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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
PEDAGOGIA EMPRESARIAL: TREINANDO E
DESENVOLVENDO TALENTOS
Por: Alex Sandro da Silva Conceição
Orientador
Prof. Marcelo Saldanha
Niterói
2013
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
DOCU
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2
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
PEDAGOGIA EMPRESARIAL: TREINANDO E
DESENVOLVENDO TALENTOS
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Pedagogia Empresarial
Por: . Alex Sandro da Silva Conceição
3
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus por estar presente
em todos os momentos da minha vida.
Aos meus pais e meu irmão pelo
carinho e apoio incondicional. Aos
meus familiares e amigos, que às
vezes distantes, torceram pelo meu
sucesso.
4
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho aos meus pais
Benilson e Josineide, ao meu irmão
Douglas e aos meus avós Júlio Pedro e
Maria que sempre me apoiaram durante a
minha formação.
5
RESUMO
Treinamento, basicamente, é a forma de desenvolver habilidades nas
pessoas, que, até o momento são inexistentes. O local onde se trabalha é
muito importante para que o pedagogo possa diagnosticar as necessidades de
determinados cargos e, assim, montar um planejamento de treinamento, visto
que o mesmo faz a empresa aumentar a sua produtividade.
È preciso que este pedagogo saiba construir um treinamento para
treinar funcionários para determinadas funções. E se falando de treinamento,
um pedagogo necessita saber o que desenvolver para cada indivíduo, pois
cada um tem as suas particularidades. Existem casos de treinamento que
serve tanto para adequá-lo ao ambiente organizacional social, como para
torná-lo apto a exercer um determinado cargo dentro da empresa.
Este trabalho procura denotar a importância do pedagogo nas
organizações, como é elaborado um programa de treinamento e sua execução
e ainda abordar em síntese, no novo mercado de trabalho para pedagogos.
6
METODOLOGIA
Para esta pesquisa, foram utilizadas referências bibliográficas em livros,
revistas, artigos e sites relacionados com tema. O texto foi elaborado com as
conclusões tiradas a partir dessa leituras, como por exemplo:
“Com um mercado cada vez mais globalizado e competitivo, não há dúvida de que as organizações devem se conscientizar da necessidade de investir na qualificação de seus colaboradores e parceiros, como um elemento-chave na criação de diferencial competitivo. Por isso, não se trata de mais um modismo na área de gestão empresarial, mas sim de um sistema que realmente dará sustentação para uma atuação estratégica e bem-sucedida das empresas.” (ÉBOLI,199,p.08)
A afirmativa de Éboli deixa claro que um dos maiores desafios
enfrentados pelas empresas está relacionado a essa área, a de qualificação de
seus profissionais, pois ainda não se consegue implantar sistemas que
permitam uma mensuração de resultados obtidos.
Essas transformações estão nos levando a um novo modelo, a um novo
paradigma de organização da economia e da sociedade: uma economia do
saber. Ficamos diante da famosa e complicada sociedade do conhecimento,
na qual o recurso controlador não é mais o capital, a terra ou a mão-de-obra,
mas sim, a capacidade e experiência dos indivíduos. Qualificar profissionais
para atuarem no âmbito empresarial, visando os processos de planejamento,
capacitação, treinamento, atualização e desenvolvimento do corpo funcional da
empresa é o foco da Pedagogia Empresarial.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I -
O Pedagogo Empresarial nas Organizações 11
CAPÍTULO II -
Processos, Métodos e Técnicas de Treinamento 20
CAPÍTULO III –
O Pedagogo como Designer Instrucional 39
CONCLUSÃO 47
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 52
BIBLIOGRAFIA CITADA (opcional) 55
ANEXOS 58
ÍNDICE 59
FOLHA DE AVALIAÇÃO 63
INTRODUÇÃO
8
Atualmente, algumas empresas estão buscando o crescimento dentro
do mercado de trabalho, através de métodos e técnicas elaboradas a partir de
um planejamento cuidadosamente estruturado. Esse planejamento é feito por
um profissional, que em uma determinada função, visa melhorar não só o
desempenho de seus funcionários, como também, aumentar o lucro de suas
empresas, adaptar algumas pessoas em determinados cargos, mostrar
culturas de sua organização entre outras. O objetivo maior do presente
trabalho é de trazer ao leitor uma das funções e a importância que o pedagogo
exerce dentro de uma organização. Há alguns aspectos importantes a serem
tratados no trabalho que são: o pedagogo empresarial nas organizações,
processos, métodos e técnicas de treinamento e o treinamento e
desenvolvimento de pessoas nas empresas.
O primeiro capítulo ressaltará que as organizações sofrem constantes
pressões no sentido de se adaptarem às modificações e responder as
solicitações do meio, cada vez mais e em menos tempo. Nele, vem
descrevendo também a importância do pedagogo nas organizações.
Já o segundo capítulo, conterá toda a estrutura de um programa de
treinamento e como ele é elaborado. Estará descrito todo o processo de
treinamento, os tipos de treinamento, os métodos utilizados, a sua aplicação, a
escolha do objetivo, seu diagnóstico, sua avaliação e o ambiente de trabalho.
E, por fim, o terceiro e último capítulo que tratará sobre um assunto um
pouco familiar no cotidiano dos pedagogos: a função de designer instrucional.
Será abordado as atividades exercidas, o crescimento desta área e ainda e as
formas de contribuição para Treinamento e Desenvolvimento.
Capítulo 1 – O Pedagogo Empresarial nas Organizações
9
Sabemos que todas as organizações são constituídas de recursos
humanos (pessoas) e de recursos materiais(financeiros,tecnológicos,mercadol
ógicos, entre outros) Nelas são produzidos bens (produtos) e serviços
(atividades especializadas). As organizações são extremamente heterogêneas
e diversificadas (de tamanhos, estruturas e objetivos diferentes), ou seja, não
existindo em hipótese alguma, assim como nós, indivíduos, duas organizações
semelhantes. E um organização nunca é igual ao longo do tempo. Para que as
organizações possam ser administradas, elas precisam ser estudadas,
analisadas e conhecidas, o que significa elaborar teorias sobre o seu
comportamento como resposta de sua interação com o ambiente.
Segundo Edgar H. Schein (1986), para que uma organização possa
desempenhar a sua missão, as pessoas que a constituem deverão coordenar
esforços para que se consiga um resultado que o indivíduo isoladamente seria
incapaz de obter. O autor sintetiza a definição de organização como a
coordenação racional das atividades de certo número de indivíduos, tendo em
vista a realização de um propósito comum, explícito através da divisão do
trabalho e de uma hierarquia de autoridade. Schein acrescenta ainda:
(...) com o rápido desenvolvimento da tecnologia, a expansão dos mercados e as súbitas transformações políticos sociais, organização sofre constantemente pressões no sentido de se modificar, adaptar e desenvolver para poder corresponder às solicitações do meio (...) (p.97)
Para José Ernesto L. Gonçalves (1997) os modelos antigos de empresa,
tanto do ponto de vista da estrutura organizacional, como da gestão das
pessoas e do negócio, não funcionam mais. Segundo ele, as organizações
tradicionais foram projetadas com base em pressupostos antigos, como a
constância e a regularidade do ambiente externo, que permitia a empresa
isolar-se dentro de suas fronteiras.
Eram empresas bem sucedidas, claramente organizadas, altamente
eficientes na produção de determinados bens materiais, em quantidades cada
vez maiores e bastante estáveis em termos de resultados. No entanto, esse
modelo de empresa certa, já não é o mais adequado ao atendimento das
10
características mutantes do mundo atual. Sabemos não só que a tecnologia
moderna facilitou a coleta, a organização, à consolidação, à transmissão, a
armazenagem e a análise das informações operacionais da empresa, mas
também mudou fundamentalmente a maneira de gerenciar os recursos e, em
particular, as pessoas. Com isso, segundo Gonçalves (1997), as organizações
modernas passaram a ser projetadas com base em novos princípios, mais
adequados à tecnologia e ao estilo gerencial contemporâneos.
O primeiro passo, não apenas previsível, mas já sendo adotados em
muitas empresas, é o de redistribuir os recursos humanos e tecnológicos ao
longo do processo de negócios. Em seguida, surgem as parcerias e as redes
de empresa com reforma conceitual. Porém, nem todos os recursos essenciais
para a operação da empresa encontram-se dentro dela ou pertencem a ela.
Para se manterem, as organizações devem constantemente adotas
novas foras de estruturação, de uso das tecnologias de produtos e de serviços
revolucionários, sendo isto possível através do comprometimento do seu todo
com os objetivos, planos e outros recursos utilizados. Assim, em conjunto, se
alcança o intento desejado.
À medida que se desenvolvem novas capacidades, criam-se,
igualmente, novas percepções e sensibilidades. Com o tempo, quando as
pessoas começam a ver e vivenciar o mundo diferentemente , novas crenças e
premissas começam a se formar, o que permite o desenvolvimento adicional
de habilidades e capacidades. Esse ciclo intenso de aprendizado constitui a
essência de uma nova organização que aprende - o desenvolvimento não
apenas de novas capacidades, mas de mudanças fundamentais de
mentalidade individual e coletiva.
Diante das mudanças provocadas pelos processos de globalização, e do
capitalismo, as organizações tiveram que exigir mais de si mesmas, e
consequentemente, de seus funcionários. Este sistema capitalista exige a
preparação de profissionais flexíveis, versáteis e reflexivos, prontos para lidar e
preparar seus funcionários para as diversas situações do dia-a-dia de uma
empresa.
11
Para isto, o pedagogo foi requisitado nas empresas com o objetivo de
realizar um levantamento das necessidades de cada setor para que fossem
realizados treinamentos ou programas de desenvolvimento ( especificamente
para cada área) , enfatizando sempre a importância de casa funcionário dentro
da empresa e deste estar sempre se atualizando dentro de sua área.
O pedagogo está inserido na empresa visando encaminhá-la para seu
objetivo ou a sua filosofia. Se o objetivo da empresa é fornecer um bom
serviço, o pedagogo irá planejar um treinamento, junto aos instrutores, voltado
para um bom funcionamento de serviço.
1.1 O papel e perfil do pedagogo empresarial
Por muitos anos, o pedagogo era o profissional que, dentro das
instituições de ensino realizava apenas o papel de professor. No
magistério os formados em pedagogia dividiam essa tarefa, contribuindo
para a formação cultural. Os pedagogos atuavam e ainda atuam, também,
como orientadores educacionais, supervisores educacionais e gestores.
Nos dias atuais, as coisas mudaram: “o pedagogo já atua em
empresas, no RH, indústrias de brinquedos e também em atividades
relacionadas à lazer, recreação.” O pedagogo pode atuar em todas as
áreas que requerem um trabalho educativo.
Mas formar-se pedagogo não é o suficiente para conquistar um
cargo em uma empresa. É necessário buscar outros conhecimentos
relacionados à empresa organizacional.
As funções desempenhadas pelo pedagogo dentro de uma empresa
estão em constante variação, já que são influenciadas por diversos fatores,
como o desenvolvimento tecnológico, competitividade e as exigências do
mercado. Hoje, as palavras de ordem dentro das organizações são
mudança e gestão do conhecimento. Nesse contexto, o papel deste
profissional é fundamental, pois todo o processo de mudança exige uma
ação educacional e administrar conhecimento é uma tarefa, antes de tudo,
de modificação de valores organizacionais. Daí:
12
(...) a necessidade de planejar estrategicamente com um olhar novo a respeito do mundo e do contexto em que casa instituição se insere.Além disso tudo, uma questão importante continuará presente nas organizações que é a qualidade do trabalho em equipe.Isto é que fará a diferença. E muito terá que ser feito ainda neste sentido. (VELLOSO apud RIBEIRO,2003,p.07)
O pedagogo empresarial pode orientar seus conhecimentos em
dois sentidos: no funcionário ou no produto da empresa. No primeiro caso,
trata-se da atuação no departamento de recursos humanos, realizando
atividades relacionadas ao treinamento e desenvolvimento do trabalhador. O
pedagogo é o responsável pela criação de projetos educacionais que visam
facilitar o aprendizado dos funcionários. Para tanto, realizar pesquisas para
verificar quais as necessidades de aprimoramento de casa um e qual método
pedagógico é mais adequado. A partir daí, trabalha em conjunto com outros
profissionais de RH, aplicação e coordenação desses projetos
Já no segundo caso, o pedagogo irá atuar em empresas que trabalham
com educação, como editoras, sites e organizações não governamentais
(ONGs).
Além do trabalho em corporações, os pedagogos empresariais podem
ampliar seus serviços prestando consultoria. Para obter sucesso neste campo,
no entanto, é necessário experiência, conhecimento teórico e manter uma
ampla rede de contatos.
São vários os trabalhos desenvolvidos pelos consultores. Eles podem
liderar projetos, atuar como conselheiros de carreira de gerentes e executivos,
representar a empresa em negociações, apontar novas tecnologias e
processos, avaliar desempenho, treinar funcionários, entre outras funções. No
entanto, os que apresentam potencial de crescimento, são os que exigem
assessoria metodológica, planejamento e administração educacional. Marisa
Éboli, professora de educação corporativa da Universidade de São Paulo -
USP, faz a seguinte afirmação:
13
“As empresas passaram a se preocupar não só com treinamento, mas com educação também. Elas perceberam que a pedagogia aumenta a eficácia dos programas de treinamento, porque pessoas aprendem melhor. E, quanto maior a coerência entre a cultura da companhia e os princípios pedagógicos aplicados, maior será o sucesso da empresa no mercado” (ÉBOLI, 2005, p.25)
Segundo Marisa Éboli: “As companhias buscam profissionais que
saibam convergir às teorias educacionais para a prática empresarial. Esta é
uma área recente, que está sendo muito valorizada pelas empresas”. A
crescente preocupação das instituições em investir em educação está
ampliando a demanda por pedagogos empresariais.
No que diz respeito á pedagogia empresarial, pode-se dizer que a um
das metas principais das organizações está ligada ao desenvolvimento de
competências e habilidades, sobretudo aquelas relacionadas à capacidade de
resolução de situações-problema.
O conhecimento é sempre pessoal considerando que, competência traz
a ideia de pessoalidade, é necessário que o pedagogo empresarial
compreenda que, no contexto da organização, os conhecimentos exigidos ou
adquiridos refletem significados construídos pelas pessoas que compõem a
organização. Por esta razão:
“O ponto fundamental é o fato de que as competências representam potenciais desenvolvida sempre em contextos de relação disciplinar significativas, prefigurando ações a serem realizadas em determinado âmbito de atuação. (...) Assim as formas de realização das competências constituem, portanto, padrões de articulação do conhecimento a serviço da inteligência.” (PERRENOUD,2002,p. 144-146)
Algumas competências são essenciais ao perfil do pedagogo
empresarial. São elas:
a) Trabalhar em equipe:
O trabalho em equipe é fundamental dentro das organizações nos dias
atuais. Trabalhar em equipe é trabalhar com cooperação. Apresentaremos
14
particularmente a segunda ideia: saber trabalhar em equipe é, também,
paradoxalmente, saber não trabalhar em equipe quando não valer apena. A
cooperação é um meio que deve apresentar mais vantagens do que
inconvenientes. É preciso abandoná-la se, por exemplo, o tempo de acordos e
a energia psíquica requeridos para chegar a um consenso forem
desproporcionais aos benefícios esperados. Uma equipe duradoura tem um
saber insubstituível: dar aos seus membros uma ampla autonomia de
concepção ou de realização cada vez não indispensável dar-se às
mãos...”(PERRENOUD,2000, p.82)
b)– Dirigir um grupo de trabalho:
Conduzir uma reunião, por exemplo, não é uma tarefa nada fácil, ainda que
para isso não precise, não exija especialidade. Conduzir uma reunião significa
“dar vida” à equipe que dela participa. Para identificar algumas queixas acerca
das reuniões. As mais comuns segundo Perrenoud são:
• Todo mundo fala ao mesmo tempo, interrompe e não se escuta mais o
outro
• Ninguém fala, todo mundo parece perguntar-se, embaraçado: “o que
estou fazendo aqui?”
• A discussão toma diversos rumos...ninguém se acha, é uma confusão
• Uma ou duas pessoas falam sem parar, contam sua vida, monopolizam
a fala
• A reunião termina sem que de decida o princípio, o conteúdo ou a data
de um novo encontro. (PERRENOUD,2000, p.86)
Para evitar esse tipo de comportamento, é preciso fazer um reflexão a
respeito dado comportamento de quem coordena essa reunião, assim como
também uma reflexão do comportamento humano para um melhor
entendimento.
15
c) – Enfrentar e analisar em conjunto situações complexas, práticas e
problemas profissionais:
Nesse contexto, o pedagogo empresarial, tem um dos problemas a ser
enfrentado, que diz respeito às reclamações e insatisfações sobre o trabalho e
sobre a organização. Acrescenta-se que:
“ O verdadeiro trabalho de equipe começa quando os membros se afastam do “muro das lamentações” para agir, utilizando toda a zona de autonomia disponível e toda a capacidade de negociação de um fator coletivo que está determinado, para realizar seu projeto, a afastar as restrições institucionais e a obter os recursos e os apoios necessários.”(PERRENOUD,2002, p.89)
Para um bom funcionamento de uma equipe é necessário que haja
maturidade, estabilidade e serenidade das pessoas que a compõem . Em
suma, o pedagogo empresarial é o condutor do comportamento das pessoas
em direção a um objetivo determinado e da pedagogia como a ciência e a arte
da educação, processo de influência que formam a personalidade humana.
Além das escolas, as empresas são as grandes beneficiadas pelos
trabalhos e atividades pedagógicas. Tato as empresas como a pedagogia tem
os mesmos fins. Ambas agem em direção a realização de objetivos definidos,
no trabalho com as mudanças do comportamento das pessoas.
Uma empresa sempre é associação de pessoas para explorar uma
atividades com objetivo definido, liderada pelo empresário, pessoa
empreendedora, que dirige e lidera a atividade com o fim de atingir objetivos
também definidos.
A pedagogia é a ciência que estuda e aplica as doutrinas e princípios
visando um programa de ação em relação à formação, aperfeiçoamento e
estímulo de todas as faculdades da personalidade das pessoas, de acordo
com ideais e objetivos definidos.
O campo da pedagogia empresarial é o setor no qual pedagogos atuam
nas mais diversas empresas, em diversos segmentos com o objetivo principal
de melhorar a qualidade de trabalho e produtividade, aumentando, assim, a
lucro da empresa. Desta forma:
16
“...da sensibilização em favor da criatividade para a autorização, do abandono da ilusão da crença de poder planejar e dominar e, ainda, da capacidade profissional do docente para que atue pedagogicamente em função das necessidades da situação, em casa caso.” (ARNOUD E MÜLLER,1992, p. 108)
Em resumo, o pedagogo empresarial é o condutor do comportamento das pessoas em direção a um objetivo determinado.
Capítulo 2 - Processos, Métodos e Técnicas de Treinamento
“ Em tempos de mudança, os que aprendem encontram-se
extraordinariamente equipados para lidar com o mundo que não existe
mais.” (Eric Hoffer)
17
2.1 – O treinamento sob o ponto de vista educativo
É comum encontrar nos livros especializados, uma variedade de
conceitos sobre atividade de treinamento,havendo uma confusão muito grande
a partir da terminologia da mesma. Chiavenato (1985) relata que a palavra
treinamento possui muitos significados e que cada autor a conceitua da
maneira que lhe é mais próprio.
Educação é toda influência que um indivíduo recebe do seu ambiente
social durante a sua existência, com o objetivo de adaptar-se às normas e
valores da organização em que vive. Segundo Carvalho (1988, p.4) “torna-se
praticamente impossível separar o processo de treinamento de reconstrução
da experiência individual. Isso porque a educação envolve todos os aspectos
pelos quais a pessoa adquire compreensão do mundo que a cerca, bem como
a necessária capacidade para melhor lidar com seus problemas”.
A atividade de treinamento é identificada na forma de educação
especializada, denominada também como educação técnica ou profissional.
Segundo Chiavenato (1989, p.24) a educação profissional é a educação da
instituição ou não, que visa o preparo do homem para a vida profissional, onde
a educação, propriamente dita, compreende três etapas: Formação
Profissional, Desenvolvimento e Treinamento.
Formação Profissional – é a educação institucionalizada ou não que
vida preparar e formar o homem para o exercício de uma profissão. Segundo
Santos (1978, p.128) “ a Formação Profissional ou Educação Técnica é um
sistema intencional voltado para criar habilitações, tanto quanto possível
permanentes, para os papéis que a sociedade exige na produção de bens e
serviços. Coloca o indivíduo em visão completa,integrando-o como ente
produtor de alguma coisa mas, também, como ser social que julga e dirige
seus atos de trabalho”.
Desenvolvimento - é a educação que visa ampliar, desenvolver e
aperfeiçoar a pessoa para seu crescimento em uma determinada carreira
18
profissional ou maior eficiência e produtividade no cargo que possui numa
carreira profissional ou maior eficiência e produtividade no cargo que possui
numa determinada organização. Carvalho (In: Boog,1994) relata que o
processo de desenvolvimento prepara o indivíduo para posições mais
complexas em termos de carreira profissional, ou seja, amplia as
potencialidades do indivíduo, capacitando-o a ocupar cargos que envolvem
mais responsabilidades e poder.
Treinamento – é a educação, institucionalizada ou não, que visa
adaptar a pessoa para o exercício de determinada função ou para a execução
de tarefa específica, em determinada organização. Consiste na aplicação de
um somatório de atividades técnicas vindas da pedagogia e psicologia,
objetivando à aprendizagem de novas respostas a situações específicas.
Em suma, apresenta-se no quadro 4.1 a visão de nove autores sobre o
conceito de Treinamento ao longo do tempo.
OATLEY in
HAMBLIN
1977
Treinamento é qualquer atividade que procura, deliberadamente,
melhorar a habilidade de uma pessoa no desempenho de uma
tarefa ( p.19 ).
HESSLING in
HAMBLIN
1978
Treinamento é uma seqüência de experiências ou oportunidades
destinadas a modificar o comportamento para atingir um objetivo
declarado (p.18)
HAMBLIN
1978
Treinamento abrange qualquer tipo de experiência destinada a
facilitar um ensino que será útil no desempenho de um cargo
atual ou futuro (p. 15)
19
FERREIRA
1979
Treinamento dentro de uma empresa poderá objetivar tanto a
preparação do elemento humano para o desenvolvimento de
atividades que virá a executar,como desenvolvimento de suas
potencialidades para o melhor desempenho das que já executa
(p.219)
CHIAVENATO
1985
Treinamento é o processo educacional, aplicado de maneira
sistêmica, através do qual as pessoas aprendem conhecimentos,
atitudes e habilidades em função de objetivos definidos (p.288).
TOLEDO
1986
Treinamento na empresa é ação de formação e capacitação de
mão-de-obra, desenvolvida pela própria organização, com vistas
a suprir suas necessidades (p.88).
GOLDSTEIN in
VARGAS
1991
Treinamento é o processo de aquisição sistemática de atitudes,
conhecimentos, regras ou habilidades que resultem na melhoria
da performance no trabalho (p.127).
ANDRADE e
CASTRO
1996
Treinamento pessoal é caracterizado pelo esforço despendido
pelas organizações para propiciar oportunidades de
aprendizagem aos seus integrantes. Tem como os propósitos à
identificação e à identificação de deficiências no desempenho de
empregados, à preparação de empregados para novas funções
e à introdução de novas tecnologias. (p.112).
São várias as definições caracterizando o treinamento como o processo
de preparar pessoas para executarem tarefas exigidas por um posto de
trabalho, ou seja, educar para o trabalho, Todavia, o conceito da atividade de
Treinamento tem passado por uma profunda mudança, que vai além da
capacitação profissional do indivíduo,mas também, preocupando-se com
20
princípios morais e comportamentais que possam ser utilizados em um
conjunto mais amplo de situações.
Em conseqüência desta evolução, alguns concordam que os termos
treinamento e desenvolvimento não podem ser dissociados. Carvalho (In Boog,
1994), compartilhando da visão de Donadio (1996) coloca os dois processos
indistintamente sob a sigla T&D ( Treinamento e Desenvolvimento).
Entende-se que para instruir um indivíduo a exercer operações técnicas
e mecânica da sua tarefa de trabalho, deve-se ir mais além, aumentando a
possibilidade de melhoria da sua performance profissional e crescimento
individual através de experiências organizadas de aprendizagem, em um
período de tempo. Considera-se que ambos os conceitos propõem suprir a
empresa com as competências de que ela necessita para o seu funcionamento
ao logo do tempo.
Com isto, Lathan apud Vargas (1988, p. 127) reconceitua o Treinamento
como sendo um “desenvolvimento sistemático dos padrões comportamentais e
de atitudes –habilidades- conhecimentos requeridos por um indivíduo de forma
a desempenhar adequadamente uma tarefa ou trabalho”.
2.2 – O processo do treinamento profissional
Este processo pode ser visto através de uma abordagem sistêmica,
cobrindo uma seqüência programada de etapas que o compõe. Na figura 4.1,
apresenta-se um sistema simplificado de treinamento proposto por Odiorne
(1979, p.65 ), onde o mesmo relata que o modelo retratado presume que “ as
necessidades sejam identificadas pela organização, que os processos de
treinamento satisfaçam essas necessidades e que a avaliação meça o seu
efeito”. É um plano para restabelecer o desempenho da organização através
de mudança do comportamento de seus profissionais que necessita, de
modificação.
Esforço de Treinamento
Avaliação
Feedback
Necessidades de Treinamento
21
De acordo com o modelo descrito acima, as etapas envolvidas são
divididas em : necessidades de treinamento, esforço de treinamento, avaliação
e feedback.
Necessidades de Treinamento
É o processo que tem como finalidade identificar as necessidades de
indivíduos ou grupos para possibilitar uma melhor execução das tarefas
necessárias para atingir os objetivos de uma organização. Gil (1994) relata que
este processo pode ser efetuado em três níveis diferentes de análise:
1. Análise Organizacional: Envolve a empresa como um todo. Consiste na
identificação do comportamento da organização; como se efetua, a que
se deve e quais os fatores que dificultam e facilitam o seu crescimento;
quais os recursos disponíveis para a consecução de seus objetivos e;
quais as áreas em que o treinamento se torna necessário.
2. Análise de Tarefas: Consiste em estudos para identificar as atividades
que compõem as tarefas e de terminar o tipo de comportamento que os
empregados devem desempenhar, bem como os seus conhecimentos,
habilidades e valores.
3. Análise dos Recursos Humanos: Consiste em verificar até que ponto os
indivíduos dispõem dos conhecimentos, habilidades e valores para
melhor exercerem as suas atividades atuais e futuras na organização.
22
A organização dos itens acima relacionados e propostos por Gil (1994)
permite entender que: os objetivos da organização identificados pelos
empresários e construtores são esclarecidos pela análise organizacional, as
atividades que precisam ser treinadas são determinadas pela análise de
tarefas e as carências comportamentais dos indivíduos quanto à execução de
suas funções são verificadas pela análise dos recursos humanos.
Esforço de Treinamento
Consiste na programação e execução do processo de treinamento para
atender às necessidade diagnosticadas na etapa de levantamento. Na
programação do treinamento são definidos:
• Quais os conteúdos a serem desenvolvidos;
• Quais os métodos, técnicas e instrumentos que devem ser utilizados;
• Quais os recursos necessários (infra-estrutura) para colocá-los em
prática;
• Quantas pessoas e serviços serão atingidos;
• Qual o custo provável para a sua implementação
• Como serão avaliados e mensurados os resultados finais obtidos no
treinamento.
A execução de treinamento é elaborada a partir da programação e
centrada na relação instrutor- aprendiz. Os aprendizes são pessoas que
anseiam adquirir novos conhecimentos ou melhorá-los na perspectiva de
executar um melhor trabalho na sua tarefa e os instrutores são
especialistas de determinada área ou atividade que repassa o
conhecimento ao aprendiz de forma organizada. Gil (1994) relata que a
execução do treinamento requer algumas providências como:
Avaliação
23
Consiste no processo de obtenção de informações sobre os efeitos que
um programa de treinamento tem na concretização das metas da empresa.
Compreende em quatro níveis de avaliação: Avaliação de reação, avaliação de
aprendizagem, avaliação comportamental e avaliação de resultado final.
• Avaliação de Reação: Avalia a reação dos treinandos quanto ao
conteúdo desenvolvido, métodos e técnicas utilizadas e a atuação
do instrutor. Utiliza-se questionários;
• Avaliação de Aprendizagem: Avalia até que ponto o treinando
aprendeu o que foi proposto pelo treinamento. Utiliza-se de
entrevistas objetivas ou testes de perguntas abertas.
• Avaliação Comportamental: Avalia as mudanças de
comportamento do treinando no cargo após a execução do
treinamento. É o nível de avaliação mais complexo, pois não
pode ser feito de maneira imediata, geralmente leva algum tempo
para que as mudanças comportamentais possam ser observadas
e analisadas. Utiliza-se de amostragem de atividades, diário do
observador, autoritário, entrevistas e questionários;
• Avaliação de Resultado Final: Avalia se os objetivos gerais do
programa de treinamento atingirão as mudanças pretendidas
pelas metas da organização como um todo. A grande dificuldade
deste nível de avaliação está em separar os efeitos do
treinamento dos efeitos de outras atividades e eventos.
Feedback
Consiste na retroação de resultados, levantados pela avaliação, com o intuito
de aperfeiçoar o processo de treinamento. É considerado um facilitador do
processo de aprendizagem por fornecer informações a respeito do
desempenho dos treinandos.
È importante ressaltar que a abordagem sistêmica de treinamento, em sua
plenitude, apresenta modelos muito mais complexos que categorizam e melhor
24
detalham as etapas envolvidas no processo. Todavia, acredita-se que o
modelo escolhido atende, na sua simplicidade, ao escopo deste trabalho.
2.3 – Métodos e técnicas de treinamento
Este item aborda os principais métodos e técnicas utilizados no
processo de treinamento. Carvalho (1988) estipula a diferença entre o método
de treinamento e a técnica de capacitação. O primeiro constitui-se em um
conjunto de técnicas que regulam as ações voltadas para o processo de
formação. O segundo é um procedimento didático empregado pelo instrutor,
cuja finalidade é contribuir para a realização de parte da aprendizagem do
treinando a que se propõe o método.
Existem diversas formas para categorizar os métodos e as técnicas
utilizados. Neste estudo, resolveu-se utilizar a classificação de Uris (1996 ),
abordando quatro grandes grupos metodológicos,sendo que cada um
comporta uma variedade , conforme abaixo:
Método Prático:
Aprender Fazendo
• Estágios • Entrevistas
Método
Conceitual:
Aprender pela Teoria
• Debates
• Explanação do instrutor
• Explanação dos alunos
• Material impresso
• Painéis
25
Método
Simulado:
Aprender imitando a
realidade
• Jogos e exercícios
• Dramatizações
• Jogos de empresa
• Estudo de caso
Método
Comportamental
Desenvolvimento
psicológico
• Dinâmica de grupo
• Vivências
• Auto-análise
Método Prático
É o método no qual o indivíduo aprende com a experiência que vai
adquirindo ao longo do tempo com a prática, ou seja, aprende fazendo. É
considerado um dos métodos mais antigos do mundo e a sua maior vantagem
está na obtenção de resultados a curto prazo, pois não há um espaço de
tempo entre a produção e a aprendizagem, podendo avaliar o desempenho do
aprendiz quase que imediatamente. Entretanto, este método influencia
diretamente no comportamento do indivíduo, limitando a sua criatividade e
fazendo-o acreditar que aquela é a única forma correta de ação. As técnicas
utilizadas são:
Entrevistas: É uma técnica que possibilita a aquisição de informações
sobre o aprendizado do treinando através de uma conversa com um
profissional da área, ocorrendo a obtenção de uma visão prática dos
conteúdos aprendidos.
Estágios: É uma técnica que possibilita o treinando aplicar o seu
aprendizado teórico através da prática em uma instituição
Método Conceitual
26
É o método de aprender pela teoria, ou seja, adquiri conhecimento através de
novos conceitos. É considerado o principal instrumento da educação, pois
estimula o senso crítico e a criatividade do treinando. Todavia, não garante a
transferência da aprendizagem para a situação da realidade, pois não afeta o
comportamento, limitando-se a opiniões ou a adesão a raciocínios lógicos.
São utilizadas as seguintes técnicas:
Debates: É uma técnica verbal em que um determinado assunto ou tema será
discutido por dois ou mais grupos com diferentes pontos de vista. Geralmente
o debate termina com o predomínio de alguns pontos de vista,
complementando e ampliando o tema discutido em forma de conclusões.
Explanação do instrutor: É uma técnica que usa o instrutor como veículo
principal para repassar o conhecimento, com a predominância da palavra oral.
Segundo Bíscaro (In: Boog, 1994 p.218) “ o sucesso dessa técnica depende
quase que exclusivamente da habilidade do comunicador”.
Explanação dos alunos: É uma técnica em que o treinando realiza uma
exposição verbal, apresentando suas contribuições sobre o tema. A habilidade
do apresentador também influencia no sucesso desta técnica.
Material impresso: É a técnica que utiliza apostilas, livros e textos para
repassar novos conceitos os treinandos. A qualidade de impressão e a
linguagem usada influenciam na motivação e respectivamente no sucesso
desta técnica.
Painéis: Consiste na discussão entre especialistas perante um auditório,
tratando um determinado assunto sob diferentes pontos de vista confrontando-
os entre si. Logo em seguida, a platéia encaminha perguntas. O objetivo desta
técnica é gerar polêmica.
Método Simulado
É o método de aprendizagem por imitação da realidade. Funciona
como uma vivência simulada dos conceitos e teorias, é o mais adequado para
desenvolver as habilidades manuais, verbais e de relacionamento dos
treinandos. Segundo VARGAS (1996, p.132) "a simulação é a representação
27
de uma situação da vida real, geralmente, requer ações e reações apropriadas
ou a demonstração de uma habilidade técnica". As técnicas mais utilizadas
são:
Jogos e exercícios: É uma técnica que utiliza jogos e exercícios dinâmicos
destinados a tornar o aprendizado mais atraente e menos desgastante
possível. Entretanto, a utilização de tais recursos poderá desviar a atenção dos
treinandos do verdadeiro objetivo da técnica, que é a potencialização de
alguma habilidade ou aquisição de conhecimentos através de um conceito.
Dramatizações: É a técnica de simulação mais econômica, pois não envolve o
uso de recursos computacionais ou de maquinário. Consiste no emprego de
atores previamente treinados com a finalidade de repassar o complemento ou
a fixação de conceitos, através de representações dramatizadas ou
teatralizadas.
Jogos de Empresas: É uma poderosa técnica de ensino de habilidades
empresariais, permitindo aproximar-se da situação real através de sua
competitividade, regras bem definidas, conflitos e envolvimento (SOUZA,
1997). Segundo KEYS (1990, P.309) os "jogos empresariais são utilizados
para criar um ambiente simulado dentro do qual mudanças comportamentais e
aprendizagem podem ocorrer e no qual o comportamento gerencial pode ser
observado".
Estudos de caso: São discussões organizadas e sistematizadas de casos
tomados na vida real no intuito de que o treinando possa identificar os
objetivos da ação realizada e que sugira várias soluções alternativas em
relação ao caso apresentado.
Método Comportamental
É o método relacionado a mudança de comportamento do indivíduo
em relação ao trabalho, tendo como objetivo não só alcançar as instâncias
racionais das pessoas, mas especialmente sua emoção. As técnicas utilizadas
são:
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Dinâmica de grupo: É uma técnica de grupo que trabalha basicamente com
aspectos comportamentais, atinge as atitudes e amplia a autopercepção e a
sensibilidade dos treinandos.
Vivências: É uma técnica de grupo em que o treinando experimenta situações
sugeridas pelo instrutor. Tem como objetivo aprender a desenvolver as suas
habilidades, ajudar os colegas e reconhecer deficiências e processos de
aceitação de si mesmo e dos outros (TONELLI, 1997).
Auto-análise: É a técnica que através do auto-conhecimento analisa os
aspectos comportamentais. O recurso mais apropriado para a utilização desta
técnica é o Feedback.
BÍSCARO (1994) relata que cada um dos métodos e técnicas descritos
acima possuem uma determinada função e utilidade. Não existe nenhum
estudo empírico que comprove que um determinado método exclusivo é o
melhor ou que satisfaça todos os objetivos de um programa de treinamento, e
sim, volumosos artigos que defendem determinados métodos (geralmente os
que estão em moda), sem nenhum respaldo científico.
VARGAS (1996) relata que para desenvolver um programa de
treinamento deve-se fazer um rastreamento de todos os métodos existentes e
diagnosticar as suas vantagens e limitações. Em seguida, agrupar os métodos
em três níveis como técnicas de conteúdo, técnicas de processo e técnicas
mistas. A partir do agrupamento, escolher os métodos de treinamento levando
em consideração critérios como
• Os tipos de comportamentos a serem adquiridos;
• O número de indivíduos a serem treinados;
• As diferenças individuais entre os treinandos;
• O custo para desenvolver o treinamento;
• A incorporação de princípios de aprendizagem.
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Escolhidos os métodos de acordo com sua utilidade em relação aos
objetivos que se pretende atingir, faz-se uma combinação entre os métodos de
acordo com que se pretende treinar. Mas para isto é necessário que se faça
uma pesquisa para identificar as reais necessidades de se treinar este
profissional.
Capítulo 3 - O pedagogo como Designer Instrucional
“Onde quer que haja mulheres e homens, há sempre o que fazer, há sempre o que ensinar, há sempre o que aprender”
(Paulo Freire)
3.1 – O designer instrucional
Já não é novidade que nos últimos anos, houve uma grande expansão
no campo de atuação da área da pedagogia, especialmente dentro das
organizações empresariais. Mas uma função tem crescido mais rapidamente -
em especial na parte de treinamento e desenvolvimento - a de designer
instrucional, onde o pedagogo consegue colocar em prática suas
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competências através de ferramentas específicas de forma a torná-las
significativas e efetivas para a aprendizagem.
Diretamente, é o profissional responsável por projetar soluções para
problemas educacionais específicos, não estando restrito a ações de
aprendizado eletrônico. Suas competências abrangem as três áreas de
conhecimento que fundamentam o design instrucional - as ciências humanas,
as da informação e as da administração -, sendo desenvolvidas através de
uma formação interdisciplinar, - em dimensões pedagógica, tecnológica,
comunicacional e organizacional - combinada à experiência prática.
Sendo assim, o campo de atuação do designer instrucional é ilimitado,
uma vez que a aprendizagem envolve praticamente todas as atividades
humanas. E mesmo que se restrinja a ação do profissional às iniciativas
educacionais internacionais de formação ou informação, ainda há um vasto
campo de atuação, estando divido em dois grandes grupos:
Campos em que a educação é atividade-fim: Nessa categoria estão
todas as pessoas, grupos e instituições que provêm educação de forma direta
e como atividade basal, desde instituições de ensino acadêmico (fundamental,
médio e superior), ou de atividades linguísticas, esportivas ou artísticas, bem
como editoras de livros didáticos e fabricantes de jogos educacionais, entre
outros.
Campos em que a educação é atividade-meio: Nessa categoria, a
educação apoia a atividade-fim das pessoas, grupos ou instituições, incluindo
ações de organizações com fins lucrativos, com treinamento e capacitação dos
trabalhadores envolvidos em geral, assim como abarcando as ações de ONGs,
órgãos públicos, etc.
Nesse contexto, o design instrucional é a ligação entre a teoria de
aprendizagem e a prática educacional e pedagógica, o que conhecemos como
didática e são equivalentes. As teorias são a base, o designer instrucional o
meio e a tecnologia funciona como suporte da prática.
3.2 – O designer instrucional no Brasil – breve histórico
31
Não se sabe ao certo a data de surgimento do Design Instrucional,
porém, costuma-se estabelecer sua origem na década de 40, durante a
Segunda Guerra Mundial. Diante da necessidade de treinamento das tropas
norte-americanas para utilização de equipamentos e armas de guerra, alguns
psicólogos e educadores foram convocados para desenvolver pesquisas e
materiais para cursos de treinamento em massa das tropas. Com o fim da
guerra, a solução educacional a distância passou a ser usada e aperfeiçoada
no decorrer dos tempos.
O Design Instrucional evoluiu com o advento da internet e com o
desenvolvimento de tecnologias específicas para educação, dando novos
moldes e novos rumos aos cursos a distância. Os cursos via internet despertou
as atenções pedagógicas pelas novas formas e possibilidades de educar e
pela necessidade de aprendizado contínuo do indivíduo em função das rápidas
mudanças na sociedade.
Nos anos de 1980 e 1990, o mundo digital e tecnológico invadiu a
literatura e a prática do design instrucional. Com os microcomputadores e a
explosão da internet, apoiando as questões socioculturais e cognitivas,
surgiram novas abordagens ao ensino e ao entendimento, que perdura até a
atualidade, com o desenvolvimento de cyber ambientes de aprendizagem e
comunicação on-line. Além disso, ainda na década de 80, houve um enorme
crescimento dos modelos desse estudo nos negócios e nas agências não
oficiais de ensino.
No Brasil, o design instrucional ganhou destaque no momento em que
se notou a necessidade de oferecer, em meio eletrônico, ações educacionais,
uma vez que sua qualidade não é assegurada apenas por um educador, mas
por equipes de trabalho multidisciplinar, que demandam de um profissional
(designer instrucional) para assegurar o equilíbrio entre educação,
comunicação, tecnologia, conteúdos e gestão de processos.
O ensino à distância e a difusão da internet vem crescendo a cada ano
e contribuindo para vencer alguns desafios da educação, como a
democratização do ensino superior, a qualificação de educadores, a inclusão
de pessoas com deficiência e uma educação mais personalizada,
32
individualizada e flexível. Entretanto, a EaD possui desafios a serem vencidos.
O maior deles é expandir esse método com qualidade, o que envolve outros
dois grandes desafios: o primeiro é a preparação de educadores para
utilização de tecnologia nos processo de ensino-aprendizagem para uma
aprendizagem significativa. Segundo, transformar sujeitos passivos em
cidadãos ativos e críticos, capazes de pensar por si próprios, conduzirem e
construírem seu conhecimento e conscientes sobre a importância da educação
continuada, em função das rápidas mudanças na sociedade.
Nesse contexto, a fim de compreender como, efetivamente, ensinar a
distância, uma nova área da pesquisa educacional procura trabalhar com essa
problemática e com as especificidades inerentes a essa modalidade de ensino,
a denominada Design Instrucional.
3.2 – Design instrucional aplicado à educação a distância nas empresas
Falando de educação a distância (EAD/e-learning/e-training), a
importância do design instrucional é então mais importante no processo. Como
não há a mediação direta de professores ou tutores, de forma presencial, a
aprendizagem acontecerá em redes, na forma integrada de comunicação entre
conteúdos, formatos, recursos, propostas pedagógicas e aprendedoras. E
nisso, há uma infinidade de possibilidades e canais. O que o design
instrucional vai proporcionar é o melhor tratamento dos conteúdos, sua
formatação e também a melhor escolha das alavancas pedagógicas e recursos
midiáticos, que irão permitir maior ou menor interatividade, conforme o
resultado que se espera com a ação em questão.
Assim, entender o design instrucional requer trabalho e muito estudo, já
que engloba modelos e métodos de ensino-aprendizagem, ambientes
tecnológicos, modelos psicológicos, estratégia empresarial e, porque não,
gestão de relacionamento. Isto porque, alguns autores tentam criar fluxos que
representem fielmente a abordagem, mas o mais importante é que, em
qualquer processo educacional, é imprescindível o relacionamento e o trabalho
conjunto de todos os atores envolvidos.
33
“Cada situação de aprendizagem, cada projeto educacional é único e especial. Deve ser contextualizado, relativizado e definido de acordo com as condições específicas dos alunos, dos recursos envolvidos, do conteúdo, do tempo disponível e outras especificidades de cada situação pedagógica” (Kenski, 2010).
Mais tecnicamente o método que estrutura o design instrucional prevê
ações bem definidas, como: Análise de cenários e possibilidades, Estruturação
de um projeto educacional, Desenvolvimento, Aplicação/compartilhamento e
Avaliação de eficácia.
Análise de cenários e possibilidades: é o primeiro passo para
qualquer projeto educacional e vai determinar os próximos. É nesse momento
que se envolvem todos os atores para avaliar a demanda, o conteúdo, o
público-alvo e os resultados esperados com a ação.
Estruturação de um projeto educacional: Concluída a primeira etapa
e de posse das informações colhidas, é hora de definir como o projeto será
executado, como os objetivos serão alcançados, qual a abordagem e
fundamentação pedagógica e instrucional irá nortear o projeto e qual o
ambiente tecnológico irá suportar os produtos da ação, bem como as
particularidades deverão ser observadas. Além disso, nesse momento, o
projeto precisa ser formatado para validação dos envolvidos, principalmente do
cliente demandante, seja ele interno ou externo.
Desenvolvimento: Envolvendo diversos profissionais, o
desenvolvimento acontece a várias mãos, obedecendo ao que foi definido
previamente, com a produção de roteiros instrucionais e emprego das mídias e
recursos de navegação e interatividade. E é justamente nesse momento em
que é colocado em prática/aprimoramento, a competência de trabalho e
equipe, o poder de persuasão de ideias e suas defesas sobre seus planos.
Aplicação/compartilhamento: Sempre contando com validação
constante, o projeto chega ao formato desejado e deve ser disponibilizado para
34
acesso dos treinandos. É importante ressaltar que neste momento de
validação, será avaliado o que foi proposto pelo demandante do projeto. Será
avaliado se o que foi produzido está de acordo com o objetivo inicial do cliente.
Avaliação de eficácia: Nenhuma ação educacional tem valor se não
for testada ou acompanhada de perto para mensuração de resultados e
levantamento de dados estratégicos. Esta fase é extremamente importante
porque irá comprovar os resultados esperados ou deixar clara a necessidade
de se redirecionar a ação. É comum realizar pré-testes e pós-testes, mas os
ambientes tecnológicos já permitem avaliações intracursos, com associação
por escolhas, perfis de usuários, competências e até planos de carreira.
Mesmo após a entrega do material desenvolvido, sempre é importante
reavaliar as informações contidas no projeto, pois em determinado momento
podem estar desatualizadas, ou ainda, ser necessário um acréscimo ou
substituição das mesmas.
3.3 – O profissional e suas atribuições
Depois de falar um pouco sobre o designer instrucional, é válido falar
também sobre o profissional encarregado de efetivar esses conhecimentos na
prática.
O designer instrucional, ainda não muito comum no mercado, é o elo
entre dois mundos que não se comunicavam com fluidez. De um lado, estavam
os pedagogos, detentores do conhecimento sobre modelos educacionais e
sistemas de aprendizagem, e do outro os profissionais de tecnologia da
informação, com o conhecimento técnico dos ambientes virtuais. O surgimento
da profissão de designer instrucional se deu pela necessidade de fazer essa
ponte e, principalmente, reunir os conhecimentos em um ponto mais
importante do processo de educação a distância.
Suas atribuições são várias:
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• Aplicar as técnicas e métodos adequados para a implementação dos
projetos educacionais, definindo suas diretrizes gerais e processos
específicos;
• Atuar como coordenador da aplicação das técnicas e recursos definidos
para cada projeto, garantindo assim a aplicação adequada dos programas,
disciplinas de cursos, treinamentos e outros;
• Avaliar projetos e atender às necessidades dos públicos diversos
contemplados nas ações educacionais, sejam acadêmicos ou empresariais,
considerando suas especificidades no momento da produção de conteúdos,
escolha de recursos, cenários e resultados esperados;
• Buscar a melhor comunicação e participação dos atores envolvidos em
cada projeto, criando canais e ambientes propícios à troca de
conhecimentos e gestão de responsabilidades.
Esse profissional utiliza materiais de aula em softwares, vídeos, aulas
individuais e tudo o que está ligado à tecnologia e que pode ser usado para
ensinar. Como as escolas de ensino à distância fazem.
O profissional desta área precisa:
• Conhecer o público alvo
• Compreender as limitações e possibilidades de cada mídia
• Entender o processo de ensino
• Conhecer técnicas de design
• Dominar a tecnologia gráfica
• Ter noções de pedagogia, ou ser formado na área
• Saber transferir informações de forma clara e objetiva
• Ter a habilidade e rapidez de solucionar problemas
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• Ter familiaridade com novas tecnologias.
É fundamental também que, para ser um designer instrucional, o
profissional busque formação e aperfeiçoamento constantes, já que precisa
compreender as diferentes teorias pedagógicas e, ao mesmo tempo, as
diferentes tecnologias e possibilidades de integração desses ambientes. Tanto
para a empresa que estrutura um sistema de produção para educação a
distância, como para aquele que vai atuar nessa posição no grupo, a
preocupação com a qualidade e assertividade do trabalho deve ser constante.
Já existem vários cursos de graduação no mercado para formação do designer
instrucional, além de algumas referências na literatura.
3.4 – O mercado de trabalho
A profissão de designer instrucional pode ser considerada nova, foi
regulamentada recentemente, em janeiro de 2009, pelo Ministério do Trabalho.
A ele cabe utilizar tecnologias, teorias e métodos para aumentar a eficiência e
eficácia do processo de ensino-aprendizagem para atender as características,
os estilos e ritmos de aprendizagem de cada indivíduo.
Veja algumas áreas de atuação para essa profissão:
2394-05 – Coordenador pedagógico Auxiliar de coordenador escolar, Auxiliar de coordenação de ensino fundamental de primeira a quarta séries, Coordenador auxiliar de curso, Coordenador de disciplina e área de estudo, Coordenador de ensino, Coordenador escolar.
2394-10 – Orientador educacional Auxiliar de orientação educacional, Orientador de disciplina e área de estudo, Orientador de ensino, Orientador escolar, Orientador profissional, Orientador vocacional e profissional, Professor de orientação educacional, Técnico de orientação profissional.
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2394-15 – Pedagogo Auxiliar de orientação pedagógica, Auxiliar de orientação pedagógica em educação fundamental de primeira a quarta séries, Coordenador de orientação pedagógica, Coordenador de serviço de orientação pedagógica
2394-20 – Professor de técnicas e recursos audiovisuais
2394-25 – Psicopedagogo
2394-30 – Supervisor de ensino Auxiliar de supervisor escolar, Auxiliar de supervisão de ensino, Supervisor educacional, Supervisor pedagógico
2394-30 – Supervisor de ensino Auxiliar de supervisor escolar, Auxiliar de supervisão de ensino, Supervisor educacional, Supervisor pedagógico
2394-30 – Supervisor de ensino Auxiliar de supervisor escolar, Auxiliar de supervisão de ensino, Supervisor educacional, Supervisor pedagógico
2394-35 – Designer educacional Desenhista instrucional, Designer instrucional, Projetista instrucional
Como vimos, O campo de trabalho para o Design Instrucional é amplo,
ele pode atuar em escolas, cursinhos, organizações públicas, privadas, forças
armadas, desde que todas elas estejam inseridas nas novas mídias e
tecnologias e façam proveito dessa ferramenta diariamente.
Pode também desenvolver projetos educacionais, à distância ou
semipresenciais. Além disso, esse profissional está apto a gerenciar,
coordenar o desenvolvimento de um projeto pedagógico de acordo com o perfil
de quem vai aprender.
O salário médio inicial do Design Instrucional varia de R$ 1,500 e pode
chegar a R$ 7 mil . Dependendo da região.
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CONCLUSÃO
A pesquisa e estudo realizado, evidenciam o quanto é importante a
estrutura do programa de treinamento e a atuação do pedagogo nesse
processo para que as organizações consigam alcançar o seu objetivo final,
seja na qualidade de seus serviços ou simplesmente na obtenção de
resultados financeiros.
Com a elaboração deste tema, foi possível compreender as etapas de
um projeto de treinamento, as suas definições e obter uma visão mais ampla
de uma “nova” área de atuação para os pedagogos. Não se pode deixar de
citar que os fatores do projeto de treinamento que afetam o aprendizado e a
transferência são de extrema importância, pois é através dele que se influencia
as mudanças de comportamento dos funcionários, dentro do âmbito
organizacional para que este esteja alinhado com a visão, a missão e os
valores da empresa.
É grande a necessidade de ressaltar o papel do pedagogo atuando no
treinamento nas organizações, pois é este profissional quem articula, organiza,
planeja e executa o desenvolvimento do treinamento e, com isso, possibilita a
eficácia na conclusão do treinamento.
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Durante a criação/desenvolvimento deste trabalho, foi possível tornar o
pensamento renovado, através da criação de novos conceitos e
conhecimentos, com o objetivo de aperfeiçoamento profissional.
40
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
ALMEIDA, M. G. de. Pedagogia empresarial: saberes, práticas e referências.
Rio de Janeiro: Brasport, 2006.
BAHIA, Juarez. A Introdução à Comunicação Empresarial. Rio de Janeiro:
Mauad,1995.
CARVALHO, Antônio Vieira. Aprendizagem Organizacional em Tempos de
Mudança. São Paulo: Pioneira,1999.
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos
humanos nas organizações. Rio de Janeiro: Campus,1999.
BOMFIM, D. Pedagogia no Treinamento. Rio de Janeiro: Qualitymark,1995.
BOOG, Gustavo G. Manual de Treinamento e Desenvolvimento: Um Guia de
Operações. São Paulo: Makron Books, 2001.
CAVALCANTI, Marcos; GOMES, Elizabeth; PEREIRA, André. Gestão de
Empresa na Sociedade do Conhecimento. Rio de Janeiro: Ed. Campus, 2001.
DAVEL, Eduardo; VASCONCELOS, João (orgs.). Recursos Humanos e
Subjetividade. Ed.: Petrópolis: Vozes,2002.
GAUDENCIO, P. Mudar e Vender: como as mudanças podem beneficiar
pessoas e empresas. São Paulo: Editora Gente,1999.
41
LIBANEO, José Carlos. Pedagogia e Pedagogos, para que? São Paulo:
Cortez.2002.
PONTES, Benedito Rodrigues. Avaliação de Desempenho: nova abordagem.
Ed.: São Paulo: LTR, 2002.
RIBEIRO, Amélia Escoto do Amaral. Pedagogia Empresarial: atuação do
pedagogo na empresa. Rio de Janeiro: Wak, 2003.
TERRA, J. C. Gestão do Conhecimento. São Paulo: Editora Negócio, 2001.
ÍNDICE
42
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
O pedagogo empresarial nas organizações 9
1.1 - O papel e perfil do pedagogo empresarial 11
CAPÍTULO II
Processos,Métodos e Técnicas de Treinamento 17
2.1 - O treinamento sob o ponto de vista educativo 17
2.2 – O processo do treinamento profissional 20
2.3 - Métodos e técnicas de treinamento 24
CAPÍTULO III
O pedagogo como designer instrucional 30
3.1 – O designer instrucional 30
3.2 – O designer instrucional no Brasil – breve histórico 31
3.3 - O profissional e suas atribuições 35
3.4 - O mercado de trabalho 37
CONCLUSÃO 39
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 40
ÍNDICE 42