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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO COMARCA DE ATIBAIA FORO DE ATIBAIA 2ª VARA CÍVEL RUA DR. JOSÉ ROBERTO PAIM, 99, Atibaia-SP - CEP 12945-007 Horário d e At e ndime nto ao Públi co: das 12h30min às 19h00min 4003344-20. 2013. 8. 26. 0048 - lauda 1 SENTENÇA Processo Digital nº: 4003344-20. 2013. 8. 26. 0048 Classe – Assunto: Proce dime nto Ordinário - Planos de Saúde Requerente: DORENE PEARL TENZER Requerido: Sul Ame ri c a Seguros Saúde S/ A Juiz(a) de Direito: Dr(a). Mar ce lo O c taviano Diniz Junqu e ira Vistos, DORENE PEARL TENZER propôs ação declaratória e de obrigação de fazer com pedido de tutela antecipada contra SUL AMÉRICA SEGURO SAÚDE S/A, objetivando que a ré não imponha os reajustes de 100% em decorrência da mudança de faixa etária, emitindo boletos para que continue pagando seu plano de saúde e se abstenha de impor qualquer restrição ou limitação à autora. Indeferido o pedido de antecipação dos efeitos da tutela e de assistência judiciária gratuita (fl. 48), a autora interpôs agravo de instrumento (fls. 50/78), deferindo liminarmente o pedido para autorizar a ré a aplicar o reajuste autorizado pela ANS. A ré contestou (fls. 93/120), alegando, preliminarmente, ilegitimidade passiva, uma vez que a autora faz parte de apólice coletiva, estipulada pela Qualicorp Administradora de Benefícios Ltda em conjunto com a Sul América Saúde. No mérito, sustenta que sempre que o titular ou um de seus dependentes fizerem aniversário haverá alteração do valor do prêmio, reajustado conforme tabela de percentuais constantes do manual do segurado. Isso se dá em virtude das necessidades diferentes entre os grupos etários, ocorrendo o reajuste anual e o reajuste técnico. Sustenta que o contrato depende de equilíbrio econômico-financeiro, vislumbrando que os mais velhos tendem a usar mais o plano do que os mais jovens. Ressalta a validade da Se impresso, para conferência acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/esaj, informe o processo 4003344-20.2013.8.26.0048 e o código 19D99B. Este documento foi assinado digitalmente por MARCELO OCTAVIANO DINIZ JUNQUEIRA. fls. 213

Dorene sentença

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Cliente Périsson Andrade Advogados. Justiça considerou ilegal aumento do plano de saúde por faixa etária.

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T RIBUN A L D E JUST I Ç A D O EST A D O D E SÃ O PA U L OCOMARCA DE ATIBAIAFORO DE ATIBAIA2ª VARA CÍVELRUA DR. JOSÉ ROBERTO PAIM, 99, Atibaia-SP - CEP 12945-007Horário de A tendimento ao Público: das 12h30min às 19h00min

4003344-20.2013.8.26.0048 - lauda 1

SE N T E N Ç A

Processo Digital nº: 4003344-20.2013.8.26.0048Classe – Assunto: Procedimento O rdinário - Planos de Saúde Requerente: D O R E N E PE A R L T E N Z E RRequerido: Sul Amer ica Seguros Saúde S/A

Juiz(a) de Direito: Dr(a). Marcelo O ctaviano Diniz Junquei ra

Vistos,

DORENE PEARL TENZER propôs ação declaratória e de

obrigação de fazer com pedido de tutela antecipada contra SUL AMÉRICA

SEGURO SAÚDE S/A, objetivando que a ré não imponha os reajustes de

100% em decorrência da mudança de faixa etária, emitindo boletos para que

continue pagando seu plano de saúde e se abstenha de impor qualquer

restrição ou limitação à autora.

Indeferido o pedido de antecipação dos efeitos da tutela e de

assistência judiciária gratuita (fl. 48), a autora interpôs agravo de instrumento

(fls. 50/78), deferindo liminarmente o pedido para autorizar a ré a aplicar o

reajuste autorizado pela ANS.

A ré contestou (fls. 93/120), alegando, preliminarmente,

ilegitimidade passiva, uma vez que a autora faz parte de apólice coletiva,

estipulada pela Qualicorp Administradora de Benefícios Ltda em conjunto com a

Sul América Saúde. No mérito, sustenta que sempre que o titular ou um de

seus dependentes fizerem aniversário haverá alteração do valor do prêmio,

reajustado conforme tabela de percentuais constantes do manual do segurado.

Isso se dá em virtude das necessidades diferentes entre os grupos etários,

ocorrendo o reajuste anual e o reajuste técnico. Sustenta que o contrato

depende de equilíbrio econômico-financeiro, vislumbrando que os mais velhos

tendem a usar mais o plano do que os mais jovens. Ressalta a validade da

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T RIBUN A L D E JUST I Ç A D O EST A D O D E SÃ O PA U L OCOMARCA DE ATIBAIAFORO DE ATIBAIA2ª VARA CÍVELRUA DR. JOSÉ ROBERTO PAIM, 99, Atibaia-SP - CEP 12945-007Horário de A tendimento ao Público: das 12h30min às 19h00min

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cláusula de reajuste, havendo expressa previsão contratual. Pretende seja

afastada a devolução em dobro da quantia paga. Requer a retificação do polo

passivo para constar a correta denominação Sul América Companhia de

Seguro Saúde.

Réplica (fls. 174/184).

Instadas as partes a especificarem as provas que pretendiam

produzir, a autora solicitou o julgamento antecipado da lide (fl. 201) e a ré

juntou boleto no valor de R$801,69 afirmando ter cumprido com a obrigação de

fazer (fls. 210/212).

Foi dado provimento ao agravo de instrumento anteriormente

interposto (fls. 203/209).

É o relatório. Passo a decidir.

Cuida-se de ação declaratória c.c obrigação de fazer, visando

a limitação do reajuste do seguro saúde em decorrência da mudança da faixa

etária.

De pronto, afasta-se a preliminar de ilegitimidade passiva.

Cumpre frisar que a ré Sul América deve permanecer no polo

passivo da ação, pois, na verdade, a empresa Qualicorp é mera administradora

do contrato de assistência à saúde em litígio. Não há dúvida de que a ré é

responsável pela prestação dos serviços contratados, sendo certo que

estabelece o percentual do reajuste dos valores das mensalidades e também

se beneficia com o pagamento.

Passemos à análise do mérito.

A autora aderiu a uma apólice coletiva de seguro-saúde em

29/10/2010 (contrato fls. 32/43). No entanto, ao completar 60 anos de idade

(02/03/2011), o valor do prêmio sofreu reajuste de 100%, passando de

R$801,69 mensais para R$1.515,10.

Recebeu notificação em 05 de agosto de 2013 (fl. 47), sendo

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certo que completaria 60 anos em outubro (cédula de identidade de estrangeiro

fl. 60, nascimento em 27/10/1954).

Anote-se, inicialmente, que o contrato de prestação de

serviços médicos é regido pelo Código de Defesa do Consumidor, tratando-se

de relação de consumo relacionada à saúde (art. 4º do CDC). Aliás, é expressa

a Súmula 469 do STJ: “Aplica-se o Código de Defesa do Consumidor aos

contratos de plano de saúde.”.

Realmente não há, em princípio, afronta ao disposto no artigo

54 § 4º do Código de Defesa do Consumidor, pois, o contrato estipula que os

valores das mensalidades serão reajustados sempre que ocorrer alteração de

faixa etária dos beneficiários (cláusula 14.3) é de fácil compreensão, sem violar

os deveres de informação e esclarecimento aos usuários.

Não resta dúvida que a idade do consumidor e de seus

dependentes é fator objetivo que aumenta de modo significativo o risco de

internações e despesas médicas, o que altera e interfere no equilíbrio

contratual. Logo, não há óbice que haja recomposição do cálculo atuarial ao

longo do tempo, sendo ínsito ao contrato oneroso, aleatório e de trato sucessivo

a previsão de reajuste.

No entanto, tal pensamento simplório pode ser rechaçado

pelos que defendem a solidariedade/mutualidade nos contratos relacionais, tais

como Cláudia Lima Marques e Ronaldo Porto Macedo Junior (Contratos

Relacionais e Defesa do Consumidor, Max Limonad, são Paulo, 1.998, ps.

178/179), ao destacar que o grupo de consumidores mais sadios ou jovens se

organiza para reembolsar despesas de saúde dos mais doentes, gerando

verbas que mantenham o sistema por longo período, com uso reduzido de uns

em detrimento dos outros, evitando a sinistralidade. E que o custo adicional

distribuído pelos consumidores garante que, ao seu tempo, aquele que venha a

utilizá-lo, inverta a situação atuarial.

Logo, o que fere preceitos cogentes não é a previsão de

aumento das mensalidades, mas sim o montante do reajuste.

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O artigo 15 da Lei 9.656/98 coloca limites cogentes à variação,

pois, além de determinar que conste do contrato as faixas etárias e respectivos

aumentos, impõe que os percentuais sigam as normas expedidas pela ANS

Agência Nacional de Saúde.

Além disso, o parágrafo único vedou a variação ao consumidor

com mais de sessenta anos de idade que tivesse contratado há mais de dez

anos.

No entanto, o requisito da parceria contratual pelo prazo de

dez anos foi revogado pela superveniência do Estatuto do Idoso (L. 10.741/03),

que em seu artigo 15, parágrafo 3º, dispôs:

“Art. 15. É assegurada a atenção integral à saúde do idoso,

por intermédio do Sistema Único de Saúde SUS, garantindo-lhe o acesso

universal e igualitário, em conjunto articulado e contínuo das ações e serviços,

para a prevenção, promoção, proteção e recuperação da saúde, incluindo a

atenção especial às doenças que afetam preferencialmente os idosos.

§ 3o É vedada a discriminação do idoso nos planos de

saúde pela cobrança de valores diferenciados em razão da idade.”.

Portanto, atualmente não mais há possibilidade de variação do

preço após os sessenta anos, independentemente do tempo de contrato.

E nem se argumente que o contrato é anterior à entrada em

vigor do Estatuto do Idoso, pois se trata de norma de ordem pública, cuja

aplicação é imediata e cogente. Aliás, o contrato é de trato sucessivo e de

renovação periódica.

A divergência se dissipou ante a Súmula 91 do E. Tribunal

Paulista: Ainda que a avença tenha sido firmada antes da sua vigência, é

descabido, nos termos do disposto no art. 15, § 3º, do Estatuto do Idoso, o

reajuste da mensalidade de plano de saúde por mudança de faixa etária.

A respeito, existe repercussão geral no STF (RE 630852 RG /

RS - RIO GRANDE DO SUL, RE 630852 RG / RS - RIO GRANDE DO SUL,

REPERCUSSÃO GERAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO, Relator(a): Min.

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ELLEN GRACIE, Julgamento: 07/04/2011): “PLANO DE SAÚDE. AUMENTO

DA CONTRIBUIÇÃO EM RAZÃO DE INGRESSO EM FAIXA ETÁRIA

DIFERENCIADA. APLICAÇÃO DA LEI 10.741/03 (ESTATUTO DO IDOSO) A

CONTRATO FIRMADO ANTES DA SUA VIGÊNCIA. EXISTÊNCIA DE

REPERCUSSÃO GERAL.”

Os julgados deste Tribunal Estadual têm sido no sentido de

aplicar o Estatuto do Idoso mesmo aos contratos firmados antes de sua

vigência:

“Plano de saúde - Obrigação de não fazer proibição à ré de

reajustar o prêmio em razão de mudança de faixa etária a consumidor maior de

60 anos procedência inconformismo desacolhimento - Norma de ordem pública

(estatuto do idoso), posterior à celebração do contrato de trato sucessivo, é de

aplicação imediata, sem que isso implique retroatividade da lei nova.”

(9169889-52.2007.8.26.0000 Apelação, Relator(a): Antonio Vilenilson,

Comarca: Santo André, Órgão julgador: 9ª Câmara de Direito Privado, Data do

julgamento: 08/05/2012).

“Plano de Saúde. Ação cominatória. Reajuste pelo critério da

faixa etária - Jurisprudência que evoluiu para entender que não é possível o

reajuste do plano de saúde com base apenas no critério da mudança da faixa

etária. Respeito ao art. 15, § 3º, da Lei nº 10.741/03 (Estatuto do Idoso) -

Aplicação da referida lei à espécie, bem como dos critérios da Resolução

Normativa nº 63/03 da Agência Nacional de Saúde, por cuidar-se de contrato

de trato sucessivo - Inexistência de retroatividade ilícita - Doutrina e

jurisprudência - Recurso improvido.” (0141516-53.2010.8.26.0100 Apelação,

Relator(a): Beretta da Silveira, Comarca: São Paulo, Órgão julgador: 3ª Câmara

de Direito Privado, Data do julgamento: 07/02/2012).

Não bastasse, o reajuste imposto revela-se abusivo por

majorar em demasia o valor das mensalidades, em manifesta e exagerada

desvantagem do beneficiário, o que torna nula a respectiva cláusula contratual,

que fere o princípio da vulnerabilidade previsto no Código de Defesa do

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Consumidor.

O caput do art. 4º do Código de Defesa do Consumidor

estabelece que o objetivo da Política Nacional de Relações de Consumo deve

ser o atendimento às necessidades dos consumidores, o respeito à sua

dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a

melhoria de sua qualidade de vida, bem como, a transparência e harmonia das

relações de consumo. E é expresso no inciso I sobre a necessidade de

observância do princípio da vulnerabilidade do consumidor, demonstrando ser

este a parte mais frágil na relação de consumo.

Constatada a abusividade e consequente ilegalidade, impõe-

se o afastamento do reajuste questionado, facultando-se, porém, o reajuste

máximo no percentual autorizado pela ANS.

Ante todo o exposto, nos termos do artigo 269, inciso I, do

Código de Processo Civil, JULGO PROCEDENTE o pedido para declarar ilegal

o reajuste de 100% perpetrado e impugnado, condenar a requerida a retomar

as cobranças nos patamares antes praticados, facultado apenas o reajuste no

limite estabelecido pela ANS, bem como para condenar a requerida a restituir à

autora os valores cobrados em excesso, corrigidos monetariamente desde o

desembolso e com juros de mora a contar da citação.

Arcará a ré com as custas, despesas processuais e honorários

advocatícios que fixo em R$2.500,00, nos termos do artigo 20 § 4º do Código

de Processo Civil.

P.R.I.C Atibaia, 27 de março de 2014.

D O C U M E N T O ASSIN A D O DI G I T A L M E N T E N OS T E R M OS D A L E I 11.419/2006, C O N F O R M E I MPR ESSÃ O À M A R G E M DIR E I T A

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