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1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES AVM – FACULDADE INTEGRADA PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO Débora Neves Galvão ORIENTADOR: Prof. (Nelsom Magalhães) Rio de Janeiro 2016 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEIDE DIREITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

AVM – FACULDADE INTEGRADA

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO

Débora Neves Galvão

ORIENTADOR: Prof. (Nelsom Magalhães)

Rio de Janeiro 2016

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

AVM – FACULDADE INTEGRADA

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Administração da Qualidade. Por: Débora Neves Galvão

QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO

Rio de Janeiro 2016

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente, agradeço a Deus pela minha e

vida. Agradeço aos meus amigos que de alguma

forma ou outra me ajudam e incentivam nessa

trajetória em busca do conhecimento. Em especial

meus pais e meu filho, que me apoiaram em

todos os momentos até a conclusão do curso.

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DEDICATÓRIA

Dedico a conclusão do curso aos meus pais e

meu filho.

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RESUMO

O presente trabalho estuda o tema qualidade de vida no trabalho e suas

consequências. A qualidade de vida no trabalho colabora para motivação

profissional através de um ambiente de trabalho saudável. O tema abordado

mostra a importância de preservar a boa qualidade de vida dentro das

organizações, a fim de estimular a motivação individual e profissional de cada

colaborador. Além disso, avalia os obstáculos e dificuldades na implantação de

programas de qualidade de vida no trabalho. Este trabalho irá desenvolver uma

pesquisa bibliográfica baseada na leitura, análise e interpretação de livros,

periódicos e artigos. O primeiro capítulo realça o que é Qualidade de Vida no

trabalho, sua importância e Transformações no contexto organizacional. O

segundo capítulo aborda a Evolução da qualidade de vida no trabalho, a

importância das pessoas nas organizações e a motivação como fator essencial

para alcance da qualidade de vida no trabalho. O terceiro capitulo mostra a

Correlação de Qualidade de Vida e Motivação Profissional. A conclusão mostra

que qualidade de vida nas empresas, hoje em dia, é mais que um benefício

para o colaborador, é uma necessidade de vital importância para que o maior

patrimônio da instituição, o trabalhador, tenha condições para desempenhar

com eficácia, suas tarifas, de modo que todos saiam ganhando, empregador e

colaborador.

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METODOLOGIA

A metodologia utilizada para realização deste trabalho foi: consultas a livros,

sites disponíveis na internet, procurando retirar as informações mais

importantes sobre o assunto abordado.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I

Qualidade de vida no Trabalho 09

CAPÍTULO II

Evolução da Qualidade de Vida no trabalho 19

CAPÍTULO III

Correlação da Qualidade de Vida e Motivação Profissional 33

CONCLUSÃO 39

BIBLIOGRAFIA 40

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INTRODUÇÃO

A Qualidade de Vida no Trabalho busca a estabilidade entre as

expectativas do indivíduo e da empresa, através da interação entre as

exigências e a necessidades de ambas as partes, buscando melhorias na

satisfação dos funcionários e melhores resultados organizacionais. Nas

empresas a Qualidade de Vida no Trabalho surge com a implantação de

programas que contempla melhores indicadores de desenvolvimento humano e

obtenção de resultados. O tema Qualidade de Vida no Trabalho vem ganhando

importância no âmbito das organizações e espaços nos debates acadêmicas e

empresariais. Porém, tem despertado o interesse dos gestores pela

contribuição que pode oferecer para a satisfação do empregado e a

produtividade da empresa. A Qualidade de Vida no Trabalho surge nas

organizações como uma estratégia de gestão que busca atender as

necessidades individuais e coletivas dos trabalhadores, e por estar diretamente

ligada aos fatores como a motivação, a satisfação, o bem-estar social,

psicológico, físico e com produtividade no trabalho. A empresa que será objeto

de estudo é Banco Losango que atua no ramo financeiro com sede no Rio de

Janeiro. Para finalizar o estudo apresentam-se as referências bibliográficas que

serviram de fundamentação teórica para o referido estudo e alguns anexos

pertinentes a este estudo. A seguir, inicia-se a contextualização do estudo, na

qual é possível verificar o tema, questão, objetivos e justificativa que deram

direcionamento à realização do mesmo.

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CAPÍTULO I

Qualidade de Vida no Trabalho

A Qualidade de Vida no Trabalho é hoje difundida e tem acentuado

desenvolvimento em vários países como França, Alemanha Ocidental,

Dinamarca, Suécia, Holanda, Itália bem 24 como outros países que adotaram

em suas organizações a filosofia e métodos para uma maior satisfação do

indivíduo no trabalho.

O principal objetivo da implementação de programas que visam oferecer

maior qualidade de vida é a reestruturação do setor produtivo, que possa

estabelecer estratégias a fim de atender as necessidades humanas básicas

dos trabalhadores e também, maiores eficácia e produtividade.

Verifica-se que ainda não há uma definição precisa e consensual, na literatura

científica sobre a qualidade de vida no trabalho (QVT), uma vez que a

implementação desse tema em nosso país e em nossas instituições ainda é

principiante. Muitos pesquisadores defendem que a qualidade de vida no

trabalho pode ser entendida com uma estratégia, cuja “meta principal de tal

abordagem volta-se para a conciliação dos interesses dos indivíduos e das

organizações, ou seja, ao mesmo tempo em que melhora a satisfação do

trabalhador, melhora a produtividade da empresa” (FERNANDES, 1996). De

acordo com Werther e Davis (1983), para que uma instituição melhore a

qualidade de vida no trabalho de seus colaboradores, é necessário reunir

esforços para tentar estabelecer cargos mais satisfatórios e produtivos. Para

tanto, precisa-se da implementação de diferentes técnicas que visem à

reformulação dos cargos e funções de uma organização, contado também com

participação dos trabalhadores envolvidos nesse processo. Além disso, a QVT

atua também nas variáveis ambientais, comportamentais e organizacionais a

fim de possibilitar humanização do setor produtivo e, logicamente, obter

resultados mais satisfatórios, seja para o colaborador, seja para a instituição

empregadora.

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Outra, mais diretamente relacionada qualidade de vida no trabalho,

conforme salienta Vieira e Hanashiro (1990), diz que:

A qualidade de vida no trabalho tem por objetivo melhorar as condições de trabalho e também todas as demais funções, em qualquer que seja a natureza ou mesmo, nível hierárquico (1990, p. 45).

1.1 Conceito

Segundo Milioni (2003), a expressão qualidade de vida tem livre

interpretação, sem uma regra geral, portanto, dependente da tônica que a ela

se queira dar, conforme os valores, filosofia e propósito das pessoas e

entidades que a queiram usar como referência para o trabalho que

desenvolvem na busca da felicidade do ser humano.

A qualidade de vida refere-se, portanto, a uma condição de vida

favorável ou desconfortável, considerando aspectos como: alimentação,

habitação, transporte, educação, trabalho, lazer, saneamento. Significa

entender as necessidades pessoais de cada pessoa, relacionadas às

dimensões mentais, físicas, sociais, emocionais e espirituais. Sendo assim, a

definição de qualidade de vida é tão ampla quanto à dimensão do ser humano,

uma vez que perseguir qualidade de vida significa entender e procurar a

pessoa em suas necessidades integrais.

Percebe com grande constância, as organizações aumentarem o nível

de satisfação dos empregados no desenvolver de suas atividades na busca por

uma constante produtividade e competitividade. Profissionais insatisfeitos

afetam em alto grau na sua produtividade com isso consequentemente na

sobrevivência da organização.

Segundo Rodrigues (1994), a Qualidade de Vida do Trabalho tem

diferentes conotações, sendo a mais objetiva e clara, facilitar e satisfazer as

necessidades dos trabalhadores no desenvolver de suas atividades.

De acordo com Chiavenato (2004), a Qualidade de Vida no Trabalho

envolve: satisfação com trabalho executado, plano de carreira na organização,

feedback e reconhecimento, respeito, ética e transparência, salários e

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benefícios oferecidos, clima organizacional, possibilidade de tomadas de

decisão.

1.1.1 Histórico sobre Qualidade de Vida no Trabalho

As práticas de gestão de pessoas quando aplicadas corretamente e

buscando continuamente sua manutenção em consonância com o mercado de

trabalho, os objetivos organizacionais e individuais poderão promover um

ambiente com qualidade de vida no trabalho dos colaboradores. Não há como

abordar este tema sem mencionar a motivação e a satisfação das

necessidades dos colaboradores que compõem a empresa, como principais

aspectos para a qualidade de vida dos profissionais no ambiente de trabalho.

Diante de tantas mudanças e incertezas que caracterizam o contexto

atual das organizações, é fundamental que as que queiram sobreviver estejam

conscientes de que a competitividade requer produtividade com qualidade, o

que não significa apenas investir em tecnologias, mas também nas pessoas

que trabalham na organização. As empresas que tiverem este pensamento e

adotarem práticas e mudanças para atingir este objetivo, terão mais chances

de sobreviver neste competitivo mercado. Em decorrência do exposto nunca foi

tão importante conhecer, identificar as necessidades e os anseios das pessoas

e compatibilizá-los com sua atuação no trabalho.

Segundo Walton (1973), há oito fatores conceituais de qualidade de vida

no trabalho:

Compensação justa e adequada: Caracteriza pela remuneração

recebida pelo trabalho realizado, dividindo-se em dois critérios: Remuneração

adequada (remuneração necessária para o empregado viver dignamente

dentro das necessidades pessoais e dos padrões culturais, sociais e

econômicos da sociedade em que vive); Equidade interna (equidade na

remuneração entre outros membros de uma mesma organização); Equidade

externa (equidade na remuneração em relação a outros profissionais no

mercado de trabalho).

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Condições de trabalho: Caracteriza pelas condições existentes no local

de trabalho, apresentando os seguintes parâmetros: Jornada de trabalho

(número de horas trabalhadas, previstas ou não pela legislação, e sua relação

com as tarefas desempenhadas); Carga de trabalho (quantidade de trabalho

executados em um turno de trabalho); Ambiente físico (local de trabalho em

relações as condições de bem estar, conforto e organização para o

desempenho do trabalho); Material e equipamento (quantidade e qualidade de

material disponível para execução do trabalho); Ambiente saudável (local de

trabalho e suas condições de segurança e de saúde em relação aos riscos de

injúria ou doenças); Estresse (quantidade percebida de estresse a que o

profissional é submetida na sua jornada de trabalho).

Uso e desenvolvimento de capacidade: É a mensuração da

qualidade de vida no trabalho em relação a oportunidades que o empregado

tem de aplicar, no seu dia a dia, seu saber e suas aptidões profissionais. Entre

os critérios se destaca: Autonomia (medida permitida, ao indivíduo, de

liberdade substancial, independência e descrição na programação e execução

do trabalho); Significado da tarefa (relevância da tarefa desempenhada na vida

e no trabalho de outras pessoas, dentro ou fora das instituições); Identidade da

tarefa (medida de tarefa na sua integridade e na avaliação do resultado);

Variedade de habilidade (possibilidade de utilização de uma larga escala de

capacidades e de habilidades do indivíduo); Retro informação (informação ao

indivíduo acerca de avaliação do seu trabalho com um todo, e de suas ações).

Oportunidade de crescimento e segurança: Caracteriza pelas

oportunidades que à instituição estabelece e o crescimento pessoal de seus

empregados e para segurança do emprego. Os critérios que expressam a

importância do desenvolvimento e a perspectiva de aplicação são os seguintes:

Possibilidade de carreira (viabilidade de oportunizar avanços na instituição e na

carreira, reconhecidos por colegas, membros da família, comunidade);

Crescimento pessoal (processo de educação continuada para o

desenvolvimento das potencialidades da pessoa e aplicação das mesmas);

Segurança de seu emprego (grau de segurança dos empregados quanto á

manutenção de seus empregos).

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Integração social na organização: É o grau de integração social existente

na instituição: Igualdade de oportunidades (grau de ausência de estratificação

na organização de trabalho, em termos de símbolos “status” ou estruturas

hierárquicas íngremes; e de discriminação quanto á raça, /sexo, credo, origens,

estilos de vida e aparência); Relacionamento (grau de relacionamento marcado

por auxílio recíproco, apoio sócio emocional, abertura interpessoal e respeito

às individualidades). Senso comunitário (grau de senso de comunidade

existente na instituição).

Constitucionalismo: Caracteriza pelos direitos dos empregados

cumpridos na instituição: Direitos trabalhistas (observância ao cumprimento

dos direitos do trabalhador, inclusive o acesso à apelação); Privacidade social

(grau de privacidade que o empregado possui dentro da instituição); Liberdade

de expressão (forma como o empregado pode expressar seus pontos de vista

aos superiores, sem medo de represálias); Normas e rotinas: (maneiras como

normas e rotinas influenciam o desenvolvimento do trabalho).

Trabalho e espaço total de vida: é o equilíbrio entre a vida social do

empregado e a vida no trabalho: Papel balanceado no trabalho (equilíbrio entre

jornada de trabalho, exigências de carreira, viagens, e convívio familiar);

Horário de entrada e saída do trabalho (equilíbrio entre horários de entrada e

saída do trabalho e convívio familiar).

Relevância social da vida no trabalho: Percepção do empregado em

relação à responsabilidade social da instituição na comunidade, à qualidade de

prestação dos serviços e ao atendimento de seus empregados: Imagem da

instituição (visão do empregado em relação à sua instituição de trabalho:

importância para comunidade, orgulho e satisfação pessoais de fazer parte da

instituição); Responsabilidade social da instituição (percepção do empregado

quanto à responsabilidade social da instituição para a comunidade, refletida na

preocupação de resolver os problemas da comunidade e também não causar

danos); Responsabilidade social pelos serviços (percepção do empregado

quanto à responsabilidade da instituição com a qualidade dos serviços postos a

disposição da comunidade); Responsabilidade social pelos empregados

(percepção do empregado quanto à sua valorização e participação na

instituição, a partir da política de recursos humanos).

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1.1.2 Programa de Qualidade de Vida

Nem todos os problemas de produtividade, insatisfação de funcionários

em qualquer nível estão relacionados com QVT. Entretanto sua existência

conduz sem dúvida a melhores desempenhos, ao mesmo tempo em que evita

maiores desperdícios, reduzindo custos operacionais. As empresas que já tem

implantado um programa de qualidade de vida conseguem maior eficácia e

produtividade, ao mesmo tempo atende as necessidades básicas de seus

trabalhadores. O objetivo da implantação de um programa de qualidade no

trabalho é gerar uma organização mais humanizada, na qual o trabalho envolve

simultaneamente, relativo grau de responsabilidade e de autonomia em nível

de cargo, recebimento de recursos ‘feedback” sobre o desempenho, com

tarefas adequadas, variedade, enriquecimento do trabalho e com ênfase no

desenvolvimento pessoal do indivíduo (Walton, 1973). Portanto, a melhor

qualidade de vida dos trabalhadores é o alicerce para implantação da gestão

de qualidade total, porque a participação é fundamental para o sucesso de tais

programas.

1.2 Transformações no Contexto Organizacional e nas Empresas

A mudança sempre existiu e conforme Vergara (2000) trata-se de uma

constante e não de uma característica somente do mundo contemporâneo. O

mundo está mudando, todas as coisas estão em constante fluxo, em constante

mudança. Vale acrescentar que a característica do mundo contemporâneo é a

velocidade com que as mudanças ocorrem.

Segundo Robbins (2008) a perspectiva histórica das teorias e

explicações do mundo é influenciada por forças culturais, econômicas e

tecnológicas, transições que têm revolucionado nossa sociedade,

transformando-a de uma cultura rural baseada na agricultura, com a família

como unidade de produção básica, a uma cultura baseada na tecnologia,

indústria e ambiente urbano.

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Antigamente, a agricultura constituía a base da sociedade, a força de

trabalho era composta por agricultores e artesões, a energia era retirada dos

homens, animais, sol, vento e água.

A partir da Revolução Industrial, conforme afirma Robbins (2008) ocorre

à substituição da energia humana pela energia da máquina e como nos ensina

Toffler (apud VERGARA, 2000) a sociedade industrial nos trouxe as chaminés,

as linhas de montagens. Sua energia é tirada do carvão, do gás, do petróleo,

de combustíveis fósseis.

Iniciada pelas invenções tecnológicas, a Revolução Industrial,

caracteriza-se pelas mudanças principalmente no papel do trabalho e também

na própria natureza da sociedade. Todo esse ambiente social, econômico e

tecnológico serve de base para um processo de estudo sistemático da

Administração.

Conforme Davis e Newstron (2001), no século XVIII, período anterior a

Revolução Industrial as condições de trabalho eram brutais e dolorosas, as

pessoas trabalhavam por muitas horas sem descanso, sob condições

intoleráveis de doença, sujeira, perigo e escassez de recursos.

O interesse sobre as pessoas no trabalho foi despertado por Frederick

Taylor nos Estados Unidos no começo de 1900, o pai da Administração

Científica. Segundo Robbins (2001), a escola da Administração Científica

enfoca a medição e a estrutura do próprio trabalho e tem como objetivo criar a

forma mais eficaz de se realizar tarefas. Taylor estabeleceu e compôs técnicas

para administração voltada para a produção individual, com base para um

maior e melhor desempenho global da indústria.

De acordo com Rodrigues (1994) os princípios de Taylor, na divisão do

trabalho em tarefas simples e a utilização da mão-de-obra não especializada

passaram a ser possível e viável. A indústria assumiu o controle do processo

produtivo e pode aumentar substancialmente sua produtividade e produção.

A filosofia proposta era a racionalização da produção, elevando a

produtividade e a motivação econômica do trabalhador. Valorizou o trabalhador

e lhe deu condições de ganhar proporcionalmente a sua produção. Rodrigues

(2007, p. 30) afirma que “os valores introduzidos por Taylor aparentemente

proporcionaram ao trabalhador, na época, uma melhor Qualidade Vida no

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Trabalho e serviram de base para o atual estudo do comportamento humano

no trabalho”.

O trabalho faz parte da vida das pessoas desde sua existência, seja

como fonte de sua própria subsistência ou de seu grupo social, seja como

realização pessoal, já as mudanças fazem parte de um processo de

desenvolvimento da sociedade na qual estamos inseridos. O estudo vai relatar

essas transformações no trabalho das pessoas que fazem parte desse cenário.

1.2.1 Mudanças no ambiente organizacional

Chiavenato (2004) enfoca que no decorrer do século XX é possível

visualizar três distintas eras organizacionais: a Era Industrial Clássica, a Era

Industrial Neoclássica e a Era 21 da Informação. Cada uma com características

importantes que nos permitem compreender cada fase e como as pessoas

participavam das organizações.

A Era da Industrialização Clássica refere-se ao período logo após a

Revolução Industrial e que se estendeu até meados de 1950 envolvendo a

primeira metade do século XX. Sua maior característica foi a intensificação em

amplitude mundial e o surgimento dos países desenvolvidos e industrializados.

Conforme Chiavenato (1996) a era da industrialização clássica caracterizou-se

por um ambiente empresarial estável, previsível, tranquilo, exigindo uma

abordagem mecanicista e uma estrutura organizacional hierárquica, alta,

centralizadora e piramidal com ênfase na departamentalização funcional.

A cultura organizacional nessa época, era voltada para o passado, se

conservavam os valores tradicionais e como propõe Chiavenato (1996, p. 36)

“as pessoas eram consideradas recursos de produção, juntamente com outros

recursos organizacionais como máquinas, equipamentos e capital, na

conjunção típica dos três fatores tradicionais de produção: natureza, capital e

trabalho”.

A Era da Industrialização Neoclássica é o período que se estende entre as

décadas de 1950 a 1990. O desenvolvimento tecnológico proporcionou

condições para as empresas da época produzirem em enormes escalas de

produção. Os mercados locais tornaram-se gradativamente regionais e até

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mesmo, nacionais e internacionais. Segundo Chiavenato (2004), diante das

mudanças e transformações do ambiente, as organizações adotaram um

modelo matricial que visava à ênfase interna na departamentalização funcional

com um esquema lateral de estrutura por produtos ou serviços oferecidos pela

empresa, a fim de se tornar mais competitivas diante da rápida expansão dos

mercados, novos produtos e processos, novas tecnologias e, sobretudo o

surgimento de novas potências econômicas como o Japão.

A Era da Informação teve início na década de 1990 e se estende até hoje.

Este cenário é marcado pelo crescente avanço tecnológico e modernização

das organizações. A tecnologia da informação transformou o mundo em uma

aldeia global, forneceu as condições básicas para a globalização da economia.

Chiavenato (2004, p. 67) afirma que “a globalização da economia trouxe novos

conceitos como a qualidade total, a produtividade e a competividade como

formas de sobrevivência empresarial”.

A Era da Informação é caracterizada pela inovação, flexibilização, agilidade,

com ênfase em unidades de negócios, redes internas e atividades grupais. O

volátil mercado de 22 capitais passou a migrar de um continente para o outro

em segundos à procura de novas oportunidades de investimentos. Conforme

Vergara (2000, p. 19):

Na sociedade de informação, os centros de

decisão movem-se por continentes e países,

embalados por negócios, movimentos do

mercado e exigências de reprodução de

capital; invadem cidades, pequenas e grandes

empresas, fluxo de comércio de bens e

serviços, mercado de ações, ligações

telefônicas, formas de trabalho e de vida,

modos de ser e de pensar e produções

culturais.

Silva e De Marchi (1997) afirmam que dos muitos desafios que o mundo

empresarial apresenta na atualidade, dois são fundamentais: a necessidade de

uma força de trabalho saudável, motivada e preparada para a extrema

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competição e a capacidade da empresa responder à demanda de seus

funcionários em relação a uma melhor qualidade de vida.

A adoção de programas de bem-estar e promoção da saúde, programas

de higiene e segurança no trabalho juntamente com a manutenção das

pessoas exige um conjunto de cuidados que servem para manter as pessoas

motivadas e satisfeitas. Todo esse processo torna o ambiente físico,

psicológico e social agradável e seguro.

As pessoas passam a maior parte do tempo nas organizações e para

assegurar aos funcionários melhor qualidade de vida, o local de trabalho deve

se apresentar livre de riscos à saúde das pessoas, assim como deve ser um

ambiente de trabalho favorável para garantir o bem-estar e a saúde dos

empregados.

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CAPÍTULO II

Evolução da Qualidade de Vida no Trabalho

Desde a existência humana a qualidade de vida no trabalho tem sido

uma preocupação do homem, embora sob outros títulos, e em outros

contextos, mas sempre voltada para facilitar ou trazer satisfação e bem-estar

para os colaboradores da organização.

De acordo com Rodrigues (1994), a qualidade de vida no trabalho

surgiu na década de 50, na Inglaterra, quando Eric Trist e seus colaboradores

estudavam um modelo macro para agrupar o trinômio

indivíduo/trabalho/organização. Sendo que esta nova técnica descoberta

recebeu o nome de qualidade de vida no trabalho.

Apesar de sua origem remontar a 1950 a expressão Qualidade Vida

no Trabalho, só foi introduzida publicamente, no início da década de 70, pelo

professor Louis Davis (UCLA, Los Angeles).

Em 1974 com a crise energética e a alta inflação que atingiu em

especial os países do ocidente e em particular os Estados Unidos, as

empresas focaram sua atenção na busca da sobrevivência e desta forma os

interesses dos trabalhadores passaram para um segundo plano, os quais

voltaram a ser discutidos em 1979 presenciando-se assim o ressurgimento do

QVT.

Segundo Huse e Cummings (1985, p.15) a evolução no conceito de

Qualidade de Vida no Trabalho passou a ser percebida à medida que

pesquisas e intervenções nas organizações eram realizadas. Inicialmente, QVT

foi definida em termos de percepção das pessoas em relação ao trabalho,

particularmente resultados individuais relacionados à satisfação com as tarefas

e saúde mental. Desta forma, o foco era dirigido, às consequências sofridas

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pelas pessoas da experiência de trabalho e à forma de enriquecer tal atividade

com vistas à satisfação de necessidades individuais.

Ainda de acordo com os mesmos autores, com o avanço dos

estudos acerca do tema, mais tarde a QVT foi concebida como uma

abordagem, ou método, passando a ser definida em termos de técnicas

específicas usadas para reformular o trabalho, como o enriquecimento de

cargos e tarefas, grupos de trabalho autônomos, entre outros. Logo após surgiu

a definição de QVT como um movimento, uma ideologia a ser promovida em

função de seus valores sociais positivos com a utilização dos termos

“administração participativa” e “democracia industrial”.

Por fim, também foi vista como um conceito global envolvendo todos

os tipos de programas e perspectivas que visam à competição externa,

problemas de qualidade ou, mesmo, com insatisfação de empregados.

Este conceito, segundo Huse e Cummings

Leva as pessoas à confusão acerca do que realmente é QVT, bem como cria expectativas não realísticas acerca de sua abrangência e de seus resultados (1985, p. 17).

2.1 A Importância das Pessoas em uma organização

As organizações funcionam por meio de pessoas. É através delas que

se torna possível a produção de bens e serviços, o atendimento ao cliente,

além de alcançar o sucesso tão almejado de mercado. Podendo afirma que

sem o trabalho, energia, dinâmica, inteligência, criatividade e racionalidade de

pessoas, as organizações não existiriam.

Os colaboradores passam boa parte de suas vidas dentro das

organizações buscando atingir seus objetivos pessoais e individuais. A relação

entre pessoas e organização, é mútua, onde ambas as partes dependem uma

da outra para sua sobrevivência. De acordo com Chiavenato, a organização

que busca alcançar os seus objetivos da melhor maneira possível, ela precisa

saber canalizar os esforços das pessoas para que também elas atinjam os

seus objetivos individuais e que ambas as partes saiam ganhando.

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Atualmente o destaque de uma organização no mundo globalizado está

diretamente ligado as pessoas que a compõe. É necessário que se tenha uma

equipe capacitada, preparada, motivada e satisfeita. Pessoas que tenham

iniciativa, vontade de trabalhar, que busquem sempre crescimento pessoal e

profissional.

A produtividade de uma organização é influenciada pela a motivação de

seus funcionários. A valorização do capital humano é primordial para o

desenvolvimento organizacional. Momento em que a empresa identifica os

fatores que contribuem para a satisfação, realização e desenvolvimento do

indivíduo e utiliza isso como ferramenta essencial para o alcance de seus

objetivos de mercado.

O comprometimento de cada indivíduo depende do grau de satisfação e

motivação com o trabalho que executa. Um ambiente sem inovação e sem

liberdade de participação dos trabalhadores prejudica diretamente no bem

estar de todos e principalmente no rendimento do trabalho. O desafio de uma

organização é Revista de Iniciação Científica – RIC Cairu. Jun. 2015, Vol 02, n°

02, p. 75-96, ISSN 2258-1166 82 identificar o que motiva cada indivíduo e

proporcionar ações de melhorias na qualidade de vida no trabalho que

solucionem os problemas existentes e torne sua equipe apta a desempenhar

seu oficio com excelência.

2.1.1 Papel do RH Visando a Motivação dos Funcionários e a

Qualidade de Vida

A motivação é uma ferramenta indispensável para uma organização bem-

sucedida. É a razão que leva pessoas a terem uma determinada ação ou

Revista de Iniciação Científica – RIC Cairu. Jun. 2015, Vol 02, n° 02, p. 75-96,

ISSN 2258-1166 83 comportamentos dentro do ambiente de trabalho. Para

Maximiano (2000), o termo motivação pode ser interpretado como o processo

pelo qual um conjunto de razões ou motivos explica, induz, incentiva, estimula

ou provoca algum tipo de ação ou comportamento humano.

Nos últimos tempos a preocupação das organizações é minimizar alguns

conflitos no ambiente de trabalho, como: o baixo comprometimento, a grande

rotatividade de pessoas e a queda na produtividade. A sobrevivência da

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empresa depende da adoção de modelos que respeitem o funcionário como

membro importante para seu funcionamento. Um dos grandes desafios de uma

organização é entender e identificar fatores que levam a motivação do seu

colaborador. Funcionários motivados tendem a desempenhar suas funções

com mais seriedade e eficácia.

A qualidade de vida no trabalho está diretamente ligada à motivação. Pois

ela é responsável por afetar nas atitudes pessoais e comportamentais

relevantes para a produtividade individual e grupal, tais como: motivação para o

trabalho, adaptabilidade a mudanças no ambiente de trabalho, criatividade e

vontade de inovar ou aceitar mudanças e, principalmente, agregar valor à

organização. (CHIAVENATO, 2010)

2.2 Motivação no Trabalho

É sabido que a maior parte da vida das pessoas se passa dentro das

instituições de trabalho. Desse modo, é notória e inegável a importância que o

trabalho exerce sobre a vida das pessoas. Há, contudo, uma nítida contradição

em relação à atividade laboral: muitas pessoas o têm como um fardo, como

algo difícil, que só é realizado por uma necessidade financeira. Para outros, o

trabalho é interpretado com meio para crescimento pessoal, como sentido para

a vida, definidor de responsabilidade e identidade pessoal.

Para muitos, a própria rotina e alienação que o trabalho promove,

acabam por caracteriza-lo como um simples meio de sobrevivência. Nessa

interpretação sobre o trabalho, é desprezado e desconsiderado as

expectativas, os sentimentos, a motivação e a qualidade de vida dos

colaboradores nas organizações, o que acaba refletindo negativamente em sua

autoestima e no seu desempenho na instituição empregadora (MIRANDA,

2009).

Desse modo, ressalta-se a importância de se abordar a qualidade de

vida nas organizações, cujo propósito principal consiste na satisfação pessoal

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do indivíduo na execução de suas tarefas dentro das organizações

(MAXIMIANO, 2000).

Verifica-se nos dias atuais, uma grande diferença, nas instituições e

organizações, entre o avanço e o progresso técnico-científico e as questões

sociais e aquelas relacionadas à qualidade de vida. A qualidade de vida nas

organizações, bem como a motivação e satisfação do colaborador com sua

atividade laboral são estratégias que devem ser utilizadas pelas organizações a

fim de se obter maiores níveis de produtividade, levando-se sempre em

consideração que o fator mais importante empregado no setor produtivo é o

humano (MARRAS, 2002).

Com base na afirmação anterior e de acordo com o que é descrito na

literatura científica, a motivação é algo que necessita estar continuamente

sendo estimulada numa organização, de modo que o colaborador possa aplicar

e desenvolver todo seu potencial. Para tanto, é necessário que a organização

propicie meios adequados para que o seu colaborar sinta e esteja sempre

motivado, a fim de se obter um ambiente de trabalho saudável, humano,

produtivo e eficaz (MIRANDA, 2009).

2.2.1 Conceito

A palavra motivação vem do Latim motivus relativo a movimento, coisa

móvel. Quem motiva uma pessoa, isto é, quem lhe causa motivação,

provoca nela um novo ânimo, e ela começa a agir em busca de novos

horizontes, de novas conquistas.

Para Chiavenato (1992), a motivação é algo que está contido dentro das

próprias pessoas, mas pode ser amplamente influenciada por fatores

externos ao indivíduo ou pelo seu próprio trabalho na empresa.

Sendo assim, conclui-se que dentro de cada indivíduo existem sentimentos,

desejos que precisam ser explorados e outros descobertos. Motivação é a

força encontrada no interior de cada indivíduo, o que as organizações

podem fazer é contribuir para que cada colaborador não fique desmotivado.

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As pessoas possuem diversas motivações, que são identificadas por meio

das prioridades dadas aos valores, porque os valores não representam

apenas as necessidades individuais, mas também as exigências e

demandas culturais.

A motivação pode ser utilizada para medir o mais alto nível de

desempenho. Os indivíduos necessitam possuir as aptidões e o talento

necessário para um desempenho adequado ao cargo. Se forem mal

treinados seu desempenho cairá. Também precisam das ferramentas,

equipamentos, suprimentos, condições de trabalho favoráveis, informações

suficientes e recursos de apoio similar que possam realizar melhor seu

trabalho. A motivação geralmente está relacionada com esforço em direção

a alguma meta ou objetivo.

Para Robbins (2004) as pessoas motivadas esforçam-se mais em seu

desempenho do que as desmotivadas, para ele a motivação consistiria na

disposição para fazer alguma coisa e seria condicionada pela capacidade

de essa ação satisfazer uma necessidade do indivíduo.

Bergamini (1997) diz que a motivação humana é constante, infinita,

flutuante e complexa. A maior motivação é tornar real a ideia que a pessoa

faz de si mesma, isto é, viver de maneira mais apropriada ao respectivo

papel preferido, ser tratado de modo correspondente à categoria que mais

deseja possuir e obter a recompensa que atinja o nível que o indivíduo

considere equivalente às suas aptidões.

2.2.2 Hierarquia das necessidades de Maslow

Segundo Chiavenato (1999), a teoria da hierarquia das

necessidades, apresentada por Maslow, é a mais conhecida de todas as

teorias da motivação humana. Sua hipótese básica é que, em cada pessoa,

existe uma hierarquia de cinco necessidades humanas. Essa teoria é

identificada por uma divisão hierárquica, onde são classificadas mediante o seu

grau de importância. As necessidades de nível mais baixo devem ser

satisfeitas antes de níveis mais altos. As necessidades descritas na pirâmide

de Maslow são as seguintes: necessidades fisiológicas, necessidades de

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segurança, necessidades de relacionamento, necessidades de estima e

necessidades de realização pessoal.

As necessidades fisiológicas são relacionadas às necessidades do

organismo, e é a principal prioridade do ser humano. Entre elas estão às

necessidades de respirar e se alimentar. Sem estas necessidades supridas, as

pessoas sentirão dor e desconforto e ficarão doentes. Já as necessidades de

segurança, envolvem a estabilidade básica que o ser humano deseja ter. Por

exemplo, segurança física (contra a violência), segurança de recursos

financeiros, segurança da família e de saúde.

Com as duas primeiras categorias supridas, passa-se a ter a necessidade de

relacionamento, necessidades relacionadas à atividade social, como amizades,

aceitação social, suporte, família e amor.

Nas necessidades de estima todos gostam de ser respeitados e bem vistos.

Este é o passo seguinte na hierarquia de necessidades: ser reconhecido como

uma pessoa competente e respeitada.

Por fim, as necessidades de realização pessoal, que é uma necessidade

instintiva do ser humano. Todos gostam de sentir que estão fazendo o melhor

com suas habilidades e superando desafios. As pessoas neste nível de

necessidades gostam de resolver problemas, possuem um senso de

moralidade e gostam de ajudar os outros. Suprir esta necessidade equivale a

atingir o mais alto potencial da pessoa. O líder que conhece bem sua equipe

saberá identificar quais são as necessidades de cada um e poderá aplicar os

meios de motivação adequados.

2.2.3 Teoria X e Y

Robbins (2004) explica que a teoria X é a premissa de que os

funcionários não gostam de trabalhar, são preguiçosos, evitam a

responsabilidade e precisam ser coagidos para mostrar desempenho. E a

teoria Y é a premissa de que os funcionários gostam de trabalhar, são criativos,

buscam responsabilidades e podem demonstrar auto orientação.

Na teoria X as organizações partem do pressuposto de que as pessoas têm

aversão ao trabalho e à responsabilidade, preferindo ser dirigidas e, por isso,

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devem ser controladas e motivadas pela coação, pela punição, pelo dinheiro ou

pelos elogios.

Na Teoria Y, parte-se da hipótese de que as pessoas são criativas e

competentes e consideram que o trabalho é tão natural como a diversão ou o

descanso. Assim sendo, sob condições corretas desejam trabalhar, daí que é

fundamental proporcionar-lhe condições para o seu desenvolvimento pessoal.

Muitas empresas definem sua filosofia em relação às teorias X e Y. As

empresas que adotam a teoria X, a direção tem uma imagem negativa do

quadro funcional. Entretanto, se a empresa adota a teoria Y a imagem é

positiva, o homem é acreditado e avaliado por seu valor, por sua

potencialidade, por sua capacidade de progredir e de desenvolver-se; as

decisões e as atitudes da direção com relação aos recursos humanos são

positivas.

2.2.4 Teoria das Necessidades de McClelland

Robbins (2004) menciona a teoria das necessidades de McClelland que enfoca

três necessidades: realização, poder e afiliação.

A necessidade de realização é o impulso de exceder, de sair-se bem em

relação a um conjunto de padrões, de lutar pelo sucesso. A necessidade de

poder tem como foco fazer os outros se comportarem de uma maneira que eles

não teriam se comportado de outro modo. Já a necessidade de afiliação é o

desejo por relações interpessoais amigáveis e próximas.

Algumas pessoas têm impulsos fortes de ter sucesso, por isso, se esforçam

para a realização pessoal mais do que pelas recompensas do sucesso em si.

McClelland descobriu que indivíduos altamente realizadores diferenciam-se dos

outros pelo seu desejo de fazer cada vez melhor as coisas. Indivíduos

altamente realizados tem melhor desempenho quando percebem sua

probabilidade de sucesso como sendo de 0,5, isto é, quando estimam ter 50%

de chance de ter sucesso.

A necessidade de poder é o desejo de ter impacto, de ser influente e de

controlar os outros. Indivíduos com elevada necessidade de poder apreciam

estar "no controle", lutam para ter influência sobre o outro, preferem estar em

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situações competitivas e se orientam a status a fim de ter prestigio e a ter

influência sobre outros, do que com um desempenho eficaz.

2.2.5 Teoria dos dois fatores de Herzberg

De acordo com Robbins (2002), a teoria dos dois fatores foi proposta

pelo psicólogo Frederick Herzberg, que acreditava que a relação de uma

pessoa com o seu trabalho é básica, e que esta atitude pode muito bem

determinar o seu sucesso e seu fracasso.

Herzberg solicitou que as pessoas descrevessem, em detalhes, situações nas

quais se sentiram excepcionalmente bem ou mal a respeito do seu trabalho

(ROBBINS, 2002).

Esta teoria relata um comparativo entre os fatores higiênicos, que são definidos

pelo contexto do que foge ao controle do empregado e os fatores

motivacionais, que são relacionados ao cargo e à natureza da tarefa

desempenhada.

Fatores higiênicos estão diretamente associados ao ambiente corporativo, com

aspectos ligados ao ambiente do trabalho. Os fatores higiênicos envolvem:

salários, políticas e diretrizes da organização, condições ambientais de

trabalho, segurança no emprego, dentre outros. Os fatores motivacionais estão

relacionados com o conteúdo do trabalho, responsabilidade, crescimento,

progresso e a realização pessoal.

Se no ambiente corporativo faltar à compreensão dos fatores motivacionais,

não ocorrerão impactos grandes de insatisfação ou desmotivação. Porém,

haverá insatisfação se não forem compreendidos os fatores higiênicos, que são

aqueles que nos motivam. Sua presença não necessariamente causa

satisfação no trabalho, enquanto sua ausência causa insatisfação.

2.3 Motivação dos Colaboradores nas Organizações

Este tema tem, inclusive, despertado o interesse de pesquisadores, os

quais tentam explicar e entender o sentido dessa força que faz com que as

pessoas agem e atinjam seus objetivos.

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Conforme explica Maximiano (2000), o termo motivação pode ser

interpretado como “processo pelo qual um conjunto de razões ou motivos

explica, induz, incentiva, estimula ou provoca algum tipo de ação ou

comportamento humano”. Nesse sentido, a motivação pode ser entendida

como uma razão que leva as pessoas à uma determinada ação ou

comportamento.

Nesse contexto, para que os colaboradores possam realizar suas

atividades, de modo a obter satisfação e motivação, é necessário que as

organizações ofereçam um ambiente de trabalho confortável e seguro. Além

destes fatores, evidencia-se também a importância de que sejam realizadas, no

ambiente de trabalho, atividades de socialização e interação, uma vez que

estes elementos se mostram de fundamental importância para a satisfação dos

colaboradores com a organização e, consequentemente, maior produtividade

(BORTOLOZO, 2011).

De acordo com Miranda (2009), sobre a motivação nas organizações,

atuam alguns sistemas motivacionais. Tais sistemas podem ser entendidos

como todos e quaisquer incentivos ou recompensas que o colaborador recebe

para conseguir atingir um determinado objetivo laboral. Podem ser citados,

para exemplificar esses incentivos, programas de estímulo, remuneração de

acordo com os resultados, autogestão nos grupos de trabalho, enriquecimento

do trabalho, dentre outros.

Ressalta-se também que é através da motivação, associada à educação

formal e à capacitação, que o profissional pode utilizar todo seu potencial,

realizar todos seus objetivos e ideais, além de tornar-se evidência e um

profissional de sucesso.

2.3.1 Fatores Motivacionais

Para Chiavenato (2000), os fatores motivacionais estão sob o controle

do indivíduo, pois se relacionam com aquilo que ele faz e desempenha.

Envolvem sentimentos de crescimento individual, reconhecimento profissional,

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auto realização e dependem das tarefas que o indivíduo realiza no seu

trabalho.

De acordo com Davis (1992), cada indivíduo tem tendência a

desenvolver certas forças motivacionais como produto do ambiente cultural no

qual vive, afetando a maneira pela qual as pessoas percebem seu trabalho e

encaram suas vidas. Observa-se a importância de cada gestor conhecer e

compreender ás necessidades Revista de Iniciação Científica – RIC Cairu. Jun.

2015, Vol 02, n° 02, p. 75-96, ISSN 2258-1166 84 de cada empregado dentro

da empresa levando em consideração a força motivacional de cada um.

Em um modelo de Qualidade de Vida no Trabalho apresentado por

Herzberg citado por Davis (199;2), os fatores motivacionais dos funcionários

estão distribuídos em dois aspectos: Motivação e Manutenção. Abaixo segue a

classificação dos critérios de cada um para melhor entendimento e

identificação do fator que motiva uma pessoa dentro da organização:

• Fatores de Motivação ou Motivacionais: ·

Realização pessoal e profissional; Reconhecimento; Responsabilidade; Desenvolvimento profissional; Conteúdo do cargo; · Autonomia; · Criatividade e inovação do trabalho; Participação.

• Fatores de Manutenção: ·

Políticas organizacionais; · Relacionamento supervisor/subordinado; · Condições físicas do trabalho; · Salários e benefícios; · Relacionamento com os colegas; · Vida pessoal; · Status; · Segurança; · Comunicação

Verifica-se que a motivação e a satisfação de cada funcionário estão

ligadas aos diversos fatores citados acima. E para identificar cada um deles se

faz necessário a Revista de Iniciação Científica – RIC Cairu. Jun. 2015, Vol 02,

n° 02, p. 75-96, ISSN 2258-1166 85 utilização de recursos como indicadores

que medem o grau de satisfação do grupo de trabalho.

Atualmente existem vários indicadores que podem ser utilizados para

facilitar o trabalho de administradores quanto à medição da satisfação e

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motivação dos funcionários, Autores como Walton (1973) desenvolveram

modelos para identificar fatores que determinam a QVT nas organizações.

2.4 Modelo de Walton

Um dos modelos mais utilizados atualmente dentro das organizações é o

modelo de Walton, por se tratar de um modelo de caráter quantitativo quanto

qualitativo na área da qualidade de vida no trabalho. Walton associou o maior

número de dimensões (oito) para avaliar a QVT.

Fernandes (1996) em caráter quantitativo propõe o uso das oito

dimensões apresentadas por Walton com intuito de auxiliarem pesquisas

empíricas sobre a avaliação da qualidade de vida no ambiente de trabalho.

Sendo uma proposta caracterizada por avaliara satisfação do colaborador,

utilizando questionários apropriados em medir o grau de satisfação de todos os

participantes.

2.4.1 Conceitos Para Qualidade de no Trabalho (Walton, 1973)

De acordo com Walton (1973), a insatisfação com a vida no trabalho é

um problema que afeta a maioria dos colaboradores, independentemente de

sua ocupação. Essa insatisfação é prejudicial tanto para o colaborador, como

para a organização. Faz-se necessário que a organização saiba identificar as

causas responsáveis por afetar a qualidade de vida no trabalho. Nessa

situação, os critérios levantados por Walton ajudarão no objetivo de articular

melhorias na qualidade de vida no ambiente de trabalho.

Os critérios e indicadores da qualidade de vida no trabalho descritos por

Walton podem ser entendidos como: Revista de Iniciação Científica – RIC

Cairu. Jun. 2015, Vol 02, n° 02, p. 75-96, ISSN 2258-1166 87

• COMPENSAÇÃO JUSTA E ADEQUADA: É a relação entre pagamento e

condições de trabalho. Qualidade de vida no trabalho levando em conta a

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remuneração salarial de acordo com o a atividade executada pelo funcionário.

Observa-se:

a) Remuneração adequada: o salário de acordo com o mercado e padrões

aceitáveis pela sociedade.

b) Compensação justa: Pagamento deve ser justo de acordo com as atividades

executadas por cada cargo, comparando sempre com a média de pagamento

de outras empresas.

• CONDIÇÕES DE TRABALHO: Aborda a jornada de trabalho, condições

físicas e a segurança do trabalhador em seu ambiente de trabalho. Nesse

quesito avaliasse as horas trabalhadas, horas extras, condições de trabalho

adequadas evitando riscos de acidentes ou demais fatores que possam

prejudicar a atuação do trabalhador.

• USO E DESENVOLVIMENTO DAS CAPACIDADES: Essa categoria visa a

mensuração da Qualidade de Vida no Trabalho em relação às oportunidades

que o empregado tem de aplicar no seu dia a dia, mostrando suas habilidades

e conhecimentos. Qualidades que podem ser identificadas através de:

autonomia para realização de tarefas, múltiplas habilidades, perspectiva e

informação, conhecimento do processo de trabalho como um todo, realização

de todas as tarefas do início ao fim.

• OPORTUNIDADES DE CRESCIMENTO E SEGURANÇA: Oportunidade de

crescimento do profissional dentro da organização, através de uma promoção

de cargo, cursos que enriqueçam seu currículo, programa de bonificação, entre

outros modelos de reconhecimento profissional.

• INTEGRAÇÃO SOCIAL NA ORGANIZAÇÃO: Fator que relaciona os

aspectos ligados ao relacionamento pessoal e a autoestima do funcionário em

seu local de trabalho. Podendo citar como fatores: a igualdade social,

companheirismo, senso Revista de Iniciação Científica – RIC Cairu. Jun. 2015,

Vol 02, n° 02, p. 75-96, ISSN 2258-1166 88 comunitário, mobilidade social.

Todos têm o intuito de avaliar o grau de integração existente na empresa.

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• CONSTITUCIONALISMO: Dentro das empresas existem tomadas de

decisões que podem favorecer interesses pessoais e prejudicar o trabalhador.

Nessa perspectiva, deve haver o constitucionalismo nas organizações a fim de

proteger os trabalhadores de algumas ações arbitrárias. Esses critérios de

proteção são: privacidade, liberdade de expressão, equidade e igualdade entre

os trabalhadores perante a lei.

• TRABALHO E O ESPAÇO TOTAL DE VIDA: Esse critério abrange a

vivencia dos trabalhadores na empresa e em seu convívio família e social,

verificando se os mesmos refletem de forma positiva ou negativa na qualidade

de vida de cada colaborador.

• RELEVÂNCIA SOCIAL: Percepção do trabalhador quanto à responsabilidade

social praticada pela organização

Fernandes (1996) em caráter quantitativo propõe o uso das oito

dimensões apresentadas por Walton com intuito de auxiliarem pesquisas

empíricas sobre a avaliação da qualidade de vida no ambiente de trabalho.

Sendo uma proposta caracterizada por avaliara satisfação do colaborador,

utilizando questionários apropriados em medir o grau de satisfação de todos os

participantes.

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CAPÍTULO III

Correlação de Qualidade de Vida e Motivação

Profissional

Buscar a motivação como uma consequência da qualidade de vida no

trabalho é o ponto de partida para grandes organizações alcançarem seus

objetivos, sejam eles lucrativos, estratégicos e ainda relacionados à gestão de

pessoas.

A tarefa das organizações é atrair seus colaboradores através de

condições de trabalho satisfatórias, tais como: ambiente adequado, boas

instalações, iluminação, ventilação, clima organizacional de confiança e

lealdade, benefícios, sistemas de recompensas e etc, das características do

trabalho em si, inerentes às tarefas que os colaboradores desenvolvem,

oportunidades, novos desafios, participação nas decisões da empresa,

utilidade do trabalho e satisfação das necessidades, expectativas e objetivos

de vida dentro e através da própria organização, a partir de um esforço

contínuo de compatibilizar objetivos pessoais e objetivos empresariais.

Segundo Stoner (1982), Porter e Miles defendem que uma perspectiva

sistêmica da motivação é de grande utilidade, pois segundo os autores, para

que a motivação do empregado possa ser adequadamente compreendida deve

ser levado em considerações um conjunto de forças que atuam sobre eles, são

elas: as características individuais (interesses, atitudes, expectativas e

necessidades) que as pessoas trazem para o ambiente de trabalho, as

características do trabalho que são os atributos das tarefas do empregado e as

características da situação do trabalho, que são as políticas de pessoal e se

recompensa da organização, o clima organizacional e as atitudes e os atos dos

colegas e dos chefes.

A motivação, para algumas empresas, é o grande desafiador de

sobrevivência das organizações. Com isso, a qualidade de vida no trabalho se

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torna uma aliada na tentativa de se resgatar a auto-estima fundamental para

um ambiente de trabalho saudável, eficaz e produtivo.

Pesquisa realizada pela Revista Exame (2008) relata que, por exemplo,

os maiores salários nem sempre garantem mais satisfação e motivação do que

o ambiente amistoso e de alta confiança. Pode-se concluir que hoje em dia,

diferente que alguns anos anteriores, a motivação do colaborador e tão

importante quanto à lucratividade da organização.

Um funcionário sente satisfeito quando é reconhecido e compensado ao

fazer um bom trabalho, quando tem confiança em seus colegas de equipe, nos

chefes e na própria organização em si. Além de benefícios adequados a sua

função, o clima organizacional influencia muito no comportamento motivacional

de cada colaborador.

Chiavenato (1999) destaca fatores envolvidos na qualidade de vida no

trabalho, que são: a satisfação com o trabalho executado; as possibilidades de

futuro na organização; o reconhecimento pelos resultados alcançados; o salário

recebido; os benefícios auferidos; o relacionamento humano dentro do grupo e

da organização; o ambiente psicológico e físico do trabalho; a liberdade e

responsabilidade de decidir e as possibilidades de participar.

Deste modo, tanto as características individuais quanto as

organizacionais são determinantes para a qualidade de vida no trabalho.

Quando essa qualidade satisfaz as necessidades do time de funcionários de

cada organização, a motivação individual de cada um se destaca

positivamente, e quando ela é destacada, encontram-se pessoas felizes e

realizadas profissionalmente.

As pesquisas realizadas, também pela Revista Exame todos os anos

sobre o tema “Melhores Empresas para Trabalhar”, é uma fonte de

aprendizado sobre como superar os desafios de toda a gestão de pessoas. A

pesquisa mostra o desempenho das empresas campeãs (faturamento,

rentabilidade sobre o patrimônio, dentre outros). O alto índice de desempenho

é o principal investimento no ambiente de trabalho, não apenas dinheiro, mas

disponibilidade de seus líderes para escutar o que seu pessoal tem a dizer.

Essa pesquisa “ouve” os funcionários (70% de suas percepções), ou seja, uma

empresa para se colocar entre as melhores depende da percepção de seus

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colaboradores. Eles contam às iniciativas que as empresas disponibilizam para

que trabalhem satisfeitos e felizes. Com isso, nota-se a importância de cada

funcionário dentro das empresas. Eles são os principais “porta vozes” das

organizações, sendo assim, torna-se importante e necessário valorizar com

eqüidade o desempenho dos funcionários na forma de recompensa financeira e

emocional. Garantir seu bem-estar e crescimento profissional.

Os maiores índices avaliados na pesquisa são: Índice de Felicidade

no Trabalho (IFT), Índice de Qualidade no Ambiente de Trabalho (IQAT) e o

Índice de Qualidade na Gestão de Pessoas (IQGP).

O Índice de Felicidade no Trabalho (IFT) mede as práticas de gestão

de recursos humanos e a percepção dos funcionários sobre o ambiente de

trabalho. Esse índice está associado ao clima organizacional, o que a empresa

se dispõe a fazer para que o relacionamento colaborador x organização esteja

em sintonia, se torne agradável. A hierarquia das necessidades de Maslow traz

uma relação com o IFT. Essas necessidades são classificadas conforme o grau

de importância para o colaborador, ou seja, o que o mesmo deseja do

ambiente de trabalho. A principal prioridade do ser humano é a necessidade do

organismo (respiração e alimentação), sem elas sentirão desconforto e ficarão

doentes (necessidades fisiológicas). Em seguida vem a segurança física, de

recursos financeiros, de saúde, ou seja, a estabilidade básica que o ser

humano deseja ter (necessidade de segurança). Existe também ter

necessidades relacionadas à amizade, aceitação social (necessidade de

relacionamento). O passo seguinte é ser respeitado e bem visto na

organização (necessidade de estima). E por fim, o reconhecimento, todos

gostam se sentir que estão fazendo o melhor com suas habilidades e

superando desafios (necessidades de realização-pessoal).

Já o Índice de Qualidade no Ambiente de Trabalho (IQAT) mede a

percepção dos funcionários sobre identidade (ligada à estratégia e valores da

empresa), satisfação e motivação (ligada aos processos de gestão),

aprendizado e desenvolvimento (crescimento pessoal e de carreira) e liderança

(o papel dos chefes). Esse índice se correlaciona com a teoria dois fatores de

Herzberg, onde as pessoas na organização descrevem situações nas quais se

sentem bem ou mal a respeito do seu trabalho. Essas diversas situações são,

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como exemplos, salários, condições ambientais de trabalho (fatores higiênicos)

ou assuntos relacionados com o conteúdo do trabalho, responsabilidade,

crescimento entre outros (fatores motivacionais).

Por fim, o Índice de Qualidade na Gestão de Pessoas (IQGP) que

avalia as políticas de recursos humanos. É composto pela média das notas de

remuneração e benefícios, carreira, educação, saúde, integridade do

trabalhador e responsabilidade social e ambiental. Esse índice comprova de

fato, o que se torna importante para um empregado. Ele trás todas as

informações necessárias que se espera que uma organização deva ter em

relação ao seu colaborador, atendendo com isso todas as suas necessidades

individuais e profissionais (que vimos em todo contexto motivacional mostrado).

Finalizando, como exemplo, será apresentando a gestão de pessoas

da empresa Google, uma maneira de diferencial competitivo que faz se

posicionar na liderança das 100 maiores empresas onde trabalhar (Revista

Fortune). Com 6.500 funcionários só nos EUA, o Google vem estabelecendo

novos padrões ao Vale do Silício ao oferecer refeições, SPA com piscina e

médicos, tudo gratuitamente. Seus engenheiros também têm 20% de seu

tempo livre para investir em projetos pessoais.

Entenda melhor por que a empresa, que mais parece um clube,

recebe mais de 1.300 currículos por dia, segundo reportagem realizada pelo

site financeiro CNNMonney.com.

Pausa para o café: No Google sempre é hora de uma pausa para o

café. A sede da empresa, em Mountain View, tem 11 cafeterias e oferece a

todos os seus empregados refeições gratuitas. Além dos cafés, o Google tem

salas para lanches com vários tipos de cereais, doces, castanhas, iogurtes,

cenouras, frutas frescas e outros petiscos, além de dezenas de bebidas

diferentes, como refrigerantes e capuccino.

Vale-transporte: Muitas companhias do Vale do Silício oferecem

transporte em ônibus para estações de trens da região. O Google oferece

livremente a locação de carros em cinco regiões próximas.

Funcionários que têm seu próprio carro também não ficam de lado: a

empresa lava seu carro e troca o óleo, entre inúmeros outros cuidados. Se o

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empregado decide comprar um carro híbrido, a empresa financia US$ 5.000

pela opção ecológica.

Bônus: A companhia Google também se importa com o visual de seus

funcionários; é possível até cortar seu cabelo no local de trabalho. Se o

funcionário indica alguma pessoa que seja, posteriormente, contratada pelo

Google, a companhia lhe oferece US$ 2.000 como recompensa pela boa

indicação. Se um funcionário torna-se pai ou mãe, recebe um reembolso de até

US$ 5.000 – o pai também recebe "licença paternidade" de quatro semanas.

Casa x trabalho: O Google conseguiu levar o equilíbrio entre casa e

trabalho a um novo nível. Um funcionário do Google tem tempo suficiente para

fazer tarefas de casa dentro da empresa: há um serviço que lava, seca e passa

suas roupas dentro do Google. No Google você pode malhar, receber

massagens, estudar mandarim, japonês, espanhol, francês e reservar mesa

para um jantar a dois. A empresa também oferece serviço de creche e

cuidados com crianças.

Ideias brilhantes: Os engenheiros do Google são encorajados a

contribuir com suas ideias, não só relativas ao trabalho, mas ao funcionamento

da empresa. No Google, as sugestões dos funcionários, se aprovadas, são

rapidamente adotadas. Em qualquer outra empresa do porte do Google seria

criado um pequeno "comitê" para estudar todas as possibilidades e

consequências. O Google simplesmente adota as sugestões.

Cuidado com o cão: O campus do Google é um ambiente com suporte à

presença de animais, que são permitidos em uma determinada área. Mas o

Google estabelece regras claras sobre o comportamento de cães --que

também podem, obviamente, atrapalhar o ambiente de trabalho (principalmente

aos funcionários alérgicos a pêlos, por exemplo).

"Comportamentos agressivos como latir, rosnar, morder ou caçar

são inaceitáveis e o animal terá de ser levado de volta para casa diante da

primeira reclamação. Seus proprietários também são responsáveis pela

limpeza do local onde vive seu cão", diz a política sobre cães adotada pelo

Google.

Tempo de casa: Mesmo que o Google sempre ganhe na disputa por

novos talentos entre Microsoft e Yahoo!, por exemplo, dois fantasmas do RH

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da empresa são: iniciativa própria e aposentadoria. Muitos funcionários buscam

seus próprios negócios. Há outros que apenas esperam por suas opções em

ações para então deixar o Google, vivendo "apenas" de investimentos.

A esse respeito, a empresa estuda iniciar um programa de período

sabático – durante o qual "os mais agitados" poderiam buscar novas

oportunidades de carreira dentro da companhia--, prêmios em milhões de

dólares para funcionários.

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CONCLUSÃO

Diante de tudo o que foi exposto, é possível considerar que para as

organizações terem colaboradores contribuindo com o máximo de seus

esforços, é necessário ter pessoas motivadas e satisfeitas com aquilo que

fazem, porque assim desenvolverão com melhor qualidade suas atividades e

perseguirão objetivos com maior eficácia. Portanto, torna-se indispensável a

qualquer empresa, independentemente do seu porte, empreender esforços

para possibilitar que as pessoas se sintam motivadas. É muito importante que

as organizações estejam conscientes de que a competitividade requer

produtividade com qualidade, o que não significa apenas investir em

tecnologias, mas também nas pessoas que trabalham na organização.

Oferecer um cargo não é apenas suficiente, mas também salários e benefícios

justos, oportunidade de carreira, boa comunicação entre gestores e

colaboradores, para com isso desenvolver a qualidade de vida no trabalho,

gerando ações satisfatórias a ponto de conseguir promover a motivação nos

seus colaboradores. Reconhecer cada indivíduo participante da organização

como personalidade distinta e como elemento decisivo na conquista de

melhores resultados individuais e organizacionais.

O funcionário motivado é capaz de viver desafios e mostrar suas

aptidões diante de situações adversas, conseguindo assim se auto realizar e

agradar a organização a que faz parte.

O funcionário desmotivado não consegue encontrar novos desafios,

depende de tarefas rotineiras, tornando-se um indivíduo frustrado e incapaz de

alcançar sua auto realização.

A organização que consegue motivar o indivíduo e mostrar-lhe a sua

participação na empresa e que depende deste colaborador para influenciar em

um resultado final terá em seu quadro um componente indispensável.

Dessa forma, abordar qualidade de vida nas empresas, hoje em dia, é

mais que um benefício para o colaborador, é uma necessidade de vital

importância para que o maior patrimônio da instituição, o trabalhador, tenha

condições para desempenhar com eficácia, suas tarifas, de modo que todos

saiam ganhando, empregador e colaborador.

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(http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u21315.shtml)

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATÓRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMÁRIO 07 INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I

Qualidade de Vida no Trabalho

1.1 Conceito 10

1.1.1 Histórico sobre Qualidade de Vida no Trabalho 11

1.1.2 Programa de Qualidade de Vida 14

1.2. Transformações no Contexto Organizacional e nas empresas 14

1.2.1 Mudanças no Ambiente Organizacional 16

CAPÍTULO II

Evolução da Qualidade de Vida no Trabalho 19

2.1. A Importância das Pessoas em uma Organização 20

2.1.1 Papel do RH Visando a Motivação dos Funcionários e a Qualidade

de Vida 21

2.2. Motivação no Trabalho 22

2.2.1 Conceito 23

2.2.2 Hierarquia das necessidades de Maslow 24

2.2.3 Teoria X e Y 25

2.2.4 Teoria das Necessidades de McClelland 26

2.2.5 Teoria dos dois fatores de Herzberg 27

2.3 Motivação dos Colaboradores nas Organizações 27

2.3.1 Fatores Motivacionais 28

2.4. Modelo de Walton 30

2.4.1 Conceitos para Qualidade de Vida e Motivação Profissional 30

CAPÍTULO III

Correlação de Qualidade de Vida e Motivação Profissional 33

CONCLUSÃO 39 BIBLIOGRAFIA 40 ÍNDICE 42