I, III e IV do art. 27, quando for o caso, combinados com os arts. 28, 29 e 31, todos da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, possibilitando a análise quanto à habilitação jurídica, regularidade fiscal e qualificação econômico-financeira. II - Catálogo de Materiais - CATMAT: Permite a catalogação dos materiais destinados às atividades fins e meios da Administração Pública Federal, de acordo com critérios adotados no Federal Supply Classification e a identificação dos itens catalogados com os padrões de desempenho desejados. III - Catálogo de Serviços - CATSER: Permite a catalogação dos serviços destinados às atividades fins e meios da Administração Pública Federal, de acordo com critérios adotados no Federal Supply Classification e a identificação dos itens catalogados com os padrões de desempenho desejados. IV - Sistema de Divulgação Eletrônica de Compras - SIDEC: Realiza o cadastramento de processos de compras e contratações efetuados pela Administração Pública Federal, em todo o território nacional, e o conseqüente envio eletrônico de matérias relativas aos avisos e editais de licitação, dispensa e inexigibilidade e dos resultados, à Imprensa Nacional, disponibilizando, ainda, no Portal de Compras do Governo Federal - www.comprasnet.gov.br, os avisos, os editais e os resultados de licitações. V - Sistema de Preços Praticados - SISPP: Registra os valores praticados nos processos de contratações governamentais, discriminados por unidade de medidas de padrão legal e marcas, com vistas a subsidiar o gestor, a cada processo, na estimativa da contratação e antes da respectiva homologação, para confirmar se o preço a ser contratado é compatível com o praticado pela Administração Pública Federal. VI - Sistema de Minuta de Empenho - SISME: Possibilita a elaboração da minuta de empenho, no SIASG, com o respectivo envio ao Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal - SIAFI, gerando a Nota de Empenho. VII - Sistema de Gestão de Contratos - SICON: Efetua o cadastramento dos extratos de contratos firmados pela Administração Pública Federal e o envio eletrônico, para publicação, pela Imprensa Nacional, bem como o acompanhamento da execução contratual, por intermédio do respectivo cronograma físico-financeiro, disponibilizando- os no COMPRASNET. VIII - Portal de Compras do Governo Federal - COMPRASNET: Permite o acesso, pela Internet, no endereço www.comprasnet.gov.br, às informações sobre as licitações e contratações da

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Administração Pública Federal, disponibilizando, ainda, a legislação vigente, os editais, as publicações e opção para o cadastramento dos fornecedores no módulo Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores - SICAF, e viabilizando o acesso ao SIASG e COMPRASNET, dos usuários dos órgãos públicos que utilizam os sistemas.

§ 1º Os órgãos e entidades integrantes do Sistema de Serviços Gerais - SISG, bem como os demais que utilizam o SIASG, ficam obrigados à adoção dos procedimentos estabelecidos nesta Instrução Normativa, visando à desejada otimização da sistemática de licitações e contratações da Administração Pública Federal.

§ 2º A relação de preços praticados, a que se refere o inciso V desta Instrução Normativa, está disponibilizada no módulo Gerencial do SIASG - Consultas Preços Praticados, podendo, também ser acessada pelo COMPRASNET, cuja impressão será anexada ao processo, devendo a consulta, quando for o caso, referir-se ao trimestre imediatamente anterior ao da aquisição que se pretende realizar, no respectivo Estado da Federação.

Art. 2º As notas de empenho relativas às compras e contratações emitidas pelos órgãos e entidades serão geradas, por intermédio do módulo Minuta de Empenho / SIASG, de acordo com o lançamento, no SISPP, dos preços homologados, independentemente de se originarem de processo licitatório, dispensa ou inexigibilidade.

Art. 3º Os pregões presenciais e eletrônicos serão realizados por intermédio do COMPRASNET, precedidos das inclusões dos respectivos avisos e editais, assim como das suas publicações, via SIDEC, publicados pela Imprensa Nacional e conseqüente divulgação no Portal.

Art. 4º As licitações dos órgãos e entidades integrantes do SISG, assim como os demais que optarem por utilizar o SIASG, deverão ser registradas no SIDEC, com os respectivos códigos de bens ou serviços constantes do Catálogo de Materiais - CATMAT e do Catálogo de Serviços - CATSER, independentemente de se tratar de processo licitatório, dispensa e inexigibilidade. Parágrafo único. Os Catálogos de Materiais e Serviços de que trata este artigo encontram-se disponibilizados no SIASG e no COMPRASNET.

Art. 5º Os contratos decorrentes das compras deverão ser registrados no SICON, com as respectivas informações sobre os cronogramas físico-financeiros, precedidos da geração dos empenhos.

§ 1º Os dados referentes aos contratos firmados a partir da publicação desta Instrução Normativa, e dos seus cronogramas físico-financeiros deverão ser registrados, simultaneamente, no SICON;

§ 2º Os cronogramas físico-financeiros provenientes das contratações de serviços continuados ou parcelados, os de manutenção em geral, inclusive os referentes a obras e serviços de engenharia, dos contratos efetuados anteriormente a vigência desta Instrução Normativa, e em vigor, deverão ser registrados até 31 de dezembro de 2002.

Art. 6º Sem prejuízo do disposto no inciso III do art. 21 da Lei nº 8.666, de 1993, os avisos de licitações, bem como as suas alterações, revogações ou anulações, os resultados parciais ou finais, deverão ser remetidas eletronicamente pelas Unidades Administrativas de Serviços Gerais - UASG, para publicação pela Imprensa Nacional, por intermédio de rotina específica do SIDEC.

§ 1º As informações sobre convites, bem como as alterações requeridas deverão ser registradas no SIDEC para divulgação no COMPRASNET, facultado à UASG decidir sobre a conveniência e oportunidade de publicação pela Imprensa Nacional.

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§ 2º O custo de publicação de cada matéria, na Imprensa Nacional, será de responsabilidade da UASG que, ao efetuar a confirmação no Sistema, reconhecerá a existência do débito correspondente, com faturamento, automaticamente.

Art. 7º As licitações e as contratações informadas, respectivamente, ao SIDEC e ao SICON, devem ter publicações efetivadas no primeiro dia útil subseqüente ao da inclusão no Sistema, observado o horário estabelecido para a remessa das matérias à Imprensa Nacional, com agendamento para datas futuras, a critério do gestor da UASG. Parágrafo único. A UASG interessada deverá verificar se o aviso ou resumo do edital correspondente foi devidamente publicado no Diário Oficial da União, na data selecionada, procedendo às correções porventura necessárias, por meio do SIDEC, anexando o comprovante de publicação do aviso ou do edital ao respectivo processo.

Art. 8º A base de dados do SIDEC será disponibilizada às UASGs, por intermédio do SIASG e do COMPRASNET.

Art. 9º As hipóteses de dispensas de licitações previstas nos §§ 2º e 4º do art. 17, nos incisos III a XX do art. 24 e as situações de inexigibilidade referidas no art. 25, todos da Lei nº 8.666, de 1993, devem ser registradas e publicadas no Diário Oficial da União, por intermédio do SIDEC, após a ratificação pela autoridade superior. Parágrafo único. As compras por dispensas previstas nos incisos I e II do art. 24 do referido diploma legal, ainda que liberadas de publicação, devem ser informadas ao SIDEC, independentemente de valor.

Art. 10. As dúvidas porventura suscitadas sobre as matérias tratadas nesta Instrução Normativa, e normas complementares, serão atendidas pelo Departamento de Logística e Serviços Gerais - DLSG, da Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação - SLTI, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.

Art. 11. Ficam revogadas as Instruções Normativas MARE nº 3, de 20 de fevereiro de 1997, publicada no D. O.U. de 21 de fevereiro de 1997, MOG nº 3, de 31 de março de 1999, publicada no D.O.U. de 1º de abril de 1999 e SEAP nº 4, de 8 de abril de 1999, publicada no D.O.U. de 9 de abril de 1999.

Art. 12. Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

SOLON LEMOS PINTO (Of. El. nº 298/2002) D.O.U., 09/08/2002

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ANEXO 10: DECRETO Nº 4.342, DE 23 DE AGOSTO DE 2002

Altera dispositivos do Decreto nº 3.931, de 19 de setembro de 2001, que regulamenta o Sistema de Registro de Preços previsto no art. 15 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, alínea "a", da Constituição, e tendo em vista o disposto nos arts. 15 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, e 11 da Lei nº 10.520, de 17 de julho de 2002,

DECRETA: Art. 1º O Decreto nº 3.931, de 19 de setembro de 2001, passa a vigorar com as seguintes alterações:

" Art. 1º As contratações de serviços e a aquisição de bens, quando efetuadas pelo Sistema de Registro de Preços, no âmbito da Administração Federal direta, autárquica e fundacional, fundos especiais, empresas públicas, sociedades de economia mista e demais entidades controladas, direta ou indiretamente pela União, obedecerão ao disposto neste Decreto. Parágrafo único. .......................................................... I - Sistema de Registro de Preços - SRP - conjunto de procedimentos para registro formal de preços relativos à prestação de serviços e aquisição de bens, para contratações futuras;

................................................. " (NR)

" Art. 3º A licitação para registro de preços será realizada na modalidade de concorrência ou de pregão, do tipo menor preço, nos termos das Leis nºs 8.666, de 21 de julho de 1993, e 10.520, de 17 de julho de 2002, e será precedida de ampla pesquisa de mercado. § 1º Excepcionalmente poderá ser adotado, na modalidade de concorrência, o tipo técnica e preço, a critério do órgão gerenciador e mediante despacho devidamente fundamentado da autoridade máxima do órgão ou entidade. .................................................. " (NR)

" Art. 4º ................................................. § 1º Os contratos decorrentes do SRP terão sua vigência conforme as disposições contidas nos instrumentos convocatórios e respectivos contratos, obedecido o disposto no art. 57 da Lei nº 8.666, de 1993. ................................................. " (NR)

" Art. 8º ................................................. .................................................

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§ 3º As aquisições ou contratações adicionais a que se refere este artigo não poderão exceder, por órgão ou entidade, a cem por cento dos quantitativos registrados na Ata de Registro de Preços. " (NR)

" Art. 9º O edital de licitação para registro de preços contemplará, no mínimo: ................................................. " (NR)

" Art. 14. Poderão ser utilizados recursos de tecnologia da informação na operacionalização das disposições de que trata este Decreto, bem assim na automatização dos procedimentos inerentes aos controles e atribuições dos órgãos gerenciador e participante. " (NR)

Art. 2º. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 23 de agosto de 2002; 181º da Independência e 114º da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Guilherme Gomes Dias

RETIFICAÇÃO

DECRETO Nº 4.342, DE 23 DE AGOSTO DE 2002(Publicado no Diário Oficial da União de 26 de agosto de 2002, Seção 1, página 1) No art. 1º, onde se lê: "Art. 3º ... , nos termos das Leis nº 8.666, de 21 de julho de 1993, ..." leia-se: "Art. 3º ... , nos termos das Leis nº 8.666, de 21 de junho de 1993, ..."

Publicação:

• Diário Oficial da União - Seção 1 - 26/08/2002 , Página 1 (Publicação Original) • Diário Oficial da União - Seção 1 - 30/08/2002 , Página 6 (Retificação)

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ANEXO 11: DECRETO Nº 4.485, DE 25 DE NOVEMBRO DE 2002.

Dá nova redação a dispositivos do Decreto nº 3.722, de 9 de janeiro de 2001, que regulamenta o art. 34 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, e dispõe sobre o Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores - SICAF.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, alínea "a", da Constituição,

DECRETA:

Art. 1º Os dispositivos indicados do Decreto no 3.722, de 9 de janeiro de 2001, passam a vigorar com a seguinte redação: "Art. 1º O Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores – SICAF constitui o registro cadastral do Poder Executivo Federal, na forma definida neste Decreto, mantido pelos órgãos e entidades que compõem o Sistema de Serviços Gerais - SISG, nos termos do Decreto nº 1.094, de 13 de março de 1994. § 1º A habilitação dos fornecedores em licitação, dispensa, inexigibilidade e nos contratos administrativos pertinentes à aquisição de bens e serviços, inclusive de obras e publicidade, e a alienação e locação poderá ser comprovada por meio de prévia e regular inscrição cadastral no SICAF: I - como condição necessária para emissão de nota de empenho, cada administração deverá realizar prévia consulta ao SICAF, para identificar possível proibição de contratar com o Poder Público; e II - nos casos em que houver necessidade de assinatura do instrumento de contrato, e o proponente homologado não estiver inscrito no SICAF, o seu cadastramento deverá ser feito pela Administração, sem ônus para o proponente, antes da contratação, com base no reexame da documentação apresentada para habilitação, devidamente atualizada. § 2º O SICAF deverá conter os registros dos interessados diante da habilitação jurídica, a regularidade fiscal e qualificação econômico-financeira, bem como das sanções aplicadas pela Administração Pública relativas ao impedimento para contratar com o Poder Público, conforme previsto na legislação. § 3o Excetuam-se das exigências para habilitação prévia no SICAF as relativas à qualificação técnica da interessada, as quais somente serão demandadas quando a situação o exigir." (NR) "Art. 3o Os editais de licitação para as contratações referidas no § 1o do art. 1o deverão conter cláusula permitindo a comprovação da regularidade fiscal, da qualificação econômico-financeira e da habilitação jurídica por meio de cadastro no SICAF, definindo dia, hora e local para verificação on line, no Sistema. Parágrafo único. Para a habilitação regulamentada neste Decreto, o interessado deverá atender às condições exigidas para cadastramento no SICAF, até o terceiro dia útil anterior à data prevista para recebimento das propostas." (NR) Art. 2o Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Art. 3o Fica revogado o art. 5o do Decreto no 3.722, de 9 de janeiro de 2001.

Brasília, 25 de novembro de 2002; 181o da Independência e 114o da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Guilherme Gomes Dias

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ANEXO 12: PORTARIA NORMATIVA Nº 57, DE 09 DE MAIO DE 2003.

GABINETE DO MINISTRO

O MINISTRO DE ESTADO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO, no uso das

atribuições que lhe foram conferidas pelo Decreto nº 4.638, de 21 de março de 2003, e,

considerando que este Ministério, por meio da Secretaria de Logística e Tecnologia da

Informação - SLTI, é o responsável pelo desenvolvimento e operação do SIASG, e com o

objetivo de subsidiar as políticas públicas de contratação de serviços pela Administração

Pública federal, de acordo com o disposto no Decreto nº 4.691 , de 8 de maio de 2003; resolve:

Art. 1o Os órgãos e entidades integrantes do Sistema de Serviços Gerais - SISG deverão

atualizar, junto ao Sistema Integrado de Administração de Serviços Gerais - SIASG, no módulo

Sistema de Gestão de Contratos - SICON, e para cada item de serviço de todos os contratos

atualmente em vigor, as seguintes informações:

a) Item de serviço contratado - descrição conforme constante no CATSER;

b) Unidade de medida do serviço - conforme tabela constante no CATSER;

c) Quantidade física contratada; e

d) Preço unitário.

Parágrafo único. As atualizações a que se refere este artigo deverão ser realizadas no prazo

de 30 dias, a contar da data da publicação desta Portaria, englobando, exclusivamente, os

contratos referentes a:

a)Vigilância e segurança;

b)Limpeza e conservação;

c)Serviço de transporte de pessoal;

d)Serviço de reprografia;

e)Licença de uso de software, e

f)Serviços de emissão de bilhetes de passagens aéreas.

Art. 2o Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

GUIDO MANTEGA Publicada no D.O de 12/05/2003

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ANEXO 13: DECRETO Nº 5.450, DE 31 DE MAIO DE 2005.

Regulamenta o pregão, na forma eletrônica, para aquisição de bens e serviços comuns, e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto na Lei no 10.520, de 17 de julho de 2002,

DECRETA:

Art. 1o A modalidade de licitação pregão, na forma eletrônica, de acordo com o disposto no § 1o do art. 2o da Lei no 10.520, de 17 de julho de 2002, destina-se à aquisição de bens e serviços comuns, no âmbito da União, e submete-se ao regulamento estabelecido neste Decreto.

Parágrafo único. Subordinam-se ao disposto neste Decreto, além dos órgãos da administração pública federal direta, os fundos especiais, as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e as demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União.

Art. 2o O pregão, na forma eletrônica, como modalidade de licitação do tipo menor preço, realizar-se-á quando a disputa pelo fornecimento de bens ou serviços comuns for feita à distância em sessão pública, por meio de sistema que promova a comunicação pela internet.

§ 1o Consideram-se bens e serviços comuns, aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações usuais do mercado.

§ 2o Para o julgamento das propostas, serão fixados critérios objetivos que permitam aferir o menor preço, devendo ser considerados os prazos para a execução do contrato e do fornecimento, as especificações técnicas, os parâmetros mínimos de desempenho e de qualidade e as demais condições definidas no edital.

§ 3o O sistema referido no caput será dotado de recursos de criptografia e de autenticação que garantam condições de segurança em todas as etapas do certame.

§ 4o O pregão, na forma eletrônica ,será conduzido pelo órgão ou entidade promotora da licitação, com apoio técnico e operacional da Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, que atuará como provedor do sistema eletrônico para os órgãos integrantes do Sistema de Serviços Gerais - SISG.

§ 5o A Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação poderá ceder o uso do seu sistema eletrônico a órgão ou entidade dos Poderes da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, mediante celebração de termo de adesão.

Art. 3o Deverão ser previamente credenciados perante o provedor do sistema eletrônico a autoridade competente do órgão promotor da licitação, o pregoeiro, os membros da equipe de apoio e os licitantes que participam do pregão na forma eletrônica.

§ 1o O credenciamento dar-se-á pela atribuição de chave de identificação e de senha, pessoal e intransferível, para acesso ao sistema eletrônico.

§ 2o No caso de pregão promovido por órgão integrante do SISG, o credenciamento do licitante, bem assim a sua manutenção, dependerá de registro atualizado no Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores - SICAF.

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§ 3o A chave de identificação e a senha poderão ser utilizadas em qualquer pregão na forma eletrônica, salvo quando cancelada por solicitação do credenciado ou em virtude de seu descadastramento perante o SICAF.

§ 4o A perda da senha ou a quebra de sigilo deverá ser comunicada imediatamente ao provedor do sistema, para imediato bloqueio de acesso.

§ 5o O uso da senha de acesso pelo licitante é de sua responsabilidade exclusiva, incluindo qualquer transação efetuada diretamente ou por seu representante, não cabendo ao provedor do sistema ou ao órgão promotor da licitação responsabilidade por eventuais danos decorrentes de uso indevido da senha, ainda que por terceiros.

§ 6o O credenciamento junto ao provedor do sistema implica a responsabilidade legal do licitante e a presunção de sua capacidade técnica para realização das transações inerentes ao pregão na forma eletrônica.

Art. 4o Nas licitações para aquisição de bens e serviços comuns será obrigatória a modalidade pregão, sendo preferencial a utilização da sua forma eletrônica.

§ 1o O pregão deve ser utilizado na forma eletrônica, salvo nos casos de comprovada inviabilidade, a ser justificada pela autoridade competente.

§ 2o Na hipótese de aquisições por dispensa de licitação, fundamentadas no inciso II do art. 24 da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, as unidades gestoras integrantes do SISG deverão adotar, preferencialmente, o sistema de cotação eletrônica, conforme disposto na legislação vigente.

Art. 5o A licitação na modalidade de pregão é condicionada aos princípios básicos da legalidade, impessoalidade, moralidade, igualdade, publicidade, eficiência, probidade administrativa, vinculação ao instrumento convocatório e do julgamento objetivo, bem como aos princípios correlatos da razoabilidade, competitividade e proporcionalidade.

Parágrafo único. As normas disciplinadoras da licitação serão sempre interpretadas em favor da ampliação da disputa entre os interessados, desde que não comprometam o interesse da administração, o princípio da isonomia, a finalidade e a segurança da contratação.

Art. 6o A licitação na modalidade de pregão, na forma eletrônica, não se aplica às contratações de obras de engenharia, bem como às locações imobiliárias e alienações em geral.

Art. 7o Os participantes de licitação na modalidade de pregão, na forma eletrônica, têm direito público subjetivo à fiel observância do procedimento estabelecido neste Decreto, podendo qualquer interessado acompanhar o seu desenvolvimento em tempo real, por meio da internet.

Art. 8o À autoridade competente, de acordo com as atribuições previstas no regimento ou estatuto do órgão ou da entidade, cabe:

I - designar e solicitar, junto ao provedor do sistema, o credenciamento do pregoeiro e dos componentes da equipe de apoio;

II - indicar o provedor do sistema;

III - determinar a abertura do processo licitatório;

IV - decidir os recursos contra atos do pregoeiro quando este mantiver sua decisão;

V - adjudicar o objeto da licitação, quando houver recurso;

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VI - homologar o resultado da licitação; e

VII - celebrar o contrato.

Art. 9o Na fase preparatória do pregão, na forma eletrônica, será observado o seguinte:

I - elaboração de termo de referência pelo órgão requisitante, com indicação do objeto de forma precisa, suficiente e clara, vedadas especificações que, por excessivas, irrelevantes ou desnecessárias, limitem ou frustrem a competição ou sua realização;

II - aprovação do termo de referência pela autoridade competente;

III - apresentação de justificativa da necessidade da contratação;

IV - elaboração do edital, estabelecendo critérios de aceitação das propostas;

V - definição das exigências de habilitação, das sanções aplicáveis, inclusive no que se refere aos prazos e às condições que, pelas suas particularidades, sejam consideradas relevantes para a celebração e execução do contrato e o atendimento das necessidades da administração; e

VI - designação do pregoeiro e de sua equipe de apoio.

§ 1o A autoridade competente motivará os atos especificados nos incisos II e III, indicando os elementos técnicos fundamentais que o apóiam, bem como quanto aos elementos contidos no orçamento estimativo e no cronograma físico-financeiro de desembolso, se for o caso, elaborados pela administração.

§ 2o O termo de referência é o documento que deverá conter elementos capazes de propiciar avaliação do custo pela administração diante de orçamento detalhado, definição dos métodos, estratégia de suprimento, valor estimado em planilhas de acordo com o preço de mercado, cronograma físico-financeiro, se for o caso, critério de aceitação do objeto, deveres do contratado e do contratante, procedimentos de fiscalização e gerenciamento do contrato, prazo de execução e sanções, de forma clara, concisa e objetiva.

Art. 10. As designações do pregoeiro e da equipe de apoio devem recair nos servidores do órgão ou entidade promotora da licitação, ou de órgão ou entidade integrante do SISG.

§ 1o A equipe de apoio deverá ser integrada, em sua maioria, por servidores ocupantes de cargo efetivo ou emprego da administração pública, pertencentes, preferencialmente, ao quadro permanente do órgão ou entidade promotora da licitação.

§ 2o No âmbito do Ministério da Defesa, as funções de pregoeiro e de membro da equipe de apoio poderão ser desempenhadas por militares.

§ 3o A designação do pregoeiro, a critério da autoridade competente, poderá ocorrer para período de um ano, admitindo-se reconduções, ou para licitação específica.

§ 4o Somente poderá exercer a função de pregoeiro o servidor ou o militar que reúna qualificação profissional e perfil adequados, aferidos pela autoridade competente.

Art. 11. Caberá ao pregoeiro, em especial:

I - coordenar o processo licitatório;

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II - receber, examinar e decidir as impugnações e consultas ao edital, apoiado pelo setor responsável pela sua elaboração;

III - conduzir a sessão pública na internet;

IV - verificar a conformidade da proposta com os requisitos estabelecidos no instrumento convocatório;

V - dirigir a etapa de lances;

VI - verificar e julgar as condições de habilitação;

VII - receber, examinar e decidir os recursos, encaminhando à autoridade competente quando mantiver sua decisão;

VIII - indicar o vencedor do certame;

IX - adjudicar o objeto, quando não houver recurso;

X - conduzir os trabalhos da equipe de apoio; e

XI - encaminhar o processo devidamente instruído à autoridade superior e propor a homologação.

Art. 12. Caberá à equipe de apoio, dentre outras atribuições, auxiliar o pregoeiro em todas as fases do processo licitatório.

Art. 13. Caberá ao licitante interessado em participar do pregão, na forma eletrônica:

I - credenciar-se no SICAF para certames promovidos por órgãos da administração pública federal direta, autárquica e fundacional, e de órgão ou entidade dos demais Poderes, no âmbito da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, que tenham celebrado termo de adesão;

II - remeter, no prazo estabelecido, exclusivamente por meio eletrônico, via internet, a proposta e, quando for o caso, seus anexos;

III - responsabilizar-se formalmente pelas transações efetuadas em seu nome, assumindo como firmes e verdadeiras suas propostas e lances, inclusive os atos praticados diretamente ou por seu representante, não cabendo ao provedor do sistema ou ao órgão promotor da licitação responsabilidade por eventuais danos decorrentes de uso indevido da senha, ainda que por terceiros;

IV - acompanhar as operações no sistema eletrônico durante o processo licitatório, responsabilizando-se pelo ônus decorrente da perda de negócios diante da inobservância de quaisquer mensagens emitidas pelo sistema ou de sua desconexão;

V - comunicar imediatamente ao provedor do sistema qualquer acontecimento que possa comprometer o sigilo ou a inviabilidade do uso da senha, para imediato bloqueio de acesso;

VI - utilizar-se da chave de identificação e da senha de acesso para participar do pregão na forma eletrônica; e

VII - solicitar o cancelamento da chave de identificação ou da senha de acesso por interesse próprio.

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Parágrafo único. O fornecedor descredenciado no SICAF terá sua chave de identificação e senha suspensas automaticamente.

Art. 14. Para habilitação dos licitantes, será exigida, exclusivamente, a documentação relativa:

I - à habilitação jurídica;

II - à qualificação técnica;

III - à qualificação econômico-financeira;

IV - à regularidade fiscal com a Fazenda Nacional, o sistema da seguridade social e o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS;

V - à regularidade fiscal perante as Fazendas Estaduais e Municipais, quando for o caso; e

VI - ao cumprimento do disposto no inciso XXXIII do art. 7o da Constituição e no inciso XVIII do art. 78 da Lei no 8.666, de 1993.

Parágrafo único. A documentação exigida para atender ao disposto nos incisos I, III, IV e V deste artigo poderá ser substituída pelo registro cadastral no SICAF ou, em se tratando de órgão ou entidade não abrangida pelo referido Sistema, por certificado de registro cadastral que atenda aos requisitos previstos na legislação geral.

Art. 15. Quando permitida a participação de empresas estrangeiras na licitação, as exigências de habilitação serão atendidas mediante documentos equivalentes, autenticados pelos respectivos consulados ou embaixadas e traduzidos por tradutor juramentado no Brasil.

Art. 16. Quando permitida a participação de consórcio de empresas, serão exigidos:

I - comprovação da existência de compromisso público ou particular de constituição de consórcio, com indicação da empresa-líder, que deverá atender às condições de liderança estipuladas no edital e será a representante das consorciadas perante a União;

II - apresentação da documentação de habilitação especificada no instrumento convocatório por empresa consorciada;

III - comprovação da capacidade técnica do consórcio pelo somatório dos quantitativos de cada consorciado, na forma estabelecida no edital;

IV - demonstração, por empresa consorciada, do atendimento aos índices contábeis definidos no edital, para fins de qualificação econômico-financeira;

V - responsabilidade solidária das empresas consorciadas pelas obrigações do consórcio, nas fases de licitação e durante a vigência do contrato;

VI - obrigatoriedade de liderança por empresa brasileira no consórcio formado por empresas brasileiras e estrangeiras, observado o disposto no inciso I; e

VII - constituição e registro do consórcio antes da celebração do contrato.

Parágrafo único. Fica impedida a participação de empresa consorciada, na mesma licitação, por intermédio de mais de um consórcio ou isoladamente.

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Art. 17. A fase externa do pregão, na forma eletrônica, será iniciada com a convocação dos interessados por meio de publicação de aviso, observados os valores estimados para contratação e os meios de divulgação a seguir indicados:

I - até R$ 650.000,00 (seiscentos e cinqüenta mil reais):

a) Diário Oficial da União; e

b) meio eletrônico, na internet;

II - acima de R$ 650.000,00 (seiscentos e cinqüenta mil reais) até R$ 1.300.000,00 (um milhão e trezentos mil reais):

a) Diário Oficial da União;

b) meio eletrônico, na internet; e

c) jornal de grande circulação local;

III - superiores a R$ 1.300.000,00 (um milhão e trezentos mil reais):

a) Diário Oficial da União;

b) meio eletrônico, na internet; e

c) jornal de grande circulação regional ou nacional.

§ 1o Os órgãos ou entidades integrantes do SISG e os que aderirem ao sistema do Governo Federal disponibilizarão a íntegra do edital, em meio eletrônico, no Portal de Compras do Governo Federal - COMPRASNET, sítio www.comprasnet.gov.br.

§ 2o O aviso do edital conterá a definição precisa, suficiente e clara do objeto, a indicação dos locais, dias e horários em que poderá ser lida ou obtida a íntegra do edital, bem como o endereço eletrônico onde ocorrerá a sessão pública, a data e hora de sua realização e a indicação de que o pregão, na forma eletrônica, será realizado por meio da internet.

§ 3o A publicação referida neste artigo poderá ser feita em sítios oficiais da administração pública, na internet, desde que certificado digitalmente por autoridade certificadora credenciada no âmbito da Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.

§ 4o O prazo fixado para a apresentação das propostas, contado a partir da publicação do aviso, não será inferior a oito dias úteis.

§ 5o Todos os horários estabelecidos no edital, no aviso e durante a sessão pública observarão, para todos os efeitos, o horário de Brasília, Distrito Federal, inclusive para contagem de tempo e registro no sistema eletrônico e na documentação relativa ao certame.

§ 6o Na divulgação de pregão realizado para o sistema de registro de preços, independentemente do valor estimado, será adotado o disposto no inciso III.

Art. 18. Até dois dias úteis antes da data fixada para abertura da sessão pública, qualquer pessoa poderá impugnar o ato convocatório do pregão, na forma eletrônica.

§ 1o Caberá ao pregoeiro, auxiliado pelo setor responsável pela elaboração do edital, decidir sobre a impugnação no prazo de até vinte e quatro horas.

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§ 2o Acolhida a impugnação contra o ato convocatório, será definida e publicada nova data para realização do certame.

Art. 19. Os pedidos de esclarecimentos referentes ao processo licitatório deverão ser enviados ao pregoeiro, até três dias úteis anteriores à data fixada para abertura da sessão pública, exclusivamente por meio eletrônico via internet, no endereço indicado no edital.

Art. 20. Qualquer modificação no edital exige divulgação pelo mesmo instrumento de publicação em que se deu o texto original, reabrindo-se o prazo inicialmente estabelecido, exceto quando, inquestionavelmente, a alteração não afetar a formulação das propostas.

Art. 21. Após a divulgação do edital no endereço eletrônico, os licitantes deverão encaminhar proposta com a descrição do objeto ofertado e o preço e, se for o caso, o respectivo anexo, até a data e hora marcadas para abertura da sessão, exclusivamente por meio do sistema eletrônico, quando, então, encerrar-se-á, automaticamente, a fase de recebimento de propostas.

§ 1o A participação no pregão eletrônico dar-se-á pela utilização da senha privativa do licitante.

§ 2o Para participação no pregão eletrônico, o licitante deverá manifestar, em campo próprio do sistema eletrônico, que cumpre plenamente os requisitos de habilitação e que sua proposta está em conformidade com as exigências do instrumento convocatório.

§ 3o A declaração falsa relativa ao cumprimento dos requisitos de habilitação e proposta sujeitará o licitante às sanções previstas neste Decreto.

§ 4o Até a abertura da sessão, os licitantes poderão retirar ou substituir a proposta anteriormente apresentada.

Art. 22. A partir do horário previsto no edital, a sessão pública na internet será aberta por comando do pregoeiro com a utilização de sua chave de acesso e senha.

§ 1o Os licitantes poderão participar da sessão pública na internet, devendo utilizar sua chave de acesso e senha.

§ 2o O pregoeiro verificará as propostas apresentadas, desclassificando aquelas que não estejam em conformidade com os requisitos estabelecidos no edital.

§ 3o A desclassificação de proposta será sempre fundamentada e registrada no sistema, com acompanhamento em tempo real por todos os participantes.

§ 4o As propostas contendo a descrição do objeto, valor e eventuais anexos estarão disponíveis na internet.

§ 5o O sistema disponibilizará campo próprio para troca de mensagens entre o pregoeiro e os licitantes.

Art. 23. O sistema ordenará, automaticamente, as propostas classificadas pelo pregoeiro, sendo que somente estas participarão da fase de lance.

Art. 24. Classificadas as propostas, o pregoeiro dará início à fase competitiva, quando então os licitantes poderão encaminhar lances exclusivamente por meio do sistema eletrônico.

§ 1o No que se refere aos lances, o licitante será imediatamente informado do seu recebimento e do valor consignado no registro.

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§ 2o Os licitantes poderão oferecer lances sucessivos, observados o horário fixado para abertura da sessão e as regras estabelecidas no edital.

§ 3o O licitante somente poderá oferecer lance inferior ao último por ele ofertado e registrado pelo sistema.

§ 4o Não serão aceitos dois ou mais lances iguais, prevalecendo aquele que for recebido e registrado primeiro.

§ 5o Durante a sessão pública, os licitantes serão informados, em tempo real, do valor do menor lance registrado, vedada a identificação do licitante.

§ 6o A etapa de lances da sessão pública será encerrada por decisão do pregoeiro.

§ 7o O sistema eletrônico encaminhará aviso de fechamento iminente dos lances, após o que transcorrerá período de tempo de até trinta minutos, aleatoriamente determinado, findo o qual será automaticamente encerrada a recepção de lances.

§ 8o Após o encerramento da etapa de lances da sessão pública, o pregoeiro poderá encaminhar, pelo sistema eletrônico, contraproposta ao licitante que tenha apresentado lance mais vantajoso, para que seja obtida melhor proposta, observado o critério de julgamento, não se admitindo negociar condições diferentes daquelas previstas no edital.

§ 9o A negociação será realizada por meio do sistema, podendo ser acompanhada pelos demais licitantes.

§ 10. No caso de desconexão do pregoeiro, no decorrer da etapa de lances, se o sistema eletrônico permanecer acessível aos licitantes, os lances continuarão sendo recebidos, sem prejuízo dos atos realizados.

§ 11. Quando a desconexão do pregoeiro persistir por tempo superior a dez minutos, a sessão do pregão na forma eletrônica será suspensa e reiniciada somente após comunicação aos participantes, no endereço eletrônico utilizado para divulgação.

Art. 25. Encerrada a etapa de lances, o pregoeiro examinará a proposta classificada em primeiro lugar quanto à compatibilidade do preço em relação ao estimado para contratação e verificará a habilitação do licitante conforme disposições do edital.

§ 1o A habilitação dos licitantes será verificada por meio do SICAF, nos documentos por ele abrangidos, quando dos procedimentos licitatórios realizados por órgãos integrantes do SISG ou por órgãos ou entidades que aderirem ao SICAF.

§ 2o Os documentos exigidos para habilitação que não estejam contemplados no SICAF, inclusive quando houver necessidade de envio de anexos, deverão ser apresentados inclusive via fax, no prazo definido no edital, após solicitação do pregoeiro no sistema eletrônico.

§ 3o Os documentos e anexos exigidos, quando remetidos via fax, deverão ser apresentados em original ou por cópia autenticada, nos prazos estabelecidos no edital.

§ 4o Para fins de habilitação, a verificação pelo órgão promotor do certame nos sítios oficiais de órgãos e entidades emissores de certidões constitui meio legal de prova.

§ 5o Se a proposta não for aceitável ou se o licitante não atender às exigências habilitatórias, o pregoeiro examinará a proposta subseqüente e, assim sucessivamente, na ordem de classificação, até a apuração de uma proposta que atenda ao edital.

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§ 6o No caso de contratação de serviços comuns em que a legislação ou o edital exija apresentação de planilha de composição de preços, esta deverá ser encaminhada de imediato por meio eletrônico, com os respectivos valores readequados ao lance vencedor.

§ 7o No pregão, na forma eletrônica, realizado para o sistema de registro de preços, quando a proposta do licitante vencedor não atender ao quantitativo total estimado para a contratação, respeitada a ordem de classificação, poderão ser convocados tantos licitantes quantos forem necessários para alcançar o total estimado, observado o preço da proposta vencedora.

§ 8o Os demais procedimentos referentes ao sistema de registro de preços ficam submetidos à norma específica que regulamenta o art. 15 da Lei no 8.666, de 1993.

§ 9o Constatado o atendimento às exigências fixadas no edital, o licitante será declarado vencedor.

Art. 26. Declarado o vencedor, qualquer licitante poderá, durante a sessão pública, de forma imediata e motivada, em campo próprio do sistema, manifestar sua intenção de recorrer, quando lhe será concedido o prazo de três dias para apresentar as razões de recurso, ficando os demais licitantes, desde logo, intimados para, querendo, apresentarem contra-razões em igual prazo, que começará a contar do término do prazo do recorrente, sendo-lhes assegurada vista imediata dos elementos indispensáveis à defesa dos seus interesses.

§ 1o A falta de manifestação imediata e motivada do licitante quanto à intenção de recorrer, nos termos do caput, importará na decadência desse direito, ficando o pregoeiro autorizado a adjudicar o objeto ao licitante declarado vencedor.

§ 2o O acolhimento de recurso importará na invalidação apenas dos atos insuscetíveis de aproveitamento.

§ 3o No julgamento da habilitação e das propostas, o pregoeiro poderá sanar erros ou falhas que não alterem a substância das propostas, dos documentos e sua validade jurídica, mediante despacho fundamentado, registrado em ata e acessível a todos, atribuindo-lhes validade e eficácia para fins de habilitação e classificação.

Art. 27. Decididos os recursos e constatada a regularidade dos atos praticados, a autoridade competente adjudicará o objeto e homologará o procedimento licitatório.

§ 1o Após a homologação referida no caput, o adjudicatário será convocado para assinar o contrato ou a ata de registro de preços no prazo definido no edital.

§ 2o Na assinatura do contrato ou da ata de registro de preços, será exigida a comprovação das condições de habilitação consignadas no edital, as quais deverão ser mantidas pelo licitante durante a vigência do contrato ou da ata de registro de preços.

§ 3o O vencedor da licitação que não fizer a comprovação referida no § 2o ou quando, injustificadamente, recusar-se a assinar o contrato ou a ata de registro de preços, poderá ser convocado outro licitante, desde que respeitada a ordem de classificação, para, após comprovados os requisitos habilitatórios e feita a negociação, assinar o contrato ou a ata de registro de preços, sem prejuízo das multas previstas em edital e no contrato e das demais cominações legais.

§ 4o O prazo de validade das propostas será de sessenta dias, salvo disposição específica do edital.

Art. 28. Aquele que, convocado dentro do prazo de validade de sua proposta, não assinar o contrato ou ata de registro de preços, deixar de entregar documentação exigida no edital,

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apresentar documentação falsa, ensejar o retardamento da execução de seu objeto, não mantiver a proposta, falhar ou fraudar na execução do contrato, comportar-se de modo inidôneo, fizer declaração falsa ou cometer fraude fiscal, garantido o direito à ampla defesa, ficará impedido de licitar e de contratar com a União, e será descredenciado no SICAF, pelo prazo de até cinco anos, sem prejuízo das multas previstas em edital e no contrato e das demais cominações legais.

Parágrafo único. As penalidades serão obrigatoriamente registradas no SICAF.

Art. 29. A autoridade competente para aprovação do procedimento licitatório somente poderá revogá-lo em face de razões de interesse público, por motivo de fato superveniente devidamente comprovado, pertinente e suficiente para justificar tal conduta, devendo anulá-lo por ilegalidade, de ofício ou por provocação de qualquer pessoa, mediante ato escrito e fundamentado.

§ 1o A anulação do procedimento licitatório induz à do contrato ou da ata de registro de preços.

§ 2o Os licitantes não terão direito à indenização em decorrência da anulação do procedimento licitatório, ressalvado o direito do contratado de boa-fé de ser ressarcido pelos encargos que tiver suportado no cumprimento do contrato.

Art. 30. O processo licitatório será instruído com os seguintes documentos:

I - justificativa da contratação;

II - termo de referência;

III - planilhas de custo, quando for o caso;

IV - previsão de recursos orçamentários, com a indicação das respectivas rubricas;

V - autorização de abertura da licitação;

VI - designação do pregoeiro e equipe de apoio;

VII - edital e respectivos anexos, quando for o caso;

VIII - minuta do termo do contrato ou instrumento equivalente, ou minuta da ata de registro de preços, conforme o caso;

IX - parecer jurídico;

X - documentação exigida para a habilitação;

XI - ata contendo os seguintes registros:

a) licitantes participantes;

b) propostas apresentadas;

c) lances ofertados na ordem de classificação;

d) aceitabilidade da proposta de preço;

e) habilitação; e

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f) recursos interpostos, respectivas análises e decisões;

XII - comprovantes das publicações:

a) do aviso do edital;

b) do resultado da licitação;

c) do extrato do contrato; e

d) dos demais atos em que seja exigida a publicidade, conforme o caso.

§ 1o O processo licitatório poderá ser realizado por meio de sistema eletrônico, sendo que os atos e documentos referidos neste artigo constantes dos arquivos e registros digitais serão válidos para todos os efeitos legais, inclusive para comprovação e prestação de contas.

§ 2o Os arquivos e registros digitais, relativos ao processo licitatório, deverão permanecer à disposição das auditorias internas e externas.

§ 3o A ata será disponibilizada na internet para acesso livre, imediatamente após o encerramento da sessão pública.

Art. 31. O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão estabelecerá instruções complementares ao disposto neste Decreto.

Art. 32. Este Decreto entra em vigor em 1o de julho de 2005.

Art. 33. Fica revogado o Decreto no 3.697, de 21 de dezembro de 2000.

Brasília, de de 2005; 184o da Independência e 117o da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA Paulo Bernardo Silva

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ANEXO 14: DECRETO Nº 5.504, DE 5 DE AGOSTO DE 2005.

Estabelece a exigência de utilização do pregão, preferencialmente na forma eletrônica, para entes públicos ou privados, nas contratações de bens e serviços comuns, realizadas em decorrência de transferências voluntárias de recursos públicos da União, decorrentes de convênios ou instrumentos congêneres, ou consórcios públicos.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso VI, alínea "a", e tendo em vista o disposto no art. 37, inciso XXI, da Constituição, no art. 116 da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, e nas Leis nos 11.107, de 6 de abril de 2005, e 10.520, de 17 de julho de 2002,

DECRETA:

Art. 1o Os instrumentos de formalização, renovação ou aditamento de convênios, instrumentos congêneres ou de consórcios públicos que envolvam repasse voluntário de recursos públicos da União deverão conter cláusula que determine que as obras, compras, serviços e alienações a serem realizadas por entes públicos ou privados, com os recursos ou bens repassados voluntariamente pela União, sejam contratadas mediante processo de licitação pública, de acordo com o estabelecido na legislação federal pertinente.

§ 1o Nas licitações realizadas com a utilização de recursos repassados nos termos do caput, para aquisição de bens e serviços comuns, será obrigatório o emprego da modalidade pregão, nos termos da Lei no 10.520, de 17 de julho de 2002, e do regulamento previsto no Decreto no 5.450, de 31 de maio de 2005, sendo preferencial a utilização de sua forma eletrônica, de acordo com cronograma a ser definido em instrução complementar.

§ 2o A inviabilidade da utilização do pregão na forma eletrônica deverá ser devidamente justificada pelo dirigente ou autoridade competente.

§ 3o Os órgãos, entes e entidades privadas sem fins lucrativos, convenentes ou consorciadas com a União, poderão utilizar sistemas de pregão eletrônico próprios ou de terceiros.

§ 4o Nas situações de dispensa ou inexigibilidade de licitação, as entidades privadas sem fins lucrativos, observarão o disposto no art. 26 da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, devendo a ratificação ser procedida pela instância máxima de deliberação da entidade, sob pena de nulidade.

§ 5o Aplica-se o disposto neste artigo às entidades qualificadas como Organizações Sociais, na forma da Lei no 9.637, de 15 de maio de 1998, e às entidades qualificadas como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público, na forma da Lei no 9.790, de 23 de março de 1999, relativamente aos recursos por elas administrados oriundos de repasses da União, em face dos respectivos contratos de gestão ou termos de parceria.

Art. 2o Os órgãos, entes e instituições convenentes, firmatários de contrato de gestão ou termo de parceria, ou consorciados deverão providenciar a transferência eletrônica de dados, relativos aos contratos firmados com recursos públicos repassados voluntariamente pela União para o Sistema Integrado de Administração de Serviços Gerais - SIASG, de acordo com instrução a ser editada pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.

Art. 3o As transferências voluntárias de recursos públicos da União subseqüentes, relativas ao mesmo ajuste, serão condicionadas à apresentação, pelos convenentes ou consorciados, da

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documentação ou dos registros em meio eletrônico que comprovem a realização de licitação nas alienações e nas contratações de obras, compras e serviços com os recursos repassados a partir da vigência deste Decreto.

Art. 4o Os Ministérios do Planejamento, Orçamento e Gestão e da Fazenda expedirão instrução complementar conjunta para a execução deste Decreto, no prazo de noventa dias, dispondo sobre os limites, prazos e condições para a sua implementação, especialmente em relação ao § 1o do art. 1o, podendo estabelecer as situações excepcionais de dispensa da aplicação do disposto no citado § 1o.

Art. 5o Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 5 de agosto de 2005; 184o da Independência e 117o da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA Antonio Palocci Filho Paulo Bernardo Silva

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ANEXO 15: DECRETO Nº 6.204, DE 5 DE SETEMBRO DE 2007.

Regulamenta o tratamento favorecido, diferenciado e simplificado para as microempresas e empresas de pequeno porte nas contratações públicas de bens, serviços e obras, no âmbito da administração pública federal.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto nos arts. 42, 43, 44, 45, 47, 48 e 49 da Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006,

DECRETA:

Art. 1º Nas contratações públicas de bens, serviços e obras, deverá ser concedido tratamento favorecido, diferenciado e simplificado para as microempresas e empresas de pequeno porte, objetivando:

I - a promoção do desenvolvimento econômico e social no âmbito municipal e regional;

II - ampliação da eficiência das políticas públicas; e

III - o incentivo à inovação tecnológica.

Parágrafo único. Subordinam-se ao disposto neste Decreto, além dos órgãos da administração pública federal direta, os fundos especiais, as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e as demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União.

Art. 2º Para a ampliação da participação das microempresas e empresas de pequeno porte nas licitações, os órgãos ou entidades contratantes deverão, sempre que possível:

I - instituir cadastro próprio, de acesso livre, ou adequar os eventuais cadastros existentes, para identificar as microempresas e empresas de pequeno porte sediadas regionalmente, com as respectivas linhas de fornecimento, de modo a possibilitar a notificação das licitações e facilitar a formação de parcerias e subcontratações;

II - estabelecer e divulgar um planejamento anual das contratações públicas a serem realizadas, com a estimativa de quantitativo e de data das contratações;

III - padronizar e divulgar as especificações dos bens e serviços contratados, de modo a orientar as microempresas e empresas de pequeno porte para que adequem os seus processos produtivos; e

IV - na definição do objeto da contratação, não utilizar especificações que restrinjam, injustificadamente, a participação das microempresas e empresas de pequeno porte sediadas regionalmente.

Parágrafo único. O disposto nos incisos I e III poderá ser realizado de forma centralizada para os órgãos e entidades integrantes do SISG – Sistema de Serviços Gerais e conveniados, conforme dispõe o Decreto 1.094, de 23 de março de 1994.

Art. 3º Na habilitação em licitações para o fornecimento de bens para pronta entrega ou para a locação de materias, não será exigido da microempresa ou da empresa de pequeno porte a apresentação de balanço patrimonial do último exercício social.

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Art. 4º A comprovação de regularidade fiscal das microempresas e empresas de pequeno porte somente será exigida para efeito de contratação, e não como condição para participação na licitação.

§ 1º Na fase de habilitação, deverá ser apresentada e conferida toda a documentação e, havendo alguma restrição na comprovação da regularidade fiscal, será assegurado o prazo de dois dias úteis, cujo termo inicial corresponderá ao momento em que o proponente for declarado vencedor do certame, prorrogável por igual período, para a regularização da documentação, pagamento ou parcelamento do débito, e emissão de eventuais certidões negativas ou positivas com efeito de certidão negativa.

§ 2º A declaração do vencedor de que trata o § 1o acontecerá no momento imediatamente posterior à fase de habilitação, no caso do pregão, conforme estabelece o art. 4º, inciso XV, da Lei nº 10.520, de 17 de julho de 2002, e no caso das demais modalidades de licitação, no momento posterior ao julgamento das propostas, aguardando-se os prazos de regularização fiscal para a abertura da fase recursal.

§ 3º A prorrogação do prazo previsto no § 1º deverá sempre ser concedida pela administração quando requerida pelo licitante, a não ser que exista urgência na contratação ou prazo insuficiente para o empenho, devidamente justificados.

§ 4º A não-regularização da documentação no prazo previsto no § 1º implicará decadência do direito à contratação, sem prejuízo das sanções previstas no art. 81 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, sendo facultado à administração convocar os licitantes remanescentes, na ordem de classificação, ou revogar a licitação.

Art. 5º Nas licitações do tipo menor preço, será assegurada, como critério de desempate, preferência de contratação para as microempresas e empresas de pequeno porte.

§ 1º Entende-se por empate aquelas situações em que as ofertas apresentadas pelas microempresas e empresas de pequeno porte sejam iguais ou até dez por cento superiores ao menor preço.

§ 2º Na modalidade de pregão, o intervalo percentual estabelecido no § 1º será de até cinco por cento superior ao menor preço.

§ 3º O disposto neste artigo somente se aplicará quando a melhor oferta válida não tiver sido apresentada por microempresa ou empresa de pequeno porte.

§ 4º A preferência de que trata este artigo será concedida da seguinte forma:

I - ocorrendo o empate, a microempresa ou empresa de pequeno porte melhor classificada poderá apresentar proposta de preço inferior àquela considerada vencedora do certame, situação em que será adjudicado o objeto em seu favor;

II - na hipótese da não contratação da microempresa ou empresa de pequeno porte, com base no inciso I, serão convocadas as remanescentes que porventura se enquadrem em situação de empate, na ordem classificatória, para o exercício do mesmo direito; e

III - no caso de equivalência dos valores apresentados pelas microempresas e empresas de pequeno porte que se encontrem em situação de empate, será realizado sorteio entre elas para que se identifique aquela que primeiro poderá apresentar melhor oferta.

§ 5º Não se aplica o sorteio disposto no inciso III do § 4o quando, por sua natureza, o procedimento não admitir o empate real, como ocontece na fase de lances do pregão, em que

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os lances equivalentes não são considerados iguais, sendo classificados conforme a ordem de apresentação pelos licitantes.

§ 6º No caso do pregão, após o encerramento dos lances, a microempresa ou empresa de pequeno porte melhor classificada será convocada para apresentar nova proposta no prazo máximo de cinco minutos por item em situação de empate, sob pena de preclusão.

§ 7º Nas demais modalidades de licitação, o prazo para os licitantes apresentarem nova proposta deverá ser estabelecido pelo órgão ou entidade contratante, e estar previsto no instrumento convocatório.

Art. 6º Os órgãos e entidades contratantes deverão realizar processo licitatório destinado exclusivamente à participação de microempresas e empresas de pequeno porte nas contratações cujo valor seja de até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais).

Parágrafo único. Não se aplica o disposto neste artigo quando ocorrerem as situações previstas no art. 9º, devidamente justificadas.

Art. 7º Nas licitações para fornecimento de bens, serviços e obras, os órgãos e entidades contratantes poderão estabelecer, nos instrumentos convocatórios, a exigência de subcontratação de microempresas ou empresas de pequeno porte, sob pena de desclassificação, determinando:

I - o percentual de exigência de subcontratação, de até trinta por cento do valor total licitado, facultada à empresa a subcontratação em limites superiores, conforme o estabelecido no edital;

II - que as microempresas e empresas de pequeno porte a serem subcontratadas deverão estar indicadas e qualificadas pelos licitantes com a descrição dos bens e serviços a serem fornecidos e seus respectivos valores;

III - que, no momento da habilitação, deverá ser apresentada a documentação da regularidade fiscal e trabalhista das microempresas e empresas de pequeno porte subcontratadas, bem como ao longo da vigência contratual, sob pena de rescisão, aplicando-se o prazo para regularização previsto no § 1º do art. 4º;

IV - que a empresa contratada compromete-se a substituir a subcontratada, no prazo máximo de trinta dias, na hipótese de extinção da subcontratação, mantendo o percentual originalmente subcontratado até a sua execução total, notificando o órgão ou entidade contratante, sob pena de rescisão, sem prejuízo das sanções cabíveis, ou demonstrar a inviabilidade da substituição, em que ficará responsável pela execução da parcela originalmente subcontratada; e

V - que a empresa contratada responsabiliza-se pela padronização, compatibilidade, gerenciamento centralizado e qualidade da subcontratação.

§ 1º Deverá constar ainda do instrumento convocatório que a exigência de subcontratação não será aplicável quando o licitante for:

I - microempresa ou empresa de pequeno porte;

II - consórcio composto em sua totalidade por microempresas e empresas de pequeno porte, respeitado o disposto no art. 33 da Lei nº 8.666, de 1993; e

III - consórcio composto parcialmente por microempresas ou empresas de pequeno porte com participação igual ou superior ao percentual exigido de subcontratação.

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§ 2º Não se admite a exigência de subcontratação para o fornecimento de bens, exceto quando estiver vinculado à prestação de serviços acessórios.

§ 3º O disposto no inciso II do caput deste artigo deverá ser comprovado no momento da aceitação, quando a modalidade de licitação for pregão, ou no momento da habilitação nas demais modalidades.

§ 4º Não deverá ser exigida a subcontratação quando esta for inviável, não for vantajosa para a administração pública ou representar prejuízo ao conjunto ou complexo do objeto a ser contratado, devidamente justificada.

§ 5º É vedada a exigência no instrumento convocatório de subcontratação de itens ou parcelas determinadas ou de empresas específicas.

§ 6º Os empenhos e pagamentos referentes às parcelas subcontratadas serão destinados diretamente às microempresas e empresas de pequeno porte subcontratadas.

Art. 8º Nas licitações para a aquisição de bens, serviços e obras de natureza divisível, e desde que não haja prejuízo para o conjunto ou complexo do objeto, os órgãos e entidades contratantes poderão reservar cota de até vinte e cinco por cento do objeto, para a contratação de microempresas e empresas de pequeno porte.

§ 1º O disposto neste artigo não impede a contratação das microempresas ou empresas de pequeno porte na totalidade do objeto.

§ 2º O instrumento convocatório deverá prever que, não havendo vencedor para a cota reservada, esta poderá ser adjudicada ao vencedor da cota principal, ou, diante de sua recusa, aos licitantes remanescentes, desde que pratiquem o preço do primeiro colocado.

§ 3º Se a mesma empresa vencer a cota reservada e a cota principal, a contratação da cota reservada deverá ocorrer pelo preço da cota principal, caso este tenha sido menor do que o obtido na cota reservada.

Art. 9º Não se aplica o disposto nos arts. 6º ao 8º quando:

I - não houver um mínimo de três fornecedores competitivos enquadrados como microempresas ou empresas de pequeno porte sediados local ou regionalmente e capazes de cumprir as exigências estabelecidas no instrumento convocatório;

II - o tratamento diferenciado e simplificado para as microempresas e empresas de pequeno porte não for vantajoso para a administração ou representar prejuízo ao conjunto ou complexo do objeto a ser contratado;

III - a licitação for dispensável ou inexigível, nos termos dos arts. 24 e 25 da Lei nº 8.666, de 1993;

IV - a soma dos valores licitados nos termos do diposto nos arts. 6º a 8º ultrapassar vinte e cinco por cento do orçamento disponível para contratações em cada ano civil; e

V - o tratamento diferenciado e simplificado não for capaz de alcançar os objetivos previstos no art. 1º, justificadamente.

Parágrafo único. Para o disposto no inciso II, considera-se não vantajosa a contratação quando resultar em preço superior ao valor estabelecido como referência.

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Art. 10. Os critérios de tratamento diferenciado e simplificado para as microempresas e empresas de pequeno porte deverão estar expressamente previstos no instrumento convocatório.

Art. 11. Para fins do disposto neste Decreto, o enquadramento como microempresa ou empresa de pequeno porte dar-se-á nas condições do Estatuto Nacional da Microempresa e Empresa de Pequeno Porte, instituído pela Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, em especial quanto ao seu art. 3º, devendo ser exigido dessas empresas a declaração, sob as penas da lei, de que cumprem os requisitos legais para a qualificação como microempresa ou empresa de pequeno porte, estando aptas a usufruir do tratamento favorecido estabelecido nos arts. 42 a 49 daquela Lei Complementar.

Parágrafo único. A identificação das microempresas ou empresas de pequeno porte na sessão pública do pregão eletrônico só deve ocorrer após o encerramento dos lances, de modo a dificultar a possibilidade de conluio ou fraude no procedimento.

Art. 12. O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão poderá expedir normas complementares para a execução deste Decreto.

Art. 13. Este Decreto entra em vigor em trinta dias após a data de sua publicação.

Brasília, 5 de setembro de 2007; 186º da Independência e 119º da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA Paulo Bernardo Silva

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ANEXO 16: LEI Nº 12.349, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2010.

Altera as Leis nos 8.666, de 21 de junho de 1993, 8.958, de 20 de dezembro de 1994, e 10.973, de 2 de dezembro de 2004; e revoga o § 1o do art. 2o da Lei no 11.273, de 6 de fevereiro de 2006.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1o A Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, passa a vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 3o A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.

§ 1o ..................................................................................................................................................................

I - admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos de convocação, cláusulas ou condições que comprometam, restrinjam ou frustrem o seu caráter competitivo, inclusive nos casos de sociedades cooperativas, e estabeleçam preferências ou distinções em razão da naturalidade, da sede ou domicílio dos licitantes ou de qualquer outra circunstância impertinente ou irrelevante para o específico objeto do contrato, ressalvado o disposto nos §§ 5o a 12 deste artigo e no art. 3o da Lei no 8.248, de 23 de outubro de 1991;

.........................................................................................................................................................

........................

§ 5o Nos processos de licitação previstos no caput, poderá ser estabelecido margem de preferência para produtos manufaturados e para serviços nacionais que atendam a normas técnicas brasileiras.

§ 6o A margem de preferência de que trata o § 5o será estabelecida com base em estudos revistos periodicamente, em prazo não superior a 5 (cinco) anos, que levem em consideração:

I - geração de emprego e renda;

II - efeito na arrecadação de tributos federais, estaduais e municipais;

III - desenvolvimento e inovação tecnológica realizados no País;

IV - custo adicional dos produtos e serviços; e

V - em suas revisões, análise retrospectiva de resultados.

§ 7o Para os produtos manufaturados e serviços nacionais resultantes de desenvolvimento e inovação tecnológica realizados no País, poderá ser estabelecido margem de preferência adicional àquela prevista no § 5o.

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§ 8o As margens de preferência por produto, serviço, grupo de produtos ou grupo de serviços, a que se referem os §§ 5o e 7o, serão definidas pelo Poder Executivo federal, não podendo a soma delas ultrapassar o montante de 25% (vinte e cinco por cento) sobre o preço dos produtos manufaturados e serviços estrangeiros.

§ 9o As disposições contidas nos §§ 5o e 7o deste artigo não se aplicam aos bens e aos serviços cuja capacidade de produção ou prestação no País seja inferior:

I - à quantidade a ser adquirida ou contratada; ou

II - ao quantitativo fixado com fundamento no § 7o do art. 23 desta Lei, quando for o caso.

§ 10. A margem de preferência a que se refere o § 5o poderá ser estendida, total ou parcialmente, aos bens e serviços originários dos Estados Partes do Mercado Comum do Sul - Mercosul.

§ 11. Os editais de licitação para a contratação de bens, serviços e obras poderão, mediante prévia justificativa da autoridade competente, exigir que o contratado promova, em favor de órgão ou entidade integrante da administração pública ou daqueles por ela indicados a partir de processo isonômico, medidas de compensação comercial, industrial, tecnológica ou acesso a condições vantajosas de financiamento, cumulativamente ou não, na forma estabelecida pelo Poder Executivo federal.

§ 12. Nas contratações destinadas à implantação, manutenção e ao aperfeiçoamento dos sistemas de tecnologia de informação e comunicação, considerados estratégicos em ato do Poder Executivo federal, a licitação poderá ser restrita a bens e serviços com tecnologia desenvolvida no País e produzidos de acordo com o processo produtivo básico de que trata a Lei no 10.176, de 11 de janeiro de 2001.

§ 13. Será divulgada na internet, a cada exercício financeiro, a relação de empresas favorecidas em decorrência do disposto nos §§ 5o, 7o, 10, 11 e 12 deste artigo, com indicação do volume de recursos destinados a cada uma delas.” (NR)

“Art. 6o ...................................vvvvv....................................................................................................

.........................................................................................................................................................

...v................

XVII - produtos manufaturados nacionais - produtos manufaturados, produzidos no território nacional de acordo com o processo produtivo básico ou com as regras de origem estabelecidas pelo Poder Executivo federal;

XVIII - serviços nacionais - serviços prestados no País, nas condições estabelecidas pelo Poder Executivo federal;

XIX - sistemas de tecnologia de informação e comunicação estratégicos - bens e serviços de tecnologia da informação e comunicação cuja descontinuidade provoque dano significativo à administração pública e que envolvam pelo menos um dos seguintes requisitos relacionados às informações críticas: disponibilidade, confiabilidade, segurança e confidencialidade.” (NR)

“Art. 24. ............................................................................................................................................................

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.........................................................................................................................................................

..........................

XXI - para a aquisição de bens e insumos destinados exclusivamente à pesquisa científica e tecnológica com recursos concedidos pela Capes, pela Finep, pelo CNPq ou por outras instituições de fomento a pesquisa credenciadas pelo CNPq para esse fim específico;

.........................................................................................................................................................

.........................

XXXI - nas contratações visando ao cumprimento do disposto nos arts. 3o, 4o, 5o e 20 da Lei no 10.973, de 2 de dezembro de 2004, observados os princípios gerais de contratação dela constantes.

.........................................................................................................................................................

....................” (NR)

“Art. 57. ..............................................................................................................................................................

.........................................................................................................................................................

..........................

V - às hipóteses previstas nos incisos IX, XIX, XXVIII e XXXI do art. 24, cujos contratos poderão ter vigência por até 120 (cento e vinte) meses, caso haja interesse da administração.

.........................................................................................................................................................

..................” (NR)

Art. 2o O disposto nesta Lei aplica-se à modalidade licitatória pregão, de que trata a Lei no 10.520, de 17 de julho de 2002.

Art. 3o A Lei no 8.958, de 20 de dezembro de 1994, passa a vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 1o As Instituições Federais de Ensino Superior - IFES e as demais Instituições Científicas e Tecnológicas - ICTs, sobre as quais dispõe a Lei no 10.973, de 2 de dezembro de 2004, poderão celebrar convênios e contratos, nos termos do inciso XIII do art. 24 da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, por prazo determinado, com fundações instituídas com a finalidade de dar apoio a projetos de ensino, pesquisa e extensão e de desenvolvimento institucional, científico e tecnológico, inclusive na gestão administrativa e financeira estritamente necessária à execução desses projetos.

§ 1o Para os fins do que dispõe esta Lei, entendem-se por desenvolvimento institucional os programas, projetos, atividades e operações especiais, inclusive de natureza infraestrutural, material e laboratorial, que levem à melhoria mensurável das condições das IFES e demais ICTs, para cumprimento eficiente e eficaz de sua missão, conforme descrita no plano de desenvolvimento institucional, vedada, em qualquer caso, a contratação de objetos genéricos, desvinculados de projetos específicos.

§ 2o A atuação da fundação de apoio em projetos de desenvolvimento institucional para melhoria de infraestrutura limitar-se-á às obras laboratoriais e à aquisição de materiais, equipamentos e outros insumos diretamente relacionados às atividades de inovação e pesquisa científica e tecnológica.

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§ 3o É vedado o enquadramento no conceito de desenvolvimento institucional, quando financiadas com recursos repassados pelas IFES e demais ICTs às fundações de apoio, de:

I - atividades como manutenção predial ou infraestrutural, conservação, limpeza, vigilância, reparos, copeiragem, recepção, secretariado, serviços administrativos na área de informática, gráficos, reprográficos e de telefonia e demais atividades administrativas de rotina, bem como as respectivas expansões vegetativas, inclusive por meio do aumento no número total de pessoal; e

II - outras tarefas que não estejam objetivamente definidas no Plano de Desenvolvimento Institucional da instituição apoiada.

§ 4o É vedada a subcontratação total do objeto dos ajustes realizados pelas IFES e demais ICTs com as fundações de apoio, com base no disposto nesta Lei, bem como a subcontratação parcial que delegue a terceiros a execução do núcleo do objeto contratado.

§ 5o Os materiais e equipamentos adquiridos com recursos transferidos com fundamento no § 2o integrarão o patrimônio da contratante.”(NR)

“Art. 2o As fundações a que se refere o art. 1o deverão estar constituídas na forma de fundações de direito privado, sem fins lucrativos, regidas pela Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil, e por estatutos cujas normas expressamente disponham sobre a observância dos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, economicidade e eficiência, e sujeitas, em especial:

.........................................................................................................................................................

..............” (NR)

“Art. 4o As IFES e demais ICTs contratantes poderão autorizar, de acordo com as normas aprovadas pelo órgão de direção superior competente e limites e condições previstos em regulamento, a participação de seus servidores nas atividades realizadas pelas fundações referidas no art. 1o desta Lei, sem prejuízo de suas atribuições funcionais.

§ 1o A participação de servidores das IFES e demais ICTs contratantes nas atividades previstas no art. 1o desta Lei, autorizada nos termos deste artigo, não cria vínculo empregatício de qualquer natureza, podendo as fundações contratadas, para sua execução, conceder bolsas de ensino, de pesquisa e de extensão, de acordo com os parâmetros a serem fixados em regulamento.

.........................................................................................................................................................

......................

§ 3o É vedada a utilização dos contratados referidos no caput para contratação de pessoal administrativo, de manutenção, docentes ou pesquisadores para prestar serviços ou atender a necessidades de caráter permanente das contratantes.” (NR)

“Art. 5o Fica vedado às IFES e demais ICTs contratantes o pagamento de débitos contraídos pelas instituições contratadas na forma desta Lei e a responsabilidade a qualquer título, em relação ao pessoal por estas contratado, inclusive na utilização de pessoal da instituição, conforme previsto no art. 4o desta Lei.” (NR)

“Art. 6o No cumprimento das finalidades referidas nesta Lei, poderão as fundações de apoio, por meio de instrumento legal próprio, utilizar-se de bens e serviços das IFES e demais ICTs contratantes, mediante ressarcimento, e pelo prazo estritamente necessário à elaboração e execução do projeto de ensino, pesquisa e extensão e de desenvolvimento institucional, científico e tecnológico de efetivo interesse das contratantes e objeto do contrato firmado.” (NR)

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Art. 4o A Lei no 8.958, de 20 de dezembro de 1994, passa a vigorar acrescida dos seguintes dispositivos:

“Art. 1o-A. A Financiadora de Estudos e Projetos - FINEP, como secretaria executiva do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - FNDCT, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq e as Agências Financeiras Oficiais de Fomento poderão realizar convênios e contratos, nos termos do inciso XIII do art. 24 da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, por prazo determinado, com as fundações de apoio, com finalidade de dar apoio às IFES e às ICTs, inclusive na gestão administrativa e financeira dos projetos mencionados no caput do art. 1o, com a anuência expressa das instituições apoiadas.”

“Art. 4o-A. Serão divulgados, na íntegra, em sítio mantido pela fundação de apoio na rede mundial de computadores - internet:

I - os instrumentos contratuais de que trata esta Lei, firmados e mantidos pela fundação de apoio com as IFES e demais ICTs, bem como com a FINEP, o CNPq e as Agências Financeiras Oficiais de Fomento;

II - os relatórios semestrais de execução dos contratos de que trata o inciso I, indicando os valores executados, as atividades, as obras e os serviços realizados, discriminados por projeto, unidade acadêmica ou pesquisa beneficiária;

III - a relação dos pagamentos efetuados a servidores ou agentes públicos de qualquer natureza em decorrência dos contratos de que trata o inciso I;

IV - a relação dos pagamentos de qualquer natureza efetuados a pessoas físicas e jurídicas em decorrência dos contratos de que trata o inciso I; e

V - as prestações de contas dos instrumentos contratuais de que trata esta Lei, firmados e mantidos pela fundação de apoio com as IFES e demais ICTs, bem como com a FINEP, o CNPq e as Agências Financeiras Oficiais de Fomento.”

“Art. 4o-B. As fundações de apoio poderão conceder bolsas de ensino, pesquisa e extensão e de estímulo à inovação aos alunos de graduação e pós-graduação vinculadas a projetos institucionais das IFES e demais ICTs apoiadas, na forma da regulamentação específica, observados os princípios referidos no art. 2o.”

“Art. 4o-C. É assegurado o acesso dos órgãos e das entidades públicas concedentes ou contratantes e do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo federal aos processos, aos documentos e às informações referentes aos recursos públicos recebidos pelas fundações de apoio enquadradas na situação prevista no art. 1o desta Lei, bem como aos locais de execução do objeto do contrato ou convênio.”

Art. 5o A Lei no 10.973, de 2 de dezembro de 2004, passa a vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 2o ........................................................................................................................................................

.........................................................................................................................................................

.....................

VII - instituição de apoio - fundação criada com a finalidade de dar apoio a projetos de pesquisa, ensino e extensão e de desenvolvimento institucional, científico e tecnológico de interesse das IFES e demais ICTs, registrada e credenciada nos Ministérios da Educação e da Ciência e Tecnologia, nos termos da Lei no 8.958, de 20 de dezembro de 1994;

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.........................................................................................................................................................

...........” (NR)

“Art. 27. .......................................................................................................................................................

.........................................................................................................................................................

.....................

IV - dar tratamento preferencial, diferenciado e favorecido, na aquisição de bens e serviços pelo poder público e pelas fundações de apoio para a execução de projetos de desenvolvimento institucional da instituição apoiada, nos termos da Lei no 8.958, de 20 de dezembro de 1994, às empresas que invistam em pesquisa e no desenvolvimento de tecnologia no País e às microempresas e empresas de pequeno porte de base tecnológica, criadas no ambiente das atividades de pesquisa das ICTs.” (NR)

Art. 6o A Lei no 10.973, de 2 de dezembro de 2004, passa a vigorar acrescida do seguinte dispositivo:

“Art. 3o-A. A Financiadora de Estudos e Projetos - FINEP, como secretaria executiva do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - FNDCT, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq e as Agências Financeiras Oficiais de Fomento poderão celebrar convênios e contratos, nos termos do inciso XIII do art. 24 da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, por prazo determinado, com as fundações de apoio, com a finalidade de dar apoio às IFES e demais ICTs, inclusive na gestão administrativa e financeira dos projetos mencionados no caput do art. 1o da Lei no 8.958, de 20 de dezembro de 1994, com a anuência expressa das instituições apoiadas.”

Art. 7o Ficam revogados o inciso I do § 2o do art. 3o da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, e o § 1o do art. 2o da Lei no 11.273, de 6 de fevereiro de 2006.

Art. 8o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 15 de dezembro de 2010; 189o da Independência e 122o da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA Guido Mantega Fernando Haddad Paulo Bernardo Silva Sergio Machado Rezende

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ÍNDICE

CAPA

1 FOLHA DE ROSTO

2 AGRADECIMENTO

DEDICATÓRIA

RESUMO

METODOLOGIA

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 13

CAPÍTULO I

Gestão dos Recursos Financeiros do SUS

1.1. Gestão da saúde pública no Brasil a partir da criação do SUS 16

1.2. Formas de gestão do SUS 18

1.3. Planejamento da saúde pública 20

1.3.1. Instrumentos do Planejamento Público na Saúde 23

1.3.2. Fundos de Saúde 26

1.3.3. Conselhos de Saúde 28

1.4. Financiamento da saúde pública 29

1.4.1. Origem dos Recursos do SUS 31

1.5. Aplicação dos recursos financeiros do SUS 32

1.6. Prestação de contas 34

1.1.6.1. Instrumentos de Controle 29

CAPÍTULO II

Conceitos relacionados à gestão dos recursos financeiros do SUS

2.1. Conceitos 38

2.2. Funções do gestor/administrador 40

2.2.1. Funções do Gestor 41

2.2.2. Funções do Administrador 41

2.2.2.1. Planejamento 43

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2.2.2.2. Organização 46

2.2.2.3. Direção 46

2.2.2.4. Controle 47

2.2.3. Modelos de Gestão 48

2.2.3.1. Gestão Estratégica 48

2.2.3.2. Gestão Participativa 48

2.2.3.3. Gestão Holística 49

2.2.3.4. Gestão Empreendedora 49

2.3. Indicadores de desempenho 49

2.4. Gestão de controle de estoque 50

2.5. Tecnologia da informação (TI) 51

2.6. Licitação 54

2.6.1 Conceito 54

2.6.2. Fundamento Constitucional da Licitação Art. 37,

inciso XXI e art. 175 da Constituição Federal de 1988 54

2.6.3. Legislação relaciona à Licitação 55

01. Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993. 55

02. Lei nº 9.854, de 27 de outubro de 1999. 55

03. Decreto nº 3.555, de 08 de agosto de 2000. 55

04. Decreto nº 3.722, de 09 de janeiro de 2001. 56

05. Portaria normativa n.º 04, de 29 de janeiro

de 2001. 56

06. Decreto nº 3.931, de 19 de setembro de 2001. 56

07. Portaria n.º 306, de 31 de dezembro de 2001. 56

08. Lei nº 10.520, de 17 de julho de 2002. 56

09. Instrução normativa n.º 01, de 08 de agosto

de 2002. 56

10. Decreto n.º 4.342, de 23 de agosto de 2002. 56

11. Decreto n.º 4.485, de 25 de novembro de 2002. 57

12. Portaria normativa n.º 57, de 09 de maio de

2003. 57

13. Decreto nº 5.450, de 31 de maio de 2005. 57

14. Decreto nº 5.504, de 05 de agosto de 2005. 57

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15. Decreto nº 6.204, de 05 de setembro de 2007. 57

16. Lei nº 12.349, de 15 de dezembro de 2010. 57

2.6.4. Finalidade da Licitação 58

2.6.5. Fases da Licitação 58

2.6.6. Modalidades de Licitação 58

2.6.7. Tipos de Licitação 59

2.7. Princípios constitucionais aplicados à Licitação 59

2.8. Fluxogramas 60

2.9. Organogramas 61

2.9.1 Vantagens do Organograma 61

CAPÍTULO III

Estudo de Caso – Desenvolvimento

3.1. Sobre o Hospital das Clínicas 64

3.2. Sobre a coordenação de suprimentos 65

3.2.1. Missão 65

3.2.2. Objetivo Geral 66

3.2.3. Objetivos Específicos 66

3.2.4. Estrutura 66

3.2.4.1. Seção de Planejamento de Compras 95

3.2.4.2. Seção de Compras 96

3.2.4.3. Seção de Almoxarifado 97

3.2.4.4. Secretaria 97

3.2.5. Sistema de Informação da Coordenação de

Suprimentos 70

3.2.6. Orientações sobre como proceder para emitir uma

solicitação de compra 71

3.3. Sobre o processo licitatório do Hospital das Clínicas

de Goiânia 74

3.3.1. Fluxograma da fase interna dos processos de

Licitação no HC-UFG 80

3.4. Benefícios e limitações incorridas ao Hospital das

Clínicas de Goiânia pelos processos Licitatórios. 80

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CONCLUSÃO 83

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 86

ANEXOS 92

LISTA DE ANEXOS 93

ANEXO 01: Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993 94

ANEXO 02: Lei no 9.854, de 27 de outubro de 1999 157

ANEXO 03: Decreto nº 3.555, de 8 de agosto de 2000 158

ANEXO 04: Decreto nº 3.722, de 9 de janeiro de 2001 159

ANEXO 05: Portaria nº 04, de 29 de outubro de 2001 161

ANEXO 06: Decreto nº 3.931, de 19 de setembro de 2001 162

ANEXO 07: Portaria nº 306, de 13 de dezembro de 2001 169

ANEXO 08: Lei no 10.520, de 17 de julho de 2002 170

ANEXO 09: Instrução normativa n° 01, de 08 de agosto de

2002 174

ANEXO 10: Decreto nº 4.342, de 23 de agosto de 2002 177

ANEXO 11: Decreto nº 4.485, de 25 de novembro de 2002 179

ANEXO 12: Portaria normativa nº 57, de 09 de maio de

2003 180

ANEXO 13: Decreto nº 5.450, de 31 de maio de 2005 181

ANEXO 14: Decreto nº 5.504, de 5 de agosto de 2005 192

ANEXO 15: Decreto nº 6.204, de 5 de setembro de 2007 194

ANEXO 16: Lei nº 12.349, de 15 de dezembro de 2010 199

ÍNDICE 205