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 DOENÇAS OCUPACIONAIS Respira t ó r i a s e D e rm a t oló g i ca s Camila Malheiros Castro Marques

Doenças Ocupacionais Vias Aereas Inferiores e Dermatoses

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DOENÇAS OCUPACIONAIS VIAS AEREAS INFERIORES E DERMATOSES

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  • DOENAS

    OCUPACIONAIS Respiratrias e Dermatolgicas

    Camila Malheiros Castro Marques

  • Doenas do trabalho (%) registradas na

    Previdncia Social. Brasil, 2007

    Fonte: DATAPREV/INSS, adaptado pelo Ncleo de Estudos e Anlise em Sade do Trabalhador do CESAT/SUS/Ba

    DOENAS N %

    LER/DORT 51.267 58,2

    Doenas da Coluna Lombar 9.342 10,6

    Transtornos Mentais e Comportamentais 7.618 8,7

    PAIR 2.455 2,8

    Doenas do Aparelho Circulatrio 2.435 2,8

    Doenas Infecto-Contagiosas 1.761 2,0

    Asma e Outras DPOCs 1.063 1,2

    Dermatoses 995 1,1

    Doenas do Olho e Anexos 899 1,0

    Neoplasias 777 0,9

    DVAS 394 0,4

    Pneumoconioses 121 0,1

    Outras 8.914 10,1

    Total 88.041 100,0

  • DOENAS RESPIRATRIAS Doenas das Vias Areas Inferiores: Provocam fibrose ou

    endurecimento do tecido pulmonar, em razo do acmulo de poeira

    txica nos pulmes.

    Pneumoconioses (Silicose e Asbestose)

    Asma Ocupacional

    DERMATOSES OCUPACIONAIS

  • Consideraes Gerais:

    As doenas do aparelho respiratrio so de grande importncia tanto pela gravidade como pela dificuldade de preveno e controle.

    Constituem um dos maiores problemas de sade ocupacional destacando-se dois grupos principais: As Pneumoconioses e a Asma Ocupacional (AO).

    DOENAS RESPIRATRIAS

  • AGENTES INALVEIS:

    Para que haja doena do sistema respiratrio

    associada a exposio ocupacional necessrio

    que o agente agressor esteja presente no

    processo de trabalho ou no meio ambiente e

    seja inalado.

    Agentes inalveis podem ser encontrados sob a

    forma de gases, vapores, nvoas ou particulados

    (aerodispersoides).

    DOENAS RESPIRATRIAS

  • Para que haja penetrao destes no trato

    respiratrio necessrio que as partculas tenham

    menos do que 10m.

    Maiores do que 10m ficam retidas no

    compartimento extra torcico e menores se

    depositam em qualquer nvel.

    Os agentes ainda devem interagir com os tecidos,

    fazendo aparecer uma reao defensiva que leva a

    alteraes fisiolgicas e/ou estruturais do sistema

    respiratrio.

    DOENAS RESPIRATRIAS

  • O processo de deposio de partculas

    extremamente dinmico, variando de acordo

    com as condies ambientais, fisiolgicas e

    parmetros de dose e intensidade da exposio.

    Exemplos...gs cloro e areia em fundio.

    DOENAS RESPIRATRIAS

  • Tipo de reao tecidual:

    A interao entre o macrfago alveolar e as partculas fagocitadas determinam a reao tecidual.

    DOENAS RESPIRATRIAS

  • Exemplo 1: Poeiras inertes ou no fibrinognicas Partculas como o ferro, titnio, e carbono:

    Apresentam pouca toxicidade para os macrfagos,

    permanecendo viveis com as demais partculas

    fagocitadas presentes no citoplasma do macrfago.

    Causam pneumoconioses por acumulo e no por

    reao tecidual que se manifesta pelo aumento de

    reticulina.

    DOENAS RESPIRATRIAS

  • Exemplo 2: poeiras fibrinognicas

    Poeiras de slica e asbesto

    Por sua vez tem capacidade de alterar superfcie

    dos macrfagos causando lise celular e posterior

    fibrose.

    Causam pneumocomioses por uma rica reao

    tecidual.

    Varia de um leve acumulo de reticulina ate uma

    fibrose tecidual intensa.

    DOENAS RESPIRATRIAS

  • Obs.: Pneumoconioses por poeiras mistas

    Aerossis COM > 7,5% de slica cristalina

    tem o potencial de causar silicose.

    Abaixo dessa porcentagem, as reaes

    anatomo patolgicas no so as da silicose

    clssica

    Exemplo: siderose (partculas de ferro) e

    antracose (poeira de carvo)

    DOENAS RESPIRATRIAS

  • Definio:

    OIT

    Doenas pulmonares causadas pelo

    acmulo de poeiras nos pulmes e

    reao tissular presena dessas

    poeiras.

    DOENAS RESPIRATRIAS - PNEUMOCONIOSE

  • Os efeitos nocivos dependem de fatores a saber:

    Agente tamanho e forma da partcula; concentrao do agente nocivo.

    Hospedeiro idade, doenas pr -existentes, tempo de exposio, susceptibilidade individual.

    DOENAS RESPIRATRIAS - PNEUMOCONIOSE

  • Meio ambiente

    Ramo de atividade profissional,

    Tipo de operao industrial,

    Agentes nocivos presente no ambiente:slica, asbestose, carvo, etc.

    As poeiras minerais produzem 2 das mais conhecidas doenas pulmonares ocupacionais: A Silicose e a Asbestose

    DOENAS RESPIRATRIAS - PNEUMOCONIOSE

  • Definio:

    Doenas pulmonar causada pela aspirao da poeira slica (minrio).

    Doena Antiga + ou 1.250anos. Era conhecida como doena das vivas, aonde os trabalhadores tinham morte precoce 10 a 15 anos de trabalho.

    Hospedeiro Trabalhador

    DOENAS RESPIRATRIAS - SILICOSE

  • FISIOPATOLOGIA:

    As partculas de Slica invadem os pulmes chegando parede dos alvolos causando dano tissular + fibrose.

    So partculas microscpicas de + ou 5m de dimetro, muito pequenas (quanto menor pior). Causa inflamao cicatrizao fibrose, acomete todo o pulmo com endurecimento pulmonar.

    uma doena incapacitante. Trabalhadores apresentam dispnia progressiva de mnimos esforos ao repouso.

    DOENAS RESPIRATRIAS - SILICOSE

  • Quadro clnico

    Inexpressivopodendo ser assintomtico durante anos

    Tosse no produtiva ou pequena secreo pela manh,

    Dores torcicas no localizadas

    Episdios de bronquite

    Queixas gerais (tontura, fraqueza, sudorese).

    Aps + ou 10 anos dispnia de esforo o sintoma que marca a silicose,

    Evoluo lenta e progressivamente para fibrose pulmonar irreversvel e nas fases finais corpumonale e ICC.

    DOENAS RESPIRATRIAS - SILICOSE

  • Fatores pr disponentes

    1. Respirao pela boca

    2. Doenas broncopulmonares pr-existentes

    3. Tabagismo

    4. Idade

    5. Susceptibilidade individual

    DOENAS RESPIRATRIAS - SILICOSE

  • DOENAS RESPIRATRIAS - SILICOSE

    Atividades de risco

    Industria extrativa de minerais;

    Beneficiamento de areia e ferro;

    Jateamento de areia e ferro;

    Industria de transformao:

    cermica, louas, iodo;

    Abrasivos: marmoraria, corte e polimento de granito;

  • Freqentemente esta associada a Tuberculose e esta uma complicao grave.

    No se conhece a causa do aumento a susceptibilidade Tuberculose.

    Peridico :

    Rx de Trax anual

    Espirometria bianual

    DOENAS RESPIRATRIAS - SILICOSE

  • Rx de Trax 3 Fases:

    Reticular = aspecto de pulmo sadio praticamente impossvel o diagnstico.

    Micronodular = imagens parecidas com ndulos, nessa fase a silicose j reconhecvel.

    Nodular = grandes ndulos, ndulos pequenos coalescem e formam uma grossa massa. Diagnostico preciso nessa fase.

    DOENAS RESPIRATRIAS - SILICOSE

  • Preveno e Controle:

    Suspenso da poeira na fonte, preveno da contaminao do ambiente, enclausuramento do processo, remoo da poeira, EPI.

    Trabalhadores que exercem atividades com p de slica tem aposentadoria especial, aos 25 anos mesmo sem ter a doena se aposenta.

    DOENAS RESPIRATRIAS - SILICOSE

  • Consideraes Gerais

    O Brasil um dos grandes produtores mundiais de asbesto, tambm, conhecido como amianto. Por ser uma substncia indiscutivelmente cancergena, observa-se, atualmente, uma grande polmica em torno da sua utilizao.

    H uma corrente que defende o uso do asbesto em condies ambientais rigidamente controladas, e outra que defende a substituio do produto nos diversos processos produtivos.

    DOENAS RESPIRATRIAS - ASBESTOSE

  • O asbesto possui ampla utilizao industrial, principalmente na fabricao de produtos de:

    cimento-amianto,

    materiais de frico como pastilhas de freio,

    materiais de vedao,

    pisos e produtos txteis, como mantas e tecidos resistentes ao fogo.

    DOENAS RESPIRATRIAS - ASBESTOSE

  • Definio:

    A pneumoconiose associada ao asbesto ou amianto, sendo uma doena eminentemente ocupacional.

    Carter progressivo e irreversvel, tem um perodo de latncia superior a 10 anos, podendo se manifestar alguns anos aps cessada a exposio.

    DOENAS RESPIRATRIAS - ASBESTOSE

  • Quadro Clinico e Rx:

    Dispnia de esforo estertores crepitantes nas bases pulmonares,

    Baqueteamento digital,

    Alteraes funcionais e

    Pequenas opacidades irregulares na radiografia de trax.

    DOENAS RESPIRATRIAS - ASBESTOSE

  • Diagnstico:

    Histria clnica e ocupacional

    Exame fsico

    Alteraes radiolgicas

    DOENAS RESPIRATRIAS - ASBESTOSE

  • ANTRACOSE

    SILICOSE

    ASBESTOSE

  • DEFINIO

    a obstruo difusa e aguda das vias areas, de carter reversvel, causada pela inalao de substncias alergnicas, presentes nos ambientes de trabalho, como por exemplo poeiras de:

    algodo linho borracha couro slica madeira vermelha, etc.

    DOENAS RESPIRATRIAS ASMA OCUPACIONAL

  • Quadro clinico

    o de uma asma brnquica, sendo que os pacientes queixam-se de:

    falta de ar

    tosse

    aperto e chieira no peito

    Acompanhados de:

    rinorria

    espirros

    lacrimejamento

    DOENAS RESPIRATRIAS ASMA OCUPACIONAL

  • Os sintomas so relacionados com as exposies ocupacionais s poeiras e vapores.

    Muitas vezes, uma tosse noturna persistente a nica queixa dos pacientes.

    Os sintomas podem aparecer no local da exposio ou aps algumas horas, desaparecendo, na maioria dos casos, nos finais de semana ou nos perodos de frias ou afastamentos.

    Tratamento: Afastar o trabalhador e providenciar sua readaptao

    DOENAS RESPIRATRIAS ASMA OCUPACIONAL

  • Meu Deus ser que falta muito?

  • DERMATOSES

    OCUPACIONAIS

  • Embora benignas em sua maioria, constituem problema de avaliao difcil e complexa.

    Referem-se a toda alterao da pele, mucosa e anexos, direta ou indiretamente causada, condicionada, mantida ou agravada pela atividade de trabalho.

    So causadas por agentes biolgicos, fsicos e, principalmente, por agentes qumicos.

    DERMATOSES OCUPACIONAIS

  • Quadro Clnico:

    Desconforto, dor, prurido, queimao, reaes psicosomticas e outras que geram at a perda do posto de trabalho.

    Aproximadamente 80% provocadas por substncias qumicas presentes nos locais de trabalho, ocasionando quadros do tipo irritativo (a maioria) ou do tipo sensibilizante.

    DERMATOSES OCUPACIONAIS

  • DERMATOSES OCUPACIONAIS

    Diagnstico :

    Anamnese clnico-ocupacional + exame fsico.

    Teste de contato :realizado quando se suspeita de quadro do tipo sensibilizante, visando identificar o(s) agente(s) alergnico(s).

  • Agentes Qumicos Causadores de Dermatoses Ocupacionais: (irritantes e alergnicos)

    Agentes Irritantes:(DIC)

    (DERMATITE IRRITATIVA DE CONTATO)

    Detergentes

    Solventes orgnicos e inorgnicos

    Resinas

    leos de corte.

    DERMATOSES OCUPACIONAIS

  • Agentes Alergnicos: (DAC)

    (DERMATITE ALRGICA DE CONTATO)

    Borracha e seus aditivos

    Cromatos

    Resinas

    Metais

    Plsticos

    Tintas e pigmentos

    Madeiras

    DERMATOSES OCUPACIONAIS

  • Agentes Fsicos Causadores de Dermatoses Ocupacionais.

    Temperatura (frio, calor)

    Eletricidade

    Radiaes (ionizantes e no ionizantes)

    Agentes mecnicos (atrito, traumas, presso, vibraes)

    Microondas

    DERMATOSES OCUPACIONAIS

  • Agentes Biolgicos Causadores de Dermatoses Ocupacionais

    Ofdios

    Vrus

    Bactrias

    Fungos Artrpodes

    Leveduras

    Animais terrestres e aquticos

    Tecidos e secrees orgnicas

    Helmintos, protozorios e etc...

    DERMATOSES OCUPACIONAIS

  • DERMATOSES OCUPACIONAIS- FLUXOGRAMA

  • DERMATOSES OCUPACIONAIS- FLUXOGRAMA

  • DERMATOSES OCUPACIONAIS- FLUXOGRAMA

  • DERMATOSES OCUPACIONAIS- FLUXOGRAMA

  • Obrigada a todos pelo aprendizado

    que construmos juntos!

    Camila Marques

    Contato: [email protected]

    71- 99886570