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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES / AVM PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU IMPLANTAÇÃO DO SGI E SUAS CONSEQUÊNCIAS PARA AS EMPRESAS Arthur Araujo de Souza ORIENTADOR: Prof. Jorge Tadeu Vieira Lourenço Lourenço Niterói 2017 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEIDE DIREITO AUTORAL

DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEIDE DIREITO AUTORAL · Agradeço a Deus por todas as oportunidades e dificuldades que me fizeram mais forte para enfrentar todas as barreiras da vida. Aos

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES / AVM

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

IMPLANTAÇÃO DO SGI E SUAS CONSEQUÊNCIAS PARA AS EMPRESAS

Arthur Araujo de Souza

ORIENTADOR:

Prof. Jorge Tadeu Vieira Lourenço

Lourenço

Niterói 2017

DOCUMENTO P

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EITO A

UTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES / AVM PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

Apresentação de monografia à AVM como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Gestão de Sistemas Integrados em QSMS/SGI. Por: Arthur Araujo de Souza

IMPLANTAÇÃO DO SGI E SUAS CONSEQUÊNCIAS PARA AS

EMPRESAS

Niterói 2017

3

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus por todas as oportunidades e

dificuldades que me fizeram mais forte para

enfrentar todas as barreiras da vida.

Aos professores que, com toda sabedoria, e

responsabilidade colaboraram para minha

formação.

4

DEDICATÓRIA

Dedico esta monografia à minha namorada e aos

meus pais.

5

RESUMO

No cenário competitivo das organizações, as mudanças acontecem de forma

cada vez mais rápida. Por isso, as empresas devem estar sempre atentas e

buscar meios de melhorar sua performance e se destacar frente a

concorrência. A Certificação de uma empresa é um processo longo e exige

comprometimento dos funcionários e seus gestores. O “medo da mudança”

gera insegurança, podendo ser um obstáculo para o sucesso. Em

contrapartida, os benefícios são amplos e capazes de gerar significativas

oportunidades e melhorias na organização, aumentando assim sua

competitividade no mercado. Neste contexto, o Sistema de Gestão Integrado é

capaz de gerar grandes mudanças internas e externas à empresa, promovendo

melhoria contínua dos seus processos e produtos, a sustentabilidade do meio

ambiente, a saúde ocupacional dos seus funcionários, bem como a

responsabilidade social inerente às atividades da empresa, de maneira ampla e

total, obtendo um único sistema de gestão documentado. Logo, ao longo do

presente estudo, foram abordadas as etapas para a implantação do SGI e seus

diversos benefícios diretos e indiretos à organização, fazendo com que a

empresa obtenha vantagens competitivas sobre seus concorrentes através de

um princípio muito importante: o aperfeiçoamento contínuo (PDCA).

6

METODOLOGIA

A metodologia utilizada para elaboração deste trabalho baseou-se em

pesquisa bibliográfica a livros, artigos científicos, publicações, normas ISO e

OHSAS, além de sites com informações pertinentes ao tema, visando adquirir

um conhecimento teórico sobre o assunto em questão.

7

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ................................................................................................... 8

CAPÍTULO I ......................................................................................................10

COMPOSIÇÃO DO SGI .................................................................................10

1.1. ISO 9001 – Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) .............................11

1.2. ISO 14001 – Sistema de Gestão Ambiental (SGA) .................................12

1.3. OHSAS 18001 – Sistema de Gestão de Segurança e Saúde do Trabalho

(SGSST).........................................................................................................14

1.4. SA 8000 – Sistema de Gestão da Responsabilidade Social (SGRS) .....16

CAPÍTULO II .....................................................................................................17

O SISTEMA DE GESTÃO INTEGRADO .......................................................17

CAPÍTULO III ....................................................................................................30

DIAGNÓSTICO E IMPLANTAÇÃO SGI ........................................................30

CONCLUSÃO ...................................................................................................37

BIBLIOGRAFIA ................................................................................................39

8

INTRODUÇÃO

A sociedade e o mercado determinam que as empresas proporcionem

um bom desempenho de gestão de seus recursos e atendam aos padrões das

normas técnicas da qualidade, sustentabilidade social e proteção à integridade

física e saúde de seus colaboradores. Tais padrões vêm progressivamente

transformando-se em estratégias de gestão integrada, levando as organizações

a alcançarem resultados significativos alinhados aos requisitos entorno das

questões de segurança no trabalho, meio ambiente, saúde e responsabilidade

social.

O Sistema de Gestão Integrado, também conhecido como SGI, tem

como finalidade combinar processos, procedimentos e práticas tomadas por

uma organização para efetivar suas políticas e alcançar seus objetivos de

forma mais eficiente, não necessitando de múltiplos sistemas de gestão. A

integração desses sistemas – Qualidade, Saúde e Segurança, Gestão

Ambiental e Responsabilidade Social – se torna mais simplificada por esses

padrões normativos apresentarem requisitos comuns que podem ser

compartilhados pelos diferentes sistemas de gestão.

Com a crescente pressão para que as organizações

racionalizem seus processos de gestão, várias delas veem na

integração dos Sistemas de Gestão uma excelente

oportunidade para reduzir custos relacionados, por exemplo, à

manutenção de diferentes estruturas de controle de

documentos, auditorias, registros, dentre outros (GODINI;

VALVERDE, 2001).

Toda empresa deve ser como um sistema mutante, ou seja, tem que se

adaptar constantemente às mudanças ambientais, novas tecnologias,

iniciativas da concorrência, mudanças cambiais, aos novos regulamentos

governamentais, novos materiais, e outros. Assim, as empresas cada vez mais

definem diferentes critérios de avaliação para contratação de provedores

externos, e passam a requisitar os padrões normativos da Gestão da

9

Qualidade (ABNT NBR ISO 9001:2015), da Gestão Ambiental (ABNT NBR ISO

14001:2015), da Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional (OHSAS

18001:2007) e Gestão da Responsabilidade Social (SA 8000:2014).

Portanto, a implantação do SGI explicita o comprometimento e a

conscientização das Organizações em entregar aos seus consumidores

produtos e serviços que atendam os padrões normativos citados anteriormente,

além de aumentar a satisfação do cliente e melhorar sua eficiência e

competitividade através da melhoria contínua dos seus processos.

No Primeiro capítulo será apresentada a composição do SGI, mostrando

separadamente a importância de cada um deles para as empresas.

O capítulo dois ressaltará os benefícios da implantação dos sistemas de

gestão de forma integrada, bem como os aspectos que facilitam a integração

dessas normas.

Por fim, no capítulo três, serão apresentadas as etapas para

implantação do SGI, bem como a metodologia adotada para realizar o

diagnóstico da organização interessada em implantar o SGI.

10

CAPÍTULO I

COMPOSIÇÃO DO SGI

Os Sistemas de Gestão baseados nas Normas ABNT NBR ISO tem

como objetivo estabelecer procedimentos e requisitos que devem ser seguidos

para que se obtenha sucesso na gestão de algumas competências. As normas

NBR ISO 9001, 14001, SA 8000 e OHSAS 18001 foram integralmente

elaboradas baseadas no ciclo PDCA1, facilitando então a sua integração total.

Com a implantação de um SGI incluindo SGQ, Sistema de Gestão da

Qualidade, SGA, Sistema de Gestão Ambiental, SGRS, Sistema de Gestão de

Responsabilidade Social e OHSAS, Sistemas de Gestão da Segurança e

Saúde Ocupacional, a empresa consegue determinar os requisitos básicos

para promover a sustentabilidade corporativa de forma mais eficiente, clara e

objetiva.

Figura 1: Ciclo PDCA (Adaptado ABNT NBR ISO 9001:2015)

1Ciclo PDCA: Método iterativo de gestão de quatro passos (Plan, Do, Check, Act), utilizado

para o controle e melhoria contínua de processos e produtos.

11

1.1. ISO 9001 – Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ)

Alcançar a qualidade é sempre uma árdua tarefa em uma organização.

Quando se trata de uma microempresa é possível que os donos acompanhem

de perto todo o processo, tornando mais seguro cada passo que é dado. No

entanto, à medida que a empresa vai se desenvolvendo, fica praticamente

inviável acompanhar o trabalho de cada pessoa. Os níveis de gerência e

supervisão vão surgindo, assim como novos fornecedores vão sendo inseridos

no processo havendo, portanto, a necessidade de buscar meios de garantir a

qualidade dos produtos e serviços oferecidos aos clientes. A partir deste

momento se faz necessário a adoção de um SGQ.

A ISO 9001 (Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2015)

especifica requisitos para sistemas de Gestão da Qualidade quando uma

empresa precisa demonstrar sua capacidade de fornecer produtos que

atendam de forma consistente aos requisitos do cliente, estatutários e

regulamentares aplicáveis. A organização que implementa os requisitos da ISO

9001 almeja aumentar a satisfação do cliente levando em consideração que o

SGQ é uma ferramenta que traz controle e padronização dos processos, além

de permitir a medição e monitoramento das ações tomadas, visando a busca

da melhoria contínua dos processos, sendo utilizável em qualquer tipo de

organização, independente de seu tipo, porte e do produto que fornece, sem

alterar sua flexibilidade.

A norma ISO 9001 (Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2015)

promove a adoção de uma abordagem de processo por meio do gerenciamento

das atividades interligadas objetivando o desenvolvimento, implementação e

melhoria da eficácia de um sistema de gestão da qualidade.

Segundo CORREIA (2006), “a implantação de sistemas de Gestão da

Qualidade nas empresas ocorre pela exigência de haver uma organização

formal para a implementação e manutenção desses sistemas”. Assim, o

Sistema da Qualidade estrutura a implementação da gestão da qualidade e

deve estar presente em todas as fases do ciclo de vida dos produtos e dos

12

processos, desde a identificação inicial das necessidades do mercado até a

satisfação das exigências dos clientes.

Milhares de empresas no mundo fazem uso do SGQ para implantar

novos processos, gerenciar e checar sua qualidade, sendo sua maior razão os

clientes, que devem estar sempre satisfeitos e tendo suas expectativas

atendidas. Dessa forma, esse sistema é capaz de promover uma melhora na

imagem, no desempenho e na cultura organizacional.

Acrescenta-se ainda, que além dos benefícios já citados, também se

obtém redução de custos. À medida que a produção aumenta e os custos

reduzem, a empresa garante um diferencial que lhe proporciona oportunidades

e competitividades frente aos mercados, sejam eles nacionais ou

internacionais.

Sendo assim, espera-se que a partir da adoção do Sistema de Gestão

da Qualidade (SGQ) seja possível obter grande evolução e aperfeiçoamento

constante para a organização, seus parceiros comerciais e clientes, eliminação

do retrabalho, racionalização e aperfeiçoamento de processos, aumento da

satisfação das partes interessadas, emprego dos princípios de gestão,

autoconfiança para competir, disciplina Técnica Corporativa, garantia de

resultados empresariais, além de exercícios de liderança empresarial em seu

ramo de negócios.

Normalmente, os sistemas integrados de gestão são desenvolvidos e

implementados a partir da ISO 9001, principalmente por ser essa a norma mais

conhecida e difundida mundialmente.

1.2. ISO 14001 – Sistema de Gestão Ambiental (SGA)

A preocupação com questões ambientais tem se intensificado nas

últimas décadas devido às inúmeras atividades antrópicas danosas ao meio

ambiente. Nesse sentido, a implantação de Sistemas de Gestão Ambiental

13

(SGA) se faz necessário para evitar ou minimizar os diversos impactos

ambientais decorrentes dessas atividades.

A série ISO 14000 vem ao encontro da necessidade de as empresas

adotarem práticas gerenciais adaptadas às exigências do mercado,

generalizando os princípios e procedimentos que permitirão uma expressão

consistente de qualidade ambiental.

A ISO 14001 (Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2004) define

que as normas internacionais de gestão ambiental têm por finalidade prover às

organizações os elementos de um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) eficaz,

passível de integração com outros requisitos de gestão, de forma a ajudá-las a

alcançar objetivos ambientais e econômicos previamente determinados por

elas. A norma especifica os requisitos de um SGA, tendo sido redigida para ser

aplicável a todos os tipos de organização, de todos os portes, e para adequar-

se a diferentes condições geográficas, culturais e sociais.

Visando a contribuição para o desenvolvimento econômico de empresas

de forma sustentável, o SGA é uma ferramenta muito importante de

planejamento, controle e gestão, que permite controlar ações corporativas em

busca do equilíbrio do homem, da indústria e do meio ambiente. Dessa forma,

constitui-se como um conjunto de políticas, práticas e procedimentos técnicos e

administrativos de uma organização a fim de garantir um melhor desempenho

ambiental.

Assim, sua implementação é a estratégia necessária para que em um

processo contínuo o empresário identifique oportunidades de melhorias de

redução dos impactos das atividades sobre o meio ambiente, promovendo a

imagem da empresa no mercado e elevando suas possibilidades de sucesso

simultaneamente.

A ISO 14001:2015 estabelece os requisitos de implementação e

operação do sistema de gerenciamento ambiental. Sua aplicação é uma forma

de garantir às empresas uma administração eficaz e eficiente dos assuntos

ambientais.

14

Um gerenciamento ambiental de sucesso, além de reduzir os riscos de

acidentes ecológicos e aprimorar a administração de recursos energéticos,

materiais e humanos, valoriza a imagem da empresa junto à sua comunidade,

fornecedores, clientes e autoridades, entre outros. Também, gera

oportunidades de redução de custos ou até ganhos devido ao melhor

gerenciamento (diminuição, eliminação ou reciclagem) dos resíduos inerentes à

atividade produtiva.

É importante salientar que a procura por produtos ou serviços originários

de empresas ambientalmente responsáveis vem aumentando

consideravelmente em decorrência da conscientização dos consumidores

frente ao assunto.

Por fim, tem-se observado um aumento da facilidade de conquistar

financiamentos governamentais e bancários através de programas de

investimento como, por exemplo, o ISE (índice de Sustentabilidade

Empresarial) que leva em consideração a eficiência econômica, equilíbrio

ambiental, justiça social e governança corporativa.

1.3. OHSAS 18001 – Sistema de Gestão de Segurança e

Saúde do Trabalho (SGSST)

A OHSAS 18001 define os requisitos de um Sistema de Gestão de

Saúde e Segurança no Trabalho (SGSST), tendo sido redigida de forma a

aplicar-se a todos os tipos de empresas, de todos os portes, e para adequar-se

a diferentes condições geográficas, culturais e sociais, assim como os outros

Sistemas já apresentados.

Esse tipo de sistema auxilia a organização a estabelecer e avaliar a

eficácia dos procedimentos destinados à definição de uma política e dos

objetivos de SST, para atingir a conformidade e demonstrá-la a terceiros.

É uma ferramenta que permite uma organização atingir, controlar e

melhorar o nível do desempenho da Saúde e Segurança no ambiente de

15

trabalho. Sua implantação demonstra a preocupação da empresa com a

integridade física de seus colaboradores e parceiros. E o envolvimento e

participação dos funcionários no processo de implantação desse sistema são

de suma importância, pois seu sucesso depende do comprometimento de

todos os níveis e funções, especialmente da alta administração.

Dessa forma, a OHSAS 18001 baseia-se na premissa de que a empresa

irá, constantemente, analisar criticamente e avaliar o seu Sistema de Gestão

da saúde e segurança do trabalho, de forma a enxergar oportunidades de

melhoria e a implementação de ações pertinentes.

Os recursos humanos são a essência de qualquer estrutura empresarial,

por isso, deve-se ter foco e atenção total a este segmento interno. Pois com

trabalhadores doentes o rendimento fica reduzido. Sem trabalhadores não se

produz nada.

A partir da implementação de um Sistema de Gestão da SST podemos:

criar melhores condições de trabalho na organização; identificar perigos e

definir controles para gerenciá-los; reduzir o número de acidentes e doenças de

trabalho; consequentemente reduzindo custos e inatividade; provocar o

engajamento e motivação dos funcionários com condições de trabalho

melhores e mais seguras; demonstrar conformidade para clientes e

fornecedores; realizar a manutenção das boas relações com os sindicatos de

trabalhadores; obter seguro a um custo razoável, principalmente quando o SAT

(Seguro de Acidentes do Trabalho) for operado no Brasil de forma mais

inteligente; fortalecer a imagem da organização e sua participação no mercado;

melhorar o controle do custo de acidentes; reduzir acidentes que impliquem em

responsabilidade civil; facilitar a obtenção de licenças e autorizações; Estimular

ao desenvolvimento e compartilhamento de soluções de prevenção de

acidentes e doenças ocupacionais; além de melhorar significativamente as

relações entre a indústria e o governo.

Além dos benefícios mencionados acima, através da implementação do

OHSAS 18001, pode-se obter benefícios econômicos expressivos. Desta

forma, aconselha-se que sejam identificados e demonstrados aos stakeholders,

16

especialmente aos acionistas, os valores de uma gestão eficaz da segurança e

saúde dos trabalhadores para a empresa. Com isso, torna-se possível ligar os

objetivos de SST a resultados financeiros específicos, garantindo que os

recursos necessários estejam disponíveis.

As normas ISO 14001 e OHSAS 18001 foram criadas e pensadas com

intuito de permitir a integração, ou seja, apresentam os requisitos específicos

para os seus propósitos, sem conflitar com as finalidades de outras normas, o

que poderia ser um empecilho para sua aceitação e disseminação. A

implantação de um novo sistema de gestão se torna mais ágil quando utiliza-se

de conceitos já admitidos e aprovados pelas organizações.

1.4. SA 8000 – Sistema de Gestão da Responsabilidade

Social (SGRS)

A SA 8000 é uma norma de certificação internacional que incentiva as

empresas a desenvolver, manter e aplicar práticas socialmente aceitáveis no

local de trabalho. Aborda questões tais como trabalho escravo e infantil, saúde

e segurança do trabalho, liberdade de associação e negociação coletiva,

discriminação, práticas disciplinares, jornada de trabalho, remuneração e

sistemas de gerenciamento.

A certificação SA 8000 é uma forma de demonstrar o comprometimento

das organizações com seus clientes, parceiros e comunidade em geral,

evidenciando sua forma sustentável de atuação no mercado. Além disso,

ratifica a sua dimensão social, respeitando a comunidade que a constitui e a

integridade de cada um, promovendo valores sociais e não apenas

econômicos.

O tema da Responsabilidade Social tem alcançado cada vez maior

importância no contexto social e econômico, e é indispensável que as partes

interessadas adquiram consciência dos benefícios reais que podem advir da

sua correta implementação.

17

Esta norma contribui diretamente na estratégia de relacionamento,

padronizando a forma de comunicação com fornecedores, comunidade, cliente,

funcionários, etc. Também está relacionada na estratégia de valorização dos

produtos e serviços tendo em vista que a organização pode comunicar ao seu

público que seus produtos são fabricados de maneira socialmente adequada.

Sendo assim, o Sistema de Gestão da Responsabilidade Social se mostra

profundamente conectado ao Sistema de Qualidade, na certificação de

qualidade dos serviços e produtos, no Sistema de Saúde e Segurança do

Trabalho e no Sistema Ambiental, uma vez que garante um ambiente

adequado de trabalho e para toda a comunidade.

Sendo assim, temos como principais benefícios de um Sistema de

Gestão de Responsabilidade Social: Comprova o compromisso da empresa

com a responsabilidade social e o tratamento ético dispensado a seus

funcionários, em conformidade com os padrões globais; melhora o

gerenciamento e o desempenho de sua cadeia de suprimento; permite garantir

a conformidade com os padrões globais e reduz o risco de negligência,

exposição pública e possíveis ações judiciais; apoia a sua visão corporativa,

construindo e reforçando a lealdade de seus stakeholders; permite que você

demonstre uma responsabilidade social apropriada nas licitações de contratos

internacionais ou na expansão local para acomodar novos negócios.

CAPÍTULO II

O SISTEMA DE GESTÃO INTEGRADO

O SGI, segundo SOLER (2002), “visa assegurar a manutenção e

conformidade da política corporativa, objetivos e metas de qualidade, meio

ambiente, segurança e saúde ocupacional e responsabilidade social”. Para

tanto, deve seguir os requisitos com base nas seguintes normas e

especificações de sistemas de gestão: ISO 9001: Sistemas de Gestão da

Qualidade; ISO 14001: Sistemas de Gestão Ambiental; OHSAS 18001:

18

Sistemas de Segurança e Saúde Ocupacional; SA 8000: Responsabilidade

Social.

CHAIB (2005) explica que, “não há uma certificação específica para um

Sistema Integrado de Gestão (SIG)”. São quatro certificações diferentes

(qualidade, meio ambiente, saúde e segurança no trabalho e responsabilidade

social), que quando implementadas segundo normas distintas podem ser

integrados e concebidos a partir do modelo PDCA – Ciclo da melhoria contínua

– tendo assim sua integração facilitada. Entretanto, quando esses sistemas são

criados de forma separada, podem aparecer algumas dificuldades devido aos

conceitos já definidos e enraizados de cada sistema na empresa.

Figura 2: Concepção Conceitual de um Sistema Integrado. (NETO, TAVARES e HOFFMAN, 2008, p. 18).

19

Já se vai um tempo em que as corporações vêm adotando

algumas ferramentas de qualidade, como 5S, qualidade total,

ISO 9000, para gerenciar seus negócios e adquirirem melhoria

de desempenho dentro do mercado que atuam. (ROCHE,

2014)

Entretanto as necessidades atuais dos clientes não se resumem apenas

às questões associadas ao produto final, mas também com o processo de

produção e as consequências dele para a sociedade. Desta maneira as

empresas enxergaram a necessidade de gerenciar outros fatores como:

sustentabilidade empresarial, prevenção a acidentes ambientais,

relacionamento com as comunidades e questões relacionadas com a qualidade

de vida e saúde dos trabalhadores.

A partir da visão holística das organizações, as questões econômicas,

antes em primeiro plano, passaram a ser consequência das causas ecológicas

e sociais – que ganharam espaço dentro das empresas – de forma a garantir

sua existência no ambiente atual altamente competitivo e dinâmico,

modificando seu planejamento estratégico. Desta forma, fica garantida a maior

satisfação de clientes internos e externos, qualidade dos materiais e serviços,

proteção do meio ambiente e aspectos sociais, principalmente no que tange

saúde e segurança dos seus colaboradores.

Sistema Integrado de Gestão (SIG) é um sistema que organiza,

compatibiliza, correlaciona, equilibra e unifica judiciosamente

todos os meios, critérios e recursos, tangíveis e intangíveis,

para que a organização materialize suas políticas, atinja seus

objetivos de melhoria e aprenda continuamente, de forma

sistêmica, nas dimensões que perfazem esse Sistema

Integrado (CORRÊA, 2004).

Sendo assim, Sistema de Gestão Integrado é uma solução que tem por

objetivo o controle total da empresa, solucionando aspectos de ordem lógica,

comercial, administrativa, contábil, fiscal, financeiro, gerencial e pessoal, a

partir de entradas unificadas no sistema, elevada ocorrência de automação nos

processos e total sintonia entre os inúmeros módulos. Para realizar isso de

20

forma ideal, é necessária a compreensão do processo interno, assimilação do

processo informatizado e domínio do esquema de integração entre os diversos

módulos do sistema.

Algumas empresas não dispõem de recursos financeiros para as

certificações que compõem o SGI – ISO 9001, ISO 14001, OHSAS 18001 e SA

8000 – e se tornam menos competitivas e impedidas de participar de processos

licitatórios. Por outro lado, a adoção de um SGI auxilia na identificação de

pontos fortes e pontos fracos da organização, uma vez que faz uso de um

conjunto de ferramentas apropriadas de indicadores. Estes, uma vez

eficientemente geridos, podem tornar a empresa com maior capacidade

produtiva, trazendo por consequência, um significativo aumento de sua

lucratividade. E para que isso seja possível acontecer, responsabilidades

devem ser assumidas durante todo o processo, desde o operário mais simples

até membros da alta administração.

Como princípios básicos para integração, SHILLITO (1995) destaca:

I. Unidade de propósitos: toda organização deve estar

unida em um projeto e isso requer um sistema para prover essa

união;

II. O sistema deve ser equipado para melhoria contínua e

isso requer a definição e avaliação de qual performance é

pretendida;

III. Boa engenharia, processo, produto e projeto são

essenciais. Ambiente de trabalho também é importante na

geração de altos padrões de comportamento, individual e de

grupo;

IV. Ciência de que pequenos incidentes, defeitos e não

conformidades são sintomas de problemas tanto no sistema de

21

gestão como oportunidades de melhoria. Feedback2 é

essencial para melhoria do desempenho;

V. Enquanto a quantificação habilita o controle, ela também

pode habilitar o breakthrough3. Benchmarking4 provê um

elemento essencial à quantificação;

VI. Ideias e inovação devem ser encorajadas em todos os

níveis da força de trabalho. A inovação deve ser contínua e não

deixada para a revisão anual;

VII. O sistema de gestão deve ser próprio para a organização

e seus membros e não vice-versa.

É muito mais simples obter a cooperação dos colaboradores para um

único sistema do que para três sistemas separados. E, além disso, a sinergia

formada pelo SGI leva as organizações a obterem melhores níveis de

desempenho a um custo global muito menor, pois o treinamento, planejamento,

controle de documentos, aquisição, análise crítica, dentro outros, podem ser

unificados e facilitados. Segundo DE CICCO (2010), “a integração efetiva dos

sistemas de gestão tem ocorrido e ocorrerá, na prática, quase sempre a partir

de Sistemas de Qualidade estruturados conforme as normas ISO 9001”.

Conforme as características da empresa na qual o SIG será

implantado, diferentes caminhos podem ser percorridos durante

as etapas de implementação. Diversos fatores influenciam na

decisão de como ela será conduzida, como a existência ou não

de sistemas de gestão já implantados, sejam quais forem, a

cultura de gestão em vigor na empresa, o planejamento da

direção, considerando objetivos, prazos e motivações. Os

2 Feedback: informação que o emissor obtém da reação do receptor à sua mensagem, e que

serve para avaliar os resultados da transmissão. 3 Breakthrough: grande avanço, descoberta, conquista, desenvolvimento, evolução, guinada,

inovação, invenção, marco, melhoria, novidade, progresso, reformulação, reviravolta, revolução, sucesso, virada, ideia revolucionária, salto qualitativo tanto pessoal quanto professional. 4 Benchmarking: processo de avaliação da empresa em relação à concorrência, por meio do

qual incorpora os melhores desempenhos de outras firmas e/ou aperfeiçoa os seus próprios métodos.

22

recursos financeiros e humanos também têm grande influência

nesse processo (CHAIB, 2005).

Segundo SOLER (2002), “existem diversas formas de implantação de

SGI”. Isto posto, devem ser analisadas as características próprias da

organização, para que antes da implementação defina-se o modo de

desenvolvimento do SGI mais adequado e eficiente que atenda às

necessidades da empresa, não resultando necessariamente em um processo

formal de certificação, podendo estar limitado apenas a benfeitorias nos

processos e produtos da organização.

O Sistema de Gestão de Integração deve facilitar a identificação dos

problemas e causas, auxiliando no controle e na adoção de medidas

preventivas ou corretivas, antes mesmo que o desempenho da empresa seja

comprometido. Abaixo, temos na figura 2 um possível sistema de elementos

para implantação de SGI, segundo SOTO DELGADO e SENATORE (2001):

Figura 3: A estrutura do SGI (Adaptado de SOTO DELGADO e SENATORE, 2001)

23

De acordo com SOLER (2002), temos três diferentes formatos de

implantação de um SGI, são eles:

Sistemas Paralelos: Os sistemas são separados e, para

suas diferentes especificidades, apenas os formatos quanto à

numeração, terminologia e organização são semelhantes.

Nessa proposta, a organização terá dois ou três representantes

da administração, programas de treinamento, conjuntos de

documentos, programas de controle de documentos e dados,

instruções de trabalho, sistemas de gestão de registros e de

calibração, programas de auditoria interna, controles de

procedimentos para não conformidades e de ações corretiva e

preventiva e reuniões para análise crítica pela administração,

todos executados separadamente;

Sistemas Fundidos: Neste caso há o compartilhamento

de algumas partes dos sistemas de gestão relacionadas com

procedimentos e processos, porém continuam sendo sistemas

separados em várias outras áreas. O grau de integração, em

geral, dependerá da própria organização. Alguns processos

podem ser comuns aos sistemas, como sistema de registros de

programas de treinamento, programa de controle de

documentos e dados, sistemas de calibração e de gestão de

registros. Dentre outros itens, a organização continuará tendo

dois ou três representantes da administração, programas de

treinamento, conjuntos de documentos, programas de auditoria

interna, controles de procedimentos para não conformidades,

de ações corretiva e preventiva, bem como reuniões para

análise crítica pela administração. Nesse nível de integração, a

organização já se encontra caminhando em direção a uma

proposta mais eficiente e menos redundante. Porém continua

gastando muita energia com a manutenção dos dois ou três

sistemas, tendo que determinar onde um termina e onde o

outro começa. Enquanto por um lado tem-se a proposta de

integração parcial dos sistemas fundidos, por outro tem-se a

proposta de integração total – a proposta do SGI;

24

Sistemas Totalmente Integrados: A proposta do SGI

envolve um sistema de gestão homogêneo. Todos os

elementos dos sistemas de gestão são comuns, ou seja, há

apenas um conjunto de documentos, política abrangendo os

diferentes requisitos, representante da administração, sistema

de gestão de registros e de treinamentos, sistema de controle

de documentos e dados, conjunto de instruções de trabalho,

sistema de calibração de equipamentos, programa de auditoria

interna (incluindo uma única equipe de auditores qualificados),

plano de reação às não conformidades específicas, programa

de ações corretivas e preventivas, sistema de gestão de

registros e reunião para análise crítica pela administração. Os

elementos relativos aos requisitos de cada uma das normas

que não forem comuns tornam-se procedimentos

independentes.

Antes de iniciar qualquer investida de integrar seus sistemas de gestão,

as empresas tem a obrigação de se atentar ao grau de aderência dos

processos e práticas que elas desenvolvem para ter certeza que a

implementação de normas que compõem o SGI está correndo em paralelo com

as suas atividades corriqueiras. Afinal, é muito frequente averiguar que os

processos e as práticas desempenhados para atender os requisitos dessas

normas, isoladamente ou em conjunto, encontram-se separados daqueles

processos e práticas que a liderança, a gestão e as demais funções da

organização priorizam e valorizam na sua rotina. Para melhorar continuamente

essa situação, é imprescindível que as dimensões (qualidade, meio ambiente,

saúde e segurança, responsabilidade social) dos sistemas de interesse da

empresa passem a ser fatores chave de sucesso, constantemente avaliados

como parte do planejamento estratégico e da gestão de negócios das

organizações, dando assim, início aos anseios estratégicos, objetivos, metas e

indicadores de desempenho incluídos nos planos ou programas de ação que

guiam o foco de seus líderes e gestores.

O coletivo da organização, com suas competências e treinamentos, se

torna capaz suficientemente para detectar as não conformidades referentes às

25

atividades no trabalho, devendo saber a maneira como agir diante de situações

distintas. Sendo assim, as responsabilidades pertinentes ao SGI estão

descritas em diferentes documentos do sistema de gestão (como por exemplo,

programas ou planos de ação, procedimentos e instruções normativas).

A certificação integrada possui diversos benefícios, podendo ser

salientadas as oportunidades de: garantir de forma planejada e integrada a

satisfação das partes interessadas; ampliar a visão holística da organização;

desempenhar como uma ferramenta gerencial para o crescimento do potencial

humano da empresa; servir como uma ferramenta que garante a melhoria

contínua da performance da organização. A certificação de um SGI pode dar

uma nova direção aos procedimentos existentes, de maneira a substituir a

departamentalização das atividades por uma visão orientada a processos,

tornando a organização mais competente e apta a desempenhar seu papel

satisfatoriamente, dispensando ao longo da implementação a manutenção dos

sistemas obsoletos. Além disso, proporciona maior comprometimento da

direção, redução de documentos, melhor comunicação com as partes

interessadas, simplificação das normas e das exigências dos sistemas de

gestão, redução do tempo total de paralisação das atividades para realização

de auditorias, alinhamento dos objetivos e processos, diminuição da

burocracia, eliminação das redundâncias e esforços duplicados, maior

satisfação dos critérios dos investidores e melhoria do acesso ao capital, e

controle preventivo do processo.

Em relação ao mercado, há um aumento considerável das possibilidades

de relações comerciais com novos clientes, sejam eles locais ou regionais, em

decorrência da implementação de um Sistema Integrado de Gestão, que aliado

a esse desenvolvimento, tem promovido o marketing positivo consequente da

venda da imagem de uma organização que não está preocupada apenas com

o que oferece para o cliente, mas também com outras questões muito

relevantes para a população. Sendo assim, neste ambiente de extrema

competitividade empresarial, o SGI reafirma perante os stakeholders – clientes,

órgãos fiscalizadores e principalmente à comunidade – sua responsabilidade

com a sustentabilidade total do seu negócio, garantindo-lhe maior credibilidade.

26

Em relação ao mercado competitivo, tem cada vez mais aumentado a

procura por empresas que forneçam produtos ou serviços de qualidade, mas

também que atuem de maneira responsável em relação ao meio ambiente, e

garantem a segurança e saúde de seus funcionários, sem se ausentar das

responsabilidades sociais.

Sendo assim, as organizações que não incorporarem o Sistema de

Gestão Integrado, ficarão ultrapassadas e não capacitadas para enfrentar a

concorrência, tendo como maior consequência à obsolescência. Com isso,

independente do porte ou importância econômica da empresa, o potencial de

comercialização vai depender diretamente da sua atitude e postura que fica

evidenciada mediante a implantação de um SGI.

No entanto, manobrar um Sistema de Gestão Integrado em uma

organização pequena requer um alto comprometimento com todo o processo e

disponibilidade para absorver novos conhecimentos, principalmente de

tecnologia. Por isso, ter colaboradores capacitados, que estejam prontos para

mudança e envolvidos suficientemente para enfrentar os diversos desafios que

devem ser explorados, é um diferencial que servirá como facilitador para esse

novo momento.

Todavia, a maior dificuldade dos colaboradores se demonstra na fase de

transição, onde as práticas tradicionais devem ser abandonadas com o objetivo

de migrar para uma alternativa inicialmente desconhecida, principalmente no

que diz respeito à forma de alcançar resultados, e para isso, é imprescindível

constante treinamento.

Após essa fase inicial, é o momento de utilizar a nova ferramenta de

Gestão em prol da organização. Esta é uma etapa que exige um alto grau de

dedicação do colaborador, pois o nível de sua capacidade de produção deve

ser mantido, mas, simultaneamente deverá assimilar novas formas de trabalho

através de novos conceitos e análises.

O nível de exigência torna-se maior à medida que se aprende como

utilizar tais ferramentas: o processamento deve ser cada vez mais rápido, a

27

emissão de documentos mais eficiente, ambiente de trabalho mais confortável,

relações interpessoais mais estreitas, entre inúmeras outras demandas.

Ferramentas, por mais adequadas que sejam não farão diferença na mão de

funcionários despreparados, limitados e resistentes. Entretanto, podem

estimular e auxiliar quando destinadas aos profissionais corretos. Ou seja,

identificar estas características e peculiaridades será extremamente relevante

para o sucesso do novo sistema.

Tabela 1: O novo ambiente de trabalho (Extraída de GUARINO, 2015, p. 17).

Estaremos cada vez mais envolvidos em um ambiente de

trabalho diferente. Menor área física, pois equipamentos são

diminutos, e em menor número. Isto permitirá ampliar o

conforto dos trabalhadores, ao reduzir o investimento

necessário para disponibilizar melhores mobiliários e

climatização, por exemplo, o que também permitirá reduzir o

esforço físico despendido nas atividades. A tendência também

será a maior permanência das pessoas nas mesmas empresas

e nas mesmas funções, pois tanta racionalização demandará

conhecimento crescente sobre as atividades e os crescentes

custos de treinamento de pessoas levarão à valorização da

experiência na função (GUARINO, 2015).

Sistemas Integrados de Gestão realmente podem orientar as

organizações em direção ao aumento da vantagem competitiva. Todavia,

mesmo parecendo isso não é mecânico, rápido ou fácil. Os prazos que as

organizações definem para que seus colaboradores assimilem os novos

conceitos e projetos, geralmente são extrapolados. Este pode ser um fator que

estimula a perda de confiança no sucesso do projeto, pois os cronogramas

28

devem ser seguidos para que não haja problemas e não existam perdas para

todos os envolvidos, inclusive para a organização que incorporou o sistema, ou

até mesmo para a empresa que o fornecerá e implantará.

Toda informação disponibilizada em um Sistema Integrado fica acessível

a outros usuários no instante em que são lançadas. Depois de liberada, ficará

visível a vários outros colaboradores da empresa e até mesmo para pessoas

externas à organização. Logo, qualquer erro nesta conjuntura, pode ter

consequências em proporções muito altas. Isto posto, a qualidade das

informações disponibilizadas é um requisito crítico. Pois não dá para desfazer o

preenchimento sem que cause consequências a terceiros, tendo em vista que

em um ambiente integrado de trabalho nada fica invisível, principalmente pelo

processamento ser em tempo real. Não é um trabalho isolado. É um trabalho

dinâmico que requer alta consciência da equipe e da finalidade de cada

informação de uma área para outra.

A gestão é um dos principais requisitos comuns entre os sistemas –

SGQ, SGA, SGSST, SGRS – e requerem que as empresas possuam sua

política de atuação para cada campo (qualidade, ambiental, saúde e segurança

dos trabalhadores e responsabilidade social). Alguns pontos atendem

simultaneamente esses sistemas: estabelecimento e divulgação de política,

definição de objetivos e metas, criação de um sistema de controle e elaboração

de documentos, competência de pessoal, auditorias do sistema, revisões e

análises críticas do sistema, melhoria contínua. Na tabela abaixo veremos as

correspondências entre três sistemas pertencentes ao SGI:

Tabela 2: Correlação entre as normas integráveis (Adaptado ABNT NBR ISO 9001:2015, ABNT NBR ISO 14001:2015, OHSAS 18001:2007).

Anexo SL ISO 9001:2015 ISO 14001:2015 OHSAS 18001:2007

Introdução Introdução Introdução Introdução

1 - Escopo 1 - Escopo 1 - Escopo 1 - Objetivo e campo de aplicação

2 - Referência

normativas

2 - Referência

normativas

2 - Referência

normativas2 - Publicações de referência

3 - Termos e

definições

3 - Termos e

definições

3 - Termos e

definições3 - Termos e definições

29

4 - Contexto da

organização

4 - Contexto da

organização

4 - Contexto da

organização

4 - Requisitos do sistema de gestão da

SST (4.1 Requisitos gerais; 4.3.1

Identificação de perigos, avaliação de

riscos

e determinação de controles; 4.3.2

Requisitos legais e outros)

5 - Liderança 5 - Liderança 5 - Liderança

4.2 - Política de SST; 4.4.1 -Recursos,

funções, responsabilidades,

prestações de contas e autoridades

6 - Planejamento 6 - Planejamento 6 - Planejamento

4.3 - Planejamento; 4.3.1 - Identificação

de perigos, avaliação de riscos

e determinação de controles; 4.3.3 -

Objetivos e Programa(s)

7 - Apoio 7 - Apoio 7 - Apoio

4.4.1 - Recursos, funções,

responsabilidades,

prestações de contas e autoridades;

4.4.2 - Competência, treinamento e

conscientização; 4.4.3 - Comunicação,

participação e consulta; 4.4.4 -

Documentação; 4.4.5 - Controle de

documentos; 4.5.4 - Controle de

Registros

8 - Operação 8 - Operação 8 - Operação4.4.6 - Controle Operacional; 4.4.7 -

Preparação e resposta a emergências

9 - Avaliação de

desempenho

9 - Avaliação de

desempenho

9 - Avaliação de

desempenho

4.5.1 - Monitoramento e medição de

desempenho; 4.5.2 - Avaliação do

atendimento a requisitos legais e outros;

4.5.5 - Auditoria Interna; 4.6 - Análise

crítica pela direção

10 - Melhoria 10 - Melhoria 10 - Melhoria

4.4.7 - Preparação e respostas a

emergências; 4.5.3 - Investigação de

incidente, não-conformidade,

ação corretiva e ação preventiva

Essa correspondência entre os Sistemas é muito importante para agilizar

o processo de implantação do Sistema de Gestão Integrado. Isso porque,

quando implementados separadamente podem se tornar ineficientes , difíceis

de administrar e de obter o envolvimento efetivo dos colaboradores. Logo,

apesar do longo caminho que ainda deve ser percorrido pela integração de

sistemas, o nível de integração do SGI deve ser alto como uma fusão, e a sua

30

extensão deve considerar toda a cadeia de suprimentos, do primeiro

fornecedor até o último cliente.

CAPÍTULO III

DIAGNÓSTICO E IMPLANTAÇÃO SGI

Para se obter um panorama da atual situação de uma empresa é

necessário elaborar um diagnóstico da Gestão Qualidade, Saúde e Segurança

e Meio Ambiente antes da implantação do SGI. Esse procedimento deve ser

feito através de perguntas relacionadas ao grau de adequação da empresa

frente aos requisitos normativos e à legislação aplicável.

O resultado do diagnóstico proporciona informações para a

realização de uma análise crítica inicial, visando identificar e

apontar as maiores deficiências encontradas, o que permite

uma melhor previsão dos esforços e recursos que devem ser

disponibilizados (CERQUEIRA, 2006).

Tabela 3: Etapas de diagnóstico (BONATO, S. V. et al., 2013, p. 6)

31

Com isso, será possível compreender melhor os fatores que determinam

o sucesso e a fraqueza da empresa e tomar ações imediatas para corrigir

falhas, bem como propor melhorias e, a partir disso, aumentar sua

competitividade no mercado.

A seguir são citadas as principais dificuldades encontradas no ambiente

empresarial decorrentes da não implantação do SGI, são elas:

Preço não competitivo: motivo das concorrências

perdidas;

Contratos com prejuízos: falta de organização e

planejamento;

Clientes inativos: cadastros que não foram

renovados por falta de adequação da empresa aos

requisitos exigidos pelos clientes ou pela falta de atuação

da área de vendas em reativar os clientes antigos;

Falta de um sistema de gestão que gerencie os

aspectos da qualidade, meio ambiente e segurança e

saúde ocupacional, que são exigidos nos cadastros atuais

e nos processos de concorrências e licitações;

Falta de treinamento e investimento na capacitação

dos funcionários;

Investimento em novas tecnologias de mercado;

Necessidade de capital de giro para participar de

grandes empreendimentos;

Existência de dívidas de exercícios de anos

anteriores (empréstimos) que se refletem no resultado

atual.

32

As mudanças mais significativas que podem afetar o ambiente

competitivo relacionam-se ao surgimento de grandes empresas, muitas vezes

de outras regiões, que concorrem com custos mais baixos, e a exigência da

certificação, ou de um sistema de gestão, que incorpore os sistemas do SGI

nos editais de licitação e concorrências.

Dificilmente uma empresa evitará o surgimento de grandes empresas

atuando no mesmo segmento de mercado, mas em relação à necessidade da

certificação dos padrões normativos citados ou de um sistema de gestão, ela

pode se adequar e a partir disso acompanhar as tendências de mercado para

obter vantagem competitiva e melhoria contínua do seu desempenho

organizacional.

Além disso, o estabelecimento de parcerias ou alianças estratégicas,

quando realizados com metas e objetivos bem definidos para alcançar os

propósitos, torna-se um grande diferencial para aumentar a competitividade da

empresa dentro do mercado.

Nesse contexto, podemos destacar algumas parcerias que poderiam

agregar valor e conhecimento a uma organização: uma delas seriam a

prospecção de novos fornecedores, distribuidores ou fabricantes que forneçam

insumos e/ou serviços com preços reduzidos e com o mesmo padrão de

qualidade, a fim de tornar os preços finais dos serviços e/ou produtos mais

competitivos; outro tipo de parceria poderia ser feito com entidades de ensino

profissionalizante, com intuito de melhorar a capacitação técnica dos seus

colaboradores; e por fim, fazer parcerias com outras empresas para conquistar

grandes empreendimentos, almejando aumentar a participação no mercado e o

conhecimento em outras áreas de negócio.

A figura abaixo apresenta o fluxograma com as etapas principais do

processo de implantação do SGI e os requisitos dos padrões normativos:

33

Figura 4: Etapas de implantação do SGI (Adaptado de CERQUEIRA, 2006).

A primeira etapa (planejamento) consiste em definir as diretrizes que

devem ser seguidas na implantação do SGI: inicialmente deve-se realizar o

processo de conscientização nos níveis das chefias operacional e

administrativa, pois é preciso obter apoio, comprometimento e, se possível

entusiasmo de todos colaboradores, afinal, não existe procedimento, técnica,

software ou até mesmo equipamentos que consigam resultar de forma positiva

se as pessoas que os operam estiverem contra o sistema; em seguida é feito o

levantamento inicial, que é de suma importância para identificar a abrangência

do sistema, ou seja, em qual parte da empresa será aplicado, e principalmente

o que a empresa almeja alcançar mediante sua implantação; o próximo passo

é o planejamento da implantação e implementação dos sistemas, que deve

conter todas as atividades que vão ser desenvolvidas nas fases do processo –

planejamento, preparação, implantação, detalhamento e implementação –

contendo também as responsabilidades, cronogramas bem definidos,

treinamentos e recursos que devem ser direcionados.

34

Neste contexto de planejamento, a análise SWOT representa uma

ferramenta muito importante para a realização da análise de cenários do

ambiente interno e externo à organização, auxiliando na identificação de forças

e fraquezas (variáveis internas controláveis) e de suas oportunidades e

ameaças (variáveis externas incontroláveis). Logo, é essencial a pesquisa dos

panoramas nacionais e internacionais, considerando todos os possíveis

cenários, evitando surpresas indesejadas.

Tabela 4: Questões Potenciais a considerar em uma Análise SWOT (Adaptado FERREL e HARTLINE, 2009, p. 134-135)

35

Segundo CERQUEIRA (2006), “essa etapa do processo de implantação

do SGI visa definir o caminho que deve ser seguido entre a situação atual e a

situação futura até a implementação do sistema”.

Os treinamentos de longa duração, nesta fase inicial, podem ser

cansativos, porém, proporcionam conhecimentos capazes de auxiliar toda

equipe durante o desenvolvimento das tarefas.

A segunda etapa (preparação) destina-se a fornecer a estrutura e a

competência necessárias aos trabalhos de implantação que deveriam ser

conduzidos. Ela engloba atividades fundamentais que estabelecem fatores

críticos de sucesso para a eficácia do sistema a ser implementado. Ademais,

pode ser considerada com um alto grau de trabalho para toda a equipe, porque

os prazos são curtos e ainda há dúvidas não sanadas em relação a todas as

atividades.

A terceira etapa (implantação) visa apresentar a forma como a empresa

implantou o SGI. Essa etapa leva em consideração os procedimentos

obrigatórios, específicos e recomendados para atender aos requisitos das NBR

ISO 9001:2015, NBR ISO 14001:2015 e OHSAS 18001:2007, que foram

levantados na etapa de preparação onde também foram desenvolvidas ações

para defini-los. São elas:

Integração entre os padrões normativos;

Política e objetivos do SGI;

Estrutura documental do SGI;

Estrutura de responsabilidades;

O manual do SGI;

Planos de gestão.

Para Ribeiro Neto (2008) “implantar um sistema de gestão numa

organização implica, frequentemente, introduzir modificações”, ou seja, os

36

procedimentos, equipamentos e instrumentos de trabalho são alterados bem

como os valores e comportamentos de pessoas que compõem a empresa.

A quarta etapa (detalhamento) é a fase de verificar a necessidade do

desdobramento da documentação: os procedimentos obrigatórios, específicos

e recomendados. Pode haver a necessidade de elaboração de outros

documentos, tais como: instruções de trabalho, planos do SGI, formulários,

entre outros. Nesta fase pode haver algumas dificuldades, tendo em vista que

um procedimento leva a várias instruções de trabalho, planos específicos e

outros documentos, que devem ser claro e diretos.

Por último, temos a quinta etapa (implementação), que corresponde ao

conjunto das atividades, processos, documentação, métodos, indicadores e

controles do SGI que serão implantados. Nesta etapa são feitos treinamentos,

reuniões constantes, palestras e auditorias internas que devem incentivar os

colaboradores a colocarem em prática a utilização dos sistemas. A mudança

muitas vezes causa insegurança e sensação de aumento de trabalho. Isto faz

com que alguns funcionários não sejam receptivos a essa abordagem,

entretanto, ao perceberem que o trabalho passa a ser desenvolvido de forma

mais produtiva, respeitando a qualidade das informações e diminuindo os

retrabalhos, se conscientizam da necessidade de modificação dos processos.

Portanto, é fundamental que as empresas entendam o processo de

implantação e implementação e interiorizem alguns conceitos preliminares

essenciais, que permitam compreender os objetivos e a importância de se ter

um SGI.

Após a realização de todas as etapas citadas anteriormente, ou seja,

depois de implantado o Sistema de Gestão Integrado (SGI), a empresa deve

efetuar as auditorias internas para verificar a sua adequação, corrigir falhas,

fazer as melhorias e posteriormente, quando o sistema estiver funcionando

satisfatoriamente, poderá optar por buscar a sua certificação por meio de

organismos especializados.

37

CONCLUSÃO

Este trabalho teve como objetivo apresentar os benefícios da

implantação e implementação dos Sistemas de Gestão da Qualidade (ABNT

NBR ISO 9001:2015), da Gestão Ambiental (ABNT NBR ISO 14001:2015), da

Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional (OHSAS 18001:2007) e Gestão da

Responsabilidade Social (SA 8000:2014), que juntos formam um único Sistema

de Gestão Integrado (SGI) que contribuem, entre outros benefícios, para o

aumento da competitividade de empresas no mercado.

Levando em consideração que a sobrevivência das organizações

depende de seus clientes, e que eles estão cada vez mais exigentes por

produtos e/ou serviços mais acessíveis, sem deixar de lado a qualidade, é

imprescindível a implantação de um SGI alinhado com as diretrizes dos

padrões normativos, pois ele traz vantagens diretas para a empresa e isso se

reflete em benefícios para os clientes.

A melhoria da qualidade dos serviços prestados, a redução dos índices

de acidentes de trabalho, a prevenção de impactos ambientais decorrentes do

exercício das atividades e a visão ética de responsabilidade social são alguns

exemplos de como a adoção do SGI pode contribuir para tornar a empresa

mais competitiva e propiciar mais satisfação aos seus clientes.

A partir da adoção do SGI é possível identificar os pontos fortes e fracos

da empresa, pois esse sistema faz uso de um conjunto apropriado de

indicadores. Estes, uma vez geridos corretamente, podem levar a empresa a

tornar-se mais produtiva, trazendo, como consequência, o aumento da

lucratividade.

Todavia, para que isso possa ocorrer, muitas vezes, é necessária uma

mudança comportamental e cultural na organização; de tal modo que todos os

funcionários possam assumir responsabilidades ao longo do processo, desde

os funcionários com menor qualificação até o mais qualificado.

38

A eficácia da implantação do SGI pode resultar em sistema bem

concebido, que contribui para a melhoria do desempenho e a eficiência da

organização de maneira que ela possa crescer de forma organizada e

ordenada, favorecendo o aumento da sua participação no ambiente

competitivo.

Dessa forma, sua implantação é considerada uma estratégia de

negócios para as empresas, já que a torna mais eficiente e competitiva,

aumentando a sua participação nos processos de concorrências e licitações.

39

BIBLIOGRAFIA

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