Dop - Legislacao Portuguesa - 2012/11 - Desp nº 14837 - QUALI.PT

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  • 7/30/2019 Dop - Legislacao Portuguesa - 2012/11 - Desp n 14837 - QUALI.PT

    1/2

    Dirio da Repblica, 2. srie N. 224 20 de novembro de 2012 37547

    agrcolas e dos gneros alimentcios, nos termos do qual permitidaa concesso de proteo nacional transitria para as indicaes geo-

    grficas a partir da data de receo formal dos pedidos pela Comisso

    Europeia, cessando tal proteo assim que seja tomada uma deciso

    comunitria.

    A Melgao Rural Associao de Produtores Locais solicitou

    um pedido de registo de Melgao como Indicao Geogrfica Pro-

    tegida (IGP) para chouria de sangue, na aceo do artigo 5. doRegulamento (CE) n. 510/2006, de 20 de maro, o qual obteve

    parecer favorvel e foi objeto de consulta pb lica atravs do aviso

    n. 13959/2010, de 7 de julho, publicado noDirio da Repblica,

    2. srie, n. 135, de 14 de julho de 2012. No mbito deste processo

    de consulta, no foram registadas quaisquer oposies, crticasou sugestes vlidas nos termos do n. 3 do artigo 7. do Regu-

    lamento (CE) n. 510/2006, do Conselho, de 20 de maro. Poroutro lado, j foi formalmente notificada a receo do pedido de

    registo de Melgao como IGP para chouria de sangue, por parte

    da Comisso Europeia, e tendo o requerente solicitado proteo

    nacional transitria, encontram-se reunidas as condies para a sua

    atribuio. Assim, de acordo com o disposto no n. 6 do artigo 5.

    do Regulamento (CE) n. 510/2006, do Conselho, de 20 de maro,

    determino o seguinte:

    1 Na pendncia da deciso comunitria sobre o pedido de registo,conforme o disposto no aviso n. 13959/2010, fica reservado o uso de

    Melgao como Indicao Geogrfica (IG) para chouria de sangue, aos

    produtos que obedeam s caractersticas e requisitos fixados no anexo

    ao presente despacho e s restantes disposies constantes do respetivo

    caderno de especificaes depositado na Direo-Geral de Agricultura

    e Desenvolvimento Rural (DGADR).

    2 S podem beneficiar do uso da denominao no nmero anterioros produtores que:

    a) Sejam, para o efeito, expressamente autorizados pelo agrupamentode produtores requerente do registo da IGP;

    b) Se obriguem a respeitar todas as disposies constantes do respetivocaderno de especificaes;

    c) Se submetam ao controlo a realizar pelo organismo de controloe certificao reconhecido nos termos do anexo IV do Despacho Nor-

    mativo n. 47/97.

    3 At deciso por parte da Comisso Europeia quanto ao pedido

    de registo comunitrio da IGP em causa, da rotulagem dos produtos

    que cumpram o disposto no presente despacho pode constar a meno

    Chouria de Sangue de Melgao IG bem como o logtipo proposto

    pelo requerente.

    4 Com a entrada em vigor do presente despacho e at deci-

    so comunitria sobre o pedido de registo, a denominao referidano n. 1 goza, a nvel nacional, da proteo prevista no n. 1 do

    artigo 13. do Regulamento (CE) n. 510/2006, do Conselho, de 20

    de maro, designadamente contra a sua utilizao comercial abusiva

    ou qualquer outra prtica suscetvel de induzir o pblico em erro

    quanto verdadeira provenincia, origem, natureza ou qualidadedos produtos.

    5 O agrupamento de produtores que solicitou o registo da IGPdeve apresentar, junto da DGADR, e at 31 de Maro de cada ano,

    um relatrio de atividades relativo gesto da denominao emcausa, discriminando, nomeadamente os produtores que utilizama denominao de origem, as quantidades beneficiadas, as sanes

    aplicadas e seus motivos.

    6 Nos termos do artigo 5. do Regulamento (CE) n. 510/2006,

    de 20 de maro, a DGADR solicita o respetivo registo no Instituto Na-

    cional da Propriedade Industrial, em seu nome, nos termos do Cdigo

    da Propriedade Industrial, e tendo em ateno o disposto no n. 6 do

    artigo 5. do mesmo Regulamento.

    7 Sendo a indicao geogrfica protegida um patrimnio pblico, o

    agrupamento de produtores possibilita o uso da IGP a todos os produtores

    que o solicitem formalmente, que respeitem o caderno de especificaes

    e que se sujeitem a controlo por um organismo de controlo reconhecido

    para o efeito.

    8 O presente despacho produz efeitos desde 2 de julho de 2012,

    data da receo do pedido formal de proteo junto da ComissoEuropeia.

    9 de novembro de 2012. O Secretrio de Estado das Florestas e

    Desenvolvimento Rural,Jos Daniel Rosas Campelo da Rocha.

    ANEXO I

    Chouria de sangue de Melgao IG

    I Designao do produto entende-se por chouria de sangue deMelgao o enchido tradicional, curado pelo fumo, de forma cilndrica,em forma de ferradura, com um dimetro entre os 2 cm e os 4 cm ecomprimento que pode variar entre os 20 cm a 35 cm, confecionadocom aparas de carne ensanguentadas, gorduras e sangue de porco deraa Bisara (explorados em linha pura ou de produtos resultantes dosseus cruzamentos) e cujos processos de preparao, fumagem/cura e deacondicionamento ocorrem concelho de Melgao.

    II Caractersticas do produto:

    Caractersticas fsicas: trata-se de um enchido de forma cilndricaem forma de ferradura e consistncia semi mole, de cor negra, com umcomprimento entre os 20 cm e 35 cm, de dimetro entre os 2 cm e os 4cm e com o peso aproximado entre 150 g e 210 g.

    O aspeto interior ao corte oblquo o de uma massa perfeitamenteligada, de aspeto pastoso, com distribuio irregular da carne e dagordura, o que origina diversas tonalidades consoante a proporoe o tipo de matria-prima utilizada. O elemento de ligao dospedaos de carne ensanguentada e gorduras usados neste enchido o sangue de porco, que lhe confere a consistncia e a colorao

    escura. Aspeto exterior agradvel com uma moderada humidadesuperficial.

    Caractersticas qumicas

    Parmetro Mdia DP Mximo Mnimo

    pH. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5,05 0,29 5,56 4,67Humidade (%) . . . . . . . . . . . . . . . . 28,11 8,72 39,72 14,76Protena (%). . . . . . . . . . . . . . . . . . 20,46 2,94 25,63 15,32Gordura (%). . . . . . . . . . . . . . . . . . 42,15 11,61 57,05 26,37Cloretos (em Nacl) (%) . . . . . . . . . 1,95 0,49 2,63 1,20

    Caractersticas sensoriais ou organolpticas:

    Aroma: intenso e agradvel sobressaindo moderadamente o aroma a

    curado. Textura: bastante suculento, levemente firme e muito tenro.Sabor: tpico sendo muito intenso e bastante agradvel denotando

    uma suave acidez e salga, levemente picante.

    III Apresentao comercial:

    A chouria de sangue de Melgao IGP apresenta-se ao consumidorinteiro, pr-acondicionada na origem. Para o acondicionamento, quandorealizado, utiliza-se material prprio incuo e inerte em relao ao pro-duto. Comercialmente este enchido pode apresentar-se acondicionadoem embalagens de carto, de plstico ou de PVC, ou de outros materiaisprprios para entrar em contacto com gneros alimentcios, em atmosferanormal, controlada ou em vcuo.

    Da rotulagem deve constar, obrigatoriamente, a Indicao Geogrficae a Marca de Certificao.

    IV Delimitao das reas geogrficas de produo da matria-

    -prima, de transformao e acondicionamento.A origem e rea de produo do porco Bsaro esto circunscritas aos

    concelhos da regio Norte (rea correspondente ao NUT II). A reageogrfica de transformao e acondicionamento est circunscrita aoconcelho de Melgao, englobando todas as freguesias: Alvaredo, CastroLaboreiro, Chavies, Cousso, Cristval, Cubalho, Fies, Gave, Lamasde Mouro, Paos, Paderne, Parada do Monte, Penso, Prado, Remoes,Roussas, So Paio e Vila.

    206525055

    Despacho n. 14837/2012

    O Regulamento (CE) n. 510/2006, do Conselho, de 20 de maro,institui o quadro jurdico comunitrio relativo proteo das in-dicaes geogrficas e das denominaes de origem dos produtosagrcolas e dos gneros alimentcios, nos termos do qual permitida

    a concesso de proteo nacional transitria para as indicaesgeogrficas a partir da data de receo formal dos pedidos pelaComisso Europeia, cessando tal proteo assim que seja tomadauma deciso comunitria.

    A Melgao Rural Associao de Produtores Locais solicitou umpedido de registo de Melgao como Indicao Geogrfica Protegida

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    37548 Dirio da Repblica, 2. srie N. 224 20 de novembro de 2012

    (IGP) para presunto, na aceo do artigo 5. do Regulamento (CE)n. 510/2006, de 20 de maro, o qual obteve parecer favorvel e foiobjeto de consulta pblica atravs do aviso n. 13957/2010, de 7 dejulho, publicado noDirio da Repblica, 2. srie, n. 135, de 14 dejulho de 2012. No mbito deste processo de consulta, no foram regis-tadas quaisquer oposies, crticas ou sugestes vlidas nos termos don. 3 do artigo 7. do Regulamento (CE) n. 510/2006, do Conselho,de 20 de maro.

    Por outro lado, j foi formalmente notificada a receo do pedidode registo de Melgao como IGP para presunto, por parte da ComissoEuropeia, e tendo o requerente solicitado proteo nacional transitria,encontram-se reunidas as condies para a sua atribuio.

    Assim, de acordo com o disposto no n. 6 do artigo 5. do Regula-mento (CE) n. 510/2006, do Conselho, de 20 de maro, determino oseguinte:

    1 Na pendncia da deciso comunitria sobre o pedido de registo,conforme o disposto no aviso n. 13957/2010, fica reservado o uso deMelgao como Indicao Geogrfica (IG) para presunto, aos produtosque obedeam s caractersticas e requisitos fixados no anexo ao presentedespacho e s restantes disposies constantes do respetivo caderno deespecificaes depositado na DGADR.

    2 S podem beneficiar do uso da denominao no nmero anterioros produtores que:

    a) Sejam, para o efeito, expressamente autorizados pelo agrupamentode produtores requerente do registo da IGP;

    b) Se obriguem a respeitar todas as disposies constantes do respetivocaderno de especificaes;

    c) Se submetam ao controlo a realizar pelo organismo de controloe certificao reconhecido nos termos do anexo IV do Despacho Nor-mativo n. 47/97.

    3 At deciso por parte da Comisso Europeia quanto ao pedidode registo comunitrio da IGP em causa, da rotulagem dos produtosque cumpram o disposto no presente despacho pode constar a men-o Presunto de Melgao IG bem como o logtipo proposto pelorequerente.

    4 Com a entrada em vigor do presente despacho e at deci-so comunitria sobre o pedido de registo, a denominao referidano n. 1 goza, a nvel nacional, da proteo prevista no n. 1 doartigo 13. do Regulamento (CE) n. 510/2006, do Conselho, de 20

    de maro, designadamente contra a sua utilizao comercial abusivaou qualquer outra prtica suscetvel de induzir o pblico em erroquanto verdadeira provenincia, origem, natureza ou qualidadedos produtos.

    5 O agrupamento de produtores que solicitou o registo da IGPdeve apresentar, junto da Direo-Geral de Agricultura e Desen-volvimento Rural (DGADR), e at 31 de maro de cada ano, umrelatrio de atividades relativo gesto da denominao em causa,discriminando, nomeadamente, os produtores que utilizam a denomi-nao de origem, as quantidades beneficiadas, as sanes aplicadase seus motivos.

    6 Nos termos do artigo 5. do Regulamento (CE) n. 510/2006,de 20 de maro, a DGADR solicita o respetivo registo no Instituto Na-cional da Propriedade Industrial, em seu nome, nos termos do Cdigoda Propriedade Industrial, e tendo em ateno o disposto no n. 6 doartigo 5. do mesmo Regulamento.

    7 Sendo a indicao geogrfica protegida um patrimnio pblico, o

    agrupamento de produtores possibilita o uso da IGP a todos os produtoresque o solicitem formalmente, que respeitem o caderno de especificaese que se sujeitem a controlo por um organismo de controlo reconhecidopara o efeito.

    8 O presente despacho produz efeitos desde 2 de julho de 2012,data da receo do pedido formal de proteo junto da Comisso Eu-ropeia.

    9 de novembro de 2012. O Secretrio de Estado das Florestas eDesenvolvimento Rural,Jos Daniel Rosas Campelo da Rocha.

    ANEXO I

    Presunto de Melgao IG

    I Designao do produto entende-se por presunto deMelgao o produto obtido, a partir de pernis, com peso superior

    a 10 kg, provenientes de sunos de raa Bisara (explorados emlinha pura ou de produtos resultantes dos seus cruzamentos), dosexo feminino ou masculino (neste caso os animais so castradosantes das 4 semanas de idade), abatidos com o peso vivo de, nomnimo, 110 kg e com a idade mnima de 32 semanas de idadee cujas fases de salga, limpeza do sal, secagem/maturao ou

    fumagem, proteo, envelhecimento e embalagem ocorram noconcelho de Melgao.

    II Caractersticas do produto:

    Caractersticas fsicas:

    a) Caractersticas exteriores um presunto fumado, cujo for-mato obtido por corte comprido e alongado, talhado em bicoou em ponta, com courato externo, conservando a extremidadepoda l unha;

    b) Caractersticas interiores o seu aspecto ao corte apresenta-sebem ligado com cor vermelha (do rosceo ao vermelho intenso), acor intensa, homognea e brilhante. A gordura tem uma cor brancaamarelada e brilhante. Ostenta uma presena moderada de gorduraintermuscular.

    Caractersticas qumicas:

    Parmetro Mdia DP Mximo Mnimo

    pH. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5,55 0,09 5,67 5,47Humidade (%) . . . . . . . . . . . . . . . . 45,20 2,18 47,54 41,55Protena (%). . . . . . . . . . . . . . . . . . 31,68 2,12 33,56 28,75

    Gordura (%). . . . . . . . . . . . . . . . . . 11,12 2,45 12,67 6,81Cloretos (em Nacl) (%) . . . . . . . . . 8,98 0,50 10,06 8,58

    Caractersticas sensoriais ou organolpticas trata-se de um presuntofumado. Possui um aroma intenso e muito agradvel com aroma mode-rado a curado. A gordura apresenta um aroma agradvel e balsmico. Detextura moderadamente suculenta, firme e tenra. Levemente fibroso eseco. Com um sabor muito intenso, levemente cido, pouco adocicado emoderadamente salgado. De textura moderadamente suculenta, firme etenra. Levemente fibroso e seco. Com um sabor muito intenso, levementecido, pouco adocicado e moderadamente salgado. Apresenta um saborleve a fumo, bastantesui generis.

    III Apresentao comercial:

    O presunto de Melgao pode ser comercializado inteiro, em pedaosou fatiado, com ou sem osso. O acondicionamento do presunto de Mel-gao, quando realizado, utiliza-se material prprio incuo e inerte emrelao ao produto (pode apresentar-se acondicionado em embalagensde plstico ou de PVC, ou de outros materiais prprios para entrar emcontacto com gneros alimentcios, em atmosfera normal, controladaou em vcuo).

    Da rotulagem deve constar, obrigatoriamente, a Indicao Geogrficae a Marca de Certificao.

    IV Delimitao das reas geogrficas de produo da matria--prima, de transformao e acondicionamento a origem e rea deproduo do porco Bsaro esto circunscritas aos concelhos da regioNorte (rea correspondente a NUT II). A rea geogrfica de transfor-mao e acondicionamento est circunscrita ao concelho de Melgao,englobando todas as freguesias: Alvaredo, Castro Laboreiro, Chavies,Cousso, Cristval, Cubalho, Fies, Gave, Lamas de Mouro, Paos,Paderne, Parada do Monte, Penso, Prado, Remoes, Roussas, So Paio

    e Vila. 206524772

    Despacho n. 14838/2012

    O Regulamento (CE) n. 510/2006, do Conselho, de 20 de maro,institui o quadro jurdico comunitrio relativo proteo das in-dicaes geogrficas e das denominaes de origem dos produtosagrcolas e dos gneros alimentcios, nos termos do qual permitidaa concesso de proteo nacional transitria para as indicaesgeogrficas a partir da data de receo formal dos pedidos pelaComisso Europeia, cessando tal proteo assim que seja tomadauma deciso comunitria.

    A Melgao Rural Associao de Produtores Locais solicitou umpedido de registo de Melgao como indicao geogrfica protegida(IGP) para Salpico, na aceo do artigo 5. do Regulamento (CE)n. 510/2006, de 20 de maro, o qual obteve parecer favorvel e foi

    objeto de consulta pblica atravs do aviso n. 13958/2010, de 7 dejulho, publicado no Dirio da Repblica, 2. srie, n. 135, de 14de julho de 2012. No mbito deste processo de consulta, no foramregistadas quaisquer oposies, crticas ou sugestes vlidas nostermos do n. 3 do artigo 7. do Regulamento (CE) n. 510/2006, doConselho, de 20 de maro.