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Dois seres que se conheceram e se - cejoaobatista.org.brcejoaobatista.org.br/files/Modulo-23-Simpatias-e-Antipatias-Terre... · transforma em ódio, inveja e lhe inspira o desejo

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Dois seres que se conheceram e se amaram podem encontrar-se noutra

existência e se reconhecerem?Reconhecerem-se, não, mas serem

atraídos um pelo outro sim.

Dois seres se aproximam um do outro por circunstâncias aparentemente fortuitas, mas que são resultado da atração de dois Espíritos que se buscam através da multidão

Não seria agradável para eles se reconhecerem?

Nem sempre. A recordação das existências passadas teria inconvenientes maiores que acreditais.

Após a morte eles se reconhecerão e saberão em tempo estiveram juntos.

A simpatia tem sempre por motivo um conhecimento anterior?

Não; dois Espíritos que tenham afinidades se procuram naturalmente, sem que se hajam conhecido como encarnados.

Os encontros que se dão, que atribuem ao acaso não seriam o efeito de relações simpáticas?

Há, entre os seres pensantes, ligações que ainda não conheceis.

O Magnetismo é a bússola desta ciência.

De onde vem a repulsa instintiva que se experimenta por certas

pessoas, á primeira vista?

Espíritos antipáticos que se percebem e se reconhecem, sem se falarem.

A antipatia instintiva é sempre um sinal de natureza má?

Não.

Dois Espíritos não são necessariamente maus pelo fato de não serem simpáticos.

A antipatia pode originar-se de uma falta de similitude do modo de pensar.

Mas, a medida que se elevam, as diferenças se apagam.

Um Espírito mau sente antipatia por quem quer que possa julgar e desmascarar; vendo uma pessoa pela primeira vez, percebe que ela vai desaprová-lo; seu afastamento se transforma em ódio, inveja e lhe inspira o desejo de fazer o mal.

O bom Espírito sente repulsa pelo mau porque sabe que não será compreendido por ele e que ambos não participam dos mesmos sentimentos; mas seguro de sua superioridade, não sente contra o outro nem ódio, nem inveja: contenta-se em evitá-lo e lastimá-lo.

Esquecimento do Passado

Por que o Espírito encarnado perde a lembrança do seu

passado?O homem nem pode nem deve saber

tudo; Deus assim o quer na sua sabedoria.

Sem o véu que lhe encobre certas coisas o homem ficaria ofuscado, como aquele que passa sem transição da obscuridade para a luz.

Como pode o homem ser responsável por faltas que ele não se recorda. Seria concebível se ele

pudesse lembrar-se daquilo que as atraiu, cada existência é para ele como se fosse a primeira, e é assim que ele está sempre a recomeçar .

Como conciliar isto com a justiça de Deus ?

A cada nova existência o homem tem mais inteligência e pode melhor distinguir o bem do mau.

Onde estaria o seu mérito se ele se recordasse de todo o seu passado?

Quando o Espírito retorna a vida Espiritual toda a sua vida passada se desenrola diante dele, vê as faltas cometidas e que são causa de seu sofrimento; então solicita uma nova encarnação para reparar os erros cometidos, e pede aos Espíritos superiores para o ajudarem na nova tarefa.

Nessa nova existência procurará reparar suas faltas e os guias lhe darão uma espécie de intuição das que ele cometeu.

Se não temos durante a vida corpórea, uma lembrança precisa daquilo que fomos, e do que fizemos de bem ou de mal em nossas existências anteriores, temos, entretanto, a sua intuição. E as nossas tendências instintivas são uma reminiscência do nosso passado às quais a nossa consciência adverte que devemos resistir.

A lembranças de nossas existências anteriores poderia em certos casos humilhar-nos extraordinariamente; em outros exaltar o nosso orgulho com isso entravar o nosso livre-arbítrio.

Podemos ter algumas revelações sobre nossas existências anteriores?

Nem sempre. Muitos sabem, entretanto, o que foram e o que fizeram lhes é desconhecido.

Algumas pessoas crêem ter a vaga lembrança de um passado

desconhecido. Essa idéia não seria ilusão?

Algumas vezes é real; mas quase sempre é uma ilusão, contra a qual deve se precaver, pois pode ser efeito de uma imaginação superexcitada.

Á medida que o corpo é menos material, recorda-se melhor, a lembrança do passado é mais clara.

Pelo estudo das tendências instintivas do homem ele poderá conhecer as faltas que cometeu?

Sem dúvida,mas deve levar em conta a melhora que ele teve no estado errante e as resoluções que tomou.

Pode o homem cometer faltas não cometidas na precedente?Isso depende do seu adiantamento.

Se ele não souber resistir às provas, pode ser arrastado a novas faltas.

Essas faltas denunciam um estado estacionário do que retrógrado, porque o Espírito pode avançar ou se deter, mas não recuar

Pelas dificuldades do presente, podemos ter uma intuição do

gênero da existência do passado?

Muito frequentemente, cada um é punido em que pecou.

Entretanto, não se deve tirar daí uma regra absoluta.

As tendências instintivas são um índice mais seguro.

Chegado ao termo que a Providência marcou para a sua vida no plano Espiritual, o Espírito escolhe por ele mesmo as provas às quais deseja submeter-se. O Espírito goza sempre do seu livre-arbítrio. É em virtude dessa liberdade que, no estado de Espírito, escolhe as provas da vida corpórea, e no estado de encarnado delibera o que fará ou não fará, escolhendo entre o bem e o mal.

NEGAR AO HOMEM O LIVRE-ARBÍTRIO SERIA REDUZÍ-LO À CONDIÇÃO DE MÁQUINA.

Se o homem não conhece os próprios

atos que cometeu em suas existências

anteriores, basta que se estude a si

mesmo e poderá julgar o que foi, não

pelo que é, mas pela suas tendências.

Os sofrimentos da vida corpórea são,

ao mesmo tempo, uma expiação das

faltas passadas e provas para o futuro.

Elas nos depuram e nos elevam, se as

sofremos com resignação e sem

reclamações.