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1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATU SENSO” AVM FACULDADE INTEGRADA A IMPORTÂNCIA DOS PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA PARA O TRABALHO EM ALTURA Por: Sérgio Henrique de Oliveira Homem Orientador Profº.: Jorge Tadeu Vieira Lourenço Rio de Janeiro 2016 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · trabalho em altura toda atividade executada em níveis diferentes e na qual haja risco de queda capaz de causar lesão ao trabalhador,

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATU SENSO”

AVM FACULDADE INTEGRADA

A IMPORTÂNCIA DOS PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA PARA

O TRABALHO EM ALTURA

Por: Sérgio Henrique de Oliveira Homem

Orientador

Profº.: Jorge Tadeu Vieira Lourenço

Rio de Janeiro

2016

DOCUMENTO PROTEGID

O PELA

LEI D

E DIR

EITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

A IMPORTÂNCIA DOS PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA PARA

O TRABALHO EM ALTURA

Apresentação de monografia para AVM

Faculdade Integrada como requisito parcial

para obtenção do grau de especialista em

Sistema de Gestão Integrada de QSMS.

Por: Sérgio Henrique de Oliveira Homem.

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DEDICATÓRIA

Dedico esta monografia aos meus

familiares, minha futura esposa Lidiane

Faria Rodrigues, meus amigos e por

todos que me apoiaram na realização

deste sonho, em especial aos meus

pais Sérgio (in memoriam) e Icleia.

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EPÍGRAFE

“Quando edificares uma casa nova farás no telhado um

parapeito, para que não ponhas culpa de sangue na tua

casa, se alguém de alguma maneira cair dela. Assegure-se

ao fazer um telhado, que não haja perigo de alguém cair.”

Deuteronômio, 22.8

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço a Deus pela oportunidade de estar

realizando um sonho.

Agradeço aos meus pais, Sérgio (in memoriam) e Icleia, por sempre

acreditarem e se dedicaram a oferecer para seus filhos o que não tiveram devido a

dificuldades enfrentadas ao longo de suas vidas.

Agradeço também à minha fiel companheira, amiga, noiva e amante

Lidiane Faria Rodrigues que sempre me incentivou, me apoiando e entendendo

neste trabalho.

Muito obrigado também aos meus familiares: Raphael Homem

(irmão), tios e tias, padrinho e madrinha e aos meus primos e primas.

Agradeço a todos os amigos que de alguma forma colaboraram na

realização deste sonho. Obrigado ao Club de Regatas Vasco da Gama por ser

uma das minhas primeiras paixões na vida. Um muito obrigado em especial aos

meus amigos e colegas da Pós Graduação e também para os amigos de sempre:

Meus amigos padrinhos e compadres Diogo Simas e José Roberto Rodrigues e ao

meu saudoso amigo e irmão Leonardo Justino (in memoriam) que sempre me

incentivaram nos estudos e aos colegas de trabalho do: Consórcio QGGIT,

ALPIFIRE-Serviços Especiais, à equipe do Churrasco dos Amigos Buffet e aos

amigos do dia a dia que por diversas vezes, de uma forma ou de outra, sempre

estão ao meu lado.

Em especial agradeço por sua colaboração na realização desta

monografia, a Jorge Tadeu Vieira Lourenço pela orientação e ao professor

Marcelo Saldanha pela paciência.

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RESUMO

A importância dos procedimentos de segurança para o trabalho em altura esta

relacionada a um grande número de acidentes fatais. O risco de queda existe em

vários ramos de atividades. Sendo assim, precisamos neutralizar essa situação,

regularizando o processo e tornando o trabalho mais seguro através da

capacitação dos trabalhadores que tem baixo grau de instrução e precisam seguir

as normas de prevenção de acidentes, análise de risco, uso correto dos EPIs e

EPCs para o trabalho, condutas em situações de emergência e demais assuntos

relacionados.

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METODOLOGIA

A metodologia utilizada foi desenvolvida através dos resultados causados pela

implantação do treinamento de trabalho em altura usando como base a NR 35,

além das Normas que a complementam.

Para melhor explicar a importância de um bom treinamento, em especial para os

trabalhadores que tem baixo grau de instrução e precisam de melhor

acompanhamento, pretende-se utilizar também o estudo de caso da Alpifire que

realizou o treinamento para trabalhadores do consórcio QGGIT.

Foram realizados ainda pesquisas bibliográficas através de sites especializados,

entrevistas, reportagens, artigos, normas técnicas, cartilhas, dissertações, teses e

livros como dos autores Giovanni Morais de Araújo e José da Cunha Tavares.

Destaco também o questionário em formato de entrevista elaborado para buscar a

opinião de profissionais tanto da Alpifire quanto do consórcio QGGIT que

enriqueceram o conteúdo do trabalho.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO

CAPÍTULO 1 – A NORMA REGULAMENTADORA 35 (NR35) 11

CAPÍTULO 2 – IMPLEMENTAÇÃO DA NR 35 24

CAPÍTULO 3 – ESTUDO DE CASO: ALPIFIRE – QGGIT 37

CONCLUSÃO 46

APÊNDICE 65

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 47

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INTRODUÇÃO

Mesmo realizado em sua grande maioria por trabalhadores com

baixo grau de instrução e consequentemente com maior dificuldade para entender,

é possível sim reduzir os acidentes de trabalho em altura para números aceitáveis

praticando as normas de segurança relacionadas ao serviço aumentando desta

forma a responsabilidade do empregador, que deve ser muito criterioso na

condução do treinamento melhorando a qualidade do serviço e desta forma

evitando que famílias possam vir a sofrer com redução do poder aquisitivo, perda

de entes queridos ou até filhos órfãos, por exemplo.

Sendo assim, o objetivo desta monografia é apontar melhorias para

possíveis falhas decorrentes da não observância dos procedimentos de segurança

que venham causar, apresentar e combater o número de acidentes decorrentes do

desleixo ou preguiça, conscientizando e corrigindo ao trabalhador de diversos

ramos de atividade, em especial aos da construção civil, sobre o que a falta dos

procedimentos de segurança em trabalho em altura (NR35) pode vir acarretar para

eles e mostrando que realizando treinamento com qualidade é possível diminuir

acidentes e melhorar o serviço. Também é enumerado o quanto são prioritários

nas agendas das empresas os procedimentos de prevenção para acidentes no

trabalho em altura, desta forma valorizando a integridade do trabalhador e do

empregador.

O trabalho foi desenvolvido em três capítulos e apresentado da

seguinte forma:

No capítulo I é feita a introdução a NR 35 aonde falamos da norma e

como ela torna os trabalhos mais seguros,e aonde explicamos todos as suas

vantagens e seus pontos cruciais.

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A implementação da norma é importante e requer muitos cuidados,

Sendo assim, no capítulo II serão abordados os procedimentos para colocá-la em

prática como: o porquê da criação da NR 35, Normas, técnicas e RTPs que

complementam e a respaldam, seus princípios e a comunicação com os

trabalhadores.

O trabalho em altura é realizado em via de regra por uma grande

maioria de trabalhadores com baixo grau de instrução. O que pode parecer uma

visão preconceituosa pode se tornar um complicador no que tange a capacidade

para entender ou compreender os riscos que ele pode estar exposto. E assim, no

capítulo III será apresentado o estudo de caso de como a ALPIFIRE Serviços

Especiais treinou profissionais do Consórcio QGGIT no canteiro de obras do

Comperj fez para minimizar o problema.

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CAPÍTULO I

A NORMA REGULAMENTADORA 35

1 - Objetivo e Aplicação

Esta Norma (BRASIL, 2014) tem como objetivo estabelecer os

requisitos mínimos e as medidas de proteção para o trabalho em altura,

envolvendo o planejamento, a organização e a execução, de forma a garantir a

segurança e a saúde dos trabalhadores que interagem direta ou indiretamente

com esta atividade. De acordo com o Ministério do Trabalho, “é considerado

trabalho em altura toda atividade executada em níveis diferentes e na qual haja

risco de queda capaz de causar lesão ao trabalhador, sendo adicionalmente

aplicada a qualquer trabalho realizado acima de dois metros de altura do piso, em

que haja risco de queda do trabalhador”. Conforme descrito no item 1.2.1 “Para

trabalhos realizados em níveis iguais ou inferiores a 2,00 m (dois metros), onde

haja risco de queda capaz de causar lesão ao trabalhador, deverão ser tomadas

as medidas preventivas cabíveis”. Todas as atividades com risco para os

trabalhadores devem ser precedidas de análise prévia e o trabalhador deve ser

informado sobre estes riscos e sobre as medidas de proteção implantadas pela

empresa, conforme estabelece a NR.1(BRASIL, 2014). “Independente do que

estabelece a NR 35, as atividades desenvolvidas em altura igual ou inferior a 2,0

m que ofereçam risco ao trabalhador deverão receber tratamento que eliminem,

reduzam ou neutralizem estes riscos”.

A Petrobrás pede que os seus colaboradores, terceirizados ou não, já

utilizem os equipamentos de segurança a partir de 1,50 m. Empresas

como a Vale solicitam o uso a partir de 1,40m. (HERDY,2016)

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A NR 35 encontra respaldo jurídico, em nível de legislação ordinária

através do artigo 200 da CLT1: ”Art. 200 Cabe ao Ministério do Trabalho

estabelecer disposições complementares às normas de que trata este capítulo,

tendo em vista as peculiaridades de cada atividade ou setor de trabalho”. Além

deste, podemos citar a Constituição Federal de 1988 em seu Art. 7º inciso

XXII,:“Art. 7º São direitos dos Trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que

visem à melhoria de sua condição social. XXII redução dos riscos inerentes ao

trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança. ”

2- Responsabilidades

De acordo com o M T E2, assim como em qualquer lugar, todos têm

deveres e obrigações. Para organizar as responsabilidades, foi criado um Grupo

de Trabalho Tripartite - GTT – que desenvolveu um manual para auxiliar na

fiscalização dos Auditores Fiscais do Trabalho e também para reforçar as

determinações previstas na Norma Regulamentadora nº 35, que devem ser

aplicadas pelos empregadores e trabalhadores.

2.1- cabe ao empregador

A). Garantir a implementação das medidas de proteção estabelecidas nesta

Norma;

B). Assegurar a realização da Análise de Risco - AR e, quando aplicável, a

emissão da Permissão de Trabalho - PT;

1 Consolidação das Leis Trabalhistas 2 Ministério do Trabalho e Emprego

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C). Desenvolver procedimento operacional para as atividades rotineiras de

trabalho em altura;

D). Assegurar a realização de avaliação prévia das condições no local do trabalho

em altura, pelo estudo, planejamento e implementação das ações e das medidas

complementares de segurança aplicáveis;

E). Adotar as providências necessárias para acompanhar o cumprimento das

medidas de proteção estabelecidas nesta Norma pelas empresas contratadas;

F). Garantir aos trabalhadores informações atualizadas sobre os riscos e as

medidas de controle;

G). Garantir que qualquer trabalho em altura só se inicie depois de adotadas as

medidas de proteção definidas nesta Norma;

H) assegurar a suspensão dos trabalhos em altura quando verificar situação ou

condição de risco não prevista, cuja eliminação ou neutralização imediata não seja

possível;

i). Estabelecer uma sistemática de autorização dos trabalhadores para trabalho

em altura;

J). Assegurar que todo trabalho em altura seja realizado sob supervisão, cuja

forma será definida pela análise de riscos de acordo com as peculiaridades da

atividade;

K). Assegurar a organização e o arquivamento da documentação prevista nesta

Norma.

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2.2 - Cabe aos Trabalhadores

A). Cumprir as disposições legais e regulamentares sobre trabalho em altura,

inclusive os procedimentos expedidos pelo empregador;

B). Colaborar com o empregador na implementação das disposições contidas

nesta Norma;

C). Interromper suas atividades exercendo o direito de recusa, sempre que

constatarem evidências de riscos graves e iminentes para sua segurança e saúde

ou a de outras pessoas, comunicando imediatamente o fato a seu superior

hierárquico, que diligenciará as medidas cabíveis.

O Direito de Recusa é o instrumento que assegura ao trabalhador não

iniciar ou parar o andamento de uma atividade de trabalho por considerar

que ela envolve um grave e iminente risco para sua segurança e saúde

ou de outras pessoas. (SARDINHA ,2016)

Ratificada no artigo 13 da Convenção 155 da OIT3 e promulgada

pelo Decreto 1.254 de 29 de setembro de 1994, com indicações de que essa

providência de recusar-se a expor sua saúde e integridade física deva resultar em

medidas corretivas, indicando a responsabilidade dos níveis hierárquicos

superiores para as providências necessárias. Ressaltamos que esta atitude está

associada à obrigação da comunicação imediata conforme estabelece o item 2.1

alínea h desta Norma. D). Zelar pela sua segurança e saúde e a de outras

pessoas que possam ser afetadas por suas ações ou omissões no trabalho.

3 Organização Internacional do Trabalho

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3 - Capacitação e Treinamento

De acordo com a norma, “todo empregador deve promover

treinamento para os empregados que irão trabalhar em altura”. A norma pede

ainda que a reciclagem seja feita a cada dois anos ou em caso de mudança de

função, retorno após afastamento do trabalho, troca de empresa e mudança de

procedimentos.

O treinamento deve ser ministrado por instrutores com comprovada

proficiência no assunto, sob a responsabilidade de profissional qualificado em

segurança no trabalho. São considerados capacitados todos que foram

submetidos e aprovados em treinamento teórico e prático, com carga horária

mínima de oito horas, cujo conteúdo programático deve no mínimo incluir:

a) normas e regulamentos aplicáveis ao trabalho em altura;

b) análise de Risco e condições impeditivas;

c) riscos potenciais inerentes ao trabalho em altura e medidas de prevenção e

controle;

d) sistemas, equipamentos e procedimentos de proteção coletiva;

e) equipamentos de Proteção Individual para trabalho em altura: seleção,

inspeção, conservação e limitação de uso;

f) acidentes típicos em trabalhos em altura;

g) condutas em situações de emergência, incluindo noções de técnicas de resgate

e de primeiros socorros:

O ideal não é apenas oito horas para que um trabalhador conheça as

técnicas de resgate e de primeiros socorros, mas apenas noções

específicas, de acordo com as suas atividades. Como oito horas é a

carga horária mínima, esta poderá ser estendida com carga horária

maior, de forma a satisfazer essas necessidades. (SILVA, 2016),

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3.1 - Análise Preliminar de Risco (APR)

Consiste em um estudo antecipado e detalhado de todas as fazes do

trabalho a fim de detectar os possíveis problemas que poderão acontecer

durante a execução. (HERDY, 2016)

A Análise de Risco deve, além dos riscos inerentes ao trabalho em

altura, considerar:

a) o local em que os serviços serão executados e seu entorno deve ser avaliado

não somente o local onde os serviços serão executados, mas também o seu

entorno, como a presença de redes energizadas nas proximidades, trânsito de

pedestres, presença de inflamáveis ou serviços paralelos sendo executados;

b) o isolamento e a sinalização no entorno da área de trabalho;

c) o estabelecimento dos sistemas e pontos de ancoragem. Entende-se por

sistemas de ancoragem os componentes definitivos ou temporários,

dimensionados para suportar impactos de queda aos quais o trabalhador possa

conectar seu Equipamento de Proteção Individual, diretamente ou através de outro

dispositivo, de modo que permaneça conectado em caso de perda de equilíbrio,

desfalecimento ou queda.

Além de resistir a uma provável queda do trabalhador, a ancoragem pode ser para

restrição de movimento. O sistema de restrição de movimentação impede o

usuário de atingir locais onde uma queda possa vir a ocorrer. Sempre que possível

este sistema que previne a queda é preferível sobre sistemas que buscam

minimizar os efeitos de uma queda;

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d) as condições meteorológicas adversas. Como condições climáticas adversas

entende-se vento forte, chuva, descargas atmosféricas, etc, que possam

comprometer a segurança e saúde dos trabalhadores. É importante ressaltar que

algumas outras condições meteorológicas devem ser consideradas. A baixa

umidade atmosférica, por exemplo, pode ser considerada na análise de risco e no

estabelecimento de medidas de controle;

e) a seleção, inspeção, forma de utilização e limitação de uso dos sistemas de

proteção coletiva e individual, atendendo às normas técnicas vigentes, às

orientações dos fabricantes e aos princípios da redução do impacto e dos fatores

de queda. É importante considerar na seleção, inspeção e forma de utilização dos

sistemas de proteção coletiva e individual que estes têm limitações de uso, o que

pode ser obtido por meio de consulta às normas técnicas vigentes e às

orientações do fabricante, de acordo com o item 35.5.3.4;

f) o risco de queda de materiais e ferramentas. A queda de materiais e

ferramentas deverá ser impedida com a utilização de procedimentos e técnicas,

tais como o emprego de sistemas de guarda corpo e rodapé, utilização de telas ou

lonas de vedação, amarração das ferramentas e materiais, utilização de porta

ferramentas, utilização de redes de proteção, ou quaisquer outros que evitem este

risco;

g) os trabalhos simultâneos que apresentem riscos específicos. Além dos riscos

inerentes ao trabalho em altura devem ser considerados os trabalhos simultâneos

que porventura estejam sendo executados que coloquem em risco a segurança e

a saúde do trabalhador. Por exemplo: o trabalho de soldagem executado nas

proximidades de atividades de pintura vai necessariamente requerer medidas

adicionais que devem ser consideradas na análise de risco;

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h) as condições impeditivas são situações que impedem a realização ou

continuidade do serviço que possam colocar em risco a saúde ou a integridade

física do trabalhador. Essas condições não se restringem às do ambiente de

trabalho. A percepção do trabalhador em relação ao seu estado de saúde no

momento da realização da tarefa ou atividade, assim como a do seu supervisor,

também podem ser consideradas condições impeditivas;

M ALTURA

i) as situações de emergência e o planejamento do resgate e primeiros socorros,

de forma a reduzir o tempo da suspensão inerte do trabalhador, pois a queda não

é o único perigo no trabalho em altura. Ficar pendurado pelo cinto de segurança

pode ser perigoso devido à prolongada suspensão inerte. Suspensão inerte é a

situação em que um trabalhador permanece suspenso pelo sistema de segurança,

até o momento do socorro. A necessidade de redução do tempo de suspensão do

trabalhador se faz necessária devido ao risco de compressão dos vasos

sanguíneos ao nível da coxa com possibilidade de causar trombose venosa

profunda e suas possíveis conseqüências;

j) Utilização sistema de comunicação diz respeito à necessidade da existência de

sistema em sentido amplo, não só entre os trabalhadores que estão executando

as tarefas em altura, como entre eles e os demais envolvidos direta ou

indiretamente na execução dos serviços, inclusive em situações de emergências;

k) a forma de supervisão é De acordo com o item 35.2.1 alínea “j” é

responsabilidade do empregador assegurar que todo trabalho em altura seja

realizado sob supervisão, cuja forma é definida pela análise de risco. A supervisão

poderá ser presencial ou não, a forma será aquela que atenda aos princípios de

segurança de acordo com as peculiaridades da atividade e as situações de

emergência. De acordo com o item 4.6 Para atividades rotineiras de trabalho em

altura a análise de risco poderá estar contemplada no respectivo procedimento

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operacional, Atividades rotineiras é o Conjunto de ações que fazem parte do

cotidiano de uma atribuição, função ou cargo do trabalhador no processo do

trabalho. Atividades não rotineiras: Conjunto de ações que não fazem parte do

cotidiano de uma atribuição, função ou cargo do trabalhador no processo do

trabalho.

BALHO

A 3.2 - EEqquuiippaammeennttoo ddee PPrrootteeççããoo IInnddiivviidduuaall ((EEPPII))

Conforme Norma Regulamentadora nº 6, Equipamento de Proteção

Individual – EPI é todo dispositivo ou produto de uso individual utilizado pelo

empregado, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e

a saúde no trabalho. A empresa é obrigada a fornecer ao empregado,

gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e

funcionamento, nas seguintes circunstâncias: sempre que as medidas de ordem

geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho

ou de doenças ocupacionais; enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem

sendo implantadas; para atender situações de emergência. No trabalho em altura,

os EPIs utilizados para a execução dos serviços são: talabartes, mosquetões,

linha de vida, trava quedas e cinto de segurança tipo paraquedista. De acordo com

o item 5.2.1 Antes do início dos trabalhos deve ser efetuada inspeção rotineira de

todos os EPI, acessórios e sistemas de ancoragem. Estas inspeções devem fazer

parte da rotina de toda a atividade realizada em altura. Minuciosa verificação das

condições de segurança e integridade de todos os dispositivos de segurança para

o trabalho em altura deverão ser realizados pelo próprio trabalhador e quando

possível também pelo supervisor. Já no item 5.2.3 Os EPI, acessórios e sistemas

de ancoragem que apresentarem defeitos, degradação, deformações ou sofrerem

impactos de queda devem ser inutilizados e descartados, exceto quando sua

restauração for prevista em normas técnicas nacionais ou, na sua ausência,

normas internacionais. Quando apresentarem defeitos, degradação, deformações

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ou sofrerem impactos de queda pontos de ancoragem, cinturões de segurança,

talabartes, absorvedores de energia, cabos, conectores e travaquedas devem ser

descartados e inutilizados para evitar reuso. Alguns tipos de travaquedas retráteis,

quando sofrerem impacto de queda, podem ser revisados conforme especificação

do fabricante e norma da ABNT.O item 5.3.2 aponta que o trabalhador deve

permanecer conectado ao sistema de ancoragem durante todo o período de

exposição ao risco de queda. O sistema de proteção contra quedas deve permitir

o trabalhador se conecte antes de ingressar na zona de risco de queda 4e se

desconecte somente após sair, permanecendo conectado durante toda sua

movimentação no interior da mesma e em todos os pontos em que a tarefa

demandar.

3.3- Equipamento de Proteção Coletiva (EPC)

Conforme diz a norma regulamentadora N° 6 “É todo equipamento

de uso coletivo destinado a evitar acidentes e o aparecimento de doenças

ocupacionais”.

Como o próprio nome descreve é um equipamento destinado a

proteger mais de uma pessoa ao mesmo tempo, Em geral os equipamentos de

Proteção Coletiva são mais eficientes do que os equipamentos de Proteção

individual e ainda tem a vantagem de não fornecer incômodo ao trabalhador.

Alguns exemplos de equipamentos de Proteção Coletiva utilizados para o trabalho

em altura são: Guarda corpo, andaimes, linha de vida, corrimão, sinalização e

isolamento

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44 -- PPllaanneejjaammeennttoo,, OOrrggaanniizzaaççããoo ee EExxeeccuuççããoo

AA nnoorrmmaa determina a obrigatoriedade de os tomadores de serviços

de trabalho em altura garantir a segurança e a saúde de todos os trabalhadores e

usuários envolvidos. DDee aaccoorrddoo ccoomm oo iitteemm 44..11..11,, ““Considera-se trabalhador

autorizado para trabalho em altura aquele capacitado, cujo estado de saúde foi

avaliado, tendo sido considerado apto para executar essa atividade e que possua

anuência formal da empresa.” Sendo assim, a autorização é um processo

administrativo através do qual a empresa declara formalmente sua anuência,

autorizando a pessoa a trabalhar em altura. A autorização está acompanhada da

responsabilidade em autorizar, portanto, é de fundamental importância que as

empresas adotem critérios bem claros para assumir tais responsabilidades. O

empregador é responsável pela avaliação médica dos seus empregados. O item

4.1.2 define que “os exames e a sistemática de avaliação sejam partes integrantes

do PCMSO5, devendo estar nele consignados. A avaliação deve ser feita

periodicamente sempre considerando os riscos envolvidos para a atividade. Os

exames devem ser feitos sempre buscando identificar doenças que venham a

causar mal súbito e queda em altura. A liberação do ASO6 só pode ser feita caso o

empregado esteja apto para as atividades. Entre as patologias que podem vir a

ocasionar problemas, temos: Epilepsia, deficiência visual/auditiva, doenças

psiquiátricas, labirintite crônica, problemas na coluna, Vertigem e tontura,

Distúrbios do equilíbrio, deficiência da estabilidade postural, Alterações

cardiovasculares, Acrofobia e diabetes.

6 Atestado de Saúde Ocupacional

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4.1 - Hierarquia das Soluções

aa)).. EEvviittaarr oo ttrraabbaallhhoo eemm aallttuurraa;;

bb)) UUttiilliizzaaççããoo ddoo SSiisstteemmaa ppaassssiivvoo ((EEPPCC´́ss)) ppaarraa pprreevveenniirr aa qquueeddaa;;

cc)) UUttiilliizzaaççããoo ddoo SSiisstteemmaa aattiivvoo ((EEPPII´́ss)) ppaarraa aa mmiinniimmiizzaarr aa qquueeddaa ee ddiimmiinnuuiinnddoo aa

ddiissttâânncciiaa ddee ddeessllooccaammeennttoo..

55 -- EEmmeerrggêênncciiaa ee SSaallvvaammeennttoo

DDee aaccoorrddoo ccoomm ooss iitteennss 66..11 aattéé 66..44 ddaa nnoorrmmaa,, O empregador deve

disponibilizar equipe para respostas em caso de emergências para trabalho em

altura.

Estas equipes deverão estar preparadas e aptas a realizar as condutas

mais adequadas para os possíveis cenários de situações de emergência

em suas atividades. (ROCHA, 2014)

As respostas serão proporcionais ao nível de treinamento e aptidão

necessárias em função da existência ou não de equipe própria, externa ou

composta pelos próprios trabalhadores. Se a equipe de emergência e salvamento

for própria ou formada pelos próprios trabalhadores as respostas serão realizar o

resgate e os primeiros socorros de imediato com as técnicas aprendidas. Se a

equipe for externa a resposta será chamar a equipe de emergência com a maior

brevidade e dar todo o suporte e retaguarda à (s) vítima (s) e a equipe de resgate.”

O item 6.1.1 diz que a equipe pode ser própria, externa ou composta pelos

próprios trabalhadores que executam o trabalho em altura, em função das

características das atividades. De acordo com Martins“ A Equipe externa pode ser

pública ou privada. A pública é formada pelo corpo de bombeiros, defesa civil,

resgate, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), paramédicos, A

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equipe privada é formada por profissionais capacitados em emergência e

salvamento como bombeiros civis, médicos, enfermeiros e resgatistas treinados

em fábricas, estabelecimentos, ou frentes de serviço que tem função especifica

dar suporte para seus próprios funcionários e de contratadas. ” Em algumas

situações a equipe para respostas em caso de emergências para trabalho em

altura deverá ser própria, ou seja, formada pelos próprios trabalhadores que

exercem trabalhos em altura. Isto deverá ocorrer quando as equipes externas,

públicas ou privadas forem inexistentes ou quando a distância exija

deslocamentos que inviabilizem o trabalho em tempo ideal. No item 6.2 O

empregador deve assegurar que a equipe possua os recursos necessários para as

respostas a emergências. E como exemplo de equipe própria podemos citar

trabalhos realizados na montagem de torres de telecomunicações em locais

distantes ou de difícil acesso onde os trabalhadores deverão estar capacitados a

realizar salvamentos de emergência, resgate e inclusive o auto resgate, quando

possível ou viável. Portanto deve-se assegurar que o plano de emergência, após

análise de risco, contemple os treinamentos específicos necessários para cada

realidade, utilização de sistemas de comunicação adequados, equipamentos

adequados para resgate e primeiros socorros. De acordo com o item 6.3 As ações

de respostas às emergências que envolvam o trabalho em altura devem constar

do plano de emergência da empresa. Fica definido no item 6.4 As pessoas

responsáveis pela execução das medidas de salvamento devem estar capacitados

a executar o resgate, prestar primeiros socorros e possuir aptidão física e mental

compatível com a atividade a desempenhar.

Quando a empresa, de acordo com o seu plano de emergência, tiver ou

necessitar equipe própria para executar o resgate e prestar primeiros

socorros os membros desta equipe devem possuir treinamento

adequado. (HERDY, 2016)

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CAPÍTULO 2 IMPLEMENTAÇÃO DA NR 35

2.1 - O porque da Criação da Norma

a) A alta incidência de quedas de trabalhadores em altura; De acordo com Teixeira

(2013),: ‘Cerca de 40% dos acidentes estão relacionados ao trabalho em altura’;

b) Acidentes em altura geralmente acarretam conseqüências graves e fatais;

c) A grande diversidade de atividades que são realizadas acima de 02 metros do

nível de referência.

A NR 18 (BRASIL, 2011) era a única opção de NR que citava o trabalho

em altura. Como era muito específica na construção civil e com a criação

da NR 35, a norma foi criada para atender todas as outras formas de

trabalho em altura em diversas atividades (NERY, 2013)

2.2 - Normas e Recomendações que complementam a NR 35

2.2.1 - NR 18– Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da

Construção:

Esta Norma Regulamentadora – NR, estabelece diretrizes de ordem

administrativa, de planejamento e de organização, que objetivam a implementação

de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos processos, nas

condições e no meio ambiente de trabalho na Indústria da Construção.

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Além da exigência da elaboração e cumprimento do PCMAT7, a NR-

18 faz recomendações sobre o escoramento de peças de armação e de formas.

Solicita verificações de escoramento em demolições e escavações e que o piso

para trabalhos em estrutura metálica seja montado sem frestas para que não haja

queda de materiais ou equipamentos. Quanto à queda de material retirado ou

desabamento lateral do talude em atividades de escavação, fundação e desmonte

de rocha, determina que, para escavações com mais de 1,25 m de profundidade,

deve-se dispor de escadas ou rampas para facilitar a saída dos operários, que os

materiais retirados devem ser depositados a uma distância superior à metade da

profundidade, medida a partir da borda do talude, e que os taludes com altura

superior a 1,75m devem ter estabilidade garantida, entretanto não determina os

meios para execução desta proteção. Quanto às rampas, escadas e passarelas,

recomenda o uso de madeira de boa qualidade, sendo proibida a pintura, com

construção sólida e dotadas de GcR, mas não detalha como executá-las. Estipula

o limite de 40 cm entre níveis para instalação de rampas ou escadas, 80 cm para

largura mínima de escadas e patamar intermediário a cada 2,90 m de altura, com

largura e comprimento no mínimo iguais à escada. No item 18.13, a NR-18

apresenta medidas de proteção contra quedas de altura, estipulando a

obrigatoriedade de instalação de EPC, tratando das proteções em aberturas de

pisos, de beirada de lajes, das dimensões para GcR e das plataformas de

limitação de quedas de materiais. Para a instalação, desmontagem, manutenção e

operação de equipamentos de transporte vertical, a norma estipula a necessidade

de operários qualificados e treinados para a função.

7 Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção. É um plano que

estabelece condições e diretrizes de Segurança do Trabalho para obras e atividades relativas à construção

civil.

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2.2.2 - Recomendação Técnica de Procedimentos - Medidas de

Proteção Contra Quedas de Altura – RTP nº 1:

Como princípio básico adotado, “onde houver risco de queda é

necessária a instalação da proteção coletiva correspondente” (FUNDACENTRO,

1999a, p. 9), a RTP nº 1 apresenta recomendações de resistência e de

dimensionamento para os EPC contra risco de quedas de pessoas, materiais e

ferramentas. Além das resistências mínimas, a RTP nº 1 apresenta ilustrações dos

EPC, dos locais em que devem ser empregados e em que situações. Salienta as

dimensões das proteções de periferia e apresenta os dispositivos para sua

fixação.

2.2.3 - Recomendação Técnica de Procedimentos -

Movimentação e Transporte de Materiais e Pessoas – Elevadores de Obra –

RTP nº 2:

A RTP nº 2 apresenta “disposições técnicas e procedimentos

mínimos de segurança que devem ser observados na montagem, manutenção e

operação dos elevadores de obra”, seja para transporte de material ou de pessoas

no canteiro de obras (FUNDACENTRO, 1999b, p. 6).

Deve ser protegido contra quedas de material o operador de

elevadores de transporte de material. Por ser um trabalho que exige cuidados e

muita observação, o posto de trabalho do operador do elevador deve ser isolado,

não deve ser utilizado como depósito de material, o operador deve ser qualificado,

ter a função anotada em sua carteira de trabalho e, preferencialmente, deve

desempenhar apenas esta função. Os componentes do elevador também devem

ser protegidos contra quedas de material, com a finalidade de evitar acidentes que

prejudiquem o equipamento e possam gerar acidentes no transporte de materiais

ou pessoas. Segundo a Fundacentro (1999b, p. 10), deve ser instalada uma

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cobertura de proteção entre o tambor do guincho e a roldana livre (louca), para

isolar o cabo, protegendo-o de queda de materiais e evitando riscos de contato

acidental com trabalhadores.

A RTP nº 2 especifica no item 3.8 que nos “elevadores de obra os

cabos utilizados deverão ser de aço, com alma de fibra”. Devem ser flexíveis e ter

no mínimo diâmetro de 16 mm, com resistência mínima “à ruptura de 150 KN e

trabalhar com um coeficiente de segurança de no mínimo dez vezes a carga de

ruptura”(FUNDACENTO, 1999b, p. 26).

Estas especificações auxiliam também o departamento de compras

na aquisição dos componentes do equipamento. A RTP nº 2 apresenta uma

proposta de check-list para elevadores de obras e outras recomendações para

manutenção dos componentes do equipamento, especificando as manutenções

que devem ser feitas, semanal, diária e periodicamente.

2.2.4 - Recomendação Técnica de Procedimentos- Escadas,

Rampas e Passarelas – RTP nº 4:

Percebe-se uma evolução entre as RTP elaboradas pela

FUNDACENTRO com a RTP nº 4. Esta RTP apresenta conceitos, dimensões das

superfícies de passagem e dos EPC necessários, especificações de materiais,

procedimentos de projeto e execução que devem ser aplicados no projeto de

segurança, garantindo o cumprimento da NR-18. Estas especificações estão

diretamente relacionadas a auxiliar o processo de projeto de segurança, dando

opções entre tipos de materiais a serem empregados, quando empregar um tipo

de solução, como projetar escadas, rampas e passarelas. Essa recomendação

pode ser considerada para outros componentes de segurança, tais como em

proteções de beirada de laje, plataforma de limitação de quedas de materiais,

andaimes. Quando forem especificados componentes de madeira na confecção de

escadas, rampas e passarelas, a RTP nº 4 salienta o que a NR-18 (item 18.12.1)

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já menciona: a madeira a ser empregada deve ser resistente, de boa qualidade,

sem defeitos (nós, rachaduras, madeira seca) e não deve ser pintada. Quando for

especificado em projeto escadas metálicas ou de outro material que resista aos

esforços solicitantes, recomenda-se que seja feita inspeção frequente e que o piso

seja antiderrapante. Solicita-se, também, que sejam instalados capachos para

limpeza da sola do calçado de segurança antes da transposição de qualquer

superfície de passagem.

2.2.5 - ABNT NBR 6494 – Norma de Segurança nos Andaimes:

Segundo a NBR 6494, no item 2.1, andaime é definido como:

“Plataformas necessárias à execução de trabalhos em lugares elevados, onde não

possam ser executados em condições de segurança a partir do piso. São

utilizados em serviços de construção, reforma, demolição, pintura, limpeza e

manutenção”. Em geral são constituídos por tubos metálicos de seções pré-

estabelecidas com travas diagonais que formam estruturas de tipo pórtico com

possibilidade de regulação múltipla. Dentro de cada tipo de serviço é necessário à

utilização de um tipo específico de andaime. É de extrema importância a

observação pelo profissional a qual é responsável pela parte de segurança e todos

os envolvidos no trabalho em altura, que a NBR 6494 – Segurança nos Andaimes

- vem completar a NR-18; em relação à proteção para utilização de andaimes.

Todas as duas fazem menção em mesmos pontos, estes são mais importantes e

requerem mais atenção no que desrespeita a segurança, como é o caso da

utilização de sistema de guarda-corpo e rodapé que é necessário uma proteção

sólida, convenientemente fixada e instalada nos lados expostos das áreas de

trabalho, para: andaimes, passarelas, plataformas suspensas.” Os andaimes

devem ser munidos, sobre todas as faces externas, de guarda-corpos, colocados

a 0,50 m e 1,00 m acima do estrado e, de rodapés de no mínimo 0,15 m de altura,

nos níveis de trabalho” (ABNT01, 1990, p 2); e de acordo com a NR 18(item

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18.15.6) “Os andaimes devem dispor de sistema guarda-corpo e rodapé, inclusive

nas cabeceiras, em todo o perímetro, conforme subitem 18.13.5, com exceção do

lado da face de trabalho”.

2.2.6 - ABNT NBR 15475- Acesso por Cordas-Qualificação e

Certificação de Pessoas.

Com a evolução das práticas e procedimentos dando cada vez mais

ênfase ao tema segurança, as indústrias, tem se ancorado nas técnicas de acesso

face aos custos atuais, e da necessidade de garantia total da inspeção e

manutenção dos equipamentos, onde muitas vezes a forma geométrica deste é

um fator que dificulta e encarece a execução das tarefas. A Técnica de Acesso

Por Corda, também conhecida como Alpinismo ou Escalada Industrial, já usada no

mundo a pelo menos 30 anos, principalmente Europa e Estados Unidos, vem

crescendo dentro da indústria no Brasil e conquistando sucesso por proporcionar

segurança, redução de tempo e menor custo dos serviços. Acesso por Corda é

uma técnica opcional de trabalho em altura, que combina as mais avançadas

técnicas de acesso a locais elevados e em ambientes confinados, utilizando

cordas e equipamentos específicos de descida e ascensão, em serviços onde

envolva risco de queda e/ou acesso difícil. Possibilitam a diminuição no tempo dos

trabalhos gerando um aumento de produtividade e diminuição nos custos, tudo de

acordo com os padrões de segurança estabelecidos pelas Normas

Regulamentadoras (NR) do Ministério do Trabalho e Emprego, e Normas

Brasileiras (NBR) aprovadas pela ABNT. Apesar da utilização de cordas e

equipamentos especiais como meio de acesso, está técnica nada tem em comum

com qualquer atividade esportiva que se assemelhe. Não há busca de adrenalina,

nem aventura, o profissional de acesso visa apenas à execução do seu serviço

com segurança e qualidade. Para a execução de trabalhos em altura com a

técnica de Acesso por corda, os profissionais deverão estar fisicamente aptos,

treinados, qualificados e com conhecimentos específicos de todos os

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equipamentos usados nesta atividade. Como toda técnica, faz-se necessário

garantir a capacitação do pessoal envolvido, sendo indispensável que o

Profissional de Acesso também esteja qualificado e capacitado nas especialidades

que desenvolver (pintor, caldeireiro, isolador, pedreiro, soldador, engenheiro,

inspetor de ensaios e/ou equipamentos, etc).

2.2.7 - ABNT NBR 15595- Acesso por Cordas-Procedimento

para Aplicação do Método.

Estabelece uma sistemática para aplicação dos métodos de

segurança do profissional, de sua equipe e de terceiros no acesso por corda.

Aplica-se às atividades de ascensão, descensão, deslocamentos horizontais,

resgate e auto-resgate dos profissionais e da equipe de acesso por corda, com

restrições, em combinação com dispositivos têxteis e mecânicos de ascensão,

descensão e de segurança, para o posicionamento em um ponto ou posto de

trabalho, estando em locais de difícil acesso, onde cordas são utilizadas como os

principais meios de acesso.

Aplica-se à utilização dos métodos para acessar estruturas (on shore

e off shore) ou ambientes com características naturais (encostas), nos quais as

cordas estão conectadas a estruturas construídas ou naturais. Não se aplica às

atividades de esporte de montanha, turismo de aventura e de serviços de

emergência destinados a salvamento e resgate de pessoas que não pertençam à

própria equipe de acesso por corda.

2.2.8 - OHSAS 18001/2007

Consiste em uma série de para orientação de formação de um

Sistema de Gestão e certificação da segurança e saúde ocupacionais (SSO). É

uma ferramenta que fornece orientações sobre as quais uma organização pode

implantar e ser avaliada, com relação aos procedimentos de saúde e segurança

do trabalho.

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O principal objetivo das OSHAS 18.001/2007 é sistematizar a

implementação de um sistema de gestão baseado em elementos

previamente estabelecido e reconhecido pelo mercado como sendo os

mínimos necessários para evidenciar um sistema organizado visando

fornecer para as organizações elementos de um sistema de gestão

eficaz, que possa ser integrado a outros requisitos da gestão.(ARAÚJO,

2013)

OHSAS é uma sigla em inglês para Occupational Health and Safety

Assessment Services, cuja melhor tradução é Serviços de Avaliação de

Segurança e Saúde Ocupacional. O sistema de gestão proposto pela OHSAS

pode ser integrado aos sistemas de gerenciamento ambiental e também aos

sistemas de qualidade, mas sua funcionalidade independe dos outros.

A certificação de sistema na OHSAS 18001 foi criada por uma

associação de organismos nacionais de normalização, organismos de certificação,

e consultorias especializadas que contribuem para o desenvolvimento da norma.

Foi projetada para ajudar as organizações a definirem suas políticas e objetivos de

saúde e segurança. Foi lançada em 1999 e revisada em 2007. É aplicável a

qualquer organização de qualquer tamanho, dentro de qualquer setor de negócios.

A certificação é iniciada com a auditoria, realizada in loco, que tem como

objetivo verificar se a documentação do Sistema está adequada ao

preconizado pela Norma OHSAS 18001, bem como verificar se a

legislação aplicável foi levantada e está implementada. Em seguida, na

auditoria principal, também realizada in loco, é verificado se a

documentação do Sistema (manuais, procedimentos, instruções de

trabalho, registros, etc) está devidamente implementada na organização,

bem como é checada a aderência de todos os requisitos da Norma na

empresa. (FERNANDES,2013)

A OHSAS 18001 avalia, em intervalos semestrais ou anuais, seu

sistema de gestão com relação em várias dimensões. A extensão da aplicação

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dependerá de fatores como políticas de saúde e segurança ocupacional da

organização, a natureza de suas atividades, e as condições em que ela opera.

Os principais benefícios para as empresas com a implantação da

OHSAS são:

a) Criação das melhores condições de trabalho possíveis na sua organização;

b) Identificação de perigos e definição de controles para gerenciá-los;

c) Redução de acidentes e doenças de trabalho, reduzindo custos e

inatividade;

d) Engajamento e motivação dos funcionários com condições de trabalho

melhores e mais seguras;

e) Demonstração de conformidade para clientes e fornecedores.

2.2.9 - IRATA - Industrial Rope Access Trade Association.

A IRATA foi criada no Reino Unido em 1988 e foi originalmente

formada para resolver problemas de manutenção na indústria de extração de

petróleo e gás em alto mar, a técnica de acesso por corda desenvolvida pela

IRATA é agora usada numa vasta série de trabalhos de reparação, manutenção,

inspeção e acesso. Dado que fornece um registro de segurança sem paralelo, um

intervalo de tempo rápido de instalação e desmontagem, vantagens positivas para

o ambiente e não requer a necessidade de equipamento de acesso ou de

perturbação do local, a popularidade do sistema de acesso por corda da IRATA

continua aumentando em todo o mundo.

O objetivo da IRATA é promover e desenvolver o sistema seguro de

acesso por corda que criou, apoiar suas empresas filiadas e permitir que seus

técnicos trabalhem de uma forma segura e eficaz. Todas as empresas filiadas da

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IRATA devem cumprir com qualificações específicas para poderem entrar e serem

submetidas a auditorias regulares e independentes para assegurar que cumpram

com os requisitos da IRATA de segurança, treinamento, práticas de trabalho e

garantia de qualidade. As empresas de acesso por corda da IRATA efetuam

trabalhos que incluem:

a) Trabalhos de grandes dimensões, manutenção e reparação de plataformas

de extração de petróleo e gás em alto mar, assim como instalações

petroquímicas e energéticas complexas em terra.

b) Inspeção, teste e inquéritos estruturais sobre mastros, torres, pilares, eixos

e instalações de energia eólica.

c) Projetos de engenharia civil e geotécnica, incluindo pregagem de solos,

ancoragem permanente de rochas, malhas para prevenção de quedas de

rochas e estabilização de declives.

d) Manutenção e reparação de pontes, edifícios de elevada altura, edifícios

históricos, igrejas, monumentos, estaleiros para reparações e outras

estruturas portuárias.

e) Pintura, pintura com jato pulverizador, pintura e detonação de pedras em

altura.

f) Limpeza de janelas, controle de pragas, instalação de meios de

afastamento de aves e substituição e reparação de vidros em altura.

g) Instalação de luzes e dispositivos se som, ajustamentos para palcos e

colocação de faixas e decorações festivaleiras.

h) Fotografia aérea.

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2.3 - Princípios Importantes

a) Prevenção de acidentes.

A implementação da cultura de Segurança do Trabalho é imensurável,

melhorou todos os indicadores, reduzindo em até 60% os riscos de

acidente, proporcionando condições mais adequadas aos nossos

colaboradores e parceiros e contribuiu ainda para o clima das lojas",

destaca e apesar do tamanho arrojado do plano de gerenciamento de

riscos, não foi de difícil implementação devido à colaboração mútua.

(SAGGIOMO, 2015)

.b) Não buscar culpados, mas sim as falhas

A maior valia de um trabalho de investigação está em encontrar os

fatos geradores do acidente, pois todo acidente precisa ser analisado a fundo,

para encontrarmos as suas causas, mesmo eventuais e que possam ter

acontecido por falta de atenção do funcionário, devem ser investigados e

analisados.

Os colaboradores da empresa devem ter participação ativa durante a

análise de um acidente, colaborando com detalhes, sugestões e ideias de

melhorias. Afinal, é o dia a dia, ou seja, a prática que vai mostrando quais as

maiores situações de risco em uma empresa.

c) Ninguém consegue manter 100% de atenção.

Antes de iniciar uma tarefa é importante conhecer detalhadamente

todos os aspectos envolvidos. Nenhuma tarefa é importante ou urgente que não

possa ser planejada e organizada com calma e atenção. Alguns dos fatores que

podem causar desatenção no trabalho são: Dormir inadequadamente, alimentação

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ruim, problemas pessoais, distração em conversas não pertinentes ao serviço

realizado, pressa para terminar o trabalho, stress e excesso de confiança.

2.4 - Treinamento e Comunicação

O alinhamento de uma comunicação eficaz com o treinamento

permite que a transformação e muda a atitude das pessoas. Se a comunicação

apenas mudar as ideias, mas nenhuma atitude, então a ela não atingiu seu

resultado. Cada pessoa tem sua própria forma de entender e interpretar os fatos,

sendo influenciada por toda carga cultural adquirida durante a vida.

O processo de comunicação deve estar em evolução contínua,

devendo ser aperfeiçoado todos os dias, tornando importante que se assegure o

entendimento da mensagem que foi transmitida, certificando-se que ela cumpriu o

objetivo e, de fato, gerou a atitude esperada.

A comunicação, quando realizada de forma efetiva, favorece o

envolvimento do colaborador com os princípios da empresa, levando-o a

‘vestir a camisa’ e reforçando seus valores frente aos parceiros. Além

disso, ela é uma ferramenta que promove a sinergia e motivação para

alcançar os resultados almejados. (MARQUES, 2015):

O treinamento deve incentivar ao funcionário a se auto-desenvolver,

a buscar o seu próprio meio de reciclagem. O profissional de treinamento por sua

vez, deverá conscientizar os funcionários da importância do auto-desenvolvimento

e da busca constante do aprendizado contínuo.

Ao se treinar um empregado, além do cumprimento da lei e da

questão de segurança ele pode se sentir prestigiado perante sua empresa e desta

forma ela demonstra sua preocupação em capacitar bem seus profissionais,

dando-lhe a oportunidade de crescimento pessoal e profissional.

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A elaboração de um programa de treinamento sempre será realizada

com base em uma perfeita identificação e interpretação das necessidades reais.

Para definirmos com exatidão o que faremos no será feito.é preciso identificarmos

os seguintes pontos:

Identificar o público alvo.

Identificar as atividades realizadas (aula teórica, aula prática, provas, etc.)

Identificar os EPI, EPC e equipamentos de acesso utilizados.

Definir os meios de comunicação. (E-mail, cartazes, cartilhas, panfletos, DDS8, etc.)

Preparar material didático (apostilas, slides, vídeos, etc.)

8 Diálogo Diário de Segurança

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CAPÍTULO 3

ESTUDO DE CASO: ALPIFIRE-QGGIT 3.1 - O COMPERJ

O Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) localizado na

cidade de Itaboraí, 45 Km do Rio de Janeiro, contempla a construção de uma

unidade de refino com capacidade de processamento. Inicialmente, está prevista a

utilização do petróleo pesado do Campo de Marlim, localizado na Bacia de

Campos, no norte do Estado do Rio de Janeiro. As principais unidades do

Comperj são:

a) URE- Unidade de Recuperação de Enxofre;

b) UPGN- Unidade de Produção de Gás Natural;

c) HDT- Unidade de Hidrotratamento;

d) TUBOVIAS- Dutos de transporte do óleo.

Principais produtos da refinaria serão: óleo diesel, nafta

petroquímica, querosene de aviação (QAV), coque, GLP (gás de cozinha) e óleo

combustível.

Serão construídas: uma unidade de petroquímicos básicos de

primeira geração (eteno, benzeno e propeno) e seis unidades de petroquímicos de

segunda geração. As principais resinas termoplásticas a serem produzidas pelas

unidades de petroquímicos de segunda geração serão polipropileno (850 mil

toneladas/ano), polietileno (800 mil toneladas/ano) e politereftalato de etileno (600

mil toneladas/ano).

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Além das unidades de produção, será erguida uma grande central de

utilidades, responsável pelo fornecimento de água, vapor e energia elétrica

necessários para a operação do complexo.

A previsão é que com a entrada em operação da primeira refinaria a

capacidade para refino seja de 165 mil barris de petróleo por dia.

3.2 - O Consórcio QGGIT

Com a saída empreiteira Delta das obras da refinaria de Itaboraí, foi

formado pelas empresas: Queiroz Galvão, Galvão IESA e Tecna para assumir a

continuação da construção da URE do Comperj.

De acordo com a Petrobrás, “uma URE tem como objetivo

transformar o H2S (Gás Sulfídrico) proveniente da corrente de outras unidades de

processo da refinaria em enxofre líquido”. O resultado desta conversão traz

enormes benefícios ambientais, já que o gás ácido é convertido em um produto

que, depois de solidificado, é enviado para comercialização. A entrada em

operação das duas UREs do Comperj representa a retirada da atmosfera de cerca

de 150 toneladas/dia de enxofre. A empresa informa ainda que o Comperj Para

trabalhar em seu canteiro de obras, a Petrobrás exigiu que todos os colaboradores

contratados passassem obrigatoriamente pelo treinamento de trabalho em altura,

a NR 35, com o objetivo de reduzir os riscos de acidentes com quedas.

De acordo com Pokrovisky (2016) ,‘Foram treinados mais de 1500

(Um mil e quinhentos) profissionais dentro das mais diversas funções. Desde o

servente de obra até os engenheiros.’.

Para respaldar o treinamento conforme exigência do cliente, o

consórcio teve que contratar uma empresa específica para ministrar o treinamento

solicitado para os seus colaboradores. A partir de então, a ALPIFIRE- Serviços

Especiais ficou responsável pela instrução para os colaboradores.

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3.3 - ALPIFIRE - Serviços Especiais

O acordo com o consórcio previa o treinamento de cerca de 3500

profissionais contratados para a obra, além de já deixar acertada a futura

reciclagem dos mesmos colaboradores prevista para dois anos conforme

é solicitado pela lei. Com a crise ocorrida por conta de problemas na

Petrobrás, o numero ficou bem abaixo. (HERDY, 2016)

A ALPIFIRE- Serviços Especiais é uma empresa que presta serviços

na área de treinamento em Segurança do Trabalho, Brigada de Incêndio,

Alpinismo Industrial, Resgate e Consultoria. Possuem como objetivo proporcionar

no âmbito da segurança e saúde do trabalho, o conhecimento e os procedimentos

adequados para a execução das atividades de trabalho.

O departamento pedagógico da ALPIFIRE atuou no âmbito da

elaboração do material didático, bem como na adequação dos meios de aplicação

dos treinamentos. Tendo em vista os vários segmentos atendidos foi levado em

consideração o perfil do público a ser treinado e a diversidade existente dentro do

grupo. Desta forma tornou-se possivel viabilizar a melhor estratégia para alcançar

o objetivo proposto, sendo assim os treinamentos foram desenvolvidos para

melhorar as medidas de modo a prevenir acidentes e doenças decorrentes do

trabalho; preservar a vida dos envolvidos e a promover a saúde dos mesmos.

A empresa entende que o ser humano é o principal insumo

responsável pela competência e sucesso das organizações, tornando-se

necessário entender como aproveitar das pessoas seus mais altos níveis de

criatividade, inovação, participação e engajamento.

A ALPIFIRE assessora também no atendimento aos requisitos legais

do MTE, INSS, ABNT, Corpo de Bombeiros, capacitando para a prevenção de

acidentes e antecipando ações, que visem adequar a empresa aos requisitos

legais exigidos pelos órgãos fiscalizadores, acompanhando in loco a execução das

tarefas, o ambiente de trabalho, executando e apresentando sugestões para

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eliminar ou neutralizar os riscos presentes ou que venham a existir no ambiente de

trabalho.

3.4 - O Treinamento

Treinar é uma aquisição de conhecimentos. É mudar o

comportamento. Treinar no sentido mais profundo é ensinar a pensar, a criar e a

aprender a entender.

Um profissional só conseguirá adaptar-se bem a um ambiente de

trabalho se tiver conhecimento de como as coisas funcionam: o que,

como, por que, quando e onde fazer; e quais as conseqüências de não

fazer. (TAVARES, 2005)

O treinamento deve ser visto como um investimento, pois ele agrega

valor tanto para a empresa quanto ao colaborador, que ao investir existe um

grande ganho em produtividade e excelência nos serviços prestados ao cliente.

De um modo geral, é importante que o empregador invista na segurança

do trabalho para a sua segurança e também para a segurança dos seus

funcionários. Mas antes de qualquer coisa, do seu ponto de vista, são

essas documentações que vão proteger sua empresa de problemas

futuros, de queixas trabalhistas, indenizações e tudo mais.(FERRAZ,

2015)

A conscientização e o treinamento em segurança do trabalho são

fatores importantes na gestão da segurança, pois capacitam os empregados para

o desempenho de suas funções no que diz respeito aos riscos inerentes a cada

processo, além de ressaltar a importância de seguir os procedimentos de trabalho

sem “queimar etapas” e sem se expor aos riscos. Os treinamentos são utilizados

para padronizar procedimentos, corrigir desvios e, com isso, prevenir os acidentes

de trabalho.

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O treinamento tem como principal objetivo instruir e orientar o

colaborador no que se refere a importância e a gravidade do trabalho em

altura, estabelecendo assim, requisitos mínimos de medidas de proteção

e segurança para execução do trabalho. (POKROVISKY, 2016)

O plano desenvolvido para o treinamento foi de acordo com a

necessidade que o Consórcio QGGIT tinha em atender as exigências da

Petrobrás. Sendo assim, o plano de aula apresentado pela ALPIFIRE atendia bem

aos diferentes graus de escolaridade dos colaboradores e foi assim feito:

3.4.1 – Objetivo.

O principal objetivo do treinamento é preparar os funcionários para a

execução imediata das diversas tarefas que lhes são incumbidas dentro da

organização, de forma eficiente e eficaz, desenvolvendo-os e proporcionando a

eles oportunidade e, desta forma modificando o comportamento profissional do

colaborador, desenvolvendo espírito de equipe e integração e também

desenvolver habilidades para liderança.

A maioria dos treinamentos visa à atualização e o aperfeiçoamento das

habilidades técnicas dos funcionários e são cada vez mais importantes

por duas razões: assimilação de novas tecnologias e de novos modelos

de estruturas organizacionais.(ROBBINS, 2011)

A ALPIFIRE apresentava os requisitos mínimos exigidos pela norma

e as medidas de proteção para o trabalho em altura, como o planejamento, a

organização e a execução, a fim de garantir a segurança e a saúde dos

trabalhadores com atividades executadas acima de dois metros do nível inferior,

onde haja risco de queda. No caso do consórcio QGGIT, a ALPIFIRE fez uma

pesquisa inicial que mostrou que o público alvo era bastante diversificado, no que

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diz respeito a faixa etária, funções, estados de origem e, principalmente, grau de

escolaridade. Este último é o que nos gerou maior atenção, pois todos devem ter

igualdade de oportunidade no que diz respeito a aprendizagem

A maior dificuldade é despertar a cultura prevencionista na cabeça dos

colaboradores de um modo geral. Os benefícios são colaboradores mais

seguros na execução de seus serviços. (HERDY, 2016)

3.4.2 - Conteúdo

Objetivos e definições, estatísticas, criação, princípios importantes,

responsabilidades de empregador e empregados, hierarquia das soluções, Análise

de Risco, EPI´s/EPC´s, Ancoragens, capacitação e treinamento, medidas

preventivas, check list, emergência e salvamento, doenças que impedem o

trabalho em altura, organização e limpeza do local de trabalho, acesso por cordas,

grandes obras, procedimentos corretos e errados.

3.4.3 - Estratégia de Ensino

- Apresentação da norma regulamentadora em slides

- Vídeos relacionados ao tema abordado

- Aplicação de APR

-

As aulas eram divididas em duas partes:

a) Parte Teórica: Era informado o motivo do treinamento, definição, causa de

acidentes, condições impeditivas, explicação dos EPIs e EPCs relacionados à

atividade, APR, princípios importantes, responsabilidades, medidas preventivas,

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procedimentos corretos e incorretos em altura e vídeos ilustrativos para que o

colaborar pudesse visualizar o que foi dito em sala.

b) Parte Prática: Além de aprenderem a colocar e utilizar corretamente o cinto e

talabarte (fazendo simulação em um andaime), era feitos exercícios aonde eram

avaliadas imagens com algumas não conformidades e assim os colaboradores

elaboravam uma analise preliminar de riscos.

Segundo a norma (BRASIL, 2014), como a empresa já possuía uma

equipe de resgate e primeiros socorros a disposição no canteiro de obras, o

treinamento desta parte não se fazia necessário.

3.4.4 - Recursos:

Data show

Vídeos

EPI´s para a parte pratica ( capacete, cinto, talabarte e luvas)

3.4.5 – Avaliação

Não vale a pena fazer um treinamento sem depois avaliar sua

efetividade já que ao realizar um curso com os trabalhadores, é gasto tempo e

dinheiro. Além de ser importante para saber também quais os pontos a melhorar

para os próximos treinamentos e também comprovar que o treinamento foi

realizado, se faz necessárias provas documentais.

Sendo assim, as avaliações se davam com a elaboração de APR

(análise preliminar de risco) feita em grupo e a prova múltipla escolha com 10

questões. ‘Quando o colaborador tinha dificuldade para leitura ou era analfabeto, o

mesmo fazia a prova em dupla ou então com o instrutor monitorando’ afirma Silva

(2016).

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3.5 - O Desafio

Um dos grandes desafios foi treinar profissionais com perfis e

escolaridades variadas, cumprimento da carga horária exigida pela NR e

o local de prática já que muitas vezes devido a chuvas ou falta de um

andaime seguro para a simulação do uso do talabarte o treinamento era

improvisado. (HERDY, 2016)

O treinamento feito para esse consórcio trouxe alguns desafios

novos para a ALPIFIRE, como: a grande rotatividade de público, o pouco tempo

para a realização, a diversidade de funções exercidas pelos trabalhadores e

principalmente a variedade da escolaridade. É preciso seguir pelo caminho do

treinamento e capacitação de pessoas de baixa escolaridade, já que o profissional

precisa saber identificar rótulos, compreender placas e orientações, além de ter

uma postura na hora de se portar e comunicar no ambiente de trabalho. Contudo

foi possível atender as expectativas do contratante, aumentando ainda mais

expertise da empresa no campo de treinamentos. Outro grande desafio é fazer a

gestão de SST em relação ao trabalho em altura chama-se planejamento.

Conscientizar o pessoal foi um pouco complicado devido a baixa

escolaridade e foi difícil fazer que fosse entendido a importância e o diferencial de

um bom treinamento, e de acordo com Pokrovsky (2016) ‘Uma alternativa foi

aproximar as pessoas do objetivo. A aproximação pode acontecer com evidências

da eficiência do treinamento.’

Para Conseguir reter a atenção dos colaboradores em sala de aula,

assim como fazê-los entender a importância e a seriedade dos temas abordados

no treinamento para o seu dia-a-dia no trabalho, foi importante a criação do

material didático simples e objetivo que dinamizaram as aulas com a utilização de

muitos vídeos e fotos que ilustraram e ajudaram muito na aceitação do

treinamento.Tendo em vista a diversidade apresentada procurou-se ter uma

estratégia também diversificada. Textos, leituras, slides, conversas, trocas de

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experiências, procurando sempre fazer o link com a realidade das funções

exercidas e a uma abertura de espaço para as pessoas se colocarem nos

treinamentos apresentou resultados positivos.

O instrutor foi orientado a sondar, sem expor de forma vexatória, os

colaboradores que apresentavam algum tipo de restrição ou dificuldade para que

fosse auxiliado mais diretamente, sendo feitas as adaptações necessárias e assim

o trabalhador passou a sentir-se importante para a empresa e não apenas mais

um.

3.6 - Resultados

Tínhamos um SESMT9 muito firme e atuante na empresa. Mas desde que

iniciamos os treinamentos, cerca de 14 (quatorze) meses, não tivemos

mais nenhum acidente com afastamento relacionado a queda de altura.”

(SILVA, 2016)

Apesar das dificuldades, com a implantação do treinamento de

trabalho em altura, tudo deu certo. Os colaboradores tiveram um bom

entendimento com os instrutores e demais colegas de empresa ao longo dos

treinamentos e nos seus respectivos setores no canteiro de obra.

De acordo com Carlos Eduardo Herdy (2016), ‘o grande benefício foi

uma melhoria na execução dos serviços, fazendo com maior qualidade e

segurança’.

O consórcio QGGIT cumpriu as exigências solicitadas pela Petrobrás

e conseguiram regularizar a situação de todos os colaboradores. Desde o auxiliar

de obras até o engenheiro, todos foram devidamente qualificados e aprovados

para atuarem nas obras do Comperj.

9 Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho

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CONCLUSÃO

Com o passar dos anos, a busca da proteção para o trabalhador

contra queda de altura é cada vez maior. Este trabalho então buscou mostrar

medidas de prevenção para os trabalhos em altura que possibilitem que tanto

profissionais com boa escolaridade quanto os profissionais com baixa

escolaridade tivessem um bom aproveitamento durante o período dos

treinamentos e que na hora que foram colocar em prática trabalho foi possível

minimizar os acidentes de trabalho e assim preservando a sua integridade e

saúde.

Com o treinamento foi possível reduzir os riscos de acidente e deixar

a realização da atividade mais segura e assim tendo colaboradores mais

preparados para exercer o seu trabalho com maior conscientização e atenção com

relação à prevenção de acidentes de trabalho, já que devido a grande experiência,

muitos colaboradores costumavam trabalhar sem a devida proteção já que nunca

sofreram um acidente ignoravam certos procedimentos e o uso dos EPIs.

As bases para o trabalho são às normas regulamentadoras, as quais

nos auxiliam na elaboração dos planos, projetos de segurança, ordens de serviço,

etc. e que estão sempre em evolução para cada vez mais nos ajudar evitando

assim riscos maiores.

O presente trabalho, portanto, contribui para que se tenha uma visão

mais abrangente dos dispositivos utilizados em trabalho em altura, bem como

atentar para as formas que se devem ensinar aos colaboradores de baixa

escolaridade ao longo do treinamento e ver como eles tem trabalhado no dia-a-dia

do canteiro de obras.

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APÊNDICES- ENTREVISTAS

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APÊNDICE 1- LUCIANA SANTANA SARDINHA

Nome: Luciana Santana Sardinha

Função/Profissão: Técnico de Segurança do Trabalho da Empresa JAM

Engenharia

1) Comente suas experiências profissionais relacionadas a trabalho em altura.

RESPOSTA: Possuo várias horas de treinamento no curso citado, acompanhei

atividades de iratas e escaladores, executavam içamento de máquinas e

ventiladores industriais com mais de 250 Kg.

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2) Qual a importância do treinamento para a NR 35 para o dia a dia do

colaborador?

RESPOSTA: Muitos não mostram nenhum interesse no treinamento, olho como

uma forma cultural mesmo, pensa que não acontecerá nada, principalmente

aqueles que possuem certos anos de experiências.

.

3) O que o você destaca na NR-35 para a segurança do trabalho em altura?

RESPOSTA: o comprometimento do colaborador com sua própria segurança e de

terceiros, trabalho em altura não é somente para quem está em cima, também

para quem trabalha em baixo, muitos não possuem esse conhecimento.

4) A NR-35 Enfrenta algum tipo de resistência para a sua implantação? Quais

seriam as maiores dificuldades? Quais os principais benefícios do treinamento?

• RESPOSTA: Possui sim muita resistência com o treinamento voltado para a

segurança. Fazem o treinamento, mas não na íntegra, a dificuldade maior é

usar o equipamento, cinto de segurança tipo paraquedista e quando usam,

a maioria não o travam corretamente. Uns dos benefícios do treinamento

em questão é a conscientização dos colaboradores e obrigatoriedade da

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própria empresa. Outra grande dificuldade é fazer o colaborador entender

que direito de recusa não é a mesma coisa do que não querer fazer por

preguiça ou má vontade. O Direito de Recusa é o instrumento que assegura

ao trabalhador não iniciar ou parar o andamento de uma atividade de

trabalho por considerar que ela envolve um grave e iminente risco para sua

segurança e saúde ou de outras pessoas.

5) Como tornar o trabalho em altura eficiente?

RESPOSTA: Treinar, conscientizar e fiscalizar sempre.

6) Os sistemas de proteção coletiva/individuais costumam ser improvisados ou

negligenciados? Como evitar?

RESPOSTA: na maioria das vezes, negligenciados. Evitar cobrando e fiscalizando

os mesmos.

7) Quais benefícios o treinamento trás para empregador e empregado?

RESPOSTA: # Empregado: Capacidade e conhecimento dos riscos de sua

atividade;

# Empregador: Menos incidentes/acidentes perante a imagem da empresa e

menos riscos de processos.

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8) Como tornar o TREINAMENTO do trabalho em altura mais eficiente?

RESPOSTA: A importância é sempre estar atualizando os treinamentos,

fiscalizando e conscientizando quanto ao uso dos equipamentos de segurança.

9) Qual o maior desafio para treinar o pessoal com a escolaridade baixa? Quais as

melhores opções para amenizar as dificuldades?

RESPOSTA: Com baixa escolaridade o importante é usar uma linguagem simples

e objetiva e nas apresentações dos slides, mostrar bem mais figuras; até mesmo

que tem um nível cultural mais elevado essa visão das figuras é bem interessante

por ser menos cansativo e melhor compreendido.

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APÊNDICE 2- PETERSON ALVES DA SILVA

Nome: Peterson Silva

Função/Profissão: Técnico de Segurança do Trabalho do Consórcio QGGIT

1) Comente suas experiências profissionais relacionadas a trabalho em altura.

RESPOSTA:

Como técnico de segurança do trabalho, fiz alguns treinamentos em NR 35. Com

a pratica e experiência adquiridas, passei a ministrar treinamentos para os

colaboradores até a mudança do contrato.

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2) Qual a importância do treinamento para a NR 35 para o dia a dia do

colaborador?

RESPOSTA:

Redução dos riscos e acidentes;

Profissionais mais atentos e conscientes;

EPIs usados da forma correta;

Os colaboradores entendendo melhor seus direitos e deveres.

3) O que o você destaca na NR-35 para a segurança do trabalho em altura?

RESPOSTA:

Leitura de fácil entendimento,facilitando o treinamento da equipe de trabalho.

4) A NR-35 Enfrenta algum tipo de resistência para a sua implantação? Quais

seriam as maiores dificuldades? Quais os principais benefícios do treinamento?

RESPOSTA:

A maior dificuldade é fazer o colaborador entender a necessidade e importância

do uso dos equipamentos. Conseguindo isso eles estão mais seguros em suas

atividades.

5) Como tornar o trabalho em altura eficiente?

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RESPOSTA:

Definição ou criação de um órgão fiscalizador especifico e atuante para que o

treinamento, equipamentos e as normas sejam seguidas.

6) Os sistemas de proteção coletiva/individuais costumam ser improvisados ou

negligenciados? Como evitar?

RESPOSTA:

Costumamos ver muitos improvisos e desvios nas obras. Estamos sempre

fiscalizando, orientando e penalizando para combatermos estas situações.

7) No consorcio QGGIT, quantos profissionais em média a ALPIFIRE treinou ao

longo do contrato?

RESPOSTA:

Não sei o numero preciso. Mas certamente foram mais de 1.400 trabalhadores.

8) Quais benefícios o treinamento trouxe para o consórcio QGGIT /ALPIFIRE?

RESPOSTA:

Tínhamos um SESMT muito firme e atuante na empresa. Mas desde que

iniciamos os treinamentos, cerca de 14 (treze) meses, não tivemos mais nenhum

acidente com afastamento relacionado a queda de altura.

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9) Quais foram os maiores desafios no treinamento para o consórcio QGGIT

/ALPIFIRE?

RESPOSTA:

Conseguir ter a atenção e entendimento dos colabores nos cursos;

Encontrar local para a parte prática;

EPIs disponíveis para todos os alunos

10) Como tornar o TREINAMENTO do trabalho em altura mais eficiente?

RESPOSTA:

O ideal não são apenas 8 horas para que um trabalhador conheça as técnicas de

resgate e de primeiros socorros, mas apenas noções específicas, de acordo com

as suas atividades. Como 8 horas é a carga horária mínima, esta poderá ser

estendida com carga horária maior, de forma a satisfazer essas necessidades

12) Qual o maior desafio para treinar o pessoal com a escolaridade baixa? Quais

as melhores opções para amenizar as dificuldades?

RESPOSTA:

É complicado em alguns casos fazer com que eles entendam o que a norma pede.

Uma opção é criar treinamentos customizados com foco principal neste perfil de

trabalhadores. Assim sendo, utilizar diversas variedades de vídeos com foco no

assunto já irá facilitar o aprendizado e assimilação.

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APÊNDICE 3- TATIANA POKROVSKY FONSECA AZEREDO

Nome: Tatiana Pokrovsky Fonseca Azeredo

Função/Profissão: Psicóloga e Gerente de Treinamento do CT do Consórcio

QGGIT

1) Comente suas experiências profissionais relacionadas a trabalho em altura.

Nunca atuei. Como trabalho no setor administrativo não foi preciso sequer fazer o

treinamento.

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2) Qual a importância do treinamento para a NR 35 para o dia a dia do

colaborador?

O treinamento tem como principal objetivo instruir e orientar o colaborador no que

se refere a importância e a gravidade do trabalho em altura, estabelecendo assim,

requisitos mínimos de medidas de proteção e segurança para execução do

trabalho.

3) O que o você destaca na NR-35 para a segurança do trabalho em altura?

Nunca atuei. Como trabalho no setor administrativo não foi preciso sequer fazer o

treinamento.

4) A NR-35 Enfrenta algum tipo de resistência para a sua implantação? Quais

seriam as maiores dificuldades? Quais os principais benefícios do treinamento?

Muitos colaboradores por estarem a muitos anos trabalhando sem a devida

proteção e nunca terem sofrido um acidente ignoram certos procedimentos e o

uso dos EPIs. Com o treinamento é possível reduzir os riscos de acidente e deixar

a realização da atividade mais segura

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5) Como tornar o trabalho em altura eficiente?

Cobrando dos colaboradores que eles sigam os procedimentos de segurança

6) Os sistemas de proteção coletiva/individuais costumam ser improvisados ou

negligenciados? Como evitar?

Não tenho competência para avaliar

7) No consorcio QGGIT, quantos profissionais em média a ALPIFIRE treinou ao

longo do contrato?

R.: Ao longo do contrato foram aproximadamente 1.500 pessoas treinadas.

8) Quais benefícios o treinamento trouxe para o consórcio QGGIT /ALPIFIRE?

R.: Com o treinamento temos colaboradores mais preparados para exercer o seu

trabalho, assim como maior conscientização e atenção com relação a prevenção

de acidentes de trabalho. : Desde que iniciamos os treinamentos,cerca de 13

meses, não tivemos mais nenhum acidente com afastamento relacionado a queda

de altura”

9) Quais foram os maiores desafios no treinamento?

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R.: Conseguir reter a atenção dos colaboradores em sala de aula, assim como

fazê-los entender a importância e a seriedade dos temas abordados no

treinamento para o seu dia-a-dia no trabalho.

10) Qual o maior desafio para treinar o pessoal com a escolaridade baixa? Quais

as melhores opções para amenizar as dificuldades?

R: Acho que o maior desafio é conscientizar, pois justamente pela baixa

escolaridade é difícil fazer com que entendam a importância e o diferencial de um

bom treinamento. Além do uso de muito vídeos e imagens, acredito que uma outra

alternativa seria abrir espaço para eles colocarem suas opiniões.

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APENDICE 4- CARLOS EDUARDO HERDY

Nome: Carlos Eduardo Herdy

Função/Profissão: Diretor Executivo da ALPIFIRE – Serviços Especiais

Sargento do CBMERJ

1) Comente suas experiências profissionais relacionadas a trabalho em altura.

Iniciei executando serviços em altura por outra empresa em 2004, primeiramente

com a parte de resgate e posteriormente trabalhos em altura propriamente dito.

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2) Qual a importância do treinamento para a NR 35 para o dia a dia do

colaborador?

Muito grande, tendo em vista alertar e padronizar procedimentos.

3) O que o você destaca na NR-35 para a segurança do trabalho em altura?

A adoção e padronização da altura de 2m, pois antes não se tinha nada

estabelecido e cada um fazia de uma forma.

E a APR que consiste em um estudo antecipado e detalhado de todas as fazes do

trabalho a fim de detectar os possíveis problemas que poderão acontecer durante

a execução

4) A NR-35 Enfrenta algum tipo de resistência para a sua implantação? Quais

seriam as maiores dificuldades? Quais os principais benefícios do treinamento?

Sim, até hoje vemos que muitas empresas e colaboradores acham desnecessário

tendo em vista o tempo de trabalho na área. A maior dificuldade é despertar a

cultura prevencionista na cabeça dos colaboradores de um modo geral. Os

benefícios são colaboradores mais seguros na execução de seus serviços.

Por exemplo: A Petrobrás pede que os seus colaboradores, terceirizados ou não,

já utilizem os equipamentos de segurança a partir de 1,50 m. Empresas como a

Vale solicitam o uso a partir de 1,40m”.

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5) Como tornar o trabalho em altura eficiente?

Com treinamento e avaliação de procedimentos constantes. Além da verificação

dos equipamentos de proteção.

6) Os sistemas de proteção coletiva/individuais costumam ser improvisados ou

negligenciados? Como evitar?

Sim, muitas vezes verificamos ancoragens incorretas e inseguras, necessitando

uma supervisão efetiva para evitar que isso ocorra.

7) No consorcio QGGIT, quantos profissionais em média a ALPIFIRE

treinou ao longo do contrato?

O contrato com o consórcio previa o treinamento de cerca de 3500

profissionais contratados para a obra, além de já deixar acertado a

futura reciclagem dos mesmos colaboradores prevista para dois anos

conforme é solicitado pela lei. Com a crise ocorrida por conta de

problemas na Petrobrás, o numero ficou bem abaixo” Fizemos

treinamento e instrução de cerca de 1.300 até 1500 colaboradores só

em NR 35 - trabalho em altura

8) Quais benefícios o treinamento trouxe para o consórcio QGGIT

/ALPIFIRE?

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Acredito que o grande benefício foi uma melhoria na execução dos

serviços, fazendo com maior qualidade e segurança

9) Quais foram os maiores desafios no treinamento para o consórcio

QGGIT /ALPIFIRE?

O cumprimento da carga horária exigida pela NR e o local de prática

o contrato com o consórcio previa o treinamento de cerca de 3500

profissionais contratados para a obra, além de já deixar acertado a

futura reciclagem dos mesmos colaboradores prevista para dois anos

conforme é solicitado pela lei. Com a crise ocorrida por conta de

problemas na Petrobrás, o numero ficou bem abaixo

10) Como tornar o TREINAMENTO do trabalho em altura mais eficiente?

Com planejamento e comprometimento de todos

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11) Qual a importância das NBRs ( 6494, 15475, 15595) e do IRATA para

melhorar o trabalho em altura ?

Todas as normas relacionadas a Trabalhos em altura visam

normatizar procedimentos e servir como parâmetro e direcionamento

para a execução. As NBRs 15475 e 15595 são normas que visam

“nacionalizar” o IRATA, que tem origem na Inglaterra, e bastante

solicitado em multi nacionais.

O que falta realmente ser definido é o órgão fiscalizador e

credenciador nacional.

12) Qual o maior desafio para treinar o pessoal com a escolaridade baixa? Quais

as melhores opções para amenizar as dificuldades?

A maior dificuldade é fazer com que eles entendam a importância dos

procedimentos, leis e normas de uma forma que eles entendam e

saibam como colocar em prática no desenvolvimento das tarefas. Para

amenizar as dificuldades naturais que o treinamento pode vir a ter,

utilizamos muitos vídeos ( alguns até com um pouco de humor), fotos

e muitas atividades em grupo que estimulam a participação e ajudam

no entendimento.

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a_diminui_acidentes_em_mais_de_60_na_multinacional_francesa/AcyJJayA/8120

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

RESUMO 4

METODOLOGIA 5

SUMÁRIO 6

INTRODUÇÃO 7

CAPÍTULO 1

A NORMA REGULAMENTADORA 35 (NR35) 11

1.1 - Objetivo e Aplicação 11

1.2 - Responsabilidades 12

1.2.1 Cabe ao Empregador 12

1.2.2 Cabe ao Trabalhador 14

1.3 - Capacitação e Treinamento 15

1.3.1 Análise Preliminar de Risco (APR) 16

1.3.2 Equipamento de Proteção Individual (EPI) 19

1.3.3 Equipamento de Proteção Coletiva (EPC) 20

1.4 Planejamento, Organização e Execução. 20

1.4.1 Hierarquia das Soluções 21

1.5-Emergência e Salvamento 22

CAPÍTULO 2

IMPLEMENTAÇÃO DA NR 35 24

2.1- O porquê da criação da norma 24

2.2- Normas e Recomendações que complementam a NR 35 24

2.2.1 NR 18 24

2.2.2 RTP nº 1 26

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2.2.3 RTP nº 2 26

2.2.4 RTP nº 4 27

2.2.5 NBR 6494 28

2.2.6 NBR 15475 29

2.2.7 NBR 15595 30

2.2.8 OSHAS 18001/2007 30

2.2.9 IRATA 32

2.3- Princípios Importantes 33

Treinamento e Comunicação 34

CAPÍTULO 3

ESTUDO DE CASO: ALPIFIRE – QGGIT 37

3.1- O Comperj 37

3.2- O Consórcio QGGIT 38

3.3- ALPIFIRE- Serviços Especiais 39

3.4- O treinamento 40

3.4.1- Objetivo 41

3.4.2- Conteúdo 42

3.4.3- Estratégia de Ensino 42

3.4.4- Recursos 43

3.4.5- Avaliação 43

3.5- Desafios 44

3.6- Resultados 45

CONCLUSÃO 46

APÊNDICE 47

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 65

ÍNDICE 68