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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA CCQ E SEUS BENEFÍCIOS ÀS ORGANIZAÇÕES Por: Wallace da Silva Oliveira Orientador Prof. Jorge Tadeu Vieira Lourenço Rio de Janeiro 2015 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

CCQ E SEUS BENEFÍCIOS ÀS ORGANIZAÇÕES

Por: Wallace da Silva Oliveira

Orientador

Prof. Jorge Tadeu Vieira Lourenço

Rio de Janeiro

2015

DOCUMENTO PROTEGID

O PELA

LEI D

E DIR

EITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

CCQ E SEUS BENEFÍCIOS ÀS ORGANIZAÇÕES

Apresentação de monografia à AVM Faculdade

Integrada como requisito parcial para obtenção do

grau de especialista em Gestão de Sistemas

Integrados em QSMS/SGI

Por: . Wallace da Silva Oliveira

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a priori aos meus pais por

todo o apoio e suporte dado para que

me possibilitasse finalizar mais esta

etapa, assim como meus amigos e

colegas de trabalho que participaram

direta e indiretamente para este

trabalho em especial ao meu gestor Sr.

Paulo Milleu que teve influência direta

na escolha desta especialização.

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DEDICATÓRIA

Dedico este conquista aos meus pais que

a todo o momento estavam presentes

sempre incentivando e apoiando meus

estudos.

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RESUMO

Com a globalização a busca por melhores performances e padronização

de processos é uma constante nas empresas, as companhias precisam

desenvolver capacidades de identificar e analisar problemas e propor

melhorias. Nesta busca por melhores resultados a Qualidade se insere nas

organizações trazendo programas como os círculos de controle da qualidade

(CCQs), que são grupos de funcionários que desempenham voluntariamente

projetos que visam aprimorar processos no local de trabalho, estes círculos

têm como algumas características a melhora do clima entre funcionários,

estimulo a criatividade dos trabalhadores e aperfeiçoamento dos processos da

organização. Neste contexto, surge a necessidade de entender quais os

benefícios que o programa CCQ resulta para as organizações. O objetivo geral

do presente trabalho é levantar conceitos de escritores e breve analise do

programa CCQ realizado por organização para entender quais benefícios reais

este programa pode acarretar. Foram abordados assuntos sobre o programa

CCQ como: conceituação, filosofia, características entre outros. Os dados

fornecidos pela empresa junto com a visão dos entrevistados foram

necessários para medir o desempenho do programa em ambiente real. Ao final

do trabalho foi possível concluir que o programa CCQ resulta em diversos

benefícios as organizações com destaque ao desenvolvimento dos envolvidos

devido a conteúdo teórico e pratico necessário para a criação do projeto e

redução de custos com aprimoramento de processos, resultado da criatividade

e inovação dos circulistas.

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METODOLOGIA

O presente capítulo foi escrito com o propósito de situar o leitor quanto

aos métodos e procedimentos utilizados para a elaboração deste estudo, onde

foram analisados livros e artigos, assim como realizado questionário para

entendimento da funcionalidade do programa CCQ na organização, buscando

alcançar os objetivos propostos.

Etapa 1 Conceituação Teórica: Momento para apresentação e

conceituação dos itens abordados no decorrer do trabalho, ressaltando as

características, objetivo e estrutura do programa CCQ.

Etapa 2 Definição da construção da Qualidade: Desenvolvimento do

método PDCA, que em maior parte atua como base do programa CCQ, assim

como apresentação das ferramentas mais usuais da qualidade que são

aplicadas no CCQ para desenvolvimento do projeto.

Etapa 3 Entendimento do programa CCQ na organização: Apresentação

do programa CCQ com caso em organização real, sua estrutura, forma de

aplicação e metodologia. Neste momento é aplicado questionário que serve

como base para analise do autor que dita visão da alta direção versos visão

operacional buscando entender e explicitar importância, assim como benefícios

do programa CCQ para a organização.

Pesquisa Bibliográfica: Foram pesquisados os assuntos que o presente

trabalho aborda, com o intuito de aprofundar o conhecimento sobre os

benefícios do programa CCQ, sua conceituação, filosofia, características,

objetivos e ferramentas utilizadas. Foram utilizadas bibliografias na forma de

livros, dissertações e artigos para identificar as práticas recomendadas

segundo a literatura.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ......................................................................................... 08

CAPÍTULO I - Círculos de Controle de Qualidade (CCQ) - Conceito

e História .................................................................................................. 10

1.1 Conceitos de Qualidade ................................................................. 10

1.2 Conceitos de CCQ .......................................................................... 11

1.3 Objetivos do CCQ ........................................................................... 14

1.4 Origens dos Círculos de Controle da Qualidade ......................... 15 1.5 CCQ e suas características.............................................................. 17

CAPÍTULO II - Construção da Qualidade – Ciclo PDCA e

Ferramentas Da Qualidade ..................................................................... 18

2.1 Ciclo PDCA ..................................................................................... 18

2.2 MASP – Metodologia de Análise e Solução de Problemas ........... 20

2.3 Ferramentas da Qualidade ............................................................. 20

2.3.1 Diagrama de causa-efeito ..................................................... 21

2.3.2 Histograma ............................................................................ 22

2.3.3 Gráficos de Controle ............................................................. 23

2.3.4 Folhas de checagem ............................................................. 23

2.3.5 Diagrama de Pareto ............................................................... 23

2.3.6 Fluxogramas .......................................................................... 24

2.3.7 Método Brainstorming ........................................................... 25

2.3.8 5W1H ou 5W2H ..................................................................... 26

2.3.9 Técnica dos 5 porquês .......................................................... 26

CAPÍTULO III – CCQ nas Organizações ................................................. 27

3.1 Apresentação das organizações em estudo - CSN e

Sepetiba Tecon ......................................................................................... 27

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3.1.1 CSN – Companhia Siderúrgica Nacional ........................... 27

3.1.2 Sepetiba Tecon ..................................................................... 28

3.2 Estruturação do CCQ.......................................................................... 28

3.3 CCQ – CSN e Sepetiba Tecon .......................................................... 30

3.3.1 CCQ CSN – Tecar ................................................................ 31

3.3.2 CCQ Sepetiba Tecon ............................................................ 33

3.4 Formas de recompensas do CCQ ..................................................... 34

3.5 Benefícios do Programa CCQ ............................................................ 36

CONCLUSÃO ........................................................................................... 40

ANEXOS ................................................................................................... 41

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ................................................................ 45

BIBLIOGRAFIA CITADA ............................................................................ 50

ÍNDICE ....................................................................................................... 54

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INTRODUÇÃO

Observa-se que atualmente a busca pela qualidade nas empresas

como parte do processo é fundamental para se inserir no mercado com

competitividade, além disso, reflete na produção de produtos com qualidade

que garantem a satisfação de seus clientes.

Muitas empresas apostam em trabalhos em equipes para garantir seu

sucesso. Segundo Pessoa (2004), ao implantar um processo participativo em

qualquer empresa, é necessário conciliar os sistemas que formam esta

empresa, ou seja, não deve haver conflitos entre os seus sistemas (produção,

comercialização, recursos humanos, entre outros). Deve-se, também, analisar

as condições organizacionais e, principalmente os comportamentos gerenciais,

pois os gerentes são os principais mobilizadores dos colaboradores para o

processo participativo.

Conforme autor supracitado, nos anos 80, o Círculo de Controle da

Qualidade (CCQ) foi difundido nas empresas brasileiras através dos programas

de Gestão pela Qualidade Total, como alternativa de gestão participativa e de

melhoria contínua. No início dos anos 90, muitas empresas abandonaram o

método CCQ, outras, os conservaram como meios para sua sustentação e

desenvolvimento.

De acordo com Moinhos e Mattioda (2011), os grupos de CCQ além de

resolverem problemas ligados ao cotidiano do colaborador, estimulam o

crescimento individual do mesmo, já que cada atividade desenvolvida pelo

grupo requer um nível de conhecimento. Há a necessidade de o colaborador

conhecer e saber aplicar, por exemplo, as ferramentas da qualidade que serão

descrita no decorrer deste trabalho no instante certo, com isso instiga-se o

crescimento pessoal do mesmo. Ao atingir o crescimento nas habilidades

individuais, cada colaborador obtém a capacidade de analisar, planejar e

efetuar as mudanças no seu local de trabalho, participando ativamente do

processo produtivo.

Este trabalho busca entender o que o programa CCQ, caracterizado

como participativo, pode trazer de benefícios para as organizações. Através de

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levantamentos teóricos e apresentação de um CCQ real realizado em duas

organizações de grande porte analisamos quais resultados esse programa

pode acarretar.

CAPÍTULO I

CÍRCULOS DE CONTROLE DE QUALIDADE (CCQ) -

CONCEITO E HISTÓRIA

1.1 – Conceitos de Qualidade

Várias são as definições dadas para qualidade por diversos

especialistas da área. Estas estão ligadas para vários objetivos, dentre eles o

atendimento ás especificações, a padronização dos processos, a redução da

variabilidade, dentre outros visando adequar os processos para melhor uso e

assertividade.

De acordo com Ishikawa (1993), qualidade é a rápida percepção e

satisfação das necessidades do mercado, adequação ao uso e

homogeneidade dos resultados do processo. Com a qualidade é possível

desenvolver, projetar, produzir e comercializar um produto mais econômico,

mais útil e satisfatório para o consumidor.

Já Oliveira (1996) diz que a qualidade é a correção dos problemas e de

suas causas ao longo de toda a série de fatores relacionados com marketing,

projetos, engenharia, produção e manutenção, que exercem influência sobre a

satisfação do usuário.

Segundo Juran (1991 apud Paladini, 1995), a qualidade é o conjunto

das atividades através das quais se atinge a adequação do produto ou do

serviço ao uso, não importando em que parte da organização estas atividades

são executadas.

Crosby dita que qualidade é a conformidade com os requisitos e, em

se tratando da produção de bens e serviços, diz que se tem qualidade quando

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atinge zero defeitos. E Deming diz que a qualidade é a redução nas variações,

e acredita ser impossível se conseguir zero defeitos (MEZOMO, 2001).

De acordo com norma ISO 9000:2005, qualidade é o grau no qual um

conjunto de características inerentes satisfaz a requisitos, onde característica

se define como propriedade diferenciadora e requisitos como necessidade ou

expectativa que é expressa, geralmente, de forma implícita ou obrigatória.

1.2 – Conceitos de CCQ

Círculo de Controle de Qualidade – CCQ é formado através de

colaboradores que participam voluntariamente, podendo ser, mas não se

limitando a uma mesma área de trabalho, que se reúnem periodicamente para

identificar, analisar e buscar soluções simples para aperfeiçoar situações de

trabalho. Alguns autores ditavam que o CCQ deveria ser formado apenas com

integrantes da mesma área, porém com o passar do tempo às organizações

foram adotando novos métodos e no cenário atual a participação de membros

de diversas áreas em um grupo é visto como uma oportunidade de criação de

um projeto mais completo, devido propiciar uma visão ampla das varias etapas

do processo abordado e também como método de integração de empregados

e áreas.

Reforçando este conceito, Imai (1994), dita que os Círculos de

Controle de Qualidade (CCQ) são “pequenos grupos de funcionários que

desempenham voluntariamente atividades de controle de qualidade no local de

trabalho. Sua função é ajudar o setor a resolver problemas e aumentar a

qualidade das atividades exercidas”.

Para Drumond (1986), os CCQs são grupos pequenos de funcionários

voluntários, preferencialmente formados por colaboradores da mesma área,

que se dispõe a aprender técnicas para solucionar problemas, que se reúnem

para identificar, analisar e resolver adversidades relacionadas com o trabalho

que executam, recomendando soluções para a direção. Estes grupos atuam

sob a orientação de coordenadores, facilitadores ou padrinhos.

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A primeira proposta do programa do CCQ veio de Ishikawa (1993), que

tinha como preocupação tornar o trabalho mais humano e participativo no chão

de fábrica, afirmado que as pessoas que desenvolvem os trabalhos devem

poder propor ações de melhoria nas suas atividades exercidas e devem se

conscientizar de que a qualidade do trabalho está em também em seu poder.

De acordo com Ballestero-Alvarez (2012), existem três classificações para os CCQs:

GRUPO HOMOGÊNEO: é aquele formado exclusivamente por funcionários do mesmo setor e que atuam em problemas de sua área;

GRUPO HETEROGÊNEO: é aquele formado por funcionários de diferentes setores que atuam em problemas de qualquer área a que pertencem os membros, sempre respeitando e informando a hierarquia formal;

GRUPO ESPECIAL: é aquele formado para resolver determinado problema, este grupo tem como participantes elementos envolvidos com o problema.

Devido ser organizado em grupos pequenos e não necessariamente

pertencerem a uma mesma área de trabalho, isso possibilita que o projeto

tenha uma maior abrangência com diversas opiniões, com acréscimo de

conteúdo nas discussões de problemas que são do seu inteiro conhecimento e

a respeito dos quais tem experiência. Se adotado grupos com elevados

números de integrantes dificultaria uma participação integral, divergindo assim

de um dos objetivos do programa, tendendo a monopolização de ideias. Dentre

as obrigatoriedades do CCQ, está o ato de se voluntariar para a participação,

isso desperta o interesse do empregado, pois permite que ele leve suas

opiniões e possa aplicar o seu conhecimento e sua criatividade em possíveis

problemas operacionais, tendo total abertura da organização para aplicação de

metodologias.

Um item importante para o sucesso de um projeto de CCQ são os

encontros que devem ter periodicidade determinada, que deverá ser suficiente

para o fechamento do projeto em tempo hábil, com base em cronograma

estipulado. Estes encontros devem ser negociados entre os membros do grupo

para que seja realizada da forma mais assertiva possível dentro da jornada de

trabalho, este item é muito importante, pois o ritmo de trabalho de cada

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membro não pode em momento algum ser afetado. Recomenda-se que seja

realizado semanalmente, com duração de aproximadamente uma hora,

provendo ata de reunião para evidenciar metodologia aplicada e gerar histórico

que poderá ser reutilizado em outro processo em momento futuro, assim como

para acompanhamento da área interna de Qualidade que deverá estar atenta a

todos os grupos para que possa auxiliar e identificar possíveis desvios nos

projetos.

Os grupos dos Círculos de Controle de Qualidade tem uma

configuração onde se notam alguns personagens com responsabilidades

diferentes, eles são:

Líder do grupo: Cada grupo deverá ter um líder, preferivelmente

escolhido pelos próprios participantes. Sua função é providenciar as condições

para a reunião do grupo, fornecer conceitos da metodologia CCQ aos

membros, conduzir as reuniões estimulando a participação de todos, mantendo

o entusiasmo do grupo e permitindo que cada membro se sinta realizado. Deve

também tomar providências para aproveitar ao máximo o tempo disponível.

Sua função compreende também a representação do grupo junto à direção.

Silva (2004) menciona que o líder tem a responsabilidade de conduzir

o grupo de melhoria de maneira participativa, é a pessoa que conduz as

atividades e possui conhecimento de ferramentas da qualidade.

Secretário do grupo: Tem a função de anotar, registrar, relatar e

arquivar todos os assuntos tratados em reuniões. O secretário também deverá

ser escolhido pelo grupo, podendo este substituir o líder eventualmente no

caso de falta.

Circulistas: A função dos circulistas é a participação ativa e voluntária

no estudo dos projetos por ele mesmo escolhido, contribuindo para a análise

das causas dos problemas, sugerindo modificações e melhoramentos.

O Líder do grupo e o secretário não estão isentos da obrigação de

participar como circulista, todos os membros possuem o mesmo grau de

importância independendo da função atribuída.

Em alguns trabalhos e artigos há mais um personagem na estrutura do

grupo do CCQ denominado de Coordenador, o qual tem a função de organizar

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os círculos, congregar todas as informações, arquivo geral dos documentos,

orientação e resolução para os problemas levantados, encaminhar os projetos

para os devidos setores e divulgar os resultados obtidos.

O andamento do projeto tende a integração dos empregados na

medida em que começam a se relacionar, assim como dentre o grupo para

com outras áreas, pois é de extrema importância que o grupo busque apoio em

áreas estratégicas que possam auxiliar a alavancar seu projeto. Para isso, é

aconselhável que todas as áreas tenham conhecimento mesmo que superficial

do programa para que contribuam com os grupos. Outro aspecto que pode ser

identificado no decorrer do programa é a evolução na capacidade de

negociação e discussão dos membros entre si e para com a alta direção, pois

o programa expõe a todos os grupos nos mais diversos níveis hierárquicos.

Com isso os grupos vão se aprofundando em seus temas e vão descobrindo a

própria organização, tendo mais facilidade em identificar suas atividades,

objetivos, missões e valores.

1.3 – Objetivos do CCQ

Os projetos do CCQ interferem diretamente nos processos da

organização, logo o programa tem como objetivo a busca do aprimoramento de

seus processos e/ou produtos e/ou serviços promovendo a troca de ideias de

seus recursos humanos em busca de uma resolução mais viável para

problemas existentes que acarretam desperdício, perda de produção,

descontentamento de seus clientes e similares. Este aprimoramento acarreta

em novas metodologias de trabalho mais assertiva, que podem se tornar

procedimentos e começar a fazer parte da rotina da organização.

Além disso, o programa possui objetivos que atentam para itens mais

isolados como a melhoria na condição de trabalho, a valorização do

empregado como membro pensante em processos de qualidade, melhora no

índice de produtividade, melhora na qualidade do produto/serviço, redução e

otimização de custos, maior visibilidade da organização, promoção da

integração, dentre outros.

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Segundo Ishikawa (1991), as atividades básicas desenvolvidas pelos

CCQ em todas as empresas, são: contribuir para o melhoramento e para o

desenvolvimento do empreendimento; respeitar a natureza humana e criar um

local de trabalho animado e bom para se viver; exercitar integralmente as

capacidades humanas, eventualmente extrair infinitas possibilidades e permitir

suas aplicações.

Figura 1 – Objetivos do CCQ (extraída de Drumond 1986)

1.4 – Origens dos Círculos de Controle da Qualidade

De acordo com Abreu (1987), o CCQ surgiu no Japão após a segunda

Guerra Mundial quando o país buscava a reestruturação. O governo e os

empresários japoneses buscavam uma forma de retomar as exportações,

desta forma, desenvolveu-se um programa nacional de Controle de Qualidade

para melhorar a imagem dos produtos do país, que tinham reputação de serem

baratos, porém de pouca qualidade.

Com isso, surgiu o conceito da Qualidade Total através dos Círculos

de Controle da Qualidade que segundo Ishikawa (1993), o sistema pode ser

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definido como uma técnica de administração multidisciplinar formada por um

conjunto de programas, visando obter bens e serviços pelo menor custo e

melhor qualidade, objetivando atender as exigências e superar as expectativas

dos clientes.

Durante as décadas de 70 e 80, os Círculos de Controle de Qualidade

começaram a serem adotados por empresas de diversos países da Ásia,

Europa, América do Norte e América Latina.

Essa rápida expansão dos círculos por diversos países deveu-se a

alguns fatores, segundo Ferro que são:

- imitação do Japão: devido à maior competitividade das empresas japonesas através da alta qualidade e preços competitivos, a qualidade tornou-se uma questão ainda mais relevante; - As melhorias da qualidade dos produtos e a maior eficiência dos processos produtivos foram atribuídas, em grande parte, ao CCQ e tornaram-no objeto de imitação de empresas de outros países; - facilidade na implantação e baixos custos: o funcionamento do CCQ baseia-se na utilização de métodos de resolução de problemas facilmente compreendidos, que transcendem os aspectos culturais e linguísticos de qualquer país. Os custos de implantação envolvem basicamente treinamento e outros pequenos gastos; - pouca alteração nas estruturas das empresas: o CCQ pode ser implantado sem alterar profundamente a estrutura organizacional ou a organização do trabalho existente, minimizando potencialmente as resistências às mudanças; - atendimento às demandas sociais: as atividades de CCQ aumentam o senso de participação dos empregados no processo decisório, dessa forma, atendiam à demanda por melhoria da qualidade de vida no trabalho e aumento da participação dos empregados nas decisões da empresa, existentes desde meados da década de 60 em alguns países. (Ferro, 1997, p.36).

A nível nacional, o movimento do CCQ chegou entre 1971 e 1972,

introduzido primeiramente pelas empresas Volkswagen do Brasil e Johnson &

Johnson, que implantaram os primeiros CCQ em suas áreas, abrindo para

outras organizações.

No país, os círculos tiveram suas raízes na região sul e sudeste, os

Estados de Santa Catarina e São Paulo se destacaram pelo elevado número

de empresas que aderiram ao programa. O movimento teve um grande

impulso em 1986, com a visita do precursor Ishikawa ao Brasil, atingindo a

marca de 1000 empresas com o programa de CCQ implantado (CHAVES,

1998). Com a grande evolução dos números surgiu uma necessidade natural

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de “troca de ideias e intercâmbio de informações”. Esta ânsia por comutar

experiências incentivou a criação de associações regionais e estaduais, com o

objetivo de unir empresas e pessoas que aderiram ao movimento para difundir,

fortalecer, registrar e acompanhar experiências para auxiliar as organizações

na busca da melhoria da qualidade de produtos e serviços (ABREU, 1987)

Neste contexto, no início dos anos 80, foi criada a União Brasileira de

CCQ (UBCCQ), com sede em São Paulo, com o intuito de coordenar, em

âmbito nacional, os diversos esforços em busca da qualidade. Também foi

seguindo essa tendência e considerando a necessidade, cada vez maior, de

aumentar o padrão de qualidade dos produtos brasileiros e minimizar os

custos, que o Governo lançou em 1990 o Programa Brasileiro da Qualidade e

da Produtividade – PBQP (DRUMOND, 1986).

1.5 – CCQ e suas características

Este programa é um movimento para o crescimento das pessoas, cuja

existência é a valorização dos recursos humanos da empresa, já que confere

aos trabalhadores a possibilidade de criarem e atuarem diretamente em suas

atividades. De tal forma que configurem o espaço de crescimento e

desenvolvimento pessoal e profissional que provocará resultados em todas as

áreas da organização.

O CCQ se diferencia de qualquer outro programa por enfatizar o

trabalho em grupo, ou seja, qualquer um Programa que objetive a participação

e a motivação, não se compara ao CCQ, pois ele prioriza a troca de

conhecimento em equipe, de acordo com a sua dinâmica, envolvendo

empregados e gerentes na busca de maior eficiência da organização. E assim,

ocorre a integração, quando há a aproximação dos níveis hierárquicos

(ABREU, 1991).

De acordo com Marchetti ([s.d.]), podem ser mencionadas as principais

características do CCQ:

- Participantes são voluntários;

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- Não possui compromisso com resultados, são grupos voltados à

resolução de problemas;

- Escolha interna dos líderes e secretários;

- Colaboradores, gerência e supervisores sempre opinam com

sugestões;

- É um processo contínuo, pois não se dissolve após a resolução do

problema;

- Todas as decisões são realizadas por meio de consenso.

CAPÍTULO II

CONSTRUÇÃO DA QUALIDADE – CICLO PDCA E

FERRAMENTAS DA QUALIDADE

2.1 – Ciclo PDCA

O PDCA é a forma como as mudanças devem ser efetuadas em uma

organização de qualidade, abrangendo desde os primeiros passos do

planejamento, assim como as ações necessárias, as verificações e analise.

Foi criado por Walter A. Shewart, na década de1920, mas começou a

se expandir como ciclo de Deming em 1950, por ter sido amplamente difundido

por este. Este processo trata-se de uma metodologia simples com o intuito de

controlar o processo e pode ser utilizado continuamente para o gerenciamento

das atividades de uma organização.

Campos define o método de melhoria, ou ciclo PDCA na seguinte

citação “O PDCA é o método de gerenciamento de processos ou de sistemas”

(CAMPOS, 1996, p.262).

Paladini apud Santos (2002) sugere que o planejamento seja aplicado

de forma cíclica, partindo de objetivos expressos que são implantados

inicialmente, em escala experimental ou restrita a determinadas áreas ou

situações. O processo prevê o acompanhamento dessas ações de forma

permanente e garante um processo organizado de melhoria.

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De acordo com Campos (1992), a fase P(plan) consiste nas etapas de

identificação do problema, observação (reconhecimento das características do

problema), análise do processo (descoberta das causas principais que

impedem o atingimento das metas) e plano de ação (contramedidas sobre as

causas principais). A fase D (do) do PDCA de melhoria é a de ação, ou

atuação de acordo com o plano de ação para bloquear as causas

fundamentais. Na fase C (check), é feita a verificação, ou seja, a confirmação

da efetividade do plano de ação para ver se o bloqueio foi efetivo. Já na fase A

(action) existem duas etapas, a de padronização e a de conclusão. Na etapa

de padronização, caso o bloqueio tenha sido efetivo, é feita a eliminação

definitiva das causas para que o problema não reapareça. Na etapa de

conclusão ocorre a revisão das atividades e planejamento para trabalhos

futuros. Caso na fase C (check), o bloqueio não tenha sido efetivo, deve-se

voltar na etapa observação da fase P (plan), realizando novamente o ciclo

descrito.

Figura 2 – PDCA (extraída de Falconi, 1995, p.30)

A(ACT)

P(PLAN)

D(DO)

C(CHECK)

DEFINIR ASMETAS

DEFINIR OS MÉTODOS

QUE PERMITIRÃOATINGIR AS METAS

PROPOSTAS

EDUCAR ETREINAR

EXECUTARA TAREFA(COLETARDADOS)

ATUARCORRETAMENTE

VERIFICAR OSRESULTADOS DATAREFA EXECUTADA

A(ACT)

P(PLAN)

D(DO)

C(CHECK)

DEFINIR ASMETASDEFINIR ASMETAS

DEFINIR OS MÉTODOS

QUE PERMITIRÃOATINGIR AS METAS

PROPOSTAS

DEFINIR OS MÉTODOS

QUE PERMITIRÃOATINGIR AS METAS

PROPOSTAS

EDUCAR ETREINAREDUCAR ETREINAR

EXECUTARA TAREFA(COLETARDADOS)

EXECUTARA TAREFA(COLETARDADOS)

ATUARCORRETAMENTEATUARCORRETAMENTE

VERIFICAR OSRESULTADOS DATAREFA EXECUTADA

VERIFICAR OSRESULTADOS DATAREFA EXECUTADA

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Em se tratando do método utilizado para a solução de problemas é

importante ressaltar aos praticantes do CCQ sobre a importância da aplicação

do “Método de Solução de Problemas”. Deve-se aplicar um método estruturado

como o PDCA, pois ajuda de maneira eficaz na solução de problemas. Além

de tornar os aptos para detecção de um diagnóstico mais específico, com as

suas atividades e recursos planejados, de metas programadas pela gestão.

2.2 – MASP – Metodologia de Análise e Solução de

Problemas

O MASP é um método de solução de problemas concebido de forma

ordenada, composto de passos e subpassos predefinidos destinado a escolha

de um problema, análise de suas causas, determinação e planejamento de um

conjunto de ações que constituem uma solução, verificação do resultado da

solução e, finalmente, geração e disseminação de aprendizado decorrido de

sua aplicação. O MASP prescreve como um problema deve ser resolvido e,

não, como ele é resolvido. Nesse sentido, segue o modelo prescritivo também

definido como racional (BAZERMAN, 2004).

O MASP é um método baseado no ciclo PDCA. Esse método

considera o desenvolvimento de oito etapas que vão da identificação precisa

do problema a ser resolvido até o registro das lições aprendidas.

As oito etapas que compõe o MASP são: Identificação do problema;

Observação; Análise; Plano de ação; Execução; Verificação; Padronização e

Conclusão.

2.3 – Ferramentas da Qualidade

Vieira Filho (2003) descreve que as ferramentas da qualidade básicas

foram criadas há muito tempo por aqueles que iniciaram o processo de

qualidade total. Sua importância é reconhecida em todo o mundo. A partir do

momento em que todos entenderam que as decisões deviam basear-se em

fatos e dados, as ferramentas passaram a ser imprescindíveis. Estas

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ferramentas são gerenciais e permitem a análise de fatos e tomadas de

decisões com base em dados.

Segundo Toyota (2008), as Ferramentas da Qualidade utilizadas para

coletar, sintetizar e analisar dados (quantitativos e qualitativos) são: Folha de

coleta de dados ou lista de verificação, diagrama de Pareto, estratificação,

diagrama de causa e efeito, histograma, diagrama de dispersão, gráfico de

controle. Podem-se utilizar as sete ferramentas básicas da qualidade para o

desenvolvimento de um CCQ, porém existem outras que também podem ser

utilizadas de acordo com o projeto desenvolvido que auxiliarão o grupo na

execução do CCQ.

Não se espera que um CCQ use todas essas técnicas durante as

atividades para solução de problemas, apenas os métodos mais adequados

para o projeto estudado.

Antes de se falar da conceituação da metodologia dos Círculos de

Controle de Qualidade, é de importante valia, a conceituação das ferramentas

da qualidade, pois tais ferramentas estão diretamente ligadas com todo o

sistema de elaboração dos CCQ, ou seja, essas ferramentas são à base de

elaborações desses trabalhos de Controle de Qualidade.

2.3.1 – Diagrama de causa-efeito

Segundo PALADINI (1997), o Diagrama de Causa-Efeito também é

conhecido como gráfico de espinha de peixe, é um instrumento voltado para a

análise de processos produtivos, onde o eixo principal mostra um fluxo de

informações e as espinhas representam contribuições secundárias ao

processo sob análise. O diagrama ilustra as causas principais de uma ação,

para as quais convergem sub causas (causas menos importantes), levando ao

sintoma, resultado ou efeito final de todas (interação) e cada uma (reflexos

isolados) dessas causas. O diagrama permite a visualização da relação entre

as causas e os efeitos delas decorrentes.

A aplicabilidade dessa ferramenta é muito vasta, desde a análise de

defeitos, falhas, perdas e desajustes do produto à demanda, no estudo de

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melhorias ocorridas acidentalmente, ou até mesmo na estruturação de

situações que devem ser mantidas ou eliminadas.

DEMING (1990) relata a ferramenta de uma forma mais objetiva,

dizendo que permite estruturar hierarquicamente as causas estruturais de um

determinado problema ou melhoria, bem como seus efeitos sobre a qualidade

de um produto, permite também estruturar qualquer sistema que necessite de

uma resposta de forma gráfica e sintética.

Esse diagrama também é conhecido como “4M´s” ou “6M´s”, pois

temos seis tipos de problemas que podem ser classificados: método, matéria-

prima, mão-de-obra, máquinas, medição, meio ambiente.

Figura 3 – Diagrama de causa-efeito (extraída de Ishikawa 1996)

2.3.2 – Histograma

Segundo PALADINI (1997), os histogramas são estruturas utilizadas

na estatística para representação de dados, trata-se de um sumário gráfico de

variação de uma massa de dados. A representação dos dados sob forma de

histogramas facilita a visualização do padrão básico, que identifica a população

de onde eles foram extraídos, o que seria impraticável em tabelas

convencionais.

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2.3.3 – Gráficos de Controle

ABREU (1991) relata que o Gráfico de Controle tem como princípio

que todo o processo tem variações estatísticas, a partir dessa determinação de

variação, é possível a determinação de parâmetros que nos informe se o

processo está ocorrendo dentro dos limites esperados ou se existe algum fator

que está fazendo com que o mesmo saia controle.

PALADINI (1997, p.67) é mais técnico em sua definição: “[...] são

modelos que especificam limites superiores e inferiores dentro dos quais

medidas estatísticas associadas a uma dada população. A tendência da

população é mostrada por uma linha central; as curvas determinam a evolução

histórica de seu comportamento e a tendência futura”.

2.3.4 – Folhas de checagem

As Folhas de checagem são formulários que devem ser criados para

um preenchimento rápido e conciso, onde possam ser registrados todos os

dados necessários para verificação, permitindo assim uma percepção da

realidade e uma imediata interpretação da situação auxiliando na diminuição

de erros.

Segundo PALADINI (1997), Folhas de Checagem são dispositivos

utilizados para registro de dados. As folhas são estruturadas conforme

necessidades específicas de seus usuários, e por isso apresentam extrema

flexibilidade de elaboração, utilização e interpretação. Estas folhas não devem

ser confundidas com checklists.

2.3.5 – Diagrama de Pareto

O diagrama de Pareto tem o objetivo de mostrar a importância de

todas as condições com a finalidade de definir o ponto de partida para solução

de problemas. Esta ferramenta foi formulada após Vilfredo Pareto descobrir

que havia uma desigualdade na distribuição de renda, onde 20% do povo

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detinham 80% da riqueza, daí a denominação similar do principio de Pareto

com principio 80-20, logo é utilizada para identificar o problema principal

através de diferentes critérios de medição.

DEMING (1990) conceitua os Gráficos de Pareto como uma forma

especial de barras verticais, que dispõe os itens analisados, desde o mais

frequente até o menos frequente, tendo como objetivo estabelecer prioridades

na tomada de decisão. O método de análise permite classificar os problemas

de qualidade identificando os poucos problemas que são vitais e diferenciando-

os dos muitos que são triviais.

BRASSARD (1994) relata que o Gráfico de Pareto é uma forma

especial do gráfico de barras verticais, que permite determinar quais problemas

solucionar e quais anomalias são prioridades.

PALADINI (1997) diz que a ferramenta utiliza de uma analogia dos

princípios de economia fixados por Vilfredo Pareto, no século passado, Juran

utilizou o mesmo princípio na década de 1950 para mostrar que os principais

defeitos são derivados de um pequeno número de causas.

Segundo Chaves (2006), o Gráfico de Pareto serve para dispor os

dados de um problema, e assim visualizar qual é a sua parte mais importante,

sobre a qual se deve atuar para obter um resultado que gere um maior

impacto. Resolvido o tema mais relevante, refazemos o gráfico, e assim

atacamos a segunda prioridade e assim sucessivamente.

2.3.6 – Fluxogramas

Segundo PALADINI (1997), Fluxogramas são representações gráficas

das etapas pelas quais passa um processo. Os fluxogramas permitem um

rápido entendimento de como um processo opera, como em uma programação

computacional. Esta ferramenta tem o objetivo descobrir os desvios do

processo de um produto e/ou serviço, é representada por ilustrações

sequencial das etapas dos processos e permite observar todos os materiais ou

serviços que entram e saem do processo, além das tomadas de decisões que

devem ser tomadas.

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Ferramenta utilizada quando necessário entendimento do processo,

em busca de oportunidades de melhorias e identificação de pontos críticos. É

adotada também em desenho de novos processos e para facilitar a

comunicação entre os envolvidos no processo.

2.3.7 – Método Brainstorming

De acordo com Branco Filho (2000), o brainstorming foi criado como

objetivo de regular a participação das pessoas em um ambiente de reunião ou

mesmo local de trabalho quando se deseja ter ideias, levantar causas ou

mesmo levantar problemas. É uma ferramenta que se presta à atividade

participativa, onde todos terão a oportunidade de expor opinião. Segundo o

autor, existem quatro regras básicas para o sucesso desta ferramenta: Eliminar

qualquer crítica, para que não haja inibição nem bloqueio; Apresentar as ideias

tais quais surgem na cabeça, sem rodeios, elaboração ou maiores

considerações; As ideias consideradas loucas podem ser as grandes soluções,

quantidade gera qualidade; Combinar e melhorar as ideias já existentes,

facilitando a geração de ideias adicionais.

A base dos trabalhos dos Círculos de Controle de Qualidade, esta

diretamente ligada, sobretudo na forma como as reuniões são conduzidas e

sistematizadas, o método brainstorming auxilia na busca de ideias.

Esse método propõe que um grupo de pessoas se reúna e se utilizem

de pensamentos divergentes para que possam chegar a um denominador

comum eficaz e com qualidade, gerando assim ideias inovadoras que abrem

diversos caminhos que auxiliam e vão desenhando o direcionamento do

desenvolvimento do projeto.

A técnica do brainstorming tem várias aplicações, dentre elas:

desenvolvimento de novos produtos, publicidade, resolução de problema,

gestão de processos, gestão de projetos, formação de equipes.

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Tipos de Brainstorming

• estruturado: Nessa forma, todas as pessoas do grupo devem dar uma

ideia a cada rodada ou “passar” até que chegue sua próxima vez. Isso

geralmente obriga até mesmo o tímido a participar, mas pode também criar

certa pressão sobre a pessoa.

• não estruturado: Nessa forma, os membros do grupo simplesmente

dão as ideias conforme elas surgem em suas mentes. Isso tende a criar uma

atmosfera mais relaxada, mas também há o risco de dominação pelos

participantes mais extrovertidos.

2.3.8 – 5W1H ou 5W2H

O 5W1H pretende responder a 6 questões: Why? What? Who? When?

Where? e How? (Por que? O que? Quem? Quando? Onde? E como?). Já o

5W2H além dessas 6 ainda acrescenta uma sétima pergunta How much?

(Quanto?). São utilizados para identificar os relacionamentos entre as causas e

a hierarquia e isto identifica a raiz dos problemas questionando os cinco “Por

quês” ou “Why” da ocorrência de cada problema (BAMFORD e

GREATBANKS, 2005; LIN e LUH, 2009).

Segundo Ballestero-Alvarez (2012), a técnica 5W2H é uma ferramenta

bastante simples, mas potente para auxiliar o desenvolvimento da análise e o

conhecimento do processo ou do problema a resolver.

2.3.9 – Técnica dos 5 porquês

O método dos cinco porquês é uma prática utilizada na solução de

problemas com a finalidade de descobrirmos a sua principal causa.

Perguntamos o porquê da anomalia e ao chegarmos ao quinto “Por quê”,

provavelmente teremos a causa raiz do problema.

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CAPÍTULO III

CCQ nas organizações

Neste capitulo entenderemos como funciona o CCQ dentro da

organização, mesclando a teoria de escritores com exemplo real de um

programa em uma organização.

Para este estudo utilizaremos documentos das empresas CSN –

Companhia Siderúrgica Nacional e Sepetiba Tecon que aplicam o CCQ. Todas

as documentações utilizadas são referentes ao CCQ do ano de 2014 e foram

permitidas para divulgação através da autorização para divulgação de

informações de empresas, anexo 1.

Antes de iniciarmos a ditar como o CCQ é utilizado, será apresentado

o cenário das organizações que serão expostas neste trabalho.

3.1 – Apresentação das organizações em estudo - CSN e

Sepetiba Tecon

3.1.1 – CSN – Companhia Siderúrgica Nacional

Fundada em abril de 1941, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) é

o mais abrangente complexo siderúrgico integrado da América Latina, graças à

combinação de minas próprias, usina, ferrovias e portos em suas operações.

A partir da Usina Presidente Vargas, em Volta Redonda, no Estado do

Rio, a companhia produz laminados a frio e a quente, galvanizados e folhas

metálicas para atender às indústrias automotiva, de embalagens, de utilidades

domésticas, de construção civil, de máquinas, equipamentos e tubos e várias

outras.

Privatizada em 1993, a CSN é hoje uma empresa altamente

competitiva, devido a excelência de seu corpo técnico e gerencial, à

autossuficiência em minério de ferro e fundentes (calcário e dolomita), à

integração de suas atividades produtivas e ao resultado dos investimentos

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efetuados ao longo dos últimos anos em novos equipamentos, energia e

logística.

A busca da satisfação dos clientes, através de um alto padrão de

relacionamento, propicia à empresa subsídios para adaptar e desenvolver

novos produtos, aumentar a qualidade e aprimorar o atendimento técnico,

assegurando, de forma crescente, maior competitividade à sua atuação.

Neste estudo será apresentado o programa CCQ da CSN – TECAR,

Terminal de Granéis sólidos (carvão e minério de ferro) localizada no Porto de

Itaguaí – RJ.

3.1.2 – Sepetiba Tecon

Constituída em 11 de setembro de 1998, a empresa SEPETIBA

TECON S.A., tem como único acionista desde maio de 2004 a CSN. O

Sepetiba Tecon é uma empresa do segmento portuário cujo foco é

movimentação de contêineres, produtos siderúrgicos, veículos e cargas gerais

e se localiza no Porto de IItaguaí- RJ.

3.2 – Estruturação do CCQ

De acordo com Teixeira, Teixeira e Fonseca (2006), antes da

implantação de CCQ faz-se necessário realizar um longo trabalho de

preparação, motivando a todos os envolvidos, desde diretores e seus altos

gerentes até colaboradores, treinando-os com métodos, conceitos de

qualidade, assegurada a análise de problemas a fim de que entendam todo o

processo.

Segundo Wiest (1985) os programas de CCQ devem ser introduzidos

na empresa como estratégia pela diretoria, desta forma a alta gestão deve

tomar frente para as mudanças necessárias para implantar o CCQ. Trata-se de

uma decisão amadurecida.

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Segundo Rodrigues (2011) a implantação de CCQ em uma empresa

depende do seu porte, para se definir a forma de implantação, para tanto deve-

se seguir um plano geral que normalmente inclui:

• Campanha motivacional através de palestras, filmes, debates,

literaturas sobre o tema;

• Treinamento, visando identificar os principais objetivos e a técnica

para a solução de problemas;

• Formação de grupos utilizando as técnicas de Brainstorming;

• Nomeação de líderes e definir os nomes de cada grupo;

• Proceder as reuniões de entrosamento entre os membros;

• Definição dos temas que cada grupo irá trabalhar;

• Elaboração de um cronograma de atividades;

• Acompanhamento do coordenador.

De acordo com Ballestero-Alvarez (2012) muitos chefes não aceitam

que seus subordinados ofereçam ideias que possam proporcionar mudanças e

melhorias no setor, deste modo os grupos de melhorias podem perder força.

Daí a grande importância da conscientização de todos os líderes envolvidos

nos projetos que devem direcionar seus subordinados. Apenas com a alta

direção acreditando e patrocinando o CCQ este conseguirá se desenvolver e

começar a trazer resultados positivos para a organização.

Nas organizações em estudo o programa foi implantado pela alta

direção e ocorre anualmente sendo planejado pela equipe de qualidade que

realiza o levantamento de empregados engajados no programa que são

treinados e acompanhados de perto, junto ao seu projeto.

A participação é voluntaria e não é necessário que todos os

participantes sejam da mesma área, o que contraria algumas teorias iniciais

sobre o CCQ. Apesar de não serem necessariamente da mesma área, todos

os participantes devem exercer uma função relevante para a execução do

projeto em questão, um participante só pode fazer parte de apenas um grupo.

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Todos os empregados da CSN e Sepetiba Tecon estão aptos a

participar do CCQ, com exceções para a participação dos líderes e

empregados de empresas terceiras.

3.3 – CCQ – CSN e Sepetiba Tecon

A fim de entendermos como um CCQ é realizado por uma empresa de

grande porte, levaremos em consideração o programa realizado pelas

empresas em estudo no ano de 2014. Ambas as empresas tem seu próprio

programa, sendo a CSN – Tecar realizando desde o ano de 2013 anualmente

e o Sepetiba Tecon ter realizado seu primeiro programa em 2014.

No ano de 2014 o programa CCQ tanto na CSN como no Sepetiba

Tecon durou aproximadamente 5 meses, seguindo as etapas da seguinte

ordem cronológica:

• Divulgação Interna: Realizado através de solicitação da equipe de

qualidade pela comunicação via canais internos.

• Inscrição: Recebimento de formulário padrão de inscrição dos

empregados com interesse em participação.

• Treinamento: Realizado a todos os empregados escritos, a baixa

adesão dos participantes ao treinamento é critério de desclassificação.

• Entrega do termo de abertura: Termo que tem como finalidade

apresentar e formalizar o projeto.

• Desenvolvimento dos projetos: Desenvolvimento por parte dos

empregados dos projetos apresentados.

• Acompanhamento dos projetos: Acompanhamento por parte da

área da Qualidade dos projetos em desenvolvimento, esta etapa acontece em

paralelo ao desenvolvimento dos projetos.

• Apresentação dos projetos: Apresentação de todos os projetos a

alta direção, onde cada grupo é pontuado através de uma comissão julgadora

que define os melhores projetos.

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Buscando entender o que um projeto oriundo do programa CCQ pode

trazer de benefícios para organização, abordaremos os projetos vencedores

das empresas em estudo do ano de 2014.

3.3.1 – CCQ CSN – Tecar

Em 2014 foram validados 8 grupos no programa CCQ pela CSN e

vamos abordar o grupo vencedor focando no desenvolvimento e resultado

alcançado analisando quais os benefícios para a organização e para os

participantes.

Com a visão de ser um grupo participativo com competência

reconhecida nacionalmente pelas organizações e missão de solucionar as

condições inseguras de segurança e melhorar a confiabilidade de

equipamentos Portuários o grupo vencedor definiu como problemática a

deficiência no sistema de vibração do equipamento Virador de Vagões 1 –

VV1.

A decisão por esta problemática veio através do uso do PDCA, onde

na etapa do planejamento foram utilizadas as ferramentas Brainstorming e

Matriz GUT que auxiliaram diretamente na definição deste item.

Identificado o problema, foi estudado o histórico de quebras e

manutenções para observar o comportamento do equipamento onde foram

levantados diversos pontos, como:

• Equipamento parado devido ao não funcionamento do moto-

vibrador e alto gasto por trocas;

• Acumulo de sucata ao meio ambiente devido ao excesso de troca

de moto-vibradores;

• Alto risco de acidente por exposição ao risco e retrabalho;

• Desperdício de material por mau funcionamento.

Com o decorrer do planejamento do projeto, foi utilizado outra

ferramenta da qualidade denominada Técnica dos 5 Porquês, onde observou

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que o problema estava associado ao projeto original do equipamento que

necessitava ser revisto para reduzir a vibração no motor. Buscando entender

melhor o fenômeno o grupo utilizou o Diagrama de Causa-Efeito para detalhar

suas diversas vertentes, logo ficaram evidentes as condições relacionadas ao

problema.

Como próximo passo o grupo buscou através de históricos de

manutenções descobrir o custo proveniente deste problema que anualmente

passava de R$ 140.000 quando considerado custos de equipamentos e mão

de obra. A partir destes conjuntos de informações foi aplicado a ferramenta

5W2H que definiu o que deveria ser desenvolvido para resolver o problema em

questão, um novo vibrador seria feito com especificações que atenderiam os

requisitos absorvidos no decorrer do planejamento.

Entendendo todo o processo necessário para a resolução do problema

apresentado, o grupo definiu seguinte objetivo e meta:

Objetivo: Solucionar problema crônico que interfere na produção do

Virador de vagões, especificamente em vagões com minério compactado.

Meta: Tornar um ambiente seguro, saudável. Aumentar a confiança

mútua entre os setores responsáveis da empresa, valorizando ainda mais o

trabalho em equipe para maior desempenho do Grupo CSN.

Com todas as informações oriundas das ferramentas aplicadas o grupo

iniciou a parte de execução, que neste caso trata-se da criação de um novo

vibrador que tenha capacidade de suportar a vibração do equipamento. Com o

intuito de buscar ideias para esta criação foi realizado novo Brainstorming,

aonde chegaram aos requisitos essenciais que deveriam conter em nova peça.

A fim de organizar todas as etapas da execução foi elaborado plano de

ação através da ferramenta 5W2H.

Após término do projeto o grupo chegou as seguintes conclusões

sobre os resultados obtidos:

• Ganhos tangíveis: Maior produtividade do equipamento e redução

dos serviços rotineiros.

• Ganhos Intangíveis: Executantes motivados e cliente satisfeito

(neste caso o cliente é a área interna de operação).

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Verificando os resultados foi realizada uma comparação com situação

anterior com posterior do projeto implantado de acordo com quadro abaixo:

ANTES DEPOIS

Falta de confiabilidade no sistema de

vibração do equipamento

Maior confiabilidade no sistema de

vibração do equipamento

Perda de produção por demora da

descarga por material aglomerado Maior produtividade no equipamento

Serviço repetitivo Redução da quantidade de mão de

obra durante a manutenção

Maior exposição ao risco Menor exposição ao risco

Maior tempo de manutenção Menor tempo de manutenção

Quadro 1 – Comparação resultados CCQ CSN

Observando este caso visualizamos os diversos benefícios que este

projeto gerou para a organização desde financeiro como motivacional para

seus empregados na área de operação e manutenção, além dos integrantes

do grupo do projeto.

3.3.2 – CCQ Sepetiba Tecon

Em 2014 foram validados 6 grupos no programa CCQ pelo Sepetiba

Tecon e assim como feito acima este estudo será focado no desenvolvimento

e no resultado alcançado pelo projeto vencedor analisando quais os benefícios

para a organização e para os participantes.

Neste projeto o grupo buscou identificar anomalias viabilizando

recursos para restabelecer as plenas funções de equipamentos, visando

melhorar a confiabilidade do processo de operação.

Logo, foi realizada pesquisa nos indicadores da área de manutenção e

realizado Diagrama de Pareto das falhas de um dos principais equipamentos

da operação para encontrar soluções imediatas de baixo custo e de fácil

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implementação. Este equipamento é chamado de Portainer - PT que é

responsável pelo embarque e desembarque de containers nos navios, onde o

foco do projeto objetivou o Spreader que é um equipamento integrado ao PT

de extrema importância responsável pela manipulação direta dos containers.

Através do entendimento dos itens resultantes do Diagrama de Pareto

e da matriz de priorização - RAB, o grupo definiu que o problema a ser

explorado seria a baixa visibilidade do operador quando posicionado sobre

container, esta decisão foi tomada pela soma das diversas falhas em comum

ao sistema funcional do Spreader, mais o fator segurança.

O grupo aborda a visão limitada do operador durante a operação do

navio como causa raiz do problema, devido as diferentes alturas das pilhas de

container que impedem a visão no embarque e desembarque dentro do porão

do navio. Definido a causa raiz, o grupo através do método brainstorming e do

diagrama de Ishikawa buscou as principais causas para centralização dos

esforços.

Após todo o estudo sobre o problema o grupo desenvolveu projeto de

instalação de câmera em ponto especifico da maquina que possibilita a visão

de cima do Spreader quando dentro do porão do navio.

Como um dos principais benefícios para a organização o grupo

ressaltou a diminuição do fator de risco pessoal, devido a esta atividade expor

seus colaboradores a contato direto com a operação, logo expostos a alto

risco. Outro ponto é a diminuição do risco material, como avarias nos

equipamentos, navios, containers e em casos extremos na mercadoria

transportada, ocasionando multas e similares, além do que o grupo define de

risco social que é a mídia negativa perante aos clientes devido a produtos

avariados.

3.4 – Formas de recompensas do CCQ

Segundo Abreu (1987), as recompensas consistem em entregar

premiações aos integrantes dos CCQs que concluíram trabalhos e os viram

implantados no âmbito da empresa. Os prêmios não tem o cunho de “pagar”

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aos circulistas pelas suas contribuições, o que traria um aspecto mercantilista

ao movimento. A premiação tem como princípio servir como estímulo e

reconhecimento pelos esforços adicionais que fizeram para a companhia.

Os prêmios podem ser em bens ou serviços, não aconselhando a

entrega de dinheiro que tenderiam a desvirtuar as finalidades do programa de

CCQ.

Não há muitas citações referentes às formas de reconhecimento do

programa do CCQ. As principais formas de reconhecimento adotadas por

algumas empresas, conforme UBQ (2007):

:

• Implantação das sugestões aprovadas;

• Divulgação dos trabalhos realizados pelos grupos;

• Promoção de treinamentos, encontros e congressos;

• Programas de lazer;

• Visitas técnicas;

• Sorteio de prêmios entre os colaboradores dos grupos;

• Apresentação dos trabalhos em: exposições, encontros, congressos,

feiras;

• Entrega de lembrança às apresentações como troféus, distintivos,

certificados, objetos;

• Concursos internos: logotipo para empresa, logotipo dos grupos, frases;

• Informativos: jornais, sites, boletins.

Nas empresas citadas neste estudo o método de recompensa é

através de brindes para os 3 primeiros melhores grupos colocados, este

ranking e definido por comitê que avalia todos os grupos que devem

apresentar o projeto de forma criativa explorando todas as ferramentas

utilizadas, respeitando regulamento do programa.

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3.5 – Benefícios do Programa CCQ

Moinhos e Mattioda (2011) destacam que um CCQ contribui para o

desenvolvimento de um ambiente agradável para se trabalhar, além de

aprimorar as habilidades individuais e potencialidades do colaborador. Em

resumo, as atividades levam ao autodesenvolvimento de cada colaborador

participante de um CCQ.

Através do uso do método de CCQ, os colaboradores podem identificar

de forma simples os problemas apresentados na linha de produção ou

processos, devido os mesmos trabalharem todos os dias na mesma função,

podendo dar sugestões de melhorias nestas situações, de forma que o

problema seja solucionado evitando que o mesmo volte a ocorrer. Isso faz com

que cada colaborador veja a sua importância dentro da empresa, e a

satisfação em fazer parte de uma empresa que o incentiva a dar ideias para

realizar melhorias. Desta forma, o colaborador torna-se consciente sobre a

função que desempenha dentro da empresa, contribuindo com sugestões de

aperfeiçoamento em todas as etapas produtivas até o produto acabado, que é

responsável pela qualidade do trabalho que desenvolve.

De acordo com Abreu (1991), o CCQ ajuda no desenvolvimento das

habilidades dos colaboradores, desta forma apresentam um crescimento

pessoal e profissional relativamente maior em relação àqueles que não

participam do programa.

Segundo Sato (2012), o uso das práticas de CCQ tem como objetivos

básicos principais:

• Aumentar a motivação dos colaboradores, por meio da

oportunidade de participação na solução dos problemas da empresa;

• Concorrer para a formação de uma mentalidade de qualidade

difundindo a filosofia de autocontrole e prevenção de falhas;

• Garantir a qualidade do produto;

• Coletar novas ideias;

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• Aumentar a produtividade do trabalho;

• Reduzir custos e diminuir perdas;

• Criar aptidão para resolver e evitar problemas;

• Melhorar a comunicação e o relacionamento humano.

De acordo com as referências citadas acima, o CCQ é colocado como

um programa que desenvolve principalmente seus participantes, logo

acarretando empregados com maior nível de comprometimento e motivação,

além do aprimoramento de suas habilidades e conhecimento.

Detalhando os benefícios que podem ser gerados as organizações

através do CCQ, serão apresentadas vantagens para as empresas, assim

como para as pessoas envolvidas, separando em duas vertentes, conforme

abaixo:

Para a empresa, os CCQ’s trazem como vantagens:

• Maior lucratividade, redução de custos;

• Otimização dos recursos alocados à organização, com

consequente aumento na produtividade, melhoria na qualidade dos produtos e

serviços;

• Reputação e prestígio dos produtos e da empresa perante a

comunidade;

• Empregados conscientes quanto a problemas, custos,

desperdícios e qualidade;

• Melhoria contínua nos processos e racionalização do trabalho;

• Criação ou incremento do hábito de trabalho em grupo;

• Competitividade dos seus produtos no mercado;

• Melhoria no relacionamento humano;

• Maior união entre empregados, voltada ao desenvolvimento

pessoal e da empresa;

• Incremento na motivação dos empregados;

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38

Para as pessoas que participam dos CCQ’s, as vantagens e benefícios

são:

• Desenvolvimento pessoal e profissional, dinâmico e permanente,

face à troca de experiências entre os componentes do grupo;

• Satisfação pessoal por poder influenciar e contribuir para que a

organização alcance seus objetivos;

• Melhoria no ambiente de trabalho, devido à redução de

dificuldades para executar as suas tarefas e um melhor conhecimento do

processo em que atua;

• Melhoria no relacionamento humano;

• Melhoria na capacidade de administrar. As técnicas que se

aprende, permitem tomadas de decisão convictas, com base cientifica, o que

contribui inclusive para um melhor aproveitamento do salário;

• Realização profissional, poder participar na implantação de

mudanças, ser reconhecido pelos seus superiores;

Considerando os projetos citados da CSN e Sepetiba Tecon, temos

seus principais benefícios em linhas diferentes ressaltando respectivamente

benefícios financeiros e de ambiente de trabalho para a organização.

Visando aprofundar entendimento, foi elaborado questionário com

intuito de levantar visão gerencial, assim como operacional sobre o programa

CCQ, analisando quais são seus benefícios e sua representação para a

organização. Este questionário abordou cinco empregados ao todo contendo

empregados CSN e Sepetiba Tecon, sendo um de nível gerencial, dois

representantes da qualidade que comandaram o programa CCQ e os líderes

dos grupos vencedores das empresas citadas neste estudo.

As conclusões sobre este questionário são exclusivamente para este

estudo com referência nas empresas citadas e não são parâmetros para

estabelecer tendência de outras organizações.

Foram estabelecidos dois questionários, onde o primeiro (Questionário

Benefícios CCQ – Visão Operacional, Anexo 2) foi respondido por

representante de ambos os grupos vencedores dos programas citados e visa

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39

identificar o sentimento do empregado em realizar o CCQ e como ele vê a

importância dos resultados para a organização, o segundo (Questionário

Benefícios CCQ – Visão Estratégica, anexo 3) tem maior foco em entender a

visão dos responsáveis que estão à frente do CCQ, assim como da direção

sobre o programa e seus benefícios.

Consolidando as informações do primeiro questionário, os empregados

demonstram a satisfação de poder participar do aprimoramento dos

equipamentos/processos da organização utilizando de métodos únicos

desenvolvidos por eles favorecendo em redução de custos, aumento de

produtividade e segurança. Como aprendizado citaram a utilização das

ferramentas da qualidade, analise de falhas, desenvolvimento de projetos entre

outros que auxiliam em toda vida profissional.

No segundo questionário, como importância para a organização é

citado o desenvolvimento do intelecto interno, assim como a redução dos

custos, melhora nos processos, motivação e autoestima dos empregados.

O programa estimula o envolvimento dos empregados e o

aperfeiçoamento dos processos que resulta na diminuição de gargalos

existentes, tornando a estrutura mais clara facilitando o andamento das

atividades, logo, se gerencia melhor o tempo e os custos diminuem.

Para o empregado, o programa deixa uma bagagem de conhecimentos

teóricos e ressalta sua valorização, pois através de ideais e simples ações

podem gerar diversos benefícios para a organização.

Quando questionado o programa CCQ como diferencial, os

entrevistados citam que internamente o programa possui grande destaque e

pode se considerar como diferencial para seus processos, pois seu objetivo

esta em resoluções e aprimoramento, porém para seus clientes externos e

para o mercado não há influencia.

A análise dos questionários aplicados reforça as definições acima

descritas por alguns escritores, descrevendo que os benefícios do programa

CCQ podem ser diversos, com destaque ao desenvolvimento dos envolvidos e

aprimoramento dos processos resultando na produtividade ou na redução dos

custos.

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40

CONCLUSÃO

Após a finalização do trabalho, percebe-se o quanto o programa dos

Círculos de Controle de Qualidade podem beneficiar as organizações, uma vez

que engloba toda uma bagagem de conceitos e ferramentas que desenvolvem

os envolvidos e auxiliam na estruturação e aprimoramentos dos processos.

As empresas observaram que para uma base consistente e

estruturação de suas operações e atividades é importante que haja

padronização e metodologias bem definidas, com isso a área de qualidade

ganha espaço e traz programas como o CCQ.

Quando se utiliza a teoria e metodologia na prática, fica evidente que

os conceitos relatados não ficam apenas no campo teórico, mas sim são

revertidos em uma praticidade muito importante para a otimização dos

processos produtivos, acarretando em inúmeros benefícios, ressaltando os que

ditam o desenvolvimento dos empregados e redução de custos conforme

destaques citados nos capítulos acima.

Os Círculos de Controle de Qualidade apresentam grande

disseminação nas organizações, as empresas estão investindo cada vez mais

nessa metodologia, devido aos inúmeros benefícios para elas, como melhora

da qualidade, segurança no trabalho e redução de custos, assim como os

benefícios para os colaboradores participantes, como a valorização do trabalho

em equipe e métodos para identificar e resolver anormalidades, enfim, traz

benefícios para toda a sociedade, pois o conhecimento, aliado com a

produtividade, são fatores de sucesso para qualquer organização.

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41

ANEXOS

Índice de anexos

Anexo 1 >> Autorização para divulgação de informações de empresas;

Anexo 2 >> Questionário Benefícios CCQ – Visão Operacional; Anexo 3 >> Questionário Benefícios CCQ – Visão Estratégica;

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ANEXO 1

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43

ANEXO 2

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ANEXO 3

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45

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

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BIBLIOGRAFIA CITADA

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2. ABREU, Romeu Carlos Lopes. CCQ Círculos de Controle da

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3. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT.

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4. BALLESTERO-ALVAREZ, María Esmeralda. Gestão da qualidade,

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5. BAMFORD, D.R.; GREATBANKS, R.W. The use of quality

management tools and techniques: a study of application in

everyday situations. International Journal of Quality & Reliability

Management, v. 22, n.4, 2005.

6. BAZERMAN, M.H. Processo Decisório: para cursos de

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7. BRANCO FILHO, Gil. Dicionário de termos de manutenção, e

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8. BRASSARD, Michael. Qualidade: Ferramentas para uma melhoria

contínua. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1994.

9. CAMPOS, V. F. TQC: Controle da Qualidade Total (no estilo

japonês). 3 ed. Belo Horizonte: Boch, 1992.

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10. CAMPOS, Vicente Falconi. Gerenciamento pelas diretrizes. 2ª ed.

Belo Horizonte: Fundação Christiano Ottoni, 1996.

11. CHAVES, N. M. D. CCQ - soluções em equipe. Belo Horizonte: Editora

de Desenvolvimento Gerencial, 1998.

12. CHAVES, Neusa Maria Dias. Caderno de Campo das equipes de

melhoria contínua. Nova Lima: INDG, 2006.

13. DEMING, W. E., Qualidade: a revolução da administração. Ed

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14. DRUMOND, Regina Coeli Chassim. CCQ – uma realidade brasileira.

Belo Horizonte: O lutador, 1986.

15. FERRO, José Roberto; GRANDE, Márcia Mazzeo. Círculos de

controle da qualidade no Brasil: sobrevivendo ao “modismo”.

Revista de Administração de Empresas. São Paulo, vol. 37, n.4, p.78-

88, out./dez.,1997.

16. IMAI, Masaaki. Kaizen, A estratégia para o sucesso competitivo. São

Paulo: Imam, 1994.

17. ISHIKAWA, K. Controle de qualidade total à maneira japonesa. Rio

de Janeiro: Campus, 1993.

18. JURAN, J.M., Juran planejando para a qualidade. São Paulo: Editora

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19. MARCHETTI. E. Círculos de Controle da Qualidade – CCQ. [s.d.].

Gerenciamento Industrial. Disponível em: <

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Acesso em: 19 mai. 2015.

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20. MEZOMO, J.C. Gestão da Qualidade na saúde: princípios básicos.

Barueri: Manole, 2001.

21. MOINHOS, C.; MATTIODA, R. A. Círculos de controle de qualidade

(CCQ) na indústria de autopeças. In Encontro Nacional de Engenharia

de Produção, 31, Belo Horizonte. Anais. Minas Gerais: ENEGEP 2011.

22. OLIVEIRA, S.T. Ferramentas para o aprimoramento da qualidade.

São Paulo: Pioneira,1996.

23. PALADINI, E.P. Qualidade Total na Prática – Implantação e

Avaliação de Sistemas de Qualidade Total. 2 ed. São Paulo: Atlas

S.A., 1997.

24. PESSOA, G. A. A importância dos círculos de controle da qualidade

na gestão participativa e melhoria contínua das organizações. São

Luiz: Fundação Getúlio Vargas. Escola Brasileira de Administração

Pública e de empresas. Curso de Mestrado Acadêmico em Gestão

Empresarial. 2004.

25. RODRIGUES, R. dos S. CCQ – Círculos de Controle da Qualidade.

2011. Disponível em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAe-

oUAB/aula-1-apresentacao-ccq>. Acesso em: 19 mai. 2015.

26. SANTOS, Antonio Raimundo dos. Metodologia científica: A

construção do conhecimento. 5ª ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.

27. SATO. Círculos de controle de Qualidade – CCQ. Disponível em:

<http://www.sato.adm.br/rh/circulos_de_controle_de_qualidad.htm>.

Acesso em: 2 abr. 2015.

28. SILVA, Marinilson Barbosa. Construindo lideranças: implicações

pessoais, comunitárias e educacionais. Porto Alegre: Sulina, 2004.

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53

29. TEIXEIRA,I.S.; TEIXEIRA, R. C. F. S; FONSECA, E. A. F.

Comprometimento social das empresas uma questão de ética

empresarial. Simpósio de Engenharia de Produção, XIII, 2006, Bauru.

Anais. São Paulo: SIMPEP, 2006.

30. TOYOTA Group. QC Circle Leader´s Guidebook for Level

Identification – How to get out of Zone D or C. Tokyo: JUSE Press

Ltd., 2008.

31. UBQ – União Brasileira para Qualidade. CCQ; um caminho para o

crescimento de pessoas, organizações e sociedade. 2007.

Disponível em:

<http://www.ubq.org.br/conteudos/detalhes.aspx?IdConteudo=96>.

Acesso em: 2 abr. 2015.

32. VIEIRA FILHO, Geraldo. – Gestão da qualidade Total-uma

abordagem prática. Campinas: Alínea, 2003.

33. WIEST, Nogert. Gestão Participativa, 2ª ed. Joinville: Editel, 1985.

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO ................................................................................... 02

AGRADECIMENTO ................................................................................... 03

DEDICATÓRIA .......................................................................................... 04

RESUMO ................................................................................................... 05

METODOLOGIA ........................................................................................ 06

SUMÁRIO .................................................................................................. 07

INTRODUÇÃO .......................................................................................... 08

CAPÍTULO I

Círculos de Controle de Qualidade (CCQ) – Conceito e

História ...................................................................................................... 10

1.1 Conceitos de Qualidade ..................................................................... 10

1.2 Conceitos de CCQ .............................................................................. 11

1.3 Objetivos do CCQ ............................................................................... 14

1.4 Origens dos Círculos de Controle da Qualidade ............................ 15 1.5 CCQ e suas características.................................................................. 17

CAPÍTULO II

Construção da Qualidade – Ciclo PDCA e Ferramentas da

Qualidade .................................................................................................. 18

2.1 Ciclo PDCA ..................................................................................... 18

2.2 MASP – Metodologia de Análise e Solução de Problemas ........... 20

2.3 Ferramentas da Qualidade ............................................................. 20

2.3.1 Diagrama de causa-efeito ..................................................... 21

2.3.2 Histograma ............................................................................ 22

2.3.3 Gráficos de Controle ............................................................. 23

2.3.4 Folhas de checagem ............................................................. 23

2.3.5 Diagrama de Pareto ............................................................... 23

2.3.6 Fluxogramas .......................................................................... 24

2.3.7 Método Brainstorming ........................................................... 25

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2.3.8 5W1H ou 5W2H ..................................................................... 26

2.3.9 Técnica dos 5 porquês .......................................................... 26

CAPÍTULO III

CCQ nas Organizações ............................................................................ 27

3.1 Apresentação das organizações em estudo - CSN e

Sepetiba Tecon ......................................................................................... 27

3.1.1 CSN – Companhia Siderúrgica Nacional ........................... 27

3.1.2 Sepetiba Tecon ..................................................................... 28

3.2 Estruturação do CCQ.......................................................................... 28

3.3 CCQ – CSN e Sepetiba Tecon .......................................................... 30

3.3.1 CCQ CSN – Tecar ................................................................ 31

3.3.2 CCQ Sepetiba Tecon ............................................................ 33

3.4 Formas de recompensas do CCQ ..................................................... 34

3.5 Benefícios do Programa CCQ ............................................................ 36

CONCLUSÃO ........................................................................................... 40

ANEXOS ................................................................................................... 41

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ................................................................ 45

BIBLIOGRAFIA CITADA ............................................................................ 50

ÍNDICE ....................................................................................................... 54