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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO
DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
A FALTA DE PREPARO DOS PROFESSORES DE EDUCAÇÃO INFANTIL AO
ENFRENTAR NOVOS DESAFIOS EM SUA PROFISSÃO.
Aluna: Sônia Maria da Cruz
ORIENTADORA:
PROF. Maria Esther de Araújo Oliveira
Rio de Janeiro
2007
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2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO
DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
A FALTA DE PREPARO DOS PROFESSORES DE EDUCAÇÃO INFANTIL AO
ENFRENTAR NOVOS DESAFIOS EM SUA PROFISSÃO.
Aluna: Sônia Maria da Cruz
Trabalho monográfico apresentado como requisito
parcial para obtenção do grau de especialista em junho
de 2007
3
AGRADECIMENTO
Ao meu esposo e amigos da área da educação infantil, que me apoiaram durante todo o período desse curso.
4
DEDICATÓRIA
Dedico a meu esposo, familiares e amigos.
5
RESUMO
A falta de preparo dos profissionais na educação infantil ao enfrentar novos
desafios em sua profissão é uma questão preocupante em nossa sociedade.
Somos sabedores de que esses profissionais têm consciência dessa questão e
procuram dentro do possível a preparação para enfrentarem esses desafios. Mas
são muitas as dificuldades encontradas, pois muitos gostariam de continuar seus
estudo acadêmicos, fazer novos cursos ou participar de eventos educacionais em
sua ou em outras localidades, mas, o baixo piso salarial pago à maioria deles,
muitas vezes não permite tal investimento em sua formação. Por outro lado, os professores da educação infantil, em grande parte, por
serem do sexo feminino, e também gestoras do seu lar, dividem o seu dia-a-dia
entre a profissão e os afazeres domésticos, sem contar que muitas vezes
precisam dobrar a carga horária de trabalho, em duas ou mais escolas para
melhorar os seus proventos não conseguem reservar um tempo para investir em
sua formação profissional.
Observamos ainda que são poucas as escolas que tem um número maior
de professores, sejam elas públicas ou particulares o que permite um
revezamento entre eles para fazer pesquisa ou participar de cursos e eventos
educacionais, durante os horários de trabalho. Raramente encontra-se escolas
que pagam os cursos e seminários para seus educadores e percebem que estão
investindo na maior riqueza de uma escola, que são seus professores.
O que importa é que hoje, esta questão da formação continuada do
professor é fato e que nós teremos de uma forma ou de outra participar de
maneira ativa junto aos segmentos educacionais na busca de soluções para este
problema.
E quais são os objetivos que se quer atingir com uma formação continuada?
Contribuir com a qualificação da ação docente no sentido de garantir uma
aprendizagem efetiva e uma escola de qualidade para todos;
6
Contribuir com o desenvolvimento da autonomia intelectual e profissional
dos docentes;
Desencadear uma dinâmica de interação entre os saberes pedagógicos no
desenvolvimento da formação e prática docente e pelos professores dos sistemas
de ensino;
Subsidiar a reflexão permanente sobre a prática docente, com o exercício
da crítica do sentido e da gênese da cultura, da educação e do conhecimento e o
aprofundamento da articulação dos componentes curriculares;
Institucionalizar e fortalecer o trabalho coletivo como meio de reflexão
teórica e construção da prática pedagógica.
7
METODOLOGIA
A presente pesquisa delimita-se a uma escola particular e filantrópica da
cidade do Rio de Janeiro, onde se procurou fazer leituras de obras literárias e de
documentos existentes naquela instituição, entrevistas com os diretores,
questionários com a orientadora pedagógica, nove professores que atuam em
salas de aulas, além daqueles que atuam com educação física/natação e música.
A pesquisa foi feita tomando como base os anos compreendidos entre 2003
a 2006.
Os principais autores que serviram de referência para este estudo foi a Sônia
Kramer, Beatriz Kulisz, entre outros.
8
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 09
CAPÍTULO I
A formação permanente do profissional de educação infantil 11
CAPÍTULO II
Evolução histórica do Educandário Romão do Mattos Duarte 16
CAPÍTULO III
Diagnóstico 19
CONCLUSÃO 26
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 28
ÍNDICE 30
ANEXOS 31
9
INTRODUÇÃO
Há tempos, pensava-se que quando o professor concluísse o magistério ou
a graduação, estaria apto para atuar na profissão escolhida por toda a sua vida.
Com a modernização, a realidade social, econômica, cultural e educacional mudou
muito. A globalização, a informática, toda a tecnologia moderna se tornou um
desafio para esses profissionais. Hoje, o professor deve estar consciente de que
,sua formação deve ser de forma continua acompanhando o desenvolvimento da
sociedade. Nóvoa (1997, p. 23) diz que: “O aprender contínuo é essencial se
concentra em dois pilares: a própria pessoa, como agente, e a escola, como lugar
de crescimento profissional permanente”. Para esse estudioso português, a
formação continuada se dá de maneira coletiva e depende da experiência e da
reflexão como instrumentos contínuos de análise”.
Por isto, o tema deste estudo é a formação continuada do professor de
educação infantil, que tem como questão central identificar os projetos voltados
para formação continuada de professores de educação infantil, analisando até que
ponto as instituições escolares investem na formação continuada de seus
professores e se estes profissionais possuem consciência da necessidade dessa
formação.
Partiu-se do pressuposto de que as instituições escolares precisam investir mais
na formação continuada de seus educadores.
Procurou-se identificar como os diretores desse segmento dão importância a
formação continuada de seus professores.
Constatou-se que de modo geral houve esforço do sistema educacional em
abrir espaços nas escolas para atender as crianças menores na creche e pré-
escola , mas pouco se fez para dar a formação necessária aos professores que
lá atuam, fato é que: a formação de muitos professores que atuam na educação
infantil, é a mesma dos que atuam de primeira a quarta série.
10
Chegou-se a convicção de que a urgência de uma política voltada para a
formação dos professores / educadores de educação infantil, é um fator que não
se pode mais adiar, segundo KULISZ (2004- pg.47) “Houve tempos em que o
entendimento de que para ser educador infantil bastava ter “boa vontade” e
“gostar de criança”. Atualmente, luta-se para que todo o educador tenha uma
formação mínima, conforme o reordenamento legal vigente...” Este profissional
precisa pesquisar, estudar, se capacitar , para acompanhar o ritmo das mudanças
educacionais que vem acontecendo de forma muito rápida nas estruturas
familiares, sociais, culturais e tecnológicas quebrando assim os padrões vigentes
que a tanto tempo veio sendo cultuados pela nossa sociedade.
11
CAPÍTULO I: A FORMAÇÃO PERMANENTE DO PROFISSIONAL
DE EDUCAÇÃO INFANTIL.
A questão da formação do professor hoje está em alta e por isto mesmo, se
torna quase que impossível falar em qualidade de ensino, sem falar da formação
continuada. A formação teórica e prática do professor, acrescidas das
transformações sociais poderá contribuir para melhoraria da qualidade do ensino
de maneira geral. Sendo assim, este artigo se ocupará de explanar sobre a
relação existente entre a formação e a prática do professor.
Dentro do contexto educacional contemporâneo, a formação continuada é
saída possível para a melhoria da qualidade do ensino, por isso o profissional
consciente deve saber completar a construção de conhecimentos vinda da
formação inicial. No mundo em que vivemos, a pressão é cada vez maior, exigindo
mudanças, adaptações, atualização e aperfeiçoamento na forma de ensinar. E a
maior parte dessas cobranças vem recaindo sobre os professores. E aquele que
não se atualizar e não investir em sua formação como um todo corre o risco de
ficar para trás. Enquanto que aqueles que buscarem segundo Nóvoa (1997,
p.26): “A troca de experiências e a partilha de saberes consolidam espaços de
formação mútua.”
São vários os especialistas em educação que refletem e escrevem sobre a
questão da formação do professor seja ele de educação infantil ou não, a título de
exemplo cito a Sonia Kramer, Nóvoa, Beatriz Kulisz, Ana Beatriz Ceriasara entre
outros.
A formação permanente do profissional de educação perpassa por uma
série de questões que devem ser levadas em consideração. Um delas é: como
buscar essa formação? Sabe-se que o tempo que estes profissionais dispõem é
preenchido dando aulas em horário integral, e às vezes também no turno da noite
em uma ou mais escolas, para aumentar a renda familiar, mas o tempo para
cuidar das atividades domésticas, dar atenção ao esposo e aos filhos por ser uma
12
boa parte desses profissionais do sexo feminino por ser o salário do professor no
Brasil considerado baixo pela categoria. Estas questões sinalizam que mesmo
que o professor deseje fazer uma faculdade, cursos de especialização, deseje
comprar livros ou fazer outros investimentos em sua formação, vai precisar muito
esforço de sua parte.
Para Nóvoa (S/D):” O desenvolvimento profissional deve ser uma soma do
curso superior mais o conhecimento acumulado na experiência de vida. É
necessária uma atualização quase que diária na formação continuada no processo
da atuação profissional, ou seja, há a necessidade da construção do saber, no
processo de atuação profissional”
Há educadores preocupados com a questão da formação continuada, que
mesmo com sacrifício assumem o compromisso de investir em sua formação,
fazendo assinatura de revistas e participando de eventos educacionais,
comprando livros e se matriculando em cursos de especialização. Estão
conscientes de que precisam se sentir preparados para trabalhar com crianças
pequenas, objetivando alcançar o desenvolvimento integral de cada criança.
KULISZ 2004) Quando trata desse assunto cita Freire (1999, p.78): “as pessoas
que trabalham diretamente com as crianças precisam estar continuamente em
formação, para exercer sua função da melhor maneira possível, de forma a
favorecer o desenvolvimento infantil em diversos aspectos, promovendo a
ampliação das experiências das crianças e de seus conhecimentos.”
Outro fator interessante salientar aqui é a questão do desenvolvimento
tecnológico, social e cultural, o educador está se sentido um analfabeto diante dos
de desses instrumentos, enquanto muitas crianças já o manuseia tranqüilamente.
Faz-se necessário que o Sistema Educacional, seja ele federal, estadual ou
municipal repense de forma urgente sobre a questão da formação permanente do
professor, e que invista em políticas voltadas para crescimento intelectual, moral e
cultural de seus profissionais de educação.
A LDB de 1996 afirma que “a educação infantil é a primeira etapa da
educação básica e assegura o direito de todos à educação. Coloca-se, assim, a
13
necessidade de ações educativas de qualidade, o que demanda a formação dos
profissionais de educação infantil, questão básica na educação da criança de zero
a seis anos”. A Lei proclama ainda que todos os professores deverão até o final
da década ter formação em nível superior, podendo ser aceita a formação em
nível médio, na modalidade normal. Ou seja, até o ano de 2010 todos os
profissionais que atuam diretamente com crianças em creche e pré-escolas, sejam
os auxiliares de sala, pajens, auxiliares do desenvolvimento infantil, ou com
qualquer outra denominação, passarão a ser considerados professores e deverão
ter formação específica na área. Segundo Kramer 2005, “A formação oferecida
pelos municípios que implementam algum projeto de formação em serviço para
seus profissionais de educação infantil é desigual, predominando atividades
eventuais, que tendem á descontinuidade” (pg 24). Precisa-se de um projeto de
formação permanente que contemple a necessidade de se prestar uma educação
do futuro, com competência docente. Esta competência docente é o domínio
crítico do conteúdo a ser ensinado, a clareza de objetivos a serem atingidos, o
domínio das formas de comunicação que vão ligar as crianças aos conteúdos do
ensino.
1.1 - AS REVELAÇÕES DOS PROFESSORES QUE LIDAM
DIRETAMENTE COM CRIANÇAS.
Os depoimentos de profissionais na área do ensino fundamental e da
educação infantil, inseridos no capítulo sobre Formação Permanente (págs 158 a
170) do livro “profissionais de educação infantil - gestão e formação” Sonia
Kramer, 2005, a partir de entrevistas realizadas na pesquisa "Formação de
profissionais da educação infantil no estado do Rio de Janeiro" (Kramer et allu,
2001), procuram testemunhar o sentimento refletido pela problemática
contraditória que se impõe quanto á sua posição de agentes aplicadores de
14
discursos pedagógicos impostos por políticas educacionais e propostas
curriculares, reconhecidamente aceitos como suficientes no que tange aos limites
do discurso do profissionalismo docente, mas que não incluem a capacidade de
agir e fazer escolhas autônomas, cuja prática justificaria, mas coerentemente a
aplicabilidade de sua eficiência.
Observa-se nos depoimentos que há um sentimento de carência quanto ao
"espaço" oferecido pelas políticas educacionais a favor do desenvolvimento
pessoal do educador para complementar a sua formação como profissionais. Os
desabafos espontâneos recolhidos através da experiência vivida por essas
profissionais ajudam a reafirmar as questões relevantes quanto à categoria
profissional do professor de educação infantil, a história de sua constituição e a
compreensão delas para torná-lo mais atuante e responsável por sua própria
formação.
O profissional da educação infantil absorve, ao longo do processo histórico
de sua formação, um forte conteúdo sociocultural representado pela “entrada das
mulheres no magistério” e a sua adequação pela “vocação natural à maternidade”.
(Kramer, pág,159). Esses argumentos, citados pela autora, e apontados por G.
Louro quando trata desse tema em seu livro (mulheres na sala de aula, 2002),
colaboraram para ressaltar as qualidades pessoais em detrimento das qualidades
profissionais, de acordo com o que a autora cita de Arce (2001) quando essa se
refere às qualidades de obediência e doação atribuídas à mulher como associadas
à educadora de crianças pequenas.
A dificuldade para dissociar espaço público de espaço privado e
conseqüentemente para desconstruir o “mito da educadora nata” (pág.160),
apoiado pelo uso feito do gênero instrucional” (idem) e da estratégia do passo a
passo na orientação de suas ações, redundou no pouco uso da autonomia para
realizar seu trabalho.
O resgate das “mulheres/profissionais de educação infantil” (pág.161),
através da percepção das qualidades a serem perseguidas em seu processo de
15
formação, está ligado a uma aquisição do “controle técnico (...) sobre seu fazer”
(pág. 161) mais ideologicamente orientado, do que ao que se proporia uma
“tecnologia” do ensino ao organizar e controlar a prática do professor quanto à
decisão e planejamento do ensino.
O reconhecimento da educação infantil como basicamente fundamental e a
formação específica necessária para atuar com crianças tem movido o interesse e
a pesquisa acadêmica, porém as políticas de formação dos profissionais de
educação infantil acabam interferindo contraditoriamente na prática para a atuação
autônoma do professor, tornando-se sem efeito quando se faz necessário “o
enfrentamento de conflitos e situações próprias de cada profissão” (p.166).
Segundo depoimento de Neli, coordenadora de educação infantil, a leitura,
a auto-afirmação e o trabalho em equipe são prescritos como importantes, mas na
prática ela se sente sem condições para realizá-los.
Portanto, a posição ocupada pelos professores como subordinados e a sua
atuação, como consumidores e não de criadores de um conhecimento profissional,
torna emergente um acréscimo profissionalizante ao conceito de profissionalismo
enquanto manipulação ideológica, de um conceito de profissionalidade, ou seja,
de “uma cultura profissional no seio do professorado e de uma cultura
organizacional no seio da escola” (p.167).
Dessa forma, a intenção entre os professores permitiria a aquisição de
saberes construídos, conjunta e simultaneamente à vivência de sua atuação
profissional, particularmente quando se tratar de educar crianças pequenas. Um
estatuto conferido a essas vivências deverá em longo prazo desvincular as
práticas de formação educacional da mentalidade politicamente depreciativa e
centralizante e possibilitar que o educador se torne agente competente em sua
função e não apenas um alienado executor de tarefas de caráter rotinizante,
desprovidas de reflexão e autonomia.
16
CAPÍTULO II: EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO EDUCANDÁRIO ROMÃO
DE MATTOS DUARTE
O Educandário Romão de Mattos Duarte inicialmente denominado Casa da
Roda e logo após Casa dos Expostos, foi fundada aos 14 de janeiro de 1738, pelo
filantropo Romão de Mattos Duarte. Sua primeira instalação foi no Hospital Geral
onde ficou até 1821, depois passou a ocupar uma casa na Rua Santa Teresa,
legada por Joaquim José Campeão, onde permaneceu até 1850.
Em 1850 o Provedor José Clemente Pereira instalou os expostos na casa
da Rua da Lapa nº 16 – Cais da Glória; onde ficou até 1860, época em que, na
Provedoria do Marquês de Abrantes, foram conduzidas para a Rua dos Barbonos,
demorando-se aí até 1906. Na Provedoria Miguel de Carvalho, mudou-se,
provisoriamente, a Casa dos Expostos para os prédios da Rua Senador Vergueiro
e Praia do Flamengo nº 82-3, onde ficou durante cinco anos (1906 a 1911).
Aos 14 dias do mês de janeiro de 1911, na Cidade de São Sebastião do Rio
de Janeiro, foi solenemente inaugurada a Casa dos Expostos, no edifício à rua
Marquês de Abrantes nº 48.
A Casa dos Expostos passou a ser denominada Fundação Romão de
Mattos Duarte, sob a proteção da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro
e mais tarde, na Provedoria do Ministro Afrânio Antônio da Costa, como os
demais asilos.
2.1 - A RODA
O Educandário Romão de Mattos Duarte, que se originou da secular Roda
dos Expostos (1738 / 1950), Iniciado no período colonial, teve sua vida utilitária
17
principalmente no período imperial, onde foi incorporada em alguns estados e teve
seu fim no período imperial.
Durante todo este tempo, o seu objetivo foi de amparar os enjeitados que
eram abandonados. Eram recolhidos, alguns sãos e outros até gravemente
doentes e até mesmo mortos. Foi através da preocupação e da caridade de
muitos, que a Roda foi de fundamental importância nestes períodos históricos de
nosso País. Os bebês que eram largados por todos os lados ficavam expostos as
intempéries, com fome e frio e muitas vezes eram semidevorados por animais,
antes de serem encontrados. o ato de abandonar crianças pelas ruas era comum
pois muitas mulheres desejam se ver livres de seus filhos indesejados, e por isto
mesmo muitas crianças vagavam pelas ruas com fome, frio e doente.
Pessoas da elite e abastadas passaram a se preocupar com este triste quadro do
cotidiano brasileiro. Resolvem adotar o modelo europeu de assistência usado na
Idade Média para o recolhimento e acolhimento de crianças que era o a Roda dos
Expostos. O sistema consistia no seguinte: Uma roda cilíndrica, oca e vertical,
fixada em um muro como se fosse uma janela, girando em torno e um eixo.
Aquele que desejava abandonar a criança colocava-a em uma das divisões da
roda e tocava uma sineta para informar as freiras que ficavam do outro lado do
muro que havia chegado um novo enjeitado e se retirava do local no anonimato.
As religiosas dariam abrigo, alimento e vestes e quando possível um lar. Assim foi
criada a Casa dos Expostos, primeira instituição no Brasil para o salvamento de
vidas e almas infantis.
Na cidade do Rio de Janeiro, foi inaugurada a segunda Roda dos Expostos
em 1738, sobre a administração da Santa Casa de Misericórdia, onde
concorreram para os legados da obra os benfeitores Romão de Mattos Duarte.
A Roda dos Expostos foi abolida em junho de 1938, porém a dedicação e o
amparo aos menores continuaram.
O Educandário Romão de Mattos Duarte nos seus primórdios foi dirigido
pelas Irmãs de Caridade, elas chegaram por volta do ano de 1851. No início,
18
eram muitas Irmãs para cuidar de muitas crianças e adolescente. Elas contavam
com a ajuda das amas de leite e de profissionais da área de saúde, educação e
assistência social. Para ocupar e dar uma formação técnica aos adolescestes
criaram oficinas de: sapataria, marcenaria, tipografia, padaria, corte de costura,
bordado, (os caixões vendidos pela Santa Casa de Misericórdia, eram fabricados
na carpintaria deste educandário), e outras oficinas livres. O Educandário se
estendia até à rua Marquês de Abrantes, mas por conta das obras do metrô do Rio
de Janeiro na década de 1970, uma boa parte desse espaço foi desapropriado.
Hoje fica à rua Paulo VI, nº 60, no bairro do Flamengo, na cidade do Rio de
Janeiro.
Essa renomada Instituição que por mais de duzentos anos vinha sendo
administrada pelas religiosas da Congregação de São Vicente de Paula passou a
ser administrada por um diretor, (cargo conhecido tradicionalmente por mordomo)
da Santa Casa de Misericórdia e uma equipe técnica nomeada por ele, a partir do
ano de 2000.
Hoje, por conta do Estatuto da Criança e do Adolescente(ECA), o
número de crianças foi bastante reduzido, continuando a atender em regime de
abrigo e semi-internato, somente crianças na idade de zero a seis anos, tendo
como proposta a formação integral da criança.
No semi-internato, o atendimento é para crianças de família de baixa
renda, dando a elas condições de ter um emprego fixo.
Todas as crianças tanto do abrigo, quanto do semi-internato, na faixa
etária de zero a três anos, participam de todas as atividades contidas no
referencial curricular nacional para a educação infantil. As crianças maiores
freqüentam a escola municipal, em um turno e no outro, participam de atividades
extra curriculares como: apoio educacional, artes, natação, balé, capoeira, música,
teatro, biblioteca, contação de história, recreação, brinquedoteca e informática.
19
CAPÍTULO III: DIAGNÓSTICO
Trabalhando no Educandário Romão de Mattos Duarte, há mais de cinco
anos e fazendo parte da equipe técnica como pedagoga, sendo responsável pela
área educacional, a autora desta pesquisa monográfica procura envolver a área
técnica, professores e auxiliares de creche na elaboração e prática dos projetos
educacionais tendo em visto o bom desenvolvimento das crianças. Havendo
assim momentos de sucesso e de dificuldades, pois o grupo de técnicos e
professoras é bem heterogêneo, onde quatro delas já estão em fase de
aposentadoria, outras quatros foram transferidas, a pouco tempo, de outra
instituição para o Educandário. O que se percebe é que a maioria das
funcionárias por ter muito tempo de Instituição, e por esta ser filantrópica, e pagar
um salário considerado por elas abaixo do desejado não encontram motivação
suficiente para estar sempre investido na sua formação profissional. também a
questão do tempo que, segundo elas, por mais que tente se organizar é difícil
encontrá-lo para se dedicar e investir na profissão em tela, o que acaba ficando
sempre para o segundo plano.
A instituição tem uma programação voltada para a formação dos
professores, organizados no inicio de cada ano letivo, mas aberto a novos
eventos que forem surgindo ao longo do ano. A título de exemplo, no ano de 2006
os professores e os auxiliares, além das reuniões periódicas, onde são discutidos
e avaliados os projetos em desenvolvimento, participaram de um centro de
estudos cujos temas foram os do referencial curricular nacional para a educação
infantil, de palestras com os temas: “A voz do professor” ministrado pelo
(SIMPRO RIO), e mini-cursos, tais como: “ a importância do brincar na infância e
como contar história para as crianças pequenas”, ministrado pelo Instituto Rogério
Sterberg, “Oficina do papelão”, pelo Centro Cultural da Justiça Federal e de um
intercambio com a creche Terezinha Amorim, do Tribunal da Justiça Federal - RJ.
20
Os professores estão conscientes da importância da formação continuada,
pois, segundo eles o mundo em que vivemos não tem como educar, sem estar
atento as mudanças sociais e tecnológicas que vem ocorrendo a cada dia e que
a formação permanente oportuniza ao professor não só o saber de sala de aula,
mais a refletir sobre as questões sociais em que os educandos e seus familiares
e a sociedade vivem mergulhados.
Como proposta de formação do ano de 2006 do educandário, foi realizado no dia vinte e três de fevereiro para todos professores e funcionários do
Educandário, uma palestra cujo tema foi “A Importância e o direito de brincar da
criança”. Sendo ministrado no horário do trabalho, foi possível a presença de um
bom número de funcionários. Onde foi exposto o pensamento de vários
pensadores que refletem sobre a importância de brincar e, em seguida, foi aberta
para perguntas e reflexões sobre o assunto. As perguntas e reflexões foram as
mais interessantes possíveis, com todos participantes manifestando seu parecer
sendo feito um fechamento pela equipe organizadora.
No dia dez de março, foi realizada uma reunião para organizar e definir a
data para um treinamento com os funcionários que lidam diretamente com as
crianças.
Ficou acertado o dia vinte e dois de março. No dia marcado foram distribuídas as
tarefas para que os funcionários pudessem participar mais ativamente. Foi pedido
que trouxessem idéias para a confecção de cartazes, brincadeiras e músicas do
seu tempo de infância, ou cantigas de rodas etc. Foi distribuídos um panfleto com
fragmentos de textos de pensadores sobre o tema “brincar”.
O treinamento foi realizado no dia 22 de março, no auditório do
Educandário, das 8 às 16 horas, com intervalos para café e almoço. A maioria dos
funcionários compareceu.
Na parte da manhã, após a apresentação do diagnóstico que havia sido feito de
toda a questão lúdica na área da educação, e do Educandário, foram realizados
dinâmicas com o objetivo de integrar e descontrair os participantes.
21
Na parte da tarde, todos participaram de várias oficinas organizadas pela
pedagoga, e psicólogas. Ao fim, pode perceber que o brincar estava muito vivo
dentro de cada participante. Só faltava mesmo ser trabalhado um pouco mais a
questão de valorização deste momento tão importante na vida da criança.
No dia 17 de julho, os professores participaram de uma palestra ministrada
por profissionais do SIMPRO-RIO cujo tema foi: “voz para educar”. A palestrante
que era fonoaudióloga, explicou todo processo da fala, com dinâmicas, cartaz e no
final fez um exercício de relaxamento e um momento onde todos presentes,
puderam tirar suas dúvidas sobre o tema.
No dia 18 de dezembro, foi realizada uma manhã de estudo, cujo tema foi,
linguagem oral e escrita na educação infantil, segundo os referenciais curriculares
nacional para educação infantil – MEC. Fez-se um momento de leitura e debate
onde as professoras puderam colocar suas vivencias de sala de aula. Foi um
momento em que teoria e prática se encontraram proporcionando um
enriquecimento intelectual para todos os participantes.
Depois de organizar, realizar e participar de vários momentos de formação,
com os professores, senti a necessidade de ouvi-los por meio de um questionário,
onde foram feitas as seguintes perguntas:
Pergunta 1: Qual a sua formação na área de educação infantil?
Respostas:
A parte possuía o magistério algumas com adicional em educação infantil, ,
e uma outra parte com formação em pedagogia .
Pergunta 2: A instituição tem oferecido cursos, seminários, e outros
momentos de formação permanente para vocês professores?
22
Resposta 1: O Educandário ainda não proporciona nenhum curso
específico para a minha profissão. Só é muito importante para mim à vivência a
prática.
Resposta 2: (sic) Agora não. Anos atrás havia congresso pela OMEP,
viagens, aperfeisionamento.
Resposta 3: Muito pouco. Sendo uma instituição filantrópica ele poderia
conseguir parcerias com outras instituições de ensino superior para assistirmos
palestras,congressos, debates, cursos e com bolsas. Quando aparece um curso
os custos são por conta do professor.
Resposta 4: Cursos, não. Fora as reuniões pedagógicas que acontecem de
quinze em quinze dias, duas vezes por ano é formado pela pedagoga, um grupo
de estudos onde por dois dias se estuda e debate temas que fazem parte do
projeto pedagógico e se propõe novas metas educacionais para o semestre
seguinte
Resposta 5: Na medida do possível têm ocorrido alguns momentos de
formação .
Resposta 6: Na medida do possível a Instituição permite que se participe,
com os custos do próprio professor.
Resposta 7: Centro de estudos pedagógicos realizados entre as pedagogas
e professores da Instituição e palestra no SIMPRO-RIO intitulado “Voz para
Educar” e Jornada Pedagógica para montagem do Planejamento 2007.
Resposta 8: Em 2005 teve um Seminário anual na Creche Therezinha
Amorim onde nós professores pudemos participar.
Resposta 9: Fiz um Seminário no Instituto Rogério Steimberg, Creche
Therezinha Amorim e no SIMPRO-RIO
23
Pergunta 3: Quais os cursos de formação continuada que vocês
professores fizeram por conta própria?:
Resposta 1: Alguns.
Resposta 2: Fiz o curso de extensão: Práticas de educação infantil e
psicomotricidade no ano de 2004.
Resposta 3: No momento não, pois estou me aposentando.
Resposta 4: (sic) Faço cursos de curta duração que vai da creche até
capacitação para professores de creança portadores de deficiências.
Resposta 5: Vários, no Sindicato dos Professores, pois na maioria das
vezes é do professor esta responsabilidade.
Resposta 6: No momento estou envolvida em um curso de Direito.
Resposta 7: Psicomotricidade na Escola Praticas de Educação Infantil e
Reabilitação Infanto-Juvenil.
Resposta 8: Pós-Graduação.
Resposta 9 : Nenhum.
Pergunta 4: Você considera que é importante a formação continuada
do professor de educação infantil?
Resposta: Todos concordaram que sim.
Pergunta 5: Quais os seus anseios de mudanças na instituição em que
trabalha?
Resposta1: Integrar todos os profissionais para um melhor atendimento as
crianças e desenvolver projetos, como: horta, jogos, psicomotricidade, etc.
Resposta 2: Que seja favorável à reintegração familiar.
24
Resposta 3: Que haja mais respeito e as mudanças não sejam somente na
parte pedagógica.
Resposta 4: Que ela conte sempre com pessoas capazes e abertas a
mudanças.
Resposta 5: Que haja mais integração entre os profissionais.
Resposta 6: Que haja um ambiente voltado para a reflexão. Que se crie
uma situação de aprendizagem que o aluno possa levar para o resto de sua vida.
Resposta 7: (sic) No momento não são muitos, pois já estou aposentando.
Resposta 8: (sic) Eu acredito que mudança. Tenho seu lado positivo. Eu
tenho só que me adequa as mudanças que venha acontecer.
Pergunta 6: “-Diante de tantas mudanças na forma de educar , você se
considera preparada para enfrentar os novos desafios da educação
infantil?”
Resposta 1: “-Preparada nunca estamos, pois a todo momento surgirão
novos desafios, mudanças de concepções e necessitamos nos atualizar.”
Resposta 2: Sim. Renovar sempre é muito bom, desde que seja com
pessoas capacitadas
Resposta 3: É importante a formação continuada.
Resposta 4: Não. Nos temos que procurar a internet, livros, revistas,
seminários e cursos e interagir com outros.
Reposta 5: estou em preparação
Resposta 6: procuro estruturar-me
Resposta 7: Sim. Primeiro que nada mudou. Toda a Educação está fundada
em Emília Ferreiro, Jean Piaget, Vgotsk os mesmos). Mudaram as Leis do
Estatuto da Criança e do Adolescente e os Parâmetros da Educação.
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Resposta 8: Sim. Neste mundo globalizado com informações chegando em
tempo real, você tem que estar atento e ligado a tudo, reciclando-se o tempo todo.
Resposta 10: Não. A instituição não oferece curso. Eles são caros e não
posso pagar.
O Educandário Romão de Mattos Duarte, por ser uma entidade filantrópica,
não tem condições de arcar de maneira desejável com as despesas de formação
de seus profissionais, mas procura dentro do possível investir na formação
permanente de seus educadores. Em datas estipuladas, promove reuniões,
treinamentos, encontros reflexões e debates de temas atuais e de interesse da
classe, possibilitando aos professores, recreadores e auxiliares participarem de
congressos, seminários, cursos e oficinas voltados para essa área. A direção e
coordenação entendem que as crianças vivem no contexto social onde a
informação e a tecnologia é de fácil acesso, onde o uso do computador, internet,
videogame, celular e outros meios de comunicação já fazem parte da sua vida.
Por isto o educador precisa está preparado para orientar aos educandos e a seus
familiares a se utilizarem destes instrumentos para a cidadania.
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CONCLUSÃO
Conclui-se que é importante o investimento em formação continuada dos
professores, por se entender que ela é um processo que deva ser permanente na
vida do docente, não se pensando nela apenas como um remendo destinado a
suprir as falhas da formação formal. Esta deve completar a construção de
conhecimentos daquela. Entendemos que um professor deveria ter uma formação
efetiva, que fizesse com que ele pudesse entrar em aula e atuar de forma não
repetitiva, copiadora e reprodutora de conceitos e opiniões ultrapassadas.
Portanto, os fatos e relatos através de observação e da pesquisa direta com
os elementos em questão, embasam o fato de que no Educandário Romão de
Mattos Duarte, os professores necessitam de um aperfeiçoamento nas suas
práticas educacionais, visando a sua valorização como educador. Por isso, é
preciso que as autoridades educacionais e administrativas daquela Instituição
criem projetos que facilitem a formação desses profissionais, para que eles
obtenham mais qualidade de conhecimento, melhorando o processo ensino-
aprendizagem e tendo como reflexo o bom rendimento escolar dos seus alunos.
A questão da formação continuada pra professores/educadores, oferecida
pela Instituição em tela, é um esforço da Coordenação Pedagógica e Técnica em
alcançar esse objetivo, porém a rotatividade muito grande de seus diretores vem
desestabilizando constantemente o processo de formulação e iniciação desse
projeto como um todo.
Percebe-se também que existe entre aqueles professores, na sua maioria,
antigo na Instituição, ou em fase de aposentadoria, a sensação de que “já sabem
tudo”, “e vêem a formação permanente como um aborrecimento, provocando um
certo distanciamento entre os mais novos e seus coordenadores, preferindo
continuarem apenas participando de alguns mini-cursos, palestras e centro de
estudos, que são rápidos e não exigem maiores reflexões e mudanças de
comportamento”.
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O Educandário por ser uma instituição filantrópica, servindo a crianças de
família de baixa renda em horário integral, e por não possuir ajuda (convênios)
com nenhum órgão público, não tem como disponibilizar fundos específicos para
maiores investimentos na formação de seus educadores, o que cria maior
preocupação, por entender-se que a formação permanente de seus profissionais
principalmente nos dias de hoje, é mais do que necessária é urgente.
28
BIBLIOGRAFIA:
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NATA NA EDUCAÇÃO INFANTIL” Cadernos de Pesquisa n. 13. São Paulo,
Fundação Carlos Chagas.
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29
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NÓVOA, Antonio. (coord). OS PROFESSORES E SUA FORMAÇÃO. Lisboa-
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OLIVEIRA, Patrícia dos Santos de, A CRIANÇA ABANDONADA NA RODA DOS
EXPOSTOS E O EDUCANDÁRIO ROMÃO DE MATTOS DUARTE,
MONOGRAFIA DE CONCLUSÃO DO CURSO DE BACHAREL EM
HISTÓRIA, Rio de Janeiro, Universidade Gama Filho, 2000.
RELATÓRIOS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA dos anos de 1927, 1932,
1935, 1953 , 1969 e 1976.
SNYDERS. ENTREVISTA DADA À LOURDES STAMATO DE CAMILLES,
PUC/S,1990.
ZARUR, Dahas. EDUCANDÁRIO ROMÃO DE MATTOS DUARTE. 1978
30
ÍNDICE
RESUMO 05
METODOLOGIA 06
SUMÁRIO 08
INTRODUÇÃO 09
CAPÍTULO I
A formação permanente do profissional de educação infantil 11
1.1 – As revelações dos professores que lidam diretamente com crianças 13
CAPÍTULO II
Evolução histórica do Educandário Romão do Mattos Duarte 16
2.1 – A Roda 16
CAPÍTULO III - Diagnóstico 19
CONCLUSÃO 26
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 28
ANEXOS 31
31
ANEXOS
32
Revista Nova Escola – Ano XXI abril 2006 - nº 191 pg 47 e 48
33
Revista Nova Escola – Ano XXI maio 2006 - nº 192 pg 20,21 e 22
34
35
36
37
A Roda. Em exposição no museu do Educandário Romão de Mattos Duarte
38
Acima, o Educandário Romão de Mattos Duarte em seus primórdios e na página
seguinte como se encontra hoje.
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